Sunteți pe pagina 1din 8

EXCELENTISSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __ª

VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE PAULISTA-PE.

LUCAS XXXXXXX, menor impúbere, nascido aos XX de fevereiro de


XXX, neste ato representado e assistido, por sua mãe XXXXX PEREIRA, brasileira,
solteira, Técnica de Enfermagem, CPF/MF nº XXXX-41 e RG nº 4.XXXXX SSP/PE
(Doc.01), conta de endereço eletrônico: silviobatista.adv@gmail.com, residente e
domiciliada na rua XXX, nº XX, Jardim Paulista, Paulista-PE. Cep. 53.XXXXXX
(Doc.02). Por seu advogado devidamente constituído através do instrumento de
mandato, nos termos do art. 105 do CPC (Doc.03), que está assina digitalmente,
vem, com fundamento nos arts. 1º e seguintes da Lei no 5.478/1968, nos arts. 319
do CPC e nos demais dispositivos legais aplicáveis à matéria, propor:

AÇÃO DE ALIMENTOS C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

em face de seu pai, XXXXXXXX VASCONCELOS, brasileiro, solteiro, Bombeiro


Militar, Matrícula nº XXXXXXX, CPF/MF nº XXXXX-66 e RG nº XXXXXX SDS/PE
(Doc.04), com domicilio profissional na Av. João de Barros, XXXXX – Boa Vista –
Recife – PE – CEP XXXXX, QUARTEL DO COMANDO GERAL (Corpo de Bombeiro
Militar do Recife-PE), consubstanciado nos motivos de fato e fundamentos jurídicos
a seguir expressos:

I - DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

Inicialmente, o requerente não possui condições de arcar com os


encargos processuais, sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, razão pela
qual pugna pela concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, nos
moldes do art.4º, caput, da Lei nº 1.060/50, bem como da Constituição Federal,
art.5º, incisos XXXIV, XXXV e LXXVII.

II - DOS FATOS

II.1 - O autor é filho do réu e da sua representante legal, devidamente registrado


através de certidão de nascimento, estando com 11 (onze) anos de idade (Doc.05).
Os genitores do autor mantinham União Estável (Doc.06), que foi desfeito em 2017.

II.2 - O réu é Servidor Público, admitido como Bombeiro Militar em XXXXXX no


Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (Doc.04), apresentando plenas
condições financeiras de arcar com suas responsabilidades perante o autor.

II.3 – Atualmente o REQUERENTE encontra-se em situação delicada porque os


rendimentos de sua mãe não tem sido suficientes para atender as necessidades
mais básicas quanto a sua manutenção e sustento, já que ela é funcionária
cooperada na COOPSERSA (Cooperativa dos Profissionais de Serviço de Saúde-
PE), recebendo apenas quando trabalha (Doc.07). Ademais paga aluguel no imóvel
onde reside com o requerente (Doc.08), estando em atraso na Escola do autor
referente aos dois últimos meses de 2017 (Doc.09) e mês de fevereiro/2018
(Doc.09.1), em sete contas de energia elétrica do imóvel onde reside (Doc.10 à
10.6) e Plano de Saúde (Doc.11).

II.4 – O genitor ocasionalmente presta auxílio, contudo, sendo, além de tardio (em
algumas ocasiões), insuficiente à manutenção do menor. Restando o autor
totalmente dependente de sua genitora, e em face das suas necessidades que são
diárias, frequentes e onerosas não pode permanecer à mercê de ajudas ocasionais,.

II.5 - Assim, somente a fixação judicial dos alimentos poderá atender às


necessidades elementares do REQUERENTE, porquanto, cabe também ao
REQUERIDO, que paga valores insuficientes e tardios que sejam fixados os
alimentos por Vossa Excelência.
II – DOS MOTIVOS QUE JUSTIFICAM A PROCEDÊNCIA DA ASSISTÊNCIA
ALIMENTAR

DO DEVER DE ALIMENTAR DO ALIMENTANTE

O dever legal de alimentar do REQUERIDO, como consequência de sua


relação de parentesco-descendência, encontra fundamento inicial no artigo 229 da
Constituição Federal:

“Art. 229. OS PAIS TÊM O DEVER DE ASSISTIR, CRIAR E EDUCAR OS


FILHOS MENORES, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar
os pais na velhice, carência ou enfermidade.”

É dever de ambos os genitores, mesmo após a dissolução da união estável,


na proporção dos recursos de cada um, atender ao custeio da formação e educação
dos filhos, conforme preconiza o artigo 1.703 do Código Civil, aplicável aos ex-
conviventes:

“Art. 1.703. PARA A MANUTENÇÃO DOS FILHOS, OS CÔNJUGES


SEPARADOS JUDICIALMENTE CONTRIBUIRÃO NA PROPORÇÃO DE
SEUS RECURSOS.”

