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A Obra de Cristo – Parte 2

Romeu Bornelli

Lucas 24:25-35 – Então, lhes disse Jesus: ó néscios e tardos de


coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não
convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E,
começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-
lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras. Quando se
aproximavam da aldeia para onde iam, fez ele menção de passar
adiante. Mas eles o constrangeram, dizendo: fica conosco, porque é
tarde, e o dia já declina. E entrou para ficar com eles. E aconteceu que,
quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o e, tendo-o
partido, lhes deu; então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram;
mas ele desapareceu da presença deles. E disseram um ao outro:
Porventura, não nos ardia o coração, quando ele pelo caminho, nos
falava, quando nos expunha as Escrituras? E, na mesma hora,
levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os
onze e outros com eles, os quais diziam: o Senhor ressuscitou e já
apareceu a Simão! Então, os dois contaram o que lhes acontecera no
caminho e como fora por eles reconhecido no partir do pão.
Senhor, nós queremos encomendar a Ti mesmo, a Tua Santa Palavra.
Queremos Te pedir direção e assistência no reunir do Teu povo. Queremos Te
pedir que o Senhor nos conceda Espírito de sabedoria e de revelação no pleno
conhecimento de Ti mesmo. Que o Senhor possa rasgar o véu do nosso
entendimento, para que possamos ver algo mais da glória da Tua Pessoa e da
Tua obra; para que os nossos corações sejam profundamente firmados em Ti;
para que os nossos corações sejam de verdadeiros adoradores; para que os
nossos corações sejam de verdadeiras testemunhas; para que nós possamos,
em Ti, obter verdadeira transformação e salvação para nossas almas; para que
o Senhor seja formado em nós. Pedimos que o Senhor use a Tua palavra em
nome de Jesus. Amém.
Irmãos, nós iniciamos na reunião passada, compartilhando um pouco
sobre a obra de Cristo e dissemos que quando nós vemos algo da glória, da
Pessoa, temos muito mais facilidade para vermos algo da glória da obra.
Porque o caráter e a natureza da Pessoa determinam o caráter e a natureza da
obra. Nós vimos que a Pessoa e obra de Cristo constituem este centro
inalterável da vida cristã, da Igreja como um todo, da pregação cristã, a
mensagem cristã e da experiência cristã. E que toda história da Igreja
confirma para os nossos corações que todas as vezes que um genuíno
avivamento espiritual ocorreu na história da Igreja, esse avivamento foi
marcado por um retorno às Escrituras, todas as vezes, desde o Velho
Testamento. Em toda a história da Igreja, igualmente, todos os movimentos
movidos com genuinidade espiritual, movidos pelo Espírito Santo, levaram o
coração dos santos à Bíblia, um retorno às Escrituras. Porque somente uma
visão bíblica, claro, uma visão bíblica da Pessoa e obra de Cristo, pode
realmente transformar nossos corações, em todos os sentidos, nos dando

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verdadeira segurança, nos dando verdadeiro testemunho cristão. Porque a
Igreja é coluna e baluarte da verdade e uma verdade que não é vista com
relação a Pessoa e a obra de Cristo, não seria verdade em hipótese nenhuma.
Somente esse retorno às Escrituras pode nos dar uma verdadeira qualidade de
vida cristã tanto individual, quanto coletiva. Cristo é o centro da vida da
experiência cristã individual, Cristo é o centro da vida da experiência da Igreja.
A Pessoa e a obra de Cristo são esse fio, mediante o qual toda doutrina, todo
ensino, não importa de quem ele parta, de onde ele venha, a visão da Pessoa
e obra de Cristo são esse fio, esse termômetro pelo qual toda vida individual e
todo ensino pode ser testado e isso é tão importante. Não importa o quanto
nós possamos estar obtendo certo tipo de lucro, vamos colocar assim, nem
mesmo certo tipo de ganho sentimental, talvez psíquico, talvez intelectual, não
é assim que nós medimos o verdadeiro crescimento espiritual. Nós medimos
um crescimento espiritual baseado na nossa visão de Cristo, no nosso amor a
Cristo, no nosso desejo por Cristo, na nossa devoção a Cristo, no nosso reunir
em torno de Cristo. Isso faz com que a Igreja viva na simplicidade de Cristo,
no Espírito de Cristo, servindo uns aos outros, lavando os pés uns dos outros,
tendo desejo, encargos uns pelos outros, apascentando-nos uns aos outros.
Isso, irmãos, só é verdade na nossa vida, especialmente coletiva, comunitária,
quando Cristo é o centro. Impressionante como qualquer outra coisa, até
mesmo dádivas de Cristo, dádivas do amor de Cristo, como nós temos tantas,
dádivas da Sua bondade, são capazes de nos desviar de Cristo. Nós
precisamos manter tão claro esse fio do caminho nos nossos corações.
Toda Palavra de Deus foi escrita para que nós tivéssemos visão de Cristo
e para que o nosso coração fosse ganho pela Pessoa de Cristo, para um
relacionamento com Cristo, não para que nós tivéssemos apenas instrução
intelectual ou ajuda sentimental. Todo o centro da vida da Igreja deve se
mover, a Igreja deve gravitar em torno deste centro, Cristo. Todo nosso desejo
deve ser Cristo, vermos Cristo na vida uns dos outros, nós precisamos
procurar Cristo na vida uns dos outros. Nosso problema é que nós procuramos
defeitos na vida uns dos outros, nós procuramos falhas de caráter, nós
procuramos motivos de acusação. Nós precisamos aprender a procurar Cristo
na vida uns dos outros. O que o irmão tem de Cristo que eu posso ver e ser
tão edificado? O que do caráter de Cristo que eu tenho visto moldado na vida
daquele irmão, na sua conduta, no seu viver relacional, na sua vida conjugal,
na sua vida de relacionamento com seus filhos, a sua vida de relacionamento
com os irmãos. Como eu tenho visto Cristo na vida desse ou daquele irmão? E
isso determina a qualidade da nossa vida cristã, realmente determina. Porque
a Igreja é Cristo, a Igreja é Cristo em mim, Cristo em você, Cristo em nós,
menos eu e você e todos nós, a Igreja é Cristo. Então, se nós não estamos
vendo Cristo na vida uns dos outros, não temos muito o que ver, nós veremos
ou coisas negativas ou coisas positivas, um irmão com grande capacidade,
nesse ou naquele sentido, mas não é Cristo. Não é Cristo, é a capacidade do
irmão e a capacidade do irmão não é Cristo. Nós só somos edificados por uma
visão de Cristo e por um contato com Cristo na vida uns dos outros.
Hoje, para desgraça da Igreja, tantas outras coisas são colocadas no
lugar de Cristo porque o nosso coração tem anseios muito profundos. Nós
achamos que Cristo, e somente Cristo, não é capaz de satisfazer. Nós
precisamos de Cristo e algo mais. A Igreja em Colossos sofreu esta dificuldade

