Sunteți pe pagina 1din 33

UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC

CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

PROJETO FINAL DE CURSO

CONVERSOR BOOST

EQUIPE: HALLISON LIMA AGUIAR MAT.: 356269

JUCELINO TALEIRES FILHO MAT.: 359599

MAIRON RÉGIS MARINHO SILVA MAT.: 308024

OSMAR ARAUJO LIMA FILHO MAT.: 356298

PROFESSOR: LUIZ FERNANDO MARCELO


ANTUNES

Fortaleza – CE
16/02/2016

1
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

SUMÁRIO

1. OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 3

2. MATERIAL UTILIZADO ................................................................................................................. 3

3. INTRODUÇÃO TEÓRICA ............................................................................................................... 4

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ........................................................................................... 21

5. CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 28

6. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................. 29

2
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

1. OBJETIVOS

. Projetar um conversor cc-cc elevador (boost) e comparar suas formas de onda


com os resultados obtidos através de simulação.

2. MATERIAL UTILIZADO

 Computador Pessoal
 Software MATLAB
 Softwar MathCad
 CI IRF740
 CI SG3525
 Capacitor Eletrolítico: 4,7 𝜇𝐹
 Resistores Variados
 Indutor projetado: 900 𝜇𝐻
 Diodo

3
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

3. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Sabendo-se que a prática foi volta para projetos de indutores para conversores
CC-CC em alta frequência, torna-se necessário, antes de introduzir os conceitos
referentes ao projeto, falar um pouco sobre algumas equações da teoria eletromagnética e
dos circuitos magnéticos, as quais são de extrema importância para a compreensão do
projeto em geral.

Teoria Eletromagnética e Circuitos Magnéticos

Dessa maneira, nada melhor do que começar abordando a Lei de Ampère:


𝐵
⃗ ∙ ⃗⃗⃗
∮𝐻 𝑑𝑙 = ∫𝐽 ∙ ⃗⃗⃗⃗
𝑑𝑎 → ∮ ∙ ⃗⃗⃗
𝑑𝑙 = ∫𝐽 ∙ ⃗⃗⃗⃗
𝑑𝑎 = 𝐹𝑚𝑚 (𝐼)
𝐶 𝑆 𝐶 𝜇 𝑆

Percebe que na equação (𝐼) desprezou-se o termo da corrente de deslocamento


⃗ ⁄𝜕𝑡 = 0), uma vez que, para os sistemas considerados
das equações de Maxwell (𝜕𝐷
nesta prática, as frequências e os tamanhos envolvidos são tais que esse termo, associado
à radiação eletromagnética, não influenciará de forma significativa nos componentes do
circuito.

Onde o efeito dessa equação pode ser visualizado através da seguinte figura:

4
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

Figura 01: Visualização da Lei de Ampère em um condutor polarizado

Fonte [2]

Perceba que na Figura 01 é concretizado o que está descrito na equação (𝐼), ou


seja, a integral de linha da componente tangencial da intensidade de campo magnético 𝑯
ao longo do contorno fechado 𝐶 é igual à corrente total que passa através de qualquer
superfície 𝑆 delimitada por esse contorno. Pode-se observar também que a origem de 𝑯 é
a densidade de corrente 𝑱. Onde 𝑩 é a densidade de fluxo magnético, 𝝁 a permeabilidade
magnética e 𝑭𝒎𝒎 a força magnetomotriz.

Sabe-se também que o fluxo magnético 𝝋 que atravessa uma superfície 𝑆 é dado
por:

⃗ ∙ ⃗⃗⃗⃗
𝜑 = ∫𝐵 𝑑𝑎 (𝐼𝐼)
𝑆

Caso a densidade de fluxo magnético seja uniforme em uma secção reta de


circuito magnético, como mostrado na Figura 02, podemos reduzir a Equação (𝐼𝐼) para:

𝜑𝑐 = 𝐵𝑐 𝐴𝑐 (𝐼𝐼𝐼)

5
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

Onde 𝑩𝒄 é a densidade de fluxo no núcleo e 𝑨𝒄 é a área da seção reta do núcleo.

Figura 02: Circuito magnético com entreferro de ar

Fonte [2]

O circuitos magnéticos, como mostrado acima, consistem em uma estrutura que,


em sua maior parte, é composta por material magnético de permeabilidade elevada. A
presença de um material de alta permeabilidade tende a fazer com que o fluxo magnético,
descrito na Equação (𝐼𝐼𝐼), seja confinado aos caminhos delimitados pela estrutura.

