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MODELO DE EXORDIAL PARA RETIFICAÇÃO DE PPP DE VIGILANTE ARMADO NA JUSTIÇA LABORAL

Autoria: Professor Alan da Costa Macedo

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ª VARA DO


TRABALHO DO RIO DE JANEIRO-RJ

______________________________ brasileiro, _______________ ( estado


Civil) , inscrito no C.P.F./MF sob o ____________________, portador do RG
____________________, filho de ___________________________ e
________________________, residente e domiciliado na Rua
____________________________________________, por sua procuradora infra-
assinada, constituída pela inclusa procuração, vem, perante esse Douto Juízo, propor a
presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA - OBRIGAÇÃO DE FAZER -


RETIFICAÇÃO DE PPP- PERFIL PROFISSIOGRAFICO PREVIDENCIÁRIO

Em face de __________________________________________
(qualificação da Empresa signatária do PPP), pelos seguintes fatos narrados e
fundamentados a seguir.

DE INÍCIO
Declara a Reclamante ser pessoa pobre nos termos da Lei, não tendo
condições de arcar com o ônus do processo sem prejuízo do próprio sustento e de
sua família, especialmente para efeitos do art. 4.º, da Lei n.º 1.060/50, para fazer jus
aos benefícios da Assistência Judiciária (Justiça Gratuita) prevista na Constituição
Federal. Nesses termos, requer a Vossa Excelência a concessão dos benefícios da
Gratuidade de Justiça.

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1. DOS FATOS

O Reclamante foi admitido em ____/____/_____ na empresa


_______________________ e mantém o seu vínculo empregatício de Vigilante armado.
Durante todo o período laboral, o Reclamante sempre exerceu atividade
de risco inerente ao próprio serviço de vigilante patrimonial, notoriamente sujeito a
assaltos a mão armada, com risco da própria vida.
Os comprovantes de pagamento de salário (doc. Anexo), fazem prova
do recebimento do Adicional de Periculosidade por todo o período laborado.
Ocorre que, quando requerido à Reclamada o Perfil Profissiográfico
Previdenciário para fins de contagem de tempo especial, esta apresentou um
documento contraditório que não corresponde à realidade ora invocada. Apesar de
descrever que o reclamante exercia sua atividade de vigilante armado, considerou que
não havia nenhum fator de risco à incolumidade física do reclamante.
Ora, veja-se a transcrição da descrição da atividade no PPP ora refutado:

“ vigiam dependências em áreas públicas e privadas com a


finalidade de prevenir, controlar e combater delitos. Zelam pela
segurança de pessoas, do patrimônio e pelo cumprimento das leis e
regulamentos; recepcionam e controlam a movimentação de
pessoas em áreas de acesso livre e restrito; fiscalizam pessoas,
cargas e patrimônio; escoltam pessoas e mercadorias. Controlam
objetos e cargas. Portando arma de fogo- Calibre 38, de forma
habitual e permanente, não ocasional nem intermitente. ” (Grifos
nossos)

O Reclamante, atualmente, teria direito a aposentadoria por tempo de


contribuição, caso tivesse convertida atividade laborada em atividade especial
para comum.
Contudo, a Reclamada com intenção deliberada de lesionar os direitos
sociais do Segurado, forneceu um PPP com dados contraditórios. Se afirmou que o
vigilante está armado e tem função de combater delitos, é notório que sua incolumidade
física está em risco.
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2. DO DIREITO

2.1 BREVE HISTÓRICO NORMATIVO DA ATIVIDADE DE VIGILANTE SUJEITO A


RISCO A INTEGRIDADE FISICA:

É evidente que toda forma de trabalho, de um jeito ou de outro comporta


alguns riscos à integridade física. No entanto, em algumas profissões tal risco é
acentuado.
Sabe-se bem que as providências ordinárias de saúde e segurança do
trabalho não bastam para eliminar o fator de risco de algumas exposições ao “perigo”,
de modo que a legislação trabalhista inclui um acréscimo salarial, conhecido como
adicional de Periculosidade que, de modo algum, elimina ou minimiza o potencial de
sinistro, mas apenas dá uma compensação financeira ao trabalhador que labora em
condições de risco acentuado.
E por que o legislador se preocupou com isso? Porque determinadas
profissões exigem o sacrifício da própria vida e não sendo fornecido nenhuma
compensação para que alguém coloque sua vida em risco era de se pensar que
ninguém iria querer exercê-la.
A sociedade precisa dos serviços de segurança e os heróis que se propõe
em por sua vida em risco precisam de uma compensação por isso, afinal são desiguais
e devem ter o tratamento igualitário na medida de sua desigualdade (Princípio da
Igualdade em sentido material).
Nesse sentido, além de assegurar ao trabalhador que expõe sua vida a risco
o adicional de periculosidade, também prevê uma contagem de tempo especial para que
se aposente antes dos demais trabalhadores. Parece razoável que o legislador tenha
proposto tais benesses a fim de incentivar pessoas a prestar o serviço que a sociedade
precisa a custa e risco de sua própria vida.
Ocorre que alguns órgãos e até o Governo Federal tem dado interpretação
diversa da interpretação teleológica que defendemos. A cada dia, a visão das normas

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protetivas e garantidoras deixam de ser interpretadas à luz da Constituição Cidadã e


passam a ser interpretadas sob a lógica da “economia”. A cada dia se restringem mais
os direitos.
Maria Helena Carreira Alvim Ribeiro1 entende que a aposentadoria especial
foi criada justamente para compensar a submissão voluntária ao risco: “ A
aposentadoria especial é um benefício que visa garantir ao segurado do Regime Geral
de Previdência Social uma compensação pelo desgaste resultante do tempo de serviço
prestado em condições prejudiciais à saúde ou integridade física”.
Corroborando o que entendemos como “igualdade material” nesse aspecto,
Weintraub e Berbel dizem que “ há necessidade expressa de proteger os trabalhadores
que laboram em atividades nocivas diferenciadamente daqueles que trabalham em
atividades comuns... este tratamento diferenciado é pressuposto para isonomia entre
as diversas categorias de segurados pertencentes ao regime geral” 2
A CLT nunca enfrentou com clareza a gerar segurança jurídica o conceito de
trabalho perigoso e daí surgem as inúmeras controversas judiciais. Diante do desafio de
encontrar um critério objetivo para enquadrar as atividades que se distribuem na
extensa zona cinzenta entre o trabalho de risco mínimo e baixíssimo índice de
sinistralidade e aquele notoriamente perigos, a Consolidação preferiu contornar a
dificuldade e estabelecer uma legislação casuística, que apenas enumera algumas
atividades merecedoras do adicional, conforme se lê no art.193 da CLT.
Por muito tempo, perigosas de acordo com a lei, eram apenas as atividades
relacionadas com inflamáveis, explosivos e a energia elétrica. Mais recentemente,
incluíram - as atividades sujeitas a roubos e violência física nos serviços de segurança
pessoal ou patrimonial a partir da Lei 12740/2012.
O artigo 193 da CLT, com as alterações da mencionada lei, conceitua a
periculosidade em casos de segurança pessoal ou patrimonial. Vejamos:

1
RIBEIRO, Maria Helena Carreia Alvim. Aposentadoria Especial. 4.ed.p.23.
2
WEINTRAUB, Arthur Bragança de Vasconcellos; BERBEL, Fabio Lopes. Manual de Aposentadoria
Especial. Quartier Latin, 2005. P.39
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“Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que,
por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude
de exposição permanente do trabalhador a
(...)
II - Roubos ou outras espécies de violência física nas atividades
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. (Incluído pela Lei nº
12.740, de 2012) ( grifamos)

Mas foi apenas em 02 de dezembro de 2013 que o MTE- Ministério do


Trabalho e Emprego regulamentou a matéria no anexo 3, NR-16, Portaria 3.214,
conforme abaixo transcrito:

“ ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPOSIÇÃO A ROUBO


OU OUTRAS ESPÉCIES DE VIOLENCIA FISICA NAS ATIVIDADES
PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PESSOAL OU PATRIMONIAL

1. As atividades ou operações que impliquem em exposição dos


profissionais de segurança pessoal ou patrimonial a roubos ou outras
espécies de violência física são consideradas perigosas.

