Edição n°2 - Agosto I 2016 Boletim Informativo do Ministério da Energia e Águas - Mensal

Nova tecnologia para o progresso

Ciclo Combinado do Soyo

6º Conselho Consultivo Alargado do MINEA em especial info

Fórum africano das águas Encontro EUA - Angola

Mais e melhor qualidade Projectos angolanos

de água brevemente além fronteiras

Editorial
Passos seguros
e firmes
N
ão restam dúvidas de que o desenvolvi-
mento de Angola passa, essencialmente,
pela Energia e Água. Nos últimos tem-
pos, um dos sectores da vida nacional
que mais dinâmica tem implementado nas suas ac-
ções é, sem dúvida, o da Energia e Água.
O desenvolvimento de vários projectos, a realização
de gigantescas obras no domínio da electricidade e
das águas, acompanhadas ao pormenor por uma vas-
ta equipa de dirigentes e técnicos liderados por Sua
Excia, o ministro de tutela do sector, Eng. João Bap-
tista Borges, pela dinâmica e clarividência demons-
tradas publicamente, comprova o árduo trabalho que
está a ser executado a todos os níveis.
Para além de ser uma tarefa que carrega consigo
questões de índole política e social, é também um
problema de dimensão enorme, mas está-se a dar
passos seguros e firmes rumo a concretização dos ob-
jectivos traçados.
A energia, no seu sentido mais lato, é um dos facto-
res de crescimento contínuo da actividade económica
e de melhoria das condições de vida da população. As
infra - estruturas e os serviços associados são consi-
derados como um dos pilares do desenvolvimento e
um dos sustentáculos da competitividade das econo-
mias. O valor do multiplicador do investimento ener-
gético, em condições de razoabilidade da organização
económica geral, é dos mais elevados que uma eco-
nomia normalmente apresenta, atestando, justamen-
te, a importância deste sector básico do crescimento e
desenvolvimento e o seu entrosamento estratégico no
sistema económico e social dos países.
Também o programa nacional estratégico para a
água, para além da criação de uma entidade regula-
dora das águas, acção enquadrada no programa sus-
tentável de desenvolvimento institucional do sector
da água, contém linhas de orientação estratégica de-
finidas com base nos compromissos assumidos por
Angola relativamente aos objectivos de desenvolvi-
mento do milénio (reduzir para a metade a percen-
tagem de pessoas que não têm acesso a água potável),
estratégia de desenvolvimento a longo prazo, Angola
2025, de entre outros.
A tudo isto a acrescer a formação de centenas de
quadros jovens que deverão assumir (alguns já assu-
mem) os destinos futuros deste importantíssimo sec-
tor, que é o da Energia e Água.
2 info MINEA
Jovens no Ciclo Combinado
Garantir o futuro
C
omo foi dito na
edição anterior do
Info Minea, um dos
pontos de realce dos
projectos e obras que estão em
curso a nível nacional, é a in-
clusão de centenas de quadros
jovens, muitos dos quais são os
directores, a vários níveis, dos
mesmos.
Segundo dados correntes, só
pela Internet, Angola tem 125
mil jovens a espera de emprego.
Os jovens angolanos estão pro-
fundamente preocupados com
a falta de oportunidades de em-
prego e pedem ao governo um
maior investimento nesta área.
Assim sendo, o Ministério da
Energia e Água está a contribuir
grandemente para minorar a
situação, dando formação local
e no exterior do país a diversos
jovens de ambos os sexos, ga-
rantindo-lhes emprego e possi-
bilidade de ascensão.
À semelhança de Laúca, Cam-
bambe, entre outros, também o
ciclo combinado do Soyo com-
porta nos seus quadros e mão
de obra centenas de jovens an-
golanos que prestam serviço nas
diferentes áreas.
Um exemplo, é o jovem Edson
Silva, director de projectos do
Ciclo Combinado do Soyo que,
sem desprimor para os demais,
que funcionam naquele em-
preendimento, merece destaque,
não só pela competência que
tem demonstrado, mas também
pelo empenho no trabalho e na
dignificação da juventude ango-
lana.
No entanto, as oportunidades
criadas pelo sector da Energia e
Água, deve ser um exemplo para
outras entidades e instituições do
país. O Programa Angola Jovem
