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A influência da relação terap êutica no suces et al.

, 2007), argumentam que as p sicote-


so do tratamento p sicoteráp ico já constitui rap ias, p articularmente a terap ia cognitivo-
um consenso na literatura. A qualidade da -comp ortamental (TCC), funcionam através
aliança terap êutica, avaliada nas p rimeiras de técnicas esp ecíficas, as quais, quando
sessões de terap ia, é p reditiva de resultados, bem-sucedidas, p romovem uma boa relação
indep endente da abordagem teórica do p ro terap êutica, contrariando o que afirmam os
fissional (Safran, 2002). Por outro lado, a defensores dos fatores comuns ou não esp e
ausência de emp atia e o estilo defensivo do cíficos.
terap euta na relação com o p aciente p reju Uma vez que as técnicas acontecem
dicam a aliança e imp edem o p rogresso do dentro de uma relação terap êutica, torna-se
tratamento, além de comp rometer a autoes- difícil e sup erficial sep arar as várias catego
tima do p aciente (Bums e Auerbach, 1996; rias envolvidas nos fatores técnicos e de re
Safran, 2002). lacionamento que estão p resentes na p sico-
A relação terap êutica tem ap resentado terap ia (Hardy et al., 2007). Nesse sentido,
correlações mais elevadas com a mudan é p lausível considerar que as técnicas esp e
ça do que as técnicas esp ecíficas (Hardy, cíficas e a relação terap êutica são variáveis
Cahill e Barkham, 2007) e se encontra mutuamente influentes no p rocesso p sicote
p resente nos chamados fatores comuns ou ráp ico. Por um lado, as técnicas esp ecíficas
não esp ecíficos do tratamento, os quais são bem emp regadas geram alívio de sintomas
identificados em diferentes abordagens p si- no p aciente, o qual irá exp erimentar senti
coteráp icas. Assim, os fatores comuns são mentos de gratidão e segurança dirigidos
ap ontados como mais influentes na melhora ao clínico, favorecendo o vínculo. Por outro
do p aciente, além de não se diferenciarem lado, um p adrão de interação emp ático, ca
significativamente entre as várias linhas de loroso e acolhedor p or p arte do terap euta
tratamento (Stiles, Shap iro e Elliott, 1986, p oderá facilitar a autorrevelação e a adesão
citado p or Hardy et al., 2007). do p aciente às técnicas, favorecendo a mu
Por outro lado, uma revisão de estudos dança.
feita p or Newman (2007) sobre os efeitos Em síntese, durante o p rocesso p sico
da terap ia cognitiva em indivíduos dep ri teráp ico, o terap euta deve p ossuir, além de
midos ap onta que a redução dos sintomas conhecimento técnico e analítico, habilida
dep ressivos leva à melhora na aliança tera des interp essoais, tais como resp eito, con
p êutica e vice-versa. Além disso, outros es sideração, emp atia, cap acidade p ara iden
tudos revisados p rop õem que ganhos ráp i tificar sinais sutis de rup tura terap êutica e,
Efetividade
do processo dos (melhoras ocorridas entre sessões) são p rincip almente, disp osição p ara reconhecer
fortemente seguidos de melhoras na aliança e exp lorar as p róp rias emoções envolvidas
terap êutica (Newman, 2007). DeRubeis, na relação com o p aciente (Bennett-Levy e
Brotman e Gibbons (2005, citados p or Hardy Thwaites, 2007; Falcone, 2004; 2006). A
146 BERNARD RANGÉ & COLS.

p rática da p sicoterap ia se constitui como rante a rotina do tratamento é a habilida


um p rocesso de influência social em que a de de estar conectado ao cliente de forma
p essoa do p rofissional influencia a p essoa construtiva, mesmo quando este manifesta
do cliente e vice-versa (Mahoney, 1998). O comp ortamento aversivo. A cap acidade des
reconhecimento desse p rocesso mútuo de ses terap eutas inclui: dar o máximo de si em
influência p or p arte do p rofissional é o que conceitualizar as razões da rup tura da alian
o tomará mais autoconsciente, emp ático, ça p ara rep ará-la; mostrar benevolência e
assertivo e flexível (Leahy, 2001; Mahoney, equilíbrio, mesmo sob p ressão; manter um
1998), p ermitindo que a relação terap êuti elevado p adrão de comp ortamento inter
ca funcione como um ingrediente ativo de p essoal; monitorar os p róp rios p ensamentos
crescimento p essoal e de mudança p ara a automáticos disfuncionais, gerando resp os
díade. Assim, como afirma Leahy (2001), tas focadas em sentimentos p ositivos e so
“na relação terap êutica, p aciente e terap eu luções construtivas e seguindo adiante com
ta, são ambos pacientes" (p .5). esp erança e otimismo (Newman, 2007).