2. São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os


trabalhadores que atendam a uma das seguintes condições:

a) empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de


segurança privada ou que integrem serviço orgânico de segurança privada,
devidamente registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça, conforme
lei 7102/1983 e suas alterações posteriores.

b) empregados que exercem a atividade de segurança patrimonial ou


pessoal em instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias,
aeroportuárias e de bens públicos, contratados diretamente pela
administração pública direta ou indireta.

3. As atividades ou operações que expõem os empregados a roubos ou

outras espécies de violência física, desde que atendida uma das


condições do item 2, são as constantes do quadro abaixo:

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ATIVIDADES OU
DESCRIÇÃO
OPERAÇÕES
Segurança patrimonial e/ou pessoal na preservação do
Vigilância patrimonial Patrimônio em estabelecimentos Públicos ou privados e
da incolumidade física de pessoas.
Segurança patrimonial e/ou pessoal em espaços públicos
Segurança de eventos
ou privados, de uso comum do povo.
Segurança nos Segurança patrimonial e/ou pessoal nos transportes
transportes coletivos coletivos e em suas respectivas instalações.
Segurança ambiental e Segurança patrimonial e/ou pessoal em áreas de
florestal conservação de fauna, flora natural e de reflorestamento.
Segurança na execução do serviço de transporte de
Transporte de valores
valores.
Segurança no acompanhamento de qualquer tipo de
Escolta armada
carga ou de valores.
Acompanhamento e proteção da integridade física de
Segurança pessoal
pessoa ou de grupos.
Supervisão/fiscalização Supervisão e/ou fiscalização direta dos locais de trabalho
Operacional para acompanhamento e orientação dos vigilantes.
Telemonitoramento/ Execução de controle e/ou monitoramento de locais,
telecontrole através de sistemas eletrônicos de segurança.

2.1 . DA NECESSIDADE DE FORMULÁRIO CORRETAMENTE PREENCHIDO PARA


USUFRUTO DA APOSENTADORIA ESPECIAL

A jurisprudência já se firmou no sentido de que a atividade de vigilante


após a edição do Decreto 2172/97 para ser considerado especial necessita de
constatação de comprovação da efetiva exposição a agentes prejudiciais à saúde
ou à integridade física - como o uso de arma de fogo (riscos à integridade física e à
própria vida), por exemplo -, mediante apresentação de formulários SB-40 e DSS-8030
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expedidos pelo INSS e preenchidos pelo empregador até 05/03/1997 (anterior à


vigência do Decreto nº 2.172/1997), e, a partir de então, por meio de formulário
embasado em laudo técnico ou perícia judicial (Lei 9.528/1997).

Nesse sentido:

“Processo : AC 00067396020064013800 0006739-60.2006.4.01.3800


Orgão Julgador :1ª CÂMARA REGIONAL PREVIDENCIÁRIA DE MINAS
GERAIS
Publicação : 24/11/2015 e-DJF1 P. 1077
Julgamento: 28 de Setembro de 2015
Relator: JUIZ FEDERAL RODRIGO RIGAMONTE FONSECA

Ementa

PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA POR


TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. RECONHECIMENTO DO TEMPO DE
SERVIÇO PRESTADO EM ATIVIDADE ESPECIAL. VIGILANTE ARMADO.
POSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO. TEMPO INSUFICIENTE.
AVERBAÇÃO.
1. O tempo de serviço especial é aquele decorrente de labor prestado sob
condições prejudiciais à saúde ou em atividades com riscos superiores aos
normais para o segurado e, cumpridos os requisitos legais, dá direito para
todos os fins previdenciários.
2. A atividade de vigilante deve ser enquadrada como perigosa,
conforme previsão contida no código 2.5.7 do Decreto nº 53.831/1964, por
equiparação à atividade de guarda até a vigência da Lei 9.032/1995. Tal
equiparação, contudo, somente se afigura possível mediante
comprovação de que o segurado exercia a atividade com porte de
arma de fogo. Precedentes.
3. Posteriormente à vigência da Lei 9.032/1995, em ajuste ao
entendimento do relator, o reconhecimento da especialidade da função
de vigia depende da comprovação da efetiva exposição a agentes
prejudiciais à saúde ou à integridade física - como o uso de arma de
fogo (riscos à integridade física e à própria vida), por exemplo -, mediante
apresentação de formulários SB-40 e DSS-8030 expedidos pelo INSS e
preenchidos pelo empregador até 05/03/1997 (anterior à vigência do
Decreto nº 2.172/1997), e, a partir de então, por meio de formulário
embasado em laudo técnico ou perícia judicial (Lei 9.528/1997).

