Sunteți pe pagina 1din 15

OAB XV EXAME

Direito Civil
Cristiano Sobral

Direito Obrigacional sujeito (relação entre o homem e a


@profCrisSobral coisa).
Livro: Direito Civil Sistematizado 5ª edição. Ed. • Nos direitos obrigacionais se observa a
Gen/Método. eficácia inter-partes, enquanto nos reais
Advogado. Doutorando em Direito. Autor de a eficácia se dá erga omnes.
diversas obras.
OBS: Tema comumente indagado em
CONCEITO concursos- OBRIGAÇÃO PROPTER REM.
(registro de propriedade)
Trata- se de uma relação jurídica de caráter
transitório formada entre credor e devedor em São aquelas ligadas a coisa, ou seja, por causa
torno do cumprimento (adimplemento) de uma do bem. Aderem à coisa. Podem ser chamadas
prestação (exigível) em que deverá ser em provas de ambulatoriais, reipersecutórias.
observado uma série de deveres. Vejamos o STJ:

Que deveres são esses? CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO DE


COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS.
1. Principais: Envolvem as obrigações de ARREMATAÇÃO DE IMÓVEL PELO BANCO.
dar, fazer e não fazer. DÍVIDA ANTERIOR. OBRIGAÇÃO PROPTER
2. Acessórios (anexos, implícitos, REM. AGREGAÇÃO AO IMÓVEL.
satelitários): Envolvem a cooperação, a RESPONSABILIDADE DO ARREMATANTE.
proteção e a confiança, por exemplo. DIREITO DE REGRESSO. CPC, ART. 42, § 3º.
I. O entendimento firmado pelas Turmas
A responsabilidade do devedor em caso de integrantes da 2a. Seção do STJ é no sentido
descumprimento afeta todo o seu patrimônio? de que a dívida condominial constitui obrigação
ATENÇÃO! Mitigação dos arts. 389/390 do propter rem, de sorte que, aderindo ao imóvel,
CC/02. Observação ao Direito Civil- passa à responsabilidade do novo adquirente,
Constitucional. ainda que se cuide de cotas anteriores à
transferência do domínio,
Fundamentos para diversos certames: a) ressalvado o seu direito de regresso contra o
estatuto jurídico do patrimônio mínimo. b) antigo proprietário. II. Recurso especial não
Dignidade da pessoa humana. c) art. 649 do conhecido. (REsp 659584/SP, Rel. Ministro
CPC. d) Lei 8.009/90. e) Súmula 364 do STJ. f) ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA
Súmula 25 Vinculante do STF. TURMA, julgado em 04/04/2006, DJ
22/05/2006, p. 205)
DIREITOS OBRIGACIONAIS X DIREITOS
REAIS São híbridas? Sim, pois estão entre os direitos
pessoais e reais.
• Os direitos obrigacionais são numerus
apertus (art.425. CC), já os reais são Tema de concurso: Obrigação propter rem no
clausus (art. 1225, CC). direito ambiental.
• Os direitos obrigacionais não se PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO.
submetem a seqüela (princípio da DANOS AMBIENTAIS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
aderência ou inerência), já os direitos RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE.
reais sim. TERRAS RURAIS. RECOMPOSIÇÃO.
• Nos direitos obrigacionais não MATAS. TEMPUS REGIT ACTUM.
observamos a exigibilidade do registro AVERBAÇÃO PERCENTUAL DE 20%.
(art. 107, CC), porém nos reais existe a SÚMULA 07 STJ. 1. A responsabilidade pelo
necessidade de registrabilidade. dano ambiental é objetiva, ante a ratio essendi
• Nos direitos obrigacionais existe a da Lei 6.938/81, que em seu art. 14, § 1º,
presença de duas partes determina que o poluidor seja obrigado a
(credor/devedor) e nos reais há um só indenizar ou reparar os danos ao meio-
ambiente e, quanto ao terceiro, preceitua que a

www.cers.com.br 1
OAB XV EXAME
Direito Civil
Cristiano Sobral

obrigação persiste, mesmo sem culpa. INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS.


Precedentes do STJ: SUCESSORES.
RESP 826976/PR, Relator Ministro Castro
Meira, DJ de 01.09.2006; AgRg no REsp A Turma deu provimento ao recurso especial a
504626/PR, Relator Ministro Francisco Falcão, fim de assegurar aos sucessores o direito à
DJ de 17.05.2004; RESP 263383/PR, Relator indenização pelos danos morais suportados
Ministro João Otávio de Noronha, DJ de pelo de cujus. Na espécie, a lesada propôs a
22.08.2005 e EDcl no AgRg no RESP ação indenizatória por danos materiais e
255170/SP, desta relatoria, DJ de 22.04.2003. morais em desfavor da recorrida, mas faleceu
2. A obrigação de reparação dos danos no curso do processo, tendo sido sucedida
ambientais é propter rem, por isso que a Lei pelos herdeiros recorrentes. O tribunal a quo
8.171/91 vigora para todos os proprietários condenou a recorrida a reparar apenas os
rurais, ainda que não sejam eles os prejuízos materiais; quanto aos morais,
responsáveis por eventuais desmatamentos entendeu que a imagem e a personalidade são
anteriores, máxime porque a referida norma patrimônios subjetivos, portanto desaparecem
referendou o próprio Código Florestal (Lei com a morte de seu detentor. Segundo a Min.
4.771/65) que estabelecia uma limitação Relatora, o direito de exigir a reparação do
administrativa às propriedades rurais, dano, inclusive moral, transmite-se com a
obrigando os seus proprietários a instituírem herança nos termos dos arts. 12 e 943 do
áreas de reservas legais, de no mínimo 20% de CC/2002. Ressaltou ser intransmissível o
cada propriedade, em prol do direito moral em si, personalíssimo por
interesse coletivo. Precedente do STJ: RESP natureza, não o direito de ação, de cunho
343.741/PR, Relator Ministro Franciulli Netto, patrimonial. Dessa forma, concluiu que, assim
DJ de 07.10.2002 como o espólio e os herdeiros têm legitimidade
ativa ad causam para pleitear, em ação própria,
Pode a pessoa devedora se livrar da a reparação dos danos psicológicos suportados
obrigação? Sim, pelo abandono da coisa ou pelo falecido, com mais razão se deve admitir o
pelo transmissibilidade. direito dos sucessores de receber a
indenização moral requerida pelo de cujus em
ação iniciada por ele próprio. REsp 1.040.529-
OBS: DIFERENÇA PARA A OBRIGAÇÃO PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
COM ÔNUS REAL= ë aquela que gera 2/6/2011.
limitação com relação ao uso e gozo do bem,
ou seja, é um grave. Vejamos o art. 803, CC. ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO
Atenção! Essas obrigações desaparecem com
o perecimento da coisa, tal fato não ocorre na Elementos subjetivos: Credor e Devedor.
propter rem. 1- Elementos Objetivos: Prestações.
2- Elemento Virtual ou Espiritual:
OBS: OBRIGAÇÃO COM REFICÁCIA REAL: Vinculo.
Aqui estamos diante de um direito pessoal com
eficácia erga omnes. Vejamos: Art. 3º da Lei OBS: Tema de prova: VÍNCULO- TEORIAS-
8245/91, art. 505, CC. DUALISTA.

