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Aula 6

Bom dia, Lucas!

Nesta aula, você poderá observar as fases do desenvolvimento da criança e a


aprendizagem. Piaget e Vygotsky pontuaram o tema muito bem e nos trouxeram o
entendimento sobre o poder da cognição para a aprendizagem.

O primeiro afirmava que a criança passa por quatro estágios, chamados: sensório-
motor; pré-operatório; operatório concreto e operatório formal. O segundo autor falava sobre
Zona de Desenvolvimento Proximal, como um tipo de aprendizagem por imitação, que vai
sendo aprimorada por meio do potencial de cada indivíduo.

Por fim, você estudará as Inteligências Múltiplas de Gardner. Elas foram criadas
como uma forma de criticar os psicólogos que consideram que o raciocínio lógico ou a
competência linguística ocorrem em um lugar diferente daquele em que são realizadas as
soluções dos problemas musicais, por exemplo.

Processo de aprendizagem

Vamos iniciar nossa aula falando do processo de aprendizagem e o que seus


principais pensadores dizem.

Para Piaget, a aprendizagem começa desde o nascimento e chega mais ou menos aos
16 anos de idade.

Não quer dizer que, depois dessa idade, deixe de haver a aprendizagem, pois esta
acontece até o fim da vida, mas, aos 16 anos, o desenvolvimento cognitivo já foi bem
explorado.

Quanto à Zona de Desenvolvimento Proximal, estudo de Vygotsky, existe o debate


da existência de dois níveis de desenvolvimento: o real e o potencial.

O desenvolvimento real está relacionado com as funções psicológicas consolidadas e


com a capacidade de desempenhar tarefas sozinho.
O potencial refere-se às funções psicológicas que estão em processo de
amadurecimento e à capacidade de desempenhar tarefas em colaboração com adultos ou
companheiros mais capazes.

Já Gardner afirma que as inteligências estão presentes em diferentes esferas da vida


humana, e não principalmente na escola.

Ele as definiu como: verbal-linguística, lógico-matemática, espacial, musical,


naturalista, cinestésico-corporal, interpessoal e intrapessoal.

Desenvolvimento e Aprendizagem

Para Piaget, o conhecimento ou a aprendizagem não podem ser estudados somente


quanto à aquisição, mas deve-se compreender como eles mudam e evoluem ao longo da
história.

Isso nos leva a pensar que não devemos nos preocupar com esses fatores apenas
como algo que foi obtido e que não será modificado. É preciso compreender como
conhecimento e aprendizagem são alterados.

Nessa visão, Piaget defendia o pensamento de compreender a aprendizagem de uma


maneira genética, ou seja, ao longo do desenvolvimento da vida humana, começando de um
estado de menor conhecimento até um estado de maior conhecimento (Coll, 1996).

Para Piaget, a aprendizagem está em conexão com o desenvolvimento cognitivo. “O


nível de competência intelectual de uma pessoa em um determinado momento de sua
evolução depende da natureza de seus esquemas, do número dos mesmos e da maneira como
se combinam e coordenam entre si” (Coll, 1996, p. 106).

Aprendizagem Cognitiva

Essas etapas vistas na tela anterior, são alcançadas por meio da preparação da etapa
anterior, elas vão amadurecendo gradativamente, conforme o desenvolvimento da criança e a
evolução da idade.
É preciso avaliar o potencial de aprendizagem de cada sujeito para identificar seu
poder evolutivo.

O conhecimento, para Piaget, é adquirido com a interação do sujeito e o objeto, mas


essa interação vai depender muito dos esquemas cognitivos do indivíduo. Uns assimilam a
presença do sujeito e do objeto com maior facilidade, outros, com maior dificuldade.

Pode-se dizer, então, que existem 4 fatores que explicam o desenvolvimento:

● A maturação;

● A experiência com os objetos;

● A experiência com as pessoas;

● O equilíbrio.

Este último é interpretado como a relação do sujeito com o ambiente, por exemplo: o
barulho, o cheiro, o estímulo invasivo que provoca dor (injeção) são fatores externos e
inevitáveis.

Para superá-los é preciso ter equilíbrio, caso contrário, o sujeito vai viver em
constante desarmonia com o ambiente.

“O equilíbrio, cedo ou tarde, é necessariamente progressivo e constitui um processo


de superação tanto como de estabilização, reunindo de forma indissociável as construções e as
compensações” (Piaget, apud Coll, 1996, p.109).

Apesar de outros estudiosos tentarem desvalorizar os estudos de Piaget sobre


Aprendizagem Cognitiva, este se manteve “de pé”, devido a sua grande diversidade nos
estudos.

