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Teorias Comportamentalistas
Princípios Psicopedagógicos Técnicas de Ensino
Teorias Humanistas
Princípios Psicopedagógicos Técnicas de Ensino
cada indivíduo já traz o programa pronto em seu sistema nervoso, isto significa que, ao nascermos, já está
determinado quem será inteligente ou não. Assim, uns nasceram para aprender, e aprendem facilmente; outros
não nasceram para o estudo, se fracassam o fracasso é só deles. (Darsie, 1999:13)
O professor tem o simples papel de despertar no sujeito aquilo que ele já sabe e atualizar os conhecimentos
inatos; digamos que a figura do professor é meramente ilustrativa, sua função restringe-se a um auxiliar do
aluno, interferindo o mínimo possível em seu processo de aprendizagem (DAMIANI e NEVES, 2006).
“nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos” (Aristóteles)
Todo conhecimento deriva de uma base empírica, de percepções ou impressões sensíveis sobre o real, sendo
elaborado e desenvolvido a partir desses dados.Assim, o conhecimento é visto como estando no mundo
externo, na realidade, nos objetos.
“o sujeito é totalmente determinado pelo mundo do objeto ou meio físico e social. Quem representa este mundo,
na sala de aula, é, por excelência, o professor. No seu imaginário, ele, e somente ele, pode produzir algum novo
conhecimento no aluno. O aluno aprende se, e somente se, o professor ensina. O professor acredita no mito da
transferência do conhecimento *…+ Tudo o que o aluno tem a fazer é submeter-se à fala do professor: ficar em
silêncio, prestar atenção, ficar quieto e repetir tantas vezes quantas forem necessárias”. (Becker, 1994:90)
O aluno assimila e acomoda as novas informações com as quais entra em contato. O seu conhecimento, então,
passa a ser resultado de um processo de construção, ao contrário de algo pronto e elaborado pelo professor.
Como vimos até então, a proposta construtivista vai de encontro às concepções inatistas e
comportamentalistas, no sentido de conceber o sujeito da aprendizagem como alguém essencialmente ativo.
A abordagem vigotskiana concebe o homem da seguinte forma: ao mesmo tempo em que este se relaciona e
interfere na sociedade, esta também deixa marcas que o constituíram; ao mesmo tempo em que realiza uma
ação, o homem também é receptor dessa ação.
A abordagem histórico-cultural entende que o desenvolvimento das pessoas ocorre por meio de uma
“interação dialética que se dá, desde o nascimento, entre o ser humano e o meio social e cultural em que se
insere” (Damiani e Neves, 2006:7).
O professor é peça fundamental nestes processos, pois tem como função ser o mediador entre o conhecimento
e o aluno e, sobretudo, conforme Facci (2004), ele deve encaminhar o ensino de maneira a favorecer o
desenvolvimento máximo das capacidades do aluno.
BIBLIOGRAFIA:
BECKER, Fernando (1994). Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Porto Alegre. Educação &
Realidade, vol. 19, p. 89-96.
DAMIANI, Magda Floriana; NEVES, Rita de Araújo(2006). Vygotsky e as teorias da aprendizagem. UNIrevista, vol.
1, nº.2.
DARSIE, Marta Maria Pontin (1999). Perspectivas epistemológicas e suas implicações no processo de ensino e
de aprendizagem. Cuiabá, Uniciências, vol. 3, p. 9-21,
FACCI, Marilda Gonçalves Dias (2004). Valorização ou Esvaziamento do Trabalho do Professor?:um estudo
crítico-comparativo da teoria do professor reflexivo, do construtivismo e da psicologia vigotskiana. Campinas,
SP: Autores Associados.
MELLO, Suely Amaral (2004). A escola de Vygotsky. IN: CARRARA, Kester (org.). Introdução à psicologia da
educação: seis abordagens. São Paulo: Avercamp.
POZO, Juan Ignácio (2002). Aprendizes e Mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed.
MOTIVAÇÃO
Motivação extrínseca
Na motivação extrínseca, o controlo da conduta é decisivamente influenciado pelo meio exterior, não sendo os
factores motivacionais inerentes nem ao sujeito nem à tarefa, mas simplesmente ao resultado da interacção
entre ambos.
A motivação extrínseca está assim relacionada, tal como reforça Tapia (1997), com metas externas (metas de
rendimento), ou seja, com situações em que a conduta se produz com a finalidade de apenas se receber uma
recompensa ou se evitar qualquer punição ou castigo. Nessas situações, o sujeito preocupa-se, sobretudo com
a sua imagem, com o seu “eu”.
