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Romeu Bornelli
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verdadeira segurança, nos dando verdadeiro testemunho cristão. Porque a
Igreja é coluna e baluarte da verdade e uma verdade que não é vista com
relação a Pessoa e a obra de Cristo, não seria verdade em hipótese nenhuma.
Somente esse retorno às Escrituras pode nos dar uma verdadeira qualidade de
vida cristã tanto individual, quanto coletiva. Cristo é o centro da vida da
experiência cristã individual, Cristo é o centro da vida da experiência da Igreja.
A Pessoa e a obra de Cristo são esse fio, mediante o qual toda doutrina, todo
ensino, não importa de quem ele parta, de onde ele venha, a visão da Pessoa
e obra de Cristo são esse fio, esse termômetro pelo qual toda vida individual e
todo ensino pode ser testado e isso é tão importante. Não importa o quanto
nós possamos estar obtendo certo tipo de lucro, vamos colocar assim, nem
mesmo certo tipo de ganho sentimental, talvez psíquico, talvez intelectual, não
é assim que nós medimos o verdadeiro crescimento espiritual. Nós medimos
um crescimento espiritual baseado na nossa visão de Cristo, no nosso amor a
Cristo, no nosso desejo por Cristo, na nossa devoção a Cristo, no nosso reunir
em torno de Cristo. Isso faz com que a Igreja viva na simplicidade de Cristo,
no Espírito de Cristo, servindo uns aos outros, lavando os pés uns dos outros,
tendo desejo, encargos uns pelos outros, apascentando-nos uns aos outros.
Isso, irmãos, só é verdade na nossa vida, especialmente coletiva, comunitária,
quando Cristo é o centro. Impressionante como qualquer outra coisa, até
mesmo dádivas de Cristo, dádivas do amor de Cristo, como nós temos tantas,
dádivas da Sua bondade, são capazes de nos desviar de Cristo. Nós
precisamos manter tão claro esse fio do caminho nos nossos corações.
Toda Palavra de Deus foi escrita para que nós tivéssemos visão de Cristo
e para que o nosso coração fosse ganho pela Pessoa de Cristo, para um
relacionamento com Cristo, não para que nós tivéssemos apenas instrução
intelectual ou ajuda sentimental. Todo o centro da vida da Igreja deve se
mover, a Igreja deve gravitar em torno deste centro, Cristo. Todo nosso desejo
deve ser Cristo, vermos Cristo na vida uns dos outros, nós precisamos
procurar Cristo na vida uns dos outros. Nosso problema é que nós procuramos
defeitos na vida uns dos outros, nós procuramos falhas de caráter, nós
procuramos motivos de acusação. Nós precisamos aprender a procurar Cristo
na vida uns dos outros. O que o irmão tem de Cristo que eu posso ver e ser
tão edificado? O que do caráter de Cristo que eu tenho visto moldado na vida
daquele irmão, na sua conduta, no seu viver relacional, na sua vida conjugal,
na sua vida de relacionamento com seus filhos, a sua vida de relacionamento
com os irmãos. Como eu tenho visto Cristo na vida desse ou daquele irmão? E
isso determina a qualidade da nossa vida cristã, realmente determina. Porque
a Igreja é Cristo, a Igreja é Cristo em mim, Cristo em você, Cristo em nós,
menos eu e você e todos nós, a Igreja é Cristo. Então, se nós não estamos
vendo Cristo na vida uns dos outros, não temos muito o que ver, nós veremos
ou coisas negativas ou coisas positivas, um irmão com grande capacidade,
nesse ou naquele sentido, mas não é Cristo. Não é Cristo, é a capacidade do
irmão e a capacidade do irmão não é Cristo. Nós só somos edificados por uma
visão de Cristo e por um contato com Cristo na vida uns dos outros.
Hoje, para desgraça da Igreja, tantas outras coisas são colocadas no
lugar de Cristo porque o nosso coração tem anseios muito profundos. Nós
achamos que Cristo, e somente Cristo, não é capaz de satisfazer. Nós
precisamos de Cristo e algo mais. A Igreja em Colossos sofreu esta dificuldade
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e ela, sem dúvida, é uma figura da Igreja nos nossos dias, a Igreja dos
colossenses. Paulo escreveu aquela carta mostrando que nós precisamos de
uma visão da Pessoa e obra de Cristo e somente da Pessoa e obra de Cristo.