Segundo Coll (1996, p. 115),

As aplicações educativas da Psicologia Genética caracterizam-se por seu volume e


também por sua diversidade:

● Diversidade de contextos educativos (educação familiar, educação escolar,


educação extraescolar etc.);
● Diversidade de níveis de ensino (Pré-escolar, Primário, Secundário, Ensino
Superior etc.);

● Diversidade de conteúdos (Matemática, Ciências Naturais, Ciências Sociais,


linguagem oral, leitura, escrita etc.);

● Diversidade de problemáticas (diferenças individuais, educação especial,


elaboração de materiais didáticos, formação do professorado etc.);

● Diversidade dos aspectos do processo educativo referidos (objetivos, conteúdos,


avaliação, métodos de ensino etc.)”.

Aplicações do desenvolvimento cognitivo

A seguir, serão descritos os 3 tipos de aplicações do desenvolvimento cognitivo.

Desenvolvimento cognitivo e educação escolar

O desenvolvimento cognitivo, por si só, realiza uma conexão com o estágio anterior.
Ocorre uma maior aprendizagem no momento posterior, e diminuem-se as perturbações que o
estágio anterior trouxe.

A educação escolar tem o papel de potencializar esse desenvolvimento e de


contribuir para a construção dessas estruturas, ou seja, minimizar conflitos e incentivar o
crescimento do potencial humano.
Desenvolvimento e capacidade de aprendizagem

Para exigir o crescimento da aprendizagem da criança, é preciso saber a maturidade


do seu desenvolvimento cognitivo. Conforme já estudamos antes, não se pode exigir uma
maturidade da criança antes de ela ter passado pelos estágios anteriores e de superá-los.

Por isso, os projetos pedagógicos e as ementas são construídos por um grupo de


profissionais que compreendem as necessidades das crianças. Mesmo assim, o professor deve
ficar atento, em sala de aula, a se as crianças estão conseguindo acompanhar os conteúdos que
estão sendo transmitidos.

Caso uma criança não esteja conseguindo acompanhar, e a aprendizagem seja


insistida, ela pode acabar por desenvolver os mecanismos da memorização mecânica ou da
aprendizagem incorreta.

Funcionamento cognitivo e metodologia de ensino

É preciso estimular o aluno para a aprendizagem. Por muitos anos, o conhecimento


foi estabelecido em uma relação de poder e autoridade. O professor era aquele detentor de
todo o conhecimento, e o aluno era o receptor. Algo sem movimento e sem versatilidade.

Com o passar do tempo, foi-se percebendo que esse tipo de aprendizagem não era
mais suficiente, e isso estava gerando desmotivação e desinteresse nos alunos. Assim, os
currículos tiveram que ser ajustados a uma nova realidade que, até os dias atuais, ainda requer
muitos ajustes. Entre eles, a inserção de tablets, lousas interativas, internet e outras
ferramentas.

Na atualidade, as escolas têm lançado mão de muitas outras metodologias para


manter o interesse do aluno pela aprendizagem do conteúdo.

É preciso levar, para a sala de aula, textos de debates, estudos de caso, e inserir as
tecnologias nas aulas, construir, juntamente com o aluno, o conhecimento. Os tempos atuais
não aceitam mais o conteúdo pronto, e sim construído.
Dessa visão de escola inovadora, nasce um novo estilo de educação, chamado
Construtivista, que visa a trazer os estímulos externos para a sala de aula. A escola acredita e
age com o aluno como sendo peça principal para a transmissão e absorção do conhecimento.

Funcionamento cognitivo e metodologia de ensino

É preciso estimular o aluno para a aprendizagem. Por muitos anos, o conhecimento


foi estabelecido em uma relação de poder e autoridade. O professor era aquele detentor de
todo o conhecimento, e o aluno era o receptor. Algo sem movimento e sem versatilidade.

Com o passar do tempo, foi-se percebendo que esse tipo de aprendizagem não era
mais suficiente, e isso estava gerando desmotivação e desinteresse nos alunos. Assim, os
currículos tiveram que ser ajustados a uma nova realidade que, até os dias atuais, ainda requer
muitos ajustes. Entre eles, a inserção de tablets, lousas interativas, internet e outras
ferramentas.

Na atualidade, as escolas têm lançado mão de muitas outras metodologias para


manter o interesse do aluno pela aprendizagem do conteúdo.

É preciso levar, para a sala de aula, textos de debates, estudos de caso, e inserir as
tecnologias nas aulas, construir, juntamente com o aluno, o conhecimento. Os tempos atuais
não aceitam mais o conteúdo pronto, e sim construído.

Dessa visão de escola inovadora, nasce um novo estilo de educação, chamado


Construtivista, que visa a trazer os estímulos externos para a sala de aula. A escola acredita e
age com o aluno como sendo peça principal para a transmissão e absorção do conhecimento.