(PAJ), como um instrumento de
materialização do Plano Executivo
do Governo de Apoio à Juventude
(PEGAJ), tem como objectivo pri-
mordial a mobilização dos jovens
visando a sua participação activa
e permanente no processo de Re-
construção Nacional do País.
Deve pois, à semelhança do
que o MINEA está a fazer, criar
iniciativas de âmbito nacional,
cuja implementação se estenda
de forma gradual e progressiva
às diversas localidades do país,
de harmonia com as caracterís-
ticas específicas de cada uma e
de acordo com as condições que
forem reunidas para o efeito.
Apoiar, dar corpo às propos-
tas decorrentes da criatividade,
inovação e espírito empreen-
dedor dos jovens angolanos e
aproveitar a sua disponibilidade
deve ser a meta. Apostar hoje na
juventude de forma sã, honrada
e dignificante, é garantir um fu-
turo seguro.
 Actual
Ciclo Combinado do Soyo
O
projecto energético
do Ciclo Combinado
do Soyo é de subor-
dinação central e deverá, a par-
tir de 2017, gerar cerca de 750
megawatts de energia eléctrica
para a província do Zaire e ou-
tras regiões do país. O Execu-
tivo Angolano por intermédio
do MINEA, representado pelo
GAMEK, celebrou com a em-
presa CMEC, um Contrato de
Preço Global (EPC) no valor
de USD 985,260,295.00, para a
elaboração do projecto execu-
tivo, fornecimento de equipa-
mentos e execução da emprei-
tada de Construção da Central
de Ciclo Combinado do Soyo
– Fase I (CCCSI).
Contratou a “Consórcio Dar
Angola e Intel Instalações Eléc-
tricas” (DAR), cujo valor con-
tratual é de USD 24.065.935,67
para a prestação dos respecti-
vos Serviços de Consultoria,
Análise de Projectos e Fiscali-
zação das Obras de Constru-
ção. O projecto localiza-se no
Município do Soyo, na Provín-
cia do Zaire, no Norte de An-
gola, estrategicamente entre as
instalações do Projecto Angola
LNG situado na Base do Kwan-
da (localizada perto da foz do
rio Congo) até a zona denomi-
nada Pólo Industrial do Soyo à
Sudoeste do centro da Cidade
do Soyo. A escolha desta zona
deve-se principalmente á exis-
tência de gás natural nesta re-
gião.
O CCCSI irá reforçar o
Pólo Industrial do Município
do Soyo, que por sua vez irá
congregar futuros projectos
industriais como é o caso da
a Unidade de Recepção e Dis-
tribuição de Gás Doméstico
(Sonagás - Falcão), a Refinaria
do Soyo e projectos agro-in-
dustriais afins.
Projecto de construção
e instalação da central
do Ciclo Combinado
do Soyo I
Instalação de 4 turbinas a gás
de 125 MW cada( 500 MW);
Fornecimento e Instalação de 2
caldeiras de recuperação de ca-
lor; Fornecimento e Instalação
de 2 turbinas a vapor de 125 MW
cada( 250 MW); Fornecimento e
Instalação dos Transformadores
Elevadores e Serviços auxilia-
res; Fornecimento e Instalação
dos Sistemas de Abastecimento
e armazenamento de combustí-
vel, tratamento de gás e de água;
Fornecimento e Instalação das
Torres de arrefecimento; Forne-
cimento e Instalação do Edifício
de Comando e Controlo; Cons-
trução do Edifício da Adminis-
tração.
Data de conclusão prevista
do Projecto: 30/11/2018. As
datas previsionais de entra-
da em funcionamento. Tur-
binas a gás (Ciclo Simples):
1ª Turbina: 01/05/2017; 2ª
Turbina: 01/07/2017; 3ª Tur-
bina: 01/09/2017; 4ª Turbina:
01/11/2017; Turbinas a Vapor
(Ciclo Combinado): 1ª Turbina
a Vapor: 30/08/2018; 2ª Turbina
a Vapor: 30/11/2018; O Crono-
grama depende da entrada em
vigor do Financiamento ao Con-
trato Geral.
Benefícios
do Projecto
Geração de emprego directo
(Nacionais): Fase de construção
do Projecto: 450 postos de tra-
balho; Fase de Exploração da
Central: 100 postos de trabalho;
Criação de Academia especiali-
zada em Centrais Térmicas com
abrangência Nacional- Forma-
ção contínua e especializada dos
jovens locais.
Impacto Sócio
Económico Nacional
Garantia de fornecimento
contínuo de Energia Eléctrica
ao Sistema Nacional perante
estiagem hidrológica severa;
Disponibilidade de Energia
Eléctrica para: -Desenvolvi-
mento do tecido industrial
local e Nacional; -Melhorias
na qualidade de vida da po-
pulação.
info MINEA 3
 Actual