4. No caso concreto, os documentos trazidos aos autos atestam que a


parte autora exerceu a atividade de vigilante, com porte de arma de
fogo, em empresa de segurança e transporte de valores nos períodos
de 26/10/1988 a 30/4/2001, e, 1/5/2001 a 31/12/2003, o que enseja o
enquadramento da referida atividade como especial. O período de
4/2/1988 a 16/12/1988 deve ser considerado comum, pois o PPP acostado
aos autos não informa o exercício da atividade de vigilância mediante uso
de arma de fogo.
5. O tempo de atividade especial reconhecido, somado aos períodos de
atividade comum (convertido em tempo comum pelo fator 1.4), é insuficiente
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para obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição. Entretanto, faz


jus à averbação dos períodos especiais para fins de obtenção de
aposentadoria ou revisão daquela porventura concedida no curso desta
ação.
6. Os honorários advocatícios devem ser compensados pelas partes
litigantes em face da sucumbência recíproca, nos termos do art. 21 do CPC.
7. Custas na forma da lei. O INSS está isento, conforme art. 4º, I da Lei
9.289/1996. 8. Apelação do autor parcialmente provida.
Decisão
A Câmara, à unanimidade, deu parcial provimento à apelação da parte
autora.” ( grifos nossos)

2.2. PRECEDENTE DIDÁTICO DA JUSTIÇA DO TRABALHO QUE INDICA A


POSSIBILIDADE DE RETIFICAÇÃO DO PPP INCORRETAMENTE
PREENCHIDO:

“PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO n° 0000098-52.2016.5.08.0009
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO - PPP.
FORNECIMENTO INCORRETO.
O Perfil Profissiográfico Previdenciário fornecido pela reclamada não atende
aos requisitos previstos na legislação aplicável à matéria (Lei 8.213/1991 e
Instrução Normativa n° 20, de 10.10.2007, do Instituto Nacional do Seguro
Social - INSS), daí porque deve ser mantida a condenação quanto à
obrigação de fazer consistente em retificar o Perfil Profissiográfico
Previdenciário para que passe a constar a
informação acerca do risco à integridade física do obreiro,
decorrente do exercício da atividade de vigilância armada.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de recurso ordinário, oriundos da


MM. 9a Vara do Trabalho de Belém, em que são partes,
como recorrentes, SÉRGIO AUGUSTO NEVES MONTEIRO e
ELITE SERVIÇOS DE SEGURANÇA LTDA.
, e, como recorridos, OS MESMOS.

O MM. Juízo de 1° Grau, na r. sentença de Id. 317, julgou


procedentes, em parte, os pedidos deduzidos na inicial, para
condenar a reclamada a cumprir as seguintes obrigações: a) de
fazer, consistente em retificar o Perfil Profissiográfico Previdenciário
do reclamante, para que passe a constar a informação acerca do
risco à integridade física do obreiro, decorrente do exercício da
atividade de vigilância armada, nos termos do art. 193, da CLT. A
reclamada deverá cumprir esta obrigação no prazo de 10 dias, após
intimada, sob pena de pagamento de multa de R$-1.000,00 (hum
mil reais), por dia, limitada a R$-15.000,00 (quinze mil reais), a ser
revertida em favor do reclamante; b) de pagar ao reclamante o valor
líquido de R$-2.000,00 (dois mil reais), a título de honorários
advocatícios. Julgou improcedentes os demais pedidos por falta de
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amparo legal. Deverão ser acrescidos juros de mora e correção