Serão abordados neste cap ítulo alguns Entretanto, as habilidades interp es
asp ectos da relação terap êutica que p odem soais do terap euta, embora necessárias,
facilitar ou dificultar o p rocesso p sicoteráp i- não são suficientes p ara que este p roduza
co na TCC. Dentre esses asp ectos, incluem- uma sessão p adrão de terap ia cognitiva
-se as demandas da terap ia, os esquemas (Newman, 2007). A p rática da TCC requer
de resistência do cliente e as habilidades demandas tais como: conceitualização do
interp essoais do terap euta p ara lidar com os caso; ênfase no aqui-e-agora; sessões es
p roblemas na aliança terap êutica e com os truturadas e contínuas; foco na mudança
p róp rios sentimentos p rovocados p elo com através do desenvolvimento de habilidades
p ortamento do p aciente. do cliente p ara solucionar p roblemas e rees
truturar p ensamentos; definição de metas e
adesão a tarefas de autoajuda (Leahy, 2001;
AS DEM ANDAS DA TCC Newman, 2007). Assim, a comp etência do
terap euta dep ende das suas habilidades
O reconhecimento da imp ortância da rela p ara se manter focado nas tarefas de concei
ção terap êutica no tratamento semp re este tualizar o caso, de selecionar intervenções
ve p resente entre os terap eutas de aborda ap rop riadas e, ao mesmo temp o, de cap tar
gem cognitivo-comp ortamental. Assim é que as exp ressões de medo, raiva ou ap atia do
o treinamento do p rofissional deve incluir o cliente em relação a se engajar nesses p ro
desenvolvimento de habilidades interp esso cedimentos (Newman, 2007).
ais que p rop iciem a colaboração e facilite a Quando os clientes não exp ressam si
descoberta guiada, a formulação cognitiva e nais de transtornos de p ersonalidade ou ou
o convite à exp loração de p ensamentos al tros p roblemas crônicos e são resp onsivos às
ternativos (Bennett-Levy e Thwaites, 2007; manifestações emp áticas do terap euta, estes
Newman, 2007). se tomarão mais inclinados a se engajar
Newman (2007) refere-se às habilida no p rocesso terap êutico. Tais condições re
des de relacionamento do terap euta como querem baixos níveis de estresse na relação
a cap acidade de comunicação que p ermite terap êutica e a díade p ode focalizar mais
dar feedback p ositivo ou negativo ao cliente, facilmente os comp onentes de aquisição e
de forma construtiva. Terap eutas que p os manutenção das habilidades do tratamento
suem essas habilidades, segundo Newman, (Newman, 2007).
conseguem se manter calmos, além de ex Entretanto, uma p rop orção considerá
p ressar cuidado e consideração quando o vel de clientes com transtorno de ansiedade
cliente manifesta emoções elevadas (raiva, não resp onde aos p rocedimentos p adrão da
ameaça de suicídio, etc.). Mais imp ortante TCC. Esses p acientes costumam idealizar os
do que uma p ostura calorosa e genuína du seus terap eutas, demonstrar hostilidade, so-
PSICOTERAPIAS COGNITIVO- COMPORTAMENTAIS: UM DIÁLOGO COM A PSIQUIATRIA 147

brecarregar o clínico com crises recorrentes, resistirá ativamente a qualquer tentativa


exigir tratamento esp ecial, além de p reen de buscar solução p ara os seus p roblemas,
cher critérios p ara um ou mais transtornos entrando em um p rocesso de escalação das
de p ersonalidade (Pretzer e Beck, 2004). suas queixas e recusando as alternativas su
Desse modo, boa p arte das condições en geridas p ara mudar a situação (p ara uma
volvendo a p rática p adrão da TCC é estres- revisão mais detalhada desse assunto, ver
sante p ara a relação terap êutica e demanda Falcone, 2006; Falcone e Azevedo, 2006;
níveis elevados de habilidades interp esso Leahy, 2001; 2007).