Veja que dessa Figura 02 pode-se tirar que a fonte do campo magnético do
núcleo é o produto 𝑁𝑖, em ampères-espiras (A.e), sendo também denominada de força
magnetomotriz 𝓕. De (𝐼) e do que acabou de ser exposto, temos:

⃗ ∙ ⃗⃗⃗
ℱ = 𝑁𝑖 = ∮𝐻 𝑑𝑙 (𝐼𝑉)
𝐶

Como o comprimento do caminho de qualquer linha de fluxo é


aproximadamente igual ao comprimento médio do núcleo 𝒍𝒄 , temos de (𝐼𝑉):

6
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

ℱ = 𝑁𝑖 = 𝐻𝑐 𝑙𝑐 (𝑉)

Sabendo-se que a relação entre intensidade de campo magnético 𝑯 e a


densidade de fluxo magnético 𝑩 é uma propriedade do material em que se encontra o
campo magnético e que costuma-se supor que é uma relação linear, temos:

⃗ = 𝜇𝐻
𝐵 ⃗ (𝑉𝐼)

No núcleo e no entreferro, aa densidadea de fluxo são dadas da seguinte


maneira, respectivamente:

𝜑
𝐵𝑐 = (𝑉𝐼𝐼)
𝐴𝑐

𝜑
𝐵𝑔 = (𝑉𝐼𝐼𝐼)
𝐴𝑔

Da Equação (𝑉), temos:

ℱ𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = ℱ𝑐 + ℱ𝑔 → ℱ = 𝐻𝑐 𝑙𝑐 + 𝐻𝑔 𝑙𝑔 (𝐼𝑋)

Usando-se (𝑉𝐼) em (𝐼𝑋), temos:

𝐵𝑐 𝐵𝑔
ℱ= 𝑙𝑐 + 𝑙𝑔 (𝑋)
𝜇 𝜇0

Onde 𝝁𝟎 é a permeabilidade magnética do vácuo: 𝜇0 = 4𝜋 ∙ 10−7 𝐻/𝑚.

Das Equações (𝑉𝐼𝐼) e (𝑉𝐼𝐼𝐼), pode-se reescrever a Equação (𝑋) como:

𝑙𝑐 𝑙𝑔
ℱ = 𝜑( + ) (𝑋𝐼)
𝜇𝐴𝑐 𝜇0 𝐴𝑔
7
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

De onde definiu-se os termos que multiplicam o fluxo, na equação anterior,


como relutância 𝓡. Logo, temos:
𝑙𝑐
ℛ𝑐 = (𝑋𝐼𝐼)
𝜇𝐴𝑐

𝑙𝑔
ℛ𝑔 = (𝑋𝐼𝐼𝐼)
𝜇0 𝐴𝑔

Ou seja:

ℱ = 𝜑(ℛ𝑐 + ℛ𝑔 ) (𝑋𝐼𝑉)

ℱ = 𝜑 ∙ ℛ𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑋𝑉)

De acordo com a Lei de Faraday, quando um campo magnético varia no tempo,


ele produz um campo elétrico no espaço, ou seja:

𝑑
⃗⃗⃗⃗ = −
∮ 𝐸⃗ ∙ 𝑑𝑆 ∫𝐵 ⃗⃗⃗⃗
⃗ ∙ 𝑑𝑎 (𝑋𝑉𝐼)
𝐶 𝑑𝑡 𝑆

Ou seja, a integral de linha da intensidade de campo elétrico 𝑬 ao longo de um


contorno fechado 𝐶 é igual à razão, no tempo, da variação de fluxo magnético que
concatena, atravessa, aquele contorno.

Para estruturas magnéticas, com enrolamentos de alta condutividade elétrica,


como mostrados na Figura 02, pode-se mostrar que o campo 𝑬 no fio é muito pequeno,
de modo que pode-se desprezá-lo, e o primeiro membro da equação anterior será o
negativo da tensão induzida 𝒗(𝒕) nos terminais do enrolamento. Percebe-se também que
no segundo membro da equação anterior, tem-se o diferencial, no tempo, do fluxo
concatenado 𝝀 (𝜆 = 𝑁𝜑), uma vez que o enrolamento concatena o fluxo do núcleo 𝑁
vezes, ou seja:

8
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

𝑑𝜑 𝑑𝜆
𝑣(𝑡) = 𝑁 = (𝑋𝑉𝐼𝐼)
𝑑𝑡 𝑑𝑡

Em um circuito magnético, composto por material magnético de permeabilidade


constante ou que inclua um entreferro dominante, a relação entre 𝜑 e 𝑖 será linear e pode-
se determinar a intutância 𝑳 como:

𝜆
𝐿= (𝑋𝑉𝐼𝐼𝐼)
𝑖

De (𝑉), (𝑋𝑉), (𝜆 = 𝑁𝜑) e (𝑋𝑉𝐼𝐼𝐼), chega-se a seguinte relação:

𝑁2
𝐿= (𝑋𝐼𝑋)
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Supondo-se um circuito magnético estático, tem-se que a indutância é fixa, e
substituindo-se (𝑋𝑉𝐼𝐼𝐼) em (𝑋𝑉𝐼𝐼), obtem-se:

