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ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO

Professor: Luiz Felipe Ferreira

Alunos:
Ademir Aparecido Pereira Junior
Daniela Sayuri Iwata
Demis Russo Mendes da Silva Junior
Dominique Ithina da Silva Oliveira

RESUMO:
É apresentado no Modelo Burocrático de Organização uma forma
de se chegar à uma organização formal na sociedade moderna, baseada na
adequação dos meios aos fins almejados, com definições e conceitos. Exibe-se
suas características principais como caráter legal das normas e regulamentos,
rotinas e procedimentos padronizados, além de suas disfunções ou
consequências como excesso de formalidade e resistência a mudanças.
Já na Teoria Estruturalista da Administração é abordado uma visão
crítica da organização formal, é basicamente uma junção de aspectos formais e
informais, do Modelo Burocrático com a Teoria das Relações Humanas. Este
sistema visa adaptar as tarefas do homem, que tem vários papéis dentro da
sociedade, (família, emprego, vida social, participação em outras organizações)
dos processos de organizações. Já que existem conflitos nas empresas que
podem ser individuais, organizacionais e Inter organizacionais. A Teoria
Estruturalista pode ser considerada uma teoria de transição no processo
evolutivo da administração.

Palavras Chaves: burocrático, estruturalista, organizações, evolutivo.


INTRODUÇÃO

O assunto tratado neste artigo, a abordagem estruturalista da


administração, faz parte da pesquisa do trabalho de seminário do curso de
Administração Geral, realizada pelos autores. O trabalho apresentado aqui
possui uma parte teórica e um estudo de caso em uma empresa para averiguar
as discussões teóricas. Dessa forma, a partir de uma pesquisa exploratória
baseada em dados teóricos de autores renomados foi discutido o tema.
Ressalta-se que este artigo não pretende esgotar o assunto tratado aqui, mas
tem o objetivo de contribuir para futuras pesquisas relacionadas com a
abordagem estruturalista da administração, para servir de aparato às empresas,
pessoas e grupos interessados.
Para se entender a relação proposta por esse artigo, foi necessário
estudar as teorias: Método burocrático de organização e Teoria estruturalista da
administração.
Foi realizado também um levantamento teórico sobre as teorias
mencionadas. Sendo finalizado com a demonstração de um estudo caso em que
uma empresa de renome, utilizou-se do que foi discutido em todo este artigo.
Todo o trabalho foi realizado com uma metodologia baseada na
pesquisa bibliográfica, enriquecida com um estudo de caso.
REFERENCIAL TEÓRICO