Outro tema de prova! • Schuld: executar a prestação. DÉBITO.


• Haftung: responsabilidade.

Algumas classificações importantes.

OBRIGAÇÃO CIVIL: SCHULD+HAFTUNG


OBRIGAÇÃO NATURAL: SCHULD
OBRIGAÇÃO DE GARANTIA: HAFTUNG.
OBS: ART. 820, CC.

www.cers.com.br 2
OAB XV EXAME
Direito Civil
Cristiano Sobral

FONTES DAS OBRIGAÇÕES pertenças, salvo se o contrário resultar da lei,


da manifestação de vontade, ou das
• Lei circunstâncias do caso.
• Contratos
• Atos ilícitos. Vide art. 187, CC. Art. 313. O credor não é obrigado a receber
• Atos unilaterais. Vide art.854/860; prestação diversa da que lhe é devida, ainda
876/883 e 884/886, ambos do CC. que mais valiosa.
• Princípios
• Súmula Vinculante Art. 356. O credor pode consentir em receber
prestação diversa da que lhe é devida.
OBS: Os dois últimos não estão contidos na
visão clássica. Para provas objetivas indico PERDA SEM CULPA E COM CULPA
marcar somente os quatro primeiros.
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES coisa se perder, sem culpa do devedor, antes
da tradição, ou pendente a condição
OBRIGAÇÕES DE DAR (AD DANDUM) suspensiva, fica resolvida a obrigação para
ambas as partes; se a perda resultar de culpa
Podem elas ter os seguintes entendimentos, do devedor, responderá este pelo equivalente e
vejamos: mais perdas e danos.

1. Dar: Idéia de transferência. Compra e DETERIORAÇÃO SEM CULPA E COM


Venda. CULPA
2. Entregar: Transferir a posse ou mesmo
a detenção. Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o
3. Restituir: Devolução da posse ou devedor culpado, poderá o credor resolver a
detenção. obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu
preço o valor que perdeu.
DAR A COISA CERTA. LEI
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o
1. OBJETO INDIVIDUALIZADO credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa
2. PRINCÍPIO DA GRAVITAÇÃO no estado em que se acha, com direito a
JURÍDICA reclamar, em um ou em outro caso,
3. OBSERVAÇÃO PARA AS indenização das perdas e danos.
PERTENÇAS.
4. PRINCÍPIO DA EXATIDÃO # ALIUD CÔMODOS OBRIGACIONAIS
PRO ALIO (UMA COISA POR OUTRA)
5. DAÇÃO EM PAGAMENTO Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a
6. OBRIGAÇÃO POSITIVA coisa, com os seus melhoramentos e
7. RES PERIT DOMINO SUO acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento
no preço; se o credor não anuir, poderá o
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa devedor resolver a obrigação.
abrange os acessórios dela embora não
mencionados, salvo se o contrário resultar do OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR.
título ou das circunstâncias do caso. PERDA/DETERIORAÇÃO SEM CULPA E
COM CULPA
Art. 93. São pertenças os bens que, não
constituindo partes integrantes, se destinam, Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa
de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder
aformoseamento de outro. antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a
obrigação se resolverá, ressalvados os seus
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem direitos até o dia da perda.
respeito ao bem principal não abrangem as

www.cers.com.br 3
OAB XV EXAME
Direito Civil
Cristiano Sobral

Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do OBRIGAÇÃO DE FAZER (AD FACIENDUM)
devedor, responderá este pelo equivalente,
mais perdas e danos. • FACERE
• FUNGÍVEL E INFUNGÍVEL
Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar • ARTS 633/634 CPC
sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal • RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO
qual se ache, sem direito a indenização; se por PRÓPRIO SUBJETIVA
culpa do devedor, observar-se-á o disposto no • URGÊNCIA: AUTOTUTELA CIVIL..
art. 239. CUIDADO ARTS.187, CC (ABUSO DE
DIREITO). ENUNCIADO 37 I CJF.
VIDE ENUNCIADO 15 I CJF. • INFUNGIBILIDADE MEDIDAS: ARTS
461 E 645 DO CPC E ART. 84 DO
BENEFÍCIOS CDC.
• ENUNCIADO 22 I CJF.
Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier • SÚMULA 410 STJ
melhoramento ou acréscimo à coisa, sem
despesa ou trabalho do devedor, lucrará o Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar
credor, desobrigado de indenização. perdas e danos o devedor que recusar a
prestação a ele só imposta, ou só por ele
Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, exeqüível.
empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o
caso se regulará pelas normas deste Código Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se
atinentes às benfeitorias realizadas pelo impossível sem culpa do devedor, resolver-se-
possuidor de boa-fé ou de má-fé. á a obrigação; se por culpa dele, responderá
por perdas e danos.
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos,
observar-se-á, do mesmo modo, o disposto Art. 249. Se o fato puder ser executado por
neste Código, acerca do possuidor de boa-fé terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar
ou de má-fé. à custa do devedor, havendo recusa ou mora
deste, sem prejuízo da indenização cabível.
DAR A COISA INCERTA
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o
• GENÉRICA credor, independentemente de autorização
• GÊNERO E QUANTIDADE judicial, executar ou mandar executar o fato,
• CONCENTRAÇÃO DO DÉBITO sendo depois ressarcido.
• CRITÉRIO MÉDIO
• TRANSITORIEDADE/ RELATIVIDADE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER (AD NON
• GENUS NUNQUAM PERIT. CRÍTICA. FACIENDUM)

Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao • NEGATIVA


menos, pelo gênero e pela quantidade. • ABSTENÇÃO DE CONDUTA
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero • QUASE SEMPRE INFUNGÍVEL E
e pela quantidade, a escolha pertence ao INDIVISÍVEL PELA NATUREZA
devedor, se o contrário não resultar do título da • VIDE ART. 390, CC
obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, • SE FOR TRANSEUNTE CABE PEDIDO
nem será obrigado a prestar a melhor. DE PERDAS E DANOS
Art. 245. Cientificado da escolha o credor, • SE FOR PERMANENTE- ART.637 DO
vigorará o disposto na Seção antecedente. CPC.
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o • AUTOTUTELA CIVIL. CUIDADO ART.
devedor alegar perda ou deterioração da coisa, 187, CC.
ainda que por força maior ou caso fortuito.
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer,
desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne

www.cers.com.br 4
OAB XV EXAME
Direito Civil
Cristiano Sobral

impossível abster-se do ato, que se obrigou a


não praticar. Art. 252. Nas obrigações alternativas, a
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja escolha cabe ao devedor, se outra coisa não
abstenção se obrigara, o credor pode exigir se estipulou.
dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à § 1o Não pode o devedor obrigar o credor a
sua custa, ressarcindo o culpado perdas e receber parte em uma prestação e parte em
danos. outra.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá § 2o Quando a obrigação for de prestações
o credor desfazer ou mandar desfazer, periódicas, a faculdade de opção poderá ser
independentemente de autorização judicial, exercida em cada período.
sem prejuízo do ressarcimento devido. § 3o No caso de pluralidade de optantes, não
havendo acordo unânime entre eles, decidirá o
OBRIGAÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS. juiz, findo o prazo por este assinado para a
CONCEITOS. deliberação.
§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e
• Simples: singularidade de sujeitos e este não quiser, ou não puder exercê-la,
prestações. Um credor, um devedor, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo
uma prestação. entre as partes.
• Compostas: mais de um sujeito e mais Art. 253. Se uma das duas prestações não
de uma prestação. Multiplicidade é a puder ser objeto de obrigação ou se tornada
palavra. inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra.
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se
OBRIGAÇÕES COMPOSTAS- puder cumprir nenhuma das prestações, não
ALTERNATIVAS (DISJUNTIVAS) E competindo ao credor a escolha, ficará aquele
CUMULATIVAS (CONJUNTIVAS) obrigado a pagar o valor da que por último se
impossibilitou, mais as perdas e danos que o
• Alternativas: Compostas pela caso determinar.
multiplicidade de objetos e aqui o Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e
devedor somente necessita cumprir uma das prestações tornar-se impossível por
com uma das prestações assumidas. culpa do devedor, o credor terá direito de exigir
Lembre do ou. a prestação subsistente ou o valor da outra,
• Cumulativas: Veja o nome! Compostas com perdas e danos; se, por culpa do devedor,
pela multiplicidade de objetos, e o ambas as prestações se tornarem
devedor tem que cumprir todas as inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor
prestações. de qualquer das duas, além da indenização por
• ESCOLHA. A QUEM CABE? perdas e danos.
• PLURALIDADE DE OPTANTES Art. 256. Se todas as prestações se tornarem
• PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-
• TRATO SUCESSIVO. JUS VARIANDI. se-á a obrigação.
BALANCEAMENTO DA
CONCENTRAÇÃO. OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS
• #OBRIGAÇÃO FACULTATIVA OU
COM FACULDADE DE • ART.87, CC.
CUMPRIMENTO. FALATA DE • CONCURSU PARTES FIUNT
PREVISÃO. IMPORTANTE PARA (HAVENDO CONCURSO DE
CONCURSOS. CREDORES E DEVEDORES A
OBRIGAÇÃO SERÁ FRACIONADA).
TEMA DE PROVA!!!! • INDIVISIBILIDADE: NATURAL,
JURÍDICA, CONVENCIONAL.
OBRIGAÇÃO FACULTATIVA: - uma • OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL E A
prestação- uma faculdade do devedor- não PLURALIDADE DE CREDORES. O
possibilidade do credor exigir qualquer QUE FAZER? ART. 260, CC.
alternância. É UMA OBRIGAÇÃO SIMPLES.

www.cers.com.br 5
OAB XV EXAME
Direito Civil
Cristiano Sobral

• ART. 263 E A # PARA AS Parágrafo único. O mesmo critério se


OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS. ISSO SE observará no caso de transação, novação,
DÁ PORQUE A INDIVISIBILIDADE É compensação ou confusão.
RELACIONADA AO OBJETO. JÁ A
SOLIDARIEDADE ESTÁ Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a
RELACIONADA AO SUJEITO, ASSIM obrigação que se resolver em perdas e danos.
PERSISTE MESMO DIANTE DE
PERDAS E DANOS. § 1o Se, para efeito do disposto neste artigo,
• PERDÃO E A OBRIGAÇÃO houver culpa de todos os devedores,
INDIVISÍVEL: REMISSÃO. A COTA responderão todos por partes iguais.
PARTE DEVE SER ABATIDA E § 2o Se for de um só a culpa, ficarão
COMPENSADA AO DEVEDOR. exonerados os outros, respondendo só esse
pelas perdas e danos.
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais
de um credor em obrigação divisível, esta OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS
presume-se dividida em tantas obrigações,
iguais e distintas, quantos os credores ou • MULTIPLICIDADE DE OBJETOS
devedores. • UNIDADE OBJETIVA DA OBRIGAÇÃO
(DÍVIDA TODA)
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a • NÃO SE PRESUME. LEGALIDADE E
prestação tem por objeto uma coisa ou um fato CONVENCIONALIDADE. EXEMPLO:
não suscetíveis de divisão, por sua natureza, LEI 932 C/C 942, CC. ART. 2º LEI
por motivo de ordem econômica, ou dada a 8245/91. ART. 585, CC. ART. 829,
razão determinante do negócio jurídico. CC.SENDO CONVENCIONAL. VER O
ART. 266,CC. VIDE ENUNCIADO 247
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, IV CJF.
a prestação não for divisível, cada um será • PREVENÇÃO JUDICIAL: ART. 268,
obrigado pela dívida toda. CC. VIDE ART.219, CPC.
• REFRAÇÃO DO CRÉDITO. ART. 270,
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, CC. BENEFÍCIOS DO INVENTÁRIO.
sub-roga-se no direito do credor em relação • REFRAÇÃO DO DÉBITO. ART. 276,
aos outros coobrigados. CC.
• DEVEDOR SOLIDÁRIO E EXCEÇÕES
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, PESSOAIS E DEMAIS EXCEÇÕES. AS
poderá cada um destes exigir a dívida inteira; PESSOAIS SÃO INCOMUNICÁVEIS.
mas o devedor ou devedores se desobrigarão, EXEMPLO: SE SOMENTE UM
pagando: DEVEDOR FOI COAGIDO A ASSINAR
UM CONTRATO SOMENTE ELE
I - a todos conjuntamente; PODERÁ ALEGAR ESSA DEFESA.
II - a um, dando este caução de ratificação dos • ART. 274 SUA POLÊMICA. SE UM
outros credores. DOS CREDORES PERDE EM JUÍZO?
NÃO SERÁ EFICAZ COM RELAÇÃO
Art. 261. Se um só dos credores receber a AO OUTROS. SE O CREDOR
prestação por inteiro, a cada um dos outros GANHA? TAL JULGADO IRÁ
assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a BENEFICIAR OS OUTROS.
parte que lhe caiba no total. • ENUNCIADOS 348, 349 E 359 IV CJF.

Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma
obrigação não ficará extinta para com os obrigação concorre mais de um credor, ou mais
outros; mas estes só a poderão exigir, de um devedor, cada um com direito, ou
descontada a quota do credor remitente. obrigado, à dívida toda.

www.cers.com.br 6
OAB XV EXAME
Direito Civil
Cristiano Sobral

Art. 265. A solidariedade não se presume; Parágrafo único. Não importará renúncia da
resulta da lei ou da vontade das partes. solidariedade a propositura de ação pelo credor
contra um ou alguns dos devedores.
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e
simples para um dos co-credores ou co- Art. 276. Se um dos devedores solidários
devedores, e condicional, ou a prazo, ou falecer deixando herdeiros, nenhum destes
pagável em lugar diferente, para o outro. será obrigado a pagar senão a quota que
corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo
Da Solidariedade Ativa se a obrigação for indivisível; mas todos
reunidos serão considerados como um devedor
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem solidário em relação aos demais devedores.
direito a exigir do devedor o cumprimento da
prestação por inteiro. Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos
devedores e a remissão por ele obtida não
Art. 268. Enquanto alguns dos credores aproveitam aos outros devedores, senão até à
solidários não demandarem o devedor comum, concorrência da quantia paga ou relevada.
a qualquer daqueles poderá este pagar.
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores obrigação adicional, estipulada entre um dos
solidários extingue a dívida até o montante do devedores solidários e o credor, não poderá
que foi pago. agravar a posição dos outros sem
consentimento destes.
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer
deixando herdeiros, cada um destes só terá Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por
direito a exigir e receber a quota do crédito que culpa de um dos devedores solidários, subsiste
corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo para todos o encargo de pagar o equivalente;
se a obrigação for indivisível. mas pelas perdas e danos só responde o
culpado.
Art. 271. Convertendo-se a prestação em
perdas e danos, subsiste, para todos os Art. 280. Todos os devedores respondem pelos
efeitos, a solidariedade. juros da mora, ainda que a ação tenha sido
proposta somente contra um; mas o culpado
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou responde aos outros pela obrigação acrescida.
recebido o pagamento responderá aos outros
pela parte que lhes caiba. Art. 281. O devedor demandado pode opor ao
credor as exceções que lhe forem pessoais e
Art. 273. A um dos credores solidários não as comuns a todos; não lhe aproveitando as
pode o devedor opor as exceções pessoais exceções pessoais a outro co-devedor.
oponíveis aos outros.
Art. 282. O credor pode renunciar à
Art. 274. O julgamento contrário a um dos solidariedade em favor de um, de alguns ou de
credores solidários não atinge os demais; o todos os devedores.
julgamento favorável aproveita-lhes, a menos
que se funde em exceção pessoal ao credor Parágrafo único. Se o credor exonerar da
que o obteve. solidariedade um ou mais devedores, subsistirá
a dos demais.
Da Solidariedade Passiva
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-
de um ou de alguns dos devedores, parcial ou devedores a sua quota, dividindo-se
totalmente, a dívida comum; se o pagamento igualmente por todos a do insolvente, se o
tiver sido parcial, todos os demais devedores houver, presumindo-se iguais, no débito, as
continuam obrigados solidariamente pelo resto. partes de todos os co-devedores.

www.cers.com.br 7
OAB XV EXAME
Direito Civil
Cristiano Sobral

Art. 284. No caso de rateio entre os co- obrigação "de resultado", tendo a autora
devedores, contribuirão também os exonerados demonstrado não ter sido atingida a meta
da solidariedade pelo credor, pela parte que na avençada, há presunção de culpa do
obrigação incumbia ao insolvente. profissional, com a consequente inversão do
ônus da prova, cabendo ao réu demonstrar que
Art. 285. Se a dívida solidária interessar não agiu com negligência, imprudência ou
exclusivamente a um dos devedores, imperícia, ou mesmo que o insucesso se deu
responderá este por toda ela para com aquele em decorrência de culpa exclusiva da autora.
que pagar. 4. A par disso, as instâncias ordinárias
salientam também que, mesmo que se tratasse
OBRIGAÇÕES DE MEIO E RESULTADO de obrigação "de meio", o réu teria "faltado com
o dever de cuidado e de emprego da técnica
• As de meio são aquelas em que o adequada", impondo igualmente a sua
devedor obriga-se apenas executar a responsabilidade. 5. Recurso especial não
atividade com a maior probidade e provido. (REsp 1238746/MS, Rel. Ministro LUIS
diligência possível. Exemplo: Advogado FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado
ele não garante o ganho da causa. em 18/10/2011, DJe 04/11/2011)
OBS: Art. 14 par. 4º CDC e art.951, CC.
• As de resultado são aquelas em que o TEMA DE PROVA: PODE HAVER EXCLUSÃO
devedor assume o risco, ou seja, se DE RESPONSABILIDADE NAS OBRIGAÇÕES
compromete, independente dos meios DE RESULTADO?
utilizados. OBS: Art. 737, CC. Vejamos DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL
o STJ: DO MÉDICO. CIRURGIA PLÁSTICA.
OBRIGAÇÃO DE RESULTADO.
RESPONSABILIDADE CIVIL. RECURSO SUPERVENIÊNCIA DE PROCESSO
ESPECIAL. TRATAMENTO ODONTOLÓGICO. ALÉRGICO. CASO FORTUITO.
APRECIAÇÃO DE MATÉRIA ROMPIMENTO DO NEXO DE CAUSALIDADE.
CONSTITUCIONAL. INVIABILIDADE. 1. O requisito do prequestionamento é
TRATAMENTO ORTODÔNTICO. EM REGRA, indispensável, por isso inviável a apreciação,
OBRIGAÇÃO CONTRATUAL DE em sede de recurso especial, de matéria sobre
RESULTADO. REEXAME DE PROVAS. a qual não se pronunciou o Tribunal de origem,
INADMISSIBILIDADE. 1. As obrigações incidindo, por analogia, o óbice das Súmulas
contratuais dos profissionais liberais, no mais 282 e 356 do STF.
das vezes, são consideradas como "de meio", 2. Em procedimento cirúrgico para fins
sendo suficiente que o profissional atue com a estéticos, conquanto a obrigação seja de
diligência e técnica necessárias, buscando a resultado, não se vislumbra responsabilidade
obtenção do resultado esperado. objetiva pelo insucesso da cirurgia, mas mera
Contudo, há hipóteses em que o compromisso presunção de culpa médica, o que importa a
é com o "resultado", tornando-se necessário o inversão do ônus da prova, cabendo ao
alcance do objetivo almejado para que se profissional elidi-la de modo a exonerar-se da
possa considerar cumprido o contrato. responsabilidade contratual pelos danos
2. Nos procedimentos odontológicos, causados ao paciente, em razão do ato
mormente os ortodônticos, os profissionais da cirúrgico. 3. No caso, o Tribunal a quo concluiu
saúde especializados nessa ciência, em regra, que não houve advertência a paciente quanto
comprometem-se pelo resultado, visto que os aos riscos da cirurgia, e também que o médico
objetivos relativos aos tratamentos, de cunho não provou a ocorrência de caso fortuito,
estético e funcional, podem ser atingidos com tudo a ensejar a aplicação da súmula 7/STJ,
previsibilidade. porque inviável a análise dos fatos e provas
3. O acórdão recorrido registra que, além de o produzidas no âmbito do recurso especial. 4.
tratamento não ter obtido os resultados Recurso especial não conhecido. (REsp
esperados, "foi equivocado e causou danos à 985888/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE
autora, tanto é que os dentes extraídos terão SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
que ser recolocados". Com efeito, em sendo 16/02/2012, DJe 13/03/2012)

www.cers.com.br 8
OAB XV EXAME
Direito Civil
Cristiano Sobral

ADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 5. QUEM PAGA MAL PAGA DUAS