𝑑𝑖
𝑣(𝑡) = 𝐿 (𝑋𝑋)
𝑑𝑡

Projeto de Indutores

Partindo do pré suposto de que a relutância do núcleo é desprezível em relação à


relutância do entreferro, tem-se, na Equação (𝑋𝐼𝑋), que 𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑅𝑔 , 𝐴𝑔 = 𝐴𝑐 logo,
substituindo (𝑋𝐼𝐼𝐼) em (𝑋𝐼𝑋), tem-se:

𝑵𝟐 𝝁𝟎 𝑨𝒄
𝒍𝒈 = ∙ 𝟏𝟎−𝟐 (𝑨)
𝑳

Onde o comprimento do entreferro já vem convertido em centímetros.

9
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

Veja que algumas conclusões interessantes se obtem da Equação (𝑨), entre elas,
está no fato da indutância ser praticamente imune a variações na permeabilidade do
núcleo, uma vez que 𝜇 está fora da equação devido à baixa influência da relutância do
material magnético sob a relutância resultante. Como 𝜇 é por muitas vezes variável, ele
iria fazer com que a indutância ficasse variando, inviabilizando assim a consistência deste
projeto.

Um outro fato interessante, é que o entreferro permite que o indutor opere com
valores maiores de corrente no enrolamento sem qual a saturação seja atingida.

Figura 03: Secção transversal do entreferro

Fonte [1]

Perceba, através da Figura 03, que, quando for feita a separação do entreferro,
tem-se que colocar uma distância de 𝑙𝑔 /2, uma vez que, como mostrado na figura, o
comprimento resultante será igual a 𝑙𝑔 .

É de fácil entendimento e demonstração que, para tensões contínuas, em formato


de onda quadrada, aplicadas no indutor, tem-se correntes triangulares, tal qual mostrada
logo abaixo:

10
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

Figura 04: Formato de corrente no indutor para formatos de ondas de tensão CC quadrada

Fonte [1]

Onde a frequência de chaveamento é dada por 𝑓 = 1/𝑇 e 𝐷 é o ciclo de trabalho


da onda quadrada de tensão CC da fonte.

Sendo depois definidos, através da Figura 05, a área da seção transversal do


caminho do fluxo 𝑨𝑒 e a área da janela do núcleo 𝑨𝒘 :

Figura 05: Formato do núcleo de ferrite utilizado na prática

Fonte [1]

De (𝑋𝑉𝐼𝐼), tem-se:

Δ𝜑
𝑣(𝑡) = 𝑁 (𝑋𝑉𝐼𝐼)′
Δ𝑡
11
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

De (𝑋𝑋), tem-se:
Δ𝑖
𝑣(𝑡) = 𝐿 (𝑋𝑋)′
Δ𝑡

De (𝑋𝑉𝐼𝐼)′ /(𝑋𝑋)′, (𝐼𝐼𝐼) e da Figura 05 tem-se:

𝚫𝐢
𝑵=𝑳 (𝑩)
𝚫𝐁 ∙ 𝐀 𝐞
Considerando-se que para a corrente máxima no indutor tem-se um fluxo
máximo, pode-se pegar de (𝑩):
𝐈𝐦á𝐱
𝑵=𝑳 (𝑪)
𝐁𝐦á𝐱 ∙ 𝐀 𝐞

Agora, definindo-se 𝑨𝒑 como a área transversal total do enrolamento, e 𝑲𝒘


como o fator de ocupação do cobre dentro do carretel (𝐾𝑤 = 0.7), temos:

𝐴𝑝 = 𝐾𝑤 ∙ 𝐴𝑤 (𝑋𝑋𝐼)
A figura a seguir ilustra o que ocorre com a Equação (𝑋𝑋𝐼).
Figura 06: Área da janela do núcleo (𝐴𝑤 ) em relação a área ocupada pelos enrolamentos (𝐴𝑝 )

Fonte [1]

De (𝐼), pode-se observar intuitivamente que:


12
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

𝑁 ∙ 𝐼𝑒𝑓
𝐽𝑚á𝑥 = (𝑋𝑋𝐼𝐼)
𝐴𝑝

Substituindo-se (𝑋𝑋𝐼) em (𝑋𝑋𝐼𝐼), tem-se:

𝑱𝒎á𝒙 ∙ 𝑲𝒘 ∙ 𝑨𝒘
𝑵= (𝑫)
𝑰𝒆𝒇

De (𝑪)/(𝑫) e ajustando-se a equação para que 𝐴𝑒 e 𝐴𝑤 já venham dados em


centímetros, tem-se:

𝑳 ∙ 𝑰𝒎á𝒙 ∙ 𝑰𝒆𝒇
𝑨𝒆 𝑨𝒘 = ∙ 𝟏𝟎𝟒 (𝑬)
𝑩𝒎á𝒙 ∙ 𝑱𝒎á𝒙 ∙ 𝑲𝒘

Onde 𝐵𝑚á𝑥 = 0.3𝑇 para o núcleo de ferrite e 𝐽𝑚á𝑥 varia de 300 a 450 𝐴/𝑐𝑚2.