1. MÉTODO BUROCRÁTICO DE ORGANIZAÇÃO: EM BUSCA DA


ORGANIZAÇÃO IDEAL

Para Chiavenato (2003), define a burocracia como: “é uma forma


de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação
dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência
possível no alcance desses objetivos”.
Segundo Maximiano (2010) em sua obra menciona que: “tão
grande é a importância das organizações formais na sociedade moderna, que
inúmeros cientistas dedicaram-se a estudá-las. Um desses cientistas foi Max
Weber. Seu trabalho é tão importante que influenciou praticamente todos os
autores que retomaram o assunto”.
Para Motta e Bresser-Pereira (2004), Max Weber, entretanto, não
se preocupou em definir burocracia. Preferiu conceitua-la através da extensa
enumeração de suas características
E também os autores Motta e Bresser-Pereira (2004), relatam que
Max Weber, menciona três os seus tipos fundamentais: o carismático, o
tradicional e o racional-legal. Cada um desses tipos diferencia-se dos demais
pela sua origem, pela sua “legitimidade”, conforme a expressão de Weber.
Para Chiavenato (2003), relata que Weber distingue três tipos de
sociedade:
a. Sociedade tradicional: onde predominam características
patriarcais e patrimonialistas, como a família, o clã, a sociedade medieval etc.
b. Sociedade carismática: onde predominam características
místicas, arbitrárias e personalísticas, como nos grupos revolucionários, nos
partidos políticos, nas nações em revolução etc.
c. Sociedade legal, racional ou burocrática: onde predominam
normas impessoais e racionalidade na escolha dos meios e dos fins, como nas
grandes empresas, nos estados modernos, nos exércitos etc.
Segundo Motta e Bresser-Pereira (2004), definem que a
legitimidade da dominação é o fato que a torna efetiva, é o motivo que explica
por que um determinado número de pessoas obedece às ordens de alguém,
conferindo-lhe poder. Além disso, a forma pela qual a dominação é exercida é
também diferente para cada um dos três tipos.
As características da burocracia: para Motta e Bresser-Pereira
(2004), as burocracias têm sua fonte de legitimidade no poder racional-legal, e
não no poder patriarca, patrimonial ou carismático. Em seu tipo ideal, puro, as
organizações são sistemas sociais racionais.
Segundo Motta e Bresser-Pereira (2004), procurando reduzir as
organizações à sua expressão mais simples, diríamos que são três as
características básicas que traduzem seu caráter racional: são sistemas sociais
formais, impessoais, dirigidos por administradores profissionais, que tendem a
controla-los cada vez mais completamente.
Já Maximiliano (2010), explica que na formalidade: as burocracias
são essencialmente de normas. A figura da autoridade é definida pela lei, que
tem como objetivo a racionalidade das decisões baseadas em critérios
impessoais. Impessoalidade: as pessoas são ocupantes de cargo ou posições
formais. Alguns dos cargos são de figuras de autoridade. A obediência é devida
aos cargos, não aos ocupantes. Todas as pessoas seguem a lei.
Profissionalismo: as burocracias são formadas por funcionários são
remunerados, obtendo os meios para sua subsistência. As burocracias
funcionam como sistemas de subsistência para os funcionários.
Segundo Chiavenato (2003), afirma que segundo Max Weber, a
burocracia tem as seguintes características:
1. Caráter legal das normas e regulamentos.
2. Caráter formal das comunicações.
3. Caráter racional e divisão do trabalho.
4. Impessoalidade nas relações.
5. Hierarquia de autoridade.
6. Rotinas e procedimentos padronizados.
7. Competência técnica e meritocracia.
8. Especialização da administração.
9. Profissionalização dos participantes.
10. Completa previsibilidade do funcionamento.
Para Chiavenato (2003), ao falar da obra de Merton, menciona que
sobre as disfunções: ao estudar as consequências previstas (ou desejadas) da
burocracia que a conduzem à máxima eficiência, Merton notou também as
consequências imprevistas (ou não desejadas) que levam à ineficiência e às
imperfeições. A essas consequências imprevistas, Merton deu o nome de
disfunções da burocracia para designar as anomalias de funcionamento
responsáveis pelo sentido pejorativo que o termo burocracia adquiriu junto aos
leigos no assunto.
Já o autor Maximiano (2010), descreve que para Merton, as
principais disfunções são as seguintes:
 Valorização excessiva dos regulamentos.
 Excesso de formalidade.
 Resistencia a mudanças.
 Despersonalização das relações humanas.
 Hierarquização do processo decisório.
 Exibição de sinais de autoridade.
 Dificuldades no atendimento dos clientes.
2. TEORIA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO: AMPLIANDO OS
HORIZONTES DA EMPRESA

Para Oliveira (2009), brilhantemente expõe em seu livro que: a


Teoria Estruturalista foi consolidada por Amitai Etzioni, em 1964, mas outros
estudiosos de administração já estavam realizando, anteriormente, pesquisas
correlacionadas à referida teoria, tais como Victor Thompson, Peter Blau,
Richard Scott, Talcott Parsons e Philip Selznick.
Segundo o autor Chiavenato (2011), ao final da década de 1950, a
Teoria das Relações Humanas - experiência tipicamente democrática e
americana - entrou em declínio. Essa primeira tentativa sistemática de
introdução das ciências do comportamento na teoria administrativa, por meio de
uma filosofia humanística a respeito da participação do homem na organização,
gerou uma profunda reviravolta na Administração. Se, de um lado, combateu a
Teoria Clássica, por outro lado não proporcionou bases adequadas de uma nova
teoria que a pudesse substituir. A oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria
das Relações Humanas criou um impasse na Administração que a Teoria da
Burocracia não teve condições de ultrapassar. A Teoria Estruturalista significa
um desdobramento da Teoria da Burocracia e uma leve aproximação à Teoria
das Relações Humanas. Representa uma visão crítica da organização formal.
Já Caravantes (2005) descreve que, a figura central da proposta
Estruturalista foi Amitai Etzioni. Nascido em 4 de janeiro de 1929 em Colônia, na
Alemanha, obteve seu Mestrado pela Universidade Hebraica, em Jerusalém, e
seu Doutorado pela Universidade da Califórnia, em Berkeley. Desenvolveu uma
carreira bem-sucedida como sociólogo organizacional, além de ser um cidadão
politicamente engajado.
Para Etzioni (1967) descreveu da seguinte forma a abordagem
estruturalista: A Administração Científica e a Escola de Relações Humanas
eram, em certos aspectos, diametralmente opostas. Os fatores que uma escola
considerava críticos e cruciais, a outra simplesmente ignorava. Entretanto, as
duas tinham um elemento comum: nenhuma delas via qualquer contradição
básica ou dilema insolúvel nas relações entre a busca de racionalidade por parte
da organização e a busca de felicidade de parte do indivíduo. A Administração
Científica entendia que a organização mais eficiente seria também a organização
mais satisfatória, uma vez que ela maximizaria tanto a produtividade como o
pagamento do indivíduo... A abordagem das Relações Humanas entendia que a
organização mais satisfatória seria também a mais eficiente. Ela sugeria que os
trabalhadores não ficariam satisfeitos numa organização fria, formal, racional,
que apenas satisfizesse suas necessidades econômicas... tendo muitas fontes
mas somente um adversário, a Abordagem Estruturalista é uma síntese da
Escola Clássica (ou formal) com a da Escola de Relações Humanas (ou informal)
... Mas seu diálogo maior foi com a abordagem das Relações Humanas. Seus
fundamentos são melhor compreendidos através do exame da crítica que ela
levanta contra esta escola. E exatamente ao explorar a visão harmônica dos
escritores da Escola de Relações Humanas, que os escritores Estruturalistas
pela primeira vez reconheceram integralmente o dilema organizacional, ou seja:
o inevitável conflito entre os objetivos organizacionais e as necessidades
individuais, conflito esse que pode ser reduzido, mas não eliminado.
Segundo Chiavenato (2011) menciona que Etzioni visualiza uma
revolução da organização com novas formas sociais que emergem, enquanto as
antigas modificam suas formas e alteram suas funções adquirindo novos
significados. Essa evolução traz uma variedade de organizações, das quais a
sociedade passa a depender mais intensamente. O aparecimento de empresas
de serviços, associações comerciais, instituições educacionais, hospitais,
sindicatos etc. resultou da necessidade de integração cada vez maior das
atividades humanas em formas organizacionais mais envolventes. As
organizações não são satélites de nossa sociedade, mas fazem parte integrante
e fundamental dela. O aparecimento de organizações complexas em todos os
campos da atividade humana não é separado de outras mudanças sociais: elas
fazem parte integrante e fundamental da sociedade moderna.
Para Chiavenato (2011) explica que a teoria estruturalista
concentra-se no estudo das organizações, na sua estrutura interna e na
interação com outras organizações. As organizações são concebidas como
“unidades sociais (ou agrupamentos humanos) intencionalmente construídas e
reconstruídas a fim de atingir objetivos específicos. Incluem-se nesse conceito
corporações, exércitos, escolas, hospitais, igrejas e as prisões; excluem-se as
tribos, classes, grupos étnicos, grupos de amigos e famílias". As organizações
são caracterizadas por um "conjunto de relações sociais estáveis e
deliberadamente criadas com a explícita intenção de alcançar objetivos ou
propósitos". Assim, "a organização é unidade social dentro da qual as pessoas
alcançam relações estáveis - não necessariamente face a face entre si, no
sentido de facilitar o alcance de um conjunto de objetivos ou metas”.
Segundo Etzioni (1967), as organizações possuem as seguintes
características:
a. Divisão de trabalho e atribuição de poder e responsabilidades.
De acordo com um planejamento intencional para intensificar a realização de
objetivos específicos.
b. Centros de poder. Controlam os esforços combinados da
organização e os dirigem para seus objetivos; esses centros do poder precisam
também reexaminar continuamente a realização da organização e, quando
necessário, reordenar sua estrutura, a fim de aumentar sua eficiência.
c. Substituição do pessoal. As pessoas podem ser demitidas ou
substituídas por outras pessoas para as suas tarefas. A organização pode
recombinar seu pessoal através de transferências e promoções.