VEZES? ARTS 308/309, CC.
• SOLUTIO 6. CREDOR PUTATIVO- TEORIA DA
• ATO JURÍDICO LÍCITO/FATO APARÊNCIA? PRINCÍPIO DA
JURÍDICO. CONFIANÇA?
• PLANO DA EFICÁCIA DO NEGÓCIO
JURÍDICO DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.
• ENUNCIADO 425 V CJF OBRIGAÇÃO DE FAZER. PEDIDO DE
• SOLVENS- QUEM DEVE PAGAR OUTORGA DE ESCRITURA DEFINITIVA DE
• ACCIPIENS- A QUEM SE DEVE COMPRA E VENDA. DEFERIMENTO DE
PAGAR OUTORGA DE ESCRITURA DE CESSÃO DE
• VÍNCULO OBRIGACIONAL DIREITOS HEREDITÁRIOS. JULGAMENTO
• PAGAMENTO DIRETO EXTRA PETITA. NÃO OCORRÊNCIA. BEM
• PAGAMENTO INDIRETO OU TRANSACIONADO OBJETO DE
ESPECIAL INVENTÁRIO. PAGAMENTO AO CREDOR
• EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO SEM O PUTATIVO. EFICÁCIA. SUCUMBÊNCIA
PAGAMENTO RECÍPROCA. FALTA DE
• PRINCÍPIO DA PONTUALIDADE PREQUESTIONAMENTO.
• PRINCÍPIO DA DILIGÊNCIA NORMAL 1.- Não há vício na sentença que determina a
outorga de cessão de direitos hereditários e
TEMAS MAIS COMUNS EM PROVAS- não a de escritura definitiva de compra e
SOLVENS venda, conforme pedido na inicial se, sendo
válido o negócio realizado pelas partes, até o
1. DEVEDOR proferimento da decisão não houver se
2. REPRESENTANTE DO DEVEDOR encerrado o inventário, por ser a cessão um
3. TERCEIRO INTERESSADO minus em relação ao pedido da autora. 2.-
(JURÍDICO-MAJORITÁRIO E MORAL- Considera-se eficaz o pagamento realizado
MINORITÁRIO) E NÃO INTERESSADO àquele que se apresenta com aparência
(EM NOME PRÓPRIO (art.305) E EM consistente de ser mandatário do credor se as
NOME DO DEVEDOR (art.304)). OBS: circunstância do caso assim indicarem.
RECIBO DE QUITAÇÃO. A atuação da corretora e do recorrente
4. SUB-ROGAÇÃO LEGAL- ART. 349,CC. indicaram à recorrida, compradora do bem, que
5. IMPOSSIBILIDADE NOS CASOS DE aquela tinha legitimidade para as tratativas e
OBRIGAÇÕES INTUITU PERSONAE- fechamento do negócio de compra e venda.
ART.247,CC. 3.- O prequestionamento, entendido como a
6. Vamos lá! Aqui chamo sua atenção para necessidade de o tema objeto do recurso haver
possível questão de prova. O 3º sido examinado pela decisão atacada, constitui
interessado que paga o débito em nome exigência inafastável da própria previsão
próprio tem direito de regresso (ex. Fiança constitucional, ao tratar do recurso especial,
Criminal). O 3º interessado que paga em impondo-se como um dos principais requisitos
nome do devedor, sem oposição deste, não ao seu conhecimento.
terá o reembolso. Obrigação natural? Não examinada a matéria objeto do especial
7. Art.306,CC Boa pergunta! pela instância a quo, incidem os enunciados
8. ART.307,CC ALIENAÇÃO A NON 282 e 356 da Súmula do Supremo Tribunal
DOMINO Federal. 4.- Recurso Especial improvido. (REsp
823.724/RJ, Rel. Ministro SIDNEI BENETI,
TEMAS MAIS COMUNS EM PROVAS- TERCEIRA TURMA, julgado em 18/05/2010,
ACCIPIENS DJe 07/06/2010)

1. CREDOR 7. CREDOR INCAPAZ? ART.310,CC.


2. REPRESENTANTE DO CREDOR ATENÇÃO! ARTS 166, 171, 172, 180, AMBOS
3. TERCEIRO DO CC/02. ATENÇÃO! VENIRE CONTRA
4. ENUNCIADO 424 CJF FACTUM PROPRIUM.

www.cers.com.br 9
OAB XV EXAME
Direito Civil
Cristiano Sobral

8. ART.312, CC- PENHORA PRÉVIA E circunstâncias contrariarem a presunção daí


OPOSIÇÃO. resultante.
Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar
TÍTULO III
Do Adimplemento e Extinção das de intimado da penhora feita sobre o crédito,
Obrigações ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o
CAPÍTULO I
Do Pagamento pagamento não valerá contra estes, que
Seção I
De Quem Deve Pagar poderão constranger o devedor a pagar de
novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da o credor.
dívida pode pagá-la, usando, se o credor se
opuser, dos meios conducentes à exoneração ELEMENTOS DO PAGAMENTO
do devedor. DOS ELEMENTOS OBJETIVOS
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro
não interessado, se o fizer em nome e à conta 1. ART 313, CC- PRINCÍPIO DA
do devedor, salvo oposição deste. EXATIDÃO
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga 2. ART.314,CC – PRINCÍPIO DA
a dívida em seu próprio nome, tem direito a IDENTIDADE FÍSICA DA PRESTAÇÃO
reembolsar-se do que pagar; mas não se sub- 3. ART.315,CC- PRINCÍPIO DO
roga nos direitos do credor. NOMINALISMO. Atenção o DL 857/69 e
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a Lei 8880/94
dívida, só terá direito ao reembolso no 4. ART. 316,CC- CLÁUSULA DE ESCALA
vencimento. MÓVEL OU ESCALONAMENTO DO
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com PREÇO- PRINCÍPIO DO AUMENTO
desconhecimento ou oposição do devedor, não PROGRESSIVO. ATENÇÃO! É POSSÍVEL
obriga a reembolsar aquele que pagou, se o EM PROVAS SER ALEGADO O
devedor tinha meios para ilidir a ação. PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que MATERIAL. (ETICIDADE E FUNÇÃO
importar transmissão da propriedade, quando SOCIAL DOS CONTRATOS).
feito por quem possa alienar o objeto em que 5. ART. 317- TEORIA DA IMPREVIÃO.
ele consistiu. ATENÇÃO! ENUNCIADOS 17 I CJF E 176
Parágrafo único. Se se der em pagamento III CJF.. NO CDC (ART. 6º V) NÃO SE
coisa fungível, não se poderá mais reclamar do ADOTA TAL TEORIA E SIM A DO
credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ROMPIMENTO DA BASE OBJETIVA DO
ainda que o solvente não tivesse o direito de NEGÓCIO JURÍDICO
aliená-la. 6. ART. 418- CLÁUSULA OURO
7. ART. 319,CC- IMPORTÂNCIA DO
RECIBO. DIREITO DE RETENÇÃO.
Seção II
Daqueles a Quem se Deve Pagar
EUNCIADO 18 I CJF.
8. REQUISITOS DA QUITAÇÃO: VALOR
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor
DA QUANTIA A SER PAGA;
ou a quem de direito o represente, sob pena de
IDENTIFICAÇÃO DA DÍVIDA; INDICAÇÃO
só valer depois de por ele ratificado, ou tanto
DO SOLVENS; TEMPO E LOCAL DO
quanto reverter em seu proveito.
PAGAMENTO; ASSINATURA DO
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao
ACCIPIENS.
credor putativo é válido, ainda provado depois
9. ART.320,CC- UMA FACULDADE.
que não era credor.
10. ART. 320, PAR ÚNICO- TEORIA
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente
DA RELATIVIZAÇÃO DO RECIBO.
feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor
11. ART. 324, CC- PRAZO
não provar que em benefício dele efetivamente
DECADENCIAL. AÇÃO DE ANULAÇÃO,
reverteu.
ART 907, CPC.
Art. 311. Considera-se autorizado a receber o
12. ART. 322, CC- MITIGAÇÃO PELA
pagamento o portador da quitação, salvo se as
AUTONOMIA PRIVADA. VIDE RESP.
70.170-SP.