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e ela, sem dúvida, é uma figura da Igreja nos nossos dias, a Igreja dos
colossenses. Paulo escreveu aquela carta mostrando que nós precisamos de
uma visão da Pessoa e obra de Cristo e somente da Pessoa e obra de Cristo.
Nós não precisamos de Cristo e mais anjos, Cristo e mais ascetismo, Cristo e
mais moralismo, Cristo e mais judaísmo - tantos ismos - não precisamos de
Cristo e mais alguma coisa, precisamos só de Cristo. Precisamos manter esta
necessidade fresca e viva nos nossos corações e é baseado nesse encargo, que
nós temos procurado compartilhar algo mais da Pessoa e obra de Cristo.
Este texto que nós acabamos de ler, Lucas 24, se olharem em suas
Bíblias, os irmãos vão ver mais um texto que confirma o que procuramos
colocar, inicialmente, na reunião passada: que somente à luz da ressurreição,
somente depois da ressurreição de Cristo é que aqueles que eram dEle
puderam começar a vislumbrar algo do valor da Sua obra. Vejam esses
discípulos no caminho de Emaús, só mais um exemplo. O Senhor deixou isso
claro naqueles discursos no cenáculo, que nós lemos com os irmãos, João 14,
João 16. Jesus disse que eles não poderiam suportar algo que Ele tinha a dizer
a eles, mas um dia eles entenderiam e naquele dia até mesmo nada
perguntariam, o Senhor falou, porque entenderiam tudo. Por que eles
entenderiam? Eles entenderiam que Cristo estava no Pai e que eles estavam
em Cristo. A visão dessa obra que Cristo consumou, para que eles estivessem
em Cristo, assim como Cristo está no Pai, isso traria toda explicação para o
coração deles. Eles teriam verdadeira segurança, porque eles estavam em
Cristo e, se nada pode tocar Cristo, nada pode tocar os que são dEle. E se em
Cristo existe eterna segurança, existe eterna segurança para os que são dEle.
E se Cristo é absolutamente invulnerável, no que concerne a esse Homem
ressurreto que Ele é, a esse Deus Homem, então nós, Igreja, somos
completamente invulneráveis. O Senhor falou em Mateus 16:18 – ...e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela - contra a Igreja do
Senhor. Não hão de prevalecer contra a minha Igreja, nem as portas do
inferno, por quê? Não é porque a Igreja teria uma condição, uma qualidade
especial, mas simplesmente porque a Igreja está em Cristo.
Os irmãos sabem que esta expressão “em Cristo”, é usada mais de 120
vezes no Novo Testamento, porque esta simples frase “em Cristo” define a
vida cristã. O que é a vida cristã, no que consiste a vida cristã? Em praticar
essa e essa obra; e não praticar essa e essa obra - em não beber, não fumar,
não jogar, não roubar; e em fazer isso, isso e isso. Não, a vida cristã é habitar
em Cristo. Cristo é a nossa paz, Cristo é a nossa justiça, Cristo é a nossa vida.
Cristo satisfez todas as exigências da lei sobre nós, sobre a questão de sermos
justificados, Cristo satisfez. Nossa segurança é Cristo, nossa justificação é
Cristo, nossa santidade, até mesmo nossa santidade é Cristo. Nossa santidade
não são coisas que fazemos ou deixamos de fazer, porque santidade não são
coisas. Coisas são derivação da santidade. Se Cristo está em mim, eu deixo de
fazer certas coisas e eu passo a fazer outras coisas, mas santidade não é isso.
Essa não é essência da santidade. Santidade é Cristo, Cristo é santidade, Ele
está em nós. Então, é por causa de Cristo, do amor de Cristo que eu deixo de
fazer isso e faço aquilo. Cristo é santidade, Cristo é redenção. Redenção não é
alguma coisa que Cristo fez por nós na cruz. Redenção é Cristo. Cristo habita
em nós, Ele é nossa redenção. Nós temos até mesmo certeza de que nem
nosso corpo ficará na morte, porque Cristo é a nossa redenção. Foi isso que

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disse para Marta, quando Ele chegou naquele momento que Lázaro já estava
morto e sepultado. Ele disse assim para Marta: Eu sou a ressurreição e a
vida. Quem crê em mim, ainda que morra (esteja morto) viverá (Jo
11:25). Ele não falou: Marta, Eu tenho o poder de ressuscitar, Ele falou: Eu
sou a ressurreição, quem crer em mim, ainda que esteja morto viverá. Eu sou.
Os irmãos estão vendo que o Evangelho é Cristo, somente Cristo. Cristo é o
Evangelho, Cristo é todas as coisas. A nossa visão da Pessoa e da obra de
Cristo é a única coisa capaz de transformar os nossos corações, de dar
verdadeira segurança para nossas vidas, de dar verdadeira qualidade para
nossa vida cristã e de nos dar uma verdadeira vida de serviço uns aos outros.
Se nós temos sido desviados, distraídos para outros centros - não importa o
que seja feito em nome de Cristo, em nome de Deus, em nome do Espírito
Santo, seja o que for - se nós temos sido distraídos da visão da Pessoa e obra
de Cristo. Se nós temos sido distraídos da doutrina bíblica, das Escrituras, se
nós mal sabemos o que significam esses termos tão importantes no Novo
Testamento, que nós temos procurado examinar, que os cristãos de hoje
acham que isso simplesmente não tem importância. Nós queremos coisas
práticas, nós precisamos de coisas práticas, nós não precisamos conhecer a
Palavra, nós precisamos de prática, prática, prática - e a prática é enfatizada,
mas a Bíblia ensina que sem ensino, sem doutrina não há prática, a prática
não é cega, a prática é baseada na doutrina. Hoje, irmãos, são raros - examine
a sua própria vida - hoje são raros os cristãos que conhecem a revelação
bíblica a respeito de conceitos tão importantes sobre a Pessoa de Cristo.
Nós vamos examinar alguns com relação à obra de Cristo e será que
você sabe o que é redenção? Fala: “ah, eu não sei o que é redenção, mas sei
que eu fui redimido e é isso que importa; e se eu fui redimido tenho paz com
Deus.” Isto é muito bom, é muito importante, mas se você souber o que é
redenção o seu coração vai ser realmente fundamentado. Hoje, talvez, seja
suficiente para você dizer: “não, o que importa é que eu fui redimido então,
tudo bem.” Mas quando o vento da tribulação, quando o vento da aflição,
quando o vento da doença, da dificuldade, dos desvarios relacionais atingirem
a tua vida, não vai ser suficiente você falar para si mesmo: “eu sei que sou
redimido e isso que me importa.” Não vai ser suficiente. Se você não estiver
profundamente fundamentado na Palavra de Deus, você vai sofrer dano,
baseado nas aflições, nas tribulações, você vai conceber um coração errado
para com Deus, você vai conceber um coração errado para com os irmãos.
Então, não basta dizer: “eu sou redimido e isso basta.” Isto é muito simples, é
muito simplista, é muito simplório. A Palavra de Deus nos explica tanto sobre
redenção, a glória da redenção, tanto sobre propiciação, tanto sobre expiação,
tanto sobre reconciliação. E se a Palavra de Deus gasta tempo com isso é
porque nós precisamos saber, senão nós estamos desprezando a revelação de
Deus. Se são coisas que importam só para teólogos, nós estamos desprezando
a revelação de Deus e dizendo que ela foi dada só para pessoas especiais e
não para cristãos simples como nós que não somos teólogos, nenhum de nós.
Mas a palavra de Deus foi dada para todos os cristãos, simples, como nós que
não tem nenhum preparo acadêmico, para interpretar a Palavra na linguagem
teológica, mas que temos o Espírito de Deus e as Santas Escrituras, suficiente
para que nós conheçamos o que por Deus foi dado. Nós vamos procurar
examinar esses termos tão importantes, tão profundos, tão significativos, que

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dizem respeito à obra de Cristo, a obra que essa Pessoa gloriosa realizou. Ele
realizou redenção, Ele realizou propiciação, Ele realizou expiação, Ele realizou
reconciliação e cada coisa dessa significa uma coisa e nós precisamos estudar
cada uma delas, para que saibamos o tamanho dessa obra que foi executada.
Porque cada termo desse fala de uma faceta dessa obra. Se nós não
conhecemos a glória de cada faceta nós não conhecemos a glória da obra.