Nós não precisamos de Cristo e mais anjos, Cristo e mais ascetismo, Cristo e
mais moralismo, Cristo e mais judaísmo - tantos ismos - não precisamos de
Cristo e mais alguma coisa, precisamos só de Cristo. Precisamos manter esta
necessidade fresca e viva nos nossos corações e é baseado nesse encargo, que
nós temos procurado compartilhar algo mais da Pessoa e obra de Cristo.
Este texto que nós acabamos de ler, Lucas 24, se olharem em suas
Bíblias, os irmãos vão ver mais um texto que confirma o que procuramos
colocar, inicialmente, na reunião passada: que somente à luz da ressurreição,
somente depois da ressurreição de Cristo é que aqueles que eram dEle
puderam começar a vislumbrar algo do valor da Sua obra. Vejam esses
discípulos no caminho de Emaús, só mais um exemplo. O Senhor deixou isso
claro naqueles discursos no cenáculo, que nós lemos com os irmãos, João 14,
João 16. Jesus disse que eles não poderiam suportar algo que Ele tinha a dizer
a eles, mas um dia eles entenderiam e naquele dia até mesmo nada
perguntariam, o Senhor falou, porque entenderiam tudo. Por que eles
entenderiam? Eles entenderiam que Cristo estava no Pai e que eles estavam
em Cristo. A visão dessa obra que Cristo consumou, para que eles estivessem
em Cristo, assim como Cristo está no Pai, isso traria toda explicação para o
coração deles. Eles teriam verdadeira segurança, porque eles estavam em
Cristo e, se nada pode tocar Cristo, nada pode tocar os que são dEle. E se em
Cristo existe eterna segurança, existe eterna segurança para os que são dEle.
E se Cristo é absolutamente invulnerável, no que concerne a esse Homem
ressurreto que Ele é, a esse Deus Homem, então nós, Igreja, somos
completamente invulneráveis. O Senhor falou em Mateus 16:18 – ...e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela - contra a Igreja do
Senhor. Não hão de prevalecer contra a minha Igreja, nem as portas do
inferno, por quê? Não é porque a Igreja teria uma condição, uma qualidade
especial, mas simplesmente porque a Igreja está em Cristo.
Os irmãos sabem que esta expressão “em Cristo”, é usada mais de 120
vezes no Novo Testamento, porque esta simples frase “em Cristo” define a
vida cristã. O que é a vida cristã, no que consiste a vida cristã? Em praticar
essa e essa obra; e não praticar essa e essa obra - em não beber, não fumar,
não jogar, não roubar; e em fazer isso, isso e isso. Não, a vida cristã é habitar
em Cristo. Cristo é a nossa paz, Cristo é a nossa justiça, Cristo é a nossa vida.
Cristo satisfez todas as exigências da lei sobre nós, sobre a questão de sermos
justificados, Cristo satisfez. Nossa segurança é Cristo, nossa justificação é
Cristo, nossa santidade, até mesmo nossa santidade é Cristo. Nossa santidade
não são coisas que fazemos ou deixamos de fazer, porque santidade não são
coisas. Coisas são derivação da santidade. Se Cristo está em mim, eu deixo de
fazer certas coisas e eu passo a fazer outras coisas, mas santidade não é isso.
Essa não é essência da santidade. Santidade é Cristo, Cristo é santidade, Ele
está em nós. Então, é por causa de Cristo, do amor de Cristo que eu deixo de
fazer isso e faço aquilo. Cristo é santidade, Cristo é redenção. Redenção não é
alguma coisa que Cristo fez por nós na cruz. Redenção é Cristo. Cristo habita
em nós, Ele é nossa redenção. Nós temos até mesmo certeza de que nem
nosso corpo ficará na morte, porque Cristo é a nossa redenção. Foi isso que
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disse para Marta, quando Ele chegou naquele momento que Lázaro já estava
morto e sepultado. Ele disse assim para Marta: Eu sou a ressurreição e a
vida. Quem crê em mim, ainda que morra (esteja morto) viverá (Jo
11:25). Ele não falou: Marta, Eu tenho o poder de ressuscitar, Ele falou: Eu
sou a ressurreição, quem crer em mim, ainda que esteja morto viverá. Eu sou.