monetária até a data da efetiva quitação. O pagamento deverá
ocorrer no prazo de 10 (dez) dias, a contar do trânsito em julgado
da decisão, sob pena de ser acrescida à condenação multa de 20%
e iniciados, de imediato, os procedimentos executórios, nos termos
dos arts. 652, "D", 765 e 832, § 1°, da CLT e art. 5°, LXXVIII, CF/88.
Ambas as partes interpuseram recurso ordinário. O reclamante, sob
o Id. 20f48d4; e a reclamada, sob o Id. 8ccec28.
O reclamante requer o deferimento do pedido de indenização por
dano moral.
A reclamada insurge-se contra a condenação referente à obrigação
de fazer consistente em retificar o Perfil Profissiográfico
Previdenciário do reclamante, para que passe a constar a
informação acerca do risco à integridade física do obreiro,
decorrente do exercício da atividade de vigilância armada, nos
termos do art. 193, da CLT, bem como quanto ao deferimento dos
honorários advocatícios.
Os recorridos apresentaram contrarrazões. O reclamante sob o Id.
e3317f0; e a reclamada sob o Id. 77523e3.
Os presentes autos deixaram de ser remetidos ao Ministério Público
do Trabalho para emissão de parecer, porque evidenciada a
hipótese prevista no art. 103, parágrafo único, do Regimento Interno
deste E. Tribunal Regional do Trabalho da 8a Região.
É O RELATÓRIO.

Conheço dos recursos, porque atendidos os pressupostos de


admissibilidade.
RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMADA
Da retificação do Perfil Profissiográfico Previdenciário

A reclamada insurge-se contra a condenação referente à obrigação


de fazer consistente em retificar o Perfil Profissiográfico
Previdenciário do reclamante, para que passe a constar a
informação acerca do risco à integridade física do obreiro,
decorrente do exercício da atividade de vigilância armada, nos
termos do art. 193, da CLT.
Alega que "ainda que o recorrido possuísse o direito à
aposentadoria especial em razão da atividade de vigilante, entende
a recorrente que a pretensão vertida nos presentes autos é
desnecessária e redundante, pois a Lei Federal n° 12.740, de 08 de
dezembro de 2012, alterou o artigo 193 da Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, a fim de redefinir os critérios para caracterização
das atividades ou operações perigosas, para fins de fixação do
direito ao adicional de periculosidade, incluindo a atividade que, por
sua natureza, implique risco acentuado em virtude da exposição do
trabalhador a roubos ou outras espécies de violência física nas
atividades profissionais de segurança pessoa ou patrimonial" (Id.
8ccec28 - Pág. 10).
Assevera que "o PPP fornecido pela recorrente expressamente
menciona que o mesmo ocupava o cargo de vigilante e, em
consequência, exercia atividade perigosa, por imposição legal,
sendo certo que a norma legal não distingue entre vigilância armada
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e desarmada. Todas são atividades perigosas. Assim, se o recorrido


fizer jus à aposentadoria especial - e, repise-se, a questão não é
pacifica - o PPP que lhe foi fornecido atende a todas as exigências
legais. Na remota hipótese de manutenção da condenação, o que
se admite por extremo amor ao debate, deve ser reformada a
sentença para reduzir a multa cominada pela não entrega ou
demora na entrega do PPP, eis que arbitrada em valor exorbitante,
merecendo redução" (Id. 8ccec28 - Pág. 10).
[..]
§ 8° O PPP será impresso nas seguintes situações:
I - por ocasião da rescisão do contrato de trabalho ou da desfiliação
da cooperativa, sindicato ou OGMO, em duas vias, com
fornecimento de uma das vias para o trabalhador, mediante recibo;
II - sempre que solicitado pelo trabalhador, para fins de
requerimento de reconhecimento de períodos laborados em
condições especiais; (alterado pela Instrução Normativa n°
29/INSS/PRES, de 4/6/2008 - republicada).
III - para fins de análise de benefícios por incapacidade, a partir de
1° de janeiro de 2004, quando solicitado pelo INSS;
IV - para simples conferência por parte do trabalhador, pelo menos
uma vez ao ano, quando da avaliação global anual do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais-PPRA, até que seja implantado o
PPP em meio magnético pela Previdência Social; e (alterado pela
Instrução Normativa n° 29/INSS/PRES, de 4/6/2008 - republicada).
V - quando solicitado pelas autoridades competentes " (grifei).

