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Fichamento bibliográfico:

Fichamento de texto:

A parte relevante para a pesquisa se encontra nos capítulos 2,3 e 4.

O capítulo 2 retoma a distinção entre policy e policies, para afirmar que, a partir das contribuições de Lowi,
a política pública (policies) deixa de ser considerada dependente da política (policy), passando a ter a
possibilidade de determinar “a estruturação dos conflitos, das coalizões e o equilíbrio de poder”. Nesse
contexto, passa a ser interessante configurar uma tipologia de política pública.

Lowi baseia seu critério de classificação no “impacto esperado na sociedade” distinguindo entre políticas
regulatórias (dinâmica pluralista), políticas distributivas (dinâmica do “toma lá dá cá” e pagamento feito por
toda a sociedade), políticas redistributivas (dinâmica do elitismo contraposto e jogo de soma zero) e políticas
constitutivas (dinâmica de meta policies e determinação das outras políticas).

Com base Wilson, estrutura-se outra tipologia, construida pautando-se na distribuição de custos e benefícios
pela sociedade. Haveriam políticas clientelistas (benefícios concentrados e custos difusos), políticas de
grupos de interesse (custos e benefícios concentrados em certas categorias – políticas redistributivas),
políticas empreendedoras (benefícios coletivos e custos concentrados ) e políticas majoritárias (custos e
benefícios distribuidos).

A tipologia de Gomley, por sua vez, baseia-se no nível de saliência e no nível de complexidade,
classificando as políticas públicas como políticas de sala operatória (tecnicamente densas, com apelo
popular), políticas de audiência ( simples elaboração e com alto apelo popular), política de sala de reunião
(tecnicidade e baixo apelo popular) e política de baixo escalão ( baixa tecnicidade e pouco apelo popular).

A tipologia de Gustafsson baseia-se no conhecimento e intenção do policy maker. Nesse sentido, haveriam
políticas públicas reais (intenção e conhecimento para resolver um problema público), políticas simbólicas
(conhecimento, mas pouca intenção de elaborá-las), pseudo-políticas (interesse, mas baixo conhecimento) e
as políticas sem sentido (sem conhecimento ou intenção).

Por fim, com base na tipologia de Bozeman e Pandey, existem políticas de conteúdo essencialmente
político e de conteúdo eminentemente técnico. O autor conclui afirmando a possibilidade de o analista
construir novas categorias com base na mudança de critérios ou de categorias analíticas.

O capítulo 4 dedica-se ao estudo da dimensão espacial, ou seja, o local onde as políticas públicas ocorrem,
o qual denomina-se contexto institucional. A perspectiva institucionalista definia as instituições como regras
formais que condicionam o comportamento dos indivíduos. A partir da década de 1980, o
neoinstitucionalismo passa a compreender as instituições também como as regras informais, além de que o
grau de consolidação do aparato institucional também interfere no comportamento dos atores.
O autor traz esquemas analíticos das instituições que considera relevante para a análise de políticas
públicas. O primeiro deles é referente a cultura política, classificada como paroquial(pouca ligação com o
governo central), submissa ( reconhecimento do governo central e relação de subserviência) e participativa
( governo central como agente da sociedade e cidadãos se consideram importantes na definição de seu rumo).
Douglas e Widalsky, por sua vez, consideram os critérios de densidade normativa e coesão social,
classificando a cultura política em hierárquica (alta densidade normativa e coesão), igualitária (baixa
densidade normativa e coesão), fatalista ( alta densidade normativa e desestruturação), individualista ( baixa
densidade normativa e desestruturado). O autor conclui a apresentação dos esquemas analíticos apresentando
a classificação do cientista político Ronald F. Inglehart, que analisa os tipos culturais pelas variáveis de
Predomínio de valores tradicionais vs. valores racionais seculares e predomínio de valores de sobrevivência
vs. Valores de autoexpressão, bem como o esquema análitico de Dahl, que classifica a dinâmica política com
base em possibilidade de contestação pública e no grau de participação, realizando a divisão entre
oligarquias competitivas, poliarquias, hegemonia fechadas e hegemonias includentes.

Fichamento de citação:

“ Exemplo: Política simbólica. A criação de um conselho de participação comunitário para aumentar a


legitimidade das ações de uma prefeitura ou secretaria municipal pode se tornar uma política simbólica nos
casos em que aqueles que a criaram consideram, de antemão, que a participação é difícil, ineficiente ou
desnecessária para o tema. No fim das contas, a definição do problema , as opções de solução colocadas para
o debate e a decisão em si continuam centralizadas nas mãos de poucos, e o conselho comunitário passa a ser
um elemento figurativo para emprestar legitimidade às decisões previamente tomadas” (p. 30)

“Exemplo : Pseudopolítica. Um exemplo de pseudopolítica acontece quando uma prefeitura cria um novo
sistema viário para resolver seus problemas de trânsito a partir do conhecimento não técnico ou adequado
(políticos e seus “achismos”, guardas de trânsito, opiniões dos usuários etc). Existe uma real intenção de
resolver o problema mas há falta de conhecimento para lidar sistematicamente e estruturar soluções
adequadas” (p. 30)

