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Direito Civil
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OAB XV EXAME
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Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do OBRIGAÇÃO DE FAZER (AD FACIENDUM)
devedor, responderá este pelo equivalente,
mais perdas e danos. • FACERE
• FUNGÍVEL E INFUNGÍVEL
Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar • ARTS 633/634 CPC
sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal • RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO
qual se ache, sem direito a indenização; se por PRÓPRIO SUBJETIVA
culpa do devedor, observar-se-á o disposto no • URGÊNCIA: AUTOTUTELA CIVIL..
art. 239. CUIDADO ARTS.187, CC (ABUSO DE
DIREITO). ENUNCIADO 37 I CJF.
VIDE ENUNCIADO 15 I CJF. • INFUNGIBILIDADE MEDIDAS: ARTS
461 E 645 DO CPC E ART. 84 DO
BENEFÍCIOS CDC.
• ENUNCIADO 22 I CJF.
Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier • SÚMULA 410 STJ
melhoramento ou acréscimo à coisa, sem
despesa ou trabalho do devedor, lucrará o Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar
credor, desobrigado de indenização. perdas e danos o devedor que recusar a
prestação a ele só imposta, ou só por ele
Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, exeqüível.
empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o
caso se regulará pelas normas deste Código Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se
atinentes às benfeitorias realizadas pelo impossível sem culpa do devedor, resolver-se-
possuidor de boa-fé ou de má-fé. á a obrigação; se por culpa dele, responderá
por perdas e danos.
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos,
observar-se-á, do mesmo modo, o disposto Art. 249. Se o fato puder ser executado por
neste Código, acerca do possuidor de boa-fé terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar
ou de má-fé. à custa do devedor, havendo recusa ou mora
deste, sem prejuízo da indenização cabível.
DAR A COISA INCERTA
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o
• GENÉRICA credor, independentemente de autorização
• GÊNERO E QUANTIDADE judicial, executar ou mandar executar o fato,
• CONCENTRAÇÃO DO DÉBITO sendo depois ressarcido.
• CRITÉRIO MÉDIO
• TRANSITORIEDADE/ RELATIVIDADE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER (AD NON
• GENUS NUNQUAM PERIT. CRÍTICA. FACIENDUM)
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Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma
obrigação não ficará extinta para com os obrigação concorre mais de um credor, ou mais
outros; mas estes só a poderão exigir, de um devedor, cada um com direito, ou
descontada a quota do credor remitente. obrigado, à dívida toda.
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Art. 265. A solidariedade não se presume; Parágrafo único. Não importará renúncia da
resulta da lei ou da vontade das partes. solidariedade a propositura de ação pelo credor
contra um ou alguns dos devedores.
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e
simples para um dos co-credores ou co- Art. 276. Se um dos devedores solidários
devedores, e condicional, ou a prazo, ou falecer deixando herdeiros, nenhum destes
pagável em lugar diferente, para o outro. será obrigado a pagar senão a quota que
corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo
Da Solidariedade Ativa se a obrigação for indivisível; mas todos
reunidos serão considerados como um devedor
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem solidário em relação aos demais devedores.
direito a exigir do devedor o cumprimento da
prestação por inteiro. Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos
devedores e a remissão por ele obtida não
Art. 268. Enquanto alguns dos credores aproveitam aos outros devedores, senão até à
solidários não demandarem o devedor comum, concorrência da quantia paga ou relevada.
a qualquer daqueles poderá este pagar.
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores obrigação adicional, estipulada entre um dos
solidários extingue a dívida até o montante do devedores solidários e o credor, não poderá
que foi pago. agravar a posição dos outros sem
consentimento destes.
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer
deixando herdeiros, cada um destes só terá Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por
direito a exigir e receber a quota do crédito que culpa de um dos devedores solidários, subsiste
corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo para todos o encargo de pagar o equivalente;
se a obrigação for indivisível. mas pelas perdas e danos só responde o
culpado.
Art. 271. Convertendo-se a prestação em
perdas e danos, subsiste, para todos os Art. 280. Todos os devedores respondem pelos
efeitos, a solidariedade. juros da mora, ainda que a ação tenha sido
proposta somente contra um; mas o culpado
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou responde aos outros pela obrigação acrescida.
recebido o pagamento responderá aos outros
pela parte que lhes caiba. Art. 281. O devedor demandado pode opor ao
credor as exceções que lhe forem pessoais e
Art. 273. A um dos credores solidários não as comuns a todos; não lhe aproveitando as
pode o devedor opor as exceções pessoais exceções pessoais a outro co-devedor.
oponíveis aos outros.
Art. 282. O credor pode renunciar à
Art. 274. O julgamento contrário a um dos solidariedade em favor de um, de alguns ou de
credores solidários não atinge os demais; o todos os devedores.
julgamento favorável aproveita-lhes, a menos
que se funde em exceção pessoal ao credor Parágrafo único. Se o credor exonerar da
que o obteve. solidariedade um ou mais devedores, subsistirá
a dos demais.