Outro fator importante a ser considerado, é em relação ao Efeito Pelicular,


ao qual sabe-se que os elétrons da corrente tendem a percorrer o condutor pelas bordas,
ou seja, pelas extremidades da secção transversal. Sabe-se que isso aumenta bastante a
resistência do condutor, pois a área por onde os elétrons estão fuindo fica bastante
limitada em relação a secção transversal do condutor. Dessa forma, tem-se uma perda de
energia bastante acentuada.

É importante frisar também que este efeito é proporcional à intensidade de


corrente e aumenta com a raiz quadrada da frequência, com a permeabilidade magnética e
com a condutividade elétrica do condutor.

A figura abaixo ilustra o comportamento do Efeito Pelicular devido à frequência:

13
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

Figura 07: Efeito Pelicular para alguns valores de frequências

Fonte [1]
De onde o efeito da profundidade pelicular 𝜹 para o cobre a 100 ºC é dado por:

𝟕. 𝟓
𝜹= (𝑭)
√𝒇

Sendo o diâmetro máximo do condutor menor que 2𝛿 e a área do condutor


menor 𝑺𝒔𝒌𝒊𝒏 .
Uma solução interessante para reduzir as perdas de energia causadas pelo Efeito
Pelicular é utilizando-se um cabo com vários condutores, de diâmetros pequenos isolados
entre si, em paralelo e em trafos de altas frequências. Sendo a seção do condutor do
enrolamento 𝑺𝒇𝒊𝒐 determinada a partir da seguinte equação:

𝑰𝒆𝒇
𝑺𝒇𝒊𝒐 = (𝑮)
𝑱𝒎á𝒙

Sendo o número de condutores em paralelo dados por:

𝑺𝒇𝒊𝒐
𝒏𝒑𝒂𝒓𝒂𝒍𝒆𝒍𝒐𝒔 = (𝑯)
𝑺𝒔𝒌𝒊𝒏

14
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

Calculados todos os parâmetros, verificar se é possível colocar os condutores na


janela do núcleo escolhido, ou seja, 𝐴𝑝 < 𝐴𝑤 .

Para calcular a área mínima necessária 𝑨𝒘𝒎í𝒏 , pode-se utilizar do fato de que:

𝑁º𝑓𝑖𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑞𝑢𝑒𝑛𝑜𝑠 = 𝑁 ∙ 𝑛𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜𝑠 (𝑋𝑋𝐼𝐼𝐼)

𝑆𝑓𝑖𝑜 𝑆𝑠𝑘𝑖𝑛 𝑆𝑓𝑖𝑜


𝐾𝑤 = = → 𝑆𝑠𝑘𝑖𝑛 = (𝑋𝑋𝐼𝑉)
𝐴𝑤 𝐴𝑤 𝐾𝑤

𝐴𝑤𝑚í𝑛 = 𝑁º𝑓𝑖𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑞𝑢𝑒𝑛𝑜𝑠 ∙ 𝑆𝑠𝑘𝑖𝑛 (𝑋𝑋𝑉)

Substituindo (𝑋𝑋𝐼𝐼𝐼) e (𝑋𝑋𝐼𝑉) em (𝑋𝑋𝑉), tem-se:

𝑺𝒇𝒊𝒐
𝑨𝒘𝒎í𝒏 = 𝑵 ∙ 𝒏𝒑𝒂𝒓𝒂𝒍𝒆𝒍𝒐𝒔 ∙ (𝑰)
𝑲𝒘

Percebe-se que a construção do indutor só será realizada se:


𝐴𝑤𝑚í𝑛
<1 (𝑋𝑋𝑉𝐼)
𝐴𝑤

Para finalizar, será dado um breve algorítmo para facilitar na agilização do projeto
de indutores para conversores CC:

1. Se o indutor que será projetado é para conversores CC, utilize


núcleo de ferrite e fios de cobre, vá para o item 2. Senão,
aborte o projeto.
2. Calcule 𝐴𝑤 𝐴𝑒 (Equação (𝑬)). Se 𝐴𝑤 𝐴𝑒 > 𝐴𝑤 𝐴𝑒 𝑛ú𝑐𝑙𝑒𝑜 rever os parâmetros,
senão ir para o ítem 3.
3. Calcule o número de espiras. Utilizar uma das Equações, (𝑩), (𝑪)
ou (𝑫).
4. Calcule o entreferro. Utilize a Equação (𝑨).