Este texto de Lucas 24, só para gente retomar a linha do nosso


argumento da reunião passada. Nós mostramos que os discípulos só
começaram a ter um entendimento da glória dessa obra, depois que a obra foi
realizada à luz da ressurreição. Há um versículo aqui muito interessante: o
v.30 - E aconteceu que, quando estavam à mesa (eles ficaram ali
constrangidos pela presença de Jesus ressurreto, embora não O tivessem
conhecido até aqui, mas ficaram constrangidos pelo Seu amor, constrangidos
pela Sua beleza, atraídos por Ele, enfim, eles O chamaram para entrar na casa
deles, e aconteceu que quando estavam à mesa), tomando ele o pão,
abençoou-o e, tendo-o partido lhes deu (Lc 24:30). Olha que coisa
interessante, é claro que o Senhor poderia se revelar a eles no caminho, é
claro, mas olha os detalhes, se nós queremos conhecer bem a Palavra, nós
temos que olhar para os detalhes. Vejam que a Pessoa de Cristo só foi
reconhecida por eles, sendo o que Ele é, quando Ele partiu o pão. Aquele ato
dEle partir o pão, que simboliza a obra que Ele consumou na cruz, por isso que
nós tomamos a ceia. Quando nós tomamos a ceia nós estamos celebrando a
morte e a ressurreição, a obra de Cristo. O vinho está separado do pão,
sangue separado do corpo, morte. Nós não estamos celebrando o Senhor vivo,
nós estamos celebrando o Senhor que morreu e que ressuscitou. É uma
celebração ao Senhor ressurreto, mas Aquele que morreu. Uma celebração
centralizada na morte. Quando o Senhor partiu o pão, que fala da Sua obra
consumada, se lhes abriram os olhos, olha que coisa interessante, e o
reconheceram. Uma tipologia tão linda, quando o Senhor partiu o pão eles
viram quem era aquela Pessoa, a glória daquela Pessoa. Ele não era um
simples viajante pelo caminho, mas era o Senhor da glória. Eles viram a
Pessoa quando o Senhor partiu o pão, que fala da Sua obra. O símbolo da Sua
obra consumada. Então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram;
mas ele desapareceu da presença deles. E disseram um ao outro:
Porventura não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos
falava, quando nos expunha as Escrituras? Como esses discípulos, nós só
começamos a ganhar uma visão da glória da Pessoa de Cristo, após o nosso
entendimento da glória da obra de Cristo. Na medida em que nós vemos a
glória da obra, nós começamos a ver a glória da Pessoa. Nós estudamos
primeiro a glória da Pessoa para ver a glória da obra, mas no que concerne à
experiência cristã, a coisa flui de trás para frente. É como naquelas cinco
ofertas em Levítico: o holocausto vem primeiro, mas na nossa experiência
cristã, a última é que vem primeiro, a oferta pelas transgressões. A gente
entra pelo caminho do perdão primeiro, para depois conhecer o que significa
Cristo como holocausto para Deus, e aqui a mesma coisa. Na medida em que
nós vamos vendo a glória da obra, a glória da obra, a glória da obra, nossos
olhos vão sendo abertos para a glória da Pessoa. Só uma Pessoa como essa,

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podia realizar uma obra como essa. Essas duas coisas andam juntas: Pessoa e
obra, Pessoa e obra, inseparáveis, totalmente inseparáveis.

Agora, se nós vamos considerar essa obra de Cristo, nós precisamos


considerar Cristo na Sua obra debaixo de uma tríplice luz. Nós precisamos ver
a obra de Cristo sob uma ótica de um tríplice ofício, o que isto significa? Cristo
foi quem realizou a obra de Deus. Ele realizou aquela obra que estava no
coração de Deus desde toda eternidade, redimir para Si aqueles que Ele
escolheu, levar outros a participar da Sua glória, da Sua santidade, da Sua
beleza, a obra de Deus, aquela que estava na mente de Deus desde toda
eternidade. Cristo realizou esta obra, em um tríplice caráter. A gente vai
destacar um desses ofícios, porque ele tem mais a ver com as questões que a
gente vai compartilhar, com a cruz especificamente. Mas Cristo realizou a obra
de Deus como sendo um Profeta, ou, o Profeta, o Sacerdote e o Rei. Essa é
uma revelação desde os tempos do Antigo Testamento, eu queria que o irmão
olhasse um pouquinho sobre isso. Desde o Velho testamento que aquela nação
de Israel, que era o povo com o qual Deus efetuou a aliança. O povo de Israel
sempre foi mantido debaixo desse tríplice oficio, sempre, aquela harmonia,
aquele bem estar de Israel foi mantido através destes três ofícios. O bem estar
de Israel sempre foi mantido através dos reis, os reis que reinavam segundo o
coração de Deus, Deus abençoava a Israel através deles. Aqueles que eram
ímpios contra Deus, o reino colhia o resultado naquela impiedade daquele rei.
O rei era um dos pilares dessa teocracia de Israel, o rei era um ministério
extremamente importante para o bem estar de Israel, nós sabemos disso, é só
ler a Bíblia, o Velho Testamento, o quanto Davi promoveu para Israel, o
quanto Salomão promoveu para Israel, o quanto Josias promoveu, o quanto
Ezequias promoveu. Não apenas os reis, o povo não precisava só de governo.
Do que o ministério real fala? Governo, o povo precisa de governo. O povo foi
provido através dos reis de governo, agora esse é só um terço da questão. O
povo precisava também de profeta, porque o povo precisava ter uma
expressão. O que é um profeta? O povo precisava ter uma expressão clara da
mente de Deus, isso é um profeta. Um profeta é alguém que expressa de
modo claro a mente de Deus. Esse ministério não terminou no Velho
Testamento. Hoje em dia nós ainda temos profetas na vida da Igreja, Efésios é
muito claro sobre isso: a uns estabeleceu Deus na Igreja, apóstolos, profetas,
evangelistas, pastores e mestres. Um profeta é alguém que pode expressar
com clareza a mente de Deus, com absoluta clareza.

O povo de Deus precisava de mais um oficio, mais um ministério,


profeta. Eles não precisavam só ser governados, porque o governo pode ser de
certa forma cego. Eles precisavam de um governo com visão. O profeta
representava o coração de Deus para o povo. Quando os irmãos lerem o Velho
Testamento, os irmãos vão ver isso, Isaías procurando regular o culto do povo,
dizendo: olha, Deus está enojado do culto de vocês, porque vocês estão
associando iniquidade ao culto, e acham que Deus vai se agradar do culto
independente da iniquidade. Ele escreve aquele capítulo primeiro, capítulo
segundo. O profeta representava a mente de Deus, o que está no coração de
Deus, o que Deus deseja, qual é o fardo de Deus? Por isso que os profetas
sofriam tanto, porque eles não eram simplesmente porta-vozes, homens de

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recado, pombo correio, o profeta não é um pombo correio, o profeta era
alguém que encarnava, em si mesmo, o fardo de Deus. Ele lamentava, ele
orava, ele intercedia, ele chorava, ele se agonizava, porque ele tinha o
privilégio de compartilhar com Deus o coração de Deus, isso é um profeta.
Esse é o segundo ministério sobre o qual essa teocracia de Israel estava
fundamentada.