Os irmãos estão vendo que o Evangelho é Cristo, somente Cristo. Cristo é o
Evangelho, Cristo é todas as coisas. A nossa visão da Pessoa e da obra de
Cristo é a única coisa capaz de transformar os nossos corações, de dar
verdadeira segurança para nossas vidas, de dar verdadeira qualidade para
nossa vida cristã e de nos dar uma verdadeira vida de serviço uns aos outros.
Se nós temos sido desviados, distraídos para outros centros - não importa o
que seja feito em nome de Cristo, em nome de Deus, em nome do Espírito
Santo, seja o que for - se nós temos sido distraídos da visão da Pessoa e obra
de Cristo. Se nós temos sido distraídos da doutrina bíblica, das Escrituras, se
nós mal sabemos o que significam esses termos tão importantes no Novo
Testamento, que nós temos procurado examinar, que os cristãos de hoje
acham que isso simplesmente não tem importância. Nós queremos coisas
práticas, nós precisamos de coisas práticas, nós não precisamos conhecer a
Palavra, nós precisamos de prática, prática, prática - e a prática é enfatizada,
mas a Bíblia ensina que sem ensino, sem doutrina não há prática, a prática
não é cega, a prática é baseada na doutrina. Hoje, irmãos, são raros - examine
a sua própria vida - hoje são raros os cristãos que conhecem a revelação
bíblica a respeito de conceitos tão importantes sobre a Pessoa de Cristo.
Nós vamos examinar alguns com relação à obra de Cristo e será que
você sabe o que é redenção? Fala: “ah, eu não sei o que é redenção, mas sei
que eu fui redimido e é isso que importa; e se eu fui redimido tenho paz com
Deus.” Isto é muito bom, é muito importante, mas se você souber o que é
redenção o seu coração vai ser realmente fundamentado. Hoje, talvez, seja
suficiente para você dizer: “não, o que importa é que eu fui redimido então,
tudo bem.” Mas quando o vento da tribulação, quando o vento da aflição,
quando o vento da doença, da dificuldade, dos desvarios relacionais atingirem
a tua vida, não vai ser suficiente você falar para si mesmo: “eu sei que sou
redimido e isso que me importa.” Não vai ser suficiente. Se você não estiver
profundamente fundamentado na Palavra de Deus, você vai sofrer dano,
baseado nas aflições, nas tribulações, você vai conceber um coração errado
para com Deus, você vai conceber um coração errado para com os irmãos.
Então, não basta dizer: “eu sou redimido e isso basta.” Isto é muito simples, é
muito simplista, é muito simplório. A Palavra de Deus nos explica tanto sobre
redenção, a glória da redenção, tanto sobre propiciação, tanto sobre expiação,
tanto sobre reconciliação. E se a Palavra de Deus gasta tempo com isso é
porque nós precisamos saber, senão nós estamos desprezando a revelação de
Deus. Se são coisas que importam só para teólogos, nós estamos desprezando
a revelação de Deus e dizendo que ela foi dada só para pessoas especiais e
não para cristãos simples como nós que não somos teólogos, nenhum de nós.
Mas a palavra de Deus foi dada para todos os cristãos, simples, como nós que
não tem nenhum preparo acadêmico, para interpretar a Palavra na linguagem
teológica, mas que temos o Espírito de Deus e as Santas Escrituras, suficiente
para que nós conheçamos o que por Deus foi dado. Nós vamos procurar
examinar esses termos tão importantes, tão profundos, tão significativos, que
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dizem respeito à obra de Cristo, a obra que essa Pessoa gloriosa realizou. Ele
realizou redenção, Ele realizou propiciação, Ele realizou expiação, Ele realizou
reconciliação e cada coisa dessa significa uma coisa e nós precisamos estudar
cada uma delas, para que saibamos o tamanho dessa obra que foi executada.
Porque cada termo desse fala de uma faceta dessa obra. Se nós não
conhecemos a glória de cada faceta nós não conhecemos a glória da obra.
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podia realizar uma obra como essa. Essas duas coisas andam juntas: Pessoa e
obra, Pessoa e obra, inseparáveis, totalmente inseparáveis.
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recado, pombo correio, o profeta não é um pombo correio, o profeta era
alguém que encarnava, em si mesmo, o fardo de Deus. Ele lamentava, ele
orava, ele intercedia, ele chorava, ele se agonizava, porque ele tinha o
privilégio de compartilhar com Deus o coração de Deus, isso é um profeta.