www.cers.com.br 10
OAB XV EXAME
Direito Civil
Cristiano Sobral

13. ART. 323, CC- PRINCÍPIO DA pedido, mas sim à extinção parcial da
GRAVITAÇÃO JURÍDICA. obrigação, até o montante da importância
consignada. - Na hipótese de procedência
LOCAL DO PAGAMENTO parcial dos pedidos,
os ônus de sucumbência devem ser
1. DOMICÍLIO DO DEVEDOR. ART. 327, suportados por ambas as partes.- Agravo não
CC- OBRIGAÇÃO provido. (AgRg nos EDcl no REsp
QUERÁBLE/QUESÍVEL. 1223520/MS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
2. DOMICÍLIO DO CREDOR- TERCEIRA TURMA, julgado em 09/10/2012,
OBRIGAÇÃO PORTÁBLE/PORTÁVEL. DJe 15/10/2012).
3. ART. 328, CC- LOCAL DO IMÓVEL
4. ART.329,CC- MITIGAÇÃO DA PACTA AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
SUNT SERVANDA. ESPECIAL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM
5. ART. 330, CC- PAGAMENTO IMPROCEDENTE. VALOR
SUPRESSIO/SURRECTIO. FIGURAS DEPOSITADO INSUFICIENTE. PAGAMENTO
PARCELARES DA BOA-FÉ OBJETIVA. DE DÍVIDA COMO TERCEIRO
COTIDIANO FORENSE- CLÁUSULA DA INTERESSADO. NECESSIDADE DE
PERMISSÃO OU TOLERÂNCIA- DEPÓSITO INTEGRAL COMPREENDENDO
CONDUTA CONTRÁRIA NÃO GERA PRESTAÇÃO DEVIDA, JUROS, CORREÇÃO
RENÚNCIA TÁCITA? E EVENTUAIS DESPESAS. 1. "A teor da
jurisprudência desta Corte, aliás,
TEMPO DO PAGAMENTO fundamentada no caráter propter rem das
quotas condominiais, uma vez transferido o
1. ART. 331, CC- PRINCÍPIO DA imóvel, a ação de cobrança dos encargos a ele
IMEDIATIVIDADE. correspondentes pode ser proposta tanto
2. ART. 332, CC- OBRIGAÇÕES contra o proprietário como contra o promissário
SUBMETIDAS À CONDIÇÃO comprador, pois o interesse prevalente é o da
3. ART. 33, CC- VENCIMENTO coletividade de receber os recurso para
ANTECIPADO pagamento de despesas indispensáveis e
inadiáveis, podendo o credor escolher, entre
FORMAS ESPECIAIS OU INDIRETAS DE aqueles que tenham uma relação jurídica
PAGAMENTO vinculada ao imóvel, ou seja, a
responsabilidade pelas quotas deve ser aferida
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO (ARTS de acordo com as circunstâncias do caso
334/345,CC): INFUNDADA NEGATIVA DO concreto". (REsp n.771.610/SP, relator Ministro
CREDOR DE RECEBER O VALOR OU JORGE SCARTEZZINI, 4ª Turma, unânime, DJ
QUALQUER OUTRO FATO OBSTATIVO. 13.3.2006) 2. "A consignação em pagamento
AFASTAMENTO DA MORA E TRANSFERE visa exonerar o devedor de sua obrigação,
OS RISCOS PARA O CREDOR (ART.400,CC). mediante o depósito da quantia ou da coisa
TRATA-SE DE UM INSTITUTO HÍBRIDO, devida, e só poderá ter força de pagamento se
POIS REFERE-SE AO DIREITO MATERIAL E concorrerem 'em relação às pessoas, ao
PROCESSUAL. O OBJETO DA objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem
CONSINAÇÃO É A OBRIGAÇÃO DE DAR. os quais não é válido o pagamento' (artigo 336
do NCC)". (REsp 1194264 / PR, relator Ministro
DUAS SITUAÇÕES JURISPRUDENCIAIS LUIS FELIPE SALOMÃO, 4ª Turma, unânime,
DJe 4.3.2011) 3. Agravo regimental a que se
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO. RECURSO nega provimento. (AgRg no REsp 947.460/RS,
ESPECIAL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI,
PAGAMENTO. DEPÓSITOS INSUFICIENTES. QUARTA TURMA, julgado em 27/03/2012, DJe
QUITAÇÃO PARCIAL DA OBRIGAÇÃO. 10/04/2012)
ÔNUS SUCUMBENCIAIS. - Na ação de
consignação em pagamento, a insuficiência do IMPORTANTE! O ROL DO ART. 335, CC É
depósito não conduz à improcedência do EXEMPLIFICATIVO.