Zona de Desenvolvimento Proximal na aprendizagem (ZDP) — Vygotsky

O percurso para o desenvolvimento é inerente à espécie humana, mas é a


aprendizagem que possibilita o despertar de processos internos de desenvolvimento
dependentes do contato do indivíduo com certo ambiente cultural.

Desde o nascimento da criança, o aprendizado está relacionado ao desenvolvimento,


na medida em que possibilita o desenvolvimento das funções psicológicas superiores.
Essa concepção vincula o desenvolvimento do indivíduo à sua relação com o
ambiente sociocultural em que vive e à sua situação de organismo que não se desenvolve
plenamente sem suporte de outros indivíduos de sua espécie.

Essa importância dada por Vygotsky à interação social aparece, principalmente, na


formulação de um conceito específico que explicita suas ideias sobre as relações entre
desenvolvimento e aprendizagem: o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal.

Vygotsky define a ZDP a partir da postulação da existência de dois níveis de


desenvolvimento, como vimos anteriormente, o real e o potencial.

A ZDP é a distância entre esses dois níveis, é um domínio psicológico em constante


transformação de níveis potenciais de desenvolvimento em níveis reais, que, novamente,
tornam-se potenciais para a futura atualização em níveis reais.

Para Vygotsky, a Zona de Desenvolvimento Proximal é elaborada por meio da


imitação. A criança é capaz de imitar o que um adulto faz, mas é capaz de fazer do seu modo,
assim, utiliza da sua própria criatividade e inteligência.

Muitos objetos ou ambientes que não têm sentido para a criança passam a significar
algo a partir do momento em que ela vê um adulto dar vida à situação. “O mecanismo de
imitação da criança se forma ou se constrói pela soma dos seus próprios recursos aos recursos
do adulto.”
Segundo Coll (1996, p. 97), “no lugar onde a criança só vê situações ou
apresentações concretas de objetos concretos, o adulto faz-lhe ver representações e símbolos”.
Dá sentido ao que, até o presente momento, era sem sentido para a criança.

Para Vygotsky, a expressão Zona de Desenvolvimento Proximal refere-se ao


somatório do desenvolvimento real com o desenvolvimento potencial.

O real é interpretado como um conjunto de possibilidades para se resolver um


problema. Já o potencial é visto como aquelas possibilidades que o adulto oferta à criança a
fim de que ela possa utilizar as primeiras, bem como a maneira com que a criança as realiza.

O importante nesse processo de imitação é estimular na criança a capacidade para


desenvolver o seu potencial e solucionar problemas. Por exemplo: a criança visualiza todos os
dias o pai amarrando o tênis. Ela observa e repete, mas vai fazer mais rápido ou mais devagar,
da direita para a esquerda etc. Isso de acordo com suas potencialidades, e deixará de depender
de alguém para amarrar seu tênis.

As inteligências Múltiplas de Gardner

Foi Howard Gardner quem descobriu, através de testes padronizados, quais áreas do
cérebro humano são ativadas quando determinada inteligência ou habilidade está sendo
utilizada pelo indivíduo durante uma resolução de problemas, uma leitura de um texto, um
jogo de construção, uma dança, e em todas as situações vividas pelo ser humano.

As oito inteligências definidas por Gardner são, como vimos no início da aula:
verbal-linguística, lógico-matemática, espacial, musical, naturalista, cinestésico-corporal,
interpessoal e intrapessoal. Ele afirma que essas inteligências podem ser aplicadas a diferentes
contextos.

Em seus estudos das capacidades humanas, ele estabeleceu critérios segundo os quais
é possível medir se um talento é realmente uma inteligência.

Cada inteligência deve ter uma característica de desenvolvimento, ser passível de


observação em vários indivíduos, proporcionar alguma evidência de localização no cérebro e
dar suporte a um sistema simbólico ou de notação.
A maior parte das pessoas possui todo o espectro das inteligências, mas cada
indivíduo revela características cognitivas distintas. Para Gardner, inteligência é definida
como:

A capacidade para resolver problemas encontrados na vida real;

A capacidade para gerar novos problemas a serem resolvidos;

A capacidade para fazer algo ou oferecer um serviço que é valorizado em sua própria
cultura.

Aula 7

Bom dia, Lucas!

O sujeito humano se constitui em uma cultura e a partir das relações interpessoais


que estabelece ao longo de sua existência. A criança irá se desenvolver através da interação
com os adultos que a educam e com as crianças com quem se socializam.

No espaço escolar, a criança estabelece relações com professores e alunos, e estes


participam do seu desenvolvimento social, emocional e moral. A convivência na escola pode
conduzir a experiências positivas ou negativas. O bullying é um exemplo de experiência
negativa vivenciada pelo aluno.