Pelo que se vê, o Perfil Profissiográfico Previdenciário fornecido


pela reclamada não atende aos requisitos previstos na legislação
aplicável à matéria (Lei n° 8.213/1991 e Instrução Normativa n° 20,
de 10.10.2007, do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS), daí
porque deve ser mantida a condenação quanto à obrigação de fazer
consistente em retificar o Perfil Profissiográfico Previdenciário para
que passe a constar a informação acerca do risco à integridade
física do obreiro, decorrente do exercício da atividade de vigilância
armada, conforme decidiu o MM. Juízo de 1° Grau, a cujos
fundamentos me reporto e adoto, em termos, como razões de
decidir, in verbis:

1.1 PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO -


RETIFICAÇÃO

O reclamante afirma que após o encerramento do pacto laboral


mantido com a reclamada, a empresa pagou suas verbas
rescisórias e lhe entregou o Perfil Profissiográfico Previdenciário -
PPP. Porém, aduz que este documento está incorreto, pois deixou
de especificar que o reclamante trabalhava como vigilante armado ,
estando sujeito à periculosidade. Aduz ainda que tal omissão causar
-lhe-á prejuízos futuros, mais precisamente quanto a seu direito ao
benefício previdenciário da aposentadoria especial
.
A reclamada resiste à pretensão alegando que o PPP fornecido não
apresenta incorreções, pois o citado documento informa que o
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reclamante trabalhava como vigilante e, em consequência, exercia


atividade considerada perigosa, nos termos do art. 193, II, da CLT,
pelo que não há necessidade de se especificar acerca da vigilância
armada, pois o artigo celetista não faz qualquer distinção entre
vigilância armada e desarmada.
Analiso.
Incontroverso que o reclamante exercia atividade de vigilância
armada.
Em audiência, a reclamada confessou que não "informa nos PPP's
a questão do uso de armas para não ocasionar impacto no
recolhimento previdenciário devido à elevação do grau do SAT."
Com efeito, o art. 193, II, da CLT considera como atividade perigosa
aquelas que exponham o trabalhador a risco acentuado em virtude
de exposição permanente a roubos ou outras espécies de violência
física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou
patrimonial.
A NR 16 - Anexo 3 descreve as atividades de vigilância e segurança
que atendem aos requisitos da norma celetista, assegurando o
direito à percepção do adicional de periculosidade.

No campo previdenciário, o exercício do labor nessas circunstâncias


assegura ao obreiro direito à aposentadoria especial, ou seja, com
tempo de contribuição reduzido em comparação à atividades sem
risco (Lei n° 8.213/1991, art. 57).

Ao requerer tal benefício, o empregado deve apresentar o Perfil


Profissiográfico Previdenciário (PPP) fornecido pela empresa no
momento da rescisão do contrato de trabalho. Referido documento
aponta as informações sobre as condições do ambiente de trabalho, nos
termos do art. 58, § 4°, da Lei n° 8.213/1991.

Nessa senda, a IN-DC/INSS n° 118/2005 dispõe que a empresa


deverá elaborar o PPP, conforme Anexo XV, de forma
individualizada para seus empregados, trabalhadores avulsos e
cooperados, que laborem expostos a agentes nocivos químicos,
físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou
à integridade física, considerados para fins de concessão de
aposentadoria especial, ainda que não presentes os requisitos para
a concessão desse benefício, seja pela eficácia dos equipamentos
de proteção, coletivos ou individuais, seja por não se caracterizar a
permanência.
Pois bem.
O PPP entregue pela empresa (Id acfd846) não reflete a realidade
acerca do ambiente laboral, pois não indica o risco à integridade
física do autor pelo exercício da atividade de vigilante.

Observa-se, nesse sentido, que ao indicar a exposição a fatores de


risco (SEÇÃO II), a reclamada apenas mencionou, omitindo postura
inadequada e o risco decorrente da atividade de guarda
patrimonial, sujeita à percepção de adicional de periculosidade, nos
termos da lei.

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Dessarte, sem adentrar a questão acerca da necessidade ou não da


informação de vigilância armada para efeito de aposentadoria
especial, temática essa ligada ao campo previdenciário, inegável
que a reclamada deveria fornecer informações claras e fidedignas
da realidade laboral do autor, o que não ocorreu.

