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SÃO CRISTÓVÃO
2015
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
SÃO CRISTÓVÃO
2015
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SUMÁRIO
SOLUÇÃO ............................................................................................................... 16
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 17
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HISTÓRICO DA PONTE
ANÁLISE ESTRUTURAL
A ponte era composta por 4 arcos duplos, suspensos por 32 cabos de aço de
8 cm de diâmetro cada, distos cerca de 15 metros entre si. A partir da análise gráfica
de inúmeras imagens da ponte foi possível estimar suas dimensões numa projeção
2D, como pode ser vista na Figura 3.
A primeira etapa para investigação das causas que levaram à queda da ponte
é a reconstrução dos esforços atuantes no momento da ruptura. Segundo populares
cerca de 40 cavalos passavam pela ponte durante o ocorrido e talvez isso tenha
iniciado todo o processo. Além disso havia as tubulações da adutora que contribuíram
com certa carga sobre a ponte e isso deve ser levado em consideração no estudo a
seguir.
Desde o início do processo de perícia havia a suspeita que a ruptura de um dos
cabos de sustentação teria levado à queda da ponte. Utilizando o software FTool® foi
possível recriar em certo ponto as tensões em cada cabo da ponte a partir de certas
hipóteses iniciais:
A carga é distribuída igualmente em ao longo de todo ¼ de ponte;
O peso de cada cavalo é de 500kg, o que dá uma carga total de 20 toneladas;
Cabos opostos na ponte compartilham metade da carga axial na simulação 2D;
A tubulação deveria estar completamente cheia no momento da ruptura;
O diâmetro das tubulações eram de cerca de 1,1 m, o que dá um volume total
(considerando um comprimento de 30 metros, distância de encontro dos arcos)
de:
𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝜋𝑟𝑡𝑢𝑏𝑜 𝐿𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 28509,95 𝑚3 /𝑡𝑢𝑏𝑢𝑙𝑎çã𝑜
A seção transversal da pista é do tipo U-shape com as seguintes dimensões:
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Figura 3 - Esquema 2D de 1/4 da ponte elaborado no software FTool
6
Figura 4 - Seção transversal em U
Dimensão Valor
T 0,60 m
B 1,5 m
A 7,0 m1
Como não foi possível a análise metalográfica do aço dos cabos da ponte para
a determinação dos seus constituintes e como trata-se de uma construção da
década de 1930 considerou-se que fora utilizado um aço de categoria CA-25
(a mais baixa na norma NBR 7480) com tensão de escoamento de até
250MPa2. Optou-se então pelo aço SAE 1030HR com as seguintes
propriedades3:
1
Segundo as ‘Normas para o Projeto de Estradas e Rodagens’. Disponível em
<http://www.dnit.gov.br/download/rodovias/operacoes-rodoviarias/faixa-de-dominio/normas-projeto-estr-
rod-reeditado-1973.pdf>
2
Segundo a norma brasileira NBR 7480.
3
Disponível em Shigley’s mechanical engineering design.—Tenth edition / Richard G. Budynas. Apêndice A-20
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Propriedade Valor
Com os dados fornecidos acima foi possível o cálculo das cargas sobre a ponte.
Cavalos - - - - 20000,00
Total 496779,91
Carga
162,44 kN/m
distribuída5
4
Fora considerado somente o peso do concreto, com densidade média estimada em 2,65 ton/m³. Disponível
em <http://www.redimix.com.br/tiposdeconcreto/>
5
Considerando um comprimento de 30 metros e a aceleração da gravidade como 9,81 m/s².
8
Figura 5 - Cargas distribuídas sobre a ponte no trecho
considerado na análise
9
Figura 6 - Diagrama de momento para o trecho considerado
na análise 10
Figura 7 - Diagrama de esforço cisalhante para o trecho considerado na análise
11
Figura 8 - Diagrama de esforço axial para o trecho considerado
na análise
12
Figura 9 - Deformação resultante e deslocamentos para o
trecho considerado na análise. (Fator de deformação de 522.6)
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Investigando inicialmente as tensões axiais atuantes em cada cabo foi possível
observar que as tensões atuantes variavam numa faixa de 53kN – 204,1kN.
Considerando a tensão de escoamento dada anteriormente isso traria um coeficiente
de segurança mínimo de:
CONDIÇÕES OPERACIONAIS
6
Dado disponível em <
http://www.academia.edu/249641/MODELO_NUM%C3%89RICO_AN%C3%81LISE_DE_VIABILIDADE_DE_APRO
VEITAMENTOS_MULTIPLOS_EM_BACIAS_HIDROGR%C3%81FICAS>
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da temperatura e da estrutura e composição do material. O aspecto de uma falha por
esse tipo de mecanismo pode ser vista a seguir.
Este tipo de mecanismo tem alguns aspectos que são comumente observados,
tais como: a fratura intergranular na corrosão sob tensão e a fratura transgranular na
corrosão sob tensão. Esta é observada por vezes em aços doces (na presença de
álcalis ou nitratos), aços de alta resistência mecânica (principalmente na presença de
cloretos) e algumas ligas de alumínio.
A última manutenção registrada foi em setembro 1994, desde então nenhuma
vistoria adicional foi efetuada. A população local informou à perícia que alguns dos
cabos aparentemente haviam se rompido, algo que aumentaria a sobrecarga nos
demais e que poderia ser um dos fatores que culminaram no incidente.
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SOLUÇÃO
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BIBLIOGRAFIA
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