Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
DESENHO TÉCNICO
PROJETO ARQUITETÔNICO
DOURADOS - MS
2017
INTRODUÇÃO - Generalidades
Divisão
Normalmente, os desenhos de um projeto arquitetônico passam por três fases
distintas antes de serem concluídos. São elas:
• Desenhos preliminares – inclui o estudo das exigências do proprietário, da
função do edifício, materiais disponíveis e experiência do projetista. São os
primeiros esboços grosseiros, normalmente feitos à mão-livre. Geralmente
é neste momento que o projetista usa seu “dom” para concretizar o negócio.
É importante também levar-se em consideração as condições do terreno da
vizinhança.
2
Exemplos de Desenhos Preliminares
3
Projeto arquitetônico
O projeto arquitetônico constitui um conjunto de desenhos, especificações,
descrições e orçamentos da obra.
A partir dos desenhos, fazem-se as especificações dos materiais, o memorial
descritivo e o orçamento da obra.
Terreno
Antes de projetar qualquer obra, deve-se ter conhecimento do terreno pela sua
planta, considerando o seu valor, localização, limites, conteúdo, topografia, orientação,
insolação e redes de esgotos, água e energia elétrica.
Desenhos de projetos
Os desenhos que compõem um projeto arquitetônico são constituídos por uma
série de vistas variáveis de acordo com a simplicidade ou complexidade da obra. As
vistas são internas e externas, projetadas em planos horizontais e verticais. São elas:
• Planta-baixa;
• Cortes verticais;
• Fachadas;
• Planta de situação;
4
• Planta de cobertura;
• Desenho de detalhes;
• Desenhos de instalações hidrossanitárias, elétricas, etc.
Por ser o conjunto de desenhos com maior riqueza de detalhes, neste material
será explanado um Projeto Arquitetônico residencial, pois assim, será possível conhecer
a maioria das simbologias existentes, e não apenas as normalmente apresentadas em
projetos de instalações agropecuárias.
5
1. DESENHO ARQUITETÔNICO – PLANTA-BAIXA
6
As portas e portões devem sempre vir acompanhadas das folhas das esquadrias,
de forma a permitir a visualização do espaço ocupado pelas mesmas, conforme pode ser
visto nos exemplos abaixo.
As janelas já são representadas de uma forma mais genérica, sem dar margem a
uma interpretação mais detalhada, podem ser representadas conforme pode ser visto nos
exemplos a seguir:
7
As portas e janelas são aberturas normais nas paredes. Podem vir com suas
dimensões convencionadas na planta-baixa ou em legendas, conforme pode ser visto na
Figura 2.
8
A Figura 3 representa uma planta baixa completa.
9
O tamanho de uma residência deve ser variável, de acordo com o padrão e
constituição da família.
10
1.2. Dimensões mínimas
A área útil de uma casa é o somatório das áreas dos compartimentos. As
dimensões mínimas das janelas estão relacionadas com a área do compartimento,
conforme Tabela 1:
11
sempre passar por um compartimento impermeabilizado e por um maior número de
compartimentos.
12
1.6. Convenções arquitetônicas
As convenções arquitetônicas são simbologias de uso corrente, para representar
principalmente os aparelhos e acessórios da casa. São traçados com o auxílio de
“gabaritos” organizados para diversos fins e em várias escalas. Também servem para
indicar os níveis dos pisos de cada cômodo.
Exemplo de simbologia indicativa do nível de um cômodo com sua respectiva área útil
13
1.8. Algumas definições de interesse
Em Desenho Arquitetônico, é de interesse o conhecimento de alguns termos
técnicos, normalmente mostrados nos desenhos e discutidos entre os especialistas. São
eles:
• Fundação: Base da construção. Alicerce, que deve ficar enterrado por servir de
sustentação para a obra. Tem espessura maior que as paredes e pode
apresentar-se na forma contínua, em sapatas ou tubulões.
Exemplo de Fundação
• Linha de terra: linha que separa a parte aérea da construção da parte que fica
enterrada. Representa normalmente a linha do terreno original,
considerada a cota zero.
• Embasamento: Formado pelo alicerce e piso. As paredes e demais componentes da
construção são normalmente construídos sobre o embasamento
Exemplo de embasamento
14
Exemplo de baldrame
(A) (B)
Exemplo de pé-direito simples (A) e duplo (B)
15
Exemplo de beiral
Exemplo de platibanda
• Cumeeira: É a parte mais alta de um telhado, horizontal e que serve para dividir
águas.
• Boneca: Parte da parede que fica “atrás da porta” e em certos casos também janelas.
Sua finalidade é permitir a abertura da porta ou janela em ângulos
superiores a 90º .
16
Exemplo de boneca
• Contra-verga ou peitoril: Parte da parede onde fica apoiada a janela. Coincide com
a parte inferior da janela. No caso de portas, o peitoril não existe, pois
as mesmas se encontram apoiadas no piso.
• Verga: Pequena viga que fica apoiada na parte superior de portas ou janelas. Tem
como finalidade aumentar a resistência da parte superior das portas e
janelas, evitando que estas se deformem em função do peso da
construção que se encontra em cima das mesmas. Se possível, deve-se
construir a contra-verga com cerca de 20cm a mais que a largura da
janela ou porta.
17
• Soleira: peça que vai no mesmo nível do piso e que serve de acabamento para a
parte inferior de uma porta. Muito utilizada na entrada das edificações.
Exemplo de soleira
• Área útil: é a área total construída subtraída dos espaços ocupados por paredes,
portas e pilares. É a área disponível para utilização. A área interna de
cada cômodo.
• Área total: é a área total construída considerando-se os espaços ocupados por
paredes, portas e pilares.