Agora, existe um terceiro ministério, qual é? Sacerdote. Os sacerdotes


são o terceiro pilar, tão importante, por quê? Porque sacerdote e profeta faz
um par muito lindo, o profeta expressa o coração de Deus para o povo,
representa Deus para o povo – o caráter de Deus, a mente de Deus, os
desejos de Deus. O sacerdote representa o povo diante de Deus, é ao contrário
do ministério profético. O sacerdote vai representar o povo diante de Deus. Na
pessoa do sacerdote o povo é representado, o sacerdote tem o privilégio de ir
diante de Deus representando o povo, é um ministério inverso ao ministério
profético, e o ministério sacerdotal é um ministério pilar na teocracia de Israel.
Deus quem instituiu. Se você ler o livro de Levítico você vai ver, Levítico 8,
Deus separou a casa de Arão, a família de Arão, a linhagem de Arão para ser a
família sacerdotal. Eles iam ser separados, dedicados, consagrados, se
entregar totalmente ao sacerdócio, eles iam representar o povo. Em outras
reuniões quando compartilharmos a obra de Cristo baseado em Levítico 16,
uns dos textos mais lindos do Velho Testamento, se você quiser adiantar vai
lendo na sua casa, o chamado Dia da Expiação. Quando nós falarmos sobre a
expiação - Cristo realizou expiação na cruz - a gente vai ver o que é expiação
através de Levítico 16. Você vai ver que o sacerdote ali é importantíssimo. Ele
entra no Santo dos Santos naquele dia, o profeta não pode entrar, o rei não
pode entrar, mas o sacerdote pode entrar, o sumo sacerdote. Ele entra lá no
Santo dos Santos com aquela bacia de sangue na mão, para derramar no
propiciatório, ele representa o povo. Deus podia ter comunhão com o povo na
Pessoa daquele sumo sacerdote, porque ele era o representante. Esse era o
terceiro ministério. Quando nós olhamos o Novo Testamento, nós vamos ver
que algo extremamente interessante acontece. No Velho Testamento esses
cargos não eram acumulados de modo normal. Algumas pessoas acumularam
esses cargos sim, mas isso não era normal. Por exemplo, Samuel exerceu
oficio sacerdotal e Samuel também foi um profeta, a Bíblia diz as duas coisas
sobre Samuel, mas não um rei. Nenhuma pessoa no Velho Testamento ocupou
os três ofícios, nenhuma. Algumas, raríssimas, ocuparam dois ofícios, como
Samuel, por exemplo, sacerdote e profeta. Mas Cristo, Ele cumpre, Ele supre o
povo representando e ocupando os três ofícios, e de uma forma que os outros
se tornam absolutamente irrelevantes diante do que Ele foi. Cristo supre, de
acordo com o plano de Deus, absolutamente tudo o que esses três ofícios
significam. Eu queria ver rapidamente alguma coisa na Palavra para vermos a
beleza da obra de Cristo.

A gente vai enfatizar depois a questão sacerdotal, porque nós vamos


falar sobre a expiação, a propiciação, a reconciliação, coisas que eram os
sacerdotes que faziam, não era o profeta, não era o rei. Nós vamos enfatizar o
Sacerdote, mas nós precisamos ver as outras questões. Porque Cristo quando
estava tratando na cruz com o pecado, Ele não era, na cruz, apenas um

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Sacerdote. Na cruz Ele era um Rei e na cruz Ele era um Profeta, porque essas
coisas não podem ser separadas, elas estão na mesma Pessoa. Ele foi todo
tempo Profeta, Sacerdote e Rei, todo tempo, as três coisas. Vamos olhar um
pouquinho no Novo Testamento sobre isso. Abram em João 1, nós já lemos
este texto várias vezes, mas para os irmãos terem uma noção, do que
significa Cristo ser o Profeta. Jo 1:1-4 - No princípio era o Verbo, e o
Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio
com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem
ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz
dos homens. Isso aqui talvez seja uma primeira referencia que aponta para o
caráter profético de Cristo, desde a eternidade. Ele é o Profeta de Deus,
simplesmente porque Ele é o Verbo de Deus. Os irmãos se lembram que nós
compartilhamos sobre essa palavra Verbo, o que ela significa? Logos, o que
Logos fala: revelação da mente de Deus. Logos fala da mente de Deus
expressada, tudo o que de Deus se pode conhecer está em Cristo, é através de
Cristo, não tem outra maneira, nem através de anjos, nem através de
qualquer outra criatura, qualquer outra maneira, mas em Cristo, Cristo é o
Profeta de Deus, nEle Deus é conhecido. A vida era a luz dos homens. Quando
os irmãos abrem em Deuteronômio 18, vão ver o que Moisés disse para o povo
de Israel: que o povo deveria esperar, que Deus iria levantar dentre eles um
Profeta, muito superior a Moisés. Esse texto, diz respeito a Cristo. São tantos
textos, que é quase impossível examinar, que falam sobre Cristo como sendo
Profeta de Deus.

Eu queria ler este texto de Efésios, que mostra o significado de Cristo ser
o Profeta de Deus, o que isso significa para nós? Cristo sendo o Profeta. Cristo
como sendo o Profeta de Deus, irmãos, Ele exerce esse ministério sobre
nossas vidas de uma forma dupla. Cristo revela como Profeta tudo o que há no
coração de Deus, Ele falou assim para Filipe: Quem vê a mim, vê o Pai, Quem
vê a mim, vê o Pai. Eu e o Pai somos um. Então, Ele é o Profeta de Deus, Ele é
a única revelação de Deus. Ele é a imagem do Deus invisível, mais um texto
que mostra que ele é Profeta, Ele é a imagem do Deus invisível. Este texto de
Efésios mostra qual o resultado desse ministério profético de Cristo sobre as
nossas vidas. Efésios 4:17 – Isto, portanto, digo e no Senhor testifico
que não mais andeis como também andam os gentios (aqueles que não
tem a luz de Deus, não conhecem a Deus), na vaidade (ou futilidade) dos
seus próprios pensamentos obscurecidos (o contrário do que fala em
João: A vida estava nEle e a vida era a luz dos homens. Aqui diz:
obscurecidos) de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da
ignorância em que vivem... Eu queria selecionar essa expressão aqui: Cristo
como Profeta de Deus nos liberta do quê? Vamos olhar o pecado aqui em três
aspectos. Cristo como Profeta de Deus nos liberta da ignorância que o pecado
promove. A Bíblia usa essa palavra que é forte sobre nós, sobre a nossa
história. Nós, sem Cristo somos ignorantes, não importa nosso nível
intelectual, filosófico, cultural, acadêmico, nada, nós somos ignorantes,
completamente ignorantes. Cristo nos libertou da ignorância do pecado,
através do Seu ministério como Profeta de Deus, a sua luz raiou nos nossos
corações.