Os alunos estão mais preocupados em demonstrar os seus níveis de competência e com os juízos positivos que
deles se possa fazer.
Os alunos motivados por motivação extrínseca são, sobretudo, impulsionados por mecanismos de motivação
extrínseca, o seu objectivo é apenas obter avaliações positivas.
Motivação intrínseca
Na motivação intrínseca, ao contrário, o controlo da conduta dependesobretudo do sujeito em si, dos seus
próprios interesses e disposições.
A motivação intrínseca corresponde, por seu turno, a situações em que não há necessariamente recompensa
deliberada, ou seja, relaciona-se com tarefas que satisfazem por si só o sujeito; correspondem-lhe, por isso,
metas internas (metas de aprendizagem).
Os alunos envolvem-se mais facilmente na própria aprendizagem, de forma a adquirir conhecimentos e
desenvolver competências.
Os alunos movidos por motivação intrínseca têm, assim, face às tarefas escolares, o objectivo de desenvolver as
suas competências.
O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira aprender, deve fornecer
estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender.
Ao estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele, aprendizagem é também motivação, onde os
motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido.
É fundamental que o aluno queira dominar alguma competência. O desejo de realização é a própria motivação,
assim o professor deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus avanços, captando a atenção do
aluno.
A motivação é um fator que deve ser equacionado no contexto da educação, ciência e tecnologia, tendo grande
importância na análise do processo educativo.
A motivação apresenta-se como o aspecto dinâmico da ação: é o que leva o sujeito a agir, ou seja, o que o leva
a iniciar uma ação, a orientá-la em função de certos objetivos, a decidir a sua prossecução e o seu termo.
A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação
estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que, na base da motivação,
está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma
vontade ou uma predisposição para agir. A motivação está também incluídano ambiente que estimula o
organismo e que oferece o objeto de satisfação. E, por fim, na motivação está incluído o objeto que aparece
como a possibilidade de satisfação da necessidade. (BOCK, 1999)
Objetivo da motivação:
Uma das grandes virtudes da motivação é melhorar a atenção e a concentração, nessa perspectiva pode-se
dizer que a motivação é a força que move o sujeito a realizar atividades.
Ao sentir-se motivado o individuo tem vontade de fazer alguma coisa e se torna capaz de manter o esforço
necessário durante o tempo necessário para atingir o objetivo proposto.
Torna-se tarefa primordial do professor identificar e aproveitar aquilo que atrai a criança, aquilo do que ela
gosta, como modo de privilegiar seus interesses.
1. Propiciando a descoberta. O aluno deve ser desafiado, para que deseje saber, e uma forma de criar este
interesse é dar-lhe a possibilidade de descobrir.
2. Desenvolver nos alunos uma atitude de investigação, uma atitude que garanta o desejo mais duradouro de
saber, de querer saber sempre. Desejar saber deve passar a ser um estilo de vida. Essa atitude pode ser
desenvolvida com atividades muito simples, que começam pelo incentivo à observação da realidade próxima
ao aluno – sua vida cotidiana -, os objetos que fazem parte de seu mundo físico e social. Essas observações
sistematizadas vão gerar dúvidas (por que as coisas são como são?), sendo preciso investigar, descobrir.
3. Falar ao sempre numa linguagem acessível, de fácil compreensão.
4. Os exercícios e tarefas deverão ter um grau adequado de complexidade. Tarefas muito difíceisgeram
fracasso, e tarefas fáceis, que não desafiam, levam à perda do interesse.
5. Compreender a utilidade daquilo que se está a aprender é também fundamental. Não é difícil para o
professor estar sempre a elevar a importância e utilidade que o conhecimento tem e poderá ter para o
aluno. Estamos sempre com vontade de aprender coisas que são úteis e têm sentido para nossa vida.
(BOCK, 1999, p. 122)
O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira aprender, deve fornecer
estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender.
Ao estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele, aprendizagem é também motivação, onde os
motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido.
É fundamental que o aluno queira dominar alguma competência. O desejo de realização é a própria motivação,
assim o professor deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus avanços, captando a atenção do
aluno.
BIBLIOGRAFIA:
BOCK, Ana M. Bahia (1999). Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. 13ª ed. São Paulo: Saraiva.