Esse é o segundo ministério sobre o qual essa teocracia de Israel estava
fundamentada.
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Sacerdote. Na cruz Ele era um Rei e na cruz Ele era um Profeta, porque essas
coisas não podem ser separadas, elas estão na mesma Pessoa. Ele foi todo
tempo Profeta, Sacerdote e Rei, todo tempo, as três coisas. Vamos olhar um
pouquinho no Novo Testamento sobre isso. Abram em João 1, nós já lemos
este texto várias vezes, mas para os irmãos terem uma noção, do que
significa Cristo ser o Profeta. Jo 1:1-4 - No princípio era o Verbo, e o
Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio
com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem
ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz
dos homens. Isso aqui talvez seja uma primeira referencia que aponta para o
caráter profético de Cristo, desde a eternidade. Ele é o Profeta de Deus,
simplesmente porque Ele é o Verbo de Deus. Os irmãos se lembram que nós
compartilhamos sobre essa palavra Verbo, o que ela significa? Logos, o que
Logos fala: revelação da mente de Deus. Logos fala da mente de Deus
expressada, tudo o que de Deus se pode conhecer está em Cristo, é através de
Cristo, não tem outra maneira, nem através de anjos, nem através de
qualquer outra criatura, qualquer outra maneira, mas em Cristo, Cristo é o
Profeta de Deus, nEle Deus é conhecido. A vida era a luz dos homens. Quando
os irmãos abrem em Deuteronômio 18, vão ver o que Moisés disse para o povo
de Israel: que o povo deveria esperar, que Deus iria levantar dentre eles um
Profeta, muito superior a Moisés. Esse texto, diz respeito a Cristo. São tantos
textos, que é quase impossível examinar, que falam sobre Cristo como sendo
Profeta de Deus.
Eu queria ler este texto de Efésios, que mostra o significado de Cristo ser
o Profeta de Deus, o que isso significa para nós? Cristo sendo o Profeta. Cristo
como sendo o Profeta de Deus, irmãos, Ele exerce esse ministério sobre
nossas vidas de uma forma dupla. Cristo revela como Profeta tudo o que há no
coração de Deus, Ele falou assim para Filipe: Quem vê a mim, vê o Pai, Quem
vê a mim, vê o Pai. Eu e o Pai somos um. Então, Ele é o Profeta de Deus, Ele é
a única revelação de Deus. Ele é a imagem do Deus invisível, mais um texto
que mostra que ele é Profeta, Ele é a imagem do Deus invisível. Este texto de
Efésios mostra qual o resultado desse ministério profético de Cristo sobre as
nossas vidas. Efésios 4:17 – Isto, portanto, digo e no Senhor testifico
que não mais andeis como também andam os gentios (aqueles que não
tem a luz de Deus, não conhecem a Deus), na vaidade (ou futilidade) dos
seus próprios pensamentos obscurecidos (o contrário do que fala em
João: A vida estava nEle e a vida era a luz dos homens. Aqui diz:
obscurecidos) de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da
ignorância em que vivem... Eu queria selecionar essa expressão aqui: Cristo
como Profeta de Deus nos liberta do quê? Vamos olhar o pecado aqui em três
aspectos. Cristo como Profeta de Deus nos liberta da ignorância que o pecado
promove. A Bíblia usa essa palavra que é forte sobre nós, sobre a nossa
história. Nós, sem Cristo somos ignorantes, não importa nosso nível
intelectual, filosófico, cultural, acadêmico, nada, nós somos ignorantes,
completamente ignorantes. Cristo nos libertou da ignorância do pecado,
através do Seu ministério como Profeta de Deus, a sua luz raiou nos nossos
corações.
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Outro aspecto do pecado ligado a outro oficio de Cristo. Cristo como
Sacerdote de Deus, nos liberta da culpa do pecado. O Sacerdote trata com a
questão da culpa. Quando nós examinarmos os irmãos vão entender como é
precioso. Cristo como Sacerdote de Deus, no ministério sacerdotal de Cristo,
Ele nos livrou da culpa do pecado. E a culpa do pecado é algo muito sério. A
culpa do pecado lançou nossa consciência em profunda acusação e profundo
medo. Tão profundas, tanto a acusação quanto o medo, que mesmo hoje, na
medida em que nós estamos desenvolvendo nossa vida com Cristo, nós ainda
vemos resquícios, tanto de acusação quanto de medo, na nossa consciência
com relação a Deus, de tão profundas trevas de culpa o pecado nos lançou.