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Outro aspecto do pecado ligado a outro oficio de Cristo. Cristo como
Sacerdote de Deus, nos liberta da culpa do pecado. O Sacerdote trata com a
questão da culpa. Quando nós examinarmos os irmãos vão entender como é
precioso. Cristo como Sacerdote de Deus, no ministério sacerdotal de Cristo,
Ele nos livrou da culpa do pecado. E a culpa do pecado é algo muito sério. A
culpa do pecado lançou nossa consciência em profunda acusação e profundo
medo. Tão profundas, tanto a acusação quanto o medo, que mesmo hoje, na
medida em que nós estamos desenvolvendo nossa vida com Cristo, nós ainda
vemos resquícios, tanto de acusação quanto de medo, na nossa consciência
com relação a Deus, de tão profundas trevas de culpa o pecado nos lançou.
Nós precisamos ver Cristo como Sacerdote. Como Cristo lidou com a culpa
para que o nosso coração vá entrando no gozo, no descanso, na alegria, na
segurança, na certeza desse relacionamento, sem acusação e sem medo. A
Bíblia revela isso, mas qual o grau da nossa compreensão? ...nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8:1). Nós
sabemos, mas qual o nosso grau de assimilação disto? Eu creio que nós
precisamos ver mais sobre o que significa Cristo como nosso Sumo Sacerdote,
como o livro de Hebreus revela como nenhum outro. Para que o nosso coração
vá ganhando segurança, certeza, paz, alegria, porque isso trata com a culpa
do pecado, assim como o Seu ministério profético trata com a ignorância do
pecado.

Agora faltou um, o ministério de Rei. Cristo como Rei trata do quê, no
que concerne ao pecado? Ele trata com o poder do pecado. Porque Cristo é
Rei, Ele nos libertou não só da ignorância do pecado, não só da culpa que o
pecado trouxe, mas do poder que o pecado exerce sobre as nossas vidas. São
muitos textos também. Romanos, por exemplo, Paulo deixa isso muito claro,
que nós éramos escravos, é a palavra que é usada, escravos do pecado, mas
agora, nós não estamos debaixo da lei e sim da graça, então, o pecado não
reina, em nossos corpos mortais. Porque agora nós temos um Rei que pode
reinar sobre nossos corpos mortais, na medida da nossa submissão a Ele nesse
relacionamento com Ele. Porque Ele é Rei, o pecado não reina em nossos
corpos.

Os irmãos estão vendo? Três ofícios, profeta, Sacerdote e Rei, três


aspectos da nossa libertação. O Profeta Cristo, Cristo o Profeta de Deus nos
liberta da ignorância do pecado. Isto não é uma questão de ser instruído ou
não ser instruído, é muito mais do que instrução intelectual, é trevas
espirituais. Isaias 9, aquela profecia sobre Cristo: O povo que andava em
trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte,
resplandeceu-lhes a luz. Porque um menino nos nasceu, um filho se
nos deu...; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte,
Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Is 9:2; 6). E aquele texto mostra que
Ele é Profeta, mostra que Ele é Rei, para que se aumente seu governo, venha
paz sem fim. O Profeta nos liberta da ignorância do pecado. O Sacerdote nos
liberta da culpa, e o Rei nos liberta do poder do pecado. Nós podíamos ser
libertos da ignorância, nós podíamos ser libertos da culpa, mas nós podíamos
ainda ser escravos do pecado, ainda termos que responder ao pecado. Cristo
supriu este tríplice ofício, para que nós tivéssemos uma absoluta resolução

9
nesse assunto de pecado. Hoje a gente vai examinar rapidamente esses dois
ministérios, Profeta e Rei, e a partir da próxima reunião a gente vai começar a
examinar a beleza do ministério sacerdotal.

Vamos ver alguma coisa sobre o ministério profético. Efesios 4:18 diz
que o gentios são obscurecidos de entendimento, a segunda vez que fala sobre
a mente, as trevas do pecado. Primeiro falou, vaidade dos seus pensamentos,
depois, obscurecidos de entendimento. As trevas do pecado, a ignorância - não
importa o quão educado, preparado ou culto essa pessoa seja, é ignorante.
1Coríntios 2:14 diz: Ora, o homem natural não aceita as coisas do
Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las,
porque elas se discernem espiritualmente. Nada podia rasgar esse véu.
Lembra daquele véu que separava o Santo Lugar do Santo dos Santos, lá no
tabernáculo? A Bíblia diz em Hebreus que aquele véu era uma figura da carne
de Cristo, que quando o Senhor Jesus foi crucificado na cruz, foi rasgado na
cruz, aquele véu do santuário também foi rasgado. A Bíblia diz que ele foi
rasgado como? Debaixo para cima? De cima para baixo, de alto a baixo,
ninguém podia romper essa negridão das nossas trevas. O véu tinha 10
côvados, são 5 metros, o véu tinha 5 metros de altura, quase da altura desse
teto nosso aqui. Um estofo azul, púrpura, carmesim, o tecido era um cobertor,
ninguém podia rasgar aquele véu, de jeito nenhum. A Bíblia diz que quando o
Senhor Jesus morreu na cruz, o véu do santuário foi rasgado de alto a baixo.
Esse texto diz: nós estávamos obscurecidos de entendimento, na vaidade dos
nossos pensamentos. Em 2Coríntios 3 Paulo diz que quando é lido Moisés para
aqueles que são do judaísmo, até hoje, um véu está posto sobre o
entendimento deles, e não lhes é revelado que em Cristo é removido. É um
véu que nada pode remover somente nessa obra de Cristo o Profeta:
revelação. Esta palavra é derivada de véu, revelar, tirar o véu, rasgar o véu,
revelação. Cristo nos revelou a verdade a respeito de Deus, essa é uma faceta
do ministério profético.

A outra faceta: Cristo nos revelou a verdade a respeito de nós mesmos,


e estas duas andam juntas. Essa é a benção do ministério profético, eu queria
que você pesasse um pouco isso para sua própria vida, porque é muito
importante. Você precisa ver que Cristo, como sendo esse Profeta de Deus que
foi dado a nós, à sua Igreja, revela tudo o que Deus é, mas Ele revela tudo o
que você é, estas duas coisas sempre vão andar juntas. Você não deve se
tumultuar, você não deve se perturbar, você não deve se alarmar, porque a
verdade sobre você vai ser revelada a você. Enganoso é o coração, mais do
que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?
Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos...(Jr
17:9-10). Esse é o Profeta de Deus, Jeremias 17:10 - Eu o Senhor
esquadrinho o coração, Eu provo os pensamentos. É o Profeta de Deus. Cristo
supre a Igreja com o seu ministério profético, revela a Deus, mas não só isso,
revela-nos, e essas duas coisas andam juntas. Quanto mais nós vemos a glória
de Deus, quanto mais nós vemos a nossa pecaminosidade, mais nós temos
alegria, confiança e segurança nesse ministério pontificial de Cristo. Pontífice
significa exatamente isto, Cristo é o Sumo Sacerdote, sumo pontífice. Ele é
aquele que pavimentou esse caminho entre Deus e nós. Quanto mais nós