Da Solidariedade Passiva
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-
de um ou de alguns dos devedores, parcial ou devedores a sua quota, dividindo-se
totalmente, a dívida comum; se o pagamento igualmente por todos a do insolvente, se o
tiver sido parcial, todos os demais devedores houver, presumindo-se iguais, no débito, as
continuam obrigados solidariamente pelo resto. partes de todos os co-devedores.
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Art. 284. No caso de rateio entre os co- obrigação "de resultado", tendo a autora
devedores, contribuirão também os exonerados demonstrado não ter sido atingida a meta
da solidariedade pelo credor, pela parte que na avençada, há presunção de culpa do
obrigação incumbia ao insolvente. profissional, com a consequente inversão do
ônus da prova, cabendo ao réu demonstrar que
Art. 285. Se a dívida solidária interessar não agiu com negligência, imprudência ou
exclusivamente a um dos devedores, imperícia, ou mesmo que o insucesso se deu
responderá este por toda ela para com aquele em decorrência de culpa exclusiva da autora.
que pagar. 4. A par disso, as instâncias ordinárias
salientam também que, mesmo que se tratasse
OBRIGAÇÕES DE MEIO E RESULTADO de obrigação "de meio", o réu teria "faltado com
o dever de cuidado e de emprego da técnica
• As de meio são aquelas em que o adequada", impondo igualmente a sua
devedor obriga-se apenas executar a responsabilidade. 5. Recurso especial não
atividade com a maior probidade e provido. (REsp 1238746/MS, Rel. Ministro LUIS
diligência possível. Exemplo: Advogado FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado
ele não garante o ganho da causa. em 18/10/2011, DJe 04/11/2011)
OBS: Art. 14 par. 4º CDC e art.951, CC.
• As de resultado são aquelas em que o TEMA DE PROVA: PODE HAVER EXCLUSÃO
devedor assume o risco, ou seja, se DE RESPONSABILIDADE NAS OBRIGAÇÕES
compromete, independente dos meios DE RESULTADO?
utilizados. OBS: Art. 737, CC. Vejamos DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL
o STJ: DO MÉDICO. CIRURGIA PLÁSTICA.
OBRIGAÇÃO DE RESULTADO.
RESPONSABILIDADE CIVIL. RECURSO SUPERVENIÊNCIA DE PROCESSO
ESPECIAL. TRATAMENTO ODONTOLÓGICO. ALÉRGICO. CASO FORTUITO.
APRECIAÇÃO DE MATÉRIA ROMPIMENTO DO NEXO DE CAUSALIDADE.
CONSTITUCIONAL. INVIABILIDADE. 1. O requisito do prequestionamento é
TRATAMENTO ORTODÔNTICO. EM REGRA, indispensável, por isso inviável a apreciação,
OBRIGAÇÃO CONTRATUAL DE em sede de recurso especial, de matéria sobre
RESULTADO. REEXAME DE PROVAS. a qual não se pronunciou o Tribunal de origem,
INADMISSIBILIDADE. 1. As obrigações incidindo, por analogia, o óbice das Súmulas
contratuais dos profissionais liberais, no mais 282 e 356 do STF.
das vezes, são consideradas como "de meio", 2. Em procedimento cirúrgico para fins
sendo suficiente que o profissional atue com a estéticos, conquanto a obrigação seja de
diligência e técnica necessárias, buscando a resultado, não se vislumbra responsabilidade
obtenção do resultado esperado. objetiva pelo insucesso da cirurgia, mas mera
Contudo, há hipóteses em que o compromisso presunção de culpa médica, o que importa a
é com o "resultado", tornando-se necessário o inversão do ônus da prova, cabendo ao
alcance do objetivo almejado para que se profissional elidi-la de modo a exonerar-se da
possa considerar cumprido o contrato. responsabilidade contratual pelos danos
2. Nos procedimentos odontológicos, causados ao paciente, em razão do ato
mormente os ortodônticos, os profissionais da cirúrgico. 3. No caso, o Tribunal a quo concluiu
saúde especializados nessa ciência, em regra, que não houve advertência a paciente quanto
comprometem-se pelo resultado, visto que os aos riscos da cirurgia, e também que o médico
objetivos relativos aos tratamentos, de cunho não provou a ocorrência de caso fortuito,
estético e funcional, podem ser atingidos com tudo a ensejar a aplicação da súmula 7/STJ,