Nós precisamos ver Cristo como Sacerdote. Como Cristo lidou com a culpa
para que o nosso coração vá entrando no gozo, no descanso, na alegria, na
segurança, na certeza desse relacionamento, sem acusação e sem medo. A
Bíblia revela isso, mas qual o grau da nossa compreensão? ...nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8:1). Nós
sabemos, mas qual o nosso grau de assimilação disto? Eu creio que nós
precisamos ver mais sobre o que significa Cristo como nosso Sumo Sacerdote,
como o livro de Hebreus revela como nenhum outro. Para que o nosso coração
vá ganhando segurança, certeza, paz, alegria, porque isso trata com a culpa
do pecado, assim como o Seu ministério profético trata com a ignorância do
pecado.
Agora faltou um, o ministério de Rei. Cristo como Rei trata do quê, no
que concerne ao pecado? Ele trata com o poder do pecado. Porque Cristo é
Rei, Ele nos libertou não só da ignorância do pecado, não só da culpa que o
pecado trouxe, mas do poder que o pecado exerce sobre as nossas vidas. São
muitos textos também. Romanos, por exemplo, Paulo deixa isso muito claro,
que nós éramos escravos, é a palavra que é usada, escravos do pecado, mas
agora, nós não estamos debaixo da lei e sim da graça, então, o pecado não
reina, em nossos corpos mortais. Porque agora nós temos um Rei que pode
reinar sobre nossos corpos mortais, na medida da nossa submissão a Ele nesse
relacionamento com Ele. Porque Ele é Rei, o pecado não reina em nossos
corpos.
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nesse assunto de pecado. Hoje a gente vai examinar rapidamente esses dois
ministérios, Profeta e Rei, e a partir da próxima reunião a gente vai começar a
examinar a beleza do ministério sacerdotal.
Vamos ver alguma coisa sobre o ministério profético. Efesios 4:18 diz
que o gentios são obscurecidos de entendimento, a segunda vez que fala sobre
a mente, as trevas do pecado. Primeiro falou, vaidade dos seus pensamentos,
depois, obscurecidos de entendimento. As trevas do pecado, a ignorância - não
importa o quão educado, preparado ou culto essa pessoa seja, é ignorante.
1Coríntios 2:14 diz: Ora, o homem natural não aceita as coisas do
Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las,
porque elas se discernem espiritualmente. Nada podia rasgar esse véu.
Lembra daquele véu que separava o Santo Lugar do Santo dos Santos, lá no
tabernáculo? A Bíblia diz em Hebreus que aquele véu era uma figura da carne
de Cristo, que quando o Senhor Jesus foi crucificado na cruz, foi rasgado na
cruz, aquele véu do santuário também foi rasgado. A Bíblia diz que ele foi
rasgado como? Debaixo para cima? De cima para baixo, de alto a baixo,
ninguém podia romper essa negridão das nossas trevas. O véu tinha 10
côvados, são 5 metros, o véu tinha 5 metros de altura, quase da altura desse
teto nosso aqui. Um estofo azul, púrpura, carmesim, o tecido era um cobertor,
ninguém podia rasgar aquele véu, de jeito nenhum. A Bíblia diz que quando o
Senhor Jesus morreu na cruz, o véu do santuário foi rasgado de alto a baixo.
Esse texto diz: nós estávamos obscurecidos de entendimento, na vaidade dos
nossos pensamentos. Em 2Coríntios 3 Paulo diz que quando é lido Moisés para
aqueles que são do judaísmo, até hoje, um véu está posto sobre o
entendimento deles, e não lhes é revelado que em Cristo é removido. É um
véu que nada pode remover somente nessa obra de Cristo o Profeta:
revelação. Esta palavra é derivada de véu, revelar, tirar o véu, rasgar o véu,
revelação. Cristo nos revelou a verdade a respeito de Deus, essa é uma faceta
do ministério profético.