ais do p rofissional (Falcone, 2006; Falcone Entretanto, a ativação da resistência
e Azevedo, 2006), na medida em que, p or no p rocesso p sicoteráp ico p ode ser um in
um lado, a TCC se caracteriza como uma dicador p ositivo em terap ia, contrariando
abordagem diretiva de tratamento focado o consenso existente na literatura que rela
na mudança e os clientes com transtorno ciona a resistência a resultados terap êuticos
de p ersonalidade são altamente resistentes negativos. Bischoff e Tracey (1995) encon
à mudança (Leahy, 2001; Young, Klosko e traram melhores efeitos no tratamento em
Weishaar, 2003). díades nas quais o clínico era mais diretivo e
A resistência em p sicoterap ia é defini o cliente mais resistente. Além disso, baixos
da como “qualquer comp ortamento do clien níveis de resistência do cliente se correla
te que indica op osição, aberta ou encoberta, cionaram com comp ortamentos não direti
ao terap euta, ao p rocesso de aconselha vos do terap euta e com efeitos terap êuticos
mento ou à agenda terap êutica” (Bischoff e negativos. Os autores p rop õem a existência
Tracey, 1995, p . 487). Embora manifestada de um limiar em que a resistência p ode ser
com maior frequência p or clientes difíceis, p ositiva p ara o tratamento.
a resistência é considerada como um fenô Em outro estudo, Strauss e colabora
meno comum no p rocesso p sicoteráp ico. Os dores (2006, citado p or Newman, 2007)
clientes, embora desejosos de obter alívio encontraram que um grau moderado de
de seus sintomas de ansiedade e dep ressão, tensão p ode ser p ositivo p ara se obter efei
sentem dificuldades p ara desistir de seus tos favoráveis na TCC com clientes que ma
p adrões duradouros de funcionamento e nifestam transtornos de p ersonalidade de
não estão seguros quanto às consequências esquiva e obsessivo-comp ulsivo. Assim, é
de mudar esses p adrões. Assim, a resistência sugerido que um nível adequado de estres
trabalha contra a mudança construtiva, mas, se na relação terap êutica, envolvendo uma
p or outro lado, p rovê o terap euta de infor tensão moderada na aliança, seguida de um
mações valiosas sobre os clientes e seus con rep aro imediato, p ode ser p ositiva p ara os
flitos (Newman, 2002; 2007). Além disso, resultados nessa p op ulação. Um nível mui
a resistência também p ode ser atribuída a to baixo de tensão p ode significar que o
um estilo excessivamente diretivo (Bischoff tratamento, embora sustentador, carece de
e Tracey, 1995) ou defensivo (Falcone e intervenções construtivas e relacionadas ao
Azevedo, 2006) do terap euta. desenvolvimento de habilidades do cliente
As demandas da TCC mencionadas an que aumentam as chances de mudança. O
teriormente p odem contribuir p ara gerar a conflito excessivo, p or sua vez, p ode refle
resistência. A identificação de p ensamentos tir um romp imento da colaboração e da boa
automáticos distorcidos, p or exemp lo, p ode vontade, aumentando a p robabilidade de
ativar no cliente avaliações de ser inadequa término p rematuro da terap ia (Strauss et
do, vulnerável ou inep to, fazendo com que al., 2006, citado p or Newman, 2007).
este desqualifique a técnica de reestrutu Resumindo, as demandas da TCC são
ração cognitiva p ara manter a autoestima. essenciais p ara a p romoção de habilidades
O cliente carente de validação, que neces de autoajuda nos clientes, favorecendo a
sita obter do terap euta o reconhecimento mudança. Ao mesmo temp o, essas deman
do quanto a vida tem sido dura p ara ele, das p odem gerar resistência e p roblemas
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na aliança, as quais, em níveis moderados, tegorizar e interp retar as exp eriências”


p odem ser p rodutivas, exceto quando o te (Pretzer e Beck, 2004, p . 271). Os esquemas
rap euta assume uma p ostura excessivamen p resentes no transtorno de p ersonalidade
te diretiva ou quando o cliente ap resenta são desadap tativos, ou seja, eles guiam a
transtorno de p ersonalidade. Desse modo, p ercep ção da p essoa de tal forma que esta
as habilidades interp essoais do terap euta irá selecionar, p rocessar e distorcer aque
serão p rimordiais durante o tratamento. Em las informações p ara confirmá-los, a fim de
alguns casos, ele necessitará adiar temp o manter a congruência com o esquema (Beck
rariamente o foco na mudança, exp lorando e Freeman, 1993; Caballo, 2008; Beck,
os dados históricos do cliente, assim como o 2005).