Para Etzioni (1967), os meios de controle utilizados pela


organização podem ser classificados em três categorias: controle físico, material
ou simbólico.
a. Controle físico. É o controle baseado na aplicação de meios
físicos ou de sanções ou ameaças físicas. O controle físico procura fazer com
que as pessoas obedeçam por meio de ameaças de sanções físicas, da coação,
da imposição, da força e do medo das consequências. A motivação é negativa e
baseia-se em punições. Corresponde ao poder coercitivo.
b. Controle material. É o controle baseado na aplicação de meios
materiais e de recompensas materiais. As recompensas materiais são
constituídas de bens e de serviços oferecidos. A concessão de símbolos (como
dinheiro ou salário) que permitem adquirir bens e serviços é classificada como
material, porque o resultado para quem recebe é semelhante ao de meios
materiais. É o controle baseado no interesse, na vantagem desejada e nos
incentivos econômicos e materiais.
c. Controle normativo. É o controle baseado em símbolos puros ou
em valores sociais. Existem símbolos normativos (como de prestígio e estima) e
sociais (como de amor e aceitação). É o controle moral e ético, por excelência,
e baseia-se em convicção, fé, crença e ideologia. A utilização do controle
normativo corresponde ao poder normativo-social ou poder normativo.
Cada tipo de controle provoca um padrão de obediência em função
do tipo de interesse em obedecer ao controle. Assim, existem três tipos de
interesse ou de envolvimento dos participantes da organização:
a. Alienatário. O indivíduo não está psicologicamente interessado
em participar. mas é coagido e forçado a permanecer na organização.
b. Calculista. O indivíduo sente-se interessado na medida em que
seus esforços tenham uma vantagem ou compensação econômica imediata.
c. Moral. O indivíduo atribui valor à missão da organização e ao
trabalho dentro dela. cumprindo-o da melhor forma possível porque lhe atribui
valor.
A tipologia de organizações de Etzioni classifica as organizações
com base no uso e no significado da obediência, a saber:
a. Organizações coercitivas. O poder é imposto pela força física ou
controles baseados em prêmios ou punições. Utilizam a força – latente ou
manifesta - como o principal controle sobre os participantes de nível inferior. O
envolvimento dos participantes tende a ser "alienativo" em relação aos objetivos
da organização. As organizações coercitivas incluem exemplos como campos
de concentração, prisões, instituições penais etc.
b. Organizações utilitárias. O poder baseia-se no controle dos
incentivos econômicos. Utilizam a remuneração como base principal de controle.
Os participantes de nível inferior contribuem para a organização com um
envolvimento "calculativo", baseado nos benefícios que esperam obter. As
empresas e o comércio estão incluídos nessa classificação.
c. Organizações normativas. O poder baseia-se no consenso sobre
objetivos e métodos da organização. Utilizam o controle moral como a principal
influência sobre os participantes, porque esses têm elevado envolvimento
"moral" e motivacionaI.
As organizações normativas são chamadas "voluntárias" e incluem
a Igreja, universidades, hospitais e organizações políticas e sociais. A tipologia
de Etzioni enfatiza os sistemas psicossociais das organizações. Sua
desvantagem é dar pouca consideração à estrutura, tecnologia utilizada e ao
ambiente externo. Trata-se de uma tipologia simples, unidimensional e baseada
exclusivamente nos tipos de controle.
Conforme explica Caravantes (2005), visualizamos um triplo mérito
no Estruturalismo: em primeiro lugar, ele introduz uma nova lógica, integrativa e
não dicotómica, para tratar da organização e do indivíduo. Com isso, o campo
da análise administrativa torna-se muito mais rico, possibilitando uma melhor
compreensão das organizações e de seu desempenho. Em segundo lugar,
novos temas que antes recebiam pouca atenção — como conflito alienação,
poder — passaram a encontrar guarida na teoria organizacional. Não devemos
esquecer que a contribuição estruturalista provém fundamentalmente dos
sociólogos e que trazem para o campo da Administração a temática que lhes é
peculiar. Em terceiro lugar, o estruturalismo passa a preocupar-se não apenas
com as organizações industriais, mas abre um novo leque de opções: hospitais,
prisões, escolas, universidades, clubes, exército, ordens religiosas, entre outras,
são organizações que passaram a ser objeto de estudo por parte dos
estruturalistas. Uma sociedade organizacional é formada de uma variedade de
organizações, detentoras de uma base comum e que, a partir do Estruturalismo,
passaram a ser objeto de estudo da Teoria Organizacional.
Segundo Etzioni (1967), diz o seguinte: Encontrar um equilíbrio
entre os elementos racionais e não racionais do comportamento humano é um
problema essencial da vida moderna, da sociedade e do pensamento. É também
o problema essencial da Teoria das Organizações.
A figura 1, abaixo, resume a Abordagem Estruturalista conforme
Caravantes (2005):