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vemos a glória de Deus, quanto melhor nós vemos o nosso pecado, não mais
distantes nós ficamos dEle, mas mais próximos nós ficamos dEle. Por incrível
que isso possa parecer para nós, porque para nós pareceria o contrário. Olha a
sua história se não é assim, porque nós entendemos de uma forma errada
esse Cristo, o Profeta que foi dado a nós. Ele habita em nós para isso, para
exercer o ministério profético. Ele não vai deixar nos enganar a respeito de
Deus, nenhum de nós quer isso, nós queremos conhecer o Deus vivo e
verdadeiro, nós não queremos andar levantando outros deuses em nosso
coração, nós queremos conhecer o Deus vivo, Cristo faz isso. Mas tem uma
coisa que anda junto com isso, Cristo revela também o homem real, e a
pessoa real que eu e você somos, e que frequentemente se esconde por trás
das máscaras que nós usamos. Cristo é o Profeta de Deus. Ele revela a pessoa
real que nós somos......para acontecer uma coisa conosco. Em nós foi gerado
um novo homem que é Profeta, Sacerdote e Rei, e na medida em que nós
vamos conhecendo esse grande Senhor, esse Cristo que tem sido formado em
nós. O que Ele é, é possível de ser compartilhado conosco, de tal forma que
vivamos por meio dEle. Não é eu viver uma vida transformada, santificação
não é nem isso, é eu viver por meio de outro, por meio de Cristo. Nós não
teríamos o entendimento dessas coisas se Cristo não fosse o Profeta, a
verdade sobre Deus, a verdade sobre você. Esse ministério leva o nosso
coração, de certa forma, a uma agonia tão grande, esse ministério nos
perturba tanto. Imagina o jovem rico diante do Profeta de Deus que é Cristo,
imagina o jovem rico chegando e falando: Senhor o que eu preciso fazer para
herdar a vida eterna, porque eu acho que já sou um homem que já está na
porta da vida eterna. O que eu tenho que fazer para entrar? O Senhor falou:
Você conhece os mandamentos, pratica os mandamentos. Aí ele pergunta:
Quais? Como se ele não soubesse. Então, o Senhor fala sobre os
mandamentos, aí ele diz: Ah Senhor, mas isso eu já tenho praticado desde a
minha mocidade. O senhor não tem algo mais não, porque isso já está
resolvido para mim. O Senhor Jesus, como Profeta de Deus, vai mostrar para o
jovem algo mais dele mesmo que ele não sabia. Então, Ele diz assim: Vai e
vende tudo o que você tem, e dá aos pobres, depois vem e segue-me. Se você
puder fazer isso, vai herdar a vida. O Profeta de Deus revelou que embora
aquele jovem achasse que ele estava justificado pela lei, pelo menos de forma
legalista e nominal, o Senhor Jesus mostrou que o seu coração era um coração
avarento, tinha um deus assentado ali no seu coração que impedia que ele
herdasse a vida eterna. Vai, vende tudo o que tem e dá aos pobres. A Bíblia
diz: E ele se retirou triste, porque era dono de muitas propriedades. Ele não
suportou a luz do Profeta, que é Cristo.
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dizer: Você é esse, não adianta você tentar enganar os outros, você é esse,
você é essa. Hebreus 4:13 diz: ...todas as coisas são descobertas e
patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas. Mais uma
vez mostra Cristo como Profeta, não há nada encoberto diante desse Profeta.
Como nós precisamos nos relacionar com Ele assim. Será que enxergar Cristo
como Profeta de Deus é uma coisa que não é prática, como nós começamos a
falar. Nós queremos a coisa prática, a prática é o que importa, mas que
prática? Se nós não vemos quem é essa Pessoa? A prática vem daí, a prática
vem de saber que em nós habita Cristo o Profeta, que nos revela a verdade
sobre Deus, Ele não vai nos deixar na ignorância, Ele já nos salvou da
ignorância, Ele vai revelar ao nosso coração todo tipo de deus que nós
levantamos para colocar no lugar dEle. Ele vai revelar ao nosso coração toda
distração, toda vaidade que nós temos cultivado, toda loucura a qual nós
temos nos entregado, toda futilidade dos nossos pensamentos, toda a
ignorância de dedicarmos nossa vida, tempo, energia, seja o que for, a coisas
que nada são, porque Ele é Profeta de Deus. Ele vai falar a verdade sobre Deus
para nós, mas Ele vai falar a verdade sobre nós para nós. Nós precisamos
tanto conhecer a Cristo como esse Profeta.
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aquele que serve, que conquista e atrai. Ele nos libertou do império das trevas
e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor.