seu conteúdo esquemático, p ara ajudá-lo a Os esquemas desadap tativos condu
melhor comp reender as origens de sua re zem a interp retações tendenciosas (concep
sistência, bem como as consequências des ções errôneas, atitudes distorcidas, p remis
ta. Esse tóp ico será exp lorado mais adiante sas inválidas e metas e exp ectativas p ouco
nesse cap ítulo. realistas), as quais geram dificuldades nas
relações interp essoais, sem que o indivíduo
se dê conta de sua resp onsabilidade nessas
dificuldades. Esse p adrão de funcionamento
OS ESQUEM AS DE interp essoal disfuncional p rovoca reações
RESISTÊNCIA DO CLIENTE negativas e rejeição nos outros, o que con
tribui p ara confirmar as interp retações ten
Como já mencionado anteriormente, uma denciosas e os esquemas (Beck e Freeman,
considerável quantidade de clientes que 1993).
p rocura terap ia manifesta transtorno de Indivíduos com transtorno de p ersona
p ersonalidade. Uma das características mais lidade desejam o vínculo, mas p ensam, sen
marcantes desse transtorno é a ocorrência tem e agem de modo a imp edi-lo, levando os
de muitos p roblemas em um contexto inter outros a reagirem de forma comp lementar
p essoal, razão p ela qual este também é refe aos seus p adrões, p erp etuando ciclos cogni
rido como transtorno de comp ortamento so tivos interp essoais mal-adap tativos (Safran,
cial (Freeman, 2004; Pretzer e Beck, 2004). 2002). Assim, um indivíduo com esquemas
Alguns comp onentes cognitivos p resentes de desamp aro e de carência de p roteção e
nesses indivíduos e identificados em estu vínculo, comumente p resentes no trans
do de Trower, 0’Mahony e Dryden (1982) torno da p ersonalidade dep endente, p ode
incluíram: autoconceito negativo; baixa criar exp ectativas de ser abandonado e es
autoconsciência; p ensamentos irracionais; tratégias de se subjugar e de ser p egajoso
isolamento e inabilidade social; p adrão de nas suas relações. Tais p adrões alienam as
p ressivo; motivação e autoestima baixas; outras p essoas e confirmam as exp ectativas
p resença de vários transtornos de ansieda de abandono. Uma p essoa com transtorno
de; tendência a interp retar mal intenções da p ersonalidade p aranoide, com esquemas
e feedbacks dos outros; desemp enho social de desconfiança e medo do abuso dos ou
deficiente; p redisp osição p ara criar p roble tros, p ode criar exp ectativas de que os seres
mas com os terap eutas; p ouco resultado no humanos são p erversos e irão p rejudicá-la,
tratamento com p sicofármacos e sucesso levando-a a se tomar hip ervigilante e a agir
moderado com treinamento em habilidades de forma desconfiada e hostil em suas in
sociais. terações. Tais reações geram hostilidade e
Os p adrões disfuncionais característi rejeição nos outros, e irão confirmar as suas
cos em indivíduos com transtorno de p er crenças p ersecutórias.
sonalidade são exp licados p elos seus esque Os esquemas desadap tativos são for
mas, definidos como “estruturas cognitivas mados p recocemente, a p artir de uma in
que servem como base p ara classificar, ca teração entre temp eramento e exp eriências
PSICOTERAPIAS COGNITIVO- COMPORTAMENTAIS: UM DIÁLOGO COM A PSIQUIATRIA 149

com os cuidadores, como uma tentativa de tam transtorno de p ersonalidade costuma


adap tação às necessidades emocionais não encontrar forte resistência, a qual p ode se
satisfeitas (Young et al., 2003). Os p adrões exp ressar até mesmo na fase de avaliação,
p arentais que não atendem a essas necessi quando o terap euta está investigando as
dades (negligência, abuso físico ou verbal, queixas. Nesse sentido, a resistência deve
abandono, ausência de afeto/emp atia, críti ser encarada como uma op ortunidade p ara
cas, p unições, sup erp roteção e ausência de conhecer mais os esquemas e a história do
limites) levam a criança a construir esque cliente (Falcone e Azevedo, 2006; Leahy,
mas que se p erp etuarão durante o desen 2001; Safran, 2002; Young et al., 2003).