10
vemos a glória de Deus, quanto melhor nós vemos o nosso pecado, não mais
distantes nós ficamos dEle, mas mais próximos nós ficamos dEle. Por incrível
que isso possa parecer para nós, porque para nós pareceria o contrário. Olha a
sua história se não é assim, porque nós entendemos de uma forma errada
esse Cristo, o Profeta que foi dado a nós. Ele habita em nós para isso, para
exercer o ministério profético. Ele não vai deixar nos enganar a respeito de
Deus, nenhum de nós quer isso, nós queremos conhecer o Deus vivo e
verdadeiro, nós não queremos andar levantando outros deuses em nosso
coração, nós queremos conhecer o Deus vivo, Cristo faz isso. Mas tem uma
coisa que anda junto com isso, Cristo revela também o homem real, e a
pessoa real que eu e você somos, e que frequentemente se esconde por trás
das máscaras que nós usamos. Cristo é o Profeta de Deus. Ele revela a pessoa
real que nós somos......para acontecer uma coisa conosco. Em nós foi gerado
um novo homem que é Profeta, Sacerdote e Rei, e na medida em que nós
vamos conhecendo esse grande Senhor, esse Cristo que tem sido formado em
nós. O que Ele é, é possível de ser compartilhado conosco, de tal forma que
vivamos por meio dEle. Não é eu viver uma vida transformada, santificação
não é nem isso, é eu viver por meio de outro, por meio de Cristo. Nós não
teríamos o entendimento dessas coisas se Cristo não fosse o Profeta, a
verdade sobre Deus, a verdade sobre você. Esse ministério leva o nosso
coração, de certa forma, a uma agonia tão grande, esse ministério nos
perturba tanto. Imagina o jovem rico diante do Profeta de Deus que é Cristo,
imagina o jovem rico chegando e falando: Senhor o que eu preciso fazer para
herdar a vida eterna, porque eu acho que já sou um homem que já está na
porta da vida eterna. O que eu tenho que fazer para entrar? O Senhor falou:
Você conhece os mandamentos, pratica os mandamentos. Aí ele pergunta:
Quais? Como se ele não soubesse. Então, o Senhor fala sobre os
mandamentos, aí ele diz: Ah Senhor, mas isso eu já tenho praticado desde a
minha mocidade. O senhor não tem algo mais não, porque isso já está
resolvido para mim. O Senhor Jesus, como Profeta de Deus, vai mostrar para o
jovem algo mais dele mesmo que ele não sabia. Então, Ele diz assim: Vai e
vende tudo o que você tem, e dá aos pobres, depois vem e segue-me. Se você
puder fazer isso, vai herdar a vida. O Profeta de Deus revelou que embora
aquele jovem achasse que ele estava justificado pela lei, pelo menos de forma
legalista e nominal, o Senhor Jesus mostrou que o seu coração era um coração
avarento, tinha um deus assentado ali no seu coração que impedia que ele
herdasse a vida eterna. Vai, vende tudo o que tem e dá aos pobres. A Bíblia
diz: E ele se retirou triste, porque era dono de muitas propriedades. Ele não
suportou a luz do Profeta, que é Cristo.

Nós estamos em uma condição diferente daquele jovem, nós já fomos


aceitos em Cristo, nós já estamos em Cristo. Toda luz que raia desse Senhor
aos nossos corações não é condicional em sentido nenhum. Nós já somos dEle,
nós já pertencemos a Ele. Toda luz que raia sobre o nosso coração, já está
debaixo da graça. Toda luz que vem ao nosso coração é luz de cura, é uma luz
de auto revelação, mas que nos leva a nos prostrarmos diante dEle. É uma luz
que vai promover transformação, é uma luz que vai nos humilhar ao pó, é uma
luz que vai tirar esse sorrisinho sarcástico que nós temos no rosto, muitas
vezes, esse sorrisinho comercial. É uma luz que vai nos levar para o pó e

11
dizer: Você é esse, não adianta você tentar enganar os outros, você é esse,
você é essa. Hebreus 4:13 diz: ...todas as coisas são descobertas e
patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas. Mais uma
vez mostra Cristo como Profeta, não há nada encoberto diante desse Profeta.
Como nós precisamos nos relacionar com Ele assim. Será que enxergar Cristo
como Profeta de Deus é uma coisa que não é prática, como nós começamos a
falar. Nós queremos a coisa prática, a prática é o que importa, mas que
prática? Se nós não vemos quem é essa Pessoa? A prática vem daí, a prática
vem de saber que em nós habita Cristo o Profeta, que nos revela a verdade
sobre Deus, Ele não vai nos deixar na ignorância, Ele já nos salvou da
ignorância, Ele vai revelar ao nosso coração todo tipo de deus que nós
levantamos para colocar no lugar dEle. Ele vai revelar ao nosso coração toda
distração, toda vaidade que nós temos cultivado, toda loucura a qual nós
temos nos entregado, toda futilidade dos nossos pensamentos, toda a
ignorância de dedicarmos nossa vida, tempo, energia, seja o que for, a coisas
que nada são, porque Ele é Profeta de Deus. Ele vai falar a verdade sobre Deus
para nós, mas Ele vai falar a verdade sobre nós para nós. Nós precisamos
tanto conhecer a Cristo como esse Profeta.

Ele faz isso na esfera da graça, em nenhum sentido é condicional - olha


eu vou revelar algo sobre você, se você mudar eu te recebo, se você não
mudar, você está excluído do meu relacionamento - esse não é o profeta de
Deus. O Profeta de Deus diz assim: Eu vou revelar algo mais sobre você,
porque você é Meu, porque você é Meu, Eu tenho ciúmes de você. Eu vou
revelar algo mais sobre você, esse é você, mas esse sou Eu. Eu Sou o que Sou
e você é o que você é. Santificação não é você ser mudado é você viver por
Mim, em Mim. Habitai em Mim e eu habitarei em vós. Sem Mim nada podeis
fazer. Essa é uma qualidade tão importante a respeito do nosso Senhor, Seu
ministério profético. Seu ministério profético é glorioso, Seu ministério
profético é transformador, Seu ministério profético nos incomoda, Seu
ministério profético nos livra da soberba, assim como nos livra do engano das
falsificações espirituais. Hoje tem tanta falsificação espiritual, tanta coisa feita
em nome de Cristo. Nós devemos ser gratos a Deus, porque nós não
poderíamos discernir as falsificações espirituais, de jeito nenhum. É porque
habita em nós esse Profeta de Deus, Ele diz assim: As minhas ovelhas ouvem
a minha voz, não seguirão a voz dos estranhos. Esse é o Profeta de Deus. São
tantos textos que nos asseguram desse ministério profético. Ele é o Profeta,
revelando a Deus, revelando a nós mesmos.

Agora, queria examinar um pouco sobre o ministério de Rei do Senhor.


Abre primeiro em Colossenses 1:13 - Ele nos libertou do império das
trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor. O reino do
Filho então, o Filho é Rei, Ele é Rei na cruz, Ele é Rei sofrendo, Ele é Rei
quando foi feito pecado por nós, Ele é Rei ressuscitando, Ele não deixou de ser
Rei quando foi feito pecado, Ele nunca deixou ser o que Ele era. Ele sempre foi
Profeta, Sacerdote e Rei. Ele conseguiu combinar essas coisas de uma forma
maravilhosa. Ele continua sendo Rei quando era servo, porque Rei segundo o
coração de Deus é diferente de Rei segundo o coração natural. Rei segundo o
coração de Deus não é aquele que domina. Rei segundo o coração de Deus é

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aquele que serve, que conquista e atrai. Ele nos libertou do império das trevas
e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor.