O processo de construção da subjetividade no espaço escolar

O processo educativo é realizado tanto pela escola quanto pela família. E ele ocorre
através das relações interpessoais que são estabelecidas.

Na escola, as relações professor-aluno e entre alunos exercem influência sobre a


construção do sujeito e sobre a aprendizagem.

Na família, os sentidos construídos sobre o ato de aprender e sobre o que vem a ser a
escola podem influenciar o aprendizado também.

Relação professor-aluno
A relação professor-aluno influencia a aprendizagem sob diferentes aspectos:

A construção de uma visão de mundo ― porque o ensino é perpassado por uma


ideologia;

A construção da Zona de Desenvolvimento Proximal e o consequente


desenvolvimento do aluno;

A construção do autoconceito e da autoestima do aluno e a motivação para a


aprendizagem.

Nas abordagens construtivistas, o professor tem o papel de auxiliar o aluno na


construção do conhecimento.

É, portanto, na interação com o professor que o conhecimento do aluno é construído.

Podemos dizer que o professor sistematiza o conhecimento e, na relação com o


aluno, auxilia a produção da Zona de Desenvolvimento Proximal e o consequente
desenvolvimento. Esse é um aspecto que trata, sobretudo, do desenvolvimento cognitivo e da
aquisição de conteúdo formal.

Professor e aluno interagem e, nessa interação, ocorre, além do conhecimento, a


construção da subjetividade do aluno. O professor trabalha com a formação integral do
sujeito. A forma como ele se relaciona com o aluno, o que diz sobre ele, os valores e as
crenças que transmite nas aulas influenciam a formação do aluno.

A própria forma como o conteúdo é transmitindo contém, segundo Paulo Freire, uma
ideologia. A educação nunca é um processo neutro, sendo assim, as ideias e os valores são,
constantemente, transmitidos no processo educativo.

Por exemplo, quando o professor, ao ensinar Português, relaciona materiais que


veiculam um conteúdo acerca da realidade social do aluno e o incentiva a refletir sobre essa
realidade, está auxiliando esse sujeito a ser crítico de seu contexto social.

Em contrapartida, se seleciona um material pretensamente neutro, e não estimula o


aluno a olhar sua realidade e pensar acerca dela, está, certamente, formando um outro sujeito.
Relação entre alunos

No processo educacional que ocorre na escola, os pares são um elemento de extrema


importância. Os alunos aprendem não só com o professor, mas também com os colegas. Essa
aprendizagem envolve tanto os aspectos cognitivos quanto os aspectos emocionais e sociais.

Aspectos cognitivos

No aspecto cognitivo, a relação entre os alunos pode funcionar também como uma
mediação em que aqueles que já adquiriram determinadas capacidades auxiliam os que ainda
estão em processo de desenvolvimento. Através dessa relação, pode ser construída a Zona de
Desenvolvimento Proximal e o consequente desenvolvimento (cf. Coll e Colomina, 1996).

Aspectos sociais

A relação entre os alunos proporciona intensa aprendizagem quanto à socialização.


Eles aprendem formas de comunicação, cooperação, competição e defesa na relação com os
pares. Uma interação positiva possibilita o desenvolvimento das habilidades sociais.

Nos momentos livres, entrada, saída e recreio, por exemplo, os alunos realizam
interações e trocas que colocam em ação os aspectos referentes à socialização.

Aspectos emocionais

Em momento de interação, os colegas podem influenciar de forma positiva ou


negativa a construção dos aspectos do autoconceito e da autoestima.

A interação positiva pode, então, auxiliar no desenvolvimento de um autoconceito


positivo.

Bullying

A interação negativa entre alunos pode dificultar a aprendizagem e o


desenvolvimento nos aspectos afetivo e social. O Bullying se caracteriza por atitudes
agressivas repetidas contra um aluno. E elas não possuem motivação aparente.

As atitudes tomadas em uma relação desigual de poder, que intimidam o aluno alvo
da agressão, podem causar o rebaixamento de sua autoestima. Entre as atitudes mais comuns,
podemos destacar:
Humilhação;

Colocação de apelidos depreciativos;

Ofensas;

Exclusão;

Discriminação;

Agressão física;

Roubo de pertences etc.

Brincar e apelidar são atitudes comuns no universo escolar e, em geral, não possuem
maiores consequências. O Bullying se distingue da brincadeira por ser uma agressão repetida
e que, como vimos, causa a intimidação da vítima.

Cyberbullying

As redes sociais possibilitam que crianças e adolescentes estabeleçam contatos fora


do espaço escolar. No universo virtual, é possível conversar e trocar imagens da vida
cotidiana.