15
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

5. Determine a seção do condutor. Utilizar a Equação (𝑭) para


determinar o diâmetro mínimo dos fios de seções menores e
consequentemente sua área. Determine a área do fio maior através
da Equação (𝑮). Utilize a Equação (𝑯) para determinar o número de
fios pequenos em paralelo.
6. Calcule 𝐴𝑤 𝑚í𝑛 através da Equação (𝑰). Se 𝐴𝑤 𝑚í𝑛 <𝐴𝑤 , projeto
concluído. Senão, refaça os parâmetros do projeto.

Conversor CC Boost

Conversores CC-CC são sistemas compostos por material semicondutor de


potência operando como chaves de potência, conjuntamente com elementos de circuitos
(indutores e capacitores) com o intuito principal de controlar o fluxo de potência na fonte
de entrada para uma fonte na saída. Resumindo, os conversores CC-CC são circuitos
eletrônicos que convertem tensão CC para um diferente nível de tensão com uma saída
bem regulada.
O tipo mais eficiente de conversor CC-CC é o conversor chaveado. Em um
circuito desse tipo, um dispositivo semicondutor (transistor, por exemplo) atua como uma
chave eletrônica, comutando entre os estados de corte e saturação. Deste modo, a
potência absorvida pela chave é muito pequena. Em caso ideal, pode-se considerar que a
potência absorvida pela chave ideal é nula, tendo em vista que quando a chave está aberta
não existe corrente passando pela chave e quando está fechada, não há queda de tensão na
mesma.

ANÁLISE DO BOOST
A Figura 08 mostra a topologia do conversor Boost
.

16
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

Figura 08: Conversor Boost (elevador).

Fonte: Próprio autor.

As mesmas suposições iniciais feitas para a análise do conversor Buck, são


utilizadas na análise do conversor Boost.
De modo análogo ao estudo do conversor Buck, a análise para o conversor Boot
deve ser dividida em duas partes: chave fechada e chave aberta

Análise com a chave fechada


A Figura 09 mostra o circuito do conversor Boost quando a chave está fechada.

Figura 09: Análise com a chave fechada.

Fonte: Próprio autor.

Quando a chave está fechada, o diodo está em corte, isto é, reversamente


polarizado. Analisando a queda de tensão no indutor, é possível chegar à relação:
𝑑𝑖𝐿
𝑉𝑖𝑛 = 𝑉𝐿 = 𝐿
𝑑𝑡

17
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

𝑑𝑖𝐿 𝑉𝑖𝑛
= (17)
𝑑𝑡 𝐿
A equação (17) mostra que a derivada da corrente no indutor é uma constante,
isto permite que seja feita a aproximação
𝑑𝑖𝐿 𝑖𝐿 𝑉𝑖𝑛
= =
𝑑𝑡 𝑡 𝐿
Portanto
𝑉𝑖𝑛
𝑖𝐿 𝑓𝑒𝑐ℎ𝑎𝑑𝑎 = 𝐷𝑇 (18)
𝐿
Na sequência é feita a análise para quando a chave está aberta. A Figura 10
mostra o circuito resultante quando a chave está aberta
Figura 10: Análise com a chave aberta.

Fonte: Próprio autor.

Quando a chave está aberta, o diodo está em condução, isto é, diretamente


polarizado, com o intuito de fornecer caminho para a corrente no indutor. Analisando o
circuito da Figura 8 é possível chegar na seguinte relação:
𝑉𝑖𝑛 − 𝑉𝐿 − 𝑉𝑜 = 0
𝑑𝑖𝐿 𝑑𝑖𝐿 𝑉𝑖𝑛 − 𝑉𝑜
𝑉𝐿 = 𝐿 = 𝑉𝑖𝑛 − 𝑉𝑜 ∴ =
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝐿

Novamente a derivada da corrente no indutor é uma constante, isto é, a corrente


no indutor varia de maneira linear, permitindo ser feita a aproximação

𝑑𝑖𝐿 𝑖𝐿 𝑉𝑖𝑛 − 𝑉𝑜


= =
𝑑𝑡 𝑡 𝐿
18
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

𝑉𝑖𝑛 − 𝑉𝑜
𝑖𝐿 𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑎 = (1 − 𝐷)𝑇 (19)
𝐿
Análogo ao conversor Buck, para o funcionamento no estado estável, a variação
líquida da corrente no indutor deve ser nula, isto é
𝑖𝐿 𝑓𝑒𝑐ℎ𝑎𝑑𝑎 + 𝑖𝐿 𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑎 = 0
Substituindo as equações (18) e (19), tem-se