Fig. 1 – Resumo da Abordagem Estruturalista


Fonte: Caravantes (2005)
Desta maneira Caravantes (2005), descreve que, a análise
organizacional ampliou suas preocupações para incluir:
> tanto a organização formal quanto a informal, bem como suas inter-relações;
> o objetivo e o alcance dos grupos informais e as relações desses grupos dentro
e fora da organização;
> tanto os níveis mais altos como os mais baixos na organização;
> tanto as recompensas materiais como as não-materiais;
> a interação da organização com seu ambiente;
> tanto organizações de trabalho como as outras, de natureza diferenciada.
O autor Selznick (1971), quando tratou das Organizações e
instituições, fez a bela explicação:
O fator mais óbvio e surpreendente de uma organização
administrativa é seu sistema formal de regras e objetivos. Aqui, tarefas, poderes
e normas de procedimento são estabelecidos de acordo com algum critério
oficialmente aprovado. Esse critério implica anunciar a maneira pela qual o
trabalho da organização deve ser levado a efeito, quer diga respeito à produção
de aço, à conquista dos votos dos eleitores, ao ensino das crianças ou à
salvação das almas. A organização assim delineada é um instrumento técnico
para a mobilização das energias humanas, visando uma finalidade já
estabelecida. Atribuímos tarefas, delegamos autoridade, encaminhamos as
comunicações e encontramos algum modo de coordenar tudo o que foi dividido
e parcelado...
O termo organização sugere, assim, certa pobreza, uma
insuficiência, não um sistema absurdo de coordenação consciente de atividades.
Refere-se a um instrumento perecível e racional projetado para executar um
serviço. Uma instituição é, no todo, o produto natural das pressões e
necessidades sociais um organismo adaptável e receptivo. Essa diferença é uma
questão de análise, não de descrição direta. Não significa que uma determinada
empresa tenha de ser uma ou outra. Se em casos extremos estamos próximos
de ser uma organização ou instituição ideal, a maioria das associações
existentes resiste a uma classificação tão simples. São misturas complexas do
comportamento delineado e receptivo.
Estudar a Standard Oil Company ou o Ministério da Agricultura
como instituição prestar certa atenção a sua história e lembrar como foram
influenciadas pelo meio social. Assim, poderemos estar interessados em saber
como sua organização se adapta aos centros de poder existentes na
comunidade, em geral de maneira inconsciente; de que camada da sociedade
origina-se sua liderança e de que maneira isso afeta a política; como sua
existência se explica ideologicamente. Poderemos perguntar quais as
necessidades ocultas dentro da grande comunidade que, não necessariamente
expressas ou reconhecidas pelas pessoas envolvidas, são preenchidas pela
organização ou por algumas de suas realizações. Portanto, a expressão como
uma instituição social sugere uma ênfase em problemas e experiências que
escapam a um treinamento adequado dentro de uma estrutura minuciosa da
análise administrativa.
Para Oliveira (2009), em sua obra, sintetiza a abordagem
Estruturalista da seguinte forma:
a) Contribuições da teoria
Podem ser consideradas cinco principais contribuições da Teoria
Estruturalista para a prática da administração das empresas.
São elas:
• tratamento interativo dos fatores internos - controláveis - e externos - não
controláveis - das empresas;
• análise estruturada das mudanças nas empresas, sendo que os seus
executivos devem tomar posicionamento quanto a três questões: utilizar a
comunicação formal pela estrutura hierárquica estabelecida na empresa ou
utilizar o fluxo livre de comunicação, aplicar as normas burocráticas de disciplina
ou valorizar a especialização profissional e a habilidade de atuação das pessoas
frente às situações apresentadas pela empresa, bem como valorizar o
planejamento centralizado e formal ou valorizar a iniciativa das pessoas frente
aos assuntos, problemas e soluções administrativos que cercam a realidade das
empresas;
• identificação de empresas de vários tipos e características, o que demanda
diferentes tipos de estrutura organizacional (ver seção 2.3);
• identificação dos conceitos e abordagens dos conflitos e das interações entre
diferentes grupos e as suas influências nas realidades das empresas, sendo que
os autores estruturalistas entendiam que os conflitos nas empresas são
inevitáveis, mas a questão - e a diferença – é como eles podem ser
administrados, sendo aí é que entra a competência e a habilidade dos executivos
das empresas; e
• constatação de que a identificação de problemas e de necessidades de
mudanças são fundamentais para manter o crescimento das empresas.

b) Instrumentos administrativos resultantes


Podem ser identificados cinco instrumentos administrativos que a
Teoria Estruturalista proporcionou para o aprimoramento da administração das
empresas.
São eles:
• estrutura organizacional formal, que é a que representa a estrutura
organizacional da empresa - na realidade, parte dela - e que procura consolidar,
ainda que de forma geral, a distribuição das responsabilidades e autoridades
pelas unidades organizacionais ou áreas da empresa. Salienta-se que
organograma é a representação gráfica de determinados aspectos da estrutura
organizacional das empresas;
• estrutura organizacional informal, que é a rede de relações sociais e pessoais
que não é formalmente estabelecida pela empresa, as quais surgem e se
desenvolvem espontaneamente e, portanto, apresenta situações que não
aparecem no organograma;
• níveis das empresas, os quais apresentam características, necessidades e
atuações diferentes entre si, sendo que após algumas evoluções nos estudos,
ficaram consolidados três níveis: estratégico, tático e operacional;
• estudo do ambiente empresarial, o qual está fora do controle da empresa, mas
afeta seu comportamento e vice-versa; e
• interações entre empresas, sendo que estes estudos foram decorrentes das
análises dos fatores alocados nos ambientes das empresas, e propiciou,
posteriormente, o início dos estudos de benchmarking - aprender com as
empresas melhores - e da estruturação pela rede de integração entre empresas.
c) principais críticas recebidas
A Teoria Estruturalista recebeu algumas críticas, sendo as
principais:
• o estruturalismo não se constitui em uma teoria específica da administração; e
• a Teoria Estruturalista é uma teoria de transição no processo evolutivo da
administração.
ESTUDO DE CASO