Esse espaço de relação também é utilizado para a realização do bullying, chamado,


nessa situação, de cyberbullying.

Os alunos utilizam a internet para dar continuidade à relação que estabelecem na


escola e podem, além de realizar agressões, postar fotos constrangedoras e fazer associações
com imagens que circulam na rede para ridicularizar e agredir as vítimas de bullying.

Nesse caso, o acompanhamento das relações (virtuais) não é realizado pela escola, e
sim pela família.

Aula 8

Bom dia, Lucas!


O psicólogo escolar deve ter clareza acerca das atividades e desafios com os quais irá
trabalhar na instituição, pois o arcabouço teórico que irá utilizar possui estreita relação com as
atividades a serem desenvolvidas.

O psicólogo irá utilizar os conhecimentos produzidos no campo da psicologia para


auxiliar nas dificuldades de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos, assim como em
outras atividades institucionais, com o objetivo de otimizar o processo educacional.

Dinâmica de confiança

Para iniciarmos nossa aula, assista ao vídeo “Dinâmica de confiança”.

A técnica de dinâmica de grupo é um dos conteúdos que compõem a formação do


psicólogo. No espaço escolar, podemos utilizá-la em diferentes situações e para trabalhar
diferentes objetivos.

A dinâmica apresentada no vídeo poderia ser utilizada para quais objetivos?

O tema trabalhado nessa dinâmica é a confiança no outro, trazendo a ideia de que


cada um pode contribuir para atingir o objetivo geral. Ela pode ser utilizada em situações de
desenvolvimento de equipes de trabalho e de relações interpessoais.

Saberes Teóricos

O psicólogo que atua na escola deve dominar os conceitos básicos da área de


Psicologia e da área de Educação, em uma perspectiva interdisciplinar. Esses aspectos devem
compor a formação teórica do psicólogo escolar, de forma contínua, para que possa sempre
estar atualizado sobre das mudanças nos respectivos campos do saber.

Ele deve possuir conhecimento teórico acerca do processo de aprendizagem e do


desenvolvimento humano, além de outros saberes da Psicologia, tais como:

 O social, que trata de grupos e instituições;


 O organizacional, que trata de relações humanas e trabalho em equipe;
 A clínica, que trata do conhecimento de transtornos psicológicos.

Os saberes do campo da Educação constituem, igualmente, um importante


referencial de conhecimento, pois faz-se necessário compreender os processos de leitura,
escrita, cálculo, entre outros que são objetos da Educação.

O conhecimento de áreas como Filosofia, Sociologia e Antropologia também


contribuem para a compreensão da complexidade desse sistema (Coll, 1996).

Saberes Técnicos

A atuação do psicólogo escolar depende tanto de sua formação teórica quanto


técnica, portanto, suas ações devem estar apoiadas nesses referenciais. Os saberes técnicos
são necessários para o trabalho individual e também grupal.

Faz-se necessário, pois, que o psicólogo conheça as técnicas de observação e análise


dos processos psicológicos para poder compreender o que acontece nos grupos e na própria
organização escolar.

Ele pode utilizar as técnicas de entrevista, de dinâmica de grupo, de questionários, de


psicodrama e de testes psicológicos.

Essas técnicas e instrumentos podem ser utilizados com alunos, pais e professores,
em situações individuais e grupais, com objetivo preventivo ou para resolução de problemas
(Almeida, 2003).

Um exemplo poderia ser um trabalho de capacitação de professores acerca da


Educação Inclusiva.

O psicólogo poderia realizar um trabalho com um grupo de professores da educação


infantil (8 professores) com o objetivo de refletir acerca da proposta da Educação Inclusiva a
partir do conhecimento de diretrizes básicas.

A capacitação incluiria uma dinâmica inicial de sensibilização, seguida de uma


apresentação do tema.
Depois, poderia ser proposto a divisão em dois subgrupos para discussão do tema,
tendo perguntas orientadoras, e encerrar o encontro com a apresentação das respostas pelo
grupo.

Outra possibilidade de trabalho, por exemplo, seria a preparação dos pais para a
implementação da Educação Inclusiva na escola.

O trabalho poderia ser organizado com dinâmicas, textos para reflexão e outras
atividades que possibilitarão a reflexão conjunta.

Esse é um tema importante, porque, para a escola implementar um trabalho


inclusivo, todos os sujeitos que a compõem devem ser preparados (professores, alunos, pais e
funcionários).

A inclusão se constitui em uma mudança de atitude em relação ao portador de


necessidades especiais.

Essas duas situações podem ser pensadas como atuações preventivas (caso sejam
realizadas antes da implementação do processo de inclusão) ou como resolução de problema
(caso já ocorra a Educação Inclusiva e esteja havendo dificuldade em sua implementação).