𝑉𝑖𝑛 𝑉𝑖𝑛 − 𝑉𝑜
𝐷𝑇 + (1 − 𝐷)𝑇 = 0
𝐿 𝐿
𝑉𝑜 1
= (20)
𝑉𝑖𝑛 1 − 𝐷
Sabendo que o duty cycle (D) é um valor que está entre 0 e 1, a equação 20 diz
que, para um conversor Boost, a tensão de saída será sempre maior ou igual a tensão de
entrada.
A corrente média no indutor pode ser determinada através da relação entre as
potências de entrada e de saída, já que 𝐼𝑖𝑛 = 𝐼𝐿 . Deste modo,
𝑃𝑖𝑛 = 𝑃𝑜
𝑃𝑖𝑛 = 𝑉𝑖𝑛 𝐼𝑖𝑛 = 𝑉𝑖𝑛 𝐼𝐿
𝑉𝑜2
𝑉𝑖𝑛 𝐼𝐿 = (21)
𝑅
Pela equação (20)
𝑉𝑖𝑛
𝑉𝑜 =
1−𝐷
Substituindo em (21) e isolando 𝐼𝐿
𝑉𝑖𝑛 𝑉𝑜2 𝑉𝑜 𝐼𝑜
𝐼𝐿 = = = (22)
(1 − 𝐷)2 𝑅 𝑉𝑖𝑛 𝑅 𝑉𝑖𝑛
Com o valor da corrente média no indutor, é possível calcular o valor máximo e
mínimo da corrente no indutor:
𝑖𝐿 𝑉𝑖𝑛 𝑉𝑖𝑛
𝐼𝑚á𝑥 = 𝐼𝐿 + = 2
+ 𝐷𝑇 (23)
2 (1 − 𝐷) 𝑅 2𝐿
𝑖𝐿 𝑉𝑖𝑛 𝑉𝑖𝑛
𝐼𝑚í𝑛 = 𝐼𝐿 − = 2
− 𝐷𝑇 (24)
2 (1 − 𝐷) 𝑅 2𝐿

19
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

Da equação (18) é possível extrair a equação que determina o valor de


indutância a ser utilizada em função da variação de corrente no indutor
𝑉𝑖𝑛
𝑖𝐿 = 𝐷𝑇
𝐿
𝑉𝑖𝑛
𝐿= 𝐷 (25)
𝑖𝐿 𝑓

Até o momento, como foi feito na análise do conversor Buck, o capacitor é


considerado de um valor alto de modo a marte constante a tensão na saída. Entretanto, a
corrente não será perfeitamente constante, dado que o dispositivo real não possui
capacitância infinita. Deste modo é necessário que se calcule a ondulação na tensão de
𝑉
saída ( 𝑉 𝑜 ).
𝑜

A Figura 11 mostra a forma de onda de corrente no capacitor.

Figura 11: Forma de onda de corrente no capacitor.

Fonte: [5]

A carga do capacitor pode ser calculada pela área sob a curva de corrente. Pela
Figura 9, é notado que de 0 a DT, a área sob a curva de corrente no capacitor é um
retângulo, deste modo:
𝑉𝑜
𝑄 = 𝐷𝑇 = 𝐶𝑉𝑜
𝑅
𝑉𝑜 𝐷
= (26)
𝑉𝑜 𝑅𝐶𝑓

20
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

Para fins de projeto, é mais proveitoso encontrar o valor de capacitância para


atender a especificação de ondulação na tensão de saída, deste modo, rearranjando a
equação (26) é possível obter o valor de capacitância desejado
𝐷
𝐶= (27)
𝑅(𝑉𝑜 /𝑉𝑜 )𝑓

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

PROJETO DO CONVERSOR
O conversor Boost do projeto tem as seguintes especificações:
 𝑉𝑖𝑛 = 10 𝑉
 𝑉𝑜 = 20 𝑉
 𝐿 = 900 𝜇𝐻
 𝑃𝑜 = 1 𝑊
 𝑖𝐿 = 1,5 𝐴
 𝑉𝑜 = 1 𝑉

Primeiro foi calculado o duty cycle do conversor através de um rearranjo da


equação (20)
10
𝐷 =1− = 0,5
20
Sabendo que a potência de saída 𝑃𝑜 = 1 𝑊, é possível calcular o valor do
resistor de carga.
202
𝑅= = 400 
1
Na prática, o valor de resistência utilizado foi de 470  com capacidade de
dissipar até 4 𝑊 de potência.

Utilizando a equação (25) o valor de indutância é obtido


10 ∙ 0,5
𝑓= = 5,5 𝑘𝐻𝑧
1 ∙ 900𝜇

21
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

Na prática, utilizando o CI SG3525, foi obtida uma freqüência de 7 𝑘𝐻𝑧, devido


a associação de resistores utilizados.

Finalmente, com o uso da equação (27), o valor de capacitância é obtido


0,5
𝐶= 1
= 4,5 𝜇𝐹
400 ∙ (20) ∙ 5,5𝑘

O valor de capacitância utilizado no projeto foi de 4,7 𝜇𝐹 por ser o valor


comercial que mais se aproxima do valor calculado.
Com o projeto finalizado, é possível observar alguns parâmetros interessantes

(a) Formas de onda do comando da chave e tensão sobre a chave;


A Figura 12 mostra a forma de onda do comando da chave e a Figura 13 mostra
a forma de onda da tensão sobre a chave.
Figura 12 – Forma de onda do comando da chave.