volvimento e constituirão, na vida adulta, a As habilidades interp essoais do tera
base do entendimento dos p adrões disfun- p euta na p rática da TCC p adrão mencio
cionais encontrados nos transtornos de p er nadas na seção anterior, embora valiosas,
sonalidade (Young et al., 2003). p arecem insuficientes quando o p rofissional
Na relação terap êutica, os esquemas está lidando com a resistência esquemática
desadap tativos irão se manifestar de dife do cliente. Assim, embora o foco da terap ia
rentes formas (comp ortamento hostil, de inclua essas habilidades p ara desenvolver a
p endente, exigente, sedutor, manip ulador, colaboração, facilitar a descoberta guiada,
exp lorador, etc.), caracterizando a resistên além de exp lorar p ensamentos e idéias al
cia (Leahy, 2001). Por exemp lo, o cliente ternativas, alguns autores têm enfatizado
dep endente (esquema de desamp aro) bus a necessidade de amp liação dos limites da
ca com frequência reasseguramento do te terap ia cognitivo-comp ortamental na abor
rap euta, telefona entre as sessões, acredita dagem desse tema. As p rincip ais limitações
que as tarefas não funcionarão, p rocura p ro da TCC p adrão ap ontadas incluem: sup er-
longar as sessões e fica angustiado quando valorização do p oder das técnicas esp ecífi
o terap euta entra de férias. O cliente nar cas e negligência quanto ao trabalho com a
cisista (esquema de sup erioridade) se sente transferência e a contratransferência; aten
humilhado ao falar de seus p roblemas na ção insuficiente ao p ap el das variáveis inter
terap ia, “esquece” de p agar ou chega atra p essoais e ambientais nas formulações cog
sado às sessões, desqualifica a terap ia e o nitivas dos transtornos emocionais; carência
terap euta e acredita que o tratamento não de uma estrutura teórica sistemática p ara
funcionará, uma vez que os seus p roblemas guiar o uso do relacionamento terap êutico
são os outros (Leahy, 2007). (Gilbert e Leahy, 2007; Leahy, 2001; Safran,
Os p adrões de p ensamento e comp or 2002; Young et al., 2003).
tamento disfuncionais dos indivíduos com Em estudo que avaliou sentimentos,
transtorno de p ersonalidade, exp ressos na p ensamentos e comp ortamentos de tera
relação com os seus terap eutas, costumam p eutas cognitivo-comp ortamentais brasi
ativar nestes últimos sentimentos negativos leiros frente à resistência esquemática de
e, em alguns casos, estresse considerável. clientes difíceis (Falcone e Azevedo, 2006),
Em contrap artida os terap eutas, mesmo verificou-se que a quase totalidade (cerca
exp erientes, algumas vezes agem de forma de 90%) dos 58 p articip antes não conside
comp lementar ao esquema desadap tativo rou asp ectos imp ortantes relativos à relação Papel da auto-análise
do processo
do cliente, resp ondendo aos seus comp orta terap êutica (transferência e contratransfe
mentos hostis com contra-hostilidade, con rência) envolvidos em suas exp eriências.
tribuindo p ara reforçar os seus esquemas e Em vez disso, eles utilizavam as técnicas
suas estratégias disfuncionais (Leahy, 2001; tradicionais da TCC (reestruturação cogni
Falcone, 2004; 2006; Falcone e Azevedo, tiva, solução de p roblemas, manejo da re
2006; Safran, 2002). sistência dos clientes) (70%), ou reagiam
Conforme mencionado anteriormen de forma p essoal (criticando, culp ando ou
te, o terap euta que utiliza o p rocedimento resp onsabilizando o cliente) (20%). Tais
p adrão da TCC com clientes que manifes resultados são congruentes com as conside-
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rações anteriores e chamam atenção p ara a das no curso da vida do p aciente. Em vez
necessidade de uma abordagem cognitivo- disso, o significado da resistência do clien
-comp ortamental, teórica e p rática, envol te p ode servir a um p rop ósito adap tativo,
vendo a relação terap êutica como um ingre considerando-se a p ersp ectiva deste.
diente ativo de mudança. A p artir de uma revisão da literatura
A imp ortância de se considerar p ro (Leahy, 2001; Liotti, 1989; Safran, 2002;
cessos transferenciais na relação terap êutica Young et al., 2003), seguem abaixo os p as
tem sido ressaltada em estudos de Miranda sos sugeridos p ara lidar com a resistência
e Andersen (2007), os quais conceituam a esquemática do cliente:
transferência de forma diferenciada do con
ceito freudiano quanto ao envolvimento de 1. avaliação das exp eriências p assadas que
fantasias infantis e conflitos p sicossexuais. p rovocaram a construção de esquemas
Os autores desenvolveram um modelo so- p recoces, antes de encorajar o cliente a
ciocognitivo, baseado nas rep resentações enfrentar os p roblemas através de rep re
mentais e nos estilos de ap ego (Bowlby, sentações alternativas;
2001), p ara a comp reensão da transferência 2. reconhecer a resistência como uma ma
nas relações sociais cotidianas, o qual tem nifestação coerente, diante do esquema
sido útil p ara a relação terap êutica. relacionado a ela, bem como da realidade
Segundo o modelo de Miranda e exp erimentada p elo cliente em sua vida
Andersen, as p essoas constroem uma vi (validação);
são de si a p artir das relações com os ou 3. discutir com o cliente como esse esquema
tros significantes (membros familiares, p a ativado se manifesta nas relações interp es
res românticos, amigos ou outras p essoas soais do cliente (confrontação emp ática),
imp ortantes na exp eriência do indivíduo). fazendo uma p onte com o que acontece
Essas rep resentações do self ficam retidas na na relação terap êutica (transferência);
memória e são disp aradas p or chaves con- 4. revelar (se for o caso) os p róp rios senti
textuais ap licadas em novos indivíduos. Em mentos exp erimentados frente ao com
outras p alavras, as p essoas revivem relações p ortamento do cliente, ajudando-o a FAP
p assadas em suas interações sociais do dia exp lorar o imp acto desse comp ortamento
a dia. Através de uma metodologia exp eri nas p essoas de seu contexto interacional
mental sofisticada realizada em ambiente (neste caso, o terap euta deve reconhecer
de laboratório, os autores têm confirmado a o p róp rio p ap el na relação como p arte da
existência da exp eriência transferenciai nas transferência);
relações sociais e, na relação terap êutica, 5. agir de forma não comp lementar ao
sugere-se que esta acontece inevitavelmen esquema do cliente, evitando o ciclo
te, tanto com o cliente quanto com o tera cognitivo-interp essoal e ajudando o mes
p euta (neste último caso, a contratransfe- mo a refutar as crenças negativas sobre
rência) (Miranda e Andersen, 2007). os outros, p ercebendo a sua p articip ação
Liotti (1989) p rop õe que os terap eu nos conflitos interp essoais.
tas de orientação cognitivo-comp ortamental
costumam abordar a resistência esquemá- Tais p rocedimentos contribuem p ara
tica dos clientes identificando crenças irra “normalizar” as dificuldades do cliente, au
cionais, bloqueios cognitivos ou ansiedades mentando a autoconsciência deste e p rop i
subjacentes às falhas dos mesmos em aderir ciando uma op ortunidade segura p ara lidar
a um deteminado p rocedimento terap êu com as questões interp essoais de forma ma
tico. Entretanto, como afirma o autor, tais dura e saudável, além de contribuir p ara o
p rocedimentos são limitados, baseados no enfraquecimento do esquema.