Habilidades necessárias ao psicólogo escolar

O psicólogo escolar terá como campo de atuação um universo complexo composto


por diferentes sujeitos e grupos. Cada classe se constitui em um grupo: dos professores de
cada segmento educacional, dos pais de cada turma ou de cada segmento.

Assim, o psicólogo deve possuir habilidade para trabalhar com grupos de diferentes
faixas etárias e com diferentes papéis sociais e funções institucionais. Ele deve ter
disponibilidade para a troca de saberes e para elaboração de projetos coletivos.

Saber ouvir, respeitar diferentes pontos de vista e estimular a participação dos


sujeitos são habilidades, igualmente, necessárias à sua prática. Deve possuir, também,
habilidades pessoais de busca de conhecimento e aperfeiçoamento profissional (Almeida,
2003).
A Importância da Prática

Para a formação do psicólogo escolar, é fundamental que haja a articulação entre a


teoria e a prática. Assim, faz-se importante que o aluno que se prepara para o exercício dessa
área da Psicologia tenha vivências da prática através de estágios supervisionados.

O estágio possibilita a capacitação para as diferentes funções do psicólogo na escola,


bem como o aproximará da complexidade desse universo, além de capacitá-lo para a atuação
no trabalho em equipe multiprofissional e com uma visão interdisciplinar.

A formação do psicólogo escolar deve prepara-lo para atuar em contextos


educacionais, o que implica a compreensão da dinâmica desse sistema e a capacitação para
avaliar, acompanhar e intervir em situações de grupo.

No Brasil, o psicólogo que atua na escola se depara com inúmeros desafios, entre
eles, podemos citar:

 O analfabetismo e a repetência, que caracterizam um alto índice de


fracasso escolar (com crianças que chegam ao 5º ano do Ensino Fundamental sem
conseguir ler e interpretar textos);
 A formação deficitária dos professores;
 O investimento insatisfatório na área educacional por parte dos
governos;
 A ausência de um projeto educacional comprometido com o
desenvolvimento social e educacional ao longo dos anos pelos diferentes governos.

Assim, o psicólogo escolar deverá possuir formação e prática que o habilitem para
lidar com essa realidade e encontrar alternativas para realizar o seu trabalho e contribuir para
a melhoria do processo educacional.

Aula 9

Bom dia, Lucas!


A escola constitui-se em um tipo de organização e, como tal, funciona com diferentes
equipes de trabalho: professores, coordenadores, inspetores, pessoal de secretaria, pessoal de
limpeza, pessoal administrativo etc.

Como toda organização, possui um objetivo geral, e cada equipe de trabalho possui
seus objetivos específicos. Para que o objetivo geral seja atingido, as equipes devem trabalhar
de forma integrada.

O trabalho do psicólogo no contexto escolar

Os profissionais que trabalham na escola têm como objetivo a formação do aluno de


acordo com as diretrizes do Projeto Político Pedagógico. Eles possuem funções diferentes e
objetivos comuns.

Para que esse trabalho possa ser construído, faz-se necessário que haja reuniões para
reflexão acerca do trabalho e para o planejamento conjunto de atividades.

O trabalho do psicólogo escolar junto aos alunos e pais, tanto no que concerne a um
trabalho de orientação em relação a algum problema existente quanto a um trabalho
preventivo, deve ser refletido conjuntamente com os outros profissionais da escola envolvidos
na questão (professores e pedagogos).

Assim, o psicólogo escolar caracteriza-se como membro de uma equipe, um


especialista que coopera com outros especialistas.

O trabalho em equipe

A construção de um trabalho em equipe pode ser um dos objetivos do psicólogo. Ele


procurará criar um ambiente propício às trocas e à cooperação entre os profissionais.

A equipe constitui-se em um grupo e, como tal, possui todas as questões referentes à


dinâmica de um grupo. O trabalho em equipe exige constante reflexão acerca da
comunicação, das relações, da delimitação de papéis e da cooperação (Carvalho, 2008).

O psicólogo escolar deve ser um interlocutor qualificado que auxilia o professor nas
dificuldades que este possua, refletindo, conjuntamente, e colocando questões para serem
pensadas.
Esse aspecto da prática é importante porque retira o psicólogo do lugar de
solucionador de problemas.

Por exemplo, se existe a dificuldade de relação com um aluno ou uma turma, o


professor leva a questão para o psicólogo e deixa de buscar a compreensão da situação e de
buscar alternativas, passando para o outro profissional a responsabilidade de resolver.

Esse tipo de condução da situação caracteriza-se como um equívoco. O psicólogo


escolar, na realidade, deve atuar levantando questões para serem refletidas, discutindo
alternativas e resultados, conjuntamente com o professor.

Essa conduta é importante para que o professor participe, sinta-se seguro e


qualificado para resolver os problemas que se apresentam no processo educativo e envolvido
na resolução da questão que se apresenta em sua sala de aula (Masini, 1981).

O trabalho de orientação

O trabalho de orientação tem se constituído na principal representação social do


psicólogo no espaço escolar. Existem três possibilidades de atuação no que concerne à
orientação: orientação psicológica, orientação psicopedagógica e orientação profissional.

A orientação psicológica consiste no atendimento através de entrevistas com aluno,


pais e professores (de acordo com o caso) a fim de compreender a percepção desses sujeitos
acerca da situação-problema, bem como as relações que são estabelecidas.

É um acompanhamento direto do caso, e a intervenção consistirá em realizar


reflexões com cada sujeito envolvido, compreender a situação de forma global e pensar
estratégias de intervenção para a solução, de forma conjunta.

Em algumas situações, faz-se necessária a mudança na conduta do aluno, dos pais ou


do professor.

Nas entrevistas, o psicólogo estabelecerá uma relação dialógica que visa o


envolvimento reflexivo dos sujeitos na compreensão e na busca de soluções para as
dificuldades em questão.

A partir dessas entrevistas, o psicólogo irá realizar um acompanhamento da situação


e poderá fazer diversas entrevistas individuais com os sujeitos envolvidos ou mesmo, se julgar
necessário, entrevistas conjuntas. O trabalho de orientação pode também ser realizado em
grupo.

A orientação psicológica pode ser utilizada tanto para resolução de problemas quanto
para prevenção. O trabalho individual ocorre quando tratamos de uma situação específica
relacionada com o aluno e/ou o professor.

A orientação grupal pode ocorrer pautada na demanda dos alunos, pais ou


professores. Por exemplo, podemos realizar um ciclo de encontros com os alunos para
trabalhar a questão da sexualidade ou um encontro com os pais para falar sobre a fase da
adolescência e seus desafios.

Em algumas situações, faz-se necessário que haja um encaminhamento para um


profissional que atue fora da instituição e realize um diagnóstico e um acompanhamento mais
específico na sua especialidade.

O psicólogo escolar pode encaminhar para profissionais da área médica, psiquiátrica,


psicológica, fonoaudiológica ou psicopedagógica, de acordo com a questão.

A orientação psicopedagógica pode ser realizada pelo psicólogo em casos em que o


aluno apresente dificuldades de aprendizado. O psicólogo irá trabalhar estimulando o
desenvolvimento das habilidades que o aluno necessita.

Para atuar com essa forma de orientação, faz-se necessário que o psicólogo escolar
possua especialização em psicopedagogia. Em algumas situações, o aluno pode necessitar,
também, de um acompanhamento fonoaudiológico, como no caso da dislexia.

A orientação profissional é uma outra possibilidade de intervenção: o psicólogo irá


auxiliar os alunos a realizarem uma escolha profissional. Essa orientação pode ser realizada
de forma individual, com entrevistas, atividades e testes padronizados, ou em grupo e com
dinâmicas.

O planejamento da orientação vocacional pode ocorrer de diferentes formas: através


de alguns encontros com um grupo de alunos do 2º ou 3º ano, ou, de forma sistemática, ao
longo, por exemplo, do Ensino Médio, e com encontros mensais com as turmas de 1º, 2º e 3º
ano. Assim, os alunos realizam, gradativamente, um discernimento e uma escolha.
No processo de orientação vocacional, o psicólogo escolar deve auxiliar o aluno a
refletir acerca de sua identidade (quem eu sou), das profissões existentes e do mercado de
trabalho.

A orientação vocacional é um processo que exige autoconhecimento e, portanto,


pode começar no início da adolescência (12 anos/7º ano). Esse trabalho, pode ser realizado
através de atividades e dinâmicas com as turmas.

O conhecimento acerca das profissões pode, também, ter início nessa fase. O
adolescente realizará a escolha por volta dos 16 ou 17 anos, mas as reflexões sobre si mesmo
e sobre as profissões podem ocorrer ao longo da adolescência.

O trabalho de orientação vocacional realizado com os alunos do Ensino Médio pode


contemplar, também, reflexões sobre o mundo do trabalho: desenvolvimento de recursos
psicológicos, como trabalho em equipe, relações interpessoais, direitos e deveres, liderança,
tomada de decisão, responsabilidade etc.

Aula 10

Bom dia, Lucas!

O processo de ensino-aprendizagem é influenciado por diferentes fatores, tanto no


que concerne às questões de ensino (método, relações, conteúdo, didática) quanto no que
concerne às questões referentes ao indivíduo que aprende.