18
d) Mede-se e desenha-se as linhas que representem as arestas da face externa
das paredes externas.
e) Interiormente, marcam-se as espessuras das paredes externas e em seguida
as internas.
f) Localizam-se e marcam-se as portas, janelas, escadas, etc., não se
esquecendo das bonecas.
g) Completa-se o desenho. As linhas iniciais que sobrarem devem ser
apagadas. As linhas devem ser definitivamente decalcadas, conforme suas
espessuras: grossas (paredes seccionadas) e médias (partes não
seccionadas, como peitoris).
h) Dispõe-se portas e aparelhos sanitários na posição escolhida e quadriculam-
se os pisos impermeabilizados.
i) Dá-se nome aos compartimentos, acrescentando abaixo destes, caso seja
solicitado, sua área em metros quadrados.
j) Marca-se os níveis de cada cômodo
k) Por último, coloca-se a linha de corte vertical na posição correta, a planta
de telhado em linhas tracejadas grossas, se for o caso, e identifica-se o
desenho, colocando seu nome e escala usada logo abaixo, em letras
maiores.
19
2. DESENHO ARQUITETÔNICO - CORTES
2.1.Cortes verticais
São as vistas laterais internas da casa, com o fim de mostrar o interior da casa,
mostrando todas as distâncias e detalhes que não aparecem na planta-baixa.
20
FIGURA 5 – Corte longitudinal CD
21
plano vertical de referencia (AB ou CD). As figuras a seguir ilustram casos de secção de
porta em nível e com diferença de níveis entre cômodos.
(A)
(B)
Exemplo de corte com pisos entre cômodos em nível (A) e com diferença de nível (B)
22
FIGURA 7 – Inclinação recomendada para três tipos principais de telha
23
b) Abaixo da linha de terra sob as paredes, determina-se sua fundação pelas
espessuras e profundidade do alicerce. Quando as distâncias são
desconhecidas, ou não deseja-se mostrá-la, aplica-se uma linha de
interrupção para indeterminá-la (Figura 8B).
c) Sobre as paredes cortadas, determinam-se, as portas e janelas cortadas
(como feito na planta baixa) e não cortadas, mas visíveis através do corte
(Figura 8C).
d) Apagam-se as linhas que estão sobrando, decalcam-se as linhas grossas
(seções seccionadas) e médias (não seccionadas). Fazem-se as convenções
de materiais e representação das superfícies impermeabilizadas.
e) A representação das portas e janelas, em vista frontal, se faz de modo
simples, em linhas médias, sem cotá-las.
f) Desenha-se a estrutura do telhado até os caibros, omitindo-se as ripas e
telhas.
g) Finalizam-se dimensionando as outras partes não cotadas, conforme regra
vista anteriormente.
24
FIGURA 8 – Seqüência preliminar no traçado de um corte
25
3. DESENHO ARQUITETÔNICO - FACHADAS
3.1.Fachadas
Fachadas são as vistas resultantes das projeções verticais das faces externas da
casa, mostrando de maneira quase real a sua forma e composição estética com o meio
ambiente.
Exemplo de fachada
26
FIGURA 9 – Vista frontal ou fachada frontal
27
FIGURA 10 – Seqüência para composição da fachada
28
4. DESENHO ARQUITETÔNICO – PLANTA DE SITUAÇÃO
4.1.Planta de situação
A planta de situação de uma construção qualquer é a parte do projeto
arquitetônico que determina a posição exata da casa dentro do terreno ou lote,
normalmente feito na escala 1:500 (Figura 11).
29
FIGURA 11 – Detalhes de uma planta de situação
Suponha que uma pessoa tenha decidido viajar para o Pólo Norte. E ela não
tem como pegar um avião até lá. Então, tira uma bússola do bolso, observa a agulha que
aponta para o norte e traça um caminho, seguindo a agulha. Mas desta forma, ao final
do percurso, a pessoa não chega ao centro físico chamado “Pólo Norte” da Terra. Isto
ocorre por que para chegar ao Pólo Norte, ou norte verdadeiro, apenas seguir a agulha
da bússola não funcionará.
Se quiser ir de um ponto na extremidade inferior de um mapa para um ponto na
extremidade superior, a pessoa precisará seguir o norte verdadeiro. Norte verdadeiro é
uma direção geográfica representada nos mapas e globos pelas linhas da longitude.
Cada linha de longitude começa e termina nos pólos físicos da Terra e representa o
percurso direto norte-sul. A Figura 12 representa uma linha de longitude que vai até o
norte verdadeiro.
30
FIGURA 12 – Representação de uma linha de longitude e o norte verdadeiro
As bússolas, por outro lado, levam uma pessoa ao norte magnético, um ponto
nas regiões árticas do Canadá que muda constantemente de lugar com base na atividade
dos campos magnéticos da Terra. O ferro líquido no centro do planeta age como um
grande ímã, criando um campo magnético. A agulha de uma bússola é magnetizada e
como está livremente suspensa permite que a força magnética a direcione ao norte
magnético.
Mas como o ímã da Terra não está perfeitamente alinhado com os pólos
geográficos existe uma diferença entre o norte verdadeiro em um mapa e o norte
magnético indicado por uma bússola. Essa diferença é chamada de declinação
magnética e é medida pelo ângulo entre o norte verdadeiro e o norte magnético quando
traçado em um mapa. Vale ressaltar que as declinações magnéticas variam conforme o
lugar, dependendo da intensidade dos campos magnéticos da Terra.
31
5. DESENHO ARQUITETÔNICO – PLANTA DE COBERTURA
32
6. DESENHO ARQUITETÔNICO – DESENHO DE DETALHES
6.1.Desenhos de detalhes
(A)
33
(B)
FIGURA 14 – Detalhes de uma fechadura (A) e uma porta (B)
34
7. BIBLIOGRAFIA
35