Fonte: Próprio autor.

22
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

Figura 13 – Forma de onda da tensão sobre a chave.

Fonte: Próprio autor.


(b) Formas de onda de tensão de entrada, tensão na carga, corrente de
entrada, corrente na carga.

A Figura 14 mostra, respectivamente, a forma de onda de tensão e corrente de


entrada, enquanto a figura 15 mostra, respectivamente, a forma de onda de tensão e
corrente na carga

Figura 14 – Forma de onda de tensão e corrente de entrada.

Fonte: Próprio autor.

23
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

Figura 15 – Forma de onda da tensão e corrente na carga.

Fonte: Próprio autor


(c) Formas de onda de tensão e corrente no indutor.
A Figura 16 mostra, respectivamente, a forma de onda de tensão e corrente no
indutor.
Figura 16 – Formas de onda de tensão e corrente no indutor.

Fonte: Próprio autor.

24
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

PROJETO DO INDUTOR

Para iniciar o projeto do indutor, é necessário, de antemão, ter escolhido e


projetado o conversor para o qual será utilizado o indutor. O conversor escolhido foi um
Boost, com as seguintes especificações:

 𝑉𝑖𝑛 = 50 𝑉
 𝑉𝑜 = 200 𝑉
 𝑃𝑜 = 100 𝑊
 𝑓 = 50 𝑘𝐻𝑧
𝑉𝑜
 = 0,0093%
𝑉𝑜

 𝑖𝐿 = 1 𝐴

Para as especificações supracitadas, foram calculados os seguintes valores para


os componentes do conversor:

 𝐿 = 750 𝜇𝐻
 𝐼𝑚á𝑥 = 2,49 𝐴
 𝐼𝑟𝑚𝑠 = 1,57 𝐴

Foi escolhido o núcleo NEEL-30/15/14 que é apresentado na Figura 08


Figura 21: Medidas do núcleo de ferrite escolhido

Fonte [9]

25
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

O fabricante fornece os valores de alguns parâmetros relevantes para o projeto do


indutor:
 𝐴𝑒 = 122,0 𝑚𝑚2
 𝐵𝑠𝑎𝑡 = 0,51 𝑇
 𝐵𝑚á𝑥 = 0,3 𝑇
 𝐴𝑤(𝑛ú𝑐𝑙𝑒𝑜) = 1,1931 𝑐𝑚2
 𝑘𝑤 = 0,7

Com essas informações é possível o projeto do indutor, o qual é necessário


calcular parâmetros como número de espiras, densidade de corrente máxima nos
condutores, produto 𝐴𝑒 𝐴𝑤 .

Com auxílio do MATLAB, foi escrito um pequeno script contendo as equações de


(𝑨) à (𝑰), para se calcular todos os parâmetros importantes para o projeto do indutor. O
script é apresentado a seguir:

Command Window

clear
clc

%%%%%----- PROJETO DE INDUTOR -----%%%%%

mi0=4*pi*10^-7; % Permeabilidade magnética do vácuo.


kw = 0.7; % Fator de ocupação do cobre.
Bmax = 0.3; % Densidade de fluxo magnético méxima [T].
Imax = 2.49; % Corrente máxima no indutor [A].
Ief = 1.57; % Corrente eficaz no indutor [A].
Ae = 122*(10^-6); % Área transversal do caminho do fluxo [m^2].
L = 750*(10^-6); % Valor de indutância [H].
f = 50000; % Frequência de operação do conversor [Hz].
Awnu = 1.193; % Área da janela do núcleo [cm^2].

N1 = L*(Imax/(Bmax*Ae)); % Número de espiras calculado por


% indução magnetica.
g = ((N1^2)*(mi0)*Ae*(L^-1))*10^3; % Comprimento do entreferro em [mm]
jmax = (N1*Ief)/(kw*(Awnu)); % Densidade de corrente máxima nos
% condutores [A/cm^2].
sfio = (Ief/jmax); % Seção dos condutores [cm^2].
delta = 7.5/(sqrt(f)); % Diâmetro máximo do condutor deve ser
% menor.
% que 2*delta.
delta2 = 2*delta; % [cm].
skin = pi*(delta)^2; % Profundidade pelicular em [cm^2]

26
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

nparalelo = sfio/skin; % Número de condutores em paralelo.