www.cers.com.br 11
OAB XV EXAME
Direito Civil
Cristiano Sobral

MODALIDADES: CONSIGNAÇÃO GERADO O EFEITO LIBERATÓRIO PARA O


EXTRAJUDICIAL OU BANCÁRIA- LINHA DA DEVEDOR. SUB-ROGAÇÃO REAL (ATINGE
DESJUDICIALIZAÇÃO. SOMENTE PODE SER O OBJETO). A SUB-ROGAÇÃO LEGAL
CONSIGNADO UM VALOR PECUNIÁRIO? (ART.346,CC): ACONTECE QUANDO
VAMOS LER O ART. 890, PAR 1º DO CPC. TERCEIROS INTERESSADOS PAGAM A
EM PROVAS OBJETIVAS ADOTAR A DÍVIDA (ATO UNILATERAL).
LITERALIDADE, MAS ADMITE-SE DEPÓSITO A SUB-ROGAÇÃO CONVENCIONAL
DE JÓIAS E OUTROS BENS. O BANCO TEM (ART.347, CC): OCORRE QUANDO O
QUE SER OFICIAL? ENTENDO QUE SIM, TERCEIRO NÃO INTERESSADO PAGA A
MAS SE NÃO TIVER UM BANCO OFICIAL NA DÍVIDA (ATO BILATERAL).
LOCALIDADE NADA IMPEDE QUE OCORRA # DA CESSÃO DE CRÉDITO, ESSA OCORRE
A DEVIDA CONSIGNAÇÃO EM OUTRA ANTES DO PAGAMENTO DA DÍVIDA, JÁ NO
INSTITUIÇÃO. CONSIGNAÇÃO JUDICIAL- PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO, A
ART. 891, CPC. REQUISITOS TRANSFERÊNCIA SE DÁ APÓS A
OBRIGATÓRIOS- ART. 893, CPC. MATÉRIAS LIBERAÇÃO DA DÍVIDA (EXTINÇÃO)
DE DEFESA- ART. 896, CPC. PRAZO- ART. DAÇÃO EM PAGAMENTO (ARTS 356/359,
297, CPC. CC): NESTA O CREDOR ADMITE RECEBER
IMPUTAÇÃO EM PAGAMENTO: PRESTAÇÃO DIVERSA DA QUE FORA
REQUISITOS- IGUALDADE DE SUJEITOS, PACTUADA. EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA
LIQUIDEZ E VENCIMENTO DE DÍVIDAS DA EXATIDÃO (ART. 313, CC). EXEMPLO: UMA
MESMA NATUREZA, PAGAMENTO NÃO PESSOA DEVE DINHEIRO E PAGA COM A
INTEGRAL DAS DÍVIDAS. EM REGRA QUE EXECUÇÃO DE UM SERVIÇO. REQUISITOS:
IMPUTA É O DEVEDOR, MAS É POSSÍVEL A EXISTÊNCIA DE DÍVIDA VENCIDA,
MESMA PELO CREDOR. OBS: IMPUTAÇÃO CONSENTIEMENTO DO CREDOR,
LEGAL- ART. 334/335, CC. REQUISITOS: A) ENTREGA DE COISA DIVERSA, ANIMUS
PRIORIDADE PARA OS JUROS VENCIDOS SOLVENDI.
EM DETRIMENTO DO CAPITAL; B) TEMA DE PROVA! DAÇÃO EM PAGAMENTO
PRIORIDADE PARA AS DÍVIDAS LIQUIDAS E E A EVICÇÃO.
VENCIDAS ANTERIORMENTE, EM NOVAÇÃO (ARTS 360/367, CC): TRATA-SE
DETRIMENTO DAS MAIS RECENTES; ATRAVÉS DA VONTADE DA
C) PRIORIDADE ÀS DÍVIDAS MAIS EXTINÇÃO/CRIAÇÃO DE UMA NOVA
ONEROSAS, EM DETRIMENTO DAS MENOS OBRIGAÇÃO. IMPOSSÍVEL OCORRER
VULTUOSAS, SE VENCIDAS E LÍQUIDAS AO NOVAÇÃO LEGAL. O ATO DE NOVAÇÃO
MESMO TEMPO. ACARRETA A EXTINÇÃO DA DÍVIDA
PRIMITIVA COM TODOS OS SEUS
Tema de concurso! ACESSÓRIOS E GARANTIAS, MAS ISSO
PODE SER EXCEPCIONADO PELA
Se o devedor e o credor silenciarem com VONTADE. NO NOVO VÍNCULO OCORRE
relação a imputação do pagamento e as UMA MUDANÇA DAS PESSOAS E/OU
dívidas possuírem o mesmo vencimento, ATERA-SE O OBJETO.
natureza, onerosidade e valor? Existe
posicionamento doutrinário baseado no TEMA DE PROVA! OBRIGAÇÕES NATURAIS
revogado Código Comercial no seu art. 433, o PODEM SER OBJETO DE NOVAÇÃO?
qual determinava a quitação de todas as ESPÉCIES:
dívidas de forma parcial. 1. NOVAÇÃO OBJETIVA OU REAL: ART. 360,
PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO (ARTS I, CC. EXEMPLO: OBRIGAÇÃO DE DAR
346/351,CC): SUBSTITUIR. SUJEITOS: SUB- PARA A OBRIGAÇÃO DE FAZER.
ROGAÇÃO PESSOAL. EXEMPLO: FIADOR 2. NOVAÇÃO SUBJETIVA PASSIVA: ART.
QUE PAGA A DÍVIDA. EFEITOS: 1º 360, II, CC. SAI O ANTIGO DEVEDOR E
LIBERATÓRIO (EM RELAÇÃO AO ANTIGO ENTRA O NOVO DEVEDOR. PODE SER POR
CREDOR); 2º TRANSLATIVO (EM RELAÇÃO EXPROMISSÃO OU POR DELEGAÇÃO.
AO NOVO CREDOR). ATENÇÃO! ESTAMOS EXPROMISSÃO- INDEPENDE DA VONTADE
DIANTE DE UMA SITUAÇÃO EM QUE NÃO É

www.cers.com.br 12
OAB XV EXAME
Direito Civil
Cristiano Sobral

DO DEVEDOR. DELEGAÇÃO- EXISTE A


PARTICIPAÇÃO DO DEVEDOR. Necessidade de notificação do devedor?
3. NOVAÇÃO SUBJETIVA ATIVA: AQUI
COMO É EXTINTO O VÍNCULO PRIMITIVO, O # Novação Subjetiva Ativa
DEVEDOR FICA QUITE COM O CREDOR
PRIMITIVO PASSANDO A DEVER A OUTRO A cessão pode ser: a) parcial ou pro solvendo,
CREDOR. EXEMPLO: A É CREDOR DE B E quando a obrigação não se extingue
DEVEDOR DE C. FAZ-SE A NOVAÇÃO NA imediatamente; b) total ou pro soluto, quando
QUAL C PASSA A SER CREDOR DE B. se dá extinção imediata da obrigação primitiva;
4. NOVAÇÃO MISTA. MISTURA DOS c) gratuita, quando não possui contraprestação;
INSTITUTOS. d) onerosa, quando ocorre contraprestação; e)
COMPENSAÇÃO (ARTS 368/380, CC): AQUI convencional, quando decorre de livre
OS TITULARES SÃO CREDORES E declaração de vontade; f) legal, quando resulta
DEVEDORES RECIPROCAMENTE. PODE da lei, como na cessão dos acessórios de uma
SER ELA TOTAL OU MESMO PARCIAL. obrigação (cláusula penal, juros, garantias); g)
QUESTÃO! SE A É DEVEDOR DE B (SEU judicial, quando prolatada por sentença, como
TIO) NO VALOR DE 15 MIL REAIS E B VEM A no caso de adjudicação do herdeiro único.
FALECER. SE A FOR O SEU ÚNICO
HERDEIRO ESTAREMOS DIANTE DE Princípio da Gravitação Jurídica- art. 287, CC.
COMPENSAÇÃO? CONFUSÃO.
ESPÉCIES: A) LEGAL; B) CONVENCIONAL; Pode se dar por instrumento público ou
C) JUDICIAL particular
REQUISITOS DA LEGAL E A
CONVENCIONAL: A) RECIPROCIDADE DAS Cessão de Débito
OBRIGAÇÕES; B) LIQUIDEZ DAS DÍVIDAS;
C) EXIGIBILIDADE ATUAL DAS Diz-se do negócio jurídico bilateral pelo qual
PRESTAÇÕES; D) FUNGIBILIDADE OU um terceiro, estranho à relação obrigacional,
HOMOGENEIDADE DOS DÉBITOS. assume a posição de devedor (com
CONFUSÃO: VEJAMOS O ART. 381, CC. consentimento expresso do credor),
EXTINÇÃO SEM O PAGAMENTO. PODE A responsabilizando-se pela dívida, sem extinção
MESMA ACARRETRA A EXTINÇÃO TOTAL da obrigação, que subsiste com os seus
OU PARCIAL DA DÍVIDA (ART. 382, CC). acessórios.
PODE SE DAR POR MORTIS CAUSA OU
POR ATO INTER VIVOS. JÁ VIMOS UM Ver Enunciado 16 I CJF
EXEMPLO DE MORTIS CAUSA. COMO
EXEMPLO DE ATO INTER VIVOS CITO UMA Importante!
PESSOA EMITE UM CHEQUE E EM RAZÃO
DA SUA CIRCULAÇÃO SE TORNA CREDOR Art. 300. Salvo expressa concordância dos
DE SI MESMO. terceiros, as garantias por eles prestadas se
REMISSÃO: PERDÃO DA DÍVIDA. VEJAMOS extinguem com a assunção de dívida; já as
O ART.385, CC. SOMENTE ACARRETA garantias prestadas pelo devedor primitivo
EFEITOS ENTRE AS PARTES. SÃO SEUS somente são mantidas no caso em que este
REQUISITOS: A) O INEQUÍVOCO ÂNIMO DE concorde com a assunção.
PERDOAR; B) A ACEITAÇÃO DO PERDÃO
PELO DEVEDOR. Art. 300. (Fica mantido o teor do Enunciado n.
352) A expressão “garantias especiais”
1. Transmissão das Obrigações constante do art. 300 do CC/2002 refere-se a
todas as garantias, quaisquer delas, reais ou
Cessão de Crédito fidejussórias, que tenham sido prestadas
voluntária e originariamente pelo devedor
Partes: Cedente, Cessionário e Cedido. primitivo ou por terceiro, vale dizer, aquelas
que dependeram da vontade do garantidor,
Necessidade de consentimento do devedor?