Por fim, inaceitável a alegação de impacto desnecessário nos


encargos previdenciários a partir da elevação do grau de risco do
SAT - Seguro de Acidente de Trabalho, que varia de 1 a 3, porque,
em última análise, seria a ratificação de uma postura
confessadamente sonegatória, isso sem falar nas possíveis
implicações de ordem penal no que concerne ao correto
preenchimento das informações nos documentos previdenciários.
Assim, julgo procedente o pedido, condenando a reclamada a
cumprir obrigação de fazer, no sentido de retificar o Perfil
Profissiográfico Previdenciário - PPP do reclamante, para que passe
a constar a informação acerca do risco à integridade física do
obreiro, decorrente do exercício da atividade de vigilância armada,
nos termos do art. 193 da CLT.
A reclamada deverá cumprir a obrigação no prazo de 10 (dez) dias,
após intimada, sob pena de pagamento de multa de R$1.000,00,
por dia, limitada a R$15.000,00, a ser revertida em favor do
reclamante.
(...)
ANTE O EXPOSTO
, conheço dos recursos; e, no mérito, nego-lhes
provimento para confirmar a r. sentença recorrida, conforme os
fundamentos. Custas, como no 1° Grau.
ISTO POSTO,
ACORDAM OS DESEMBARGADORES DO TRABALHO da
Egrégia Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da
Oitava Região, à unanimidade, em conhecer dos recursos; e,
no mérito, sem divergência, negar-lhes provimento para
confirmar a r. sentença recorrida, conforme os fundamentos.
Custas, como no 1° Grau.
Sala de Sessões da Egrégia Segunda Turma do Tribunal
Regional do Trabalho da Oitava Região. Belém, 19 de outubro
de 2016.
VICENTE JOSÉ MALHEIROS DA FONSECA
Desembargador do Trabalho – Relator”

DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer a Vossa Excelência o seguinte:

a) Diante do perigo da demora, ou seja, o postulante está sem poder se “Aposentar”


e prover sua subsistência sem os fatores de risco a que é exposto diuturnamente, seja
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MODELO DE EXORDIAL PARA RETIFICAÇÃO DE PPP DE VIGILANTE ARMADO NA JUSTIÇA LABORAL
Autoria: Professor Alan da Costa Macedo

a Reclamada condenada, liminarmente, por tutela de urgência nos termos do art.


300 do NCPC, a emitir corretamente e entregar ao Reclamante o Perfil Profissiográfico
Previdenciário (PPP) referente ao todo período laborado de 09/05/2003 até a data da
decisão ( o reclamante continua trabalhando para a reclamada) com o registro do risco
à integridade física;
b) Aplicação de multa diária de R$ 1.000,00 (um mil reais) em caso de
descumprimento da obrigação;
c) Seja confirmada a Decisão de tutela de urgência com a condenação definitiva da
Reclamada a obrigação de fazer: emitir corretamente e entregar ao Reclamante o Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP) referente ao todo período laborado de 09/05/2003
até a data da decisão (o reclamante continua trabalhando para a reclamada) com o
registro do risco à integridade física;

d) Seja a reclamada condenada a indenizar o reclamante pelas perdas materiais


decorrentes do período em que não pôde estar aposentado e percebendo os
proventos da aposentadoria, tudo por dolo ou culpa da reclamante que não
confeccionou corretamente o seu PPP para o usufruto do Direito de se aposentar com a
conversão legal do tempo especial (Quantificar o período em que já poderia estar
aposentado para liquidar o valor do crédito pretendido)

e) Conceda ao Reclamante a os benefícios da Justiça Gratuita, por ser aquele


pobre na acepção legal do termo.

f) Caso Vossa Excelência entenda necessário, que defira a realização de Prova


Pericial para constatação da atividade especial e de risco do reclamante, apesar de já
descrita categoricamente no PPP que ora se requer retificação;

Isto posto, pede a procedência dos pedidos acima e a notificação da


Reclamada para comparecer à audiência, sob pena de confissão e aos efeitos da
revelia.
Requer provar o alegado por todos os meios de provas em direito
admitidas, principalmente pelo depoimento pessoal dos representantes legais das
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Autoria: Professor Alan da Costa Macedo

Reclamadas, sob pena de confesso, juntada de novos documentos, oitiva de


testemunhas e perícias.
Dá-se à causa o valor de ___________________ ( valor do dano material
apurado)
Nesses termos, pede e espera deferimento.

___________________, _____ de _______________ de 2018.

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Nome do Advogado
OAB/____ nº_________

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