No mesmo sentido é a jurisprudência:

CIVIL. ALIMENTOS PROVISIONAIS. AVÓ. NÃO DEMONSTRAÇÃO DA


IMPOSSIBILIDADE FINANCEIRA DO GENITOR NO PAGAMENTO DA PENSÃO
ALIMENTÍCIA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. DECISÃO REFORMADA.
1. Conquanto os pais estejam divorciados, isso não lhes retira a responsabilidade pela
criação e educação de seus filhos (art. 1.630, c/c art. 1.632 do Código Civil).
2. Embora o direito a alimentos transmita-se entre ascendentes e descendentes, estabelece o
Código Civil uma certa ordem, de modo a responsabilizar, inicialmente, os mais próximos e,
na impossibilidade destes, os mais remotos (art. 1.696).
3. O art. 1.703 do Código Civil dispõe que para a manutenção dos filhos, os cônjuges
separados judicialmente contribuirão na proporção de seus recursos.
4. Os agravados sequer propuseram qualquer ação em desfavor de seu genitor compelindo-o
ao pagamento da pensão devida, antes de ingressar em desfavor de sua avó.
5. Não restou comprovada a impossibilidade financeira do genitor dos agravados em arcar
com a integralidade do pagamento da pensão alimentícia. 6. Não deve ser transmitida essa
responsabilidade à avó paterna, tendo em vista que a sua responsabilidade é suplementar, nos
termos do art. 1.696 do Código Civil. 7. Recurso conhecido e provido. (Grifos Nossos)

(TJ-DF - AGI: 20140020166277 DF 0016750-23.2014.8.07.0000, Relator: SEBASTIÃO


COELHO, Data de Julgamento: 08/10/2014, 5ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado
no DJE : 15/10/2014 . Pág.: 171)

Vê-se que, tanto a legislação quanto a jurisprudência, são categóricas em


afirmar ser indeclinável a obrigação alimentar dos genitores em relação à
contribuição da subsistência dos filhos impossibilitados de proverem sua própria
sobrevivência.

DAS POSSIBILIDADES DO REQUERIDO

Consoante exposto, o REQUERIDO é Servidor Militar, ocupando Cargo de


SOLDADO, vinculado ao Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, com
remuneração equivalente ao total de vantagens de R$ 3.970,53 ( três mil novecentos
e setenta reais e cinquenta e três centavos), (Doc.12). Ademais, não possui outros
filhos menores ou dependentes.

DA NECESSIDADE DO REQUERENTE

Mostra-se evidente a necessidade da concessão da pensão alimentícia ao


requerente, tendo em vista o Item II.3, ainda mais que, atualmente a genitora
encontra-se com pouca carga horária na cooperativa, refletindo em remuneração
baixa. Sustentando com muita dificuldade o filho, ora REQUERENTE.
Apenas para ilustrar a dificuldade de manutenção do autor, formulamos
quadro demonstrativo da média das suas despesas mensais, todas contraídas – as
obrigações – visando o amparo à saúde, à educação e ao bem-estar do autor:

GASTOS DOS REQUERENTES VALOR


Eletricidade R$ 77,50/mês
Supermercado R$ 400,00/mês
Medicamentos/Farmácia R$ 60,00/mês
Material Escolar / Mensalidade R$ 200,00/mês
Vestuário R$ 100,00/mês
Transporte R$ 30,00/mês
Lazer R$ 200,00/mês
Plano de Saúde R$ 96,42/mês
Aluguel R$ 400,00/mês

TOTAL R$ 1.563,00/mês

Destarte, esgotados os esforços para que a obrigação fosse


espontaneamente adimplida, requer-se que o REQUERIDO arque com pagamento
de alimentos na ordem de 20% (vinte por cento) sobre o total de Vantagens mensais
que apresenta média de R$ 3.970,53 (três mil novecentos e setenta reais e
cinquenta e três centavos), correspondendo aproximadamente a R$ 794,10
(setecentos e noventa e quatro reais e dez centavos), a serem depositados na conta
bancária da representante legal do REQUERENTE: Banco Bradesco, Agência nº
XXXXXX, Conta Corrente nº XXXX.

Em sendo possível, após análise deste juízo, o arbitramento de valor superior


ao pedido inicial, como sustenta a jurisprudência:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS. FILHA MENOR. FIXAÇÃO


DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS EM PATAMAR SUPERIOR AO PEDIDO INICIAL.
INEXISTÊNCIA DE DECISÃO ULTRA PETITA. MANUTENÇÃO DO VALOR
ARBITRADO PELO MAGISTRADO DE PRIMEIRO GRAU. RECURSO NÃO PROVIDO.
I - Está configurada a necessidade da alimentanda in casu, presumida por se tratar de
filha menor de idade, e, em hipóteses como a presente, pode o julgador arbitrar pensão
alimentícia em quantia superior à pleiteada no petitório inicial, sem que se caracterize a
decisão ultra petita. Precedentes: STJ - Resp nº 595.746/SP; TJPE - Apelação nº 63507-
4.
II - Diante da remuneração percebida pelo agravante, e considerando as necessidades mais
básicas da criança, mostra-se irrisório, ao menos neste juízo de cognição sumária do agravo
de instrumento, arbitrar tão somente 30% (trinta por cento) do salário mínimo, mais as
despesas com plano de saúde. III - Não diligenciou o recorrente no sentido de provar eventual
impossibilidade de prover o próprio sustento se arcar com a pensão no patamar de 15%
(quinze por cento) sobre o seu salário bruto. IV - Agravo não provido. (Grifos Nossos)

(TJ-PE - AI: 3000835 PE, Relator: Bartolomeu Bueno, Data de Julgamento: 16/05/2013, 3ª
Câmara Cível, Data de Publicação: 23/05/2013)

III - DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS

É premente a fixação dos alimentos provisórios, tendo em vista a


irregularidade da prestação pelo Requerido. Além disso, conforme documentação
apresentada (Doc.05), razões do Item II.3, o pedido se justifica diante da evidência
da relação de parentesco entre as partes, a necessidade do menor Requerente e a
possibilidade de seu genitor (Doc.12), com base no artigo 4º da Lei nº 5.478/68:

“Art. 4º Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos


provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente
declarar que deles não necessita.”

Também é entendimento Jurisprudencial, no sentido de deferir os alimentos


provisórios em favor dos alimentandos:

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AÇÃO ORDINÁRIA. FIXAÇÃO DE ALIMENTOS


PROVISÓRIOS EM FAVOR DE MENORES ALIMENTANDOS. OBSERVÂNCIA DO
BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
MANTIDA. I. Comprovada a filiação entre o alimentante e os alimentandos, correta é a
decisão do magistrado que, nos termos dos arts. 4º, 13, § 1º, da Lei nº 5.478/68, fixa
alimentos provisórios em favor dos filhos.
II. O valor dos alimentos provisórios deve ser suficiente para proporcionar aos alimentandos
uma vida digna e adequada ao padrão social vivenciado anteriormente, porém em patamar
condizente com a capacidade econômica do alimentante. Hipótese dos autos em que os
alimentos fixados em 06 (seis) salários mínimos, respeitou ao binômio
necessidade/possibilidade. III. Agravo de instrumento a que se nega provimento. (Grifos
Nossos)

(TJ-MA - AI: 0031772014 MA 0000586-96.2014.8.10.0000, Relator: VICENTE DE PAULA


GOMES DE CASTRO, Data de Julgamento: 08/07/2014, SEGUNDA CÂMARA CÍVEL,
Data de Publicação: 10/07/2014)

Assim Excelência, a lide em comento pode ser composta segundo os termos


do art. 4º, da Lei 5.478/68 c/c art. 300, caput do Código de Processo Civil.

IV - DOS PEDIDOS

Pelo exposto, comprovada a veracidade do alegado, o parentesco e a


dependência do requerente em relação ao réu, aquele requer se digne Vossa
Excelência a:

A) Conceder a antecipação de tutela para fixar os alimentos provisórios a


favor do REQUERENTE, na importância mensal correspondente a 20% (vinte por
cento) sobre o total de Vantagens de R$ 3.970,53 (três mil novecentos e setenta
reais e cinquenta e três centavos), que corresponde a R$ 794,10 (setecentos e
noventa e quatro reais e dez centavos), a serem depositados na conta bancária da
representante legal do REQUERENTE : Banco Bradesco, Agência nº XXXX,
Conta Corrente nº XXXX.
B) Designar dia e hora para a realização da audiência de tentativa de conciliação,
instrução e julgamento, citando o réu para que, se as partes não transigirem,
apresente contestação, sob pena de revelia.

C) JULGAR PROCEDENTE a ação, condenando o réu a efetuar o pagamento dos


alimentos em favor do autor, consolidando os provisórios, além das custas
processuais e dos honorários advocatícios, que devem ser arbitrados em 20% (vinte
por cento) do valor atribuído à causa.

D) Determinar a ouvida do Exmo. Sr. Representante do Órgão Ministerial para que


acompanhe o processo.

E) Seja deferido os benefícios da justiça gratuita, nos termos da Lei 1060/50 e de


conformidade com a declaração de hipossuficiência (Procuração_Doc.03).

F) Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, tais
como a juntada de novos documentos e a ouvida de testemunhas, cujo rol será
oportunamente apresentado.

Dá-se à presente causa o valor de R$ 9.529,20 (Nove mil


quinhentos e vinte e nove reais e vinte centavos).

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Paulista-PE, 16 de fevereiro de 2018.

SILVIO BATISTA DA SILVA


OAB -PE N° 38.925 D

S-ar putea să vă placă și