www.cers.com.br 13
OAB XV EXAME
Direito Civil
Cristiano Sobral

devedor ou terceiro para se constituírem. Exemplificando:


(ENUNCIADO 422 DA V CJF)
• contratos de empreitada;
Art. 301 e o Enunciado da V Jornada • contratos de mandato;
• contratos de locação
423 – Art. 301. O art. 301 do CC deve ser
interpretado de forma a também abranger os Inadimplemento das obrigações
negócios jurídicos nulos e a significar a
continuidade da relação obrigacional originária Trata-se do descumprimento da obrigação,
em vez de “restauração”, porque, envolvendo podendo ser culposo ou fortuito. Menciona
hipótese de transmissão, aquela relação nunca assim a Lei:
deixou de existir.
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde
Art. 303 e o Enunciado 424 V CJF o devedor por perdas e danos, mais juros e
atualização monetária segundo índices oficiais
Difere da novação subjetiva passiva, uma vez regularmente estabelecidos e honorários de
que a relação obrigacional é a mesma. advogado.
Formas de assunção:
a) por delegação: vislumbra-se uma relação Válido mencionar a V Jornada de Direito Civil:
triangular: o devedor cedente (delegante); o
terceiro cessionário (delegado); e o credor 426 – Art. 389. Os honorários advocatícios
(delegatário). Essa ainda poderá ser primitiva, previstos no art. 389 do Código Civil não se
quando o devedor originário (delegante) não confundem com as verbas de sucumbência,
assume qualquer responsabilidade, e que, por força do art. 23 da Lei n. 8.906/1994,
cumulativa, quando o mesmo assume a pertencem ao advogado.
responsabilidade pelo débito em caso de
inadimplemento do novo devedor.
b) por expromissão: nesse caso, o delegado
assume a obrigação independentemente do
consentimento do devedor primitivo. Pode esta
modalidade ser: a) liberatória, isto é, aquela
que desvincula o devedor originário; b)
cumulativa, ou seja, o devedor originário
permanece na relação jurídica junto ao que
vem integrar a mesma. (retirado do livro Direito
Civil Sistematizado)

Da cessão de contrato

Tal cessão em bloco não foi abraçada pelo Importante!


Código Civil, sendo instituto adotado pela
doutrina. Aqui o que ocorre é a transferência da O inadimplemento total não é necessariamente
própria posição contratual como um todo a uma absoluto e o inadimplemento parcial não é
terceira pessoa (todos os direitos e deveres). necessariamente relativo. Assim, se José
Cito como exemplo o mútuo quando transferido obtém empréstimo de Maria no valor de R$
por endosso documentado em título de crédito. 5.000,00, comprometendo-se a pagar todo o
montante no dia 10 do mês seguinte e não
Seus requisitos constituem a celebração entre paga um centavo sequer na data acordada,
o cedente e o cessionário, a cessão global haverá inadimplemento total (eis que a
(crédito e débito) e a anuência expressa do prestação assumida foi integralmente
cedido. descumprida) e relativo (tendo em vista que a
prestação é ainda suscetível de cumprimento e
útil para a mutuante Maria.

www.cers.com.br 14
OAB XV EXAME
Direito Civil
Cristiano Sobral

Cláusula Penal proposto, nos termos do art. 413 do Código


Civil. (Enunciado n. 429)
A cláusula penal (penalidade civil) é uma
estimativa (prefixar) das perdas e danos Dispõe o art. 416 que, para exigir a pena
decorrentes do inadimplemento do contrato. convencional, não é necessário que o credor
Conforme o Código Civil, a cláusula penal alegue prejuízo. Ainda que o prejuízo exceda
aplica-se tanto ao inadimplemento absoluto ao previsto na cláusula penal, não pode o
quanto à mora ou inadimplemento relativo. São credor exigir indenização suplementar se assim
suas funções: a) coercitiva; b) ressarcitória. não foi convencionado. Se o tiver sido, a pena
vale como mínimo da indenização, competindo
Cláusula Penal Compensatória ao credor provar o prejuízo excedente.

Cláusula Penal Moratória Finalizando válida é a citação da V Jornada de


Direito Civil:
Limite da Cláusula Penal
430 – Art. 416, parágrafo único. No contrato de
Redução da Penalidade adesão, o prejuízo comprovado do aderente
que exceder ao previsto na cláusula penal
Atenção! compensatória poderá ser exigido pelo credor
independentemente de convenção.
Art. 413. Não podem as partes renunciar à
possibilidade de redução da cláusula penal se • Arras
ocorrer qualquer das hipóteses previstas no art.
413 do Código Civil, por se tratar de preceito Confirmatórias
de ordem pública (Enunciado n. 355).
Penitenciais
Art. 413. Nas hipóteses previstas no art. 413 do
Código Civil, o juiz deverá reduzir a cláusula Regra geral
penal de ofício (Enunciado n. 356).

Art. 413. O caráter manifestamente excessivo


do valor da cláusula penal não se confunde
com a alteração de circunstâncias, a excessiva
onerosidade e a frustração do fim do negócio
jurídico, que podem incidir autonomamente e
possibilitar sua revisão para mais ou para
menos (Enunciado n. 358).

Art. 413. A redação do art. 413 do Código Civil


não impõe que a redução da penalidade seja
proporcionalmente idêntica ao percentual
adimplido (Enunciado n. 359).

Art. 413. As multas previstas nos acordos e


convenções coletivas de trabalho, cominadas
para impedir o descumprimento das
disposições normativas constantes desses
instrumentos, em razão da negociação coletiva
dos sindicatos e empresas, têm natureza de
cláusula penal e, portanto, podem ser
reduzidas pelo Juiz do Trabalho quando
cumprida parcialmente a cláusula ajustada ou
quando se tornarem excessivas para o fim

www.cers.com.br 15

S-ar putea să vă placă și