%%%%%----- POSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO -----%%%%%

Awmin = N1*nparalelo*(skin); % Awmin/Awnuc < 1


factivel = Awmin/Awnu;

Os resultados foram os seguintes:

 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎𝑠 = 51,02 ≅ 51


 𝑆𝑓𝑖𝑜 = 0,0164 𝑐𝑚2
 𝑑𝑓𝑖𝑜 = 0,042 𝑐𝑚2
 𝑙𝑔 = 0,532 𝑚𝑚
 𝛿 = 0,0335 𝑐𝑚
 𝑆𝑠𝑘𝑖𝑛 = 0,0035 𝑐𝑚2
 𝑛𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜𝑠 = 4,63 ≅ 5
 𝐴𝑤𝑚í𝑛 = 0,835 𝑐𝑚2

Analisando os resultados foi escolhido um condutor 𝐴𝑊𝐺 𝑛° 21, que possui


diâmetro de 0,07230 𝑐𝑚, 𝑆𝑓𝑖𝑜(𝑒𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑖𝑑𝑜) = 0,0041 𝑐𝑚2 e capacidade de 1,2 𝐴.

Como esperado o diâmetro do fio escolhido é menor do que 2𝛿 a fim de


minimizar o efeito pelicular nos condutores. Outro ponto que pode ser observado é que a
relação:

𝐴𝑤𝑚í𝑛 0,835
= = 0,7 < 1
𝐴𝑤𝑛ú𝑐𝑙𝑒𝑜 1,19

Todavia, o número de condutores em paralelo, teve que ser arredonda para


cinco, ficando-se a nova relação:

𝐴𝑤𝑚í𝑛 0,901
= = 0,755 < 1
𝐴𝑤𝑛ú𝑐𝑙𝑒𝑜 1,19

Isto é, o indutor pode ser construído.


27
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

5. CONCLUSÃO

O projeto de um conversor cc-cc por mais básico que seja apresenta desafios aos
estudantes, apresentando problemas práticos que fogem ao escopo de uma simulação
computacional.
Com a realização deste projeto foi possível perceber que a construção de um
magnético é de fundamental importância para os projetos em eletrônica de potência e ver
na prática a ação dos circuitos magnéticos e do gap (entreferro), que, ao ter seu valor
aumentado, aumentava também a energia armazenada e a indutância, indo de acordo com
a teoria estudada em disciplinas como Conversão Eletromecânica de Energia.
O circuito de chaveamento do MOSFET foi implementado com a utilização do
CI SG3525, que gera um PWM através da comparação de uma onda dente de serra com
uma tensão de referência. Como a freqüência calculada foi de 6 𝑘𝐻𝑧 e a freqüência
obtida no circuito foi de 7 𝑘𝐻𝑧, o conversor boost apresentou um ruído audível bastante
incômodo.
As formas de onda obtidas na simulação foram todas comparadas com o obtido
na prática, validando assim toda a teoria estudada durante as aulas teóricas. Foi possível
notar que, por conta da diferença na freqüência calculada e na freqüência obtida, bem
como no duty cyle, provocaram uma saída acima do valor para o qual o conversor foi
projetado.
O custo do projeto de um conversor cc-cc é baixíssimo, sendo mais complicada
a obtenção do indutor, já que tem de ser projetado com o valor correto para o conversor,
tornando, assim, difícil sua obtenção no mercado.

28
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

6. BIBLIOGRAFIA

[1] OLIVEIRA, DEMERCIL. S. JR. Roteiro de Aulas de Eletrônica de Potência –


Laboratório Nº 05 – Projeto Físico de Magnéticos. Fortaleza: DEE-UFC, 2015.

[2] OLIVEIRA JÚNIOR, Demercil de Souza., Guia Prático Nº 04 – Simulação de


conversores CC-CC. Fortaleza: DEE-UFC, 2015.

[3] RAFAEL, T. F. N. Slides de Aulas de Conversão Eletromecância de Energia – Aula2


– Circuitos Magnéticos, Indutância. Fortaleza: DEE-UFC, 2015.

[4] RAFAEL, T. F. N. Slides de Aulas de Conversão Eletromecância de Energia – Aula7


– Trafo 03. Fortaleza: DEE-UFC, 2015.

[5] OLIVEIRA JÚNIOR, Demercil de Souza., Aula conversores cc-cc básicos. Fortaleza:
DEE-UFC,2015

[6] SOUZA, I. J. Material em formato PDF – Circuitos Retificadores.

[7] A. E. FITZGERALD, C. KINGSLAY, S. D. UMANS: Máquinas Elétricas, Bookman,


6ª Ed. (2006).

[8] BARBI, I., Eletrônica de Potência, 7ª Edição, Edição do autor, Florianópolis, 2012.

[9] http://www.thornton.com.br/produtos/nee.htm

29
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

30
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

31
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

32
UNIVERSIDADE FEDERAL DOCEARÁ– UFC
CENTRODE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTODE ENGENHARIAELÉTRICA – DEE

33

S-ar putea să vă placă și