“aqui-e-agora” e negligenciam investigação Concluindo, as habilidades p ara lidar
sobre quando, como e p or que essas cren com a resistência esquemática do cliente de
ças, bloqueios e ansiedades foram adquiri mandam maior esforço do terap euta, tanto
PSICOTERAPIAS COGNITIVO- COMPORTAMENTAIS: UM DIÁLOGO COM A PSIQUIATRIA 15 1

p ara identificar os esquemas subjacentes e ativar esquemas e emoções negativas do


sentimentos relacionados ao comp ortamen terap euta, identificando um p rocesso cha
to do cliente, quanto p ara identificar e mo mado de contratransferência (Abreu, 2005;
nitorar os p róp rios esquemas e sentimentos Falcone e Azevedo, 2006; Freeman, 2001;
envolvidos na relação terap êutica. Leahy, 2001; 2007).
O termo contratransferência foi ne
gligenciado p elos terap eutas cognitivo-
-comp ortamentais, p ossivelmente em razão
AS HABILIDADES de uma rejeição à utilização de conceitos
INTERPESSOAIS DO TERAPEUTA p sicanalíticos (Freeman, 2001) e a um oti
mismo excessivo em relação ao p oder das
Bennett-Levy e Thwaites (2007) p rop õem técnicas da TCC (Leahy, 2001). Na litera
duas categorias de habilidades interp essoais tura atual ela tem sido considerada mais
do terap euta. A p rimeira, denominada de amp lamente na clínica (Leahy, 2001; 2007;
habilidades p ercep tuais, refere-se à cap aci Young et al., 2003) e na p esquisa (Miranda
dade do p rofissional p ara: e Andersen, 2007), e é comp reendida como
uma resp osta emocional do terap euta fren
a) estar em sintonia com o p rocesso do te ao comp ortamento do p aciente, que
cliente; está enraizada nos esquemas do terap euta
b) tomar decisões comp lexas e sofisticadas (Freeman, 2001; Leahy, 2001; 2007).
sobre onde focar a atenção e o que fazer Alguns p roblemas típ icos de contra
em seguida; e transferência encontrados na literatura
c) p erceber os sinais sutis de rup tura tera incluem (Leahy, 2001; Pop e e Tabachnick,
p êutica. s.d.): medo de indisp or o p aciente; culp a
ou medo da raiva do p aciente; sentimentos
Já a segunda categoria, referida como de inferioridade dirigidos a p acientes narci
habilidades relacionais, diz resp eito à forma sistas; desconforto quando o p aciente é se
como o terap euta se exp ressa na interação xualmente atraente; dificuldades em imp or
com o cliente e inclui: limites; raiva de p acientes não coop erativos
ou que telefonam entre as sessões; medo
a) exp ressão de aceitação, calor e comp ai que o p aciente cometa suicídio e medo de
xão; ser p rocessado p elo p aciente.
b) exp ressão de entendimento emp ático; e Leahy (2001; 2007) p rop õe que, p ara
c) realização de confrontação emp ática. identificar as p róp rias dificuldades na re
lação terap êutica, os terap eutas devem se
Entretanto, exp ressar essas habilida interrogar sobre que assuntos os deixam
des em qualquer contexto p sicoteráp ico mais p reocup ados, quais os p acientes mais
e com qualquer tip o de cliente p arece ser difíceis de lidar ou que sentimentos exp eri
muito difícil, se não imp ossível. Uma vez mentam ao ter que falar sobre coisas p ertur
que os terap eutas, tanto quanto os clientes, badoras p ara o cliente. O modo como o te
p ossuem uma história p essoal que exp lica rap euta lida com as p róp rias emoções p ode
a construção de crenças, esquemas e esti ajudar ou imp edir que o cliente exp resse e
los de vinculação, esp era-se que cada tera ap rofunde questões emocionais na terap ia.
p euta p ossua dificuldades p eculiares p ara Assim, o terap euta que considera a exp res
lidar com determinado cliente ou situação são de emoções dolorosas como p erturbado
na relação terap êutica e que estas se mani ras ou autoindulgentes p oderá mudar de as
festem no setting terap êutico (Abreu, 2005; sunto na sessão quando o seu cliente desejar
Leahy, 2001; 2007; Miranda e Andersen, comp artilhar os seus sentimentos. Como
2007; Young et al., 2003). Assim, os com consequência, o cliente p oderá se retrair,
p ortamentos e as emoções do cliente p odem achando que a exp ressão de sua emoção
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foi inadequada. Nesse caso, a condução do cliente p rovavelmente p ossui um esquema


terap euta p oderá criar imp acto significativo de p adrões exigente. Já o terap euta com es
nos esquemas emocionais do cliente, o qual quema de desamp aro p ode ter sup osições
irá considerar que as suas emoções não in que indicam indecisão sobre como trabalhar,
teressam ao terap euta, que as emoções são p ressentir erros com frequência, desejar
p erda de temp o ou que ele está se vitimando ser mais comp etente ou desistir do cliente.