“ Exemplo: Política sem sentido. O planejamento de um governo municipal para a proteção ambiental da
cidade pode se tornar uma política sem sentido, nos termos de Gustafsson, quando os policymakers tem
interesse na manutenção do status quo e não possuem competência ou conhecimento do que realmente seja
um planejamento estratégico ou de métodos de preservação ambiental” (p. 30)

“Políticas públicas de conteúdo essencialmente político são aquelas que apresentam conflitos relevantes no
estabelecimento de objetivos e no ordenamento de objetivos e de ,alguma forma, ganhadores e perdedores da
política pública são identificáveis antes da implementação” (p.31)

“Se um problema é identificado por algum ator político, e esse ator tem interesse na sua resolução, este
poderá então lutar para que tal problema entre na lista de prioridades de atuação. Essa lista de prioridades é
conhecida como agenda” (p.45)
“Uma situação pública passa a ser satisfatória a partir do momento em que afeta a percepção de muitos
atores relevantes” (p. 45)

“Os problemas entram e saem das agendas. Eles ganham notoriedade e relevância, e depois desinflam. Como
destaca Subirats (1989), a limitação de recursos humanos, financeiros, materiais, a falta de tempo, a falta de
vontade política ou a falta de tempo, a falta de vontade política ou a falta de pressão popular podem fazer que
alguns problemas não permaneçam por muito tempo, ou nem consigam entrar nas agendas.” (p. 46)

“O estabelecimento de metas também pode ser politicamente indesejável, como nos casos em que as
probabilidades de sucesso são baixas e a frustração de metas traria prejuízos administrativos e políticos
insuportáveis. Não obstante, o estabelecimento de objetivos é importante para nortear a construção de
alternativas e as posteriores fases de tomada de decisão, implementação e avaliação de eficácia das políticas
públicas” (p. 48)

“Além de analisado, o momento da implementação também deve ser gerenciado. É no momento da


implementação que funções administrativas como liderança e coordenação de ações, são postas à prova. Os
atores encarregados de liderar o processo de implementação devem ser capazes de entender elementos
motivacionais dos atores envolvidos, os obstáculos técnicos e legais presentes, as deficiências organizativas,
os conflitos potenciais, além de agir diretamente em negociações, construção de coordenação entre
executores e cooperação por parte dos destinatários. É nesta fase que também entram em cena outros atores
políticos não estatais: fornecedores, prestadores de serviço, parceiros, além dos grupos de interesse e dos
destinatários da ação pública.” (p. 57)

“É sabido que a dinâmica política – assim como a dinâmica de construção das políticas públicas – varia
substancialmente nos diferentes lugares em que ela se desenvolve. Um exemplo disso é a diferença entre a
dinâmica política predominante em um sistema multipartidário, que se baseia na construção de coalizões
entre partidos, e a dinâmica política em um sistema bipartidário, no qual coalizões são improváveis. Em
suma, conhecer o contexto onde a política acontece é muito importante para entender a dinâmica política, os
comportamentos dos atores e os efeitos da política pública” (p. 81)

“Tomando como base o conceito de Ferreira (1998, p. 10), as instituições são “um conjunto de práticas
sociais que, com alguma persistência, moldam e constroem as interações entre indivíduos e a coletividade.
Essas práticas sociais são tipicamente disciplinadas por organizações e regras formais ( constituições, leis e
regulamentos), mas sempre se apoiam sobre específicos pressupostos cognitivos e normativos”” (p. 83)

“Esse conjunto de regras e práticas são as instituições, e é nesses ambiente que as políticas públicas são
elaboradas. Pela sua capacidade de influenciar as ações dos atores políticos, as instituições influenciam o
processo político determinando quem pode ou não participar de uma tomada de decisão, alterando as
percepções dos atores sobre seus próprios interesses, condicionando as possibilidades de pressão, coalizões e
enfrentamentos, condicionando o acesso as novas ideias e paradigmas para a resolução de problemas
públicos (Lanzalaco, 2005).” (p. 83)
“Modelo top-down (de cima pra baixo): caracterizado pela separação clara entre o momento de tomada de
decisão e o de implementação, em fases consecutivas. Esse modelo é baseado na distinção wilsoniana entre
“Política e Administração” (Wilson, 1887), no qual os tomadores de decisão (políticos) são separados dos
implementadores (administração)” (p.60)

“ Modelo bottom-up (de baixo pra cima): caracterizado pela maior liberdade de burocratas e redes de atores
em auto-organizar e modelar a implementação de políticas públicas. Os implementadores têm maior
participação no escrutíneo do problema e na prospecção de soluções durante a implementação e,
posteriormente, os tomadores de decisão legitimam as práticas já experimentadas. A implementação é
predominantemente avaliada pelos resultados alcançados a posteriori, em vez de avaliação baseada na
obediência cega as prescrições” (p. 61)

“Uma dificuldade mais prática é a forma de apresentar os resultados de um processo avaliativo. As


avaliações podem produzir informações relevantes que, no entanto, podem ser desperdiçados por uma
apresentação pouco clara de seus resultados. Alguns dos problemas frequentes são: excesso de informações,
ausência de sumários, forma de apresentação inadequada (gráficos, números, descrições), desconexão entre a
linguagem apresentada e a línguagem daqueles interessados na avaliação. Descuidos com a forma de
apresentação podem ser propositais, em especial quando o resultado da avaliação vai de encontro aos
interesses dos atores que dependem do sucesso ou insucesso da política pública” (p. 66)

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