Encontro africano das águas

Mais e melhor qualidade

de água brevemente
O
ministro da
Energia e Água,
Sua Excia. João
Baptista Borges,
falando na abertura
do 74º Conselho Técnico e
Cientifico da Associação Afri-
cana de Águas (AFWA),
que Angola acolheu, disse
que as alterações climáticas
têm um grande impacto
sobre os recursos hídricos,
pois afectam o ciclo hidrológi-
co, a quantidade
e qualidade de água subterrâ-
nea e superficial.
De acordo com João Baptista
Borges, o Executivo tem desen-
volvido acções e iniciativas para,
a curto médio e longo prazos,
oferecer mais e melhor qualida- financiados pelo Governo an- estão confrontados com enor- na maior parte dos países da
de de água e contribuir para uma golano e por outras instituições, mes desafios inerentes às linfas, África subsariana, os habitantes
eficiente gestão no abastecimen- como os Bancos Mundial e Afri- sobretudo no que diz respeito a não têm capacidade de pagar
to. O ministro, que discursava cano de Investimentos. sua disponibilidade. o consumo e prevêem que no
no 74º encontro do Conselho Por outro lado, o ministro O abastecimento de água em futuro continuem a não ter ca-
Técnico e Científico da Associa- exalta que o encontro teve como África, apesar de algumas dife- pacidade para assumir os reais
ção Africana de Águas (AFWA), lema “as alterações climáticas, renças regionais, não tem ainda custos de abastecimento. Aque-
acrescentou que está em curso o acesso sustentável à água po- a capacidade de atender às reais le dirigente disse ainda que o
o programa de reabilitação dos tável e serviços de saneamento necessidades das populações, Estado, isoladamente, é incapaz
sistemas de abastecimento das em África”, entre vários outros sendo bastante inferior em rela- de satisfazer as necessidades
18 capitais de províncias, haven- temas, com os participantes, ção aos padrões internacionais, básicas da totalidade da popu-
do assim já 12 projectos concluí- vindos de vários países do conti- disse o ministro. lação, daí existir discrepâncias
dos, que estão a ser implementa- nente, a debruçarem-se sobre as Em função do aumento da po- no acesso à água entre as zonas
dos em 132 sedes municipais de mudanças climáticas e o acesso pulação urbana, que atinge 646 rurais e urbanas. A privatiza-
todo o território nacional. sustentável ao líquido precioso. milhões em 2020, João Baptista ção da distribuição da água
A Empresa Pública de Abas- Foi inaugurada ainda uma fei- Borges, referiu que as questões como uma alternativa que
tecimento de Águas (EPAL), ra da água em que participaram relacionadas com o aumento pode garantir uma gestão mais
projecta um aumento de 700 as empresas de tratamento e dos níveis de consumo e de abas- eficiente dos recursos, apesar
mil clientes a médio prazo, com abastecimento de água. O gover- tecimento, devem ser um gran- de reconhecer que a mesma
a execução de projectos que vão nante disse que não existe im- de desafio para o continente, por pode implicar um aumento
culminar com a duplicação da parcialidade na distribuição de existirem grandes problemas de da desigualdade no acesso à
capacidade actual de distribui- água no mundo. No seu enten- pobreza. água potável e ao saneamento
ção e limpidez. Os planos são der, África e o mundo, em geral, O ministro afirmou ainda que básico.

4 info MINEA
 Périplo do Secretário Fórum de Energia
de Estado da Energia EUA - Angola

O
Secretário trabalho por várias pro-
de Estado da víncias do país, dentre as
Energia, Joa- quais a Huíla, Moxico e
quim Ventura, avaliou, Lunda Norte.
recentemente, o grau de Em Menongue, capital
funcionamento das prin- do Cuando Cubango, o
cipais estruturas do sector Secretário de Estado da

