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jusbrasil.com.br
18 de Março de 2018
Síntese.
1. Introdução
Nunca é demais lembrar que os tópicos vindouros deverão ser observados por
ambos os lados da esfera processual penal, principalmente se colocarmos o caráter
técnico da atividade processual onde ela realmente deve estar: acima das paixões,
estas vãs, superficiais e efêmeras.
Vivemos uma fase complicada, onde projetos de reformulação dos nossos diplomas
penais e processuais penais ganham força nas casas legislativas. E nós, operadores
do Direito, temos o dever de monitorar tudo, almejando que, sempre, aquele que
anda em conformidade com a lei, seguindo suas diretrizes, entendendo que sua
liberdade termina onde começa a do próximo, bem como seus direitos, há que
receber, de forma efetiva, e eficaz, a proteção do Estado na medida de suas
necessidades. O caráter educacional da medida punitiva há que ser mantido, sem o
esquecimento do caráter retributivo daquela, sempre na real medida da gravidade
da infração cometida, nem mais, nem menos.
2. Desenvolvimento
Não pode deixar de ser mencionado, consoante à melhor doutrina, que a tipicidade
das formas configura-se como uma real garantia para as partes e para uma correta
prestação da tutela jurisdicional. As partes ficariam inseguras se, após a prática de
determinado ato de cunho processual, não soubessem sobre sua eficácia, restando
assim, sua produção de efeitos, ou não, ao capricho do magistrado. Assim, havendo
um determinado modelo a seguir, as partes terão ciência que, seguindo-o, o ato se
configurará como eficaz, produzindo os seus normais efeitos. Logo, constata-se que
o que se pretende impedir é o “fetichismo formalista” que redunde por prejudicar a
própria essência dos atos. (Badaró, 2016. 4. Ed.)
Fauzi Hassan Choukr (Choukr, 2009. 3 ed.) ensina que, em termos práticos, e
diante do cenário brasileiro, alguns pontos sobre o tema podem ser apresentados:
d) por fim, percebe-se, após a leitura de Binder, que aquele autor demonstra,
acompanhando o raciocínio teórico de Ferrajoli, em seu “Garantismo”, que as
interpretações comumente empregadas na doutrina e na jurisprudência pátrias
dificultam uma correta compreensão acusatória, bem como a verdadeira dimensão
dos direitos fundamentais a serem resguardados.
Tourinho Filho (Filho, 2007. 9. Ed.) possui um conceito simples e direto do tema.
Assim define, o eminente jurista:
Pode ser dito que, todos os conceitos acima elencados guardam uma boa relação
com o instituto em comento. Ainda, não restam dúvidas de que a nulidade só irá
ocorrer após determinado ato judicial que qualifique a atividade processual como
imprópria a gerar os efeitos que eram esperados ou pretendidos.
Mirabete (Mirabete J. F., 2007. 11. Ed.), com seu brilhantismo, nos dá uma visão
geral sobre as nulidades:
· princípio do interesse.
Poder-se-ia tratar, mais a fundo, sobre todas as teorias, separando as mais usuais,
mas esse não é o objetivo da presente exposição.
3. Conclusão
Referências
Badaró, G. H. (2016. 4. Ed.). Processo Penal. São Paulo: Thomson Reuters Revista
dos Tribunais.
Mirabete, J. F. (2007. 11. Ed.). Código de Processo Penal Interpretado. São Paulo:
Editora Atlas S. A.
Nucci, G. D. (2013. 12. Ed.). Código de Processo Penal Comentado. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais.
Oliveira, E. P. (2013. 17. Ed.). Curso de Processo Penal. São Paulo: Atlas.
Pacelli, E., & Fischer, D. (2016. 8. Ed.). Comentários ao Código de Processo Penal
e sua jurisprudência. São Paulo: gen. Atlas.
Távora, N., & Alencar, R. R. (2015. 10. Ed.). Curso de Direito Processual Penal.
Salvador: Editora Juspodium.