O referido estudo de caso foi extraído da sétima edição de


Chiavenato (2003), para mostrar na prática o Método Burocrático de
Organização.
Foi observado no estudo de caso que a Ford Motor Company
(pressionada pela forte concorrência japonesa) estava com falta de organização
no Departamento de Compras à Pagar (DCP) na qual havia número excessivo
de funcionários, mas que são necessários para resolver as pendências e pagar
seus fornecedores que ficavam furiosos por causa dos atrasos. O processo era
convencional, ou seja, cheia de papelório.
O processo era feito da seguinte forma: o departamento de
compras enviava um pedido de compra ao fornecedor, com cópia para o DCP, e
então chegava na recepção da Ford, e assim um funcionário preenchia o
formulário descrevendo o material recebido e o enviava ao DCP. Enquanto isso,
o fornecedor mandava ao DCP a fatura correspondente. Entretanto, o DCP tinha
que conciliar três documentos: o pedido de compra, o formulário de recebimento
e a fatura do fornecedor. Com isso, 80% dos casos, o DCP conseguia conciliar
esses documentos e emitindo o pagamento para o fornecedor. Mas os 20% dos
casos que eram executados nesse sistema estava causando problemas,
prejudicando assim a empresa de diversas formas, e assim deixando-se muito a
desejar.
Para chegar a uma organização ideal dentro da companhia foi
empregado um sistema para facilitar e ganhar tempo nos processos do DCP,
utilizando um sistema computadorizado simples e ágil que faria grande parte do
processo automaticamente, através do banco de dados online da empresa.
Portanto, através das trocas de ideias e opiniões entre funcionários
houve reengenharia na empresa, na qual não houve mais documentos e
processos extensos, pois a era da informatização trouxe modernidade e a
capacidade de fazer tudo mais rápido e melhor, reduzindo margens de erros e
aumentando o rendimento.
CONCLUSÃO

O papel do Método Burocrático como foi apontado é fundamental e


de extremo valor à sociedade moderna. Com os métodos que são empregados,
suas características e definições atribuídas, torna-se a direção para uma
sistematização de extrema qualidade dentro das organizações.

E versando com relação à Teoria Estruturalista, ela vem para


balancear e tornar cada vez mais proveitosa e inteligente a relação entre
organizações e indivíduos, equilibrando o informal com o formal, sendo ela assim
um processo de evolução na administração.

Como é citado na teoria e que foi aplicado na prática, deve-se fazer


uma adaptação nos meios para conseguir a garantia de máxima eficácia para o
alcance dos objetivos estabelecidos pela corporação. Como a que ocorreu no
estudo de caso, uma melhora bem perceptível no desenvolvimento e processos
do DCP (Departamento de Compras à Pagar) da Ford.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Caravantes, G. R.; Panno, C. C.; Kloeckner, M. C., Administração: teorias e


processos, Editora Pearson Prentice Hall, São Paulo, 2005.

Chiavenato, I., Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente


da moderna administração das organizações, Editora Elsevier, 8. ed., Rio de
Janeiro, 2011.

Chiavenato, I., Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente


da moderna administração das organizações, Editora Elsevier, 7. ed., Rio de
Janeiro, 2003.

Etzioni, A., Organizações complexas, Editora Atlas, São Paulo, 1967.

Maximiano, A. C. A., Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à


revolução digital, Editora Atlas, 6. ed., São Paulo, 2010.

Motta, F. C. Prestes; Bresser-Pereira, L. C., Introdução à Organização


Burocrática, Editora Thomson, São Paulo, 2004.

Oliveira, D. P. R., Introdução à administração, edição compacta, Editora Atlas,


São Paulo, 2009.

Selznick, P., A liderança na administração: uma interpretação sociológica,


Editora Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 1971.

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