na província do Huambo,
sobretudo, o que tem sido
efeito a nível da manuten-
ção. Durante a sua visita
de dois dias, o responsável
constactou o funciona-
mento da subestação eléc-
trica de Bélem do Dango
e a central térmica do
Benfica e Lossambo. Os
O
Energia, afirmou que a
municípios do Longonjo manutenção da central ministro de Energia e Águas Eng.º João Baptista
e Chicala-Cholohanga, térmica e da rede de Borges, participou num encontro de cooperação
foram ainda visitados pelo distribuição de energia bilateral de 01 à 02 de Agosto do ano em curso nos
governante. eléctrica, naquela cida- Estados Unidos de América, em que estiveram reunidos qua-
Para além do Huambo, de, está a ser assegurada dros seniores do sector energético e petrolífero de vários paí-
Joaquim Ventura este- por técnicos angolanos, ses. O diálogo estratégico entre Angola e os EUA visa a troca
ve também no Cuando pelo facto de deposita- de ideias sobre o plano estratégico apresentado pelo governo
Cubango, no âmbito de rem confiança na mão- Angolano, representado pelo titular da pasta do sector eléctri-
uma série de visitas de de-obra local. co que visa a melhoria dos serviços prestados a população. De-
correu, igualmente, o encontro dos ministros da Energia Eng.º
João Baptista Borges e o ministro dos petróleos Eng.º Botelho

EPAL - EP quer de Vasconcelos com o secretário de estado de Energia dos

Estados Unidos da América, Mr. Christopher Smith. Angola

continuar a melhorar
debruçou-se sobre vários temas, nomeadamente: - Regulação
do sector eléctrico - apresentado pela directora nacional do
Gabinete de Energias Renováveis, Eng.ª Sandra Cristóvão no
dia (01/08/2016); - Modelos de quadros reguladores da área

N o âmbito do Encontro Africano das Águas,

Leonídio Ceita, presidente do Conselho
de Administração da Empresa Pública de Águas
de Luanda (EPAL-EP), disse que a sua empresa
vai continuar a participar de forma activa nas ac-
ções da Associação Africana da Água e na recen-
te criação da Associação das Empresas de Água
e Saneamento do país (IRSEA), com o objectivo
de reforçar as competências empresariais e tra-
balhar na melhoria da gestão e abastecimento de
água e saneamento.
energética, reforço de capacitação de quadros, apresentado
pelo Eng.º Serafim Silveira, director nacional de Electrificação
Rural e Local no dia (01/08/2016); Os peritos em representa-
ção do sector eléctrico, terminaram a prelecção com o tema
apresentado pelo director nacional do intercâmbio internacio-
nal, Eng.º Kiala Pierre; No mesmo dia, no período da tarde,
o ministro, Eng.º João Baptista Borges, fez uma apresentação
sobre o quadro energético em Angola e a estratégia de Angola
até 2025.
Já no dia 02 de Agosto do corrente, o Ministério da Energia
e Águas, participou num fórum com o tema: “Angola Energy
forum: Rentabilidade energética e as oportunidades de investi-

Conheça o GI
mento em Angola”, que encerrou a actividade. Mais desenvol-
vimento no próximo Info - MINEA.

O
Gabinete de Inspec-
ção (GI) do MINEA
é o serviço de apoio
técnico do Ministério da Ener-
gia e Águas, de carácter trans-
versal, que acompanha, fiscaliza,
monitoriza e avalia a aplicação
dos planos e programas aprova-
dos para o Sector, bem como o
cumprimento dos princípios e
normas de organização, funcio-
namento e actividades dos servi-
ços do respectivo Departamento
Ministerial.
algumas competências: - Pro-
ceder ao acompanhamento,
apoio e controlo do cumprimen-
to das funções horizontais, bem
como a organização e funciona-
mento dos diversos serviços ou
órgãos tutelados, no que refere
a legalidade dos actos; - Verifi-
car o grau de cumprimento das
disposições legais e regulamen-
tares; - Realizar periodicamente
acções de inspecção das diferen-
tes actividades relacionadas com
o Sector de Energia e Águas;
- Fiscalizar os actos de gestão
das entidades dependentes ou
tutelados pelo MINEA; - Velar
pelo aumento da eficácia e da
qualidade dos serviços presta-
dos; - Elaborar inquéritos, rela-
tórios e pareceres; - Assegurar a
execução, em todo o território
nacional das demais atribuições
determinadas por lei ou supe-
riormente.

info MINEA 5
 REPORTAGEM
Duas novas subestações em Viana
Pólo Industrial revitalizado
Para colmatar as necessidades que as empresas instaladas enfrentam durante anos,
neste domínio, o coordenador da Comissão de Gestão do PDI/Viana, Luís Ribeiro, rev-
elou que duas subestações de energia, com capacidade de 80 Megawatts cada, serão
construídas, nos próximos tempos, no Pólo Industrial de Viana

Cremildo Silva serão construídas com apenas os valores”, explicou. truir, equipar e assegurar a