Eu queria ler com os irmãos dois textos, para resumir toda essa questão
do ministério de Cristo, um do Velho e um do Novo testamento, que mostra o
que Cristo realizou nessa questão real. Na cruz, quando Ele foi crucificado, Ele
foi crucificado como Rei e quando ressuscitou, Ele ressuscitou como Rei. E
sendo Rei, o que Ele fez conosco que somos filhos do Rei? Nós que somos
cidadãos do reino? Vamos ver dois textos. Primeiro, Efésios 4:8 é um texto
tremendo, a gente vai considerar somente esse versículo mais por hoje,
porque eu queria que você pensasse sobre esse versículo, queria que você
saísse com ele daqui hoje no seu coração. Vamos ler o versículo 7 também.
Efésios 4:7 - E a graça foi concedida a cada um de nós... Essa é a esfera
que nós estamos, é a graça, não é condicional, é incondicional. Esse Rei
executou algo por nós. Nós não tínhamos condição de fazer, o homem foi
colocado de lado, o homem recebeu um atestado de incompetência, e o Verbo
se faz carne através da pessoa humana, feminina de Maria, o homem foi posto
de lado, o homem não ia acrescentar nada. Enganoso é o coração,
desesperadamente, significa sem esperança. Não tem o que fazer com esse
coração do homem, acabou, ponto final. Desesperado, desesperado não
significa doido, maluco, não, desesperado significa sem esperança.
Desesperadamente corrupto: sem esperança. Não tem jeito do coração do
homem ser transformado, não tem remédio. O que tem que ser feito? Uma
nova criatura. Cristo em nós, a esperança da glória.

É por isso que nós precisamos compreender a natureza da santidade


cristã, nós erramos demais. Nós achamos que santidade é retoque - eu já era
isso, eu já era aquilo, eu já tinha sede de Deus, eu já queria isso, eu já queria
aquilo. Quando nós nos convertemos nós ficamos piores, nós vimos que aí é só
Deus dar uma forcinha, porque se eu já era o bom antes de me converter,
agora então, basta Deus por um pouquinho mais de lenha na fogueira e vai
ficar fácil. Enquanto a conversão devia nos mostrar o quão podre nós somos -
miserável homem que eu sou. Nós devíamos ter uma visão de Cristo. Quem é
Cristo, o que Ele realizou na cruz? As trevas que Ele experimentou, provou na
cruz, o que Ele provou ali, e nós teríamos uma qualidade de vida cristã
completamente diferente, dependente, fraca. O nosso problema não é sermos
fracos, nós não somos fracos, nenhum de nós. Nenhum cristão é fraco, todos
os cristãos são fortes, e esse é seu problema. Porque se nós fossemos fracos,
nós viveríamos em dependência de Cristo. Nós viveríamos prostrados, nós
negaríamos a nós mesmos, não confiaríamos na carne, nosso problema é que
somos fortes - não, deixa que eu dou conta, a questão da carne aqui, para
mim, já é resolvida, essa questão do pecado aqui é coisa do passado para
mim. Nós brincamos com o pecado, com a carne, com o mundo, porque nós
nos consideramos fortes, este é o nosso problema. Por isso que Paulo diz: O
poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza. Quando sou fraco então é que sou
forte (2Co 12:9-10).

Nós fomos colocados nessa esfera, graça, o homem foi posto de lado.
Deus estabeleceu uma aliança de graça. Vamos ver o que aconteceu aqui: E a

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graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de
Cristo. Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas (claro que está se
referindo a ressurreição), levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos
homens (Ef 4:7-8). Este texto é citado de um Salmo, Salmo 68:18. O
Apóstolo Paulo, através do Espírito Santo, faz uma aplicação desse versículo
complementar à revelação do Salmo. E quando nós juntamos os dois
versículos temos um quadro muito lindo, sobre essa questão de Cristo ser o
Rei, e por causa dEle ser Rei, a gente acabou de ler em Colossenses, que diz:
Ele, Cristo o Rei, por causa da Sua ressurreição, o Rei nos libertou do império
das trevas, trevas do pecado, da ignorância, trevas que nós nunca poderíamos
sair dela, trevas sem solução, desesperado. Ele nos libertou do império das
trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor (Cl 1:13).

Agora, o texto de Efésios e o texto de Salmos vai mostrar como Ele fez
isso, de uma maneira tão linda, resume esse processo todo. O que esse Rei
fez? Ele subiu às alturas. Primeiro Ele entrou na morte, a gente vai ver isso em
outra reunião quando falar sobre Sacerdote. Mas esse Rei entrou na morte
porque Ele é Sacerdote também. Quando Ele entrou na morte e Ele levou
cativo o cativeiro. Nós estávamos no império de trevas, esse império tinha um
imperador, o diabo, ...o Deus deste século (Paulo diz em Coríntios, ele)
cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a
luz do evangelho da glória de Cristo... (2Co4:4). Cegou o entendimento
dos incrédulos, isso é o império das trevas. Ninguém poderia nos arrancar de
lá, somente esse Rei, que é Sacerdote. O que esse Rei fez? Ele entrou na
morte, e sendo Rei como Ele é, quando entrou na morte - Ele é a vida - e
quando a vida entrou na morte, a vida destruiu a morte. Porque a vida é maior
que a morte, assim como a luz é maior que as trevas. Quando a vida entrou na
morte, a vida destruiu a morte. E quando o Rei da vida saiu da morte, Ele
levou cativo o cativeiro. O que isso significa? Ele trouxe daquele cativeiro das
trevas, do império das trevas, aqueles que desde a eternidade Deus havia no
Seu eterno coração, soberano coração de amor, vocacionado e eleito, para
participar das bênçãos dessa eleição da graça. A esses Ele arrancou do império
das trevas.

Este texto diz: subiu às alturas e levou cativo o cativeiro, e


concedeu dons aos homens. Olha o contexto que você vai entender
claramente, que quando esse Rei fez isso, Ele arrancou homens que eram
cativos, escravos, rebeldes, levou cativo o cativeiro, e Ele fez uma coisa: Ele
concedeu a alguns desses homens - Ele deu de novo, para seu próprio povo,
por esses que Ele tinha arrancado do império das trevas - Ele concedeu a
alguns, dentre esses cativos para serem dons para a Igreja. E aqui em Efésios
se refere especificamente ao ministério cristão. Ele diz: Ora, que quer dizer
subiu, senão que também havia descido até às regiões inferiores da
terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu (Ele desceu, Ele
se encarnou, Ele morreu, e Ele subiu, Ele ressuscitou) acima de todos os
céus, para encher todas as coisas. E ele mesmo concedeu (veja que é a
mesma palavra que aparece lá no versículo 8 – concedeu dons aos homens.
Quais dons, o que significa isso? É dom de quê? Que tipo de dom? versículo 11
vai explicar. Concedeu dons aos homens, quais são esses dons? São os

14
ministérios) uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas e outros para pastores e mestres (esses homens não são
nada. Eles eram cativos, escravos e habitantes do império das trevas. Eles
foram resgatados por esse Rei, trabalhados por esse Rei e concedidos por esse
Rei com o propósito de edificar a Igreja do Rei. Apóstolos, profetas,
evangelistas, pastores e mestres), com vistas ao aperfeiçoamento dos
santos para o desempenho do seu serviço...