Ao longo da escolarização, o aluno pode apresentar dificuldade de aprendizagem em


diferentes momentos e por diferentes motivos que podem estar relacionados com aspectos
internos ou externos, como vimos na aula sobre adaptação escolar.

O psicólogo, diante de uma situação de dificuldade de aprendizagem, deverá realizar


um levantamento para compreender a situação e elaborar uma forma de intervenção.

Dificuldade de aprendizagem

A atuação do psicólogo, quando se depara com a dificuldade de aprendizagem do


aluno, consiste, inicialmente, em três etapas: levantamento, criação de hipóteses e
intervenção.
Levantamento

Na primeira etapa, o psicólogo escolar procura compreender o que pode estar


levando o aluno a ter dificuldades na aprendizagem. Para tal, ele realizará um levantamento
em que irá conversar com o professor para compreender como é esse aluno em sala de aula,
sua conduta e relações. (Almeida, 2003)

O levantamento deve ter início no contato com o professor que, em geral, é quem
formula a demanda. Nessa entrevista, procura-se ouvir a queixa do professor, compreender
sua percepção acerca do problema, do aluno e de sua família, compreender como ele trabalha
com o aluno e que alternativas de intervenção já experimentou.

A partir dessa entrevista, o psicólogo poderá pensar algumas alternativas para serem
experimentadas. Poderá, também, realizar um levantamento do desempenho dele nas
disciplinas ao longo dos anos ou ver alguma produção acadêmica do aluno.

Na conversa com o professor e no levantamento, o psicólogo poderá verificar se o


problema é em uma disciplina ou em várias, e há quanto tempo o problema existe. Se o aluno
começou a apresentar dificuldade em determinada disciplina somente no 4º ano, pode-se
verificar se a dificuldade está relacionada ao momento presente.

Criação de hipóteses

O psicólogo deve conversar com a família também, a fim de compreender como


funciona o universo familiar, como são as relações, se ocorreram mudanças na família tais
como: separação dos pais, morte de um ente querido ou nascimento de um irmão.

Isso porque uma mudança significativa na família pode se refletir na aprendizagem


da criança. Nesse encontro, pode-se refletir sobre a ação que a família pode ter junto ao aluno,
para que ela se envolva na busca de soluções.

Intervenção
E, por fim, procurar compreender como o aluno percebe o problema, como se
percebe na sala de aula, como é sua relação com os professores e colegas, qual é a sua história
escolar e o que pensa acerca da instituição.

O psicólogo deve, também, conversar com o aluno ou pedir-lhe algum desenho que
expresse o universo escolar, a fim de compreender como ele o percebe.

O levantamento de informações é fundamental para compreender a origem da


dificuldade de aprendizagem. Nos casos em que o psicólogo julgar necessário, pode solicitar
uma avaliação mais profunda de um profissional fora da Instituição Escolar (um psicólogo,
um psiquiatra ou um fonoaudiólogo) que lhe enviará um parecer acerca da avaliação
(Almeida, 2003).

O Trabalho Institucional

O psicólogo escolar deve compreender os aspectos sociais e relacionais da


instituição. Seu olhar não pode considerar somente o indivíduo de forma isolada, mas sim o
indivíduo em seus diferentes contextos e relações, sobretudo, os que ocorrem na escola.

O conhecimento do Projeto Político Pedagógico possibilita ao psicólogo conhecer os


objetivos institucionais e a forma de organização escolar proposta e, a partir, desse
conhecimento, avaliar e propor ações que possibilitem o alcance dos mesmos.

A atuação institucional possibilita ao psicólogo ter uma visão do todo (clima


organizacional, representação social da escola, objetivos gerais etc.) e atuar para obter
melhorias nos processos que constituem o espaço escolar (Almeida, 2003).

A satisfação dos sujeitos que compõem o espaço escolar (professores, funcionários,


alunos e pais) influencia na motivação e no envolvimento com a instituição. A escola é um
espaço social de formação de sujeitos e, consequentemente, da sociedade que se deseja
construir.

O psicólogo pode realizar uma análise das necessidades da instituição e, a partir dos
resultados, propor intervenções que modifiquem ações, processos e representações sociais.
Isso pode ser feito através de trabalhos em grupo em que os sujeitos pensem o espaço escolar
e suas relações.

O trabalho com projetos

O psicólogo escolar pode elaborar projetos para trabalhar com temas específicos. A
elaboração de um projeto deve considerar a realidade escolar. O projeto pode ser elaborado
para resolução de problemas existentes, por exemplo, o bullying, ou para prevenção e
formação do aluno, por exemplo, a sexualidade (Luck, 2003). A elaboração de um projeto
deve conter:

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