D
e acordo com a fon-
te, o programa, a ser
implementado em
parceria com a Empresa Na-
cional de Distribuição de Elec-
tricidade (ENDE), vai atender
as zonas Este e Leste do re-
cinto industrial que, devido a
dificuldades financeiras, numa
primeira fase, as subestações
40 Megawatts cada, num valor
estimado em 15 milhões de
dólares, por unidade.
“O valor estimado da linha
de transporte, desde a subes-
tação de Viana ao Pólo, está à
volta dos 15 milhões de dóla-
res, por cada subestação, para
40 Megawatts. Quando quiser-
mos aumentar a capacidade,
teremos que ampliar, também,
Recorde-se que a Comissão
de Gestão do PDI/Viana tem a
missão de promover a implan-
tação de projectos industriais,
analisar as propostas de inves-
timento e decidir sobre a sua
elegibilidade para o Pólo, as-
segurar os contactos e acções
indispensáveis para obtenção
da titularidade do terreno e
respectiva escrituração e cons-
manutenção e funcionamen-
to das infra-estruturas, bem
como assegurar o financia-
mento necessário.
Na mesma esteira, informou
que está previsto, no programa
da linha de crédito da China,
a construção, em 2017, de pelo
menos uma subestação, para
resolver cerca de 70 porcento
das necessidades de energia

6 info MINEA
no Pólo de Viana. Para concretizar este
objectivo, o pólo trabalha com duas alter-
nativas: a primeira visa encontrar o finan-
ciamento, com participação dos próprios
investidores, enquanto a segunda recai
para a própria ENDE que tem a respon-
sabilidade de encontrar os valores neces-
sários para a construção das subestações.
Relativamente à água, o Pólo prevê co-
locar em funcionamento, ainda este mês,
uma girafa que vai possibilitar o abasteci-
mento do líquido às empresas instaladas
no recinto industrial. A construção des-
ta girafa foi um investimento do Pólo de
cerca de 25 milhões de Kwanzas. A girafa
possui três bocas e está capacitada para
Programa de educação energética
A
dependência chega a níveis tão as-
sustadoramente altos que muitos
teóricos acreditam que um cenário
de caos por falta de energia eléctrica pode ser
o fim da humanidade.
Cada um dos nossos gestos diários requer
a produção de energia, o que custa dinheiro.
Entre água, electricidade e gás, os gastos com
a energia em casa podem acumular rapida-
mente. No entanto, existem inúmeros peque-
nos truques que, postos em prática, vão aju-
dá-lo a poupar energia e, consequentemente,
dinheiro.
Durante o cacimbo, ou tempo de frio, des-
ligue os aparelhos de ar condicionado e até
as ventoinhas.
Crie o hábito de desligar a luz sempre que
sai de uma divisão e não deixe as lâmpadas
abastecer três camiões, ao mesmo tempo.
Assim sendo as fábricas terão mais faci-
lidades, porque as que possuem camiões
já não terão necessidade de se deslocar a
Kifangondo, para comprar o líquido. Do-
ravante, segundo Luís Ribeiro, o trabalho
de distribuição de água às empresas será
feito por camiões do próprio Pólo, a um
preço entre seis e sete mil Kwanzas por
carrada, contra os 25 mil Kwanzas ante-
riores.
De acordo com algumas informações,
a Empresa de Abastecimento de Água
(EPAL) está a desenvolver um projecto
da rede definitiva, com canalizações para
todas as unidades fabris.
acesas durante o dia.
Troque as lâmpadas tradicionais por lâm-
padas de baixo consumo e/ou lâmpadas fluo-
rescentes – estas últimas duram aproxima-
damente 2 anos e consomem cerca de 35%
menos energia.
Desligue todos os botões de standby dos
electrodomésticos – mesmo não estando a
Energia hidrocinética
O
Ministério da Energia e Águas da
República de Angola e a Privinves-
te, grupo com sede no médio orien-
te acabam de assinar um protocolo de enten-
dimento para para a introdução da geração
de energia hidrocinética ao longo da próxima
década.
A cerimónia protocolar contou a presença
do PCA da PRODEL, Eng. António Belsa da
Costa, assim como representantes do grupo
Privinveste, líder na geração de energia hidro-
cinética, tendo iniciado as suas actividades em
2012 e detém igualmente as empresas, CMN
e Hydroquest.
O referido memorando resulta do Decreto
Presidencial de 3 de Junho de 2016, rubricado
no âmbito do Plano de Segurança Energética
2025 de Angola, no qual o país declarou o seu
propósito de atingir 9.000 Megawatts de pro-
dução de energia até 2025, com destaque para
a geração de energia hidrocinética.
ser utilizados, se a luz de standby estiver ace-
sa continuam a consumir energia e a aumen-
tar a factura da electricidade.
Na aquisição de qualquer electrodomésti-
co, escolha sempre os modelos com a maior
eficiência energética – o investimento inicial
pode ser maior, mas as poupanças futuras se-
rão de longo prazo.
Feche a torneira da água enquanto lava os
dentes, as mãos, faz a barba ou trata da loi-
ça do pequeno-almoço. Por exemplo, uma
torneira tradicional deita cerca de 9 litros de
água por minuto: se perder 1 minuto a lavar
os dentes, 3 vezes por dia com a água sempre
a correr, gasta 27 litros de água – num mês
são mais de 800 litros de água. Não há forma
mais simples de começar já a poupar água,
energia e dinheiro.
info MINEA 7
 A FECHAR

IRSEA augura Sabia que...

trabalho árduo
no sector das águas
N
uma promoção do Instituto Regulador dos
Serviços de Electricidade e de Água realizou-se
no passado dia 20 de Julho na Sala de Confe-
rencias do Royal Plaza Hotel, em Luanda, o 1º Encontro
Alargado Sobre a Regulação dos Serviços de Água, em
acto prestigiado por Sua Excelência Sr. ministro da Ener-
gia e Águas, Engº João Baptista Borges.
O secretário de Estado das Águas, Engº Luís Filipe da
Silva e o director nacional das Águas, Engº Lucrécio Cos-
ta, bem como distintos directores provinciais e respon-
sáveis das Empresas de Águas e Saneamento também se
fizeram presentes ao encontro que teve debates acentua-
dos, o primeiro do género desde que o IRSEA assumiu a
regulação dos dois Sectores (Energia e Águas).
Na mensagem de boas vindas, sua excelência Presiden-
te do Conselho de Administração do Instituto Regulador
dos Serviços de Electricidade e Água, ENGº Luís Mou- O abastecimento da água às populações e o saneamen-
rão, realçou que com a criação do IRSEA em Janeiro do to básico são factores determinantes para a qualidade de
presente ano (2016) e a publicação do seu estatuto em vida dos angolanos, para reduzir a pobreza e para se atin-
Março, foi desenvolvida uma acção introspectiva com vi- gir níveis adequados de saúde pública?
sita às 9 empresas de Água e Saneamento já constituídas,
bem como à 3 comissões instaladoras, casos das das pro- De acordo com o Programa de Desenvolvimento das
víncias do Bengo, Cuanza Sul e Huila, tendo resultado a Nações Unidas (PNUD), 314 milhões de africanos, cerca
necessidade da realização de um encontro entre o Regu-
de 45 por cento da população da África subsariana, não
lador e representantes das empresas do sector.
Por outro lado, o senhor ministro, que teve a prima- tem acesso à fontes de água potável?
zia de abrir as actividades, reconheceu que os sistemas
de abastecimento de água funcionam de forma precária, A energia eléctríca do Ciclo Combinado será transpor-
com tarifas baixas e dependência do Orçamento Geral do tada do Soyo para Luanda por 360 quilómetros de linha
Estado (OGE), criando grandes dificuldades na operação sobre 1536 torres e que mais de 80 porcento de postos
e manutenção dos sistemas. sem linha foram montados contra 70 porcento com linha
Realçou que a melhoria do abastecimento de água ur- já implantados?
bano e rural exige a resolução de vários problemas onde
se destacam a abrangência territorial limitada dos sis- Em 2017, Luanda e outras províncias, além da energia
temas existentes, com custos elevados da água para as
do Soyo (750 mva na fase inicial), beneficiarão de mais
populações das áreas periféricas, que têm de recorrer ao
mercado informal, a quase ausência de informação so- 3.550 mega watts (mw) de energia, com 2070 da barra-
bre os sistemas de abastecimento de água e sobre a sua gem em construção do Laúca, 960 de Cambambe e 520
gestão, o que dificulta o acompanhamento do progresso de Capanda?
do sector. Referiu que o Programa de Desenvolvimento
Institucional do Sector das Águas (PDISA), prevê a cria-
ção de 15 empresas provinciais de água de forma faseada.
Em breve, segunda fase do programa
de educação energética a nivel nacional.

Boletim informativo
Ministério da Energia e Águas
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