previsibilidade. porque inviável a análise dos fatos e provas
3. O acórdão recorrido registra que, além de o produzidas no âmbito do recurso especial. 4.
tratamento não ter obtido os resultados Recurso especial não conhecido. (REsp
esperados, "foi equivocado e causou danos à 985888/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE
autora, tanto é que os dentes extraídos terão SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
que ser recolocados". Com efeito, em sendo 16/02/2012, DJe 13/03/2012)
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13. ART. 323, CC- PRINCÍPIO DA pedido, mas sim à extinção parcial da
GRAVITAÇÃO JURÍDICA. obrigação, até o montante da importância
consignada. - Na hipótese de procedência
LOCAL DO PAGAMENTO parcial dos pedidos,
os ônus de sucumbência devem ser
1. DOMICÍLIO DO DEVEDOR. ART. 327, suportados por ambas as partes.- Agravo não
CC- OBRIGAÇÃO provido. (AgRg nos EDcl no REsp
QUERÁBLE/QUESÍVEL. 1223520/MS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
2. DOMICÍLIO DO CREDOR- TERCEIRA TURMA, julgado em 09/10/2012,
OBRIGAÇÃO PORTÁBLE/PORTÁVEL. DJe 15/10/2012).
3. ART. 328, CC- LOCAL DO IMÓVEL
4. ART.329,CC- MITIGAÇÃO DA PACTA AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
SUNT SERVANDA. ESPECIAL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM
5. ART. 330, CC- PAGAMENTO IMPROCEDENTE. VALOR
SUPRESSIO/SURRECTIO. FIGURAS DEPOSITADO INSUFICIENTE. PAGAMENTO
PARCELARES DA BOA-FÉ OBJETIVA. DE DÍVIDA COMO TERCEIRO
COTIDIANO FORENSE- CLÁUSULA DA INTERESSADO. NECESSIDADE DE
PERMISSÃO OU TOLERÂNCIA- DEPÓSITO INTEGRAL COMPREENDENDO
CONDUTA CONTRÁRIA NÃO GERA PRESTAÇÃO DEVIDA, JUROS, CORREÇÃO
RENÚNCIA TÁCITA? E EVENTUAIS DESPESAS. 1. "A teor da
jurisprudência desta Corte, aliás,
TEMPO DO PAGAMENTO fundamentada no caráter propter rem das
quotas condominiais, uma vez transferido o
1. ART. 331, CC- PRINCÍPIO DA imóvel, a ação de cobrança dos encargos a ele
IMEDIATIVIDADE. correspondentes pode ser proposta tanto
2. ART. 332, CC- OBRIGAÇÕES contra o proprietário como contra o promissário
SUBMETIDAS À CONDIÇÃO comprador, pois o interesse prevalente é o da
3. ART. 33, CC- VENCIMENTO coletividade de receber os recurso para
ANTECIPADO pagamento de despesas indispensáveis e
inadiáveis, podendo o credor escolher, entre
FORMAS ESPECIAIS OU INDIRETAS DE aqueles que tenham uma relação jurídica
PAGAMENTO vinculada ao imóvel, ou seja, a
responsabilidade pelas quotas deve ser aferida
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO (ARTS de acordo com as circunstâncias do caso
334/345,CC): INFUNDADA NEGATIVA DO concreto". (REsp n.771.610/SP, relator Ministro
CREDOR DE RECEBER O VALOR OU JORGE SCARTEZZINI, 4ª Turma, unânime, DJ
QUALQUER OUTRO FATO OBSTATIVO. 13.3.2006) 2. "A consignação em pagamento
AFASTAMENTO DA MORA E TRANSFERE visa exonerar o devedor de sua obrigação,
OS RISCOS PARA O CREDOR (ART.400,CC). mediante o depósito da quantia ou da coisa
TRATA-SE DE UM INSTITUTO HÍBRIDO, devida, e só poderá ter força de pagamento se
POIS REFERE-SE AO DIREITO MATERIAL E concorrerem 'em relação às pessoas, ao
PROCESSUAL. O OBJETO DA objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem
CONSINAÇÃO É A OBRIGAÇÃO DE DAR. os quais não é válido o pagamento' (artigo 336
do NCC)". (REsp 1194264 / PR, relator Ministro
DUAS SITUAÇÕES JURISPRUDENCIAIS LUIS FELIPE SALOMÃO, 4ª Turma, unânime,
DJe 4.3.2011) 3. Agravo regimental a que se
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO. RECURSO nega provimento. (AgRg no REsp 947.460/RS,
ESPECIAL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI,
PAGAMENTO. DEPÓSITOS INSUFICIENTES. QUARTA TURMA, julgado em 27/03/2012, DJe
QUITAÇÃO PARCIAL DA OBRIGAÇÃO. 10/04/2012)
ÔNUS SUCUMBENCIAIS. - Na ação de
consignação em pagamento, a insuficiência do IMPORTANTE! O ROL DO ART. 335, CC É
depósito não conduz à improcedência do EXEMPLIFICATIVO.
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Da cessão de contrato
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