Eu queria ler com os irmãos dois textos, para resumir toda essa questão
do ministério de Cristo, um do Velho e um do Novo testamento, que mostra o
que Cristo realizou nessa questão real. Na cruz, quando Ele foi crucificado, Ele
foi crucificado como Rei e quando ressuscitou, Ele ressuscitou como Rei. E
sendo Rei, o que Ele fez conosco que somos filhos do Rei? Nós que somos
cidadãos do reino? Vamos ver dois textos. Primeiro, Efésios 4:8 é um texto
tremendo, a gente vai considerar somente esse versículo mais por hoje,
porque eu queria que você pensasse sobre esse versículo, queria que você
saísse com ele daqui hoje no seu coração. Vamos ler o versículo 7 também.
Efésios 4:7 - E a graça foi concedida a cada um de nós... Essa é a esfera
que nós estamos, é a graça, não é condicional, é incondicional. Esse Rei
executou algo por nós. Nós não tínhamos condição de fazer, o homem foi
colocado de lado, o homem recebeu um atestado de incompetência, e o Verbo
se faz carne através da pessoa humana, feminina de Maria, o homem foi posto
de lado, o homem não ia acrescentar nada. Enganoso é o coração,
desesperadamente, significa sem esperança. Não tem o que fazer com esse
coração do homem, acabou, ponto final. Desesperado, desesperado não
significa doido, maluco, não, desesperado significa sem esperança.
Desesperadamente corrupto: sem esperança. Não tem jeito do coração do
homem ser transformado, não tem remédio. O que tem que ser feito? Uma
nova criatura. Cristo em nós, a esperança da glória.
Nós fomos colocados nessa esfera, graça, o homem foi posto de lado.
Deus estabeleceu uma aliança de graça. Vamos ver o que aconteceu aqui: E a
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graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de
Cristo. Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas (claro que está se
referindo a ressurreição), levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos
homens (Ef 4:7-8). Este texto é citado de um Salmo, Salmo 68:18. O
Apóstolo Paulo, através do Espírito Santo, faz uma aplicação desse versículo
complementar à revelação do Salmo. E quando nós juntamos os dois
versículos temos um quadro muito lindo, sobre essa questão de Cristo ser o
Rei, e por causa dEle ser Rei, a gente acabou de ler em Colossenses, que diz:
Ele, Cristo o Rei, por causa da Sua ressurreição, o Rei nos libertou do império
das trevas, trevas do pecado, da ignorância, trevas que nós nunca poderíamos
sair dela, trevas sem solução, desesperado. Ele nos libertou do império das
trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor (Cl 1:13).
Agora, o texto de Efésios e o texto de Salmos vai mostrar como Ele fez
isso, de uma maneira tão linda, resume esse processo todo. O que esse Rei
fez? Ele subiu às alturas. Primeiro Ele entrou na morte, a gente vai ver isso em
outra reunião quando falar sobre Sacerdote. Mas esse Rei entrou na morte
porque Ele é Sacerdote também. Quando Ele entrou na morte e Ele levou
cativo o cativeiro. Nós estávamos no império de trevas, esse império tinha um
imperador, o diabo, ...o Deus deste século (Paulo diz em Coríntios, ele)
cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a
luz do evangelho da glória de Cristo... (2Co4:4). Cegou o entendimento
dos incrédulos, isso é o império das trevas. Ninguém poderia nos arrancar de
lá, somente esse Rei, que é Sacerdote. O que esse Rei fez? Ele entrou na
morte, e sendo Rei como Ele é, quando entrou na morte - Ele é a vida - e
quando a vida entrou na morte, a vida destruiu a morte. Porque a vida é maior
que a morte, assim como a luz é maior que as trevas. Quando a vida entrou na
morte, a vida destruiu a morte. E quando o Rei da vida saiu da morte, Ele
levou cativo o cativeiro. O que isso significa? Ele trouxe daquele cativeiro das
trevas, do império das trevas, aqueles que desde a eternidade Deus havia no
Seu eterno coração, soberano coração de amor, vocacionado e eleito, para
participar das bênçãos dessa eleição da graça. A esses Ele arrancou do império
das trevas.
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ministérios) uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas e outros para pastores e mestres (esses homens não são
nada. Eles eram cativos, escravos e habitantes do império das trevas. Eles
foram resgatados por esse Rei, trabalhados por esse Rei e concedidos por esse
Rei com o propósito de edificar a Igreja do Rei. Apóstolos, profetas,
evangelistas, pastores e mestres), com vistas ao aperfeiçoamento dos
santos para o desempenho do seu serviço...
Ele arrancou os rebeldes e recebeu-os por dádivas, como Ele fez isso?
Por que Ele fez isso? Como sendo Rei, Ele fez isso como sendo Rei. Nós vamos
ver quando nós falarmos sobre a questão do sacerdócio. Jesus não podia ser
apenas Sacerdote, Ele tinha que ser Rei. Porque não é apenas a questão de
culpa que estava sendo envolvida, era uma questão também de guerra, de
poder. Sacerdote tem relação com a culpa, Rei tem relação com governo. Nós
não tínhamos só problema de culpa para com Deus, nós tínhamos problema de
poder, os irmãos estão entendendo? Nós tínhamos problema de poder, qual é
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o problema de poder? Nós estávamos escravizados, nós precisaríamos de
alguém com poder para que nos arrancasse de lá, porque nós estávamos
sujeitos ao poder do império das trevas. Quando o Senhor entrou na morte,
como Rei, Efésios 1 também diz isso, que o Senhor nos arrancou com poder,
presta atenção, para os irmãos entenderam essa questão de Cristo como
sendo Rei. Efésios 1:18-20 - iluminados os olhos do vosso coração, para
saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da
glória da sua herança nos santos (aqui significa que os santos são a Sua
herança, é a linguagem do capitulo 4. Ele recebeu esses santos como dádivas,
santos são a Sua herança. A riqueza da Sua herança – sua – de Cristo, agora
olha o versículo 19, a questão do poder aqui) e qual (Paulo está orando para
que o nosso entendimento seja aberto para que nós compreendamos) a
suprema grandeza do seu poder, para com os que cremos (para com os
que cremos, não para o mundo inteiro, porque o Senhor não arrancou do
cativeiro o mundo inteiro, arrancou? Não. Em João 17 Ele diz: Não rogo pelo
mundo, mas rogo pelos que me deste do mundo, porque são teus. Esses que
Ele arrancou do cativeiro. Isaías 53 diz a mesma coisa, que a morte de Cristo
seria seletiva pelos eleitos. Cristo morreu pela Igreja, e não por toda criatura,
Ele morreu pela Igreja. Ele intercedeu por muitos, Isaias 53 é muito claro. O
texto de Efésios diz assim: qual a suprema grandeza do seu poder para com os
que cremos, não para com todo o mundo, mas para com os que cremos, os
santos) segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em
Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua
direita nos lugares celestiais, acima de todo principado (está tão claro aí
irmãos. O império das trevas nunca mais pode nos alcançar. Porque o Senhor
Jesus está acima de todo principado. Até onde você e eu assimilamos essa
visão? Até onde essa visão dá descanso para o nosso coração? Certeza,
segurança, alegria. Acima de todo principado) e potestade, e poder e
domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente
século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos
pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas (presta atenção nesse para
ser aí), o deu à Igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a
tudo enche em todas as coisas. Os irmãos estão vendo como Cristo Rei é
revelado aí. Ele é o Rei que entrou na morte, Ele é o Rei que saiu da morte. Ele
é o Rei que saiu da morte e recebeu a alguns homens por dádivas, até mesmo
rebeldes, como nós. Alguns desses homens ele concedeu a Igreja, para a
própria Igreja, eles são da Igreja, para edificação da Igreja, para que a Igreja
seja madura, para que a Igreja chegue a plenitude da fé. Mas Ele arrancou do
cativeiro a todos nós, a graça foi concedida a cada um de nós. Ele fez isso não
é só porque Ele é Sacerdote, não é só porque ele é Profeta, Ele fez isso
especialmente, porque Ele é Rei, porque um conflito de poder estava
envolvido. Império das trevas, reino do Filho do Seu amor.
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nudez, ou perigo, ou espada? (é uma criatura qualquer, nada) poderá
separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor
(Rm 8:33-35; 39) Então, os irmãos vejam que para nós vermos a obra de
Cristo, temos que ver nessas três facetas: o Profeta, o Sacerdote e o Rei. Na
próxima reunião nós vamos entrar nesse oficio sacerdotal, vamos ver as
implicações dele. Amém.
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