Agora o que eu queria falar não é sobre o ministério cristão, eu queria


falar sobre o Rei. Vamos lá, no Salmo 68:18, você vai ver como está colocado
esse versículo lá no Salmo, que o sentido é complementar, é muito
interessante. Foi daqui que Paulo extraiu esse versículo, porque é só aqui que
ele aparece: Subiste às alturas, levaste cativo o cativeiro (até aqui está
igualzinho, agora olha essa expressão); recebeste homens por dádivas, até
mesmo rebeldes, para que o Senhor Deus habite no meio deles.
Recebeste homens por dádivas. Que visão deste Salmo! Esse Salmo está
dizendo que esse Senhor, esse Rei, que se encarnou, esse Filho Rei, o reino do
Filho do Seu amor, esse Filho Rei que se encarnou, quando Ele entrou no
império das trevas, no cativeiro, Ele levou cativo o cativeiro em que sentido?
Deus o Pai concedeu a Ele, o Filho Rei, alguns rebeldes desse reino.
Recebestes homens por dádivas, até mesmo rebeldes. Esse Filho Rei, entrou
nesse império das trevas e Ele recebeu como dádiva - dádiva é presente, é
dom - Ele recebeu como dádiva para Ele alguma coisa. E quem deu? É claro, é
dádiva de Deus o Pai. Quando você olha João isso fica muito claro. Em João 10
o Senhor Jesus diz assim: Aquilo que meu Pai me deu, se referindo a Igreja, é
maior do que tudo. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que
tudo...(Jo10:29). Quando você lê Efésios você vê que esses dons se refere
aos santos. Nós não podemos forçar o texto, mas nós temos que entender o
texto. Fica muito claro que esses dons são homens, está escrito aqui,
recebeste homens por dons, quem recebeu? Esse que subiu às alturas, esse
que levou cativo o cativeiro, quem foi esse? Foi Cristo, porque lá em Efésios
está escrito que foi Cristo. Cristo recebeu homens rebeldes por dádivas.
Recebeu de quem? De Deus o Pai. Quem são esses? forma muito especial e
concedeu para Igreja como sendo coparticipantes Aqueles que Ele já tinha
eleito no Seu coração, desde antes da fundação do mundo. Que Ele fez com
esses homens? Alguns deles, Ele transformou, preparou de uma do seu
ministério de edificação da Igreja, mas de maneira geral, esse texto é claro, se
aplica a todos os cristãos, porque todos nós estávamos nesse cativeiro. O texto
de Efésios 4:7 diz isso: a graça foi concedida a cada um, cada um. A graça não
foi concedida só aos ministérios não, a cada um.

Ele arrancou os rebeldes e recebeu-os por dádivas, como Ele fez isso?
Por que Ele fez isso? Como sendo Rei, Ele fez isso como sendo Rei. Nós vamos
ver quando nós falarmos sobre a questão do sacerdócio. Jesus não podia ser
apenas Sacerdote, Ele tinha que ser Rei. Porque não é apenas a questão de
culpa que estava sendo envolvida, era uma questão também de guerra, de
poder. Sacerdote tem relação com a culpa, Rei tem relação com governo. Nós
não tínhamos só problema de culpa para com Deus, nós tínhamos problema de
poder, os irmãos estão entendendo? Nós tínhamos problema de poder, qual é

15
o problema de poder? Nós estávamos escravizados, nós precisaríamos de
alguém com poder para que nos arrancasse de lá, porque nós estávamos
sujeitos ao poder do império das trevas. Quando o Senhor entrou na morte,
como Rei, Efésios 1 também diz isso, que o Senhor nos arrancou com poder,
presta atenção, para os irmãos entenderam essa questão de Cristo como
sendo Rei. Efésios 1:18-20 - iluminados os olhos do vosso coração, para
saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da
glória da sua herança nos santos (aqui significa que os santos são a Sua
herança, é a linguagem do capitulo 4. Ele recebeu esses santos como dádivas,
santos são a Sua herança. A riqueza da Sua herança – sua – de Cristo, agora
olha o versículo 19, a questão do poder aqui) e qual (Paulo está orando para
que o nosso entendimento seja aberto para que nós compreendamos) a
suprema grandeza do seu poder, para com os que cremos (para com os
que cremos, não para o mundo inteiro, porque o Senhor não arrancou do
cativeiro o mundo inteiro, arrancou? Não. Em João 17 Ele diz: Não rogo pelo
mundo, mas rogo pelos que me deste do mundo, porque são teus. Esses que
Ele arrancou do cativeiro. Isaías 53 diz a mesma coisa, que a morte de Cristo
seria seletiva pelos eleitos. Cristo morreu pela Igreja, e não por toda criatura,
Ele morreu pela Igreja. Ele intercedeu por muitos, Isaias 53 é muito claro. O
texto de Efésios diz assim: qual a suprema grandeza do seu poder para com os
que cremos, não para com todo o mundo, mas para com os que cremos, os
santos) segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em
Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua
direita nos lugares celestiais, acima de todo principado (está tão claro aí
irmãos. O império das trevas nunca mais pode nos alcançar. Porque o Senhor
Jesus está acima de todo principado. Até onde você e eu assimilamos essa
visão? Até onde essa visão dá descanso para o nosso coração? Certeza,
segurança, alegria. Acima de todo principado) e potestade, e poder e
domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente
século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos
pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas (presta atenção nesse para
ser aí), o deu à Igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a
tudo enche em todas as coisas. Os irmãos estão vendo como Cristo Rei é
revelado aí. Ele é o Rei que entrou na morte, Ele é o Rei que saiu da morte. Ele
é o Rei que saiu da morte e recebeu a alguns homens por dádivas, até mesmo
rebeldes, como nós. Alguns desses homens ele concedeu a Igreja, para a
própria Igreja, eles são da Igreja, para edificação da Igreja, para que a Igreja
seja madura, para que a Igreja chegue a plenitude da fé. Mas Ele arrancou do
cativeiro a todos nós, a graça foi concedida a cada um de nós. Ele fez isso não
é só porque Ele é Sacerdote, não é só porque ele é Profeta, Ele fez isso
especialmente, porque Ele é Rei, porque um conflito de poder estava
envolvido. Império das trevas, reino do Filho do Seu amor.

O poder de Deus foi exercido em Cristo, ressuscitando dentre os mortos,


e nós fomos resgatados não somente pelo Sacerdote, mas pelo Rei. Romanos
8 Paulo escreve exatamente por causa dessa visão - Quem intentará
acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os
condenará? É Cristo Jesus quem morreu... Quem nos separará do amor
de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou persrguição, ou fome, ou

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nudez, ou perigo, ou espada? (é uma criatura qualquer, nada) poderá
separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor
(Rm 8:33-35; 39) Então, os irmãos vejam que para nós vermos a obra de
Cristo, temos que ver nessas três facetas: o Profeta, o Sacerdote e o Rei. Na
próxima reunião nós vamos entrar nesse oficio sacerdotal, vamos ver as
implicações dele. Amém.

Pai, te agradecemos por Jesus, te agradecemos porque nEle nós estamos


completos, agradecemos porque nEle nós somos perfeitos, porque nEle
nenhuma condenação há, porque nEle não há nenhuma forma de culpa sobre
nós, de pecado. Obrigado, porque nEle nós somos aceitos, nEle nós somos
amados, nada nos separará do Teu amor. Senhor nós desejamos ver com mais
clareza, a beleza, profundidade da obra que o Senhor consumou. Nós
desejamos experimentar na prática das nossas vidas o Senhor como Profeta, o
Senhor como Rei e o Senhor como nosso Sumo Sacerdote. Senhor, dá-nos
entendimento espiritual a respeito dessas questões. Rasga o véu do nosso
entendimento para que nós sejamos verdadeiros adoradores, para que nós
vivamos à luz dessa certeza, à luz dessa segurança, plenos de alegria, cheios
de convicção, cheios de firmeza. Ó Deus muito obrigado, por obra tão
completa, tão plena, te agradecemos muito. Em nome de Jesus. Amém.

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