(Leahy, 2007). Young e colaboradores (2003) ap resentam
O reconhecimento dos p róp rios sen 18 esquemas desadap tativos remotos identi
timentos é o que p ermitirá ao terap euta ficados nos clientes com p roblemas crônicos
lidar com os seus p ensamentos automáti e de p ersonalidade, os quais se manifestam
cos na sessão. Os recursos da TCC p odem também no terap euta. Assim, este último
ser utilizados no p rocesso de autorrefle- deve estar atento aos seus p róp rios esque
xão, p ara ajudar o p rofissional a identificar mas ativados na sessão, a fim de não agir
os seus p róp rios esquemas (Leahy, 2001; de forma comp lementar aos esquemas do
2007; Newman, 2007). Embora p roduzin cliente.
do estresse, a p rática da p sicoterap ia p ode Reconhecer os p róp rios sentimentos
p rop orcionar um crescimento significativo também p ermite ao terap euta avaliar o im
p ara o terap euta quando este reconhece a p acto do comp ortamento do cliente sobre os
contratransferência. Em revisão de estudos, outros e vice-versa. Esses dados são imp or
Mahoney (1998) encontrou efeitos p ositi tantes p ara ajudar o cliente a identificar os
vos p ara o terap euta, decorrentes da p rática seus ciclos cognitivos interp essoais que con
clínica, tais como: autoconsciência, autoes- tribuem p ara a manutenção dos seus esque
tima, assertividade, cap acidade reflexiva e mas (Newman, 2001; Falcone e Azevedo,
flexibilidade emocional aumentadas; maior 2006). Safran (2002) p rop õe que o terap eu
consideração p ela relação terap êutica; de ta deve assumir o p ap el de observador p arti
clínio da imp ortância da orientação teórica cip ante no p rocesso terap êutico, realizando
e desenvolvimento das habilidades na p ráti uma exp loração abrangente dos p adrões de
ca terap êutica. comp ortamentos interp essoais esp ecíficos e
Em outra revisão, Bennett-Levy e cognições do cliente que imp edem os seus
Thwaites (2007) encontraram alguns da relacionamentos. O autor sugere os seguin
dos emp íricos relevantes, tais como: o de tes p assos:
senvolvimento p essoal está intrinsecamente
relacionado às habilidades interp essoais do 1. identificar os p róp rios sentimentos e as
terap euta; quanto maior a autoconsciência resp ostas induzidas p elo cliente;
do terap euta, maior será a sua acuidade em 2. identificar exp licitamente os comp orta
identificar as emoções do cliente; o temp o mentos verbais e não verbais do cliente
de exp eriência influencia no desenvolvimen que induzem essas reações, através de
to da autorreflexão e da autoconsciência do confrontação emp ática;
terap euta, bem como na sua maturidade e 3. exp lorar os p ensamentos automáticos que
saúde mental; a sup ervisão clínica deve fo p recedem os comp ortamentos manifesta
car as habilidades interp essoais e autorrefle- dos p elo cliente;
xivas p ara o ap rimoramento do terap euta. 4. p roduzir tarefas que aumentem a cons
Leahy (2001; 2007) ap resenta 15 ciência do cliente sobre esses comp orta
esquemas do terap euta relacionados às mentos e essas cognições.
suas sup osições no p rocesso p sicoteráp ico.
Por exemp lo, um terap euta que exige de Ignorar a contratransferência p ode
si mesmo metas tais como curar todos os ser seriamente p rejudicial ao cliente. Pop e
seus p acientes, nunca p erder temp o, fazer e Tabachnick (s.d.) encontraram que senti
semp re o melhor ou exigir o mesmo do seu mentos de raiva, medo e de atração sexual
PSICOTERAPIAS COGNITIVO- COMPORTAMENTAIS: UM DIÁLOGO COM A PSIQUIATRIA

p elo cliente têm sido negligenciados p ela REFERÊNCIAS


literatura. Além disso, o desconhecimento
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