CAPITULO 2 –

2.4 Principio da Livre-Iniciativa e a Liberdade Contratual

LIVRE INICIATIVA=
liberdade de criar e exercer empreendimentos
ou atividades econômicas. Liberdade de atividade econômica.
 A constituição consagra como um de seus fundamentos
os valores sociais do trabalho e livre-inciativa (visando o
progresso social).
 A livre-iniciativa, enquanto liberdade de criar e exercer
empreendimentos ou atividades econômicas, não deve
ser interpretada de forma estanque, pois o fundamentos
constitucionais são os valores sociais da livre iniciativa e
não ela isoladamente. Portanto, ela deve harmonizar os
interesses individuais e os interesses sociais.
 Segundo Paulo Lobo, a CF ao se referir explicitamente aos valores
sociais da livre iniciativa diz que esta é controlada, limitável ou limitada.
 ADI 319-4: o pedido feito pela Confederação Nacional das Instituições
Privadas para que um lei federal, que estabeleceu controle nos valores
cobrados por essas instituições aos seus alunos, fosse declarada
inconstitucional foi julgado improcedente.
 Fundamentos: justiça social – “o Estado pode, por via legislativa,
regular os preços de bens e serviços”
 Em sentido estrito, a livre-iniciativa não constitui principio fundamental e
da CF. “Principio fundamental é a conformação da livre iniciativa
aos valores sociais que deve realizar e não ela própria, que deve ser
concebida como pressuposto da atividade econômica, em virtude da
opção constitucional pela economia de mercado regulado”
 Se a livre-iniciativa, isoladamente, fosse um fundamento constitucional,
tanto o poder legislativo quanto o poder judiciário estariam impedidos de
exercerem o controle da atividade econômica, pois qualquer lei editada
nessa direção violaria o principio da livre-iniciativa, em sentido estrito.
 A liberdade contratual não foi recepcionada pela CF, logo, não possui
status constitucional.
 Alguns autores argumentam que a liberdade contratual/autonomia
privada é um fundamento constitucional indireto. Mas, Paulo Lobo
defende que, ela não é principio especifico da atividade econômica e
tampouco principio fundamente da CF e, também, que o silencio
constitucional é preciso, na medida em que o Estado social relativizou a
autonomia privada, cerceando-as de restrições, limitações e
conformações, retirando-lhe as características de principio geral.
 RE 407.688: