Atos da Presidência........................................................................................

Atos do Plenário............................................................................................ 6
Outras Decisões - Plenário.................................................................................................................... 6

Atos da 1ª Câmara........................................................................................21
Outras Decisões - 1ª Câmara............................................................................................................... 21

Edição n° 1093 Atos da 2ª Câmara........................................................................................50

Vitória-ES, terça-feira, 20 de março de 2018 Outras Decisões - 2ª Câmara............................................................................................................... 50

Corpo Deliberativo - Conselheiros Atos dos Relatores........................................................................................57

Sérgio Aboudib Ferreira Pinto - Presidente
Domingos Augusto Taufner - Vice-Presidente Atos da Secretaria Geral das Sessões. . .............................................................62
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun - Corregedor
Sebastião Carlos Ranna de Macedo - Ouvidor
Sérgio Manoel Nader Borges

Conselheiros-substitutos
Márcia Jaccoud Freitas
João Luiz Cotta Lovatti
Marco Antônio da Silva

Ministério Público Especial de Contas - Procuradores

Luciano Vieira - Procurador-Geral
Luis Henrique Anastácio da Silva
Heron Carlos Gomes de Oliveira

Projeto Gráfico e Editoração

Assessoria de Comunicação

Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo

Rua José Alexandre Buaiz, 157
Enseada do Suá, Vitória, ES - CEP 29050-913
Telefone: 27 3334-7600

Veículo oficial de publicação, divulgação e comunicação dos atos administrativos e processuais do

Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, de acordo com o artigo 181 da Lei Complementar nº 621/2012.

Terça-feira, 20 de março de 2018 1


PRESIDÊNCIA
Compete ao Presidente do TCE-ES, dirigir o Tribunal e
seus serviços auxiliares; dirigir as sessões plenárias, ob-
servando e fazendo cumprir as normas legais e regimen-
tais; dar posse aos Conselheiros, Auditores, Procurado-
res do Ministério Público junto ao Tribunal e servidores
do Tribunal, dentre outras competências conforme Re-
gimento Interno.
Também é de competência do Presidente expedir atos de
nomeação, admissão, exoneração, remoção, demissão,
dispensa, designação, destituição, localização, aposen-
tadoria e outros atos relativos aos membros, Auditores
e servidores do quadro de pessoal do Tribunal. Além de
conceder licença, férias e outros afastamentos aos Con-
selheiros, Auditores e Procuradores do Ministério Públi-
co junto ao Tribunal;
Ao Presidente compete ainda determinar a realização
de concursos públicos para o provimento dos cargos de
Auditor, Procurador do Ministério Público junto ao Tri-
bunal e daqueles que compõe o seu quadro de pessoal,
bem como homologar os resultados.
Telefone: (27) 3334-7706
gabinete@tce.es.gov.br
Diário Oficial de Contas
Atos da Presidência
Portaria Normativa 00030/2018-5
Protocolo(s): 03306/2018-5
Criação: 15/03/2018
Origem: GAP - Gabinete da Presidência
Institui Comissão Permanente de atualização do Regimento Inter-
no do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ESPÍRI-
TO SANTO - TCEES, no uso de suas atribuições legais, em especial
o disposto no artigo 13 incisos I e XX da Lei Complementar nº 621,
de 8 de março de 2012 e no artigo 20 incisos I e XXIII do Regimen-
to Interno;
R E S O L V E:
Art. 1º. Instituir a Comissão Permanente de atualização do Regi-
mento Interno do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo
– TCEES, composta pelos seguintes servidores:
I – Alexsander Binda Alves – matrícula 203.052;
II – Aroldo Gaspar Porcari – matrícula 203.262;
III – Cristiano Dreigenn de Andrade – matrícula 203.094;
IV – Eduardo Givago Coelho Machado – matrícula 203.129;
IV – Odilson Souza Barbosa Junior – matrícula 203.208.
Art. 2º. Fica designado o servidor Cristiano Dreigenn de Andrade
para coordenar a Comissão.
Art. 3º. É atribuição da Comissão Permanente:
I – coordenar os trabalhos de revisão do Regimento Interno;
II – criar e aglutinar propostas de revisão do Regimento Interno;
III – receber, analisar e deliberar sobre propostas ou sugestões de
revisão do Regimento Interno, apresentadas por cidadãos, servi-
dores ou membros do TCEES;
Art. 4º. As reuniões deverão ser convocadas com antecedência
mínima de 48 (quarenta e oito) horas, podendo, em caráter de ur-
gência reconhecida pelo coordenador, ser convocada de forma ex-
cepcional em menor prazo, com a divulgação da pauta.
Art. 5º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Conselheiro SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
Presidente do Tribunal de Contas do Espírito Santo
www.tce.es.gov.br
ATOS DA PRESIDÊNCIA
Portaria Normativa 00031/2018-1
Protocolo(s): 03307/2018-1
Criação: 15/03/2018
Origem: GAP - Gabinete da Presidência
Altera a Portaria Normativa nº 00018/2018-4, de 07 de feve-
reiro de 2018, que “Aprova a realização do Projeto E-TCEES –
Processo Administrativo Eletrônico, nos termos do Plano Exe-
cutivo 2018, designa Gestor do Projeto, bem como equipe res-
ponsável por sua execução”.
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ESPÍ-
RITO SANTO, no uso de suas que lhe confere o artigo 13 inci-
so I da Lei Complementar nº. 621, de 8 de março de 2012, c/c
o artigo 20 incisos I e XXIII do Regimento Interno deste Tribu-
nal de Contas, aprovado pela Resolução TC nº 261, de 4 de ju-
nho de 2013:
RESOLVE:
Art. 1º. Alterar o artigo 3º da Portaria Normativa nº 00018/2018-
4, de 07 de fevereiro de 2018, designando o servidor Alex Fa-
valessa dos Santos para compor a equipe responsável pela exe-
cução do Projeto, na qualidade de membro, passando a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 3º. Designar para compor a equipe responsável pela exe-
cução do projeto, na condição de membros do Projeto, além do
gestor, os seguintes servidores:
I - Márcia Aparecida A. R. Rezende
II - Beatrice Xavier Beiruth
III - Fabiano Valle Barros
IV - José Carlos Campana Filho
V - Lucas Pinheiro Badaró Moreira
VI - Rafael Zanotelli Fernandes
VII - Giuliano Medina Silva
VIII – Alex Favalessa dos Santos”.
Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.
Conselheiro SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
Presidente do Tribunal de Contas do Espírito Santo
Terça-feira, 20 de março de 2018 2

Portaria Normativa 00032/2018-4
Protocolo(s):03308/2018-4
Criação:15/03/2018
Origem:GAP - Gabinete da Presidência
Altera a Portaria Normativa nº 00016/2018-5, de 07 de feve-
reiro de 2018, que “Aprova a realização do Projeto Painéis de
Controle de Gestão de Prazos, nos termos do Plano Executivo
2018, designa Gestor do Projeto, bem como equipe responsá-
vel por sua execução”.
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ESPÍ-
RITO SANTO, no uso de suas que lhe confere o artigo 13 inci-
so I da Lei Complementar nº. 621, de 8 de março de 2012, c/c
o artigo 20 incisos I e XXIII do Regimento Interno deste Tribu-
nal de Contas, aprovado pela Resolução TC nº 261, de 4 de ju-
nho de 2013:
RESOLVE:
Art. 1º. Alterar o artigo 3º da Portaria Normativa nº 00016/2018-
5, de 07 de fevereiro de 2018, excluindo, a pedido, a servidora
Cláudia Stancioli César da equipe responsável pela execução do
Projeto, passando a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 3º. Designar para compor a equipe responsável pela exe-
cução do projeto, na condição de membros do Projeto, além do
gestor, os seguintes servidores:
I - Fábio Henriques Viana Pinto
II - Igor Magri Vale
III - Klayson Sesana Bonatto
IV - Tiago Casagrande
V - Bruno Augusto Garcia da Silva
VI - Vitor Lessa”.
Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.
Conselheiro SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
Presidente do Tribunal de Contas do Espírito Santo
Diário Oficial de Contas
Portaria Normativa 00033/2018-9
Protocolo(s): 03309/2018-9
Criação: 15/03/2018
Origem:GAP - Gabinete da Presidência
Altera a Portaria Normativa nº 00020/2018-1, de 07 de feve-
reiro de 2018, que “Aprova a realização do Projeto CidadES -
Registro de Atos de Pessoal, nos termos do Plano Executivo
2018, designa Gestor do Projeto, bem como equipe responsá-
vel por sua execução”.
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ESPÍRI-
TO SANTO, no uso de suas que lhe confere o artigo 13 inciso I da
Lei Complementar nº. 621, de 8 de março de 2012, c/c o artigo
20 incisos I e XXIII do Regimento Interno deste Tribunal de Con-
tas, aprovado pela Resolução TC nº 261, de 4 de junho de 2013:
RESOLVE:
Art. 1º. Alterar o artigo 3º da Portaria Normativa nº 00020/2018-
1, de 07 de fevereiro de 2018, excluindo, a pedido, o servidor
Durval Senna da Silva da equipe responsável pela execução do
Projeto, e designando o servidor Octavio A. Ribeiro da Mota Jr.
para compor a equipe responsável pela execução do Projeto, na
qualidade de membro, passando a vigorar com a seguinte reda-
ção passando a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 3º. Designar para compor a equipe responsável pela exe-
cução do projeto, na condição de membros do Projeto, além do
gestor, os seguintes servidores:
Art. 3º. Designar para compor a equipe responsável pela execu-
ção do projeto, na condição de membros do Projeto, além do
gestor, os seguintes servidores:
I - André Gustavo Coelho de Almeida
II - Octavio A. Ribeiro da Mota Jr.
III - Elizabeth Maria K. Amancio Pereira
IV - Guilherme Frizzera Meira
V - Magali Oliveira França”.
Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.
Conselheiro SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
Presidente do Tribunal de Contas do Espírito Santo
www.tce.es.gov.br
ATOS DA PRESIDÊNCIA
Portaria Normativa 00034/2018-3
Protocolo(s):03393/2018-4
Criação: 16/03/2018
Origem: GAP - Gabinete da Presidência
Institui  Comissão  Permanente  de  Avaliação  Documen-
tal   no âmbito do Tribunal de Contas do Estado do Espírito
Santo – TCEES e dá outras providências.
O  PRESIDENTE  DO  TRIBUNAL  DE  CONTAS  DO  ESTADO  DO
ESPÍRITO SANTO, no uso das atribuições que lhe confere o art.
13, inciso I, da Lei Complementar 621, de 8 de março de 2012,
c/c o art. 20, incisos I e XXIII, do RITCEES, aprovado pela Reso-
lução TC 261/2013, e
Considerando o aprimoramento e racionalização do controle
sobre a produção e fluxo de documentos;
Considerando o disposto na Lei nº 8.159, de 8 de junho de
1991, que trata da política nacional de arquivos;
Considerando o disposto nas Resoluções nº 07, de 20 de maio
de 1997, e nº 14, de 24 de Outubro de 2001, do Conselho Na-
cional de Arquivos – CONARQ;
Considerando a Resolução TC nº 152 de 17 de novembro de
1998, que  instituiu  a  Comissão  Permanente  de  Avaliação 
Documental  - CPAD no âmbito deste Tribunal, devidamente re-
gulamentada pela Portaria N nº 24, 03 de abril de 2012;
Considerando a necessidade de reestruturar a Comissão Per-
manente de Avaliação Documental - CPAD face às alterações
ocorridas nos quadros funcionais desta Corte;
Considerando os termos do art. 46-A § 2º do Regimento In-
terno deste Tribunal, que estabelece as competências do NCD,
dentre as quais a coordenação do Centro de Documentação e
Arquivo – CDOC.
RESOLVE:
Art. 1º. Designar os servidores abaixo relacionados para com-
porem a Comissão Permanente de Avaliação Documental –
CPAD:
I – Anderson Gomes Barbosa – Presidente – mat. 203.604;
II – Alex Favalessa Dos Santos – mat. 203.710;
Terça-feira, 20 de março de 2018 3

III - Alexandre Augusto Coelho Carvalho Polli – mat. 200.235;
IV – Durval Senna Da Silva – mat. 202.694;
V - Gustavo Rubert Rodrigues – mat. 203.533;
VI - Odilson Souza Barbosa Junior – mat. 203.208;
VII - Jonas Suave – mat. 202.502;
VIII - Lyncoln de Oliveira Reis – mat. 203.139;
IX - Paulo Henrique Resende Marques – mat. 203.638;
X - Marcos Rogério Bozzi da Luz – mat. 203.611.
Parágrafo  único.  Designar  o  servidor  Anderson  Gomes  Bar-
bosa – mat. 203.604 para Presidir a CPAD, sendo automatica-
mente substituído em suas ausências pelo Servidor Alex Fava-
lessa dos Santos – mat. 203.710.
Art. 2°. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação,
revogando-se as disposições em contrário.
Conselheiro SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
Presidente do Tribunal de Contas do Espírito Santo
Portaria Normativa 00035/2018-8
Protocolo(s): 03395/2018-3
Criação: 16/03/2018
Origem: GAP - Gabinete da Presidência
Altera a Portaria Normativa nº 00029/2018-2, de 12 de mar-
ço de 2018, que “Institui a Comissão Permanente de aperfei-
çoamento, do módulo “Fiscalização” do sistema e-TCEES e dá
outras providências”.
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ESPÍ-
RITO SANTO, no uso de suas que lhe confere o artigo 13 inci-
so I da Lei Complementar nº. 621, de 8 de março de 2012, c/c
o artigo 20 incisos I e XXIII do Regimento Interno deste Tribu-
nal de Contas, aprovado pela Resolução TC nº 261, de 4 de ju-
nho de 2013:
RESOLVE:
Art. 1º. Alterar o artigo 1º da Portaria Normativa nº 00029/2018-
2, de 12 de março de 2018, designando o servidor Igor Magri
Diário Oficial de Contas
ATOS DA PRESIDÊNCIA
Vale para compor a equipe responsável pela execução do Pro- onde se lê: Portaria 277-P...
jeto, na qualidade de membro, passando a vigorar com a se- leia-se: Portaria 195-P...
guinte redação: Na publicação da Portaria 278 -P, do Diário Oficial Eletrônico do
“Art. 1º. Instituir a Comissão Permanente de aperfeiçoamento TCEES de 19/3/2018:
do módulo “fiscalização” do sistema e-TCEES, composta pelos onde se lê: Portaria 278-P...
seguintes servidores:
leia-se: Portaria 196-P...
I – Alexsander Binda Alves – matrícula 203.052;
Vitória, 19 de março de 2018.
II – Diego Henrique Ferreira Torres – matrícula 203.545;
III – Elizabeth Maria Klippel Amancio Pereira – matrícula
202.855;
IV – Mayra Moreira de Almeida – matricula 203.552; PORTARIA 197-P, DE 16 DE MARÇO DE 2018.
V – Paulo Sérgio Luchi de Carvalho – matrícula 203.035; O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ESPÍ-
VI – Rafael Ignes Tristão – matrícula 203.641; RITO SANTO, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 13,
VII – Vinicius Bergamini Del Pupo – matrícula 203.569; inciso IV, da Lei Complementar Estadual 621, de 8 de março de
2012, e tendo em vista o que consta no caderno processual TC
VIII – Igor Magri Vale – matrícula 203.559”.
-9262/2014,
Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.
RESOLVE:
Conselheiro SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
efetuar a progressão por escolaridade da servidora ocupante
Presidente do Tribunal de Contas do Espírito Santo
do cargo efetivo de analista administrativo do Tribunal de Con-
tas do Estado do Espírito Santo, observando o disposto no arti-
go 6º, § 1º, inciso III da Lei Complementar Estadual 660/2012,
RETIFICAÇÃO DE PORTARIAS conforme abaixo:
Na publicação da Portaria 275 -P, do Diário Oficial Eletrônico do MATR. NOME NÍVEL REF. VIGÊNCIA
203615 Camila Mara I 3 1/11/2017
TCEES de 19/3/2018:
Ribeiro Lima
onde se lê: Portaria 275-P...
SERGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
leia-se: Portaria 193-P...
Conselheiro-presidente
Na publicação da Portaria 276 -P, do Diário Oficial Eletrônico
do TCEES de 19/3/2018:
onde se lê: Portaria 276-P... PORTARIA 198-P, DE 16 DE MARÇO DE 2018.
leia-se: Portaria 194-P... O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ESPÍ-
onde se lê: ...exercer, a contar de 15/3/2018, atividade de coor- RITO SANTO, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 13,
denação técnica FG-4, na Corregedoria... inciso IV, da Lei Complementar Estadual 621, de 8 de março de
leia-se: ...exercer, a contar de 15/3/2018, atividade de coorde- 2012, e tendo em vista o que consta no caderno processual TC
nação técnica FG-4, na Ouvidoria... - 2410/2013, 3697/2006, 2787/2005 e 3405/2006,
Na publicação da Portaria 277 -P, do Diário Oficial Eletrônico do RESOLVE:
TCEES de 19/3/2018: efetuar a progressão por escolaridade dos servidores ocupan-
www.tce.es.gov.br Terça-feira, 20 de março de 2018 4
 ATOS DA PRESIDÊNCIA

tes do cargo efetivo de auditor de controle externo do Tribunal

de Contas do Estado do Espírito Santo, observando o disposto
nos artigos 11, 12 e 14 da Lei Complementar Estadual 622, de 8
de março de 2012, conforme abaixo:
MATR. NOME NÍVEL REF. VIGÊNCIA
203519 Janaína Gomes Garcia de I 5 1/11/2017
Moraes
203254 Raffael Barboza Nunes II 8 1/2/2018
203188 Renata Pinto Coelho Vello III 13 1/2/2018
203253 Vanessa de Oliveira Ribeiro II 9 1/2/2018

SERGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO

Conselheiro-presidente

A Prestação de Contas
Anual (PCA) do Estado e dos
municípios capixabas já
pode ser feita no sistema
CidadES do TCE-ES.

www.cidades.tce.es.gov.br

Diário Oficial de Contas www.tce.es.gov.br Terça-feira, 20 de março de 2018 5


PLENÁRIO
COMPOSIÇÃO DO PLENÁRIO
Conselheiros
Sérgio Aboudib Ferreira Pinto - Presidente
Domingos Augusto Taufner - Vice-Presidente
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun - Corregedor
Sebastião Carlos Ranna de Macedo - Ouvidor
Sérgio Manoel Nader Borges
Conselheiros-substitutos
Márcia Jaccoud Freitas
João Luiz Cotta Lovatti
Marco Antônio da Silva
Ministério Público Especial de Contas
Luciano Vieira - Procurador-Geral
SESSÕES
Terças-feiras às 14 horas
Diário Oficial de Contas
Atos do Plenário
Outras Decisões - Plenário
NOTIFICAÇÃO do conteúdo dispositivo da(s) Decisão(ões) abai-
xo, nos termos do artigo 66, parágrafo único, da Lei Comple-
mentar nº 621/2012, encontrando-se os autos na Secretaria
Geral das Sessões no Tribunal de Contas do Estado do Espíri-
to Santo.
Decisão 00331/2018-8
Processos: 02013/2016-4, 00422/2016-1
Classificação: Fiscalização Ordinária - Auditoria
UG: SEFAZ - Secretaria de Estado da Fazenda
Relator: João Luiz Cotta Lovatti
Partes: Secretaria de Estado da Fazenda , Ana Paula Vitali Janes
Vescovi, Gilmar Hartwig, Bruno Pires Dias, Adriana Furtado dos
Santos, Bruno Funchal
FISCALIZAÇÃO ORDINÁRIA – AUDITORIA – NOTIFICAR – RECO-
MENDAR – ENCAMINHAR
O CONSELHEIRO EM SUBSTITUIÇÃO JOÃO LUIZ COTTA LOVATTI:
Trata-se de fiscalização realizada na Secretaria de Estado da Fa-
zenda- SEFAZ, na qual, em cumprimento à determinação do
Plano Anual de Fiscalização instituída pelo Termo de Designa-
ção nº 9/2016, objetivou-se a análise das demonstrações fi-
nanceiras básicas do Plano de Desenvolvimento da Adminis-
tração Fazendária (PROFAZ), relativas ao exercício de 2015, da
documentação de apoio relacionada aos gastos, bem como a
verificação dos processos de aquisições de bens e serviços, a
avaliação do sistema de controle interno relativos ao PROFAZ,
em conformidade com os termos e condições do Contrato de
Empréstimo nº 2245/OC-BR (celebrado entre o BID e do Esta-
do do Espírito Santo).
O Relatório de Auditoria 00001/2016-2 (fls.11-278) e a Instru-
ção Técnica Inicial 00306/2016-3 (fls. 280-282) elaborados pe-
la então Secretaria de Controle Externo de Fiscalização do Es-
tado, evidenciaram procedimentos irregulares e sugeriram a ci-
tação dos responsáveis, para que apresentassem alegações de
www.tce.es.gov.br
ATOS DO PLENÁRIO
defesa ou documentos que entendessem necessários, em ra-
zão dos seguintes achados:
RESPONSÁVEIS subitens/ IRREGULARIDADES
iNDIVIDUAIS
2.1.1.1 Não exigência de garantia de execução con-
tratual
Ana Paula Vitali 2.1.1.2 Contratação de serviços de TI não vincula-
Janes Vescovi da a resultados
2.1.1.3 Limitação das retenções de pagamentos
2.1.1.4 Entregas não homologadas pela Gerência
de Tecnologia da Informação
2.1.1.5 Cobrança pela identificação e pela corre-
ção de falhas
2.1.1.2 Contratação de serviços de TI não vincula-
da a resultados
Adriana Furta- 2.1.1.3 Limitação das retenções de pagamentos
do dos 2.1.1.4 Entregas não homologadas pela Gerência
Santos de Tecnologia da Informação
2.1.1.5 Cobrança pela identificação e pela corre-
ção de falhas
2.1.1.2 Contratação de serviços de TI não vincula-
Gilmar Hartwig da a resultados
2.1.1.3 Limitação das retenções de pagamentos
2.1.1.5 Cobrança pela identificação e pela corre-
ção de falhas
2.1.1.2 Contratação de serviços de TI não vincula-
Bruno Pires Dias da a resultados
2.1.1.3 Limitação das retenções de pagamentos
2.1.1.5 Cobrança pela identificação e pela corre-
ção de falhas
O plenário deste Tribunal, em sua 37ª Sessão Ordinária,
acompanhando o voto do Relator e nos termos da Decisão
3144/2016-9 (fls. 288), de 18/10/2016 acompanhou a área téc-
nica e decidiu CITAR os responsáveis acima mencionados.
Regularmente convocados (termos de citação 1397/2016;
1398/2016; 1399/2016 e 1400/2016- fls. 289-292) os respon-
sáveis exercitaram o direito de defesa, apresentando justificati-
vas e documentos comprobatórios às folhas 306-453.
Ao proceder à análise dos documentos apresentados, a Secre-
taria de Controle Externo de Fiscalização do Estado, através da
Instrução Técnica Conclusiva 1200/2017-3 (fls. 458-494), consi-
derou que as inconsistências prospectadas não resultaram em
dano ao erário, tampouco evidenciaram a prática de atos ilegí-
Terça-feira, 20 de março de 2018 6

timos ou antieconômicos; diante do preceituado no art. 319,
do RITCEES, opinando no sentido de notificar Bruno Funchal,
atual Secretário de Estado da Fazenda, para que tome ciência
de algumas recomendações e determinações.
O douto representante do Ministério Público de Contas, Dr. He-
ron Carlos Gomes de Oliveira, manifestou-se em consonância
com a área técnica (fls. 498), ressaltando, ainda a necessidade
de monitoramento das recomendações e determinações, evi-
denciando ao jurisdicionado sobre a possibilidade de aplicação
de multa em caso de descumprimento das determinações.
Assim, encampo os fundamentos e conclusões explicitadas por
ambos, que me permito acolhê-las, passando a fazer parte in-
tegrante deste voto.
Assim, VOTO no sentido de que o Colegiado aprove a seguinte
minuta de Decisão que submeto à sua consideração.
JOÃO LUIZ COTTA LOVATTI
Conselheiro em Substituição
NOTAS TAQUIGRÁFICAS INTEGRANTES DESTA DECISÃO:
O SR. PRESIDENTE, CONSELHEIRO SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA
PINTO – Com relação a este processo, as recomendações, em-
bora, vamos dizer assim, não estejam revestidas de uma obri-
gatoriedade legal, elas têm um caráter de foco em resultado e
de funcionamento da administração que eu, particularmente,
me interessei em verificar se a nossa Casa estava executando
dessa forma. E, com muita alegria, afirmo que estamos fazendo
exatamente dessa forma, que é absolutamente necessário que
ocorra. A questão de TI é muito mais nova do que as legislações
existentes. Então, parabenizo o voto e afirmo, com alegria, que
já estamos executando essa sugestão de vossa excelência. Há
uma pequena divergência com relação à exigência de monito-
ramento que sua excelência não acatou. Por essa razão, em dis-
cussão o processo. Em votação.
O SR. CONSELHEIRO SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO –
Acompanho e relator.
O SR. CONSELHEIRO DOMINGOS AUGUSTO TAUFNER - Acom-
panho o relator.
O SR. CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FARIAS CHA-
Diário Oficial de Contas
MOUN - Acompanho o relator.
O SR. CONSELHEIRO SÉRGIO MANOEL NADER BORGES – Com
o relator.
O SR. CONSELHEIRO EM SUBSTITUIÇÃO MARCO ANTONIO DA
SILVA – Com o relator.
1. DELIBERAÇÃO:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Con-
selheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo,
reunidos em sessão plenária, ante as razões expostas pelo re-
lator, em:
1.1. NOTIFICAR o atual Secretário de Estado da Fazenda, se-
nhor Bruno Funchal, nos termos dos artigos 207, V, c/c 329,
§7º, do RITCEES, para tomar ciência das seguintes recomen-
dações:
1.1.1. Em contratações futuras que envolvam objetos relacio-
nados à área de Tecnologia da Informação, indique para a fis-
calização dos respectivos contratos 3 (três) fiscais distintos: um
fiscal técnico representante da área de TI para fiscalizar tecni-
camente o contrato, um fiscal administrativo, representante da
área administrativa para cuidar dos procedimentos relaciona-
dos a aspectos comuns da administração pública e um fiscal re-
quisitante, servidor da área solicitante, o qual será responsável
por avaliar a solução do ponto de vista funcional (Item 2.1.1.4
do Relatório de Auditoria 00001/2016-2- Entregas não homo-
logadas pela gerência de Tecnologia da Informação).
1.1.2. Em contratos futuros relativos a serviços de tecnologia
da informação, exigir que o contratado forneça garantia técni-
ca da integridade dos sistemas durante determinado período
de tempo após o término do contrato (item 2.1.1. 5 do Relató-
rio de Auditoria 00001/2016-2- Pagamento pela identificação e
pela correção das falhas).
1.1.3. Manter gestão ao Governador do Estado do Espírito San-
to para criação de norma específica para dispor sobre o pro-
cesso de contratação de soluções de Tecnologia da Informa-
ção para as entidades integrantes do Poder Executivo Estadu-
al, nos moldes da Instrução Normativa SLTI 04/2010, da Secre-
tária de Logística e Tecnologia da Informação, do Poder Execu-
tivo Federal.
www.tce.es.gov.br
ATOS DO PLENÁRIO
1.2. NOTIFICAR o atual Secretário de Estado da Fazenda, se-
nhor Bruno Funchal, nos termos dos artigos 207, IV, c/c 329,
§7º, do RITCEES, para tomar ciência das determinações seguin-
tes, ressaltando que seu descumprimento o sujeita à multa, na
forma do artigo 389, VII do Regimento Interno deste Tribunal:
1.2.1. Exigir que em futuras contratações onde a prestação do
serviço, objeto da contratação, possa ser avaliada por determi-
nada unidade quantitativa de serviço prestado, que esta este-
ja prevista no edital e no respectivo contrato, devendo ser utili-
zada como um dos parâmetros de aferição de resultados (item
2.1.1.2 do Relatório de Auditoria 00001/2016-2- Contratação
de serviços de TI não vinculada a resultados).
1.2.2. Abster-se, em possíveis aditivos e em contratos futuros,
de inserir cláusulas que contrariem a boa e regular liquidação
da despesa, bem como monitorar o processo de contratação
(item 2.1.1.3 do Relatório de Auditoria 00001/2016-2- Limita-
ção das retenções de pagamentos).
1.2.3. Verificar se foram entregues pela contratada os artefatos
ausentes não homologados pela GETEC, e caso não sejam en-
tregues, aplique as penalidades previstas na Lei 8666/93 (Item
2.1.1.4 do Relatório de Auditoria 00001/2016-2- Entregas não
homologadas pela gerência de Tecnologia da Informação).
1.3. ENCAMINHAR cópia da Instrução Técnica Conclusiva
01200/2017-3, elaborada pela então Secretaria de Controle Ex-
terno de Fiscalização do Estado.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 20/2/2018 – 3ª Sessão Ordinária do Plená-
rio.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sérgio Aboudib Ferreira Pinto (presidente),
Sebastião Carlos Ranna de Macedo, Domingos Augusto Tau-
fner, Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun e Sergio Manoel Na-
der Borges;
4.2. Conselheiros substitutos: Marco Antonio da Silva (em subs-
tituição) e João Luiz Cotta Lovatti (em substituição - relator).
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Luciano
Vieira.
Terça-feira, 20 de março de 2018 7

CONSELHEIRO SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
Presidente
Decisão 00497/2018-1
Processos: 02141/2017-7, 02459/2017-5
Classificação: Processo de Estabilidade
Relator: Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Partes: Unidade Administrativa do TCEES (SGP), Anderson Go-
mes Barbosa, Alex Favalessa dos Santos, Cristina Weber Am-
brosio, Sergio Roberto Charpinel Junior, Giuliano Medina Silva,
Ingrid Herzog Holz, Vinicius Emmanuel Cometti, Beatrice Xavier
Beiruth, Michela Morale, Danilo Moraes Silva Scopel, Bruno Pi-
nheiro Sardenberg de Mattos, Felipe Varejao Pimenta, Fabio
Luchi Valin, Pedro de Paiva Brito Filho, Camila Mara Ribeiro Li-
ma, Patricia Krauss Serrano Paris, Leonardo Dadalto, Gil Pimen-
tel de Azeredo, Andre Giestas Ferreira, Marcos Rogerio Bozzi da
Luz, Bruno Augusto Garcia da Silva
PROCESSO DE ESTABILIDADE DE SERVIDOR OCUPANTE DO CAR-
GO DE ANALISTA ADMINISTRATIVO – APROVAÇÃO NO PERÍO-
DO DE ESTÁGIO PROBATÓRIO – CONFIRMAÇÃO NO CARGO.
O CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FARIAS CHAMOUN:
I RELATÓRIO
Versam os presentes autos sobre a avaliação de desempenho
do servidor Bruno Augusto Garcia da Silva, submetido ao es-
tágio probatório, durante o período de 2014 a 2017, aprova-
do no concurso público para provimento de vagas no cargo de
analista administrativo, conforme Edital Nº 1 - TCE/ES de 19 de
setembro de 2013.
Nos termos do Manual de Orientação ao Avaliador e da Porta-
ria N nº 47 de 19 de maio de 2015, durante o período de está-
gio probatório, o servidor foi submetido à avaliação de desem-
penho pelas chefias imediatas que concluíram pelo aproveita-
mento no cargo.
O resultado das avaliações parciais de desempenho do servi-
dor, bem como a média geral, consta da tabela 1, a seguir dis-
Diário Oficial de Contas
ATOS DO PLENÁRIO
posta:
Tabela 1 – Relação de servidores submetidos à avaliação de desempenho
INÍCIO DO EXERCÍCIO SERVIDOR AVALIAÇÕES MÉDIA GERAL
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª
16/12/2014 Bruno Augusto Garcia da Silva 97,50 97,50 98,75 100,00 100,00 99,50 98,88
Assim sendo, a Comissão de Avaliação de Servidores em Estágio Probatório (CASEP) atestou a aptidão do servidor, nos termos a se-
guir transcritos:
Considerando que o estágio probatório é o período de 3 (três) anos em que o servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo
do TCEES terá o seu desempenho avaliado, em atendimento ao que estabelece o artigo 38 da LC 46/1994;
Considerando que o art. 12 da Portaria N nº 47/2015 determina que, no prazo máximo de até 75 (setenta e cinco) dias, anteriores
ao encerramento do estágio probatório, as conclusões da chefia imediata serão apreciadas, em caráter final, pela CASEP, especial-
mente criada para esse fim;
Considerando as avaliações procedidas pelas Chefias imediatas do servidor, que concluíram pelo seu aproveitamento;
Diante de todo o exposto, concluímos por considerá-lo APTO para desempenhar suas funções, ressalvado posterior descumprimen-
to de qualquer dos requisitos do estágio probatório (art. 39, I a IV, LC nº 46/1994) durante o restante do período, a ser informados
pela chefia imediata. (g.n.)
Realizados os procedimentos necessários para a avaliação do servidor em estágio probatório para o cargo de analista administrativo
e em cumprimento ao disposto nos artigos 40, II, III e 42, caput e §2º, da Lei Complementar Estadual 46 de 31 de janeiro de 1994, a
Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) encaminhou os autos a esta Corregedoria, nos termos do artigo 15, III, da Lei Complementar
Estadual 621 de 8 de março de 2012 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas).
II FUNDAMENTAÇÃO
II.1 COMPETÊNCIA DO CORREGEDOR
Nos termos da Lei Orgânica do Tribunal e do art. 2º, XVII, da Resolução TC 302 de 18 de abril de 2017 (Regimento Interno da Corre-
gedoria), compete ao corregedor, no exercício do controle disciplinar e do aperfeiçoamento das ações de controle externo, examinar
e relatar os procedimentos sobre desempenho do servidor submetido ao estágio probatório, opinando, fundamentadamente, por
sua confirmação no cargo ou exoneração, observando as formalidades legais.
A matéria também se encontra devidamente disciplinada na Resolução TC 261 de 4 de junho de 2013 (Regimento Interno do Tribu-
nal), que reitera a competência do corregedor.
Dessa forma, com base nos dispositivos legais em vigor, passo ao exame dos procedimentos sobre o desempenho dos analistas ad-
ministrativos submetidos ao estágio probatório.
II.2 ANÁLISE DOS PROCEDIMENTOS
De posse dos documentos, verifico que o procedimento seguiu a regra disposta na Portaria N nº 47/2015 e na Lei Complementar Es-
tadual 46/1994.
O servidor Bruno Augusto Garcia da Silva, foi submetido regularmente a avaliações de desempenho, tendo obtido a pontuação ne-
cessária para aprovação em cada período avaliado. Nestas avaliações constam as assinaturas dos respectivos chefes imediatos, bem
como a comprovação de ciência dos servidores avaliados.
www.tce.es.gov.br Terça-feira, 20 de março de 2018 8

Quanto ao conteúdo avaliativo da análise de desempenho, ob-
servou-se o atendimento dos requisitos referentes à idoneida-
de moral e ética, disciplina, dedicação ao serviço e eficiência,
devidamente atestados pelas respectivas chefias, nos termos
do artigo 39, I a IV, da LC 46/1994 e artigo 6º, I e do anexo II, da
Portaria N nº 47/2015.
Além disso, verifica-se que os servidores não incorreram em
nenhuma das hipóteses que ensejam exoneração, dispostas no
artigo 40, II e III da LC 46/1994 e artigo 4º, II e III, da Portaria
N nº 47/2015.
Art. 4º:
II – apresentar mais de 30 (trinta) dias de faltas não justificadas
e consecutivas ou mais de 40 (quarenta) faltas não justificadas
interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses; e
III – tiver sentença penal condenatória irrecorrível.
Sendo assim, a CASEP procedeu à análise conclusiva do pro-
cedimento, tendo considerado o servidor apto para desempe-
nhar as funções do cargo, ressalvando possível descumprimen-
to de quaisquer dos requisitos do estágio probatório, durante
o restante do período, já que tal manifestação foi firmada an-
tes do término do período de estágio probatório, nos termos
do art. 12 da Portaria N nº 047/2015.
Nesse ínterim, não chegou ao conhecimento da Corregedoria
qualquer fato novo capaz de alterar o entendimento ora apre-
sentado.
III PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO
Por todo o exposto e com base na competência outorgada pelo
inciso V, do artigo 29, do Regimento Interno do TCEES e pelo in-
ciso III do artigo 15 da Lei Orgânica do Tribunal, considerando,
ainda, o cumprimento do período estágio probatório pelo ser-
vidor Bruno Augusto Garcia da Silva, VOTO no sentido de que o
Colegiado aprove a seguinte proposta de deliberação que sub-
meto à sua consideração:
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Conselheiro corregedor
1. DELIBERAÇÃO:
Vistos, relatados e discutidos os autos, DECIDEM os conselhei-
Diário Oficial de Contas
ros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reunidos
em sessão administrativa do Plenário, ante as razões expostas
pelo relator, em:
1.1. CONFIRMAR o servidor Bruno Augusto Garcia da Silva no
cargo de analista administrativo do Tribunal de Contas do Esta-
do do Espírito Santo;
1.2. ENCAMINHAR os autos ao Presidente do Tribunal de Con-
tas para homologação da avaliação final do servidor em estágio
probatório, nos termos do artigo 22, III e § 3º, do Regimento In-
terno e da Portaria TC N nº 47/2015;
1.3. DETERMINAR a juntada das vias originais da avaliação de
desempenho do servidor ao respectivo processo de pessoal,
após a homologação de que trata o item anterior;
1.4. DAR CIÊNCIA ao servidor interessado; e
1.5. DEVOLVER os autos à SGP para juntada das avaliações de
servidor que, porventura, ainda se encontre em estágio pro-
batório.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 06/03/2018 – 2ª Sessão Administrativa do
Plenário.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sérgio Aboudib Ferreira Pinto (presidente),
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun (relator), Sebastião Car-
los Ranna de Macedo e Sérgio Manoel Nader Borges.
4.2. Conselheiros substitutos: João Luiz Cotta Lovatti (em subs-
tituição) e Marco Antonio da Silva (em substituição).
CONSELHEIRO SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
Presidente
Decisão 00529/2018-6
Processos: 04632/2009-4, 00999/2008-1, 01752/2008-1,
04633/2009-9
Classificação: Recurso de Reconsideração
UG: CMG - Câmara Municipal de Guaçuí
Relator: Marco Antônio da Silva
www.tce.es.gov.br
ATOS DO PLENÁRIO
Partes: Camara Guacui , Nina Lucia Cristiano, Joao Fernando
de Faria
RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO - EXERCÍCIO DE 2007 - QUITA-
ÇÃO - ARQUIVAR.
O EXMO. SR. CONSELHEIRO EM SUBSTITUIÇÃO MARCO ANTO-
NIO DA SILVA:
Cuidam os presentes autos de Recurso de Reconsideração, in-
terposto pela Sra. Nina Lúcia Cristiano Brasil, em face do Acór-
dão TC nº 215/2009, constante às folhas 306-309 dos autos do
Processo TC nº 1752/2008, em apenso, que julgou irregulares
as contas, relativas ao exercício de 2007, sob a responsabilida-
de da recorrente e do Sr. João Fernando de Faria.
Registre-se que esta Corte de Contas, através do Acórdão TC nº
215/2009, aplicou multa pecuniária à Sra. Nina Lúcia Cristiano
Brasil, no valor de 750 VRTE’s, bem como o ressarcimento no
valor de 11.578,99 VRTE’s, já em relação ao Sr. João Fernando
de Faria, foi aplicada multa pecuniária, no valor de 750 VRTE’s.
Frisa-se que o Sr. João Fernando de Faria, recolheu a multa a
ele imposta, tendo recebido quitação, nos termos do Acórdão
TC nº 361/2011, acostado às folhas 342-345 dos autos do Pro-
cesso TC nº 1752/2008.
Ressalta-se que a Sra. Nina Lúcia Cristiano Brasil, recolheu a
multa a ela imposta, tendo recebido quitação, nos termos da
Decisão TC nº 01890/2016, acostada à folha 82 dos presentes
autos, bem como recolheu aos cofres públicos o valor de R$
20.918,68, relativos ao ressarcimento a ela imposto, confor-
me documento acostado à folha 322 dos autos do Processo nº
1752/2008, em apenso, tendo ficado pendente o valor residual
de 723,42 VRTE’s, conforme Termo de Verificação nº 006/2016
(fls. 71-72).
Consta destes autos o documentos (fl. 135), informando que a
Sra. Nina Lúcia Cristiano Brasil recolheu através do Processo de
Execução Extrajudicial nº 020.11.002696-8, o valor residual, re-
lativo ao ressarcimento a ela imutado.
O Ministério Público Especial de Contas, mediante Parecer nº
04816/2017-6, da lavra do Procurador, Dr. Luciano Vieira, pug-
nou no sentido de seja expedida a devida quitação a responsá-
vel, com arquivamento do feito, bem como a devolução dos au-
Terça-feira, 20 de março de 2018 9

tos à Secretaria Geral do Ministério Público Especial de Contas
para os devidos registros.
Conforme regular distribuição vieram os autos a este magistra-
do de Contas para emissão de relatório e voto para efeito de
deliberação do Colegiado da 1ª Câmara deste Egrégio Tribunal
de Contas, nos termos do art. 29 do Regimento Interno, Reso-
lução - TC 261/2013.
É o sucinto relatório.
VOTO
Da análise dos autos, verifico que o Sra. Nina Lúcia Cristia-
no Brasil recolheu aos cofres públicos (fl. 322 – Processo
TC nº 1752/2008) o valor de R$ 20.918,68, bem como o va-
lor residual, conforme Processo de Execução Extrajudicial nº
020.11.002696-8, relativo ao ressarcimento a ela imutado.
Frisa-se que este Egrégio Tribunal de Contas, com o advento da
Lei Complementar Estadual nº 621/2012 e da Resolução TC nº
261/2013 – Regimento Interno pacificou o entendimento acer-
ca do presente tema, vejamos:
Os artigos 87 e 148, da Lei Complementar Estadual nº
621/2012, assim estabelecem, verbis:
Art. 87. Verificada irregularidade nas contas, cabe ao Tribunal
ou ao Relator:
[...]
§ 2º. Reconhecida a boa-fé do responsável, a liquidação tem-
pestiva do débito, atualizado monetariamente, saneará o pro-
cesso, se não houver sido observada irregularidade grave nas
contas, hipótese em que o Tribunal julgará as contas regulares
com ressalva e dará quitação ao responsável.
[...]
Art. 148. Comprovado o recolhimento integral, o Tribunal de
Contas expedirá quitação do débito e/ou da multa.
Parágrafo único. O pagamento integral do débito ou da multa,
após decisão definitiva, não importa em modificação do julga-
mento quanto à irregularidade das contas, salvo em caso de re-
curso provido, reconhecendo a boa-fé do responsável ou do in-
teressado. – g.n.
Já o Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de Contas, Reso-
Diário Oficial de Contas
lução TC nº 261/2013, estabelece o seguinte, litteris:
Art. 481. Nos processos com trânsito em julgado até a publi-
cação desta Resolução, o responsável ou interessado que qui-
tar integralmente o débito ou multa, no prazo de até cento e
oitenta dias, a partir da publicação desta Resolução, saneará o
processo, se não houver sido observado dolo ou má-fé. – g.n.
Desse modo, a superveniência da Lei Complementar Estadu-
al nº 621/2012 e o novo Regimento Interno, onde fora fixado
prazo de seis meses para se considerar saneados os autos dos
processos em que tenha havido trânsito em julgado, implica
tão somente no reconhecimento da quitação destes autos, re-
lativamente a Sra. Nina Lúcia Cristiano Brasil, em face do paga-
mento da multa a ele imposta.
Ante o exposto, acompanho o posicionamento do Ministério
Público Especial de Contas, VOTO no sentido de que o Colegia-
do aprove a seguinte minuta de Acórdão que submeto à sua
consideração.
MARCO ANTONIO DA SILVA
Relator
1. DELIBERAÇÃO:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reu-
nidos em sessão da Primeira Câmara, ante as razões expostas
pelo relator, em:
.1. DAR QUITAÇÃO à Sra. Nina Lúcia Cristiano Brasil, então Pre-
sidente da Câmara Municipal de Guaçuí, no exercício de 2007,
em razão do pagamento do valor do ressarcimento a ela im-
putado;
1.2. ENCAMINHAR os presentes autos ao Ministério Público Es-
pecial de Contas para os devidos registros no sistema de co-
brança do E-TCEES;
1.3. ARQUIVAR os presentes autos após trânsito em julgado.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 06/03/2018 – 5ª Sessão Ordinária do Ple-
nário.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sérgio Aboudib Ferreira Pinto (presidente),
www.tce.es.gov.br
ATOS DO PLENÁRIO
Sebastião Carlos Ranna de Macedo, Rodrigo Flávio Freire Farias
Chamoun e Sergio Manoel Nader Borges;
4.2. Conselheiros substitutos: Marco Antonio da Silva (em subs-
tituição - relator) e João Luiz Cotta Lovatti (em substituição).
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Luciano
Vieira.
CONSELHEIRO SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
Presidente
Decisão : 531/2018-3
PROCESSO: 9197/2016-7
APENSO: 6726/2016
UNIDADE GESTORA: SEFAZ - Secretaria de Estado da Fazenda
CLASSIFICAÇÃO: Representação
REPRESENTANTE: Ministério Público de Contas
REPRESENTAÇÃO – PREJUDICADO PEDIDO DE CONCESSÃO DE
MEDIDA CAUTELAR – RITO ORDINÁRIO – À SEGEX PARA INS-
TRUIR PROC. TC 6726/2016 (APENSO)
O CONSELHEIRO EM SUBSTITUIÇÃO JOÃO LUIZ COTTA LOVATTI:
RELATÓRIO
Tratam os autos de Representação promovida pelo Ministério
Público de Contas em face da Secretaria de Estado da Fazenda,
em razão do Edital nº 03/2016, referente ao processo seletivo
para o provimento de cargos em comissão.
À época, o relator titular, Conselheiro José Antônio Pimen-
tel, determinou por meio do despacho nº 47102/2016-6 (pe-
ça 03), o apensamento dos presentes autos ao Processo TC
6726/2016-8, pois constatou que tratava do mesmo objeto, e
não se manifestou sobre o pedido de concessão de cautelar.
No processo TC 6726/2016-8, acima referido, houve decisão
pelo indeferimento da concessão de medida cautelar, subme-
tendo os autos em tramitação pelo rito ordinário – Decisão
00552/2017-7 – peça 39.
Ocorre que ao instruir o processo, percebeu-se a ausência de
decisão quanto ao pedido de concessão de cautelar e a Secre-
Terça-feira, 20 de março de 2018 10

taria de Controle Externo de Previdência e Pessoal- Secex Pre-
vidência expediu a Manifestação Técnica 0018/2018-4 onde
sugere a prejudicialidade da concessão da medida decorren-
te do lapso temporal entre sua apresentação e a data atual, eis
que inserida no sistema etcees em 21/10/2016, verbis:
2. CONCLUSÃO
Ante o exposto, submetemos à consideração superior a seguin-
te proposta de encaminhamento:
4.1 – Em consonância ao disposto na Decisão 00552/2017-7
bem como o lapso temporal transcorrido, considerar prejudica-
do o pedido para concessão de medida cautelar, de modo que
os autos tramitem em rito ordinário, apensado ao principal.
4.2 – O encaminhamento dos autos a esta Secretaria de Con-
trole Externo para continuidade da instrução do Processo TC-
6726/2016.
Lucas Gil Carneiro Salim
Auditor de Controle Externo
Mat. 203.521
.Nos termos regimentais, os autos foram encaminhados ao
douto Ministério Público de Contas que opina no mesmo senti-
do da SecexPrevidência (Parecer 0455/2018-6).
Após, vieram-me os autos para análise.
FUNDAMENTAÇÃO
Em uma análise inicial dos autos, a SecexPrevidência informa
que restou prejudicado a concessão de medida cautelar, pelo
lapso temporal, bem como pela Decisão 05552/2017 proferida
nos autos do Proc. 6726/2016.
Nesse sentido, importante ressaltar que a proposta de encami-
nhamento da área técnica e do Ministério Público de Contas é
no sentido de considerar que os autos tramitem em rito ordi-
nário, apensado ao principal.
Área técnica e MPC não se manifestaram sobre admissibilidade
Quanto aos requisitos de admissibilidade do presente feito, o
artigo 94 da Lei Complementar Estadual 621, de 8 de março de
2012 assim dispõe:
Art. 94. São requisitos de admissibilidade de denúncia sobre
Diário Oficial de Contas
matéria de competência do Tribunal:
I - ser redigida com clareza;
II - conter informações sobre o fato, a autoria, as circunstâncias
e os elementos de convicção;
III - estar acompanhada de indício de prova;
IV - se pessoa natural, conter o nome completo, qualificação e
endereço do denunciante;
V - se pessoa jurídica, prova de sua existência e comprovação
de que os signatários têm habilitação para representá-la.
§ 1º A denúncia não será conhecida quando não observados os
requisitos de admissibilidade previstos neste artigo.
§ 2º Caberá ao Relator o juízo de admissibilidade da denúncia.
(...)
Analisando os autos, verifico que foram atendidos os requisitos
de admissibilidade descritos nos incisos I a V do artigo 94 da LC
621/2012 (LOTCEES), razão pela qual, entendo que a presen-
te representação seja conhecida por este Tribunal de Contas.
Resta claro que o transcorrer do tempo sem manifestação
quanto ao pedido formulado levou a perda da oportunidade e
prejudicou o pedido.
Acrescento, ademais, que por imposição lógica, a juntada da
representação ao TC 6726/2016, cujo objeto aparenta conexo,
e a decisão nele proferida de negar o pedido cautelar, permi-
te inferir que a decisão posta naquele processo seria no mes-
mo sentido.
Ante o exposto, acompanhando a manifestação da área técni-
ca e o parecer do douto Ministério Público de Contas, VOTO no
sentido de que o Colegiado aprove a seguinte minuta de Acór-
dão que submeto à sua consideração.
JOÃO LUIZ COTTA LOVATTI
Conselheiro em Substituição
1. DELIBERAÇÕES:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reu-
nidos em sessão do Plenário, ante as razões expostas pelo re-
lator, em:
www.tce.es.gov.br
ATOS DO PLENÁRIO
1.1. CONHECER da presente representação, vez que preenche
os requisitos de admissibilidade, na forma do artigo 94 c/c o
parágrafo único do artigo 101, ambos da Lei Complementar Es-
tadual nº 621/2012.
1.2. JULGAR PREJUDICADO O PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR,
em consonância ao disposto na Decisão 00552/2017-1, bem
como o lapso temporal, determinando que os autos tramitem
em rito ordinário, apensado ao principal – TC 6726/2016-8.
1.3. Encaminhar à SEGEX para prosseguimento da instrução do
Proc. 6726/2016.
1.4. DAR CIÊNCIA ao representante.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 06/03/2018 – 5ª Sessão Ordinária do Ple-
nário.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sérgio Aboudib Ferreira Pinto (presidente),
Sebastião Carlos Ranna de Macedo, Rodrigo Flávio Freire Farias
Chamoun e Sergio Manoel Nader Borges;
4.2. Conselheiros substitutos: João Luiz Cotta Lovatti (em subs-
tituição/relator) e Marco Antonio da Silva (em substituição).
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Luciano
Vieira.
CONSELHEIRO SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
Presidente
Decisão 00532/2018-8
Processo: 09154/2017-7
Classificação: Controle Externo - Fiscalização - Representação
UG: SEDU - Secretaria de Estado da Educação
Relator: Sebastião Carlos Ranna de Macedo
Partes: Haroldo Correa Rocha, MFI Empreendimentos LTDA -
EPP, Marcus Monte Mor Rangel, Tatiana Leao Leite Tostes
Procuradores: Tatiana Peterle Dangelo Motta (OAB: 17475-ES),
Natalia Fiorot Coradini (OAB: 17690-ES), Tiago Rocon Zanetti
(OAB: 13753-ES, OAB: 370452-SP), Stephannie Vanessa de Li-
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ma Alvarenga Ramos (OAB: 25010-ES), Egeu Antonio Bisi (OAB:
6273-ES), Maria Thereza Baptista Candido (OAB: 22351-ES),
Fausto Alonso Ferreira (OAB: 14004-ES), Sara Vieira Brandao
(CPF: 132.336.327-03)
REPRESENTAÇÃO – 2017 – CONHECER – INDEFIRIR CAUTELAR
– ENCAMINHAR PARA RITO ORDINÁRIO – TRAMITAÇÃO PREF-
ERENCIAL
O EXMO.SR.CONSELHEIRO SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MA-
CEDO
1 RELATÓRIO
Tratam os autos de Representação com pedido de cautelar, for-
mulada pela empresa MFI Empreendimentos Ltda.- EPP, autua-
da na data de 06 de dezembro de 2017, protocolo 19163/2017-
1, em face da Secretaria de Estado da Educação – SEDU por su-
postas irregularidades na Concorrência Pública nº 003/2017,
cujo objeto é “o registro de preços para a prestação de servi-
ços de manutenção preventiva e corretiva nos prédios adminis-
trativos e escolares vinculados à rede pública de ensino do Es-
tado do Espírito Santo, com fornecimento de materiais e mão
de obra, consoante se infere do respectivo instrumento convo-
catório.”.
A abertura do procedimento licitatório ocorreu na data de
28/08/2017 às 13h30min, conforme Ata de Reunião da Comis-
são Permanente de Licitação de Obras e Serviços de Engenha-
ria para Abertura da Concorrência Pública nº 003/2017 da Se-
cretaria de Estado a Educação, em anexo, que foi encerrada pa-
ra melhor análise da documentação apresentada pelos licitan-
tes.
Seguiram-se novas Atas de Reunião datadas de 31/08/2017,
com o resultado da qualificação técnica, Ata de 02/10/2017
para abertura das documentações de habilitação apresenta-
das, Ata de 16/10/2017, para julgamento das documentações
de habilitação abertas na sessão anterior e abertura de envelo-
pes de habilitação de demais classificados, Ata de 17/10/2017
para Retificação referente à Ata da Sessão realizada no dia
16/10/17, às 15:00 h, da Concorrência Pública Nº 003/2017,
Ata de 18/10/2017 para julgamento das documentações de ha-
bilitação abertas na sessão anterior, Ata de 19/10/2017 para
Diário Oficial de Contas
abertura de envelopes de habilitação de demais classificados
na Concorrência Pública n° 003/2017, Ata de 20/10/2017 às
11h para julgamento das documentações de habilitação aber-
tas na sessão anterior, Ata de 20/10/2017 às 15h para abertu-
ra de envelopes de habilitação de demais classificados e Ata
de 23/10/2017 para julgamento das documentações de habi-
litação abertas na sessão anterior, todas anexadas pelo repre-
sentante.
Alega o representante ter verificado a existência de cláusu-
la restritiva à participação de diversas empresas no certame,
mormente no que tange à comprovação da execução dos ser-
viços listados de obras e serviços de engenharia de forma con-
comitante, em unidades prediais distintas de um mesmo con-
tratante, e restrição à competitividade.
Por meio da Decisão Monocrática 2052/2017 os senhores Ha-
roldo Rocha – Secretário de Estado de Educação, Marcus Mon-
te Mor Rangel - Subsecretário de Estado de Administração e
Finanças e Tatiana Leão Leite Tostes - Presidente da Comissão
Permanente de Licitação, foram notificados para prestar as in-
formações que entendesse necessárias em 5 dias, nos termos
do §1º do art. 307 do RITCEES.
Conforme Despacho 707/2018, o Núcleo de Controle de Do-
cumentos informa que não consta do Sistema e-tcees, docu-
mentação alguma protocolizada em alusão ao Processo TC
9154/2017, referente ao Termo de Notificação n° 3197/2017-
9, em nome do Senhor Haroldo Correa Rocha; ao Termo de No-
tificação n° 3198/2017-3, em nome do Senhor Marcus Monte
Mor Rangele ao Termo de Notificação n° 3199/2017-8, em no-
me da Senhora Tatiana Leão Leite Tostes.
Encaminhados os autos para análise de admissibilidade da cau-
telar pela Secretaria de Controle Externo de Obras e Serviços
de Engenharia e Meio Ambiente, esta elaborou a Manifestação
Técnica 32/2018, opinando pelo indeferimento da medida cau-
telar e arquivamento dos autos. Propõe, ainda, opcionalmente,
pelo trâmite do processo para o rito ordinário.
Extemporaneamente os notificados encaminharam informa-
ções, na data de 22/01/2018, conforme o documento Defesa/
Justificativa nº 43/2018 acompanhada da Peça Complementar
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ATOS DO PLENÁRIO
nº 686/2018.
É o relatório.
2 FUNDAMENTAÇÃO
2.1 Da admissibilidade
De início, registro que estão presentes todos os requisitos de
admissibilidade elencados no art. 94 e art. 101 parágrafo úni-
co da LC n. 621/2012:
Art. 94. São requisitos de admissibilidade de denúncia sobre
matéria de competência do Tribunal:
I - ser redigida com clareza;
II - conter informações sobre o fato, a autoria, as circunstâncias
e os elementos de convicção;
III - estar acompanhada de indício de prova;
IV- se pessoa natural, conter o nome completo, qualificação e
endereço do denunciante;
V - se pessoa jurídica, prova de sua existência e comprovação
de que os signatários têm habilitação para representá-la.
Art. 101. Qualquer licitante, contratado, pessoa física ou jurí-
dica poderá representar ao Tribunal de Contas irregularidades
na aplicação da legislação que regule licitações e contratos ad-
ministrativos.
Parágrafo único. Aplicam-se à representação prevista nesta
subseção, no que couber, as normas relativas à denúncia.
Conforme pode ser visto na Representação protocolizada e nos
documentos juntados aos autos, a peça foi redigida com clare-
za; contém informações sobre o fato, a autoria, as circunstân-
cias e os elementos de convicção; e está acompanhada de in-
dício de prova. Assim, a Peça satisfaz aos demais requisitos de
admissibilidade estabelecidos no Art. 94 da Lei Complementar
621/2012 e 177 do RITCEES, motivo pelo qual conheço da Re-
presentação.
2.2 Do Mérito
2.2.1 Da medida cautelar
O representante MFI Empreendimentos Ltda.- EPP requer limi-
narmente, a concessão de medida cautelar, no sentido de sus-
pensão das contratações oriundas da Concorrência Pública nº
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003/2017 (Processo Administrativo n.0 75955636 - Doc. 03),
ou ao menos da contratação referente ao Lote 02 da licitação
em comento.
Adoto a análise técnica da documentação encaminhada pelo
Representante realizada pela Secretaria de Controle Externo
de Obras e Serviços de Engenharia e Meio Ambiente na Mani-
festação Técnica 32/2018, onde propõe pelo indeferimento da
medida cautelar, in verbis:
“[...]
2 ANÁLISE DA DOCUMENTAÇÃO APRESENTADa PELO REPRE-
SENTANTE
2.1 DOS ESCLARECIMENTOS INICIAIS
Conforme informação do Núcleo de Controle de Documentos,
não consta do Sistema e-TCEES, qualquer documentação pro-
tocolizada em alusão ao Processo TC 9154/2017, referente ao
Termo de Notificação n° 3197/2017-9, em nome do Senhor Ha-
roldo Correa Rocha; ao Termo de Notificação n° 3198/2017-3,
em nome do Senhor Marcus Monte Mor Rangel e ao Termo de
Notificação n° 3199/2017-8, em nome da Senhora Tatiana Leão
Leite Tostes.
Assim, a presente análise de deterá sobre as informações cons-
tantes da Peça Complementar 10694/2017-4 trazida pelo re-
presentante.
2.2 DAS ALEGAÇÕES DO REPRESENTANTE
Da Petição Inicial 425/2017-7 extraímos os trechos que sinte-
tizam as alegações do representante e são as principais razões
dos seus pedidos:
[...]
Observe-se, novamente, que o item 9.3, alínea “b.l.l”, item I,
do edital, exige da licitante a comprovação de execução CON-
COMITANTE de obras e serviços de pelo menos 7 (sete) itens
de engenharia, simultaneamente em, no mínimo, 5 (cinco) lo-
cais/ obras diferentes, o que é uma situação muito difícil de se
atingir ou ser demonstrada, não só pela própria natureza das
obras e disponibilidade de recursos dos entes públicos contra-
tantes, os quais, na grande generalidade dos casos, apenas li-
beram uma ordem de serviço para início de outro serviço quan-
Diário Oficial de Contas
do o serviço anterior foi executado, mas também pela dificul-
dade em obter atestados dos entes públicos que demonstrem
esse requisito de concomitância, já que os atestados são geral-
mente emitidos com a menção do serviço e das quantidades
executadas, mas não com referência a requisito temporal de
simultaneidade.
Todavia, a concomitância ou simultaneidade exigida acima res-
tringiu a competitividade do certame e excluiu da disputa lici-
tatória, em todos os lotes licitados, licitantes que tinham plena
capacidade técnica para a execução do objeto licitado, tal qual
comprovou a ora representante no que tange ao Lote 2, para
o qual apresentou proposta e documentação pertinente à de-
monstração de sua capacidade técnica.
A restritividade causada pela exigência editalícia inserta no
item 9.3, alínea “b.l.l”, item I. do edital, além de estar ínsita
à própria regra do ato convocatório, ficou evidente na fase de
habilitação do certame, quando se verifica que a Comissão Li-
citante precisou realizar 10 (dez) reuniões/sessões para anali-
sar os documentos de habilitação das licitantes, a partir de vá-
rias inabilitações por este mesmo motivo, conforme se verifica
das respectivas Atas trazidas em anexo Doc. 06 listadas abaixo:
[...]
Tudo isso demonstra que, além de restringir a competitividade
e a vantajosidade do certame, a exigência de concomitância ou
simultaneidade na execução de obras similares aos serviços li-
citados, nos moldes já clarificados, também tornou o procedi-
mento licitatório extremamente burocrático, moroso e confu-
so, o que não se coaduna com os princípios norteadores da li-
citação.
Com efeito, no que tange ao teor dos atestados de capacidade
técnica, cumpre esclarecer que neles constam, em regra, tão
somente a descrição dos serviços realizados e seus respectivos
quantitativos, não havendo, na generalidade dos casos, a indi-
cação expressa, por exemplo, da realização concomitante ou si-
multânea de obras e serviços de engenharia em unidades pre-
diais distintas de um mesmo contratante, até mesmo porque,
como já gizado, são raríssimos os casos em que um contratante
expede mais de uma ordem de serviço para o mesmo contrato,
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ATOS DO PLENÁRIO
sem que a obra ou etapa anterior tenha sido cumprida, o que
elimina o requisito da concomitância.
Ora, na grande generalidade dos casos, os entes públicos con-
tratantes apenas liberam uma ordem de serviço para início de
um novo serviço quando o serviço anterior foi inteiramente
executado, o que, por certo, elimina a concomitância da execu-
ção (tal como requerida no edital da CP n°. 003/2017) e eviden-
cia o desmensurada e restritiva é a regra editalícia ora ques-
tionada.
Do edital inserido no sistema Geoobras do TCEES extraímos o
trecho referido pelo representante e contra o qual se insurge:
9.3 DA QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
9.3.1 Capacidade técnico-operacional:
a) Registro ou Inscrição do licitante no Conselho Regional de
Engenharia, Agronomia e Arquitetura- CREA da região da sede
da empresa (art. 30, I. da Lei Federal nº 8.666/93).
b) Comprovação de que o licitante executou/prestou, sem res-
trição, serviço/obra de características semelhantes aos indica-
dos no ANEXO I deste Edital, considerando-se as parcelas de
maior relevância e quantitativos mínimos a seguir definidos. A
comprovação será feita por meio de apresentação de no míni-
mo 1 (um) Atestado ou Certidão de Acervo Técnico, certificado
pelo CREA, devidamente assinado e carimbado pelo órgão ou
entidade pública ou privada declarante.
b.1) As características semelhantes para comprovação da ca-
pacidade técnico-operacional do licitante, na forma do art. 30,
II c/c § 2°, da Lei Federal n. 8.666/93, são, cumulativamente:
b.1.1) Obras de reforma ou construção civil, nas seguintes par-
celas e quantitativos:
Execução concomitante de obras (na quantidade constante na
coluna ao lado) com duração mínima de 1 mês que contem-
plem a aplicação de pelo menos 07 (sete) Itens dos seguintes
serviços: (grifo nosso)
• Alvenaria;
• Impermeabilizações;
• Esquadrias metálicas;
• Esquadrias de madeira;
Terça-feira, 20 de março de 2018 13

• Cobertura;
• Instalações hidráulicas;
• Instalações elétricas;
• Forros;
• Revestimentos;
• Pisos:
• Pintura;
• Muro de vedação;
• Paisagismo; e
• Recuperação estrutural...
Observação:
Os atestados deverão descrever os serviços executados, o lo-
cal, bem como data de inicio e fim da execução, devendo todos
os serviços indicados para a comprovação da capacidade técni-
ca terem sido executados, ainda que parcialmente, no mesmo
período de 01 mês. (grifo nosso)
b. 2) Caso a comprovação da capacidade técnico-operacional
seja feita através de atestado do Responsável Técnico da em-
presa, deverá estar expresso na Certidão de Acervo Técnico
que o profissional que a detém estava à época da execução da
obra/serviço vinculado ao licitante, podendo essa vinculação
também ser comprovada na forma do Item 10. 3. 2.
b.3) O licitante deverá comprovar sua experiência anterior na
execução de todos os serviços discriminados.
b.4) Será admitido o somatório de atestados. seja para com-
provação da experiência anterior do licitante na execução de
todos os serviços discriminados, seja para o atendimento do
quantitativo mínimo especificado para cada um deles.
b. 5) Não serão aceitos atestados e/ou Certidões de Acervos
parciais. referente a obras e/ou serviços em andamento.
2.3 DA ANÁLISE DA DOCUMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
Sinteticamente, o representante se insurge quanto à exigên-
cia aos licitantes da comprovação da execução CONCOMITAN-
TE de obras e serviços de pelo menos sete itens de engenharia,
SIMULTANEAMENTE em, no mínimo, cinco locais diferentes, o
que, alega, seria uma situação muito difícil de atingir ou de ser
Diário Oficial de Contas
demonstrada, não só pela própria natureza das obras em es-
pecial, como pela dificuldade em se obter atestados dos entes
públicos que demonstrem esse requisito de concomitância, já
que os atestados seriam emitidos com a descrição do serviço
e das quantidades executadas, mas não trariam referências a
respeito da simultaneidade temporal dos serviços.
Alega, ainda, que a concomitância ou simultaneidade exigida
restringiu a competitividade do certame e excluiu da disputa li-
citatória, em todos os lotes licitados, licitantes que tinham ple-
na capacidade técnica para a execução do objeto licitado.
Vemos, assim, duas questões a serem analisadas a partir da re-
clamação do representante:
1) a alegada impossibilidade de comprovação da execução
concomitante e simultânea (na expressão do representante)
de determinados serviços de engenharia em locais distintos,
à mesma época; e
2) a possível restrição à competitividade do certame.
Sobre o primeiro item, entendemos que não assiste razão ao
representante, uma vez que os serviços relacionados para cer-
tificação são de natureza comum, não constando qualquer es-
pecificação especial que permitisse vislumbrar maior dificulda-
de de comprovação. Deve-se considerar, ainda, que os atesta-
dos emitidos pelas pessoas jurídicas, em geral, delimitam o pe-
ríodo em que os serviços de engenharia/obras foram executa-
dos, o que permite à comissão de licitação elaborar um mapa
comparativo com uma dimensão temporal, à semelhança de
um cronograma, em que se pode vislumbrar a simultaneidade,
ou não, dos serviços executados.
Quanto à possível restrição à competitividade da licitação, à
primeira vista pode parecer razoável a alegação, contudo co-
mo a licitação combatida se encontra em fase avançada pode-
-se analisar se de fato tal ocorreu.
Para tanto, nos valemos das atas de reuniões dos dias 28 e 31
de agosto e do dia 23 de outubro de 2017 da Comissão Per-
manente de Licitação de Obras e Serviços da SEDU (constam
das páginas 65 a 68 e 83 a 84 da documentação complementar
apresentada pelo representante), as quais trazemos em anexo
à esta manifestação.
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ATOS DO PLENÁRIO
Das primeiras atas, vemos que a alegada restrição à participa-
ção não pode ser afirmada de forma peremptória, uma vez que
se verifica a participação de cinco a dez empresas por lote.
Já na terceira ata referida observa-se, também, que os descon-
tos ofertados nas propostas vencedoras são expressivos (da or-
dem de 17% a 23%), mostrando a ocorrência de competição
entre os licitantes.
Em pesquisa com apoio da equipe Geoobras, verificamos a pu-
blicação no Diário Oficial do Estado, edição do dia 19 de janei-
ro de 2018 (cópia em anexo), do aviso de resultado final, com a
alteração das empresas habilitadas, da Concorrência 003/2017
e com isto, também, as propostas vencedoras dos lotes 02 e
05, em relação à ata anterior de 23/10/2017, passando a ser a
Radana Construções Ltda., com descontos da ordem de 22%.
A despeito da possibilidade de interposição de recursos, vê-se
que foram habilitadas as empresas que ofereceram menor pre-
ço por lote.
3 CONCLUSÃO
O presente processo trata de representação com pedido de
cautelar, na qual a empresa representante apontou supostas
irregularidades no Edital de Concorrência 3/2017, que tem co-
mo objeto o registro de preços para a prestação de serviços de
manutenção preventiva e corretiva nos prédios administrativos
e escolares vinculados à rede pública de ensino do Estado do
Espírito Santo, com fornecimento de materiais e mão de obra.
Em análise do teor da representação, evidenciam-se os ques-
tionamentos à concomitância ou simultaneidade exigida sobre
a execução de determinados serviços de engenharia e a alega-
ção de restrição à competitividade do certame, com suposta
exclusão da disputa licitatória de licitantes que teriam plena ca-
pacidade técnica para a execução do objeto licitado.
Daí, que os pedidos do representante foram pela concessão
de medida cautelar, determinando-se a suspensão das contra-
tações oriundas da Concorrência Pública n.º 003/2017, afas-
tando ou corrigindo as alegadas irregularidades que restringi-
riam a competitividade e eliminaram a vantajosidade do cer-
tame, bem como a retificação do instrumento convocatório, a
fim de suprimir do edital a exigência de comprovação da exe-
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cução concomitante de obras e serviços de engenharia na qua-
lificação técnica das licitantes.
Da análise da documentação encaminhada pelo próprio repre-
sentante e de informações buscadas no Diário Oficial do Esta-
do, verificou-se que:
- que os serviços relacionados para certificação são de nature-
za comum, não constando qualquer especificação especial que
permitisse vislumbrar maior dificuldade de comprovação;
- que dos atestados emitidos pelas pessoas jurídicas seria pos-
sível apurar o período em que os serviços de engenharia foram
executados, permitindo se verificar a simultaneidade, ou não,
dos serviços executados;
- que, do teor das atas, se verifica a participação de cinco a dez
empresas por lote, não se confirmando a alegada restrição à
participação;
- que os descontos ofertados pelos licitantes vencedores foram
expressivos (da ordem de 20% a 23%), a demostrar a ocorrên-
cia de competição.
Assim, em que pese a falta de informações pelos responsá-
veis, entendemos que os resultados provisórios da licitação,
ainda, pendentes de homologação, permitem a formação de
juízo acerca da desnecessidade da concessão de tutela provi-
sória, podendo a análise mais detida do Edital de Concorrên-
cia 003/2017 ser feita posteriormente para orientação de fu-
turas contratações, uma vez que estamos diante de uma licita-
ção para ata de registro de preços, que vigorará por até doze
meses, sem possibilidade de prorrogação, consoante o dispos-
to no item 7.1 do edital.
PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO
Ante o exposto, submetem-se os autos à consideração supe-
rior, com a proposta de:
- indeferimento da medida cautelar pretendida;
- indeferimento dos pedidos de retificação do instrumento con-
vocatório e suspensão das contratações oriundas da Concor-
rência Pública n.º 003/2017; e
- determinação de arquivamento dos autos.
Caso o Conselheiro Relator entenda que o juízo definitivo deva
Diário Oficial de Contas
ocorrer após a homologação da licitação, propomos o trâmite
do processo em rito ordinário para melhor análise do Edital de
Concorrência Pública 003/2017 e dos atos da licitação, visando
à orientação de futuras contratações similares.
É a nossa manifestação.
Vitória, 23 de janeiro de 2018.
[...]”
Assim, diante do permissivo conferido a este Tribunal de Con-
tas do Estado do Espírito Santo para deliberar sobre a matéria
e tomados os fundamentos fáticos e de direito até aqui apre-
sentados, acolhendo o que propõe a manifestação técnica, vo-
to por INDEFERIR a cautelar requerida eis que inexistente, no
caso concreto, o fumus boni iuris.
Pelo exposto, entendo que devam os autos tramitar sob o rito
ordinário face à ausência dos pressupostos constantes do arti-
go 306 do RITCEES, e sejam remetidos à área técnica para re-
gular instrução, considerando, ainda, a documentação encami-
nhada pelos responsáveis após a elaboração da Manifestação
Técnica 32/2018, na data de 22/01/2018, conforme o docu-
mento Defesa/Justificativa nº 43/2018 acompanhada da Peça
Complementar nº 686/2018, com tramitação preferencial de
acordo com o art. 264, inc. IV do RITCEES.
Ante o exposto, obedecidos todos os trâmites processuais e le-
gais, em consonância com o entendimento da área técnica, VO-
TO no sentido de que o Colegiado aprove a seguinte delibera-
ção que submeto a sua consideração.
SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO
Relator
1. DELIBERAÇÃO:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DELIBERAM os con-
selheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo,
reunidos em sessão Plenária, ante as razões expostas pelo re-
lator:
1.1. Conhecer a presente representação, com amparo no Art.
94, §2º da LC 621/2012;
1.2. Indeferir a medida cautelar, pela ausência de fumus bo-
ni iuris;
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ATOS DO PLENÁRIO
1.3. Tramitar os autos sob o rito ordinário face à ausência dos
pressupostos constantes do artigo 306 do RITCEES, e sejam re-
metidos à área técnica para regular instrução, com tramitação
preferencial de acordo com o art. 264, inc. IV do RITCEES;
1.4. Notificar o Representante, na forma do art. 307, §7º do RI-
TCEES, bem como o agente responsável, na forma do art. 307,
§3º da mesma norma regimental.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 06/03/2018 – 5ª Sessão do Plenário.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sérgio Aboudib Ferreira Pinto (presidente),
Sebastião Carlos Ranna de Macedo (relator), Rodrigo Flávio
Freire Farias Chamoun e Sergio Manoel Nader Borges;
4.2. Conselheiros substitutos: João Luiz Cotta Lovatti (em subs-
tituição) e Marco Antonio da Silva (em substituição).
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Lucia-
no Vieira.
CONSELHEIRO SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
Presidente
Decisão 00556/2018-3
Processos: 06996/2017-7, 01516/2012-7
Classificação: Recurso de Reconsideração
UG: CMP - Câmara Municipal de Pancas
Relator: Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Parte: Marcos Alexandre Mataveli de Morais
Procuradores: Josedy Simoes Nunes (OAB: 5277-ES), Rodrigo
Fardin (OAB: 18985- ES), Marcelo Souza Nunes (OAB: 9266-ES),
Daiane Maria Lopes da Silva (OAB: 24770-ES), Cícero Quedevez
Grobério (OAB: 9162), Tatiane Pirschner Zouain Grobério (OAB:
17387), Rômulo Quedevez Grobério (OAB: 15160)
RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO. SOBRESTAR O JULGAMENTO
ATÉ DECISÃO DO INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURIS-
PRUDÊNCIA – TC 6209/2017
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O EXMO. SR. CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FARIAS
CHAMOUN
I – RELATÓRIO
Tratam os presentes autos cuidam de Recurso de Reconsidera-
ção impetrado pelo representante legal do Presidente da Câ-
mara Municipal de Pancas no exercício de 2011, Sr. Marcos Ale-
xandre Mataveli de Morais, tendo em vista o seu inconformis-
mo com o teor da decisão deste Tribunal, exarada através do
Acórdão 897/2017, nos autos do processo TC 1516/2016.
Após a autuação, os autos foram encaminhados para análise
da Secex/Recursos, que se manifestou, por intermédio da ITR
00344/2017-7, nos seguintes termos:CONCLUSÃO:
Ante as razões expostas, por estarem presentes os requisitos
de admissibilidade, sugere-se o conhecimento do Recurso de
Reconsideração interposto e, quanto ao mérito, opina-se pelo
seu NÃO PROVIMENTO, mantendo-se incólume a irregularida-
de atribuída ao Recorrente durante a Prestação de Contas anu-
al do exercício de 2011 (pagamentos de subsídios de vereado-
res acima do teto constitucional), bem como, as penalidades
de multa e ressarcimento ao erário, a ele aplicadas.
Ressalta-se a existência de pedido de sustentação oral pelo Re-
corrente.
O representante do Ministério Público de Contas, Procurador
Luciano Vieira, por meio do Parecer 7129/2017-1, acompanha
na íntegra a área técnica.
É o relatório, em sua importância.
II – FUNDAMENTAÇÃO:
Verifico que o presente recurso se reporta à irregularidade das
contas da Câmara Municipal de Pancas, exercício de 2011, ten-
do em vista que o seu então presidente, Sr. Marcos Alexandre
Mataveli de Morais, ao ser oportunizado em fase prévia ao pa-
gamento da diferença de subsídio acima do teto constitucio-
nal (30% do subsídio dos deputados estaduais), verificada no
mês de janeiro de 2011, no valor de R$7.860,06, equivalente a
3.722,15 VRTE, conforme Decisão Preliminar TC 042/2014, so-
mente recolheu 1/9 da importância devida, sob o argumento
de que o débito estaria individualizado, restando a cada verea-
Diário Oficial de Contas
dor o recolhimento das parcelas remanescentes, conforme os
valores indevidamente recebidos, individualmente.
Requer o recorrente que este Tribunal adote o mesmo proce-
dimento empregado no julgamento das contas da Câmara de
Pancas, exercício de 2010, na qual a questão idêntica se resol-
veu propondo a abertura em autos apartados para notificação
dos demais vereadores para recolhimento dos valores individu-
almente recebidos.
Nestas condições, o recorrente requer a aplicação dos princí-
pios da proporcionalidade e razoabilidade, uma vez que teria
recolhido previamente o valor individualmente recebido, ca-
racterizando sua boa-fé, e neste sentido, requer o julgamento
de suas contas como regular com ressalva, bem como, a exclu-
são da multa arbitrada.
Nesse passo, a área técnica manteve a irregularidade das con-
tas do recorrente, uma vez que o mesmo não teria aproveitado
a fase prévia para adimplir na integralidade o débito imputado
a ele como Ordenador de Despesas, abrindo mão da possibili-
dade de modificação do julgamento para regular com ressalva,
nos termos do art. 56, inciso III, da Lei 621/2012.
Quanto à aplicação dos princípios da proporcionalidade e razo-
abilidade arguidos pelo recorrente, a subscritora da peça téc-
nica de recurso reconhece que a boa-fé estaria presente no ca-
so sob análise, o que ensejaria a redução da multa aplicada.
Pois bem.
Entendo por alertar a este Colegiado que a matéria constante
no processo paradigma que o recorrente alegou – Acórdão TC
788/2017- Plenário (processo TC 9645/2016), está sobrestada
até ulterior apreciação do Incidente de Uniformização de Juris-
prudência, suscitada nos Embargos de Declaração - processo
TC 6209/2017, tendo em vista as medidas divergentes adota-
das por este Tribunal em caso semelhante, constantes no Acór-
dão - TC 414/2017- Plenário (processo TC 4597/2015).
Nesta situação, verifico que a irregularidade recorrida envolve
questão ainda pendente de apreciação por esta Corte de Con-
tas, o que a meu ver merece o sobrestamento do julgamento
deste recurso.
III – PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO:
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ATOS DO PLENÁRIO
Pelo exposto, tendo em vista a competência a mim conferida
pelo art. 29, V, da Lei Complementar Estadual 621/2012 (Lei
Orgânica do TCEES), divergindo do entendimento vertido na
peça conclusiva e parecer ministerial, VOTO, no sentido de que
o Colegiado aprove a seguinte proposta de deliberação que
submeto à sua consideração.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Conselheiro
1. DELIBERAÇÃO:
Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo TC
6996/2017, DECIDEM os Conselheiros do Tribunal de Contas
do Estado do Espírito Santo, reunidos em Sessão Plenária em:
1.1. Sobrestar o julgamento do presente Recurso de Reconside-
ração, até a apreciação do Incidente de Uniformização de Juris-
prudência, suscitado no processo de Embargos de Declaração -
TC 6209/2017, ante a divergência de julgamentos sobre a mes-
ma matéria, como ora foi arguida pelo recorrente, e verificada
entre os Acórdãos TC 414/2017-Plenário e TC 788/2017-Plená-
rio, nos termos informados naqueles Embargos de Declaração,
pelo Núcleo de Jurisprudência e Súmulas, através do Estudo
Técnico de Jurisprudência 0027/2017-5; e
1.2. Dar ciência aos interessados.
2. Por maioria. Vencido o conselheiro em substituição, João
Luiz Cotta Lovatti, que votou por conhecer e negar provimen-
to ao recurso, nos termos dos pareceres técnico e ministerial.
3. Data da Sessão: 13/03/2018 – 6ª Sessão Ordinária do Ple-
nário.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sérgio Aboudib Ferreira Pinto (presidente),
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun (relator), Domingos Au-
gusto Taufner, Sebastião Carlos Ranna de Macedo e Sergio Ma-
noel Nader Borges;
4.2. Conselheiros substitutos: João Luiz Cotta Lovatti (em subs-
tituição) e Marco Antonio da Silva (em substituição).
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Luciano
Vieira.
CONSELHEIRO SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
Presidente
Terça-feira, 20 de março de 2018 16

Decisão 00557/2018-8
Processo: 05298/2016-7
Classificação: Ato Normativo - Projeto de Enunciado de Súmu-
la Jurisprudência
Relator: Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Parte: Conselheiro Efetivo (SERGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO)
PROJETO DE ENUNCIADO DE SÚMULA DE JURISPRUDÊNCIA - A
VISITA TÉCNICA SOMENTE PODE SER EXIGIDA, SE DEVIDAMEN-
TE JUSTIFICADA PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, QUANDO AS
PECULIARIDADES DO OBJETO NÃO POSSAM SER EXPRESSAS DE
MODO DETALHADO E ESPECÍFICO NO INSTRUMENTO CONVO-
CATÓRIO, SENDO VEDADA A OBRIGATORIEDADE DE VISITA TÉC-
NICA CONJUNTA – ADMISSIBILIDADE – CIÊNCIA.
O EXMO. SR. CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FARIAS
CHAMOUN:
I – RELATÓRIO:
Tratam os presentes autos sobre procedimento destinado ao
processamento e apreciação de Projeto de Enunciado de Sú-
mula de Jurisprudência, deflagrado a partir de Estudo Técnico
de Jurisprudência encaminhado ao Presidente deste Tribunal
de Contas pelo Coordenador do Núcleo de Jurisprudência e Sú-
mula - NJS, conforme dispõe o art. 445, inciso VI do Regimento
Interno desta Corte de Contas.
O texto da proposta de Enunciado apresentado pelo NJS às fls.
3/10 foi o seguinte:
“A visita técnica somente pode ser exigida, se devidamente
justificada pela administração pública, quando as peculiari-
dades do objeto não possam ser expressas de modo detalha-
do e específico no instrumento convocatório, sendo vedada a
obrigatoriedade de visita técnica conjunta.”
Promovido o sorteio na 28ª sessão ordinária de 09/08/2016, o
feito foi distribuído para a relatoria do Conselheiro José Antô-
nio Almeida Pimentel, conforme despacho 31919/2016-1 (fl.
13) da SGS.
Ocorre que, considerando afastamento do Conselheiro José
Antônio Almeida Pimentel e, considerando que o conselhei-
ro Substituto João Luiz Cotta Lovatti se declarou incompeten-
Diário Oficial de Contas
te (despacho 71766/2017-2 de fl. 14) para a apreciação do fei-
to, a relatoria do presente processo coube a mim após redistri-
buição e sorteio, na forma do despacho 74557/2017-3 da SGS
(fl. 16).
No rol dos julgados elencados pelo NJS na proposta de fl.
3/10 são precedentes do Plenário os seguintes Acórdãos: TC-
355/2013, TC 498/2013, TC 1179/2014, TC 1003/2014, TC
227/2014, TC 1349/2015, TC 457/2015, TC 210/2015. O NJS ar-
rolou ainda o Acórdão TC 094/2014 – SEGUNDA CÂMARA.
É o relatório. Passo ao voto.
II – REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
O presente processo administrativo encontra-se neste Gabine-
te para verificação dos requisitos de admissibilidade, consoan-
te dispõe o art. 447, § 5º, in verbis:
“Art. 447. [...]
§ 5º O Relator verificará se foram atendidos os requisitos de
admissibilidade do projeto de enunciado de súmula ou da pro-
posta de alteração, revisão, revogação ou restabelecimento de
súmula, previstos no parágrafo anterior, como condição para o
seguimento do feito.
[...]”
Preliminarmente, destaco que as súmulas têm como objetivo
sintetizar e simplificar o entendimento da jurisprudência do
Tribunal, tomando-se como base reiteradas deliberações em
um mesmo sentido, na forma do disposto no art. 446, caput do
Regimento Interno:
“Art. 446. A súmula de jurisprudência constituir-se-á de princí-
pios ou enunciados, resumindo teses, soluções, precedentes e
entendimentos adotados reiteradamente pelo Plenário ou pe-
las Câmaras, ao deliberar sobre matérias de suas respectivas
competências”.
Pois bem.
Neste momento processual, cuido apenas da análise das con-
dições de admissibilidade do presente processo de Enunciado
de Súmula de Jurisprudência.
O NJS apresentou no Estudo Técnico de Jurisprudência os se-
guintes julgados:
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ATOS DO PLENÁRIO
ACÓRDÃO TC-355/2013-PLENÁRIO;
Trata-se de Recurso de Reconsideração em que o relator acom-
panhou o entendimento da área técnica e do Ministério Público
Especial de Contas para manter como irregular o seguinte indí-
cio de irregularidade: “3 - Exigência, Sem Amparo Legal, de Vi-
sita Técnica Conjunta e Obrigatória, infringência do artigo 3°, §
1°, inciso I, da Lei n°. 8.666193”. O voto do relator foi acompa-
nhado à unanimidade, com voto de 4 membros .
ACÓRDÃO TC-498/2013-PLENÁRIO;
Trata-se de Representação em que o relator acompanhou o en-
tendimento da área técnica e do Ministério Público Especial de
Contas para considerar improcedente a alegação da empresa
representante no sentido de que deveria ter sido exigida a visi-
ta técnica aos licitantes. Foram computados votos de 4 mem-
bros.
ACÓRDÃO TC-1179/2014-PLENÁRIO;
Trata-se de Fiscalização, na qual foi apurada a seguinte irregu-
laridade: “11.1 Exigência indevida de prévia visita técnica como
condição para participação no certame”. O relator foi acompa-
nhado à unanimidade, tendo sido computados 4 votos.
ACÓRDÃO TC-1003/2014-PLENÁRIO;
Trata-se de fiscalização em que o relator entendeu que a exi-
gência de declaração de visita técnica, como critério de habi-
litação não seria irregular em razão de o objeto licitado exigir
o conhecimento da estrutura física do local de trabalho. O vo-
to do relator foi acompanhado à unanimidade, com voto de
5 membros.
ACÓRDÃO TC-227/2014-PLENÁRIO;
Trata-se de Representação em que foi apurada como irregula-
ridade: “//.6. Forma de visita técnica que possibilita conluio en-
tre licitantes”. O relator considerou parcialmente procedente o
indício e votou por determinar aos responsáveis que: “em fu-
turos certames se abstenham de incluir, como regra, cláusulas
editalícias que se refiram à obrigatoriedade de exigência de vi-
sita técnica dos locais dos serviços como condição para habili-
tação na licitação, que somente poderá ser realizada median-
te prévia e motivada justificativa da Administração”. Seu voto
Terça-feira, 20 de março de 2018 17

foi acompanhado à unanimidade, com voto de 5 membros.
ACÓRDÃO TC-1349/2015-PLENÁRIO;
Trata-se de Representação em que foi apontado como indício
de irregularidade a “Visita Técnica Obrigatória”. O voto do re-
lator considerou a improcedência das alegações, tendo sido
acompanhado à unanimidade, computados 5 votos dos mem-
bros.
ACÓRDÃO TC-457/2015-PLENÁRIO;
Trata-se de Representação em que foi analisado o seguinte
item: “3.2.4.2 Exigir no edital de licitação a obrigatoriedade de
visita técnica conjunta e não aplicar fielmente o inciso 111 do
artigo 30 da lei 8666193”. O relator considerou tal ponto irre-
gular, tendo sido acompanhado à unanimidade. Votou também
por determinar que os responsáveis se abstivessem de “Exigir
obrigatoriedade de visita técnica sem a necessidade da mes-
ma”: Foram computados 5 votos dos membros .
ACÓRDÃO TC-210/2015-PLENÁRIO;
Trata-se de Representação em que foi alegada irregularidade
em relação ao seguinte item: “DA VISITA TÉCNICA EM DATA E
HORARIOS FIXOS”. O relator considerou procedente a alegação
quanto a este ponto. Votou por expedir determinação aos res-
ponsáveis no sentido de que “//) nas próximas licitações, in-
clusive no procedimento licitatório que vier a substituir a Con-
corrência n° 00112011, estabeleça prazo suficiente e adequa-
do para a realização da visita técnica, abstendo-se de restringi-
-la a dia e horários fixos para todos os licitantes”. Seu voto foi
acompanhado à unanimidade. Foram computados os votos de
5 membros.
Nesse contexto, a fim de verificar a sua admissibilidade, passo
abaixo a analisar se o projeto em exame apresenta todas as ca-
racterísticas necessárias.
O art. 446, § 3º foi devidamente atendido, uma vez que, con-
forme se observa das fls. 02/160, a proposta de súmula foi ini-
ciada pelo Núcleo de Jurisprudência e Súmula, autuado pelo
Presidente e distribuído a esta relatoria por sorteio ocorrido
no Plenário.
“Art. 446. [...]
Diário Oficial de Contas
§ 3º O Presidente do Tribunal, ao receber o projeto de súmu-
la ou proposta de alteração, revisão, revogação ou restabeleci-
mento de súmula, determinará sua autuação e o sorteio de re-
latoria, no prazo de quinze dias, dentre os Conselheiro efetivos,
excluindo-se do sorteio o Presidente e aquele que eventualmen-
te apresentar o projeto ou o enunciado.
[...]”
Mais adiante, o § 4º do art. 446 esclarece como o referido pro-
jeto deve estar instruído, in verbis:
“Art. 446. [...]
§ 4º O projeto de enunciado de súmula e a proposta de altera-
ção, revisão, revogação ou restabelecimento de súmula deve-
rão, obrigatoriamente, ser instruídos com as justificativas fáti-
cas e jurídicas bem como indicar expressamente os dispositi-
vos legais pertinentes e os julgados em que se fundamentam.
[...]”
Desse modo, entendo que o requisito objetivo foi cumprido,
conforme disposto acima, contudo, resta avaliar a adequação
da redação ao entendimento consolidado deste Tribunal a res-
peito do tema.
Na forma do § 1º do art. 446 do Regimento Interno, são neces-
sárias, pelo menos, 05 (cinco) decisões do Plenário no mesmo
sentido, mediante aprovação, de, no mínimo, 04 (quatro) de
seus membros, em cada uma, para que se possa constituir sú-
mula de jurisprudência.
De início, observo que o texto de enunciado proposto objetiva
esclarecer que a visita técnica somente pode ser exigida, se de-
vidamente justificada pela Administração Pública, quando as
peculiaridades do objeto não possam ser expressas de modo
detalhado e específico no instrumento convocatório, sendo ve-
dada a obrigatoriedade de visita técnica conjunta.
No que tange este requisito, considerando que constam 08 (oi-
to) decisões do Plenário, e que estas são semelhantes, enten-
do, portanto, que servem de paradigma para fins do disposto
na proposta apresentada, uma vez que aduzem que apesar da
importância da realização de visita técnica, é preciso reconhe-
cer que a referida exigência limita o universo de competidores,
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ATOS DO PLENÁRIO
restringindo assim a competitividade.
E, para que sua exigência seja legal, é necessário que a Admi-
nistração Pública demonstre a indispensabilidade de sua reali-
zação para a perfeita execução do contrato.
Pelo exposto, nos termos art. 447, § 5º, verifico que foram aten-
didos os requisitos de admissibilidade do projeto de enunciado
de súmula exigidos no § 1º do art. 446, razão pela qual voto pe-
lo seguimento do feito.
Assim, apresento ao Plenário a seguinte deliberação que ora
submeto à apreciação deste Colegiado.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Conselheiro Relator
1. DELIBERAÇÃO:
Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo TC
1626/2017, DECIDEM os Conselheiros do Tribunal de Contas
do Estado do Espírito Santo, reunidos em Sessão do Plenário:
1.1. Admitir o presente procedimento, eis presentes as condi-
ções exigidas nos §§ 1º e 2º do art. 446, e §5º do art. 447, do
Regimento Interno;
1.2. Encaminhar os autos à Secretaria Geral das Sessões para
os impulsos processuais necessários, encaminhando o proces-
so ao Núcleo de Jurisprudência e Súmula – NJS para ciência;
1.3. Procedidas às comunicações e demais providências neces-
sárias, retornem os autos a este Gabinete.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 13/03/2018 – 6ª Sessão Ordinária do Ple-
nário.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sérgio Aboudib Ferreira Pinto (presidente),
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun (relator), Domingos Au-
gusto Taufner, Sebastião Carlos Ranna de Macedo e Sergio Ma-
noel Nader Borges.
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Luciano
Vieira.
CONSELHEIRO SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
Presidente
Terça-feira, 20 de março de 2018 18

Decisão 00558/2018-2
Processos: 00201/2017-1, 03134/2014-4
Classificação: Recurso de Reconsideração
UG: IPSMRB - Instituto de Previdência dos Servidores do Muni-
cípio de Rio Bananal
Relator: Sérgio Manoel Nader Borges
Parte: JANEDARQUE FARDIM
RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO – QUITAÇÃO- MULTA – RETOR-
NO AO MINISTERIO PUBLICO DE CONTAS
O EXMO. SR. CONSELHEIRO SÉRGIO MANOEL NADER BORGES:
RELATÓRIO E FUNDAMENTAÇÃO
Cuidam os presentes autos de Recurso de Reconsideração pro-
tocolizada neste Tribunal pela Senhora Janedarque Fardim, re-
sponsavel pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Mu-
nicipio de Rio Bananal durante o exercício de 2013, em face do
Acordão TC 985/2016 – PRIMEIRA CÂMARA, em que julgou ir-
regular a Prestação de Contas do Instituto de Previdência dos
Servidores do Município de Rio Bananal, referente ao exercício
de 2013, e aplicação de multa de R$ 3.000,00, nos termos do
artigo 135, inciso I da Lei Complementar n. 621/2012, nos au-
tos do Processo TC nº 3134/2014
Devidamente notificado, o recorrente interpôs o Recurso de
Reconsideração em face da decisão proferida por este Tribunal.
Os autos foram encaminhado à Secretaria de Controle Externo
de Recursos que constatou que a materia constante nos autos
era materia eminentemente contabill, assim , estes foram en-
caminhado a área técnica competente (Secretaria de Controle
Externo de Previdência e Pessoal -SecexPrevidência), que, por
sua vez, confeccionou a Manifestação Técnica 00695/2017-8
(fls. 60-78) , concluindo pela Manutenção das irregularidades.
Ato continuo, foi proferido o acordão 823/2017 – Plenário, re-
conhecendo o Recurso de Reconsideração interposto em face
do Acórdão TC-985/2016 – Primeira Câmara e, no mérito, pelo
não provimento das razões recursais, mantendo-se incólume o
Acórdão recorrido;
O processo teve seu trânsito em Julgado em 11/10/2017, con-
forme Certidão nº 1570/2017-7, ás fls. 105.
Diário Oficial de Contas
Nos termos do artigo 305, parágrafo único c/c artigo 463 do
Regimento Interno, os autos foram encaminhados os Ministé-
rio Público de Contas, lançando os seguintes Termos de Verifi-
cação:
Nº 00004/2018-2 – Janedarque Fardim – valor residual
0,0034VRTE – fl. 129/130;
O Ministério Público de Contas pronuncia-se por meio da lavra
do ilustre Procurador Geral Luciano Vieira, fls. 113, que anali-
sando os Termos de Verificação expedidos pela Secretaria Ge-
ral do Ministério Público de Contas, onde certificou o recolhi-
mento a menor, correspondente a 0,0034 VRTE, em relação ao
valor da multa aplicada, e considerando desprezível esse valor
remanescente, pugna seja dada quitação á responsável em re-
lação à multa pecuniária; bem como requer a devolução dos
autos àquela Secretaria para os devidos registros no sistema
de cobrança do E-TCEES.
Considerando, portanto, que foi cumprida pelos responsáveis
a decisão proferida pelo Acórdão TC823/2017, tendo em vis-
ta que o recolhimento a menor trata-se de valor insignificante,
VOTO no sentido de que o colegiado aprove a seguinte propos-
ta de deliberação que submeto à consideração.
SÉRGIO MANOEL NADER BORGES
Conselheiro Relator
1. DELIBERAÇÃO:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reu-
nidos em sessão Plenária, ante as razões expostas pelo relator,
com fundamento no art. 148 da Lei 621/2012, por:
1.1. DAR QUITAÇÃO à senhora Janedarque Fardim, relação à
multa pecuniária referida, e posterior arquivamento do feito,
na forma do art. 330, I e IV do RITCEES.
1.2. RETORNAR os autos à Secretaria Geral do Ministério Pú-
blico de Contas, conforme solicitado, e disposto no artigo 463
do RITCEES.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 13/03/2018 – 6ª Sessão Ordinária do Ple-
nário.
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ATOS DO PLENÁRIO
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sérgio Aboudib Ferreira Pinto (presidente),
Sergio Manoel Nader Borges (relator), Sebastião Carlos Ranna
de Macedo, Domingos Augusto Taufner e Rodrigo Flávio Freire
Farias Chamoun;
4.2. Conselheiros substitutos: João Luiz Cotta Lovatti (em subs-
tituição) e Marco Antonio da Silva (em substituição).
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Luciano
Vieira.
CONSELHEIRO SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
Presidente
Decisão 00606/2018-8
Processos: 13655/2015-9, 06859/2013-1
Classificação: Pedido de Revisão
UG: PMV - Prefeitura Municipal de Viana
Relator: Marco Antônio da Silva
Partes: Salvador Engenharia Ltda , Gilson Daniel Batista, Fatima
Pereira Neimeg, Jessyca dos Reis Machado, Rodrigo Grijo dos
Santos, Cristiane Trancoso Grijo, Bruno Braganca Lima, Ariane
Barcellos da Paixao
Procuradores: Luiz Alfredo Pretti (OAB: 8788-ES), Marcelo Mar-
tins Altoe (OAB: 8787-ES), Joao Pereira Gomes Netto (OAB:
13411-ES), Felipe Nascimento Bernabe (OAB: 14776-ES), Vi-
tor Seabra Seixas Pinto (OAB: 16056-ES), Raul Fiorini Louzada
(OAB: 17823-ES), Larissa Luppe Dinelli (OAB: 18944)
PEDIDO DE REVISÃO - EXERCÍCIO DE 2013 – QUITAÇÃO – AR-
QUIVAR – ENCAMINHAR AO MPEC.
O EXMO. SR. CONSELHEIRO EM SUBSTITUIÇÃO MARCO ANTO-
NIO DA SILVA:
Cuidam os presentes autos de Pedido de Revisão, interposto
pela Sra. Fátima Pereira Neimeg, ex-presidente da comissão de
licitação da Prefeitura Municipal de Viana, em face do Acórdão
TC nº 898/2015, acostado às folhas 2718-2736 do Processo TC
6859/2013, em apenso, que julgou irregular a conduta pratica-
da pela recorrente, em procedimento licitatório, referente ao
Terça-feira, 20 de março de 2018 19

exercício de 2013.
Registre-se que, nos termos do Acórdão TC nº 898/2015 (fls.
2718-2736) do Processo TC 6859/2013, foi aplicada multa in-
dividual aos Srs. Gilson Daniel Batista, Fátima Pereira Neimeg,
Cristiane Trancoso Grijó, Jéssica dos Reis Machado, Rodrigo
Grijó dos Santos, Bruno Bragança Lima e Ariane Barcellos da
Paixão, no valor de 500 VRTE’s.
Consta, pois, destes autos os Termos de Verificação nº
00157/2017-9 e 00158/2017-3, emitidos pelo Ministério Públi-
co Especial de Contas, certificando que os Srs. Rodrigo Grijó e
Bruno Bragança Lima recolheram, em 18/7/2017 e 29/9/2017,
o valor atualizado de R$ 1.906,89 (um mil, novecentos e seis re-
ais e oitenta e nove centavos) e R$ 1.936,43 (um mil, novecen-
tos e trinta e seis reais e quarenta e três centavos), respectiva-
mente, aos cofres públicos, ressalvando o recolhimento a me-
nor, que corresponde a 0,0027 VRTE’s e 0,0023 VRTE’s, confor-
me documentos de folhas 157 e 162.
O Ministério Público Especial de Contas, mediante Parecer nº
00172/2018-1, da lavra do Procurador, Dr. Luciano Vieira, pug-
nou no sentido de seja expedida a devida quitação aos Srs. Ro-
drigo Grijó e Bruno Bragança Lima e arquivamento do feito,
bem como a devolução dos autos à Secretaria Geral do Minis-
tério Público Especial de Contas para os devidos registros.
Conforme regular distribuição vieram os autos a este magis-
trado de Contas para emissão de relatório e voto para efeito
de deliberação do Plenário deste Egrégio Tribunal de Contas,
nos termos do art. 29 do Regimento Interno, Resolução - TC
261/2013.
É o sucinto relatório.
VOTO
Da análise dos autos, verifico que os Srs. Rodrigo Grijó e Bru-
no Bragança Lima recolheram a multa pecuniária a eles im-
putada, conforme Termos de Verificação nº 00157/2017-9 e
00158/2017-3, emitidos pelo Ministério Público Especial de
Contas.
Frisa-se que este Egrégio Tribunal de Contas, com o advento da
Lei Complementar Estadual nº 621/2012 e da Resolução TC nº
261/2013 – Regimento Interno pacificou o entendimento acer-
Diário Oficial de Contas
ca do presente tema, vejamos:
Os artigos 87 e 148, da Lei Complementar Estadual nº
621/2012, assim estabelecem, verbis:
Art. 87. Verificada irregularidade nas contas, cabe ao Tribunal
ou ao Relator:
[...]
§ 2º. Reconhecida a boa-fé do responsável, a liquidação tem-
pestiva do débito, atualizado monetariamente, saneará o pro-
cesso, se não houver sido observada irregularidade grave nas
contas, hipótese em que o Tribunal julgará as contas regulares
com ressalva e dará quitação ao responsável.
[...]
Art. 148. Comprovado o recolhimento integral, o Tribunal de
Contas expedirá quitação do débito e/ou da multa.
Parágrafo único. O pagamento integral do débito ou da multa,
após decisão definitiva, não importa em modificação do julga-
mento quanto à irregularidade das contas, salvo em caso de re-
curso provido, reconhecendo a boa-fé do responsável ou do in-
teressado. – g.n.
Já o Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de Contas, Reso-
lução TC nº 261/2013, estabelece o seguinte, litteris:
Art. 481. Nos processos com trânsito em julgado até a publi-
cação desta Resolução, o responsável ou interessado que qui-
tar integralmente o débito ou multa, no prazo de até cento e
oitenta dias, a partir da publicação desta Resolução, saneará o
processo, se não houver sido observado dolo ou má-fé. – g.n.
Desse modo, a superveniência da Lei Complementar Estadual
nº 621/2012 e o novo Regimento Interno, onde fora fixado pra-
zo de seis meses para se considerar saneados os autos dos pro-
cessos em que tenha havido trânsito em julgado, implica tão
somente no reconhecimento da quitação destes autos, relati-
vamente ao Srs. Rodrigo Grijó e Bruno Bragança Lima, em face
do pagamento da multa a eles imposta.
Ante o exposto, acompanhando o posicionamento do Ministé-
rio Público Especial de Contas, VOTO no sentido de que o Co-
legiado aprove a seguinte minuta de Acórdão que submeto à
sua consideração.
www.tce.es.gov.br
ATOS DO PLENÁRIO
MARCO ANTONIO DA SILVA
Relator
1. DELIBERAÇÃO:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reu-
nidos em sessão do Plenário, ante as razões expostas pelo re-
lator, em:
1.1. DAR QUITAÇÃO aos Srs. Rodrigo Grijó e Bruno Bragança
Lima, então membros da Comissão de Licitação da Prefeitura
Municipal de Viana, no exercício de 2013, em razão do paga-
mento do valor da multa a eles imposta;
1.2. ARQUIVAR os presentes autos, na forma do art. 330, IV do
Regimento Interno, Resolução TC nº 261/2013, sem baixa do
débito/responsabilidade das Sras. Fátima Pereira Neimeg, Jés-
sica dos Reis Machado e Ariane Barcellos da Paixão, ressaltan-
do-se que o desarquivamento poderá ser requerido a qualquer
tempo, desde que sejam trazidas informações sobre o recolhi-
mento do débito para as medidas de direito.
1.3. ENCAMINHAR os presentes autos ao Ministério Público Es-
pecial de Contas para os devidos registros no sistema de co-
brança do E-TCEES.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 13/03/2018 – 6ª Sessão Ordinária do Ple-
nário.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sérgio Aboudib Ferreira Pinto (presidente),
Sebastião Carlos Ranna de Macedo, Domingos Augusto Tau-
fner, Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun e Sergio Manoel Na-
der Borges;
4.2. Conselheiros substitutos: Marco Antonio da Silva (relator)
e João Luiz Cotta Lovatti (em substituição).
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Luciano
Vieira.
CONSELHEIRO SÉRGIO ABOUDIB FERREIRA PINTO
Presidente
Terça-feira, 20 de março de 2018 20

1 a CÂMARA
COMPOSIÇÃO DA 1a CÂMARA
Conselheiros
Sebastião Carlos Ranna de Macedo - Presidente
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Conselheiros-substitutos
Márcia Jaccoud Freitas
Marco Antônio da Silva
Ministério Público Especial de Contas
SESSÕES
Quartas-feiras às 14 horas
Diário Oficial de Contas
Atos da 1ª Câmara
Outras Decisões - 1ª Câmara
NOTIFICAÇÃO do conteúdo dispositivo da(s) Decisão(ões) abai-
xo, nos termos do artigo 66, parágrafo único, da Lei Comple-
mentar nº 621/2012, encontrando-se os autos na Secretaria
Geral das Sessões no Tribunal de Contas do Estado do Espíri-
to Santo.
Decisão 04755/2017-3
Processo: 00882/2016-3
Classificação: Lei Orçamentária Anual
Exercício: 2016
UG: PMI - Prefeitura Municipal de Ibatiba
Relator: Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Parte: JOSE ALCURE DE OLIVEIRA
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – EXERCÍCIO DE 2016 – 1) ARQUI-
VAR.
O EXMO. SR. CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FARIAS
CHAMOUN:
I – RELATÓRIO:
Trata-se de processo referente à documentação pertinente a
Lei Orçamentária Anual da Prefeitura de Ibatiba referente ao
exercício de 2016, sob responsabilidade do Senhor José Alcu-
re de Oliveira.
No Despacho 61656/2017-5 (fl. 185), a Secretaria de Controle
Externo de Contas verificou que a Prefeitura Municipal de Ibati-
ba apresentou a mesma documentação digitalizada através do
sistema CIDADES referente à Lei Orçamentária Anual do exer-
cício de 2016. Dada à perda do objeto, sugeriu o arquivamento
dos autos, sendo acompanhado pelo Ministério Público Espe-
cial de Contas através do Em. Procurador Luís Henrique Anastá-
cio da Silva que pugnou pelo ARQUIVAMENTO dos autos.
II – CONCLUSÃO:
Ante o exposto, acompanhando o entendimento da Área Técni-
ca e do Ministério Público Especial de Contas, VOTO no sentido
www.tce.es.gov.br
ATOS DA 1 a CÂMARA
de que o Colegiado aprove a seguinte minuta de Acórdão que
submeto à sua consideração.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Conselheiro Relator
1. DELIBERAÇÕES:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reu-
nidos em sessão da Primeira Câmara, ante as razões expostas
pelo relator, em:
1.1. Arquivar os autos após os trâmites legais, com fundamen-
to no art. 330, IV da Resolução TC nº 261/13.
2. Unânime;
3. Data da Sessão: 06/12/2017 - 42ª Sessão ordinária da Pri-
meira Câmara;
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sebastião Carlos Ranna de Macedo (presi-
dente) e Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun (relator);
4.2. Conselheiros substitutos: Márcia Jaccoud Freitas;
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Heron
Carlos Gomes de Oliveira.
CONSELHEIRO SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO
Presidente
Decisão 00260/2018-1
Processos: 02411/2010-7, 08227/2014-6
Classificação: Controle Externo - Fiscalização - Auditoria
Exercício: 2009
UG: PMM - Prefeitura Municipal de Muqui
Relator: Marco Antônio da Silva
Partes: Prefeitura Muqui , Nicolau Esperidiao Neto, Ministerio
Publico de Contas do Estado do Espirito Santo, Associação Co-
mercial e Empresarial de Muqui - Ace Muqui
FISCALIZAÇÃO/AUDITORIA - EXERCÍCIO DE 2009 – DAR QUITA-
ÇÃO - ARQUIVAR.
O EXMO. SR. CONSELHEIRO EM SUBSTITUIÇÃO MARCO ANTO-
Terça-feira, 20 de março de 2018 21

NIO DA SILVA:
Cuidam os presentes autos de Fiscalização/Auditoria, realiza-
da na Prefeitura Municipal de Muqui, relativa ao exercício de
2009, sob a responsabilidade do Sr. Nicolau Esperidião Neto.
Registre-se que nos termos do Acórdão TC nº 1067/2016 (fls.
871-899), foi aplicada multa pecuniária ao responsável, no va-
lor de 2.000 VRTE’s.
Consta dos autos o Termo de Verificação nº 00156/2017-4,
emitido pelo Ministério Público Especial de Contas, certifican-
do que o Sr. Nicolau Esperidião Neto recolheu, em 15/12/2017,
o valor atualizado de 2.000 VRTE’s aos cofres públicos, confor-
me documento de folha 126.
O Ministério Público Especial de Contas, mediante Parecer nº
00102/2018-6, da lavra do Procurador, Dr. Luciano Vieira, pug-
nou no sentido de seja expedida a devida quitação ao respon-
sável e arquivamento do feito, bem como a devolução dos au-
tos à Secretaria Geral do Ministério Público Especial de Contas
para os devidos registros.
Conforme regular distribuição vieram os autos a este magistra-
do de Contas para emissão de relatório e voto para efeito de
deliberação do Colegiado da 1ª Câmara deste Egrégio Tribunal
de Contas, nos termos do art. 29 do Regimento Interno, Reso-
lução - TC 261/2013.
É o sucinto relatório.
VOTO
Da análise dos autos, verifico que o Sr. Nicolau Esperidião Neto
recolheu a multa pecuniária a ele imputada, conforme Termo
de Verificação nº 00156/2017-4, emitido pelo Ministério Públi-
co Especial de Contas.
Frisa-se que este Egrégio Tribunal de Contas, com o advento da
Lei Complementar Estadual nº 621/2012 e da Resolução TC nº
261/2013 – Regimento Interno pacificou o entendimento acer-
ca do presente tema, vejamos:
Os artigos 87 e 148, da Lei Complementar Estadual nº
621/2012, assim estabelecem, verbis:
Art. 87. Verificada irregularidade nas contas, cabe ao Tribunal
ou ao Relator:
Diário Oficial de Contas
[...]
§ 2º. Reconhecida a boa-fé do responsável, a liquidação tem-
pestiva do débito, atualizado monetariamente, saneará o pro-
cesso, se não houver sido observada irregularidade grave nas
contas, hipótese em que o Tribunal julgará as contas regulares
com ressalva e dará quitação ao responsável.
[...]
Art. 148. Comprovado o recolhimento integral, o Tribunal de
Contas expedirá quitação do débito e/ou da multa.
Parágrafo único. O pagamento integral do débito ou da multa,
após decisão definitiva, não importa em modificação do julga-
mento quanto à irregularidade das contas, salvo em caso de re-
curso provido, reconhecendo a boa-fé do responsável ou do in-
teressado. – g.n.
Já o Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de Contas, Reso-
lução TC nº 261/2013, estabelece o seguinte, litteris:
Art. 481. Nos processos com trânsito em julgado até a publi-
cação desta Resolução, o responsável ou interessado que qui-
tar integralmente o débito ou multa, no prazo de até cento e
oitenta dias, a partir da publicação desta Resolução, saneará o
processo, se não houver sido observado dolo ou má-fé. – g.n.
Desse modo, a superveniência da Lei Complementar Estadual
nº 621/2012 e o novo Regimento Interno, onde fora fixado pra-
zo de seis meses para se considerar saneados os autos dos pro-
cessos em que tenha havido trânsito em julgado, implica tão
somente no reconhecimento da quitação destes autos, relati-
vamente ao Sr. Nicolau Esperidião Neto, em face do pagamen-
to da multa a ele imposta.
Ante o exposto, acompanho o posicionamento do Ministério
Público Especial de Contas, VOTO no sentido de que o Colegia-
do aprove a seguinte minuta de Acórdão que submeto à sua
consideração.
MARCO ANTONIO DA SILVA
Relator
1. DELIBERAÇÃO:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reu-
www.tce.es.gov.br
ATOS DA 1 a CÂMARA
nidos em sessão da Primeira Câmara, ante as razões expostas
pelo relator, em:
1.1. DAR QUITAÇÃO ao Sr. Nicolau Esperidião Neto, então Pre-
feito Municipal de Muqui, no exercício de 2009, em razão do
pagamento do valor da multa a ele imposta;
1.2. ENCAMINHAR os presentes autos ao Ministério Público Es-
pecial de Contas para os devidos registros no sistema de co-
brança do E-TCEES;
1.3. ARQUIVAR os presentes autos tendo em vista o respecti-
vo adimplemento.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 21/02/2017 – 3ª Sessão Ordinária da Pri-
meira Câmara.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros presentes: Sebastião Carlos Ranna de Mace-
do (presidente) e Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun;
4.2. Conselheiros substitutos presentes: Marco Antonio da Sil-
va (relator).
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Heron
Carlos Gomes de Oliveira.
CONSELHEIRO SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO
Presidente
Decisão 00262/2018-1
Processo: 03022/2012-2
Classificação: Controle Externo - Fiscalização - Auditoria
Exercício: 2011
UG: PMP - Prefeitura Municipal de Piúma
Relator: Marco Antônio da Silva
Partes: Jose Ricardo Pereira da Costa, Lenilce Carvalho Barreto,
Marcio Jose Pereira Martins, Victor Belizario Couto
Procuradores: Rodrigo Jose Pinto Amm (OAB: 10347-ES), Jose
Carlos Nascif Amm (OAB: 1356-ES), Julio Cesar Barreiro Ran-
dow Santana (OAB: 16013-ES), Raimundo Afonso de Alvaren-
ga (OAB: 132A-ES)
Terça-feira, 20 de março de 2018 22

FISCALIZAÇÃO/AUDITORIA - EXERCÍCIO DE 2011 – DAR QUITA-
ÇÃO À LENILCE CARVALHO BARRETO. ARQUIVAR.
O EXMO. SR. CONSELHEIRO EM SUBSTITUIÇÃO MARCO ANTO-
NIO DA SILVA:
Cuidam os presentes autos de Fiscalização/Auditoria, realiza-
da na Prefeitura Municipal de Piúma, relativa ao exercício de
2011, sob a responsabilidade de. Lenilce Carvalho Barreto,
Márcio José Pereira Martins e Victor Belizário Couto.
Registre-se que nos termos do Acórdão TC nº 1179/2014 (fls.
265-272), foi aplicada multa pecuniária à Sra. Lenilce Carvalho
Barreto e ao Sr. Márcio José Pereira Martins, no valor de 2.000
VRTE’s, bem como no valor de 1.000 VRTE’s ao Sr. Victor Beli-
zário Couto.
Consta dos autos o Termo de Verificação nº 00147/2017-5,
emitido pelo Ministério Público Especial de Contas, certifican-
do que a Sra. Lenilce Carvalho Barreto recolheu, em 31/1/2017,
o valor atualizado de 2.369,8484 VRTE’s aos cofres públicos,
conforme documento de folha 314.
Ressalta-se que não costa dos autos informação referente ao
pagamento da multa imposta aos Srs. Márcio José Pereira Mar-
tins e Victor Belizário Couto.
O Ministério Público Especial de Contas, mediante Parecer nº
07203/2017-8, da lavra do Procurador, Dr. Luciano Vieira, pug-
nou no sentido de que seja expedida a devida quitação ao res-
ponsável com o arquivamento do feito, bem como a devolução
dos autos ao Ministério Público Especial de Contas para acom-
panhamento da execução do referido Acórdão, relativamente à
cobrança da multa pecuniária aplicada aos Srs. Márcio José Pe-
reira Martins e Victor Belizário Couto.
Conforme regular distribuição vieram os autos a este magistra-
do de Contas para emissão de relatório e voto para efeito de
deliberação do Colegiado da 1ª Câmara deste Egrégio Tribunal
de Contas, nos termos do art. 29 do Regimento Interno, Reso-
lução - TC 261/2013.
É o sucinto relatório.
VOTO
Da análise dos autos, verifico que a Sra. Lenilce Carvalho Barre-
Diário Oficial de Contas
to recolheu a multa pecuniária a ela imputada, conforme Ter-
mo de Verificação nº 00147/2017-5, emitido pelo Ministério
Público Especial de Contas.
Frisa-se que este Egrégio Tribunal de Contas, com o advento da
Lei Complementar Estadual nº 621/2012 e da Resolução TC nº
261/2013 – Regimento Interno pacificou o entendimento acer-
ca do presente tema, vejamos:
Os artigos 87 e 148, da Lei Complementar Estadual nº
621/2012, assim estabelecem, verbis:
Art. 87. Verificada irregularidade nas contas, cabe ao Tribunal
ou ao Relator:
[...]
§ 2º. Reconhecida a boa-fé do responsável, a liquidação tem-
pestiva do débito, atualizado monetariamente, saneará o pro-
cesso, se não houver sido observada irregularidade grave nas
contas, hipótese em que o Tribunal julgará as contas regulares
com ressalva e dará quitação ao responsável.
[...]
Art. 148. Comprovado o recolhimento integral, o Tribunal de
Contas expedirá quitação do débito e/ou da multa.
Parágrafo único. O pagamento integral do débito ou da multa,
após decisão definitiva, não importa em modificação do julga-
mento quanto à irregularidade das contas, salvo em caso de re-
curso provido, reconhecendo a boa-fé do responsável ou do in-
teressado. – g.n.
Já o Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de Contas, Reso-
lução TC nº 261/2013, estabelece o seguinte, litteris:
Art. 481. Nos processos com trânsito em julgado até a publi-
cação desta Resolução, o responsável ou interessado que qui-
tar integralmente o débito ou multa, no prazo de até cento e
oitenta dias, a partir da publicação desta Resolução, saneará o
processo, se não houver sido observado dolo ou má-fé. – g.n.
Desse modo, a superveniência da Lei Complementar Estadual
nº 621/2012 e o novo Regimento Interno, onde fora fixado pra-
zo de seis meses para se considerar saneados os autos dos pro-
cessos em que tenha havido trânsito em julgado, implica tão
somente no reconhecimento da quitação destes autos, relati-
www.tce.es.gov.br
ATOS DA 1 a CÂMARA
vamente à Sra. Lenilce Carvalho Barreto, em face do pagamen-
to da multa a ela imposta.
Ante o exposto, acompanho o posicionamento do Ministério
Público Especial de Contas, VOTO no sentido de que o Colegia-
do aprove a seguinte minuta de Acórdão que submeto à sua
consideração.
MARCO ANTONIO DA SILVA
Relator
1. DELIBERAÇÃO:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reu-
nidos em sessão da Primeira Câmara, ante as razões expostas
pelo relator, em:
1.1. DAR QUITAÇÃO à Sra. Lenilce Carvalho Barreto, então Se-
cretária de Educação de Piúma, no exercício de 2011, em razão
do pagamento do valor da multa a ela imposta;
1.2. ARQUIVAR os presentes autos, na forma do art. 330, IV do
Regimento Interno, Resolução TC nº 261/2013, sem baixa do
débito/responsabilidade dos Srs. Márcio José Pereira Martins e
Victor Belizário Couto, ressaltando-se que o desarquivamento
poderá ser requerido a qualquer tempo, desde que sejam tra-
zidas informações sobre o recolhimento do débito para as me-
didas de direito.
1.3. ENCAMINHAR os presentes autos ao Ministério Público Es-
pecial de Contas para os devidos registros no sistema de co-
brança do E-TCEES.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 21/02/2017 – 3ª Sessão Ordinária da Pri-
meira Câmara.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sebastião Carlos Ranna de Macedo (presi-
dente) e Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun;
4.2. Conselheiros substitutos: Marco Antonio da Silva (relator).
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Heron
Carlos Gomes de Oliveira.
CONSELHEIRO SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO
Presidente
Terça-feira, 20 de março de 2018 23

Decisão 00263/2018-5
Processo: 07561/2014-1
Classificação: Controle Externo - Fiscalização - Representação
UG: PML - Prefeitura Municipal de Linhares
Relator: Marco Antônio da Silva
Partes: Katia Cilene dos Santos Felix, Jair Correa, Tribunal de
Contas do Estado do Espirito Santo, Amilck de Souza Costa
FISCALIZAÇÃO/REPRESENTAÇÃO - EXERCÍCIO DE 2014 - QUITA-
ÇÃO - ARQUIVAR.
O EXMO. SR. CONSELHEIRO EM SUBSTITUIÇÃO MARCO ANTO-
NIO DA SILVA:
Cuidam os presentes autos de Fiscalização/Auditoria, realiza-
da na Prefeitura Municipal de Linhares, relativa ao exercício de
2014, sob a responsabilidade dos Srs. Amilck de Souza Costa,
Kátia Cilene dos Santos Félix e Jair Corrêa.
Registre-se que nos termos do Acórdão TC nº 876/2016 (fls.
448-480), foi aplicada multa pecuniária aos Srs. Amilck de Sou-
za Costa, Kátia Cilene dos Santos Félix, no valor de 3.000 VR-
TE’s.
Consta dos autos o Termo de Verificação nº 00159/2017-8,
emitido pelo Ministério Público Especial de Contas, certifican-
do que o Sr. Amilck de Souza Costa recolheu, em 13/12/2017,
o valor atualizado de R$ 3.390,00 (três mil, trezentos e noventa
reais) aos cofres públicos, conforme documento de folha 509.
O Ministério Público Especial de Contas, mediante Parecer nº
00185/2018-9, da lavra do Procurador, Dr. Luciano Vieira, pug-
nou no sentido de seja expedida a devida quitação ao respon-
sável e arquivamento do feito, bem como a devolução dos au-
tos à Secretaria Geral do Ministério Público Especial de Contas
para os devidos registros.
Conforme regular distribuição vieram os autos a este magistra-
do de Contas para emissão de relatório e voto para efeito de
deliberação do Colegiado da 1ª Câmara deste Egrégio Tribunal
de Contas, nos termos do art. 29 do Regimento Interno, Reso-
lução - TC 261/2013.
É o sucinto relatório.
VOTO
Diário Oficial de Contas
Da análise dos autos, verifico que o Sr. Amilck de Souza Costa
recolheu a multa pecuniária a ele imputada, conforme Termo
de Verificação nº 00159/2017-8, emitido pelo Ministério Públi-
co Especial de Contas.
Frisa-se que este Egrégio Tribunal de Contas, com o advento da
Lei Complementar Estadual nº 621/2012 e da Resolução TC nº
261/2013 – Regimento Interno pacificou o entendimento acer-
ca do presente tema, vejamos:
Os artigos 87 e 148, da Lei Complementar Estadual nº
621/2012, assim estabelecem, verbis:
Art. 87. Verificada irregularidade nas contas, cabe ao Tribunal
ou ao Relator:
[...]
§ 2º. Reconhecida a boa-fé do responsável, a liquidação tem-
pestiva do débito, atualizado monetariamente, saneará o pro-
cesso, se não houver sido observada irregularidade grave nas
contas, hipótese em que o Tribunal julgará as contas regulares
com ressalva e dará quitação ao responsável.
[...]
Art. 148. Comprovado o recolhimento integral, o Tribunal de
Contas expedirá quitação do débito e/ou da multa.
Parágrafo único. O pagamento integral do débito ou da multa,
após decisão definitiva, não importa em modificação do julga-
mento quanto à irregularidade das contas, salvo em caso de re-
curso provido, reconhecendo a boa-fé do responsável ou do in-
teressado. – g.n.
Já o Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de Contas, Reso-
lução TC nº 261/2013, estabelece o seguinte, litteris:
Art. 481. Nos processos com trânsito em julgado até a publi-
cação desta Resolução, o responsável ou interessado que qui-
tar integralmente o débito ou multa, no prazo de até cento e
oitenta dias, a partir da publicação desta Resolução, saneará o
processo, se não houver sido observado dolo ou má-fé. – g.n.
Desse modo, a superveniência da Lei Complementar Estadual
nº 621/2012 e o novo Regimento Interno, onde fora fixado pra-
zo de seis meses para se considerar saneados os autos dos pro-
cessos em que tenha havido trânsito em julgado, implica tão
www.tce.es.gov.br
ATOS DA 1 a CÂMARA
somente no reconhecimento da quitação destes autos, relati-
vamente ao Sr. Amilck de Souza Costa, em face do pagamento
da multa a ele imposta.
Ante o exposto, acompanho o posicionamento do Ministério
Público Especial de Contas, VOTO no sentido de que o Colegia-
do aprove a seguinte minuta de Acórdão que submeto à sua
consideração.
MARCO ANTONIO DA SILVA
Relator
1. DELIBEIRAÇÃO:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reu-
nidos em sessão da Primeira Câmara, ante as razões expostas
pelo relator, em:
1.1. DAR QUITAÇÃO ao Sr. Amilck de Souza Costa, então Secre-
tário Municipal de Obras de Linhares, no exercício de 2014, em
razão do pagamento do valor da multa a ele imposta;
1.2. ARQUIVAR os presentes autos, na forma do art. 330, IV do
Regimento Interno, Resolução TC nº 261/2013, sem baixa do
débito/responsabilidade da Sra. Kátia Cilene dos Santos Félix,
ressaltando-se que o desarquivamento poderá ser requerido a
qualquer tempo, desde que sejam trazidas informações sobre
o recolhimento do débito para as medidas de direito.
1.3. ENCAMINHAR os presentes autos ao Ministério Público Es-
pecial de Contas para os devidos registros no sistema de co-
brança do E-TCEES.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 21/02/2017 – 3ª Sessão Ordinária da Pri-
meira Câmara.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sebastião Carlos Ranna de Macedo (presi-
dente) e Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun;
4.2. Conselheiros substitutos: Marco Antonio da Silva (relator).
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Heron
Carlos Gomes de Oliveira.
CONSELHEIRO SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO
Presidente
Terça-feira, 20 de março de 2018 24

Decisão 00472/2018-1
Processo: 01709/2007-6
Classificação: Denúncia
UG: PMCI - Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim
Relator: Marco Antônio da Silva
Partes: Ative Engenharia Ltda , Roberto Valadao Almokdice, Ri-
cardo Claudino Pessanha, Magda Aparecida Gasparini, Jorge
Luiz Gava, Jansler Bonicenha Aride, Citeluz Servicos de Ilumi-
nacao Urbana S/A
REPRESENTAÇÃO - DEIXAR DE CONVERTER EM TOMADA DE
CONTAS ESPECIAL – CITAÇÃO – PRAZO 30 DIAS – NOTIFICAR.
O EXMO. SR. CONSELHEIRO EM SUBSTITUIÇÃO MARCO ANTO-
NIO DA SILVA:
Cuidam os presentes autos de Representação, formulada pela
empresa Ative Engenharia Ltda, relativa a supostas irregulari-
dades na realização de Concorrência Pública n° 001/2006, cujo
objeto se refere à contratação de empresa especializada para
o gerenciamento integrado do sistema de iluminação pública
do município, com fornecimento de mão-de-obra e materiais.
Constam dos autos o Relatório de Auditoria Especial - RA-E
46/2007, elaborado pela 9ª Controladoria Técnica – Engenha-
ria, que sugeriu a citação do Prefeito Municipal de Cachoeiro
de Itapemirim, Sr. Roberto Valadão Almokdice para que se pro-
nunciasse sobre os indícios de irregularidades apontados, sen-
do tal entendimento acolhido na Instrução Técnica Inicial - ITI
853/2007.
Na sequência, a área técnica, através do Núcleo de Engenharia
e Obras Públicas (NEO), nos termos da Instrução de Engenharia
Conclusiva - IEC 7/2015, concluiu que as justificativas apresen-
tadas pelo Sr. Roberto Valadão Almokdice foram insuficientes,
mantendo-se a irregularidade, sugerindo o encaminhamento
dos autos ao Núcleo de Estudos Técnicos e Análises Conclusi-
vas (NEC) para manifestação.
Ato contínuo, o Núcleo de Estudos Técnicos e Análises Conclu-
sivas – NEC, nos termos da Manifestação Técnica Preliminar -
MTP 89/2016, sugeriu notificação do atual Prefeito de Cachoei-
ro do Itapemirim para que juntasse aos autos o processo:
Diário Oficial de Contas
ATOS DA 1 a CÂMARA
a) contrato nº 037/2007, mantido com a empresa Citeluz Ser- ção Técnica Inicial 01000/2017-8, verbis:
viços de Iluminação Urbana S/A, bem como de todos os seus [...]
eventuais aditivos; Em face dos achados de fiscalização apontados no Relatório de
b) de todos os processos de pagamentos efetuados à Contrata- Inspeção Nº 00018/2017-6, em respeito aos princípios consti-
da Citeluz Serviços de Iluminação Urbana S/A na execução do tucionais do contraditório e da ampla defesa, sugere-se a esta
objeto da Concorrência Pública 001/2006. Corte de Contas:
Este Relator, nos termos da Decisão Monocrática 165/2016, 1. A conversão do processo de fiscalização em tomada de con-
determinou a notificação do Sr. Carlos Roberto Casteglione tas especial, nos termos do artigo 115, caput, da Lei Comple-
Dias, conforme sugerido na Manifestação Técnica Preliminar - mentar 621/2012316 e do artigo 207, VI c/c art. 317, caput e §
MTP 89/2016, supramencionada, que, em atendimento ao Ter- 2º, do Regimento Interno do Tribunal de Contas do ES, aprova-
mo de Notificação Nº 300/2016, trouxe aos autos vasta docu- do pela Resolução TC 261/2013, em razão dos achados que re-
mentação. sultaram em dano ao erário.
Analisando os autos, área técnica, através da Secretaria de Con- 2. A citação dos responsáveis descritos no quadro adiante, nos
trole Externo de Obras e Serviços de Engenharia, nos termos da termos do artigo 56, II e III da Lei Complementar 621 de 8 de
Instrução Técnica Inicial 01000/2017-8, com base nos achados março de 2012; e artigo 157, II, do RITCE/ES, para que, no pra-
de auditoria apontados no Relatório de Inspeção 00018/2017- zo estipulado, apresentem, individual ou coletivamente, razões
6, sugeriu a conversão do processo de fiscalização em Toma- de justificativa (caso não houver débito), ou alegações de de-
da de Contas Especial, com a realização de citação dos respon- fesa, bem como documentos que entenderem necessários, e/
sáveis, Sr. Ricardo Claudino Pessanha, Sr. Roberto Valadão Al- ou recolham as importâncias devidas (nos termos descritos no
mokdice, Sr. Jorge Luiz Gava, Sr. Jansler Bonicenha Aride, Sr.ª. item 4.1 do Relatório de Inspeção Nº  00018/2017-6), em ra-
Magda Aparecida Gasparini, Citeluz Serviços de Iluminação Ur- zão dos achados de fiscalização apontados individual ou cole-
bana S/A. tivamente:
RESPONSÁVEIS SOLIDÁRIOS SUBITENS / IRRE- IMPORTÂNCIA DEVIDA
Conforme regular distribuição vieram os autos a este Magis-
GULARIDADES R$ VRTE
trado de Contas para emissão de relatório e voto para efeito Sr. Ricardo Claudino Pessanha; 2.1.2 Prejuízo cau- 944.768,85 474.879,80
de deliberação da 1ª Câmara deste Egrégio Tribunal de Con- Sr. Roberto Valadão Almokdice; sado por sistemática
tas, na forma do art. 29 do Regimento Interno, Resolução TC Sr. Jorge Luiz Gava; de avaliação de técni-
Sr. Jansler Bonicenha Aride; ca e preço incompatí-
nº 261/2013.
Sra. Magda Aparecida Gaspa- vel com o objeto da li-
É o sucinto relatório. rini; citação
VOTO Citeluz Serviços de Iluminação
Urbana S/A
Tendo sido apresentada a presente Denúncia, acerca de supos- Sr. Roberto Valadão Almokdice 2.1.1 Pagamento de 389.186,04 221.960,78
tas irregularidades na realização de Concorrência Pública n° Sr. Jorge Luiz Gava serviços com super-
001/2006, necessária é sua análise para posterior deliberação, Sr. Jansler Bonicenha Aride faturamento em de-
Sra. Magda Aparecida Gasparini corrência dos preços
em razão da documentação que lhe deu suporte.
Citeluz Serviços de Iluminação acima do preço para-
1. CONSIDERAÇÕES DE FATO E DE DIREITO: Urbana S/A digma
TOTAL 1.333.954,89 696.840,58
Do exame dos autos verifico que a área técnica sugeriu a con-
versão dos presentes autos em Tomada de Contas Especial, Sugere-se, também, a remessa de cópia do Relatório de Fiscali-
com a realização de citação dos responsáveis, conforme Instru- zação e seus apêndices e anexos (fls. 5542 - 5884) em referên-
www.tce.es.gov.br Terça-feira, 20 de março de 2018 25

cia, juntamente com o Termo de Citação, a fim de subsidiar a
presente Instrução Técnica Inicial. – g.n.
Em que pese o posicionamento da área técnica, verifico que
não deve ser promovida a conversão dos autos em tomada de
contas especial, neste momento processual, razão pela qual
deixo de acolher, preliminarmente, a conversão dos presentes
autos em tomada de contas, conforme sugerido pela área téc-
nica, em razão de que podem haver esclarecimentos quanto
aos valores a serem ressarcidos pelos gestores, ou então, po-
dem os responsáveis aproveitar a oportunidade para recolhe-
rem as respectivas importâncias.
Assim sendo, acolho parcialmente os termos da manifesta-
ção técnica, exceto quanto à conversão do feito em tomada
de contas, no que se refere à Instrução Técnica Inicial – ITI nº
01000/2017-8, constante destes autos.
DISPOSITIVO:
Ante o exposto, acompanhando, parcialmente, o entendimen-
to da área técnica, VOTO no sentido de que o Colegiado aprove
a seguinte minuta de Decisão que submeto à sua consideração.
MARCO ANTONIO DA SILVA
Relator
1. DELIBERAÇÃO:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, ACORDAM os Con-
selheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo,
reunidos em sessão da Primeira Câmara, ante as razões expos-
tas pelo relator, em:
1.1. DEIXAR de converter os presentes autos em Tomada de
Contas Especial, promovendo-se a CITAÇÃO dos agentes res-
ponsáveis, Sr. Ricardo Claudino Pessanha, Sr. Roberto Vala-
dão Almokdice, Sr. Jorge Luiz Gava, Sr. Jansler Bonicenha Ari-
de, Srª. Magda Aparecida Gasparini, Citeluz Serviços de Ilumi-
nação Urbana S/A, nos termos do artigo 288, inciso IX, e 157,
II, do Regimento Interno, Resolução TC nº 261/2013, e do art.
56, III, da Lei Complementar Estadual nº 621/2012, para que,
no prazo de (trinta) 30 dias, apresentem suas alegações de de-
fesa, bem como os documentos que entenderem necessários
e/ou recolham a respectiva importância devida, no valor de R$
Diário Oficial de Contas
1.333.954,89 (um milhão, trezentos e trinta e três mil, nove-
centos e cinquenta e quatro reais e oitenta e nove centavos),
equivalentes a 696.840,58 VRTE’s, em razão dos indicativos de
irregularidades constantes da Instrução Técnica Inicial – ITI nº
01000/2017-8, conforme suas responsabilidades;
1.2. NOTIFICAR os responsáveis, no sentido de que poderão
exercer sua defesa por todos os meios em direito admitidos,
e, querendo, exercer o direito de sustentação oral, nos termos
do disposto no art. 327, § 1º, da Resolução TC nº 261/2013, Re-
gimento Interno, quando do julgamento dos presentes autos,
cuja data será devidamente publicada no Diário Oficial Eletrô-
nico do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, na for-
ma do art. 101, da Resolução TC nº 261/2013;
1.3. ALERTAR aos agentes responsáveis que a ausência de
manifestação resulta na declaração de sua revelia, nos ter-
mos do art. 157, § 7º, da Resolução TC nº 261/2013, acom-
panha esta decisão, integrando-a, cópia do Relatório de Ins-
peção 00018/2017-6 e da Instrução Técnica Inicial – ITI nº
01000/2017-8, constante dos presentes autos;
1.4. CERTIFICAR os prazos relativos à citação, após, devolva-se
os autos ao Relator para prosseguimento do feito.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 28/02/2018 – 4ª Sessão Ordinária da Pri-
meira Câmara.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun (no
exercício da presidência);
4.2. Conselheiros substitutos: Marco Antonio da Silva (relator)
e Márcia Freitas Jacooud (convocada).
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Heron
Carlos Gomes de Oliveira.
CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FARIAS CHAMOUN
No exercício da Presidência
Decisão 00474/2018-9
Processo: 02800/2005-3
www.tce.es.gov.br
ATOS DA 1 a CÂMARA
Classificação: Controle Externo - Fiscalização - Auditoria
Exercício: 1998
UG: PMM - Prefeitura Municipal de Muqui
Relator: Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Partes: Prefeitura Muqui , Mauricio Jose da Silva, Gilbardo Mo-
fati Vicente, Carlos Elias Mendonca, Heron Carlos Machado Go-
mes, Marco Aurelio Monteiro de Barros Sobrinho, Valdir Casti-
glioni Filho, Fabio Vieira dos Santos 05438396647, Gatti &Bor-
toloso Engenharia Ltda - Me, Ecologica- Engenharia e Meio Am-
biente Ltda - Me
Procuradores: ROBERTA WEBER (OAB: 32056-SC), LAIS CAMI-
LA DE MEDEIROS (OAB: 35900-SC), VILCO DE MEDEIROS (OAB:
12589-SC), GENESIO MOFATI VICENTE (OAB: 8031-ES), OZORIO
VICENTE NETTO (OAB: 19873-ES), LUÍZA OZÓRIO DE OLIVEIRA
(OAB: 28132-ES)
CONTROLE EXTERNO – FISCALIZAÇÃO – AUDITORIA - REVOGAR
PARCIALMENTE A DECISÃO MONOCRÁTICA Nº 00994/2017-1,
RECONHECENDO A ILEGITIMIDADE PASSIVA DA PESSOA JURÍDI-
CA GATTI & BORTOLOSO ENGENHARIA LTDA – CITAÇÃO DA EM-
PRESA ECOLÓGICA ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE LTDA-ME
O EXMO. SR. CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FARIAS
CHAMOUN:
I – RELATÓRIO:
Nos termos da Decisão Monocrática 00994/2017-1 determinei
a citação, além de outros responsáveis, da pessoa jurídica Gatti
& Bortoloso Engenharia Ltda-ME (nome fantasia Ecológica En-
genharia e Meio Ambiente), acompanhando in totum os ter-
mos da Instrução Técnica inicial – Complementar nº 700/2017-
5 (evento 12 - fl. 379/382).
Devidamente notificada, na forma do Termo de Citação nº
01510/2017-5 (evento 22 – fl. 395), a procuradora constituí-
da, por meio de Defesa/Justificativa de nº 01125/2017-1 (even-
to 35) veio aos autos informando que “a empresa peticio-
nante, Gatti e Botoloso Engenharia Ltda ME, inscrita no CNPJ
10.985.176/0001-01, jamais contratou com a Prefeitura Muni-
cipal de Muqui (ES), tampouco prestou serviços de engenharia
de construção civil para nenhuma outra empresa”.
Terça-feira, 20 de março de 2018 26

Menciona, ainda, que a empresa manifestante foi fundada em
24/07/2009, tendo como atividade econômica principal a fa-
bricação de máquinas e equipamentos para indústrias de ali-
mentos, bebidas, fumo, peças e acessórios, sendo que jamais
prestou serviços de construção civil, objeto da auditoria reali-
zada.
Ademais, esclarece que em consulta aos autos de auditoria, ve-
rificou que a empresa que efetivamente celebrou o contrato
é denominada Ecológica Engenharia e Meio Ambiente LTDA,
inscrita no CNPJ 02.773.327/0001-2, pessoa jurídica distinta da
que foi efetivamente citada.
Para comprovação de todo alegado, juntou a situação cadas-
tral de Pessoa Jurídica das duas empresas distintas, bem como,
o contrato de n° 057/2003 objeto de auditoria e Nota fiscal de
n° 000152, visando asseverar que os mesmos foram realizados
pela empresa Ecológica Engenharia e Meio Ambiente Ltda, re-
gistrada sob no CNPJ sob o n° 02.773.327/0001-21.
Conclui requerendo o reconhecimento da ilegitimidade passi-
va e a consequente extinção do processo em face da empresa
Gatti & Bortoloso Engenharia Ltda-ME, registrada no CNPJ sob
o n° 10.985.176/0001-01.
É o relatório. Passo ao voto.
II – FUNDAMENTAÇÃO:
De fato, assiste razão a empresa peticionante, pois confor-
me relatado nas alegações de defesa, a pessoa jurídica Gat-
ti & Bortoloso Engenharia Ltda, registrada no CNPJ sob o n°
10.985.176/0001-01, é parte ilegítima para constar como res-
ponsável nos presentes autos.
Diante do exposto, apresento sinceros votos de escusas e pe-
sar pelo equívoco, além de agradecer e parabenizar pela con-
sideração em diligenciar e abastecer os autos com documenta-
ção pertinente à questão, e voto, por reconhecer a ilegitimida-
de passiva da empresa em questão, com a consequente citação
da empresa Ecológica Engenharia e Meio Ambiente LTDA-ME.
III – DISPOSITIVO:
Pelo exposto, com base na competência outorgada pelo inciso
V, do artigo 29, e, na forma do § 2º do art. 47 da Resolução TC
Diário Oficial de Contas
261/2013 (Regimento Interno do TCEES), apresento à Câmara
a seguinte DELIBERAÇÃO que ora submeto à sua consideração:
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Conselheiro Relator
1. DELIBERAÇÃO:
Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo TC
1626/2017, DECIDEM os Conselheiros do Tribunal de Contas
do Estado do Espírito Santo, reunidos em Sessão da 1ª Câmara:
1.1. REVOGAR parcialmente a Decisão Monocrática nº
00994/2017-1, reconhecendo, com base no art. 70 da LC
621/2012 c/c artigo 485, VI do Código de Processo Civil, a ilegi-
timidade passiva da pessoa jurídica Gatti & Bortoloso Engenha-
ria Ltda, inscrita no CNPJ sob o n° 10.985.176/0001-01, excluin-
do-a do rol de responsáveis nos presentes autos, anulando-se,
assim, o Termo de Citação nº 01510/2017-5;
1.2. CITAR o responsável abaixo relacionado, para que no pra-
zo de 30 (trinta) dias improrrogáveis (art. 56, III da LCE nº
621/2012 e art. 157, III da Resolução TC nº 261/2013), apre-
sente, individual ou coletivamente, alegações de defesa, bem
como documentos que entender necessários e/ou recolha as
importâncias devidas, em razão dos achados apontados na Ins-
trução Técnica Inicial ITI 00700/2017-5, da qual deverá ser ex-
traída cópia integral para remessa ao interessado, juntamente
com a cópia do Relatório de Auditoria nº 21/2005 e Manifesta-
ção Técnica 913/2017-8, e do Termo de Citação, preferencial-
mente em mídia digital:
RESPONSÁVEIS subitens/ IRRE- IMPORTÂNCIA DEVIDA
SOLIDÁRIOS GULARIDADES R$ VRTE
Ecológica Engenharia 2.2 – Recebeu por 19.296,40 15.593,05
e Meio Ambiente) serviços não execu-
(Contrato nº 57/2002) tados
2.3 – Recebeu por 6.625,46 5.353,91
serviços já executa-
dos no contrato nº
60/1998
Ecológica Engenharia 2.4 – Recebeu por 4.401,48 3.225,95
e Meio Ambiente) serviços não execu-
(Contrato nº 57/2003) tados no contrato
nº 57/2003 (PMM)
Dê-se ciência ao Representante Legal da Pessoa Jurídica Gat-
www.tce.es.gov.br
ATOS DA 1 a CÂMARA
ti e Bortoloso Engenharia Ltda (CNPJ: 10.985.176/0001-01),
cientificando-a pessoalmente do teor da deliberação e tam-
bém mediante publicação em Diário Eletrônico, fazendo cons-
tar expressamente do Ofício, as sinceras escusas por parte des-
te Conselheiro Relator, em nome do Tribunal de Contas do Es-
pírito Santo, pelo lamentável equívoco ocorrido.
Em 08 de Fevereiro de 2018.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Conselheiro Relator
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 28/02/2018 – 4ª Sessão Ordinária da Pri-
meira Câmara.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun (no
exercício da presidência/ relator);
4.2. Conselheiros substitutos: Marco Antonio da Silva (em
substituição) e Márcia Freitas Jacooud (convocada).
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Heron
Carlos Gomes de Oliveira.
CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FARIAS CHAMOUN
No Exercício da Presidência
Decisão 00478/2018-7
Processo: 02918/2012-9
Classificação: Controle Externo - Fiscalização - Auditoria
Exercício: 2011
UG: PMM - Prefeitura Municipal de Montanha
Relator: Marco Antônio da Silva
Partes: Prefeitura Montanha , Iracy Carvalho Machado Baltar
Fernandes, Haroldo Correa Rocha, Norma Lucia Silva Costa, Al-
tamir Morais Filho
Procuradores: Luciano Kelly Do Nascimento (OAB: 5205-ES)
CONTROLE EXTERNO – FISCALIZAÇÃO – AUDITORIA – PREFEI-
TURA DO MUNICÍPIO DE MONTANHA – EXERCÍCIO DE 2011 –
PRESCRIÇÃO – INEXISTÊNCIA DO PARECER DE QUE TRATA O AR-
Terça-feira, 20 de março de 2018 27

TIGO 71, §1º DA LEI ORGÂNICA DO TRIBUNAL DE CONTAS E
O ARTIGO 373, §1º DO REGIMENTO INTERNO – ENCAMINHA-
MENTO DOS AUTOS AO MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TRI-
BUNAL DE CONTAS.
O EXMO. SR. CONSELHEIRO EM SUBSTITUIÇÃO MARCO ANTO-
NIO DA SILVA:
Cuidam os presentes autos de Auditoria Ordinária, realizada na
Prefeitura Municipal de Montanha, referente ao exercício de
2011, sob a responsabilidade da Sra. Iracy Carvalho Machado
Baltar Fernandes, Prefeita Municipal, sendo responsáveis soli-
dários os senhores Haroldo Correa Rocha – Secretário de Esta-
do da Educação, Norma Lúcia Silva Costa – Pregoeira e Altamir
Morais Filho – Assistente Jurídico.
Os responsáveis foram citados, conforme Decisão Monocrática
299/2012 e Termos de Citação 1694, 1695, 1696 e 1697/2012,
na forma do Relatório de Auditoria – RAO 65/2012 e Instru-
ção Técnica Inicial – ITI 991/2012, para manifestação sobre
os indicativos de irregularidade 2.1, 2.2, 2.3, 2.4, 2.5, 2.6, 2.7,
2.8, 2.9 e 2.10, relativamente ao Convênio 025/2009 (fls. 101-
109), realizado entre o Estado do Espírito Santo, por intermé-
dio da Secretaria de Estado da Educação - SEDU e o Município
de Montanha, bem como para recolhimento da importância de
R$ 3.235.089,47, equivalente a 1.531.983,45 VRTE’s, referente
ao item 2.10, trazendo aos autos a documentação de fls. 1011-
1017 e 1022-1036.
A área técnica, através do Núcleo de Estudos Técnicos e Análi-
ses Conclusivas – NEC, nos termos da Instrução Técnica Conclu-
siva – ITC 04391/2016-1 opinou pela manutenção das irregula-
ridades indicadas nos itens 2.1, 2.2, 2.3, 2.4, 2.5, 2.6, 2.7, 2.8,
2.9 e 2.10, pelo afastamento da devolução ao erário da impor-
tância relativa ao item 2.10, bem como pela aplicação de multa
aos responsáveis, com expedição de recomendação.
O Ministério Público Especial de Contas, mediante o Parecer
5373/2017-2, da lavra do Procurador, Dr. Heron Carlos Gomes
de Oliveira, em consonância com a área técnica, pugnou no
mesmo sentido.
Os autos foram redistribuídos a este Magistrado de Contas pa-
ra emissão de relatório e voto para efeito de deliberação do Co-
Diário Oficial de Contas
legiado da 1ª Câmara deste Egrégio Tribunal de Contas, na for-
ma do art. 29 do Regimento Interno, Resolução TC 261/2013,
em virtude da Conselheira em Substituição Márcia Jaccoud
Freitas declarar-se suspeita para atuar nos autos.
Registre-se que a Sras. Iracy Carvalho Machado Baltar Fernan-
des, Norma Lúcia Silva Costa e o Sr. Altamir Morais Filho reque-
reram sustentação oral (fl. 1034), por seu patrono, Dr. Lucia-
no Kelly do Nascimento – OAB/ES 5.205, sendo realizados dois
pregões, respectivamente, nos dias 06/12/2017 e 13/12/2017,
porém, os interessados não compareceram para o exercício
desse direito.
É o sucinto relatório.
VOTO
Em atendimento ao Plano de Auditoria nº 54/2012 (fl. 01), a
equipe técnica deste Egrégio Tribunal de Contas realizou na
Prefeitura Municipal de Montanha fiscalização/auditoria, obje-
tivando verificar a regularidade e legalidade dos atos de ges-
tão praticados, no exercício de 2011, relativamente ao Convê-
nio 025/2009 (fls. 101-109), realizado entre o Estado do Espíri-
to Santo, por intermédio da Secretaria de Estado da Educação-
-SEDU e o Município de Montanha.
CONSIDERAÇÕES DE FATO E DE DIREITO:
Da análise dos autos, verifico que a área técnica, nos termos
da Instrução Técnica Conclusiva – ITC 04391/2016-1, assim opi-
nou, verbis:
[...]
3. CONCLUSÃO/PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO
3.1. Após a análise dos fatos constantes dos presentes autos,
que versam sobre Auditoria Ordinária, realizada na Prefeitura
Municipal de Montanha, relativa ao exercício de 2011, enten-
deu-se que devem ser mantidas as seguintes irregularidades,
conforme abaixo discriminados:
3.1.1 – ESTABELECIMENTO DE CONVÊNIO DE TRANSPORTE ES-
COLAR EM DESACORDO COM A PORTARIA AGE/SEFAZ 01/2006.
→ Infringência ao artigo 2º, incisos II, III e IV, § 1º, ao artigo 8º,
incisos I e V, aos artigos 22, 28, 29, 30, parágrafo único, e 34, §
1º, incisos I e II, da Portaria AGE/Sefaz 01/06.
www.tce.es.gov.br
ATOS DA 1 a CÂMARA
Responsável: Haroldo Corrêa Rocha - Secretário Estadual de
Educação
3.1.2 - DESCUMPRIMENTO DE CLÁUSULAS CONVENIADAS.
→ Infringência ao artigo 21 da Portaria AGE/Sefaz 01/06.
Responsáveis: Haroldo Corrêa Rocha e Iracy Carvalho Machado
Baltar Fernandes - Prefeita Municipal
3.1.3 - AUSÊNCIA DE ESTIMATIVA DO IMPACTO ORÇAMENTÁ-
RIO-FINANCEIRO DA DESPESA.
→ Infringência ao artigo 16, inciso I, da Lei Complementar nº
101/00.
Responsáveis: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes - Pre-
feita Municipal e Altamir Morais Filho - Assistente Jurídico
3.1.4 - AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DE RECURSO PRÓPRIO PARA
A DESPESA E AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE
PREVISÃO DE RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS.
→ Infringência ao artigo 7º, § 2º, inciso III, e artigo 38 da Lei
nº 8.666/93.
Responsáveis: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes - Pre-
feita Municipal e ordenadora de despesas, Norma Lucia Silva
Costa – Pregoeira e Altamir Morais Filho - Assistente Jurídico.
3.1.5 - EDITAL DE LICITAÇÃO EM DESCONFORMIDADE COM A
LEGISLAÇÃO.
→ Infringência ao princípio da legalidade, do interesse público
e da motivação – artigo 37 da CF e artigo 32 da CEES.
→ Infringência ao artigo 3º, incisos I, II e III, da Lei 10.520/02.
→ Infringência artigo 7º, inciso I e § 2º, inciso II, da Lei nº
8.66693.
→ Infringência ao artigo 40, caput, e § 2º, incisos I e II, da Lei
nº 8.666/93.
Responsáveis: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes, Nor-
ma Lucia Silva Costa e Altamir Morais Filho.
3.1.6 - EDITAL DE LICITAÇÃO CONTENDO CLÁUSULAS RESTRITI-
VAS DE COMPETIÇÃO.
→ Infringência ao artigo 3º, caput e § 1º, inciso I, Lei nº
8.666/93.
Responsáveis: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes - Pre-
Terça-feira, 20 de março de 2018 28

feita Municipal, Norma Lucia Silva Costa – Pregoeira e Altamir
Morais Filho - Assistente Jurídico.
3.1.7 – AUSÊNCIA DE CRITÉRIO DE ACEITABILIDADE DOS PRE-
ÇOS UNITÁRIO E GLOBAL.
→ Infringência ao artigo 40, inciso X, da Lei nº 8.666/93.
Responsáveis: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes - Pre-
feita Municipal, Norma Lucia Silva Costa – Pregoeira e Altamir
Morais Filho - Assistente Jurídico.
3.1.8 - CONTRATO E MINUTA DO CONTRATO SEM CLÁUSULAS
OBRIGATÓRIAS.
→ Infringência ao artigo 55, incisos I, II, III, VII, VIII, IX e XIII, da
Lei nº 8.666/93.
Responsáveis: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes - Pre-
feita Municipal, Norma Lucia Silva Costa – Pregoeira e Altamir
Morais Filho - Assistente Jurídico.
3.1.9 – PUBLICAÇÃO IRREGULAR DO RESUMO DO CONTRATO.
→ Infringência ao artigo 37, caput (princípio da publicidade),
da CF e ao artigo 61, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93.
Responsáveis: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes - Pre-
feita Municipal
3.1.10 – ALTERAÇÕES CONTRATUAIS SEM A DEVIDA FORMA-
LIZAÇÃO MEDIANTE TERMO ADITIVO (CONTRATO VERBAL) -
ACRÉSCIMO DO VALOR CONTRATADO ACIMA DOS 25%.
→ Infringência aos artigos 60, parágrafo único e 65, § 1º e 2º,
da Lei nº 8.666/93.
Responsável: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes - Pre-
feita Municipal.
3.2. Posto isso e diante do preceituado no art. 319, § 1º, inciso
IV, da Res. TC 261/2013, conclui-se opinando por:
3.2.1 Rejeitar as razões de justificativa de Haroldo Corrêa Ro-
cha, em razão das irregularidades dispostas nos itens 3.1.1 e
3.1.2 desta ITC, sugerindo a aplicação de multa, com amparo
no artigo 62 da LC 32/93 e na forma do artigo 96, inciso II, da
Lei Complementar 32/93;
3.2.2 Rejeitar as razões de justificativa da senhora Iracy Carva-
lho Machado Baltar Fernandes, em razão das irregularidades
Diário Oficial de Contas
dispostas nos itens 3.1.2 a 3.1.10 desta ITC, sugerindo a aplica-
ção de multa, com amparo no artigo 62 da LC 32/93 e na forma
do artigo 96, inciso II, da Lei Complementar 32/93;
3.2.3 Rejeitar as razões de justificativa da senhora Norma Lucia
Silva Costa, em razão das irregularidades dispostas nos itens
3.1.4 a 3.1.8 desta ITC, sugerindo a aplicação de multa, com
amparo no artigo 62 da LC 32/93 e na forma do artigo 96, inci-
so II, da Lei Complementar 32/93;
3.2.4 Rejeitar as razões de justificativa do senhor Altamir Mo-
rais Filho, em razão das irregularidades dispostas nos itens
3.1.3 a 3.1.8 desta ITC, sugerindo a aplicação de multa, com
amparo no artigo 62 da LC 32/93 e na forma do artigo 96, inci-
so II, da Lei Complementar 32/93;
3.2.5 - Recomendar à Prefeitura Municipal de Montanha que
faça constar em seus editais de licitação para contratos de
transporte escolar uma descrição dos itinerários previstos, com
pelo menos seus pontos de partida e chegada, veículos neces-
sários a cada qual e estimativa do público a ser atendido em ca-
da itinerário. - (g.n.).
Por seu turno, o douto representante do Parquet de Contas,
nos termos do Parecer 5373/2017-2, acompanhou na íntegra o
posicionamento da área técnica.
Assim sendo, passo, então, ao enfrentamento de mérito dos
indicativos de irregularidades cuja mantença foi sugerida pe-
la área técnica, à luz da documentação dos autos, das alega-
ções de defesa apresentadas, bem como da legislação aplicá-
vel, a saber:
2. DO MÉRITO:
2.1 ESTABELECIMENTO DE CONVÊNIO DE TRANSPORTE ESCO-
LAR EM DESACORDO COM A PORTARIA AGE/SEFAZ 01/2006
(ITEM 2.1 DA ITC 04391/2016-1 e ITI).
Base legal: Infringência ao artigo 2º, incisos II, III e IV, § 1º, ao
artigo 8º, incisos I e V, aos artigos 22, 28, 29, 30, parágrafo úni-
co, e 34, § 1º, incisos I e II, da Portaria AGE/Sefaz 01/06.
Responsável: Haroldo Corrêa Rocha - Secretário Estadual de
Educação
Segundo o relato técnico, em síntese, o Convênio 025/2009,
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assinado entre a Secretaria Estadual de Educação (sendo o tit-
ular Haroldo Corrêa Rocha) e a Prefeitura Municipal de Mon-
tanha, apresentou Plano de Trabalho com diversas irregulari-
dades, a saber:
identificação imprecisa do objeto, visto que não são indicados
os alunos beneficiários e a localização exata das suas residên-
cias, as escolas em que estudam, as séries e outros elementos
essenciais para determinar os percursos e as distâncias a serem
percorridas para a execução do objeto;
ausência da descrição das metas a serem atingidas, qualitativa
e quantitativamente, visto que no plano de trabalho referen-
te ao Convênio 025/09, não são descritas quaisquer metas. A
equipe de auditoria entende que meta é a parcela quantificá-
vel do objeto descrita no plano de trabalho, sem a qual não é
possível identificar ou determinar o objeto conveniado. A equi-
pe entende, ainda, que as metas devem indicar e quantificar os
produtos e resultados esperados de modo a permitir a verifica-
ção de seu cumprimento, além da identificação dos beneficiá-
rios (direta ou indiretamente) do projeto. As metas devem dar
noção da abrangência da ação a ser realizada;
ausência da descrição das etapas ou fases, sendo descrito ape-
nas as atividades (que na tabela aparece como “especifica-
ção”);
cronograma de execução das metas/fases insuficiente. Se não
existem metas definidas no plano de trabalho, se não existem
etapas ou fases definidas no plano de trabalho, o cronograma
de execução constante do plano de trabalho é irregular, pois
representa a periodização da execução das metas e etapas. A
equipe de auditoria entende que o cronograma de execução é
o desdobramento do objeto do convênio em realizações físi-
cas, de acordo com unidades de medida preestabelecidas, com
a indicação do conjunto de elementos que compõem o objeto.
Entende, ainda, que devem ser indicadas cada uma das ações
em que se divide uma meta e o prazo previsto para a imple-
mentação de cada meta, etapa ou fase com suas respectivas
datas, informando a unidade de medida que melhor caracteri-
za o produto de cada meta, etapa ou fase.
Constatou-se, ainda, omissão do órgão concedente – SEDU, na
Terça-feira, 20 de março de 2018 29

adoção de ações corretivas visando o saneamento do Plano de
Trabalho, condição necessária para sua aprovação e a conse-
quente liberação dos recursos, bem como ausência de ado-
ção de ações de controle e fiscalização da execução do convê-
nio, tanto pelo concedente como pelo convenente, além das
prestações de contas, conforme artigos 2º, incisos II, III, e IV,
parágrafo primeiro, e artigo 8º, inciso V, 22, 28, 29 e 30, da Por-
taria AGE/Sefaz 01/06.
O Sr. Haroldo Corrêa Rocha alegou, em síntese, que a auditoria
ocorreu em 2012, abrangendo o exercício de 2011, e que, em
2011, jê não era mais o ordenador de despesas da Secretaria
de Estado da Educação, vez que foi nomeado em 12/02/2007
e exonerado em 01/01/2011, conforme se vê às folhas 1016-
1017, requerendo a exclusão da sua responsabilidade.
Acrescentou, também, que (fls. 1012-1014):
- identificação imprecisa do objeto – consta do plano de tra-
balho, planilhas assinadas pelos diretores das unidades esco-
lares, contendo os nomes dos alunos, localização de suas resi-
dências, escolas que frequentavam, séries, turnos, identifica-
ção do percurso e quilometragem.
- ausência da descrição das metas a serem atingidas, qualitati-
va e quantitativamente – as metas a serem atingidas são defi-
nidas pelo nº de alunos a serem atendidos pelo transporte es-
colar, conforme o plano de trabalho.
- ausência da descrição das etapas ou fases – neste caso, não
há descrição detalhada, uma vez que o atendimento aos alu-
nos ocorre diariamente, por 200 dias letivos, definidos no ca-
lendário escolar. Não se trata de atividades desenvolvidas em
momentos estanques, que necessitem de cumprimento de um
item para início de outro.
- cronograma de execução das metas/fases insuficiente – con-
forme dito anteriormente, existe uma única meta para todo o
período letivo, não havendo desdobramento do objeto do con-
vênio em realizações físicas, pois trata-se de nº de alunos a se-
rem atendidos diariamente durante 200 dias letivos.
Quanto ao controle e fiscalização do convênio, é realizado dia-
riamente pelas unidades escolares através de planilhas de fre-
quência, conforme estabelece a Portaria 232-S/2009, e enca-
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minhadas à SEDU, juntamente com as prestações de contas.
No tocante à ausência de análise de prestação de contas, a
análise ocorre na medida em que são apresentadas as presta-
ções de contas parciais.
A subscritora da Instrução Técnica Conclusiva - ITC sugeriu a
mantença da irregularidade, contra argumentando, em sínte-
se, que o Secretário não apresentou qualquer documento que
comprove suas alegações e que, ao contrário, o plano de tra-
balho apresentado pelo Município é praticamente inexistente,
não demonstrando a sua necessidade e impossibilitando o cál-
culo dos valores a serem repassados pela SEDU.
Aduziu, pois, que, quanto à ausência de ações de controle e fis-
calização, o artigo 22 da Portaria AGE/SEFAZ 01/2006, estabe-
lece que deve ser exercido pela SEDU e não pelo município co-
mo alegou o Secretário.
Sustentou, por fim, quanto à ausência de análise e avaliação
das prestações de contas parciais, que a defesa não compro-
vou através de pareceres que as mesmas foram analisadas e
aprovadas antes da liberação da parcela seguinte do convênio.
Examinando os autos, verifico que o convênio em questão foi
assinado em 28/05/2009, com vigência até 30/04/2010, sendo
o responsável exonerado em 01/11/2011, motivo pelo qual en-
tendo que os fatos trazidos no bojo processual abrangem situ-
ações ocorridas nos exercícios de 2009 e 2010, que acertada-
mente foram basilares na verificação realizada pela área técni-
ca, não cabendo, no caso, a exclusão da responsabilidade do
Secretário Estadual, como requerido.
Com relação às diversas inconsistências apontadas pela área
técnica, verifico da documentação juntada em auditoria, às fls.
100-133, que o objeto do convênio foi o custeio do transporte
escolar dos alunos do ensino fundamental e médio residentes
em áreas rurais, trazendo em anexo, como parte integrante do
convênio, o plano de trabalho, o plano de aplicação, o crono-
grama de execução e de desembolso, bem como os demons-
trativos da quantidade de alunos por localidade, por escola e
por turno, os demonstrativos de custo anual por ação, descre-
vendo cada escola e respectivo quantitativo de aluno.
A referida documentação, a meu ver, considerando o objeto
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conveniado, atende aos ditames do § 1º, do artigo 116, da Lei
Federal 8666/1993, que assim estabelece, litteris:
Artigo 116 – [...]
§ 1º A celebração de convênio acordo ou ajuste pelos órgãos
ou entidades da Administração Pública depende de prévia
aprovação de competente plano de trabalho proposto pela or-
ganização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, as se-
guintes informações:
I - identificação do objeto a ser executado;
II - metas a serem atingidas;
III - etapas ou fases da execução;
IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;
V - cronograma de desembolso;
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim
da conclusão das etapas ou fases programadas;
VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia
[...] - g.n.
Com relação às prestações de contas, constato da documenta-
ção juntada em auditoria, às fls. 134-392, que a única juntada
aos autos se refere ao exercício de 2011 (18/10/2011), não po-
dendo o Sr. Haroldo ser responsabilizado por elas, haja vista a
sua exoneração do cargo de Secretário Estadual ocorreu em ja-
neiro de 2011, não havendo nos autos comprovação de qual-
quer ausência de controle e fiscalização da execução do convê-
nio no período de sua gestão (2009/2010).
Posto isto, divirjo do entendimento técnico e do Órgão ministe-
rial e afasto a presente irregularidade.
2.2 DESCUMPRIMENTO DE CLÁUSULAS CONVENIADAS (ITEM
2.2 DA ITC 04391/2016-1 e ITI).
Base Legal: Infringência ao artigo 21 da Portaria AGE/Sefaz
01/06.
Responsáveis: Haroldo Corrêa Rocha e Iracy Carvalho Machado
Baltar Fernandes - Prefeita Municipal.
De acordo com o relato técnico, a Prefeitura Municipal de
Montanha não cumpriu a Cláusula 2.1.2, item “g”, do Convênio
025/2009, que determina “observar e cumprir as regras da Lei
Terça-feira, 20 de março de 2018 30

8.666/93 na celebração de contratos para a execução do ob-
jeto do presente Convênio”, deixando de constar do contrato
11/2009, diversas cláusulas obrigatórias como ausência de ob-
jeto e seus elementos característicos (definição das linhas e ro-
tas, distância de cada rota, quantitativo de alunos por linha e
turno), regime de execução dos serviços, valor total estimado
do contrato, contendo o preço por quilômetro rodado, o direi-
to e a responsabilidade das partes, casos de recisão.
Relatou, ainda, a equipe técnica, que o município não cumpriu
a Cláusula 2.1.2, item “i”, do Convênio 025/2009, que determi-
na “utilizar para transporte dos alunos veículo devidamente li-
cenciado pelo Detran-ES”, conforme prevê a Instrução de Ser-
viço nº 026N de 15/05/2005 e previsão de acompanhamento,
por monitores, para o transporte dos alunos do ensino infan-
til e fundamental.
A Sra. Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes alegou, em
síntese, que, todos os veículos foram vistoriados e fiscalizados
pelo DETRAN, bem como seus condutores devidamente forma-
dos para o transporte escolar.
Quanto à falta de previsão de acompanhamento, por monito-
res, para o transporte dos alunos esta não conduz à desaprova-
ção das contas, na medida em que os serviços contratados fo-
ram prestados, observando os valores do mercado, sem qual-
quer prejuízo para a municipalidade ou ilegalidade que enseje
a declaração de ilegalidade da contratação.
O Sr. Haroldo Corrêa Rocha alegou, em síntese, o seguinte:
Nos processos de prestação de contas constam os atestados
das escolas referentes à execução dos serviços e relatórios de
acompanhamento realizados pela Superintendência Regional
de Educação.
Esclarecemos que, para a celebração dos convênios com os
municípios, os processos são submetidos à análise da Procu-
radoria Geral do Estado e a Secretaria do Estado de Controle e
Transparência, sendo de inteira responsabilidade do Município
a realização do processo licitatório para contratação dos servi-
ços e a fiscalização da sua prestação em conformidade com a
legislação em vigor.
Por fim é necessário relembrar, que a auditoria que deu origem
Diário Oficial de Contas
ao processo 2918/2102 se refere ao exercício de 2011, período
em que eu não mais ocupava o cargo de Secretário de Estado
de Educação, uma vez fui exonerado a partir do dia 01/01/2011
através do Decreto n’ 018-S, de 03/01/2011.
A subscritora da ITC sugeriu a mantença da irregularidade so-
mente quanto ao item “i” da Cláusula 2.1.2, excluindo o item
“g” da mesma Cláusula, em razão do princípio non bis in idem,
contra argumentando, em síntese, que as irregularidades trata-
das na Instrução Técnica Inicial - ITI se referem ao descumpri-
mento das regras estabelecidas pela Lei 8666/93 e que o con-
trato 11/2009 não incluiu cláusula que determine a obrigato-
riedade de acompanhante no transporte de alunos do ensino
infantil e fundamental.
Sustentou, também, que era responsabilidade do Secretário de
Estado da Educação a fiscalização do cumprimento dos termos
do Convênio pelo município, mantendo a responsabilidade do
Sr. Haroldo Corrêa Rocha quanto aos exercícios de 2009 e 2010,
haja vista a sua exoneração em 01/01/2011.
Examinando os autos, verifico da documentação juntada em
auditoria às fls. 441-611, 100 -102 e 423-424, que o subitem
“i” do item 2.1.2 da cláusula 2ª do convênio, exige a utilização
de veículos devidamente licenciados pelo DETRAN, conforme
Instrução de Serviço 26-N/2005, bem como o atendimento da
legislação de trânsito, em especial, o artigo 136 do Código Na-
cional de Trânsito.
Verifico, ainda, que o contrato prevê a execução dos serviços
de acordo com o edital de pregão e que o referido edital traz
todas as exigências relativas à regularidade dos veículos e seus
motoristas (fls. 449-450), as quais atendem aos artigos 136 e
138 do Código Nacional de Trânsito, exceto quanto ao acom-
panhante que não está previsto no referido artigo 136, mas no
artigo 12 da Instrução Normativa 26/2005 do DETRAN, estan-
do toda esta documentação juntada aos autos (fls. 496-577).
Conforme demonstrado, a irregularidade trata de descumpri-
mento do artigo 21 da Portaria AGE/SEFAZ 01/2006 que obriga
o atendimento de cláusula do convênio, a qual se refere a licen-
ciamento de veículos conforme a IN/DETRAN 26/2005 e a le-
gislação de trânsito, em especial o artigo 136 do Código Nacio-
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nal de Trânsito, não constando, explicitamente, a obrigatorie-
dade de acompanhante no transporte escolar, sendo esta man-
tida, especificamente, por inobservância ao artigo 12 da IN/DE-
TRAN 26/2005.
Em assim sendo, entendo que não constou explicitamente da
clausula conveniada a obrigatoriedade de acompanhante no
transporte escolar e que houve, portanto, o cumprimento das
exigências explicitamente pactuadas, razão pela qual divirjo do
entendimento técnico e do Órgão Ministerial e afasto a presen-
te irregularidade.
2.3 AUSÊNCIA DE ESTIMATIVA DO IMPACTO ORÇAMENTÁRIO-
-FINANCEIRO DA DESPESA (ITEM 2.3 DA ITC 04391/2016-1 e
ITI).
Base Legal: Infringência ao artigo 16, inciso I, da Lei Comple-
mentar 101/2000.
Responsáveis: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes - Pre-
feita Municipal e Altamir Morais Filho - Assistente Jurídico.
O Relatório de Auditoria apontou a ausência de estimativa do
impacto orçamentário-financeiro da despesa no exercício em
que deva entrar em vigor e nos dois exercícios seguintes, con-
forme exigência legal (fls. 33-34).
Os responsáveis alegaram, em síntese, que os pareceres téc-
nicos acostados aos autos dão conta da existência de previsão
orçamentária para a quitação da despesa decorrente da exe-
cução do contrato, haja vista a origem da receita advinda do
convênio.
Sustentaram, por fim, que a exigência de estimativa do impac-
to orçamentário-financeiro da despesa previsto no artigo 16,
inciso I, da LRF se refere à criação, expansão, ou aperfeiçoa-
mento de ação governamental que acarrete aumento de des-
pesa, o que não é o caso em questão.
A subscritora da ITC sugeriu a mantença da irregularidade con-
tra argumentando, em síntese, que, considerando que a Pre-
feitura Municipal de Montanha, durante a realização do Pre-
gão Presencial 04/2009, não apresentou um plano de trabalho
completo, descrevendo as rotas do transporte escolar e as dis-
tâncias percorridas, também não estimou o impacto orçamen-
tário-financeiro da despesa, pois não conhecia o valor global
Terça-feira, 20 de março de 2018 31

estimado para as despesas de transporte escolar.
Conforme demonstrado, trata a irregularidade, de inobservân-
cia de dispositivo de lei (artigo 16, I, da LRF) não aplicável ao
caso em apreço, vez que se trata de recurso de convênio, e,
quanto ao plano de trabalho descrevendo as rotas e as distân-
cias percorridas, este já foi analisado em item anterior, consta-
tando-se que constam dos anexos ao convênio, item 9.2.5 do
pregão, a realização de visita técnica com percurso em todas
as linhas, bem como o atestado de que fora realizada (fls. 450
e 477).
Posto isto, divirjo do entendimento técnico e do Órgão Ministe-
rial e afasto a presente irregularidade.
2.4 AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DE RECURSO PRÓPRIO PARA A
DESPESA E AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE
PREVISÃO DE RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS (ITEM 2.4 DA ITC Nº
04391/2016-1).
Base Legal: Infringência ao artigo 7º, § 2º, inciso III, e artigo 38
da Lei nº 8.666/93.
Responsáveis: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes - Pre-
feita Municipal e ordenadora de despesas, Norma Lucia Silva
Costa – Pregoeira e Altamir Morais Filho - Assistente Jurídico.
De acordo com o Relatório de Auditoria, a Administração Mu-
nicipal de Montanha não indicou no processo licitatório a pre-
visão de recursos orçamentários (artigo 7º, §2º, inciso III) e
a existência de recursos próprios para a despesa (artigo 38,
caput).
Segunda a defesa, a indicação da dotação orçamentária cons-
ta do Edital do Pregão Presencial, sendo atendido, consequen-
temente, o disposto no artigo 7º, § 2º, inciso III, e o artigo 38
da lei de licitações.
A subscritora da ITC sugeriu a mantença da irregularidade, con-
tra argumentando, em síntese, de acordo com a irregularida-
de descrita no item 2.10 desta ITC, que a Prefeitura Municipal
de Montanha pagou à empresa Aritur Transporte e Turismo, no
exercício de 2009, o valor de R$ 1.541.817,00 pelos serviços
prestados de transporte escolar.
Aduziu, ainda, de acordo com o Convênio 25/2009, que foi re-
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passado pela SEDU à Prefeitura Municipal de Montanha o to-
tal de R$ 729.891,27, além de R$ 19.983,53, provenientes do
PNATE, transferidos diretamente ao município, totalizando R$
749.874,80, assim, R$ 791.942,20 foram pagos com recursos
próprios da Prefeitura Municipal de Montanha à empresa con-
tratada.
Sustentou, por fim, que, de acordo com a defesa, a dotação or-
çamentária estava prevista no edital de licitação. Entretanto,
verifica-se dos autos que para a execução do objeto contratual,
o edital de licitação fez menção apenas às seguintes dotações
orçamentárias, conforme cláusula 1.5, relativas às transferên-
cias realizadas pela Sedu e PNATE:
1.5- Dotação Orçamentária:
050002.3.3.3.90.39.1236100162.034, 050002.3.3.3.90.39.123
6100362.046
Conforme demonstrado à fl. 445 destes autos, a dotação or-
çamentária própria consta do edital de pregão, bem como da
cláusula 4ª do contrato (fls. 423-424), quais sejam: 050002.3.3.
90.39.1236100162.034, 050009.3.90.39.1236100362.046, fato
incontroverso, não se identificando, no entanto, o valor mone-
tário global do contrato, mas apenas o valor unitário por quilô-
metro rodado (R$ 2,55).
Verifico, pois, do Termo de Convênio acostado às fls. 100-109,
que o mesmo não prevê contrapartida monetária por parte do
município, constando da cláusula 3ª apenas os recursos do Es-
tado e do FNDE, nos valores relatados, já quanto aos valores
indicados na ITC relativos ao item 2.10, não fazem parte deste
item, e, por consequência deve ser desconsiderada sua apre-
ciação.
Posto isto, divirjo do entendimento técnico e do Órgão Ministe-
rial e afasto a presente irregularidade.
2.5 EDITAL DE LICITAÇÃO EM DESCONFORMIDADE COM A LE-
GISLAÇÃO (ITEM 2.5 DA ITC 04391/2016-1 e ITI).
Base Legal: Infringência ao princípio da legalidade, do interes-
se público e da motivação – artigo 37 da CF e artigo 32 da CEES;
Infringência ao artigo 3º, incisos I, II e III, da Lei 10.520/02.
Infringência artigo 7º, inciso I e § 2º, inciso II, da Lei nº 8.66693.
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Infringência ao artigo 40, caput, e § 2º, incisos I e II, da Lei nº
8.666/93.
Responsáveis: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes, Nor-
ma Lucia Silva Costa e Altamir Morais Filho.
Segundo o Relatório de Auditoria, a Prefeitura Municipal de
Montanha elaborou edital de licitação sem a identificação exa-
ta do objeto (art. 3º, incisos I, II e III, da Lei nº 10.520/2002),
acarretando na irregularidade de vários aspectos do processo.
De acordo com a Equipe Técnica, a definição do objeto da lici-
tação como sendo a “Contratação de 03 (três) kombis e 13 (tre-
ze) ônibus para o transporte de alunos”, primeiramente, não
demonstrou com clareza o interesse público e a motivação,
uma vez que o processo não apresentou a quantidade de alu-
nos que utilizavam o transporte, como também não identificou
as linhas ou rotas licitadas.
Aduziu que o elemento essencial para a contratação de servi-
ços de transporte escolar é a distância (em quilômetros) a ser
percorrida diariamente, distância esta resultante da medição
das diversas linhas e rotas a serem percorridas pelas Kombis e
ônibus, sendo que sem a definição das linhas ou rotas (a par-
tir da identificação e quantificação dos alunos), não há, no pro-
cesso, parâmetro para uma estimativa de preços ou realização
de orçamento.
Sustentou, por fim, que a ausência da definição das rotas para
o transporte escolar também impossibilitou o parcelamento do
objeto, conforme determina o artigo 15, inciso IV, da Lei de Lici-
tações, e que, se a Prefeitura Municipal tivesse determinado as
rotas e a quantidade de alunos por linha para o transporte es-
colar, parcelando o objeto, um maior número de interessados
poderia ter participado do certame.
O Relatório de Auditoria apontou, ainda, que o Edital de Pre-
gão Presencial 04/2009 não está acompanhado de Termo de
Referência ou Projeto Básico, conforme exigência legal e, como
consequência, o procedimento licitatório foi processado e rea-
lizado sem a definição ou estimativa da avaliação do custo total
e dos preços unitários dos serviços a serem contratados, infrin-
gindo o artigo 40, §2º, incisos I e II, da Lei nº 8.666/93, consta-
tando, também a ausência de indicação do regime de execução
Terça-feira, 20 de março de 2018 32

do serviço a ser contratado (artigo 40, caput, da LL), evidencian-
do a não exigência do cumprimento do art. 7º, XXXIII, da CF (arti-
go 27, inciso V).
Os responsáveis alegaram, em síntese, que o custo e o preço uni-
tário foram expressamente fixados mediante pesquisa realizada
na forma da lei, sendo que custo do quilômetro ficou abaixo do
valor apurado, e, quanto ao objeto, declaram que foi definido co-
mo sendo transporte escolar.
No que se refere ao parcelamento, alegam que a opção era impro-
dutiva, já que um só prestador pode ao longo do contrato otimizar
recursos mediante a utilização de um só sistema de manutenção,
pessoal, almoxarifado, estoque, etc.
A subscritora da ITC sugeriu a mantença da irregularidade, contra
argumentando, em síntese, que o objeto do Pregão foi a “Contra-
tação de 3 kombis e 13 ônibus para o transporte de alunos das zo-
nas rural e urbana do Município, com capacidade mínima de 39 a
45 passageiros sentados (...) ou seja, o edital de licitação preten-
dia contratar transporte escolar, mas não continha um descritivo
das rotas, informando a quantidade de alunos e a localidade de
suas residências, os turnos e a quilometragem a ser realizada dia-
riamente.
Aduziu, pois, da leitura do objeto que, em razão da sua impreci-
são, seria possível até mesmo afirmar que a Prefeitura pretendia
contratar apenas os veículos, sem a prestação dos serviços de mo-
torista e que a defesa não juntou aos autos qualquer documento
comprovando a existência de um termo de referência ou projeto
básico discriminando as rotas do transporte escolar (art. 7º, inciso
I e § 2º, inciso II, Lei 8.666/93 e art. 40, § 2º, inciso I e II).
Concluiu que houve infringência ao princípio da legalidade, da
motivação e do interesse público, tendo em vista que durante a
fase preparatória do pregão a autoridade competente não justi-
ficou a necessidade de contratação com a elaboração de projeto,
bem como não definiu o objeto de forma precisa, suficiente e cla-
ra (art. 3º, inc. I, II e III, Lei 10.520/2002).
Argumentou, por fim, em relação à ausência de previsão do re-
gime de execução contratual (artigo 40, caput, da Lei 8.666/93),
que, ainda que os serviços de transporte escolar sejam pagos por
quilômetro rodado, o que presumiria a opção pela execução indi-
reta por empreitada por preço unitário, mantem-se a irregularida-
de, pois o conjunto de irregularidades verificado na elaboração do
Diário Oficial de Contas
edital 004/2009 demonstra a falta de compromisso das autorida-
des com a legislação vigente na realização do processo de contra-
tação de transporte escolar.
Quanto à ausência de previsão no edital de licitação de proibição
de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoi-
to e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos (art. 7º, inciso
XXXIII, CF), conforme artigo 27, inciso V, da Lei nº 8.666/93, opi-
nou pelo afastamento da irregularidade, tendo em vista que con-
tratos relativos a transporte escolar não admitem trabalhadores
menores de 18 anos.
Quanto ao apontamento de infringência ao artigo 15, incisos IV
e V, da Lei 8.666/93, opinou pelo afastamento da irregularidade,
tendo em vista que não se aplica ao processo em comento.
Examinando os autos, verifico que, conforme demonstrado, de
um tema genérico (edital de licitação em desacordo com a legis-
lação), nasceram várias irregularidades, dentre as quais, a descri-
ção inexata do objeto, a não demonstração do interesse público e
da motivação, a ausência de projeto básico ou termo de referên-
cia, decorrem da não apresentação do quantitativo de alunos e a
identificação das linhas ou rotas a serem percorridas.
No entanto, conforme analisado em item anterior, houve até vis-
toria (percurso) nas linhas e rotas licitadas, das quais constam as
escolas e os quantitativos de alunos por escola, localidade e por
turno, como definido no convênio.
Em assim sendo, acolho as razões de justificativas, divirjo do en-
tendimento técnico e do Órgão Ministerial e afasto a presente ir-
regularidade.
2.6 EDITAL DE LICITAÇÃO CONTENDO CLÁUSULAS RESTRITIVAS DE
COMPETIÇÃO (ITEM 2.6 DA ITC 4391/2016-1 e ITI).
Base Legal: Infringência ao artigo 3º, caput e §1º, inciso I, Lei nº
8.666/93.
Responsáveis: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes - Prefei-
ta Municipal, Norma Lucia Silva Costa – Pregoeira e Altamir Morais
Filho - Assistente Jurídico.
2.6.1 OBJETO DA LICITAÇÃO INDICADO DE FORMA A RESTRINGIR
A PARTICIPAÇÃO DE COMPETIDORES.
De acordo com o relato técnico o edital de licitação definiu, em
sua Cláusula 1.4, o objeto a ser contratado como “(...) 3 (três) kom-
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ATOS DA 1 a CÂMARA
bis e 13 (treze) ônibus para o transporte de alunos (...) com capa-
cidade mínima de 39 a 45 passageiros sentados (...)”, sendo que,
segundo o seu entendimento, tal definição, além de incorreta, res-
tringiu a participação de maior número de empresas no certame.
Aduziu, também, que os quantitativos exigidos no Edital (3 kom-
bis, 13 ônibus, capacidade mínima de 39 a 45 lugares) demons-
tram discricionariedade porque não são embasados em estudos
técnicos e não apresentam justificativa, e, conforme se observa
nos relatórios “levantamento do transporte escolar rural”, enca-
minhado junto aos processos de pagamentos, em fevereiro de
2011 (fls. 848-973), existiam 50 diferentes linhas em 20 diferentes
rotas (nos turnos matutino, vespertino e noturno), que foram ser-
vidas por 13 ônibus, 11 micro-ônibus, 2 vans e 23 kombis.
Sustentou, por fim, que os quantitativos exigidos na licitação di-
vergem do efetivamente utilizado: em maio de 2009, na planilha
apresentada pela empresa pelos serviços prestados (fls. 265 do
processo de pagamento), tem-se 34 linhas, das quais 7 linhas tem
apenas 1 turno – as outras 25 linhas referem-se a rotas com alu-
nos em 2 turnos e 3 linhas com alunos em 3 turnos (matutino, ves-
pertino e noturno).
Assim sendo, tem-se o seguinte resumo:
Das 7 linhas com um turno, o serviço de transporte escolar é pres-
tado por 2 ônibus e 5 kombis.
As 2 linhas com 3 turnos são servidas por 4 ônibus e 2 micro-ôni-
bus, por exemplo, a linha São Sebastião do Norte-Santo Antonio
tem 3 turnos (matutino, vespertino e noturno) sendo necessário
apenas 1 ônibus para cumprir os 3 turnos. Já em relação à linha
Assentamento Osiel Alves, o turno da manhã é servido por 1 ôni-
bus e os turnos vespertino e noturno, por micro-ônibus – no caso,
apenas 1 micro-ônibus para cumprir os 2 turnos.
As 25 linhas com 2 turnos são servidas por 2 ônibus, 10 Kombis, 6
micro-ônibus e 2 vans – o que significa a utilização, de fato, de 1
ônibus, 5 Kombis, 3 micro-ônibus e 1 van para cumprir os turnos.
Como resultado, no mês de maio de 2009, foram efetivamente
utilizados 5 ônibus, 10 Kombis, 4 micro-ônibus e 1 van.
Assim, o número de veículos exigidos no Edital não apresentam
relação com os da efetiva prestação dos serviços, não sendo justi-
ficada a exigência de 3 kombis e 13 ônibus.
Tal divergência se mantém em 2010 (dados compilados das pla-
Terça-feira, 20 de março de 2018 33
 ATOS DA 1 a CÂMARA

nilhas apresentadas pela Secretaria Municipal de Educação para 3 Linhas com 1 8 Linhas com 2 8 Linhas com 3 Total Agosto de 2011 – valor pago R$ 290.825,69 (23 dias letivos)
atestar os serviços prestados): turno turnos turnos 9 Linhas com 2 turnos 11 Linhas com 3 turnos Total
1 ônibus 2 ônibus 4 ônibus 7 ônibus 4 ônibus 3 ônibus 7 ônibus
Fevereiro de 2010 – valor pago R$177.500,00 (20 dias letivos)
3 kombis 1 micro-ônibus 3 micro-ônibus 4 micro-ônibus 2 micro-ônibus 3 micro-ônibus 5 micro-ônibus
4 Linhas com 10 Linhas com 5 Linhas com Total 1 van 4 kombis 1 van
1 van 1 van
1 turno 2 turnos 3 turnos 7 kombis 11 kombis
6 kombis 2 kombis 9 kombis
1 ônibus 2 ônibus 4 ônibus 7 ônibus
3 kombis 2 micro-ônibus 2 micro-ônibus 4 micro-ônibus A divergência se mantém, ainda, em 2011 (dados compilados Setembro de 2011 – valor pago R$ 240247,31 (19 dias letivos)
1 van 2 kombis 1 van das planilhas apresentadas pela Secretaria Municipal de Educa- 9 Linhas com 2 turnos 11 Linhas com 3 turnos Total
6 kombis 9 kombis 4 ônibus 3 ônibus 7 ônibus
ção para atestar os serviços prestados):
2 micro-ônibus 3 micro-ônibus 5 micro-ônibus
Março e abril de 2010 – valor pago R$180.000,00 (20 dias le- Fevereiro de 2011 – valor pago R$227.300,00 (20 dias letivos) 1 van 4 kombis 1 van
tivos) 13 Linhas com 2 turnos 8 Linhas com 3 turnos Total 7 kombis 11 kombis
4 Linhas com 1 9 Linhas com 2 6 Linhas com 3 Total 4 ônibus 3 ônibus 7 ônibus
turno turnos turnos 2 micro-ônibus 3 micro-ônibus 5 micro-ônibus Outubro de 2011 – valor pago R$ 240.247,31 (19 dias letivos)
1 ônibus 2 ônibus 4 ônibus 7 ônibus 1 van 4 kombis 1 van 9 Linhas com 2 turnos 11 Linhas com 3 turnos Total
3 kombis 1 micro-ônibus 3 micro-ônibus 4 micro-ônibus 7 kombis 11 kombis 4 ônibus 3 ônibus 7 ônibus
1 van 2 kombis 1 van 2 micro-ônibus 3 micro-ônibus 5 micro-ônibus
6 kombis 9 kombis Março de 2011 – valor pago R$234.100,00 (20 dias letivos) 1 van 4 kombis 1 van
12 Linhas com 2 turnos 9 Linhas com 3 turnos Total 7 kombis 11 kombis
Maio e junho de 2010 – valor pago R$189.000,00 (20 dias leti- 4 ônibus 3 ônibus 7 ônibus
vos – reajuste de 4,02%) 2 micro-ônibus 3 micro-ônibus 5 micro-ônibus Novembro de 2011 – valor pago R$ 252.891,90 (20 dias letivos)
4 Linhas com 1 9 Linhas com 2 6 Linhas com 3 Total 1 van 4 kombis 1 van 9 Linhas com 2 turnos 11 Linhas com 3 turnos Total
turno turnos turnos 7 kombis 11 kombis 4 ônibus 3 ônibus 7 ônibus
1 ônibus 2 ônibus 4 ônibus 7 ônibus 2 micro-ônibus 3 micro-ônibus 5 micro-ônibus
Abril de 2011 – valor pago R$235.840,00 (20 dias letivos) 1 van 4 kombis 1 van
3 kombis 1 micro-ônibus 3 micro-ônibus 4 micro-ônibus
11 Linhas com 2 turnos 10 Linhas com 3 tur- Total 7 kombis 11 kombis
1 van 2 kombis 1 van
nos
6 kombis 9 kombis Dezembro de 2011 – valor pago R$ 203.348,03 (16 dias letivos)
4 ônibus 3 ônibus 7 ônibus
Julho de 2010 – valor pago R$191.500,00 (20 dias letivos) 2 micro-ônibus 3 micro-ônibus 5 micro-ônibus 9 Linhas com 2 turnos 11 Linhas com 3 turnos Total
1 van 4 kombis 1 van 4 ônibus 3 ônibus 7 ônibus
3 Linhas com 1 10 Linhas com 2 6 Linhas com 3 Total
7 kombis 11 kombis 2 micro-ônibus 3 micro-ônibus 5 micro-ônibus
turno turnos turnos
1 van 1 van
1 ônibus 2 ônibus 4 ônibus 7 ônibus Maio de 2011 – valor pago R$252.891,93 (20 dias letivos) 7 kombis 4 kombis 11 kombis
3 kombis 1 micro-ônibus 3 micro-ônibus 4 micro-ônibus
9 Linhas com 2 turnos 11 Linhas com 3 turnos Total
1 van 2 kombis 1 van Dezembro de 2011 – valor pago R$ 40.424,47 (Recuperação –
4 ônibus 3 ônibus 7 ônibus
6 kombis 9 kombis
2 micro-ônibus 3 micro-ônibus 5 micro-ônibus 7 dias letivos)
Agosto, setembro, outubro, novembro de 2010 – valor pago 1 van 4 kombis 1 van 12 Linhas com 1 turno 6 Linhas com 2 turnos Total
7 kombis 11 kombis 1 ônibus 3 ônibus 4 ônibus
R$199.800,00 (20 dias letivos)
3 micro-ônibus 3 micro-ônibus
3 Linhas com 1 8 Linhas com 2 8 Linhas com 3 Total Junho de 2011 – sem documentos, NF ou outras informações 1 van 1 van
turno turnos turnos Julho de 2011 – valor pago R$ 177.024,33 (14 dias letivos) 10 kombis 1 kombis 11 kombis
1 ônibus 2 ônibus 4 ônibus 7 ônibus
9 Linhas com 2 turnos 11 Linhas com 3 turnos Total
3 kombis 1 micro-ônibus 3 micro-ônibus 4 micro-ônibus Relatou-se, por fim, que durante o ano de 2011, foram efeti-
4 ônibus 3 ônibus 7 ônibus
1 van 1 van vamente utilizados 7 ônibus, 5 micro-ônibus, 1 van e 11 kom-
2 micro-ônibus 3 micro-ônibus 5 micro-ônibus
6 kombis 2 kombis 9 kombis
1 van 4 kombis 1 van bis, o que difere do quantitativo exigido no Edital (13 ônibus e
Dezembro de 2010 – valor pago R$79.920,00 (8 dias letivos) 7 kombis 11 kombis 3 kombis), o qual exigiu a quantidade mínima de 13 (treze) ôni-

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bus sem justificativa.
Os responsáveis alegaram, em síntese, que, apurando-se a me-
lhor proposta, segundo o menor preço por quilômetro, dian-
te da necessidade de atendimento à população municipal, a
quantidade de veículos foi alterada por necessidade da admi-
nistração, mas sem influência no preço, o que revelou benefí-
cio no cumprimento do contrato, diferente seria a redução do
número de veículos, que revelaria condição a autorizar a parti-
cipação de outros interessados, empresas com menor estrutu-
ra do que aquelas que efetivamente compareceram.
A subscritora da ITC sugeriu a mantença deste subitem argu-
mentando, em síntese, que a equipe de auditoria considerou
cláusula restritiva da competitividade a elaboração de obje-
to licitatório em lote único para contratação de 13 ônibus e
3 kombis, tendo em vista que, a partir do início da execução
do contrato, foram utilizados 5 ônibus, 10 Kombis, 4 micro-ô-
nibus e 1 van.
Aduziu, também, que é notório que a prestação de serviço de
transporte escolar admite o parcelamento, nos termos do arti-
go 23, § 1º, da Lei 8.666/93, e a possibilidade de participação
de diversas empresas do ramo, de acordo com sua capacidade,
conforme Súmula nº 247 do TCU, “É obrigatória a admissão da
adjudicação por item e não por preço global, nos editais das li-
citações para a contratação de obras, serviços, compras e alie-
nações, cujo objeto seja divisível, desde que não haja prejuízo
para o conjunto ou complexo ou perda de economia de escala.
Sustentou, por fim, que o que se verifica do processo do Pregão
Presencial 004/2009 é a elaboração de objeto em lote único,
sem a apresentação de projeto básico, demonstrando desor-
ganização da administração municipal na contratação do trans-
porte escolar, fato que impediu a participação de outras em-
presas no certame e a seleção da proposta mais vantajosa, sen-
do que durante o período auditado, exercício de 2009, 2010 e
2011, não foram utilizados para o transporte escolar os 13 ôni-
bus requisitados no edital de licitação, o que evidencia cláusula
restritiva da competitividade.
Desta maneira, não se evidencia a ocorrência de restrição
quanto ao objeto licitado, pelo fato de ocorrerem acréscimos
Diário Oficial de Contas
ou diminuições na frota licitada e contratada ou substituição
do tipo de veículo, durante a execução contratual, consideran-
do que o preço licitado foi unitário (por quilômetro rodado),
sendo mantido inalterado o preço por quilômetro rodado.
Como se vê da documentação de fls. 848-973, o mencionado
“levantamento do transporte escolar rural” (ex. fl. 874), não
significa que houve acréscimo do quantitativo de veículos em-
pregados na execução contratual, mas que os trajetos foram
percorridos por aqueles tipos de veículos, substituindo-se, em
alguns casos os tipos contratados, não se apontando prejuízo à
Administração Pública.
Em assim sendo, divirjo do entendimento técnico e do Órgão
Ministerial e afasto a presente irregularidade.
2.6.2 EXIGÊNCIA DE ATESTADO DE CAPACIDADE TÉCNICA PRO-
FISSIONAL EMITIDA POR ÓRGÃO PÚBLICO DE QUE OS VEÍCU-
LOS SÃO VISTORIADOS POR ENGENHEIRO MECÂNICO.
Relata a equipe técnica que, de acordo com o Edital de licita-
ção, os licitantes deveriam apresentar no envelope 02 – Habili-
tação – item 9.2.6 – Atestado de capacidade técnica profissio-
nal emitida por órgão público de que seus veículos são visto-
riados por engenheiro mecânico. Porém, entendendo a equipe
que tal exigência não apresentou razoabilidade e restringiu a
competitividade do certame.
Os responsáveis alegaram, em síntese, que, quanto à exigên-
cia de atestado de capacidade técnica firmado pelo DETRAN,
decorre do cuidado do Município em ver participando do pro-
cesso de licitação apenas empresas que efetivamente realizem
transporte público escolar, em atendimento às determinações
do CONTRAN, expressamente indicadas no Edital.
A subscritora da ITC sugeriu o afastamento deste subitem, con-
tra argumentando, em síntese, que, de acordo com a Resolu-
ção 218/73/CONFEA, artigo 12, inciso I, é de competência do
engenheiro mecânico a realização de vistorias em veículos au-
tomotores, assim, considerando a natureza dos serviços con-
tratados de transporte escolar e os termos da Resolução CON-
FEA 218/73.
Assim sendo, considerando a natureza dos serviços contrata-
dos de transporte escolar e os termos da Resolução CONFEA
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218/73, entendo como correto o opinamento técnico e do ór-
gão Ministerial quanto ao afastamento da irregularidade, en-
tendimento este com o qual coaduno, razão pela qual afasto a
presente irregularidade.
2.6.3 EXIGÊNCIA DE DECLARAÇÃO DE ÓRGÃO PÚBLICO DE QUE
A EMPRESA POSSUI OFICINA PRÓPRIA PARA A MANUTENÇÃO
DOS SEUS VEÍCULOS NO DOMICÍLIO OU SEDE DO LICITANTE.
De acordo com o relato técnico, o edital de pregão, exigiu dos
licitantes a apresentação, no envelope 02 – Habilitação – item
9.2.7 – Declaração de órgão público municipal ou estadual de
que possui oficina própria para a manutenção dos seus veículos
com instalação e equipamentos relativo ao domicílio ou sede
do licitante, tendo a equipe entendido que tal exigência não
apresentou razoabilidade e restringiu a competitividade do
certame, haja vista que nem mesmo a empresa vencedora do
certame apresentou tal documento.
Os responsáveis alegaram em síntese, que, quanto à exigên-
cia de oficina própria, não se trata de oficina necessariamente
de propriedade da própria empresa, mas própria, adequada à
manutenção dos veículos e que esses fatos não restringiram a
competitividade do certame, tanto que não foram impugnados
por quem quer que fosse e garantiram a participação de em-
presa idônea que cumpririam o contrato com segurança.
A subscritora da ITC sugeriu a mantença deste subitem contra
argumentando, em síntese, que a alegação da defesa de que a
exigência da cláusula 9.2.7 - Declaração de órgão público mu-
nicipal ou estadual de que possui oficina própria para a manu-
tenção dos seus veículos com instalação e equipamentos rela-
tivo ao domicílio ou sede do licitante - não se trata de oficina
necessariamente de propriedade da própria empresa, mas pró-
pria, adequada à manutenção dos veículos, não pode ser acei-
ta, pois os termos utilizados no edital não permitiam a inter-
pretação ora alegada.
Aduziu que, conforme o relato técnico, a exigência de oficina
própria atestada por órgão público não exerce outro papel a
não ser o de restringir a competitividade, posto que nem mes-
mo a empresa contratada comprovou tal requisito.
Sustentou, por fim, que, de acordo com o artigo 3º, § 1º, da Lei
Terça-feira, 20 de março de 2018 35

de Licitações, é vedado aos agentes públicos admitir, prever,
incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condi-
ções que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter
competitivo, e estabeleçam preferências ou distinções em ra-
zão de qualquer circunstância impertinente ou irrelevante para
o específico objeto do contrato, e que, considerando que o ob-
jeto do certame era a contratação de transporte escolar, tem-
-se que tal exigência é irrelevante para a execução dos serviços,
tendo a cláusula restringido o caráter competitivo do certame.
Desta maneira, com relação à exigência de declaração de órgão
público de que possui oficina própria para manutenção dos ve-
ículos, com instalação e equipamentos relativo ao domicílio do
licitante, entendo ser esta exigência razoável e necessária ao
cumprimento do contrato, dada a especificidade dos serviços
da Administração Pública, sobretudo em se tratando de aten-
dimento à área de educação.
Verifico, também, à fl. 494 dos autos, que a Prefeitura Munici-
pal de Colatina (município – sede da contratada) emitiu decla-
ração nesse sentido, não sendo tal fato considerado suficiente
para caracterizar um limitador da competitividade, razão pela
qual divirjo do entendimento técnico e do Órgão Ministerial e
afasto a presente irregularidade.
2.6.4 EXIGÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DE ESQUEMA OPERACIO-
NAL ADEQUADO DO FUNCIONAMENTO DAS LINHAS LICITADAS
DE ACORDO COM O PLANO DE TRABALHO.
Segundo o Relatório de Auditoria, o edital de pregão exigiu co-
mo documento de habilitação técnica a apresentação de “es-
quema operacional do funcionamento das linhas licitadas”
(cláusula 9.2.13, o que a equipe técnica considerou injustifica-
da, tendo em vista que o processo licitatório não apresentava
os critérios técnicos sob os quais seriam avaliados os esquemas
operacionais apresentados pelos eventuais participantes, não
tendo a empresa vencedora do certame apresentado o referi-
do “esquema operacional”.
Não foram apresentadas razões de justificativas a este respei-
to.
A subscritora da ITC sugeriu a mantença deste subitem argu-
mentando, em síntese, que a exigência não encontra respaldo
Diário Oficial de Contas
no edital de licitação, tendo em vista que a própria Administra-
ção Púbica não elaborou o plano de trabalho devido, restrin-
gindo a competitividade.
No que se refere à exigência de apresentação de esquema ope-
racional adequado do funcionamento das linhas licitadas de
acordo com o plano de trabalho, esta foi mantida pela área téc-
nica, tendo em vista que a própria Administração não elaborou
o plano de trabalho devido, não tendo, pretensamente, no ca-
so a contratada apresentado tal documento.
Verifico da análise dos autos, à fl. 578, que, diversamente do
que afirma a área técnica, a contratada apresentou, sim, o re-
ferido documento, identificando o quantitativo e tipo de veícu-
lo a ser utilizado por turno e localidade.
Quanto à inexistência de plano de trabalho competente elabo-
rado pela Administração, este já foi objeto de análise em item
anterior, com o afastamento da irregularidade.
Posto isto, entendo que tal exigência não caracteriza restrição
à competitividade do certame, razão pela qual divirjo do en-
tendimento técnico e do Órgão Ministerial e afasto a presen-
te irregularidade.
2.6.5 EXIGÊNCIA DE ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE.
Ainda, segundo o relato técnico, foi injustificada a exigência de
Índice de Liquidez Corrente menor que 1,5 (Cláusula 9.2.16 do
Edital), sendo necessária justificativa técnica para a sua exigên-
cia, conforme jurisprudência pacífica, e que, os índices exigi-
dos pela Prefeitura (ILC>1,5, ILG>1,2 e EG<0,5) são os mesmos
exigidos para a contratação de obras complexas de engenha-
ria, nas quais cabe à empresa contratada alocar ativos físicos
e financeiros de grande monta, ainda assim, neste caso, a exi-
gência dos índices haveria de ser justificada, por meio de estu-
dos técnicos.
Embora a subscritora da ITC tenha mencionado argumentos de
defesa no sentido de que, com relação à exigência de índices
de liquidez corrente, a defesa considera que não revela, nem
de longe, ilegalidade capaz de macular a contratação e a exe-
cução do contrato, verifico, à fl. 1034, que tal argumento se re-
fere, em verdade, à falta de identificação do valor global do
contrato.
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ATOS DA 1 a CÂMARA
A subscritora da ITC sugeriu a mantença deste subitem argu-
mentando, em síntese, que o edital de pregão estabeleceu
cláusula determinando a inabilitação da empresa que apresen-
tasse Índice de Liquidez Corrente menor que 1,5, sem justificar
nos autos as razões da escolha do índice em relação às caracte-
rísticas do objeto licitado.
Desta maneira, coaduno com o entendimento técnico no senti-
do de que tal exigência se mostra restritiva em razão da ausên-
cia de justificativa do índice de liquidez não inferior a 1,5%, ra-
zão pela qual a mantenho a presente irregularidade, ressalvan-
do que não houve exigência de outros índices (fl. 450), contu-
do, entendo que a irregularidade não tem o condão de macular
os atos de gestão dos responsáveis.
2.6.6 ESTABELECIMENTO DE VISITA TÉCNICA EM DIA E HORA
ÚNICOS.
A equipe de auditoria entendeu que a exigência de visita técni-
ca em um único dia e horário, além de abusiva mostra-se res-
tritiva da competição por representar um ônus indevido às in-
teressadas, potencializando a possibilidade de ajustes prévios
entre os pretensos licitantes.
Os responsáveis alegaram, em síntese, que a necessidade de
vistoria decorre do interesse do município em relação à segu-
rança do transporte escolar e não revela qualquer ilegalidade
ou limitação.
A subscritora da ITC, citando jurisprudência, sugeriu a manten-
ça deste subitem, contra argumentando, em síntese, que, con-
siderando que foi estabelecido um único dia e horário para a
visita técnica, em consonância com a jurisprudência mantem-
-se a irregularidade da cláusula que estabeleceu a visita técni-
ca em horário único para todos os licitantes.
Desta maneira, quanto ao fato de se tratar de exigência restriti-
va da competitividade, alinho-me ao entendimento técnico tal
qual externo, razão pela qual e mantenho a presente irregula-
ridade, visto que a visita técnica realizada em um único dia e
horário, potencializa a possibilidade de ajustes prévios entre os
pretensos licitantes, embora se mantenha a importância da vi-
sita realizada, em função do objeto licitado, contudo, entendo
que a irregularidade não tem o condão de macular os atos de
Terça-feira, 20 de março de 2018 36

gestão dos responsáveis.
2.7 AUSÊNCIA DE CRITÉRIO DE ACEITABILIDADE DOS PREÇOS
UNITÁRIO E GLOBAL (ITEM 2.7 DA ITC 4391/2016-1 e ITI).
Base Legal: Infringência ao artigo 40, inciso X, da Lei Federal
8.666/1993.
Responsáveis: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes - Pre-
feita Municipal, Norma Lucia Silva Costa – Pregoeira e Altamir
Morais Filho - Assistente Jurídico.
A equipe de auditoria verificou que o Edital de Pregão não de-
terminou o critério de aceitabilidade dos preços unitário e glo-
bal, infringindo o artigo 40, inciso X, da Lei 8.666/93.
Os responsáveis alegaram, em síntese, que a referida norma le-
gal registra que “o Edital conterá, conforme o caso, o critério de
aceitabilidade dos preços unitário e global” e que a licitação é
simples, como simples é seu objeto: menor preço por quilôme-
tro rodado para transporte público escolar.
A subscritora da ITC sugeriu a mantença da irregularidade, con-
tra argumentando, em síntese, que, em razão da não elabora-
ção do objeto de forma clara e da ausência de plano de traba-
lho completo, o preço global do contrato, bem como os crité-
rios de aceitabilidade do preço global não foram elaborados na
fase licitatória.
Examinando todo o processado, constato que não há uniformi-
dade de fundamentos jurídicos do caso em apreço, vez que a
Súmula TCU nº 259 faz menção a contratações de obras e ser-
viços de engenharia, enquanto que o artigo 40, inciso X, da Lei
de Licitações, apenas se refere ao tipo de licitação.
Desse modo, entendo ser diferente a situação da divulgação
do valor de referência e do preço máximo, quando este for ob-
viamente fixado, ou seja, para as modalidades licitatórias tra-
dicionais, a regra está contemplada no art. 40, § 2º, II, da Lei
nº 8.666/93, ou seja, tem que haver necessariamente a divul-
gação do orçamento elaborado, contemplando o preço estima-
do e, se for o caso, o preço máximo que a Administração se dis-
põe a pagar.
Entretanto, no caso do pregão, a jurisprudência do TCU acena
no sentido de que a divulgação do valor orçado e, se for o ca-
Diário Oficial de Contas
so, do preço máximo, caso este tenha sido fixado, é meramen-
te facultativa.
Assim sendo, da análise do Pregão Presencial 004/2009 (fls.
445-454), verifico que o item 1.3 indica o tipo de licitação, que
no caso é o de menor preço, já o item 5.1, indica que o valor se-
rá cotado por quilômetro rodado.
Por outro lado, na hipótese do preço de referência ser utiliza-
do como critério de aceitabilidade de preços, a divulgação no
edital é obrigatória.
Posto isto, divirjo do entendimento técnico e do órgão Ministe-
rial e afasto a presente irregularidade.
2.8 CONTRATO E MINUTA DO CONTRATO SEM CLÁUSULAS
OBRIGATÓRIAS (ITEM 2.8 DA ITC 4391/2016-1 e ITI).
Base Legal: Infringência ao artigo 55, incisos I, II, III, VII, VIII, IX
e XIII, da Lei nº 8.666/93.
Responsáveis: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes - Pre-
feita Municipal, Norma Lucia Silva Costa – Pregoeira e Altamir
Morais Filho - Assistente Jurídico.
Segundo o relato técnico, a Minuta do Contrato anexa ao Edital
de pregão, bem como o Contrato 1/2009, firmado entre a Pre-
feitura Municipal e a empresa Aritur Transporte e Turismo Lt-
da, não atenderam aos mínimos preceitos e determinações le-
gais, especialmente em relação às cláusulas obrigatórias exigi-
das pela Lei Federal 8.666/1993.
A Cláusula Primeira do Contrato 011/2009 informa que a con-
tratada obriga-se a prestar serviços de transporte escolar das
zonas rural e urbana deste Município (3 Kombis e 13 ônibus),
não indicando detalhadamente os elementos do objeto, tais
como a definição das linhas e rotas, o quantitativo da distân-
cia de cada uma das rotas e do total (elemento essencial para
determinar o valor do contrato) e o quantitativo de alunos por
cada linha e turno.
O contrato não informou, ainda, o regime de execução dos ser-
viços (Art. 55, II, da Lei 8.666/93), preço global a ser pago e as
condições de pagamento (Art. 55, III, da Lei 8.666/93), estabe-
lecendo apenas o valor a ser pago por quilometro (km) rodado.
A “Cláusula Quarta – do preço e valor do contrato” não infor-
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ATOS DA 1 a CÂMARA
mou qual o valor total estimado do contrato, tendo sido infor-
mado apenas que o preço estipulado para a prestação de servi-
ços é de R$ 2,55 por quilômetro rodado.
O contrato não descreveu, ainda, os direitos e obrigações das
partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas (Art. 55,
VII, da Lei 8.666/93); não há no contrato os casos de rescisão
(Art. 55, VIII, da Lei 8.666/93); não há o reconhecimento dos di-
reitos da Administração (Art. 55, XIX, da Lei 8.666/93); e não há
a exigência do contratado obrigar-se a manter, durante toda a
execução do contrato, as condições de habilitação e qualifica-
ção exigidas na licitação (Art. 55, XIII, da Lei 8.666/93).
Os responsáveis alegaram, em síntese, que o contrato, embora
simples, atende aos termos da Lei, na medida em que dispõe
expressamente sobre o objeto e seus elementos característi-
cos, trata do regime de execução, remetendo ao Edital de Pre-
gão, que faz parte do contrato, informa o preço e todos os ele-
mentos a ele atrelados, bem como estabelece que, na forma da
Lei, serão observados os direitos e responsabilidades das par-
tes, os casos e possibilidades de rescisão, e que o princípio da
instrumentalidade das formas se opera em favor da presunção
de legalidade do contrato que atendeu aos seus fins, tendo si-
do devidamente cumprido, sem irregularidades.
A subscritora da ITC, citando jurisprudência, sugeriu a manten-
ça da irregularidade, contra argumentando, em síntese, que,
ainda que o contrato, em formato simples, esteja atrelado aos
termos do edital de licitação, as cláusulas arroladas pelo arti-
go 55 da Lei de Licitações, garantidoras dos direitos e obriga-
ções das partes, devem estar presentes no corpo do contrato
de forma explícita.
Conforme bem demonstrado pela área técnica, não foi obser-
vado, na elaboração do contrato 11/2009, a inclusão de cláusu-
las obrigatórias na forma da Lei Federal 8666/1993, razão pela
qual coaduno com o seu entendimento e mantenho a presen-
te irregularidade.
Desse modo, embora a irregularidade tenha sido mantida, dei-
xo de aplicar multa pecuniária aos responsáveis, entendendo
que deve ser expedida determinação ao atual gestor do Muni-
cípio, no sentido de que nos contratos e minutas devam cons-
Terça-feira, 20 de março de 2018 37

tar as cláusulas obrigatórias, na forma do artigo 55, incisos I,
II, III, VII, VIII, IX e XIII, da Lei Federal nº 8.666/1993, dado o
número de 15 (quinze) irregularidades inicialmente imputadas,
das quais remanesceu esta com maior potencial de lesividade.
2.9 PUBLICAÇÃO IRREGULAR DO RESUMO DO CONTRATO
(ITEM 2.9 DA ITC 4391/2016-1 e ITI).
Base Legal: Infringência ao artigo 37, caput (princípio da pub-
licidade), da CF e ao artigo 61, parágrafo único, da Lei Federal
8.666/1993.
Responsáveis: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes - Pre-
feita Municipal
De acordo com o relato técnico, a publicação do resumo do
contrato 11/2009 no DOE (fls. 186 do processo licitatório) foi
irregular por não informar o valor total do contrato, e que, con-
soante o princípio da publicidade, o valor do contrato é ele-
mento essencial que deve ser informado quando da sua pu-
blicação.
Os responsáveis alegaram, em síntese, que a publicação foi re-
alizada, em atendimento ao princípio da publicidade, sendo
que a falta de indicação do valor global do contrato não macula
a legalidade do procedimento ou a constatação de que o mes-
mo foi devidamente cumprido.
A subscritora da ITC sugeriu a mantença da irregularidade con-
tra argumentando, em síntese, que, a irregularidade decorre
da ausência da elaboração correta do plano de trabalho e da
definição do objeto, além da ausência de definição de rotas de
transporte escolar e a quantidade diária de quilômetros roda-
dos no edital impossibilitou o cálculo do valor total do contra-
to.
No que se refere ao princípio da publicidade, o caput do artigo
37, da Constituição Federal, assim preconiza, verbis:
[...]
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoa-
lidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao se-
guinte: - (g.n.).
Diário Oficial de Contas
Já o artigo 61, da Lei Federal 8.666/1993, assim dispõe, litteris:
[...]
Art. 61 Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os
de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua
lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da
inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei
e às cláusulas contratuais.
Parágrafo único - A publicação resumida do instrumento de
contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é
condição indispensável para sua eficácia, será providenciada
pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de
sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela da-
ta, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressal-
vado o disposto no art. 26 desta Lei. – (g.n.)
Cabe ressaltar que o princípio da publicidade é basilar, atrelan-
do-se a transparência da administração pública, sendo assim,
imprescindível no que diz respeito aos atos praticados pelos
gestores públicos, a fim de que o cidadão possa observar a efi-
cácia e o controle dos atos administrativos.
Por outro lado, o caput do artigo 61, da Lei Federal nº
8.666/1993, retrata a elaboração de um contrato, ou seja, de
como deve ser constituído.
Entretanto, o parágrafo único, do artigo 61, da Lei Federal
8.666/1993, trata da publicação resumida do contrato e de
seus aditamentos para atingir sua eficácia, estabelecendo, ain-
da, o prazo de publicação, independente seja qual for o valor,
mesmo que não haja ônus, ou seja, sem valor.
O contrato em questão foi publicado no Diário Oficial do Esta-
do – DOE, em 09/02/2009, conforme demonstrado à folha 628
dos autos, indicando o valor de R$ 2,55 (dois reais e cinquenta
e cinco reais), no caso por quilometro rodado (fl. 624).
Em assim sendo, não vislumbro inobservância aos princípios da
transparência e da publicidade (art. 37 da CF/88), nem ao art.
61 da Lei Federal 8666/1993, pois houve a devida publicação.
Posto isso, divirjo do posicionamento técnico e do Órgão Minis-
terial e afasto a presente irregularidade.
2.10 ALTERAÇÕES CONTRATUAIS SEM A DEVIDA FORMALIZA-
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ATOS DA 1 a CÂMARA
ÇÃO MEDIANTE TERMO ADITIVO (CONTRATO VERBAL) - ACRÉS-
CIMO DO VALOR CONTRATADO ACIMA DOS 25% (ITEM 2.10 DA
ITC 4391/2016-1 e ITI).
Base Legal: Infringência aos artigos 60, parágrafo único e 65, §
1º e 2º, da Lei nº 8.666/93.
Responsável: Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes - Pre-
feita Municipal.
Em sua análise, o corpo técnico assim se posicionou, verbis:
[...]
Conforme se verificou no Relatório de Auditoria, o edital e o
contrato de prestação de serviços de transporte escolar foram
elaborados de forma incorreta, pois não possuíam plano de
trabalho detalhado das rotas do transporte, o que impossibili-
tou a determinação do valor global do contrato.
Em razão da ausência de planejamento da administração, du-
rante a execução contratual a equipe de auditoria verificou que
“13 ônibus e 3 Kombi” não foram suficientes para a realização
do transporte escolar, tendo a administração demandado da
empresa contratada a necessidade de 9 ônibus, 14 Kombi, 7
micro-ônibus e 1 van.
Assim, a equipe de auditoria considerou que esse incremento
no objeto contratual (superior a 25%) infringiu o artigo 65, § 1º
e 2º, da Lei 8.666/93, que determina que:
Verificou-se, ainda, que nos exercícios seguintes (2010 e 2011),
em que a Prefeitura Municipal prorrogou a vigência do Con-
trato 11/2009, os Termos Aditivos não fizeram referência ao
acréscimo realizado no quantitativo e qualitativo dos veículos
utilizados para o transporte escolar, pois segundo consta do
Relatório, no exercício de 2010 foram utilizados 10 ônibus, 22
Kombi, 9 micro-ônibus e 2 vans, e em 2011, 14 ônibus, 25 Kom-
bi, 12 micro-ônibus e 2 vans.
Assim, a equipe de auditoria considerou que as prorrogações
contratuais sem a evidenciação das alterações do objeto con-
figuraram contratação verbal, devendo ser consideradas nulas,
conforme artigo 60, parágrafo único, da Lei 8.666/93, tendo
concluído que todos os valores pagos, que ultrapassaram o li-
mite estabelecido pelo artigo 65, § 1º, da Lei 8.666/93, no total
Terça-feira, 20 de março de 2018 38

de R$3.235.089,47 devem ser restituídos aos cofres públicos.
Todavia, ainda que os valores tenham sido pagos sem previsão
legal, não constam dos autos indícios de que os serviços não
tenham sido realizados ou de que os valores tenham sido pa-
gos com desvio de finalidade, não havendo justificativa sufici-
ente para que o gestor seja apenado com a devolução dos re-
cursos ao erário, tendo opinado pela manutenção da irregular-
idade e pelo afastamento da devolução dos recursos ao erário.
Os responsáveis alegaram, em síntese (fls. 1025-1027), que:
[...]
Pois bem, o contrato, de forma absolutamente regular, tratou
da prestação de transporte de alunos das zonas rural e urbana
do Município de Montanha.
Embora o Edital tenha, inicialmente, tratado da contratação de
três Kombis e treze ônibus, o certo é que a sua remuneração se
daria por quilômetro efetivamente rodado, com previsão de re-
ajustamento nos moldes do Convênio firmado com a Secretaria
Estadual de Educação.
Ou seja, já que se observa que a referência para apuração do
acréscimo do preço superior a 25% não pode ser o número
de veículos, ou tampouco o valor global quitado em razão da
quantidade de quilômetros rodados, mas sim o preço unitário
do quilômetro, descontados os reajustes regulares autorizados
pelo convênio.
Essa é, efetivamente, a base de cálculo a ser utilizada, e ficou
assentada em R$ 2,55 (dois reais e cinquenta e cinco centavos)
por quilômetro, abaixo da medida aritmética resultante da pes-
quisa de preços realizada pela Municipalidade, conforme se in-
fere da leitura da página 289 do processo de licitação (apurada
R$ 2,76 – dois reais e setenta e seis centavos).
Posteriormente, para as prorrogações do contrato, foram con-
cluídas novas pesquisas de preço, que apuraram como valor
médio de mercado para cada quilômetro rodado o montante
de R$ 2,95 (dois reais e noventa e cinco centavos) para 2010, e
R$ 3,06 (três reais e seis centavos) para 2011.
E o contrato foi prorrogado, sempre, com manutenção do valor
originário, abaixo do limite de R$ 3,18 (três reais e dezoito cen-
Diário Oficial de Contas
tavos) por quilômetro, que seria o valor máximo, considerando
a possibilidade de acréscimo de 25% sobre o preço ajustado.
Vale notar ainda que a formalização dos aditivos se deu, sem-
pre, precedida de Parecer indicativo da legalidade da prorroga-
ção do contrato.
E mais, a Fiscalização não aponta irregularidade no quantitati-
vo de quilômetros totalizado, e tampouco na liquidação da des-
pesa pela Municipalidade, com observância aos termos do ar-
tigo 63 da Lei 4.320/64, sendo certo que o valor total pago cor-
respondeu ao quantitativo de quilômetros rodados pela Em-
presa contratada, o que revela que o serviço foi efetivamen-
te prestado.
Nada foi feito à margem do que previu o Edital, e o preço míni-
mo por quilômetro respeitado.
Imaginar outra alternativa de contratação para a Municipalida-
de representaria risco de prejuízo para o Erário, na medida em
que, nos moldes contratados, independentemente do número
de veículos envolvidos, prestigiou-se o preço mínimo proposto.
Ou seja, o contrato prestigia o interesse da população, na me-
dida em que permite o atendimento às várias localidades do
Município, garantindo inclusive o aumento do número de veí-
culos, sem qualquer acréscimo no valor ajustado.
Não há, portanto, que se falar em contratação acima do limite
de 25% do valor inicialmente contratado.
Por outro lado, tendo o serviço sido efetivamente prestado, e
isso não se nega nem mesmo palidamente, não há que se falar
em ressarcimento aos cofres públicos, sob pena de enriqueci-
mento sem causa do erário.
Ante o exposto, não merece ser acolhida a suposta irregulari-
dade apontada no item em destaque, impondo-se o reconhe-
cimento da regularidade da prática adotada pela Defendente,
o que se requer.
Da análise dos autos, verifico que o Contrato 11/2009, firma-
do em 04/02/2009 (fls. 423-424), entre a Prefeitura Municipal
de Montanha e a Aritur Transporte e Turismo Ltda, estipula na
cláusula 4.1, o preço de R$ 2,55 (dois reais e cinquenta e cin-
co centavos) por quilômetro rodado, não se estipulando o va-
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ATOS DA 1 a CÂMARA
lor global contratado.
Em assim sendo, não havendo parâmetro para aferição de
acréscimo contratual superior a 25% do valor inicial contrata-
do, verificando-se nestes autos (fls. 425-428), os termos adi-
tivos firmados formalmente, na forma da lei, entendo que a
presente irregularidade não se sustenta, razão pela qual divirjo
parcialmente do entendimento técnico e do Órgão Ministerial
que afastou apenas o ressarcimento e afasto a presente irregu-
laridade, bem como o ressarcimento dela decorrente.
3. DISPOSITIVO:
Ante o exposto, acompanhando parcialmente o posicionamen-
to da área técnica e do Ministério Público Especial de Contas,
proponho VOTO no sentido de que o Colegiado aprove a se-
guinte minuta de Acórdão que submeto à sua consideração.
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, ACORDAM os Con-
selheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo,
reunidos em sessão da Primeira Câmara, ante as razões expos-
tas pelo relator, em:
3.1. ACOLHER as razões de justificativas apresentadas e AFAS-
TAR, pelas razões antes expendidas, os indicativos de irregula-
ridades constantes dos itens 2.1, 2.2, 2.3, 2.4, 2.5, 2.6 (2.6.1,
2.6.2, 2.63 e 2.6.4), 2.7, 2.9 e 2.10, desta decisão, bem como
o ressarcimento relativo ao item 2.10, sob a responsabilidade
dos senhores: Haroldo Corrêa Rocha – Secretário de Estado da
Educação, Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes - Prefeita
Municipal, Norma Lucia Silva Costa – Pregoeira e Altamir Mo-
rais Filho - Assistente Jurídico;
3.2. REJEITAR as razões de justificativa apresentadas e MAN-
TER, os indicativos de irregularidades constantes dos itens 2.6
(subitens 2.6.5 e 2.6.6) e 2.8 desta decisão, sob a responsabi-
lidade das senhoras Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes
- Prefeita Municipal, Norma Lucia Silva Costa – Pregoeira e do
Sr. Altamir Morais Filho - Assistente Jurídico, sem cominação de
multa pecuniária pelas razões antes expendidas;
3.3 JULGAR REGULARES COM RESSALVA os atos de gestão pra-
ticados pelas Sras. Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes,
Prefeita Municipal de Montanha, Norma Lúcia Silva Costa –
Pregoeira, e pelos Srs. Haroldo Correa Rocha – Secretário de
Terça-feira, 20 de março de 2018 39

Estado da Educação e Altamir Morais Filho – Assistente Jurídi-
co, relativos ao exercício de 2011, dando-lhes a devida QUITA-
ÇÃO, na forma do artigo 84, II, da Lei Complementar Estadual
nº 621/2012;
3.4 DETERMINAR ao atual gestor do Município de Montanha,
no sentido de que nos contratos e minutas constem as cláusu-
las obrigatórias, na forma do artigo 55, incisos I, II, III, VII, VIII,
IX e XIII, da Lei Federal nº 8.666/1993.
3.5 Arquivar os presentes autos, após o trânsito em julgado.
MARCO ANTONIO DA SILVA
Relator
VOTO-VISTA DO CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FA-
RIAS CHAMOUN:
I RELATÓRIO
Como devidamente registrado no voto proferido pelo conse-
lheiro relator, cujo relatório adoto integralmente, trata-se de
auditoria ordinária realizada na Prefeitura do Município de
Montanha referente ao exercício de 2011.
Tendo o feito integrado a pauta da 3ª Sessão Ordinária da Pri-
meira Câmara, pedi vista dos autos para melhor me inteirar das
questões nele debatidas, razão pela qual elaborei o presente
voto de vistas.
II FUNDAMENTAÇÃO
Ao me debruçar sobre o feito, de plano pude constatar a ocor-
rência do fenômeno prescricional, tendo em vista o decurso
do prazo quinquenal decorrido desde a época dos fatos, prazo
esse que foi posteriormente interrompido por ocasião da cita-
ção dos responsáveis em dezembro de 2012 (fls. 1008, 1018 e
1019 – v. IV).
Assim, o fenômeno prescricional se exauriu por completo em
dezembro de 2017, nos termos ditados pelo artigo 71, caput,
§2º, II e §4º, I, da Lei Complementar Estadual 621, de 8 de mar-
ço de 2012 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas) e art. 373,
caput, §2º, II e §4º, I, do Regimento Interno deste Tribunal (RI-
TCEES), a saber:
Lei Orgânica
Art. 71. Prescreve em cinco anos a pretensão punitiva do Tribu-
Diário Oficial de Contas
nal de Contas nos feitos a seu cargo.
[...]
§ 2º Considera-se a data inicial para a contagem do prazo pres-
cricional:
I - da autuação do feito no Tribunal de Contas, nos casos de
processos de prestação e tomada de contas, e nos casos em
que houver obrigação formal de envio pelo jurisdicionado, pre-
vista em lei ou ato normativo, incluindo os atos de pessoal su-
jeitos a registro;
II - da ocorrência do fato, nos demais casos.
[...]
§ 4º Interrompem a prescrição:
I - a citação válida do responsável;
Regimento Interno
Art. 373. Prescreve em cinco anos a pretensão punitiva do Tri-
bunal nos feitos a seu cargo.
[...]
§ 2º Considera-se a data inicial para a contagem do prazo pres-
cricional:
I - da autuação do feito no Tribunal, nos casos de processos de
prestação ou tomada de contas, e nos demais casos em que
houver obrigação formal de envio pelo jurisdicionado, previs-
ta em lei ou ato normativo, incluindo os atos de pessoal sujei-
tos a registro;
II - da ocorrência do fato, nos demais casos, inclusive nos pro-
cessos de fiscalização convertidos em tomada de contas espe-
cial pelo Tribunal;
[...]
§ 4º Interrompem a prescrição:
I - a citação válida do responsável;
[g.n.]
Ocorre, porém, que apesar de ter identificado a ocorrência da
prescrição, também vislumbrei que os autos ainda não contam
a necessária manifestação ministerial a esse respeito, o que
contraria o art. 71, §1º da Lei Orgânica do Tribunal de Contas
(TCEES) e o art. 373, §1º do RITCEES, a seguir reproduzidos:
www.tce.es.gov.br
ATOS DA 1 a CÂMARA
Lei Orgânica
Art. 71. [...]
§ 1º A prescrição poderá ser decretada de ofício ou mediante
provocação de qualquer interessado, após manifestação escri-
ta do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas.
Regimento Interno
Art. 373. [...]
§1º A prescrição poderá ser decretada de ofício ou mediante
provocação de qualquer interessado, após manifestação escri-
ta do Ministério Público junto ao Tribunal.
[g.n.]
III PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO
Por todo o exposto e com base na competência outorgada pe-
lo inciso V, do artigo 29, do RITCEES, divirjo do conselheiro re-
lator e VOTO no sentido de que o Colegiado aprove a seguinte
proposta de deliberação:
DECISÃO
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, ACORDAM os con-
selheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo,
reunidos em sessão da Primeira Câmara, ante as razões expos-
tas pelo conselheiro Rodrigo Chamoun, em ENCAMINHAR os
autos ao Ministério Público junto ao TCEES para emissão do pa-
recer de que tratam o art. 71, §1º da Lei Orgânica do TCEES e o
art. 373, §1º do RITCEES.
Conselheiro Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Conselheiro relator
VOTO COMPLEMENTAR DO EXMO. SR. CONSELHEIRO EM
SUBSTITUIÇÃO MARCO ANTONIO DA SILVA:
Tratam os presentes autos de Auditoria Ordinária, realizada na
Prefeitura Municipal de Montanha, referente ao exercício de
2011, sob a responsabilidade da Sra. Iracy Carvalho Machado
Baltar Fernandes, Prefeita Municipal, tendo como responsáveis
solidários os senhores Haroldo Correa Rocha – Secretário de
Estado da Educação, Norma Lúcia Silva Costa – Pregoeira e Al-
tamir Morais Filho – Assistente Jurídico.
Ocorre que, após prolação de voto, houve pedido de vista pe-
Terça-feira, 20 de março de 2018 40

lo Eminente Conselheiro Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun,
apresentando seu voto de vista nº 00040/2018-9, divergindo
deste Relator quanto à ausência de parecer relativo à ocorrên-
cia de prescrição, na forma do § 1º, do artigo 71, da Lei Com-
plementar Estadual nº 621/2012.
Após análise do voto de vista prolatado, entende este Conse-
lheiro em Substituição que procedem os argumentos trazidos
pelo Eminente Conselheiro Rodrigo Flávio Freire Farias Cha-
moun, razão pela qual apresenta complemento de voto, a fim
de alinhar ao voto de vista apresentado.
É o sucinto relatório.
COMPLEMENTODEVOTO
Cuidam os presentes autos de Auditoria Ordinária, como já
afirmado, realizada na Prefeitura Municipal de Montanha, re-
ferente ao exercício de 2011, sob a responsabilidade da Sra.
Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes, Prefeita Municipal,
tendo como responsáveis solidários os senhores Haroldo Cor-
rea Rocha – Secretário de Estado da Educação, Norma Lúcia Sil-
va Costa – Pregoeira e Altamir Morais Filho – Assistente Jurídi-
co, fazendo-se necessário a análise dos atos e fatos em face da
documentação que lhe deu suporte, tendo em vista o voto de
vista apresentado.
CONSIDERAÇÕES DE FATO E DE DIREITO:
Da análise dos autos, verifico que o Eminente Conselheiro Ro-
drigo Flávio Freire Farias Chamoun, apresentou voto de vista,
nos seguintes termos, verbis:
[...]
II FUNDAMENTAÇÃO
Ao me debruçar sobre o feito, de plano pude constatar a ocor-
rência do fenômeno prescricional, tendo em vista o decurso
do prazo quinquenal decorrido desde a época dos fatos, prazo
esse que foi posteriormente interrompido por ocasião da cita-
ção dos responsáveis em dezembro de 2012 (fls. 1008, 1018 e
1019 – v. IV).
Assim, o fenômeno prescricional se exauriu por completo em
dezembro de 2017, nos termos ditados pelo artigo 71, caput,
§2º, II e §4º, I, da Lei Complementar Estadual 621, de 8 de mar-
Diário Oficial de Contas
ço de 2012 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas) e art. 373,
caput, §2º, II e §4º, I, do Regimento Interno deste Tribunal (RI-
TCEES), a saber:
Lei Orgânica
Art. 71. Prescreve em cinco anos a pretensão punitiva do Tribu-
nal de Contas nos feitos a seu cargo.
[...]
§ 2º Considera-se a data inicial para a contagem do prazo pres-
cricional:
I - da autuação do feito no Tribunal de Contas, nos casos de
processos de prestação e tomada de contas, e nos casos em
que houver obrigação formal de envio pelo jurisdicionado, pre-
vista em lei ou ato normativo, incluindo os atos de pessoal su-
jeitos a registro;
II - da ocorrência do fato, nos demais casos.
[...]
§ 4º Interrompem a prescrição:
I - a citação válida do responsável;
Regimento Interno
Art. 373. Prescreve em cinco anos a pretensão punitiva do Tri-
bunal nos feitos a seu cargo.
[...]
§ 2º Considera-se a data inicial para a contagem do prazo pres-
cricional:
I - da autuação do feito no Tribunal, nos casos de processos de
prestação ou tomada de contas, e nos demais casos em que
houver obrigação formal de envio pelo jurisdicionado, previs-
ta em lei ou ato normativo, incluindo os atos de pessoal sujei-
tos a registro;
II - da ocorrência do fato, nos demais casos, inclusive nos pro-
cessos de fiscalização convertidos em tomada de contas espe-
cial pelo Tribunal;
[...]
§ 4º Interrompem a prescrição:
I - a citação válida do responsável;
Ocorre, porém, que apesar de ter identificado a ocorrência da
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ATOS DA 1 a CÂMARA
prescrição, também vislumbrei que os autos ainda não contam
a necessária manifestação ministerial a esse respeito, o que
contraria o art. 71, §1º da Lei Orgânica do Tribunal de Contas
(TCEES) e o art. 373, §1º do RITCEES, a seguir reproduzidos:
Lei Orgânica
Art. 71. [...]
§ 1º A prescrição poderá ser decretada de ofício ou mediante
provocação de qualquer interessado, após manifestação escri-
ta do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas.
Regimento Interno
Art. 373. [...]
§1º A prescrição poderá ser decretada de ofício ou mediante
provocação de qualquer interessado, após manifestação escri-
ta do Ministério Público junto ao Tribunal.
III PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO
Por todo o exposto e com base na competência outorgada pe-
lo inciso V, do artigo 29, do RITCEES, divirjo do conselheiro re-
lator e VOTO no sentido de que o Colegiado aprove a seguinte
proposta de deliberação:
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Conselheiro relator
DECISÃO
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, ACORDAM os con-
selheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo,
reunidos em sessão da Primeira Câmara, ante as razões expos-
tas pelo conselheiro Rodrigo Chamoun, em ENCAMINHAR os
autos ao Ministério Público junto ao TCEES para emissão do pa-
recer de que tratam o art. 71, §1º da Lei Orgânica do TCEES e o
art. 373, §1º do RITCEES. – g.n.
Assim sendo, o Eminente Conselheiro Rodrigo Flávio Freire Fa-
rias Chamoun divergiu do entendimento deste Conselheiro em
Substituição, sendo que em seu voto de vista trouxe argumen-
tos no sentido de encaminhar os autos ao Ministério Público
Especial de Contas para emissão de parecer, na forma do § 1º,
do artigo 71, da Lei Complementar Estadual nº 621/2012 e do
§ 1º, do artigo 373, da Resolução TC nº 261/2013.
Dessa maneira, no que se refere aos argumentos trazidos pe-
Terça-feira, 20 de março de 2018 41

lo Eminente Conselheiro Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
em seu voto de vista, notadamente, quanto à necessidade de
emissão de parecer, na forma do § 1º, do artigo 71, da Lei Com-
plementar Estadual nº 621/2012, entendo que este se mostra
realmente necessário, motivo pelo qual encampo sua razão de
decidir quanto à questão preliminar suscitada.
2. DISPOSITIVO:
Ante o exposto, acompanhando os termos do voto de vista do
Eminente Conselheiro Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun,
VOTO no sentido de que o Colegiado aprove a seguinte minuta
de Decisão que submeto à sua consideração.
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, RESOLVEM os Con-
selheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo,
reunidos em sessão da Primeira Câmara, ante as razões expos-
tas pelo relator, em:
1. ENCAMINHAR os autos ao Ministério Público Especial de
Contas para emissão do parecer, na forma do artigo 71, § 1º da
Lei Complementar Estadual nº 621/2012 e do § 1º, do artigo
373, da Resolução TC nº 261/2013.
MARCO ANTONIO DA SILVA
Relator
1. DECISÃO TC-478/2018:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reu-
nidos em sessão da Primeira Câmara, nos termos do voto-vista
do conselheiro Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun, encam-
pado pelo relator.
1.1. ENCAMINHAR os autos ao Ministério Público junto ao TCE-
ES para emissão do parecer de que tratam o art. 71, §1º da Lei
Orgânica do TCEES e o art. 373, §1º do RITCEES.
2. Unânime. Nos termos do voto-vista do conselheiro Rodrigo
Flávio Freire Farias Chamoun, encampado pelo relator.
3. Data da Sessão: 28/02/2018 – 4ª Sessão Ordinária da Pri-
meira Câmara.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun (no
exercício da presidência);
Diário Oficial de Contas
4.2. Conselheiros substitutos: Marco Antonio da Silva (em subs-
tituição / relator) e Márcia Jaccoud Freitas (convocada).
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Heron
Carlos Gomes de Oliveira.
CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FARIAS CHAMOUN
No Exercício da Presidência
Decisão 00527/2018-7
Processo: 07058/2013-6
Classificação: Tomada de Contas Especial
UG: PMI - Prefeitura Municipal de Ibiraçu
Relator: Sebastião Carlos Ranna de Macedo
Partes: Naciene Luzia Modenesi Vicente, Randow &Fraga Ad-
vogados Associados, Rogerio Rosalem Fraga, Antonio Viana
Procuradores: Gabriel Peixoto Rocha (OAB: 23404-ES), Vini-
cius Rocha Fraga (OAB: 24716-ES), Ricardo Claudino Pessanha
(OAB: 10.406-ES)
TOMADA DE CONTAS ESPECIAL – EXERCÍCIO DE 2010 a 2012 –
SOBRESTAR
O EXMO. SR. CONSELHEIRO SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE
MACEDO
1 RELATÓRIO
Tratam os autos de Tomada de Contas Especial instaurada pe-
la Prefeitura Municipal de Ibiraçu por determinação desta Cor-
te, oriunda do encaminhamento pelo Prefeito Eduardo Marozzi
Zanotti, de cópia de processo de compensação de créditos re-
ferente ao Contrato de Prestação de Serviços nº 127/2010, fir-
mado com a empresa Randow & Fraga Advogados Associados,
cujo objeto era a “recuperação de créditos previdenciários e
outros benefícios tributários”.
Considerando que a matéria tratada nestes autos está presen-
te em muitos outros processos que tramitam neste Corte, ha-
ja vista que vários municípios do Estado do Espírito Santo ce-
lebraram contratos de risco para recuperação de crédito, foi
reconhecida a relevância da matéria de direito e sua aplicabi-
lidade de forma geral, entendendo o Plenário pela necessida-
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ATOS DA 1 a CÂMARA
de de se ter posicionamento normativo vinculante sobre o te-
ma, a fim de que se alcance a uniformidade das decisões desta
Corte. Assim, nos termos dos artigos 174 e 348 a 355 do Regi-
mento Interno, foi instaurado Incidente de Prejulgado suscita-
do pelo Excelentíssimo Conselheiro Rodrigo Flávio Freire Farias
Chamoun no bojo da Representação constante do Processo TC
7156/2012, conforme Decisão Plenária TC 2144/2016.
O Incidente de Prejulgado foi autuado sob o nº TC 6603/2016,
cabendo-nos a relatoria. Tal processo está sob a apreciação do
Plenário, porém ainda pendente de julgamento.
É o relatório.
2 Fundamentação
Compulsando acuradamente os autos, verifico que o tema aqui
tratado é matéria discutida nos autos do processo de Inciden-
te de Prejulgado TC 6603/2016 onde se aprecia a regularidade
do contrato de risco para a recuperação de créditos, o paga-
mento fixado em percentual do incremento da receita, a ter-
ceirização da atividade tributária e a contratação direta por in-
exigibilidade de licitação, nos termos do Voto do Conselheiro
suscitante.
O Regimento Interno, sobre Incidente de Prejulgado assim
dispõe:
Art. 352 - Proferido o julgamento do incidente pelo Plenário,
observado o quorum qualificado previsto no art. 180 da Lei Or-
gânica do Tribunal, os autos serão devolvidos àquele que sus-
citou a matéria incidental, para apreciação do mérito do pro-
cesso.
§ 1º O julgamento que deliberar sobre o incidente processual
solucionará a questão levantada, constituindo prejulgado vin-
culante aos demais casos submetidos ao Tribunal.
§ 2º Dirimida a questão, os respectivos autos serão apensados
ao processo em que se originou o incidente. (grifei).
Resta claro que a pendência de julgamento do prejulgado prej-
udica o julgamento de todos os demais processos em que se
discute a matéria lá contemplada, vez que se não restasse dúvi-
da sobre a interpretação normativa que rege a matéria, não
haveria o porquê de se recorrer ao instituto de Instauração do
Terça-feira, 20 de março de 2018 42

Incidente de Prejulgado.
Vale destacar que decisão do Plenário desta Corte de Con-
tas determinou o sobretamento dos processos que tramitam
naquele colegiado. Assim, faz-se necessário o sobrestamento
dos presentes autos pelas razões aventadas, devendo os au-
tos ficarem aguardando na Secretaria Geral das Sessões – SGS.
Ante o exposto, obedecidos todos os trâmites processuais e le-
gais, VOTO no sentido de que o Colegiado aprove a seguinte
minuta de deliberação que submeto à sua consideração.
SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO
Relator
1. DECISÃO:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reu-
nidos em sessão da Primeira Câmara, ante as razões expostas
pelo relator, por:
1.1. SOBRESTAR os presentes autos, restando prejudicada sua
análise de mérito até o julgamento do Incidente de Prejulgado
TC 6603/2016.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 06/03/2018 – 5ª Sessão Ordinária da Pri-
meira Câmara.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sebastião Carlos Ranna de Macedo (presi-
dente/relator) e Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun;
4.2. Conselheiros substitutos: Marco Antonio da Silva (em
substituição).
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Heron
Carlos Gomes de Oliveira.
CONSELHEIRO SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO
Presidente
Decisão 00533/2018-2
Processo: 08429/2017-5
Classificação: Relatório Resumido de Execução Orçamentária
Diário Oficial de Contas
Exercício: 2017
UG: PMAB - Prefeitura Municipal de Águia Branca
Relator: Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Parte: ANGELO ANTONIO CORTELETTI
RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA – 4º BI-
MESTRE DE 2017 – 1) ARQUIVAR.
O EXMO. SR. CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FARIAS
CHAMOUN:
I – RELATÓRIO:
Trata-se de processo acerca do parecer de alerta emitido por
este Tribunal em cumprimento ao disposto no art. 59, §1º, da
Lei de Responsabilidade Fiscal, após análise do Relatório Resu-
mido de Execução Orçamentária, referente ao 4º bimestre do
exercício de 2017 da Prefeitura de Águia Branca, verificando a
possibilidade do não atingimento das Metas de Arrecadação.
Na Instrução Técnica 00013/2018-1, o Núcleo de Controle Ex-
terno de Contabilidade e Economia verificou que as metas es-
tabelecidas na LDO são de periodicidade anual, tornando ne-
cessário o encerramento do exercício financeiro para a verifi-
cação da efetividade das medidas adotadas no que se refere
ao descompasso entre as metas previstas e o que foi realiza-
do no período.
Dada à perda do objeto, a área técnica sugeriu o arquivamento
dos autos, destacando que o conteúdo destes irá integrar/sub-
sidiar a análise da Prestação de Contas da Prefeitura de Águia
Branca (exercício de 2017), permitindo assim a verificação, em
definitivo, do cumprimento dos ditames estabelecidos na Lei
Complementar nº 101/2000, sendo acompanhado pelo Minis-
tério Público Especial de Contas através do Em. Procurador Lu-
ciano Vieira que pugnou pelo ARQUIVAMENTO dos autos.
II – CONCLUSÃO:
Ante o exposto, acompanhando o entendimento da Área Técni-
ca e do Ministério Público Especial de Contas, VOTO no sentido
de que o Colegiado aprove a seguinte minuta de Acórdão que
submeto à sua consideração.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Conselheiro Relator
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ATOS DA 1 a CÂMARA
1. DELIBERAÇÃO:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reu-
nidos em sessão da Primeira Câmara, ante as razões expostas
pelo relator, em:
1.1. Arquivar os autos após os trâmites legais, com fundamen-
to no art. 330, IV da Resolução TC nº 261/13.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 07/03/2018 – 5ª Sessão Ordinária da Pri-
meira Câmara.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sebastião Carlos Ranna de Macedo (presi-
dente) e Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun (relator);
4.2. Conselheiros substitutos: Marco Antonio da Silva (em
substituição).
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Heron
Carlos Gomes de Oliveira.
CONSELHEIRO SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO
Presidente
Decisão 00534/2018-7
Processo: 08456/2017-2
Classificação: Relatório Resumido de Execução Orçamentária
Exercício: 2017
UG: PMI - Prefeitura Municipal de Itaguaçu
Relator: Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Parte: DARLY DETTMANN
RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA – 4º BI-
MESTRE DE 2017 – 1) ARQUIVAR.
O EXMO. SR. CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FARIAS
CHAMOUN:
I – RELATÓRIO:
Trata-se de processo acerca do parecer de alerta emitido por
este Tribunal em cumprimento ao disposto no art. 59, §1º, da
Lei de Responsabilidade Fiscal, após análise do Relatório Resu-
Terça-feira, 20 de março de 2018 43

mido de Execução Orçamentária, referente ao 4º bimestre do
exercício de 2017 da Prefeitura de Itaguaçu, verificando a pos-
sibilidade do não atingimento das Metas de Arrecadação.
Na Instrução Técnica 00012/2018-7, o Núcleo de Controle Ex-
terno de Contabilidade e Economia verificou que as metas es-
tabelecidas na LDO são de periodicidade anual, tornando ne-
cessário o encerramento do exercício financeiro para a verifi-
cação da efetividade das medidas adotadas no que se refere
ao descompasso entre as metas previstas e o que foi realiza-
do no período.
Dada à perda do objeto, a área técnica sugeriu o arquivamento
dos autos, destacando que o conteúdo destes irá integrar/sub-
sidiar a análise da Prestação de Contas da Prefeitura de Itagua-
çu (exercício de 2017), permitindo assim a verificação, em defi-
nitivo, do cumprimento dos ditames estabelecidos na Lei Com-
plementar nº 101/2000, sendo acompanhado pelo Ministério
Público Especial de Contas através do Em. Procurador Luciano
Vieira que pugnou pelo ARQUIVAMENTO dos autos.
II – CONCLUSÃO:
Ante o exposto, acompanhando o entendimento da Área Técni-
ca e do Ministério Público Especial de Contas, VOTO no sentido
de que o Colegiado aprove a seguinte minuta de Acórdão que
submeto à sua consideração.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Conselheiro Relator
1. DELIBERAÇÕES:
ISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reu-
nidos em sessão da Primeira Câmara, ante as razões expostas
pelo relator, em:
1.1. Arquivar os autos após os trâmites legais, com fundamen-
to no art. 330, IV da Resolução TC nº 261/13.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 07/03/2018 – 5ª Sessão Ordinária da Pri-
meira Câmara.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sebastião Carlos Ranna de Macedo (presi-
Diário Oficial de Contas
dente) e Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun (relator);
4.2. Conselheiro em substituição: Marco Antonio da Silva.
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Heron
Carlos Gomes de Oliveira.
CONSELHEIRO SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO
Presidente
Decisão 00535/2018-1
Processo: 08458/2017-1
Classificação: Relatório Resumido de Execução Orçamentária
Exercício: 2017
UG: PMI - Prefeitura Municipal de Iúna
Relator: Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Parte: WELITON VIRGILIO PEREIRA
RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA – 4º BI-
MESTRE DE 2017 – 1) ARQUIVAR.
O EXMO. SR. CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FARIAS
CHAMOUN:
I – RELATÓRIO:
Trata-se de processo acerca do parecer de alerta emitido por
este Tribunal em cumprimento ao disposto no art. 59, §1º, da
Lei de Responsabilidade Fiscal, após análise do Relatório Resu-
mido de Execução Orçamentária, referente ao 4º bimestre do
exercício de 2017 da Prefeitura de Iúna, verificando a possibili-
dade do não atingimento das Metas de Arrecadação.
Na Instrução Técnica 00011/2018-2, o Núcleo de Controle Ex-
terno de Contabilidade e Economia verificou que as metas es-
tabelecidas na LDO são de periodicidade anual, tornando ne-
cessário o encerramento do exercício financeiro para a verifi-
cação da efetividade das medidas adotadas no que se refere
ao descompasso entre as metas previstas e o que foi realiza-
do no período.
Dada à perda do objeto, a área técnica sugeriu o arquivamen-
to dos autos, destacando que o conteúdo destes irá integrar/
subsidiar a análise da Prestação de Contas da Prefeitura de Iú-
na (exercício de 2017), permitindo assim a verificação, em defi-
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ATOS DA 1 a CÂMARA
nitivo, do cumprimento dos ditames estabelecidos na Lei Com-
plementar nº 101/2000, sendo acompanhado pelo Ministério
Público Especial de Contas através do Em. Procurador Heron
Carlos Gomes de Oliveira que pugnou pelo ARQUIVAMENTO
dos autos.
II – CONCLUSÃO:
Ante o exposto, acompanhando o entendimento da Área Técni-
ca e do Ministério Público Especial de Contas, VOTO no sentido
de que o Colegiado aprove a seguinte minuta de Acórdão que
submeto à sua consideração.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Conselheiro Relator
1. DELIBERAÇÃO:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reu-
nidos em sessão da Primeira Câmara, ante as razões expostas
pelo relator, em:
1.1. Arquivar os autos após os trâmites legais, com fundamen-
to no art. 330, IV da Resolução TC nº 261/13.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 07/03/2018 – 5ª Sessão Ordinária da Pri-
meira Câmara.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sebastião Carlos Ranna de Macedo (presi-
dente) e Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun (relator);
4.2. Conselheiros substitutos: Marco Antonio da Silva.
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Heron
Carlos Gomes de Oliveira.
CONSELHEIRO SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO
Presidente
Decisão 00536/2018-6
Processo: 08478/2017-9
Classificação: Relatório Resumido de Execução Orçamentária
Exercício: 2017
Terça-feira, 20 de março de 2018 44

UG: PMV - Prefeitura Municipal de Viana
Relator: Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Parte: GILSON DANIEL BATISTA
RELATÓRIO RESUMIDO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA – 4º BI-
MESTRE DE 2017 – 1) ARQUIVAR.
O EXMO. SR. CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FARIAS
CHAMOUN:
I – RELATÓRIO:
Trata-se de processo acerca do parecer de alerta emitido por
este Tribunal em cumprimento ao disposto no art. 59, §1º, da
Lei de Responsabilidade Fiscal, após análise do Relatório Resu-
mido de Execução Orçamentária, referente ao 4º bimestre do
exercício de 2017 da Prefeitura de Viana, verificando a possibi-
lidade do não atingimento das Metas de Arrecadação.
Na Instrução Técnica 00015/2018-1, o Núcleo de Controle Ex-
terno de Contabilidade e Economia verificou que as metas es-
tabelecidas na LDO são de periodicidade anual, tornando ne-
cessário o encerramento do exercício financeiro para a verifi-
cação da efetividade das medidas adotadas no que se refere
ao descompasso entre as metas previstas e o que foi realiza-
do no período.
Dada à perda do objeto, a área técnica sugeriu o arquivamento
dos autos, destacando que o conteúdo destes irá integrar/sub-
sidiar a análise da Prestação de Contas da Prefeitura de Viana
(exercício de 2017), permitindo assim a verificação, em defini-
tivo, do cumprimento dos ditames estabelecidos na Lei Com-
plementar nº 101/2000, sendo acompanhado pelo Ministério
Público Especial de Contas através do Em. Procurador Luciano
Vieira que pugnou pelo ARQUIVAMENTO dos autos.
II – CONCLUSÃO:
Ante o exposto, acompanhando o entendimento da Área Técni-
ca e do Ministério Público Especial de Contas, VOTO no sentido
de que o Colegiado aprove a seguinte minuta de Acórdão que
submeto à sua consideração.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Conselheiro Relator
1. DELIBERAÇÃO:
Diário Oficial de Contas
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reu-
nidos em sessão da Primeira Câmara, ante as razões expostas
pelo relator, em:
1.1. Arquivar os autos após os trâmites legais, com fundamen-
to no art. 330, IV da Resolução TC nº 261/13.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 07/03/2018 – 5ª Sessão Ordinária da Pri-
meira Câmara.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sebastião Carlos Ranna de Macedo (presi-
dente) e Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun (relator);
4.2. Conselheiros substitutos: Marco Antonio da Silva.
5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Heron
Carlos Gomes de Oliveira.
CONSELHEIRO SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO
Presidente
Decisão 00580/2018-7
Processo: 04150/2013-7
Classificação: Controle Externo - Fiscalização - Denúncia
UG: PME - Prefeitura Municipal de Ecoporanga
Relator: Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun
Partes: Identidade preservada, PEDRO COSTA FILHO
EMENTA: REPRESENTAÇÃO - CITAÇÃO DO PREFEITO E DOS CHE-
FES DE GABINETE.
O SR. CONSELHEIRO RODRIGO FLÁVIO FREIRE FARIAS CHA-
MOUN:
RELATÓRIO:
Tratam os autos de documentação protocolada neste Tribunal
em 09/05/2013 pelo Sr. Robério Pinheiro Rodrigues, Vereador
do Município de Ecoporanga na qual se refere às possíveis ir-
regularidades no município de Ecoporanga, em desfavor do Sr.
Pedro Costa Filho - Prefeito Municipal, enumerando diversos
processos administrativos onde ocorreram, segundo sua óti-
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ATOS DA 1 a CÂMARA
ca, os indicativos de irregularidades na liquidação de despesas,
que em suma, se reportam à contratação de artistas e bandas
para serem apresentados nas Festividades do 50º, 51º e 53º
Aniversário de Ecoporanga, 5º FORRÓ ECO, bem como no CAR-
NAVAL DE ECOPORANGA (exercício de 2013).
Conforme auditoria realizada, através do Relatório de Inspeção
TC 019/2017-1, a equipe técnica apontou indícios de irregulari-
dades sugerindo a citação exclusiva do prefeito.
Nestas circunstâncias, foram constatadas irregularidades ati-
nentes à liquidação irregular de despesas deflagradas em claro
descumprimento à legislação em vigor, todavia, considerando
que foram indevidamente imputados exclusivamente ao pre-
feito que, por assumir ações de governo, não deveria se imis-
cuir em procedimentos administrativos de acompanhamen-
to na execução contratual e nos respectivos pagamentos dos
contratados, proferi o voto 5922/2017-6 determinando o re-
fazimento da matriz de responsabilização e consequente rea-
bertura da instrução processual, no que fui acompanhado in-
tegralmente pela 1ª Câmara deste Tribunal, conforme Decisão
3954/2017.
Adiante, por não concordar em reabrir a instrução processual,
bem como, por entender correta a matriz de responsabilidade
por eles indicada, a SecexDenúncias apresentou a Manifesta-
ção Técnica 1643/2017-2, finalizando seus trabalhos com a se-
guinte proposta:
VI – CONCLUSÃO
Ante todo o exposto concluímos que o trabalho levado a efeito
por auditores de controle externo desta Secex Denúncias, fo-
ram realizados de acordo com as Normas Governamentais de
Auditoria – NAG´s, bem como em consonância com o Regimen-
to Interno desta Corte de Contas.
Por fim, reiteramos que a Secretaria de Controle Externo de
Denúncias e Representações encontra-se a disposição do Con-
selheiro Relator para dirimir eventuais dúvidas que surgirem
no curso da instrução processual.
É o relatório. Passo à análise.
FUNDAMENTAÇÃO:
Terça-feira, 20 de março de 2018 45

Trata-se de supostas irregularidades na liquidação de despe-
sas, que em suma, se reportam à contratação de artistas e ban-
das para as Festividades do 50º, 51º e 53º Aniversário de Eco-
poranga, 5º FORRÓ ECO, bem como no CARNAVAL DE ECOPO-
RANGA (exercício de 2013).
Considerando que as irregularidades se referiam à liquidação
irregular de despesas em descumprimento à legislação em vi-
gor, e que foram, em meu entender, indevidamente imputa-
dos exclusivamente ao Prefeito que, por assumir ações de go-
verno, não deveria se imiscuir em procedimentos administrati-
vos de acompanhamento na execução contratual e nos respec-
tivos pagamentos dos contratados, proferi o voto 5922/2017-
6, determinando o refazimento da matriz de responsabilização
e consequente reabertura da instrução processual, no que fui
acompanhado integralmente pela 1ª Câmara deste Tribunal,
conforme Decisão 3954/2017.
Diante das circunstâncias, a SecexDenúncias apresenta diver-
gência de entendimento quanto à determinação a eles enca-
minhada, sob o argumento de que a metodologia de trabalho
adotada pela área técnica estaria baseada nas regras impostas
no Regimento Interno desta Corte de Contas, bem como nas
Normas de Auditoria Governamental – NAG´s.
No tocante à possibilidade de reabertura processual, prevista
no artigo 321, parágrafo 1º, do RITCEES, alegou que deveria ser
precedida de três condicionantes:
A primeira condicionante refere-se à PARTE FORMAL do pedi-
do, a qual entende-se devidamente cumprido por meio da pró-
pria Decisão TC 3954/2017.
A Segunda é referente à FINALIDADE do pedido, ou seja, deve-
-se buscar a realização de diligências, sobre o qual abordare-
mos em momento oportuno.
Por fim, a terceira condicionante refere-se ao MOMENTO do
pedido, ou seja, somente após o encerramento da fase de ins-
trução técnica.
Quanto à condicionante “MOMENTO”, alegam que a instrução
técnica, na atual fase processual, encontrava-se aberta, razão
pela qual entendiam que, tecnicamente, não seria o momento
de provocar reabertura de instrução processual.
Diário Oficial de Contas
No que diz respeito à solicitação de diligência motivada por
uma falha na Matriz de Responsabilização, tendo em vista a
responsabilização única do então Prefeito Municipal, passou-
-se a discorrer sobre o método de trabalho adotado pela área
técnica deste Tribunal, e neste momento, aludiu-se que:
“(...) o Auditor de Controle Externo deve executar procedimen-
tos de auditoria de forma a obter evidência de auditoria sufi-
ciente e apropriada e assim tirar suas conclusões para funda-
mentar a sua opinião.
Em outras palavras, deve agir com profissionalismo e indepen-
dência em seus trabalhos de campo e relatar somente aquilo
que estiver devidamente embasado por meio de provas (evi-
dências), ou seja, não há espaço para ‘presunções’”.
Seguiu afirmando o Secretário de Controle Externo de Denún-
cias e Representações:
Conclui-se, portanto, que documentos acostados ao presente
processo foram os únicos meios de prova utilizados para for-
mar opinião acerca da imputação de responsabilidade pelos fa-
tos tidos por irregulares.
Destacam, ainda, que apesar de não ser necessário, nem viá-
vel, justificar a não inclusão de determinado agente público co-
mo responsável por irregularidades, a equipe técnica fez cons-
tar em seu relatório que o Sr. Marcos Antônio de Jesus não
exerceu a conduta de ATESTAR a prestação dos serviços, supos-
tamente, contratadas.
Entendemos, tal como os Auditores de Controle Externo sig-
natários do relatório de inspeção em destaque que não é pos-
sível afirmar, com base nas evidências coletadas, condutas re-
prováveis de responsabilidade do Sr. Marcos Antônio de Jesus.
Entendemos, ainda, que não há impedimento, consoante as re-
gras adotadas por este TCEES, para a imputação solitária da fi-
gura do Ordenador de Despesas, desde que devidamente com-
provada por meio de evidências, o que no caso concreto ocor-
reu.
Seguindo essa linha, concluiu com o seguinte argumento:
Não obstante, a responsabilidade do Prefeito Municipal não foi
motivada pelo fato de “... ser ele o Ordenador de Despesas...”,
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ATOS DA 1 a CÂMARA
e, sim por ter realizado o pagamento para as empresas contra-
tadas, sem que fosse demonstrada a regular liquidação da des-
pesa, conforme descrição contida nas irregularidades constan-
tes do relatório de inspeção em tela, ou seja, a conduta descri-
ta se reveste de características objetivas.
Pois bem.
Primeiramente, importa esclarecer que a instrução processual
destes autos está em curso, todavia, para a área técnica, a fa-
se em que foi proposta a citação dos responsáveis já teria sido
ultrapassada quando do ingresso destes autos neste gabine-
te e, nessas condições, resta ao relator, enquanto condutor do
feito ao julgamento, a decisão, a ser apreciada pelo Colegiado
correspondente, para divergir da matriz de responsabilização
apresentada e para propor a consequente reformulação da ci-
tação proposta.
No que concerne à individualização das responsabilidades,
destaque-se que a conduta do prefeito em autorizar, ao final, o
pagamento da despesa, por si só, não o inclui como responsá-
vel exclusivo pela liquidação e nem pelo ateste de que os servi-
ços foram executados.
Nesta linha, a insuficiência de documentação nestes autos pa-
ra a imputação exclusiva do prefeito enseja a reformulação da
proposta citatória para suprir as falhas na individualização das
condutas possivelmente praticadas por demais agentes que es-
tariam atuando na concretização da irregularidade apontada,
que pode ser dada em solidariedade ao prefeito, ou não, de-
pendendo das condições verificadas mais adiante.
Assim sendo, compulsando os autos verifico evidenciado que
os serviços em tela foram atestados pelo então chefe de gabi-
nete, como exemplo:
Referente ao processo 5847/2008 - Contrato 113/2008 – Cons-
ta às fls. 837 (volume V), despacho do então Chefe de Gabinete
– Sr. Marcos Antônio de Jesus, encaminhando ao Secretário de
Finanças o ateste dos serviços prestados, conforme NF 0088;
Referente ao processo 078/2013 - Contrato 002/2013 - Cons-
ta às fls. 1130 (volume VI), despacho do então Chefe de Gabi-
nete – Sr. Gefherson Alves da Silva, encaminhando à Secreta-
ria de Finanças o ateste dos serviços prestados, conforme NF
Terça-feira, 20 de março de 2018 46

Eletrônica.
Nas hipóteses apresentadas pela SecexDenúncias, cabe a res-
salva de que, embora as notas fiscais emitidas pela realização
dos serviços não viessem atestadas por servidor público devi-
damente identificado, evidencia-se em sequência um pedido
do Setor Contábil para que o Chefe de Gabinete viesse a ins-
truir o processo, tendo o mesmo informado que a despesa re-
feria-se à prestação de serviços da empresa contratada.
Percebe-se que a informação prestada pelo chefe de gabinete
se tornou como base para que o prefeito viesse a determinar o
pagamento, numa aparente liquidação de despesas, já que foi
afirmado por aquele que os serviços referiam-se à prestação
de serviços pela empresa contratada, denotando que os servi-
ços estavam aptos ao pagamento, pois segundo o chefe de ga-
binete, teriam sido prestados pela contratada.
Não se pode olvidar que a informação do agente público que
solicitou os serviços e foi demandado ao final para instruir o
feito, no caso concreto, o chefe de gabinete em exercício no
período, se apresenta na cadeia processual de execução e pa-
gamento de uma despesa pública, como um ateste dos servi-
ços prestados, pois nada mais coerente seria a análise de con-
formidade dos serviços prestados pelo chefe da pasta que o
solicitou.
Ademais, a Decisão 3954/2017, da 1ª Câmara, está em conso-
nância com diversos precedentes desta Corte de Contas, sendo
válido discorrer sobre a importância de se seguir os preceden-
tes, de modo a conferir observância aos princípios constitucio-
nais norteadores do ordenamento jurídico pátrio.
Há de se destacar que os precedentes estão ganhando impor-
tância, objetivando imprimir maior segurança jurídica aos ju-
risdicionados e maior celeridade ao trâmite processual. Inclu-
sive, o Novo CPC trouxe menção expressa a essa relevância ao
estabelecer as regras dos arts. 489, 926 e 927, cujos grifos ora
se mostram adequados:
Art. 489 (...)
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judi-
cial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
(...)
Diário Oficial de Contas
V – se limita a invocar precedente ou enunciado de súmula,
sem identificar seus fundamentos determinantes nem demons-
trar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI – deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existên-
cia de distinção no caso em julgamento ou a superação do en-
tendimento.
Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e
mantê-la estável, íntegra e coerente.
§ 1º Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados
no regimento interno, os tribunais editarão enunciados de sú-
mula correspondentes a sua jurisprudência dominante.
§ 2º Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-
-se às circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram
sua criação.
Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:
I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle con-
centrado de constitucionalidade;
II - os enunciados de súmula vinculante;
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou
de resolução de demandas repetitivas e em julgamento de re-
cursos extraordinário e especial repetitivos;
IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal
em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em
matéria infraconstitucional;
V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais es-
tiverem vinculados.
§1° Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10
e no art. 489, § 1o, quando decidirem com fundamento nes-
te artigo.
§2º A alteração de tese jurídica adotada em enunciado de sú-
mula ou em julgamento de casos repetitivos poderá ser prece-
dida de audiências públicas e da participação de pessoas, ór-
gãos ou entidades que possam contribuir para a rediscussão
da tese.
§3º Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do
Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daque-
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ATOS DA 1 a CÂMARA
la oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver mo-
dulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da se-
gurança jurídica.
§4º A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência
pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos repeti-
tivos observará a necessidade de fundamentação adequada e
específica, considerando os princípios da segurança jurídica, da
proteção da confiança e da isonomia.
§5º Os tribunais darão publicidade a seus precedentes, organi-
zando-os por questão jurídica decidida e divulgando-os, prefe-
rencialmente, na rede mundial de computadores.
Depreende-se, pois, que os tribunais, nestes incluídos os Tribu-
nais de Contas, não devem permitir divergências internas so-
bre questões jurídicas idênticas, como se cada magistrado ou
colegiado julgador não fizesse parte de um sistema e para es-
se desiderato convém que a jurisprudência seja uniformizada
com estabilidade.
Os dispositivos legais suso transcritos aplicam-se de forma sub-
sidiária aos processos em trâmite nesta Corte por força do art.
70 da LC 621/2012, e objetivam “privilegiar a busca pela unifor-
mização e estabilização da jurisprudência e garantir a efetivida-
de do processo, notadamente das garantias constitucionais”.
A Força dos Precedentes do Novo Código de Processo Civil, El-
pídio Donizetti, disponível em www.elpidiodonizetti.jusbrasil.
com.br/artigos/155178268/a-forca-dos-precedentes-do-novo-
-codigo-de-processo-civil. Acesso em 23 de outubro de 2017.
Ainda tratando sobre a valorização do precedente, o Minis-
tro do Superior Tribunal de Justiça, Paulo de Tarso Sanseveri-
no, destacou:
“Esse ponto é, particularmente, muito positivo para o STJ, cuja
missão é a uniformização da interpretação da legislação fede-
ral. Então, através de institutos como a valorização dos recur-
sos repetitivos e o incidente de assunção de competência, nós
teremos ainda mais mecanismos para uma melhor aplicação
do direito federal, com muito mais segurança jurídica e igual-
dade na aplicação da lei para todos os cidadãos”. In: BRASIL.
Superior Tribunal de Justiça. Valorização dos precedentes juris-
prudenciais é destaque do Novo CPC que entra em vigor hoje.
Terça-feira, 20 de março de 2018 47

Disponível em: <http://laurochammacorreia.jusbrasil.com.br/
noticias/315649923/valorizacao-de-precedentesjurispruden-
ciais-e-destaque-do-novo-cpc-que-entra-em-vigor-hoje-18>.
Acesso em: 07/12/2017.
Corroborando o protagonismo dos precedentes no novo CPC, o
Ministro Gurgel de Faria, também se posicionou:
“A grande novidade do novo código é a força maior que traz
com relação aos precedentes. Especificamente no que diz res-
peito aos recursos especiais repetitivos. Nós temos que traba-
lhar muito, no âmbito do STJ, com relação à adoção dos repeti-
tivos, para que possamos dar uma resposta célere à grande de-
manda que aqui chega”. In: BRASIL. Superior Tribunal de Justi-
ça. Valorização dos precedentes jurisprudenciais é destaque do
Novo CPC que entra em vigor hoje. Disponível em:
<http://laurochammacorreia.jusbrasil.com.br/noti -
cias/315649923/valorizacao-de-precedentesjurisprudenciais-
-e-destaque-do-novo-cpc-que-entra-em-vigor-hoje-18>. Aces-
so em: 07/12/2017.
Não restam dúvidas, pois, de que o ordenamento jurídico bra-
sileiro acolheu o modo de operar com precedentes e mais, en-
controu nos princípios constitucionais, o norte para a valori-
zação da jurisprudência estável como forma de tranquilização
social.
Nesse sentido, saliento os julgados recentes deste Tribunal de
Contas, em que este Plenário decidiu pela impossibilidade de
responsabilizar exclusivamente o Ordenador de Despesas, nos
casos em que não havia sido demonstrado o nexo de causalida-
de entre a sua conduta e a irregularidade imputada, numa cor-
reta matriz de responsabilização, em situações idênticas a pre-
sente hipótese, todos disponíveis em https://mapjuris.tce.es.
gov.br/, acesso em 07 de dezembro de 2017:
[Responsabilidade. Chefe de Poder. Ausência de matriz de res-
ponsabilização. Impossibilidade de responsabilização objetiva
do agente público. Nexo de causalidade não demonstrado]
 ACÓRDÃO TC-608/2017 - PRIMEIRA CÂMARA
Cuidam os presentes autos da Prestação de Contas Anual da
Câmara Municipal de Santa Leopoldina, referente ao exercício
de 2008, sob a responsabilidade do Sr. (...), então Presidente.
Diário Oficial de Contas
(...) 2. DA AUSÊNCIA DA MATRIZ DE RESPONSABILIDADE NOS
AUTOS DO PROCESSO TC 4580/2009
(...) A elaboração da matriz de responsabilização indica que a
responsabilidade não pode recair unicamente sobre os Chefes
de Poder ou sobre os altos dirigentes dos órgãos públicos, pe-
la simples razão do cargo que ocupam, sendo imprescindível a
análise das condutas dos demais agentes públicos que partici-
param para configuração da irregularidade, sob pena de viola-
ção a responsabilidade subjetiva, cuja demonstração rechaça a
responsabilidade presumida.
Alinho-me, neste caso, ao pensamento do Conselheiro Rodri-
go Flávio Freire Farias Chamoun, tomando de empréstimo su-
as palavras, no sentido de que um Prefeito, além das atribui-
ções político-gerenciais, desempenha, também, tarefas de ín-
dole administrativa, o que inviabilizaria a abrangência de uma
conduta de forma onipotente, eis que não caberia ao Prefeito
a tudo se encarregar.
(...) Portanto, uma decisão administrativa não depende, majo-
ritariamente, da vontade única e exclusiva de um agente pú-
blico, pelo contrário, as inúmeras decisões da Administração
Pública, ainda que tenham o ato final expedido por um único
agente, dependem do trabalho conjunto de inúmeros agentes
que atuam por meio de um processo administrativo.
(...) Neste sentido, o procedimento administrativo constitui-se
de atos intermediários, preparatórios e autônomos, mas sem-
pre interligados que se conjugam para dar conteúdo e forma ao
ato principal e final colimado pelo Poder Público.
As operações intermediárias, à medida que se realizam, sem
oposição dos interessados, tornam-se definitivas para a Admi-
nistração e para o administrado.
Nessa esteira, a Administração Pública realiza sua função exe-
cutiva por meio de atos jurídicos que recebem a denominação
especial de atos administrativos, onde o ato principal é o que
encerra a manifestação de vontade final da Administração e o
ato intermediário ou preparatório é o que concorre para a for-
mação de um ato principal e final.
A autonomia implica a existência individual de cada ato, de for-
ma que cada ato integrante de um processo administrativo de-
www.tce.es.gov.br
ATOS DA 1 a CÂMARA
ve conter todos os elementos do ato administrativo, a fim de
produzir um efeito específico e que é essencial para a decisão
administrativa.
Assim, a unidade de efeitos decorre exatamente do fato de
que, embora cada ato seja manifestado com uma finalidade es-
pecífica, todos os atos de um processo têm em vista uma única
manifestação de vontade da Administração.
(...) vê-se que a última característica é a relação de causalidade,
isto é, na medida em que cada ato é pressuposto e causa do su-
cessor, se os atos não forem praticados na sequência lógica, to-
dos serão viciados, pois tal vício, em um procedimento, rompe
com a cadeia causal a partir da prática do ato que não teve re-
lação de efeito do anterior.
(...) Ocorre que em não havendo a matriz de responsabilidade,
imputando se o nexo causal respectivo, não se mostra viável a
verificação do grau de reprovabilidade da conduta, de manei-
ra que sua imputação assume faceta de responsabilidade ob-
jetiva, o que, via de regra, é vedado pelo ordenamento jurídi-
co vigente.
(...) Há, pois, necessidade de demonstração da devida relação
de causalidade com a atuação do agente, para além, de uma
simples aposição de uma assinatura por dever de ofício, isto é,
em decorrência da mera relação formal por exercício de com-
petência, ao se assinar um contrato, um aditivo ou ordem de
pagamento, um balanço, quando se verificar ser esta a única
conduta possível, mormente quando já ouvidos os diversos ór-
gãos de assessoramento, o próprio controle interno.
Portanto, ocorre neste caso que se denomina inexigibilidade
de conduta funcional diversa, que na teoria geral dos atos ju-
rídicos, é excludente de responsabilização e, mais do que isso,
apesar de existir formalmente, a relação de causalidade entre
ato e dano, fica rompida, ao menos quanto ao seu conteúdo,
a saber, o de responder pelos prejuízos ao erário, por ação ou
omissão, culpa ou dolo.
(...) Por fim, concluo que a instrução do feito não obedeceu aos
trâmites constitucionais e legais necessários, devido à ausência
da caracterização da responsabilidade de todos os agentes que
influíram para a irregularidade, o nexo de causalidade, bem co-
Terça-feira, 20 de março de 2018 48
 ATOS DA 1 a CÂMARA

mo da matriz de responsabilidade, prejudicando sobremaneira a a proposta de citação de outros agentes públicos, no caso, o Pre-
individualização da pena, resultando na possibilidade de atribui- feito Municipal e os chefes de gabinete que atestaram as despesas
A Prestação de Contas
ção de responsabilidade além da realmente devida, motivo pelo decorrentes dos Contratos 113/2008 e 002/2013.
qual é de se afastar a responsabilidade do então Presidente da Câ- PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO:
mara Municipal. Anual (PCA) do Estado e dos
Pelo exposto, tendo em vista a competência a mim conferida pelo
municípios
 [Responsabilidade. Matriz de responsabilidades. capixabas
Individualização art. 29, V,já
da Lei Complementar Estadual 621/2012 (Lei Orgânica
da conduta]
pode ser feita no sistema do TCEES), divergindo do entendimento vertido na Manifestação
ACÓRDÃO TC-832/2017 - PRIMEIRA CÂMARA Técnica 1643/2017, VOTO, no sentido de que o Colegiado apro-
CidadES do TCE-ES.
Cuidam os presentes autos de auditoria/fiscalização ordinária, re- ve a seguinte proposta de deliberação que submeto à sua consi-
alizada na Prefeitura Municipal de São José do Calçado, relativa deração. A Prestação de Contas
ao exercício de 2008, que resultou no Relatório de Auditoria RA-O Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun Anual (PCA) do Estado e dos
88/2011, onde fora verificada a presença de indícios de irregula- Conselheiro
ridades, consignados na Instrução Técnica Inicial ITI - 1077/2011, 1. DELIBERAÇÃO:
municípios capixabas já
culminando na Decisão Preliminar TC 013/2012.
Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo TC 4150/2013, pode ser feita no sistema
 (...) 2.2 PRELIMINAR REFERENTE À AUSÊNCIA DE MATRIZ DE RES-
PONSABILIDADE:
O prazo final para a
DECIDEM os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Es- CidadES do TCE-ES.
pírito Santo, reunidos em Sessão Plenária em:
entrega1.1.éCITAR
A área técnica identificou ausência de matriz de responsabilida- 31 ode Prefeito Municipal, Sr. Pedro Costa Filho e os Chefes
de nos presentes autos, de forma que não houve a correta indivi- março.
de Gabinete – Sr. Marcos Antônio de Jesus (referente ao proces-
dualização das condutas de todos os responsáveis que contribuí- so 5847/2008 - Contrato 113/2008) e Sr. Gefherson Alves da Sil-
ram para ocorrência das irregularidades indicadas, sugerindo a re- va (referente ao processo 078/2013 - Contrato 002/2013), confor-
abertura da instrução processual em autos apartados. me fundamentado neste voto, para que no prazo de 30 (trinta)
Nesse contexto, destaca-se que a presença da correta  ma- dias improrrogáveis (art. 157, II, da Resolução TCEES nº 261/2013),
triz de responsabilidade é pressuposto necessário para correta im- prestem os esclarecimentos que julgarem pertinentes, quanto aos
putação de responsabilização pela prática de irregularidades, sen- indicativos de irregularidades apresentados na Instrução Técnica
do que a sua ausência resulta na necessidade de afastamento das Inicial ITI 1091/2017-5.
irregularidades apontadas ou de refazimento de toda instrução 2. Unânime.
técnica inicial com observância da matriz de responsabilidade.
3. Data da Sessão: 14/03/2017 – 6ª Sessão Ordinária da Primei-
 Ocorre que, nestes autos, é possível verificar que a matriz de res- ra Câmara.
ponsabilidade presente na ITI nº 02157/2017 não especificou as
4. Especificação do quórum:
condutas, o nexo causal e a culpabilidade de forma que não há
dúvidas quanto à ausência da correta  matriz de responsabilida- 4.1. Conselheiros: Sebastião Carlos Ranna de Macedo (presidente) www.cidades.tce.es.gov.br
de em face dos responsáveis, motivo pelo qual divirjo da posição e Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun (relator);
externada pela área técnica, rejeitando a reabertura do feito, em 4.2. Conselheiros substitutos: Marco Antonio da Silva (em subs-
razão do princípio da duração razoável do processo, extinguindo- tituição).
-se o feito com julgamento do mérito em razão do acolhimento da 5. Membro do Ministério Público Especial de Contas: Luís Henri-
prescrição da pretensão punitiva por parte desta Corte de Contas.  que Anastácio da Silva.
Ante o exposto, tendo em vista a necessária correção na instrução CONSELHEIRO SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO
processual do presente feito, voto submetendo à Primeira Câmara Presidente

Diário Oficial de Contas www.tce.es.gov.br Terça-feira, 20 de março de 2018 49


2 a CÂMARA
COMPOSIÇÃO DA 2a CÂMARA
Conselheiros
Sérgio Manoel Nader Borges - Presidente
Domingos Augusto Taufner
Conselheiros-substitutos
João Luiz Cotta Lovatti
Ministério Público Especial de Contas
SESSÕES
Quartas-feiras às 10 horas
Diário Oficial de Contas
Atos da 2ª Câmara
Outras Decisões - 2ª Câmara
NOTIFICAÇÃO do conteúdo dispositivo da(s) Decisão(ões) abaixo,
nos termos do artigo 66, parágrafo único, da Lei Complementar
nº 621/2012, encontrando-se os autos na Secretaria Geral das
Sessões no Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo.
Decisão 00418/2018-5
Processos: 00750/2009-8, 04098/2016-1
Classificação: Auditoria Ordinária
Exercício: 2008
UG: PMAB - Prefeitura Municipal de Águia Branca
Relator: Domingos Augusto Taufner
Partes: Ministério Público de Contas, Jailson Jose Quiuqui, Joao
Menegardo Diirr, Fonseca &Oliveira S/C LTDA - ME, Paulo Pires
da Fonseca
Procurador: RICARDO XIMENES DE SOUZA (OAB: 21196-ES),
FISCALIZAÇÃO AUDITORIA – DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JU-
RÍDICA - CITAÇÃO
O EXMO. SR. CONSELHEIRO DOMINGOS AUGUSTO TAUFNER:
RELATÓRIO
Trata o presente processo de Relatório de Auditoria Ordinária nº
82/2009, em cumprimento ao Plano e Programa de Auditoria Or-
dinária nº 014/2009, realizado na Prefeitura Municipal de Águia
Branca.
O Relatório de Auditoria RA-O 82/2009 apontou alguns indícios
de irregularidades, tendo a Instrução Técnica Inicial nº 489/2009
sugerido a citação do Sr. Jaílson José Quiuqui.
Por meio da Decisão Preliminar nº 425/2009 o então Conselhei-
ro Relator a época, entendeu por converter o julgamento em di-
ligência, para que fosse realizada a análise dos processos licitató-
rios relacionados à contratação de obras e serviços de engenha-
ria e também a devida análise dos aspectos relacionados à exe-
cução física das obras e serviços, inclusive aquelas custeadas por
convênios estaduais.
www.tce.es.gov.br
ATOS DA 2 a CÂMARA
O Núcleo de Engenharia e Obras Públicas – NEO, elaborou a Ma-
nifestação Técnica Preliminar nº 670/2014, sugerindo a dispen-
sa da realização dos procedimentos de fiscalização nas contrata-
ções referentes a obras e serviços de engenharia, que após ouvi-
do o Ministério Público de Contas fosse determinado o arquiva-
mento do mesmo e remetido o Processo TC 2693/2008 à Secre-
taria Competente.
Por meio do Acórdão 1819/2015 decidiram os Conselheiros,
desapensar o processo TC 2963/2008 e arquivar o processo TC
750/2009.
Assim sendo, o Ministério Público de Contas interpôs Pedido de
Reexame em face do Acórdão TC 1819/2015, alegando que con-
quanto tenha concordado com a possibilidade de “dispensa da
realização dos procedimentos de fiscalização nas contratações
de obras e serviços de engenharia”, divergiu da área técnica, ma-
nifestando-se pela revogação da Decisão Preliminar TC 425/2009
e pelo prosseguimento dos feitos nos termos regimentais, tendo
em vista que “a execução da diligência ainda encontra-se no âm-
bito da discricionariedade do Tribunal”.
Com isso, decidiu o Plenário por meio do Acórdão TC 189/2017
conhecer o pedido de reexame, reformular o Acórdão TC
1819/2015 determinando a dispensa da realização dos procedi-
mentos de fiscalização nos contratos de obras e serviço de enge-
nharia, bem como prosseguimento do feito em razão do seguin-
te indício de irregularidade: item 5.2.1.2 do RA-O 82/2009 “Não
comprovação de liquidação de despesa” sobre o qual incide pos-
sível dano ao erário de 18.743,43 VRTE.
Ato contínuo, os autos seguiram para a Secretaria de Controle
Externo de Fiscalização dos Municípios – SecexMunicipios que
elaborou a Instrução Técnica Inicial nº 01453/2017-1 opinando
por declarar a desconsideração da pessoa jurídica Fonseca e Oli-
veira S/C Ltda., atribuindo responsabilidade ao sócio Paulo Pires
da Fonseca, citação dos responsáveis e aplicação de multa.
Após, temos as Notas Taquigráficas nº 00032/2018-4 referentes
à 03ª Sessão Ordinária realizada no dia 21/02/2018 em que o Sr.
Ricardo Ximenes de Souza – representante do Sr. Jailson Quiu-
qui, solicitou questão de ordem referente a matéria do pedido
de reexame interposto pelo Ministério Público de Contas que se-
Terça-feira, 20 de março de 2018 50

ria intempestivo
É o relatório. Passo a fundamentação.
FUNDAMENTAÇÃO
Inicialmente irei tratar da questão de ordem suscitada pelo
Sr. Ricardo Ximenes de Souza, que diz respeito ao Processo TC
4098/2016 interposto pelo Ministério Público de Contas, cumpre
destacar que o referido recurso já foi julgado conforme o Acór-
dão TC 189/2017 que conheceu o pedido de reexame, reformu-
lar o Acórdão TC 1819/2015 determinando a dispensa da realiza-
ção dos procedimentos de fiscalização nos contratos de obras e
serviço de engenharia, bem como prosseguimento do feito em
razão do seguinte indício de irregularidade: item 5.2.1.2 do RA-
-O 82/2009 “Não comprovação de liquidação de despesa” sobre
o qual incide possível dano ao erário de 18.743,43 VRTE. Com is-
so, entendo já superada qualquer análise em relação ao referido
recurso, destacando ainda que o mesmo já possui a Certidão de
Trânsito em Julgado nº 01124/2017-6.
Passarei agora a análise do presente processo que trata de Audi-
toria Ordinária realizada na Prefeitura de Águia Branca, referen-
te ao exercício de 2008.
Na Instrução Técnica Inicial nº 01453/2017-1 foi apontado como
indício de irregularidade:
1. Não comprovação de liquidação de despesa.
A referida irregularidade diz respeito ao Convite nº 003/2008
que tinha como objeto a contratação de empresa para prestação
de serviço de assessoria jurídica.
A equipe de auditoria não verificou de forma objetiva e clara a
realização de tal serviço, e destacou que foram verificados ape-
nas alguns pareceres nas licitações (Relatório de Auditoria nº
82/2009), alegou ainda que os responsáveis são passíveis de de-
volução dos valores pagos pelo Município de Águia Branca, no
total de R$ 33.949,99, equivalentes a 18.743,43 VRTE.
Foram apontados como responsáveis os Srs. Jaílson José Quiuqui
– Ex-Prefeito por ter autorizado o pagamento sem verificar a cor-
reta liquidação de despesa, João Menegardo Diirr – Ex-Secretário
da Administração por não ter fiscalizado o serviço objeto do con-
trato nº 53/2008, oriundo do convite 03/2008, quando era sua
Diário Oficial de Contas
responsabilidade, Fonseca e Oliveira S/C Ltda. – Empresa Con-
tratada por receber pagamentos sem demonstrar a efetiva con-
traprestação dos serviços contratados e Paulo Pires da Fonseca –
Advogado Sócio representante da Empresa Contratada e ao mes-
mo tempo parecerista jurídico do Convite nº 03/2008, entendo
como correta a citação dos responsáveis, motivo pelo qual acom-
panho o entendimento técnico.
Com relação à Desconsideração da Pessoa Jurídica Fonseca e Oli-
veira S/C Ltda., o Sr. Paulo Pires da Fonseca atuou como parece-
rista jurídico do processo administrativo (Convite 03/2008) e ao
mesmo tempo, atuou como representante da Empresa Contrata-
da na mesma licitação.
Destaca-se ainda que as demais empresas convidadas não com-
pareceram ao certame e o próprio representante da Empresa,
agora na condição de parecerista jurídico, opinou pela sua pró-
pria contratação.
É importante destacar o artigo 50 do Código Civil que diz que o
abuso de personalidade jurídica é caracterizado pelo desvio de fi-
nalidade ou pela confusão patrimonial, conforme transcrito abai-
xo:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracteriza-
do pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, po-
de o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Pú-
blico quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de
certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos
aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa
jurídica.
Com isso, fica caracterizado o abuso da personalidade jurídica e
a necessidade de desconsiderar a pessoa jurídica Fonseca e Oli-
veira S/C Ltda., atribuindo responsabilidade ao Sr. Paulo Pires da
Fonseca já que o mesmo foi parecerista jurídico do processo ad-
ministrativo (Convite 03/2008) e atuou como representante da
Empresa contratada.
Já em relação à aplicação de multa sugerida pela equipe técnica,
entendo que esse ainda não é o momento processual para a apli-
cação da mesma, já que ainda estamos na fase inicial do proces-
so, não sendo necessária a aplicação de multa nesse momento,
sem prejuízo de que esta multa seja dada posteriormente.
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ATOS DA 2 a CÂMARA
Ante todo o exposto, acompanhando parcialmente o entendi-
mento da Área Técnica, VOTO para que seja adotada a delibera-
ção que ora submeto à apreciação deste Colegiado.
DOMINGOS AUGUSTO TAUFNER
Relator
1. DELIBERAÇÃO:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reuni-
dos em Sessão Colegiada, ante as razões expostas pelo Relator:
1.1. Declarar a desconsideração da pessoa jurídica Fonseca e Oli-
veira s/c Ltda., para atribuir responsabilidade ao sócio represen-
tante Paulo Pires da Fonseca, de acordo com o disposto no arti-
go 50 do Código Civil;
1.2. CITAR os Srs. Jaílson José Quiuqui – Ex-Prefeito Municipal,
João Menegardo Diirr – Ex-Secretário Municipal da Administra-
ção, Paulo Pires da Fonseca – Advogado sócio representante da
Empresa Contratada e Parecerista Jurídico e a Empresa Fonse-
ca e Oliveira S/C LTDA tendo em vista a informação contida na
Instrução Técnica Inicial nº 01453/2017-1, para que no prazo de
30 (trinta) dias improrrogáveis (art. 157, II do Regimento Inter-
no desta Corte de Contas), prestem os esclarecimentos que jul-
garem pertinentes e/ou recolham a importância devida, quanto
ao indício de irregularidade apontado na Instrução Técnica Inicial
ITI 01453/2017-1;
1.3. Determinar o encaminhamento de cópia integral da Instru-
ção Técnica Inicial nº 01453/2017-1, e do Relatório de Auditoria
Ordinária nº 00082/2009-9 para remessa aos interessados, jun-
tamente com os Termos de Citação;
1.4. ADVERTÊNCIAS:
1.4.1. Não cabe recurso da decisão que determinar a CITAÇÃO,
na forma do art. 153, inciso II, da Lei Complementar 621/2012.
1.4.2. Na forma do inciso I, do § 1º, do Artigo 64, da Lei Comple-
mentar 621/2012, a comunicação dos atos processuais ter-se-á
como realizada quando confirmada por recibo assinado por pes-
soa encarregada de receber correspondência, ou, conforme o ca-
so, por membro da família ou empregado do responsável ou do
interessado.
Terça-feira, 20 de março de 2018 51

1.4.3. As demais comunicações pós-citação serão feitas na forma
do artigo 241 do Regimento Interno, ou seja, pelo Diário Oficial
Eletrônico do Tribunal de Contas do Espírito Santo instituído pelo
artigo 181 da Lei Complementar 621/2012 e regulamentado pe-
la Resolução TC 262/2013.
1.4.4.Poderá o interessado exercer sua defesa por todos os
meios em direito admitidos, e querendo exercer o direito de sus-
tentação oral, deverão ser observados os requisitos do art. 327
do Regimento Interno do Tribunal de Contas quando do julga-
mento dos presentes autos, cuja data será publicada no Diário
Oficial Eletrônico do Tribunal de Contas do Espírito Santo por
meio da divulgação da pauta de julgamento na forma do art. 101
do mesmo diploma regimental, tudo em observância aos princí-
pios constitucionais do devido processo legal, do contraditório,
da ampla defesa, bem como da publicidade.
1.4.5. Para fins de aplicação do Artigo 87, do § 2º, da Lei Comple-
mentar 621/2012, os responsáveis deverão observar a necessi-
dade de demonstração de boa-fé na prática de atos e/ou omis-
sões reportadas na Instrução Técnica Inicial.
1.4.6. Ressalto que o não atendimento desta solicitação pode-
rá implicar em sanção de multa, conforme disposição dos arts.
135, §2º, da LC 621/12 e 391, do Regimento Interno desta Cor-
te de Contas.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 28/2/2018 – 4ª sessão ordinária da Segun-
da Câmara.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sérgio Manoel Nader Borges (presidente) e
Domingos Augusto Taufner (relator);
4.2. Conselheiros substitutos: João Luiz Cotta Lovatti (em subs-
tituição).
5. Membro do Ministério Público: Heron Carlos Gomes de Oli-
veira.
CONSELHEIRO SÉRGIO MANOEL NADER BORGES
Presidente
Diário Oficial de Contas
Decisão 00419/2018-1
Processo: 04349/2016-4
Classificação: Controle Externo - Fiscalização - Auditoria
Exercício: 2015
UG: PMM - Prefeitura Municipal de Marilândia
Relator: João Luiz Cotta Lovatti
Partes: GEDER CAMATA, OSMAR PASSAMANI, MARIA NATALINA
CASALI, WILSON HAESE, EVANDRO VERMELHO, VALDEIR LUCIA-
NO GOLDNER
FISCALIZAÇAO- AUDITORIA – NOTIFICAR – PRAZO : 60 DIAS – RE-
COMENDAR
O CONSELHEIRO EM SUBSTITUIÇÃO JOÃO LUIZ COTTA LOVATTI:
Trata-se de fiscalização na área temática RECEITAS PÚBLICAS,
realizada na Prefeitura Municipal de Marilândia/ES, relativo ao
exercício de 2016, decorrente do Plano de Fiscalização 2017.
O presente feito atende a proposição contida no Plano Anual de
Fiscalização para o exercício de 2016, aprovado na 41º sessão
plenária de 2015, quanto à realização de auditoria concernen-
te à administração tributária dos Municípios do Estado do Espi-
rito Santo.
Segundo informações dos autos, preliminarmente à auditoria,
foi realizado levantamento relacionado à administração tribu-
tária de cada município do Estado do Espírito Santo, buscando
identificar o cumprimento de requisitos mínimos relacionados
ao aparelhamento e operacionalização da estrutura arrecadató-
ria municipal.
O resultado do levantamento permitiu traçar uma avaliação ge-
ral e individualizada acerca da estrutura de fiscalização, arreca-
dação e cobrança de todos os municípios do estado do Espíri-
to Santo, consubstanciada no Relatório de Levantamento RLE nº
03/2015, inserido no bojo do processo TC 4548/2015.
Esse relatório possibilitou o estabelecimento do escopo da audi-
toria e a seleção dos jurisdicionados a ser objeto de fiscalização
in loco, dentre aqueles que apresentaram as maiores deficiências
técnicas (riscos) quanto aos índices avaliados nos questionários,
levando-se em conta as faixas populacionais estabelecidas pela
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ATOS DA 2 a CÂMARA
equipe, selecionando-se o Município de Marilândia para fiscali-
zação no exercício de 2016.
Destarte, instruída a fiscalização do Relatório de Auditoria
00051/2016-1 e seus apêndices, foram acolhidas as sugestões
nele inscritas, consideradas no escopo da auditoria em identifi-
car problemas e propor medidas destinadas a tornar a Adminis-
tração Tributária Municipal mais eficiente, retratadas na Instru-
ção Técnica Inicial ITI 00024/2017-1.
A Segunda Câmara deste Tribunal, em sua 11ª Sessão Ordiná-
ria, acompanhando o voto do Relator e nos termos da Decisão
01347/2017-2, de 19/04/2017, decidiu NOTIFICAR os Senhores
Osmar Passamani, Maria Natalina Casali, Wilson Haese, Valdeir
Luciano Goldner e Evandro Vermelho, para que tomassem ciên-
cia dos indicativos e das proposições suscitadas constantes do
Relatório de Auditoria 51/2016 e seus apêndices e também NO-
TIFICAR o Município de Marilândia, na pessoa do atual Chefe do
Executivo, Senhor Géder Camata, para que apresentasse no pra-
zo de 90 (noventa) dias, considerações quanto aos achados de
auditoria constantes do Relatório de Auditoria 51/2016 e Instru-
ção Técnica Inicial ITI-24/2017.
Tendo o gestor se manifestado a respeito dos achados e encami-
nhado proposições de ações a serem implementadas na Unidade
Gestora, foram os autos encaminhados à Secretaria de Controle
Externo de Fiscalização de Municípios que elaborou a Manifesta-
ção Técnica 01672/2017-9.
Sugeriu a área técnica a notificação do atual Prefeito de Mari-
lândia para cumprir algumas determinações presentes no item 3
da Manifestação Técnica 01672/2017-9 e determinação ao atual
Prefeito para que implemente ações consideradas como de apli-
cação imediata.
Assim, VOTO no sentido de que o Colegiado aprove a seguinte
minuta de Decisão que submeto à sua consideração.
JOÃO LUIZ COTTA LOVATTI
Conselheiro em Substituição
1. DELIBERAÇÃO
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse-
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reuni-
Terça-feira, 20 de março de 2018 52

dos em sessão da segunda câmara, ante as razões expostas pe-
lo relator, em:
1.1. NOTIFICAR o atual Prefeito de Marilândia/ES, senhor GE-
DER CAMATA, nos termos do artigo 8º da Resolução TC nº
298/2016 c/c os artigos 206, §2º, e 358, inciso III, da Resolução
TC 261/2013, que cuida do Regimento Interno deste Tribunal c/c
o artigo 63, inciso III, da Lei Orgânica deste Tribunal, para que, no
prazo de 60 (sessenta) dias:
Cumpra as DETERMINAÇÕES abaixo relacionadas, relativas à
Análise dos Planos de Ação, com base no artigo 7º, da Resolução
TC nº 298/2016 e em especial o art. 37 da CF e o art. 11 da LRF,
alertando-o de que o não atendimento injustificado o sujeita às
sanções previstas no art. 1º, inciso XXXII e artigo 135, inciso IV, da
Lei Orgânica deste Tribunal c/c artigo 389, inciso IV, da Resolução
TC 261/2013, que cuida do Regimento Interno deste Tribunal.
3.1- AUSÊNCIA DE REVISÃO DA PLANTA GENÉRICA DE VALORES
Sugere-se a indicação do responsável e sua respectiva anuência
para a implementação da ação proposta.
Assim sendo, sugere-se também que este Sodalício assine prazo
determinando ao Gestor a apresentação do nome do responsá-
vel pela ação em tela, com sua correspondente assinatura, dan-
do ciência do encargo a ele confiado no Plano de Ação.
Inobstante a condição de ausência de responsável pela ação in-
dicada, recomenda-se, a bem do Princípio do Interesse Público, a
imediata implementação das ações ora propostas, visto que tais
ações independem de homologação pela não indicação do seu
responsável.
Desse modo, após saneadas as ressalvas ora indicadas, sugeri-
mos a homologação do presente item.
3.2 NÃO UTILIZAÇÃO DA PLANTA GENÉRICA DE VALORES VIGEN-
TE PARA AFERIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DE TRIBUTOS IMOBI-
LIÁRIOS
Sugere-se a indicação do responsável e sua respectiva anuência
para a implementação da ação proposta.
Assim sendo, sugere-se ainda que este Sodalício assine prazo de-
terminando ao Gestor a apresentação do nome do responsável
pela ação em tela, com sua correspondente assinatura, dando ci-
Diário Oficial de Contas
ência do encargo a ele confiado no Plano de Ação.
Inobstante a condição de ausência de responsável pela ação in-
dicada, recomenda-se, a bem do Princípio do Interesse Público, a
imediata implementação das ações ora propostas, visto que tais
ações independem de homologação pela não indicação do seu
responsável.
Desse modo, após saneadas as ressalvas ora indicadas, sugeri-
mos a homologação do presente item.
3.3 IRREGULARIDADES NA CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS
Sugere-se a indicação do responsável e sua respectiva anuência
para a implementação da ação proposta.
Assim sendo, sugere-se ainda que este Sodalício assine prazo de-
terminando ao Gestor a apresentação do nome do responsável
pela ação em tela, com sua correspondente assinatura, dando ci-
ência do encargo a ele confiado no Plano de Ação.
Inobstante a condição de ausência de responsável pela ação in-
dicada, recomenda-se, a bem do Princípio do Interesse Público, a
imediata implementação das ações ora propostas, visto que tais
ações independem de homologação pela não indicação do seu
responsável.
Desse modo, após saneadas as ressalvas ora indicadas, sugeri-
mos a homologação do presente item.
3.5 CARGOS DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DESPROVIDOS DE
ATRIBUIÇÕES LEGAIS EXPRESSAS
Sugere-se a indicação do responsável e sua respectiva anuência
para a implementação da ação proposta.
Assim sendo, sugere-se ainda que este Sodalício assine prazo de-
terminando ao Gestor a apresentação do nome do responsável
pela ação em tela, com sua correspondente assinatura, dando ci-
ência do encargo a ele confiado no Plano de Ação.
Inobstante a condição de ausência de responsável pela ação in-
dicada, recomenda-se, a bem do Princípio do Interesse Público, a
imediata implementação das ações ora propostas, visto que tais
ações independem de homologação pela não indicação do seu
responsável.
Desse modo, após saneadas as ressalvas ora indicadas, sugeri-
mos a homologação do presente item.
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3.6 AUSÊNCIA DE REGULAMENTAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO TRI-
BUTÁRIA
Sugere-se a indicação do responsável e sua respectiva anuência
para a implementação da ação proposta.
Assim sendo, sugere-se também que este Sodalício assine prazo
determinando ao Gestor a apresentação do nome do responsá-
vel pela ação em tela, com sua correspondente assinatura, dan-
do ciência do encargo a ele confiado no Plano de Ação.
Inobstante a condição de ausência de responsável pela ação in-
dicada, recomenda-se, a bem do Princípio do Interesse Público, a
imediata implementação das ações ora propostas, visto que tais
ações independem de homologação pela não indicação do seu
responsável.
Desse modo, após saneadas as ressalvas ora indicadas, sugeri-
mos a homologação do presente item.
3.8 NÃO PRIORIZAÇÃO DE RECURSOS À ADMINISTRAÇÃO TRIBU-
TÁRIA
Sugere-se a indicação do responsável e sua respectiva anuência
para a implementação da ação proposta.
Outrossim, sugerimos ainda que este Sodalício assine prazo de-
terminando ao Gestor a apresentação do nome do responsável
pelas ações em tela, com sua correspondente assinatura, dando
ciência do encargo a ele confiado no Plano de Ação.
Restou prejudicada a indicação da homologação para condição
de execução da ação já levada a termo pelo Gestor quanto ao
Problema 3, em virtude de atribuições restritas ao cargo de Fis-
cal de Tributos passarem a serem executadas por Agente Fiscal,
o qual tem atribuições legais diversas do primeiro. Assim sendo,
sugere-se convocar mais um servidor para o preenchimento da
vaga de Fiscal de Tributos.
Entende-se que a condição legal para a ocupação do cargo de Fis-
cal de Tributos Municipais é a abertura de concurso público, con-
forme determinado na CFB/88, em seu Artigo 37, II.
Sugere-se a este Sodalício também que determine o preenchi-
mento das vagas para o cargo de Fiscal de Tributos Municipais
tão somente por meio de concurso público, vez que foi coloca-
do servidor ocupante do cargo de Agente Fiscal para executar
Terça-feira, 20 de março de 2018 53

as atividades daquele cargo de fiscalização tributária (desvio de
função).
Assim, não há como se indicar a homologação da ação propos-
ta tão somente com a resolução da questão relativa ao nome do
responsável pela ação, enquanto não
forem saneadas as condições apontadas de desvio de função do
Agente Fiscal e da consequente ausência ocupação do cargo de
Fiscal de Tributos Municipais.
3.9 INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA ESTABELECEN-
DO RECURSOS ESPECÍFICOS PARA A ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁ-
RIA
Sugere-se a indicação do responsável e sua respectiva anuência
para a implementação da ação proposta.
Assim sendo, sugere-se ainda que este Sodalício assine prazo de-
terminando ao Gestor a apresentação do nome do responsável
pela ação em tela, com sua correspondente assinatura, dando ci-
ência do encargo a ele confiado no Plano de Ação.
Inobstante a condição de ausência de responsável pela ação in-
dicada, recomenda-se, a bem do Princípio do Interesse Público, a
imediata implementação das ações ora propostas, visto que tais
ações independem de homologação pela não indicação do seu
responsável.
Desse modo, após saneadas as ressalvas ora indicadas, sugeri-
mos a homologação do presente item.
3.10 REGISTRO IRREGULAR DA EXECUÇÃO DE DESPESAS COM A
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
Sugere-se a indicação do responsável e sua respectiva anuência
para a implementação da ação proposta.
Assim sendo, sugere-se também que este Sodalício assine prazo
determinando ao Gestor a apresentação do nome do responsá-
vel pela ação em tela, com sua correspondente assinatura, dan-
do ciência do encargo a ele confiado no Plano de Ação.
Inobstante a condição de ausência de responsável pela ação in-
dicada, recomenda-se, a bem do Princípio do Interesse Público, a
imediata implementação das ações ora propostas, visto que tais
ações independem de homologação pela não indicação do seu
responsável.
Diário Oficial de Contas
Desse modo, após saneadas as ressalvas ora indicadas, sugeri-
mos a homologação do presente item.
3.11 CADASTRO IMOBILIÁRIO NÃO FIDEDIGNO
Sugere-se a indicação do responsável e sua respectiva anuência
para a implementação da ação proposta.
Inobstante a sugestão para que este Sodalício assine prazo deter-
minando ao Gestor a apresentação do nome do responsável pela
ação em tela, com sua correspondente assinatura, dando ciência
do encargo a ele confiado no Plano de Ação, sugere-se também,
haja vista as dificuldades suscitadas por aquele ordenador quan-
to à impossibilidade de cumprimento da segunda recomendação
das propostas de encaminhamento apontadas no subitem 2.11.2
deste Relatório de Análise de Plano de Ação, que seja cobrada de
imediato ao menos a designação de um servidor responsável pe-
lo registro cadastral de contribuintes do município.
Independente da condição de ausência de responsável pela ação
indicada, recomenda-se, a bem do Princípio do Interesse Públi-
co, a imediata implementação das ações ora propostas, visto que
tais ações independem de ausência de homologação pela não in-
dicação do seu responsável.
3.12 IRREGULARIDADES NOS PROCEDIMENTOS FISCALIZATÓ-
RIOS DE MAXIMIZAÇÃO DA ARRECADAÇÃO
Sugere-se a indicação do responsável e sua respectiva anuência
para a implementação da ação proposta.
Assim sendo, sugere-se ainda que este Sodalício assine prazo de-
terminando ao Gestor a apresentação do nome do responsável
pela ação em tela, com sua correspondente assinatura, dando ci-
ência do encargo a ele confiado no Plano de Ação.
Inobstante a condição de ausência de responsável pela ação in-
dicada, recomenda-se, a bem do Princípio do Interesse Público, a
imediata implementação das ações ora propostas, visto que tais
ações independem de homologação pela não indicação do seu
responsável.
Importa salientar que as ações indicadas pelo Gestor não afas-
tam as proposituras da equipe descritas no subitem 2.2.12 deste
Relatório de Análise de Plano de Ação, mas seguem concomitan-
tes e se complementam com estas últimas.
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ATOS DA 2 a CÂMARA
Desse modo, após saneadas as ressalvas ora indicadas, sugeri-
mos a homologação do presente item.
3.13 IRREGULARIDADES NO ARBITRAMENTO DO ITBI
Sugere-se a indicação do responsável e sua respectiva anuência
para a implementação da ação proposta.
Assim sendo, sugere-se também que este Sodalício assine prazo
determinando ao Gestor a apresentação do nome do responsá-
vel pela ação em tela, com sua correspondente assinatura, dan-
do ciência do encargo a ele confiado no Plano de Ação.
Inobstante a condição de ausência de responsável pela ação in-
dicada, recomenda-se, a bem do Princípio do Interesse Público, a
imediata implementação das ações ora propostas, visto que tais
ações independem de homologação pela não indicação do seu
responsável.
Desse modo, após saneadas as ressalvas ora indicadas, sugeri-
mos a homologação do presente item.
3.14 AUSÊNCIA DE INFORMAÇÕES DE CARTÓRIOS DE REGISTRO
DE IMÓVES SOBRE TRANSMISSÕES LAVRADAS NO MUNICÍPIO
Sugere-se a indicação do responsável e sua respectiva anuência
para a implementação da ação proposta.
Assim sendo, sugere-se também que este Sodalício assine prazo
determinando ao Gestor a apresentação do nome do responsá-
vel pela ação em tela, com sua correspondente assinatura, dan-
do ciência do encargo a ele confiado no Plano de Ação.
Inobstante a condição de ausência de responsável pela ação in-
dicada, recomenda-se, a bem do Princípio do Interesse Público, a
imediata implementação das ações ora propostas, visto que tais
ações independem de homologação pela não indicação do seu
responsável.
Desse modo, após saneadas as ressalvas ora indicadas, sugeri-
mos a homologação do presente item.
3.15 COBRANÇA ADMINISTRATIVA INSUFICIENTE PARA REALIZAR
A EFETIVA ARRECADAÇÃO
Sugere-se a indicação do responsável e sua respectiva anuência
para a implementação da ação proposta.
Assim sendo, sugere-se ainda que este Sodalício assine prazo de-
terminando ao Gestor a apresentação do nome do responsável
Terça-feira, 20 de março de 2018 54

pela ação em tela, com sua correspondente assinatura, dando ci-
ência do encargo a ele confiado no Plano de Ação.
Inobstante a condição de ausência de responsável pela ação in-
dicada, recomenda-se, a bem do Princípio do Interesse Público, a
imediata implementação das ações ora propostas, visto que tais
ações independem de homologação pela não indicação do seu
responsável.
Desse modo, após saneadas as ressalvas ora indicadas, sugeri-
mos a homologação do presente item.
3.16 PARCELAMENTOS EM DESACORDO COM AS NORMAS GE-
RAIS
Sugere-se a indicação do responsável e sua respectiva anuência
para a implementação da ação proposta.
Assim sendo, sugere-se ainda que este Sodalício assine prazo de-
terminando ao Gestor a apresentação do nome do responsável
pela ação em tela, com sua correspondente assinatura, dando ci-
ência do encargo a ele confiado no Plano de Ação.
Inobstante a condição de ausência de responsável pela ação in-
dicada, recomenda-se, a bem do Princípio do Interesse Público, a
imediata implementação das ações ora propostas, visto que tais
ações independem de homologação pela não indicação do seu
responsável.
Desse modo, após saneadas as ressalvas ora indicadas, sugeri-
mos a homologação do presente item.
3.17 AUSÊNCIA DE INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA DE IMPOSTO
INADIMPLIDO
Sugere-se a indicação do responsável e sua respectiva anuência
para a implementação da ação proposta.
Assim sendo, sugere-se também que este Sodalício assine prazo
determinando ao Gestor a apresentação do nome do responsá-
vel pela ação em tela, com sua correspondente assinatura, dan-
do ciência do encargo a ele confiado no Plano de Ação.
Inobstante a condição de ausência de responsável pela ação in-
dicada, recomenda-se, a bem do Princípio do Interesse Público, a
imediata implementação das ações ora propostas, visto que tais
ações independem de homologação pela não indicação do seu
responsável.
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Desse modo, após saneadas as ressalvas ora indicadas, sugeri-
mos a homologação do presente item.
b) Assim, não obstante as ressalvas concernentes à responsabili-
zação pelo cumprimento das ações indicadas e para a execução
das ações programadas dentro do prazo de 60 (sessenta) dias,
DETERMINO ainda ao atual Prefeito de Marilândia/ES, a bem dos
Princípios da Continuidade Administrativa e do Interesse Públi-
co, a implementação das ações consideradas como de aplicação
imediata.
1.2. RECOMENDAR ao Prefeito Municipal de Marilândia, que ob-
serve rigorosamente as vedações e limites impostos pela Lei de
Responsabilidade Fiscal, acaso ocorram eventuais admissões de
servidores decorrentes desse procedimento.
1.3. ENCAMINHAR cópia da Manifestação Técnica 01672/2017-
9, elaborada pela então Secretaria de Controle Externo de Fisca-
lização dos Municípios.
2. Unânime.
3. Data da Sessão: 28/2/2018 – 4ª sessão ordinária da Segun-
da Câmara.
4. Especificação do quórum:
4.1. Conselheiros: Sérgio Manoel Nader Borges (presidente) e
Domingos Augusto Taufner;
4.2. Conselheiros substitutos: João Luiz Cotta Lovatti (em substi-
tuição / relator);
CONSELHEIRO SÉRGIO MANOEL NADER BORGES
Presidente
Decisão 00477/2018-2
Processo: 06249/2016-5
Classificação: Controle Externo - Fiscalização - Auditoria
Exercício: 2015
UG: PMM - Prefeitura Municipal de Muqui
Relator: Sérgio Manoel Nader Borges
Parte: CARLOS RENATO PRUCOLI
CONTROLE EXTERNO – FISCALIZAÇÃO – AUDITORIA (EXERCICIO
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ATOS DA 2 a CÂMARA
2015) – JURISDICIONADO: PREFEITURA MUNICIPAL DE MUQUI –
NOTIFICAR – DETERMINAR
O EXMO. SR. CONSELHEIRO SÉRGIO MANOEL NADER BORGES
1 – RELATÓRIO E FUNDAMENTAÇÃO
Tratam os presentes autos de Relatório de Auditoria no tocante
a temática Receitas Públicas realizada na Prefeitura Municipal de
Muqui, relativa ao exercício de 2015.
Para cumprimento do Plano Anual de Fiscalização 2016, foi ela-
borado o Plano de Fiscalização 141/2016, aprovado na 41ª Ses-
são Plenária, na qual o tema Receitas Públicas foi considerado
área de interesse prioritária para fiscalização.
A auditoria realizada no executivo do município de Muqui foi
consubstanciada no Relatório de Auditoria nº 041/2016 e seus
apêndices, seguindo-se com a elaboração da Instrução Técnica
Inicial 026/2017, contendo propostas que foram acatadas pelo
relator originando, dessa forma, a Decisão TC-1306/2017-3.
Devido à situação atípica que o município estava enfrentado,
quanto à eleição de um novo prefeito, o relator do processo aca-
tou a solicitação do gestor interino municipal à época, e manteve
as determinações contidas na Decisão TC-1306/2017-3, alteran-
do apenas o prazo de início das determinações, a partir da pos-
se do novo prefeito eleito em 28/07/201, originando a Decisão
TC-2413/2017-8.
Após regular notificação, o prefeito eleito de Muqui protoco-
lou, em 26/10/2017, o Plano de Ação, que foi analisado pela
Área Técnica, originando dessa forma a manifestação Técnica -
MT1704/2017, onde propôs encaminhamentos, vejamos:
4 ENCAMINHAMENTOS
Ante todo o exposto na presente instrução, quanto às improprie-
dades encontradas no plano de ação sob análise, considerando
as proposições apresentadas pela equipe de auditoria por meio
do Relatório de Auditoria TC 041/2016, sugere-se ao Egrégio Ple-
nário desta Corte de Contas, independentemente de outras pro-
vidências julgadas convenientes, a adoção das seguintes propos-
tas:
4.1 NOTIFICAR o atual Prefeito de Muqui/ES, nos termos do arti-
go 8º da Resolução TC nº 298/2016 c/c os artigos 206, §2º, e 358,
Terça-feira, 20 de março de 2018 55
 ATOS DA 2 a CÂMARA

inciso III, da Resolução TC 261/2013, que cuida do Regimento In- tigo 8º da Resolução TC nº 298/2016 c/c os artigos 206, §2º, e
terno deste Tribunal c/c o artigo 63, inciso III, da Lei Orgânica des- 358, inciso III, da Resolução TC 261/2013, c/c o artigo 63, inci-
te Tribunal, para que, no prazo de 30 (trinta) dias, caso o Plenário so III, da Lei Orgânica deste Tribunal, para que, no prazo de 30
não fixe prazo diferente: A Prestação de Contas (trinta) dias:
Anual
4.1.1 Cumpra as DETERMINAÇÕES dispostas (PCA)
no item 3 da do
pre- Estado e dosas DETERMINAÇÕES dispostas no item 3 da Ma-
1.1.1. Cumpra
sente instrução, para os subitens da Análise dos Planos de Ação nifestação Técnica 1704/2017 , para os subitens da Análise dos
municípios capixabas
de números 3.1 até 3.18, com base no artigo 7º, da Resolução TC
já
Planos de Ação de números 3.1 até 3.18, com base no artigo 7º,
nº 298/2016 e em especial o art. 37 da CFpode ser
e o art. 11 feita
da LRF, aler- noda
sistema
Resolução TC nº 298/2016 e em especial o art. 37 da CF e o
tando-o de que o não atendimento injustificado CidadES do TCE-ES.
o sujeita às san- art. 11 da LRF alertando-o de que o não atendimento injustifica-
ções previstas no art. 1º, inciso XXXII e artigo 135, inciso IV, da Lei do o sujeita às sanções previstas no art. 1º, inciso XXXII e artigo
Orgânica deste Tribunal c/c artigo 389, inciso IV, da Resolução TC 135, inciso IV, da Lei Orgânica deste Tribunal c/c artigo 389, inci- A Prestação de Contas
261/2013, que cuida do Regimento Interno deste Tribunal. so IV, da Resolução TC 261/2013, que cuida do Regimento Inter- Anual (PCA) do Estado e dos
no deste Tribunal.
4.1.2 Assim, não obstante as ressalvas concernentes à respon- municípios capixabas já
sabilização pelo cumprimento das ações indicadas e para a exe- 1.1.2. DETERMINAR ao atual Prefeito de Muqui, a bem dos Prin-
cução das ações programadas dentro dos prazos tratados aqui cípios da Continuidade Administrativa e do Interesse Público, a pode ser feita no sistema
por razoáveis, sugerimos DETERMINAR ainda ao atual Prefeito O prazo final para a
implementação das ações consideradas como de aplicação ime- CidadES do TCE-ES.
de Muqui, a bem dos Princípios da Continuidade Administrativa diata.
e do Interesse Público, a implementação das ações consideradasentrega1.2.éALERTAR
31 de que o não atendimento à determinação deste Tri-
como de aplicação imediata. março.
bunal sujeita o responsável à sanções previstas no art.1º, inci-
O Ministério Público de Contas, por meio de parecer 00029/2018- so XXXII e artigo 135, inciso IV, da Lei Complementar Estadual
2, de lavra do Exmo. Procurador de Contas Dr. Heron Carlos Go- nº 621/2012 c/c o artigo 389, inciso IV do Regimento Interno do
mes de Oliveira, manifestou-se anuindo aos argumentos fáticos TCE-ES.
e jurídicos delineados na Manifestação Técnica - MT 1704/2017. 1.3. Após a confecção da Decisão deste julgamento, REMETER os
Ante o exposto, perfilho do mesmo entendimento exposto nos autos ao ilustre representante do Ministério Público de Contas,
fundamentos e conclusões alcançados pela área técnica, endos- nos termos do art. 62, § único da lei Complementar n° 621/2012.
sados pelo órgão ministerial, tornando-os parte integrante do 2. Unânime.
presente voto. 3. Data da Sessão: 28/2/2018 – 4ª sessão ordinária da Segun-
Assim, VOTO no sentido de que o Colegiado aprove a seguinte da Câmara.
proposta de deliberação que submeto à consideração. 4. Especificação do quórum:
SÉRGIO MANOEL NADER BORGES 4.1. Conselheiros: Sérgio Manoel Nader Borges (presidente/rela-
Conselheiro Relator tor) e Domingos Augusto Taufner;
www.cidades.tce.es.gov.br
1. DELIBERAÇÃO: 4.2. Conselheiros substitutos: João Luiz Cotta Lovatti (em subs-
VISTOS, relatados e discutidos estes autos, DECIDEM os Conse- tituição);
lheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, reu- 5. Membro do Ministério Público: Heron Carlos Gomes de Oli-
nidos em sessão da 2º Câmara, ante as razões expostas pelo re- veira
lator, em: CONSELHEIRO SÉRGIO MANOEL NADER BORGES
1.1. NOTIFICAR o atual Prefeito de Muqui/ES, nos termos do ar- Presidente

Diário Oficial de Contas www.tce.es.gov.br Terça-feira, 20 de março de 2018 56


RELATORES
O Relator será juiz do feito que lhe for distribuído, com-
petindo-lhe determinar a instrução do feito pelas unida-
des técnicas; determinar a juntada de documentos que
lhe tenham sido encaminhados, pertinentes à instrução
dos autos de sua relatoria; determinar o desentranha-
mento de documentos dos processos, anexação, apen-
samento e outras medidas correlatas acerca da organi-
zação e constituição dos autos;
Além de decidir, em qualquer fase, sobre pedido de vis-
ta e cópia dos autos do processo, que lhe tenha sido en-
caminhado por interessado; determinar a coleta de pro-
vas, caso não produzidas pela unidade técnica compe-
tente, em busca da verdade real;
Também cabe ao Relator determinar a realização das di-
ligências necessárias à escorreita instrução do processo,
inclusive quando o julgamento ou a apreciação depende-
rem da verificação de fatos ou atos considerados prejudi-
ciais, estabelecendo prazo para o seu cumprimento; den-
tre outras competências conforme Regimento Interno.
Diário Oficial de Contas
Atos dos Relatores
DECISÃO MONOCRÁTICA Nº 00424/2018-1
PROCESSO TC: 00663/2018-1
ASSUNTO: REPRESENTAÇÃO
REPRESENTANTE: START CONSTRUÇÃO E SERVIÇOS EIRELI -
EPP
JURISDICIONADO: PREFEITURA MUNICIPAL DE PIUMA
RESPONSÁVEIS: JOSÉ RICARDO PEREIRA DA COSTA E VALÉRIO
NASCIMENTO BOURGUIGNON
Tratam os presentes autos de REPRESENTAÇÃO COM PEDIDO
DE CONCESSÃO DE MEDIDA CAUTELAR, formulada pela em-
presa START CONSTRUÇÃO E SERVIÇOS EIRELI – EPP, por seu
representante legal, perante este Egrégio Tribunal de Con-
tas, em face de supostas irregularidades contidas no Edital
de Concorrência Pública nº 001/2017, no âmbito do Muni-
cípio de Piúma, cujo objeto é a é a Contratação de empresa
para prestação de serviços de limpeza e manutenção de vias
públicas, tais como: varrição, capina, roçada manual e meca-
nizada, limpeza de sarjetas, meio fio e canaletas, caiação de
guias, desobstrução de bueiros, poda de árvores com limpeza
de galhos secos e retirada de parasitas, recolhimento e trans-
porte de resíduos de capina e roçada, sem dedicação exclusi-
va de mão de obra, com previsão de abertura dos envelopes
para a data de 25 de Janeiro de 2018 às 13h15m.
Em apertada síntese, alega a representante que o referido
edital faz exigências que permitem identificar os interessa-
dos em participar do certame; contém exigência de indicação
de profissionais que restringem o caráter competitivo da lici-
tação e, ainda, no tocante a qualificação econômico-financei-
ra, faz exigência excessivas e cumulativas-caução em conjun-
to com índices contábeis.
Por fim, requer a concessão de medida cautelar para que seja
suspenso o edital do referido procedimento licitatório, e, no
mérito, para que seja provida a representação e adotadas as
medidas necessárias para evitar prejuízos ao erário.
Nos termos da Decisão Monocrática 00149/2018-2, con-
www.tce.es.gov.br
ATOS DOS RELATORES
forme Termos de Notificações números 14/2018, 15/2018,
16/2018, os responsáveis foram notificados, tendo apresen-
tado justificativas e documentos.
Desse modo, vieram os autos a este Magistrado de Contas
para apreciação da medida cautelar pleiteada, tendo em vista
a urgência do caso em apreço, nos termos em que preceitua-
dos pelo parágrafo único do artigo 376 do Regimento Interno
desta Corte de Contas, Resolução TC nº 261/2013, cabendo,
posteriormente, o encaminhamento da decisão proferida pa-
ra apreciação do Colegiado competente.
É o sucinto Relatório.
Decido.
Trata-se de representação em face do Edital de Concorrên-
cia Pública nº 001/2017 promovido pelo Município de Piú-
ma. Assim, initio causae, cabe a este Relator a análise dos re-
quisitos de admissibilidade, bem como o pleito de conces-
são de medida cautelar dada a urgência que permeia o ca-
so em apreço.
1. DA ADMISSIBILIDADE DA REPRESENTAÇÃO:
Compete ao Relator, nos termos do artigo 177, § 2º, do Re-
gimento Interno, a realização do juízo de admissibilidade da
presente representação, nos termos em que previstos no
caput do art. 177 c/c art. 186, do Regimento Interno do Tri-
bunal de Contas do Estado do Espirito Santo - RITTCES, que
dispõe sobre os requisitos de admissibilidade para o seu co-
nhecimento, in verbis:
[...]
Art. 177. São requisitos de admissibilidade de denúncia sobre
matéria de competência do Tribunal:
I – ser redigida com clareza;
II – conter informações sobre o fato, a autoria, as circunstân-
cias e os elementos de convicção;
III - estar acompanhada de indício de prova;
IV – se pessoa natural, conter o nome completo, qualificação
e endereço do denunciante;
V – se pessoa jurídica, prova de sua existência, e comprova-
ção de que os signatários têm habilitação para representá-la.
Terça-feira, 20 de março de 2018 57

§ 1º A denúncia não será conhecida quando não observados
os requisitos de admissibilidade previstos neste artigo.
[...]
Art. 186. Aplicam-se às representações previstas nesta subse-
ção, no que couber, as normas relativas à denúncia. - (g. n.).
Em sendo assim, resta evidente que a presente Representa-
ção preenche os requisitos de admissibilidade estabelecidos
nos dispositivos supracitados, com destaque para a presença
de informações sobre os fatos, elementos de convicção, indí-
cio de provas e qualificação do representado, sendo identi-
ficado o interesse público com indícios de ocorrência de da-
no ao erário, motivo pelo qual se verifica a competência des-
ta Egrégia Corte de Contas para analisá-la, sendo este o foro
adequado.
Tratando-se de procedimento licitatório, a representação
apresenta peculiaridades quanto ao rol de legitimados para
a sua apresentação nesta Corte de Contas, conforme se ve-
rifica da análise do artigo 184 do Regimento Interno, verbis:
[...]
Art. 184. Qualquer licitante, contratado, pessoa física ou ju-
rídica poderá representar ao Tribunal irregularidades na apli-
cação da legislação que regule licitações e contratos adminis-
trativos. (g. n.).
Ademais, o Excelso Pretório já pacificou o entendimento
quanto à competência dos Tribunais de Contas para conces-
são de medidas cautelares, vez que se mostra atividade in-
trínseca à consecução da competência constitucionalmente
estabelecida aos Tribunais de Contas, vejamos:
[...]
CAUTELA. LEGITIMIDADE. DOUTRINA DOS PODERES IMPLÍCI-
TOS. PRECEDENTE (STF). CONSEQÜENTE POSSIBILIDADE DE
O TRIBUNAL DE CONTAS EXPEDIR PROVIMENTOS CAUTELA-
RES, MESMO SEM AUDIÊNCIA DA PARTE CONTRÁRIA, DES-
DE QUE MEDIANTE DECISÃO FUNDAMENTADA. DELIBERA-
ÇÃO DO TCU, QUE, AO DEFERIR A MEDIDA CAUTELAR, JUSTI-
FICOU, EXTENSAMENTE, A OUTORGA DESSE PROVIMENTO DE
URGÊNCIA. PREOCUPAÇÃO DA CORTE DE CONTAS EM ATEN-
Diário Oficial de Contas
DER, COM TAL CONDUTA, A EXIGÊNCIA CONSTITUCIONAL
PERTINENTE À NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES
ESTATAIS. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO EM CUJO ÂM-
BITO TERIAM SIDO OBSERVADAS AS GARANTIAS INERENTES
À CLÁUSULA CONSTITUCIONAL DO “DUE PROCESS OF LAW”.
DELIBERAÇÃO FINAL DO TCU QUE SE LIMITOU A DETERMI-
NAR, AO DIRETOR-PRESIDENTE DA CODEBA (SOCIEDADE DE
ECONOMIA MISTA), A INVALIDAÇÃO DO PROCEDIMENTO LI-
CITATÓRIO E DO CONTRATO CELEBRADO COM A EMPRESA A
QUEM SE ADJUDICOU O OBJETO DA LICITAÇÃO. INTELIGÊN-
CIA DA NORMA INSCRITA NO ART. 71, INCISO IX, DA CONSTI-
TUIÇÃO. APARENTE OBSERVÂNCIA, PELO TRIBUNAL DE CON-
TAS DA UNIÃO, NO CASO EM EXAME, DO PRECEDENTE QUE O
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL FIRMOU A RESPEITO DO SEN-
TIDO E DO ALCANCE DESSE PRECEITO CONSTITUCIONAL (MS
23.550/DF, REL. P/ ACÓRDÃO O MIN. SEPÚLVEDA PERTENCE).
INVIABILIDADE DA CONCESSÃO, NO CASO, DA MEDIDA LIMI-
NAR PRETENDIDA, EIS QUE NÃO ATENDIDOS, CUMULATIVA-
MENTE, OS PRESSUPOSTOS LEGITIMADORES DE SEU DEFE-
RIMENTO. MEDIDA CAUTELAR INDEFERIDA. DECISÃO: Trata-
-se de mandado de segurança, com pedido de medida cau-
telar, impetrado contra deliberação, que, emanada do E. Tri-
bunal de Contas da União (Processo TC-008.538/2006-0),
acha-se consubstanciada em acórdão assim ementado (fls.
35/36EMENTA: TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. PODER GE-
RAL DE) – (g. n.)
Desse modo, extrai-se que a representante é legitimada para
apresentar representação perante esta Corte de Contas, vez
que é pessoa jurídica e licitante no certame em análise, mo-
tivo pelo qual deve ser conhecida a presente representação
por estarem presentes todos os requisitos legais e regimen-
tais para sua admissibilidade.
2. DA MEDIDA CAUTELAR PLEITEADA:
Acerca do tema cautelar, a Lei Complementar Estadual n°
621/2012, em seu artigo 124 estabelece, verbis:
[...]
Art. 124. No início ou no curso de qualquer processo, haven-
do fundado receio de grave lesão ao erário ou a direito alheio
www.tce.es.gov.br
ATOS DOS RELATORES
e de risco de ineficácia da decisão de mérito, o Tribunal de
Contas poderá, de ofício ou mediante provocação, com ou
sem a oitiva da parte, determinar medidas cautelares.
Parágrafo único. Em caso de comprovada urgência, as me-
didas cautelares poderão ser determinadas por decisão do
Relator, devendo ser submetidas à ratificação do Tribunal de
Contas na primeira sessão subsequente, sob pena de perda
da eficácia, nos termos do Regimento Interno. – (g. n.).
Outrossim, o Regimento Interno desta Corte de Contas, Reso-
lução TC nº 261/2013, tratando da competência do Tribunal
de Contas do Estado do Espírito Santo, assim prescreveu em
seu artigo 1º, verbis:
[...]
Art. 1º Ao Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, ór-
gão de controle externo do Estado e dos Municípios, nos ter-
mos da Constituição Federal e da Constituição Estadual e na
forma estabelecida na sua Lei Orgânica, compete:
XV - expedir medidas cautelares, a fim de prevenir a ocorrên-
cia de lesão ao Erário ou a direito alheio, objetivando a efeti-
vidade das suas decisões;
XXXV - expedir medidas cautelares nos processos de sua
competência; - (g. n.)
Nesse sentido, compete a esta Corte de Contas expedir me-
didas cautelares com o objetivo de prevenir a ocorrência de
lesão ao erário, resguardando efetividade das suas decisões,
sendo observados os requisitos legais.
Os requisitos que autorizam a concessão da medida de cau-
telar são denominados pela doutrina como fumus boni iuris,
medidas estas reconhecidas como de urgência pelo Novo Có-
digo de Processo Civil, que é a plausibilidade do direito subs-
tancial invocado por quem pretende a medida, e o periculum
in mora, onde se deve observar um dano potencial, um ris-
co que decorre da delonga do processo, sob pena de se tor-
nar inútil o provimento final do interesse demonstrado pela
parte interessada.
A análise do periculum in mora em sede cautelar não se re-
veste na certeza jurídica, situação que se verifica na decisão
Terça-feira, 20 de março de 2018 58

de mérito, de outro modo, o momento processual atual se
traduz na necessidade de se averiguar, em cognição sumária,
se a situação objetivamente concreta, trazida nos autos, en-
seja a necessidade de ser acobertada pela proteção do bem
jurídico ameaçado em face do dano iminente.
Para tanto, reveste-se como condição sine qua non para aco-
lhimento da pretensão requerida que a relevância dos mo-
tivos alegados pela representante configure grave lesão à
ordem pública e ao interesse público indisponível, fazendo
emergir a necessidade de proteção jurídica ao direito tute-
lado, sob pena de que o decurso do tempo torne o processo
sem qualquer utilidade, evidenciado um dano irreversível ao
patrimônio público.
Outrossim, a comprovação da efetiva existência do fumus bo-
ni iuris é requisito essencial para a concessão da medida cau-
telar, sendo necessário averiguar a provável existência do di-
reito alegado em um exercício de juízo de probabilidade e ve-
rossimilhança do direito a ser acautelado.
In casu, observa-se a ocorrência de parte das irregularidades
elencadas na peça inaugural, no que tange à exigência de ca-
pacidade técnica-operacional, prevista no item 10.1.5.1, do
aludido edital, notadamente ao descrito na letra “c” do refe-
rido item editalício que pormenoriza a “Indicação do(s) Res-
ponsável(is) Técnico(s) (Engenheiro Civil e/ou Arquiteto, En-
genheiro Ambiental, Engenheiro Agrônomo e Técnico em
Segurança do Trabalho) para o acompanhamento dos ser-
viços, objeto da presente licitação”.
Assim, tendo por base o objeto licitando, que visa à contra-
tação de varrição, capina, roçada manual e mecanizada, lim-
peza de sarjetas, meio fio e canaletas, caiação de guias, de-
sobstrução de bueiros, poda de árvores com limpeza de ga-
lhos secos e retirada de parasitas, recolhimento e transporte
de resíduos de capina e roçada, não me parece salutar a exi-
gência de uma diversidade de qualificações técnicas, tais co-
mo Arquiteto e Engenheiro Agrônomo, ao menos em juízo de
cognição sumária.
Isto porque, obviamente, sem querer desprestigiar a parti-
cipação dos exemplares profissionais acima citados, é de sa-
Diário Oficial de Contas
bença jurídica que, no tocante a licitação, um dos princípios
basilares da administração pública é a busca pela proposta
mais vantajosa.
Neste contexto, a depender do objeto licitatório, o melhor
critério de julgamento para se obter a melhor contratação é a
proposta do tipo menor preço.
Aliás, o edital em apreço, tem como critério de julgamento,
no seu item 13.9, exatamente a proposta de menor preço,
conforme descrito abaixo, litteris:
[...]
13.9 - Será considerada vencedora a licitante que, satisfeitas
todas as etapas e exigências deste edital, tenha apresentado
a proposta de menor preço global. (g. n)
Nesta vertente, considerando o objeto licitatório, subenten-
de-se que a exigência de contratação de uma empresa que
detenha em seu quadro de pessoal, maior número de profis-
sionais qualificados, dada a desnecessidade de especial qua-
lificação, inviabiliza a melhor contratação pela administração
pública.
A Constituição Federal, em seu art. 37, XXI, prevê que somen-
te poderão ser exigidas qualificações técnica e econômica in-
dispensáveis ao cumprimento das obrigações, verbis:
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qual-
quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fede-
ral e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, tam-
bém, ao seguinte:
[...]
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as
obras, serviços, compras e alienações serão contratados me-
diante processo de licitação pública que assegure igualdade
de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que es-
tabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente per-
mitirá as exigências de qualificação técnica e econômica in-
dispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.” (g.
n)
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ATOS DOS RELATORES
Por seu turno, a Lei nº 8.666/93, dispõe em seu art. 3º, § 1º,
a vedação de cláusulas que restringem ou frustre o caráter
competitivo do certame, verbis:
“Art. 3º. A licitação destina-se a garantir a observância do
princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta
mais vantajosa para a administração e a promoção do desen-
volvimento nacional sustentável e será processada e julgada
em estrita conformidade com os princípios básicos da lega-
lidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que
lhes são correlatos.
§ 1º É vedado aos agentes públicos:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação,
cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou
frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de so-
ciedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distin-
ções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos li-
citantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou
irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado
o disposto nos §§ 5º a 12 deste artigo e no art. 3º da Lei no
8.248, de 23 de outubro de 1991; (g. n)
Ademais, as justificativas apresentadas pelos responsá-
veis, no sentido de que a CPL teria acolhido a impugnação
apresentada pela empresa FORTE AMBIENTAL EIRELI, tam-
bém participante do certame em apreço, não descaracteri-
za o caráter restritivo, referente à exigência contida no item
10.1.5.1, do edital, visto que a decisão da CPL não abrange a
totalidade de eventuais licitantes já que a publicação do edi-
tal com cláusula restritiva é suficiente para afastar o interesse
de pretensos participantes do certame, assim, não tendo ha-
vido retificação editalícia neste sentido, permanecendo con-
dições que restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo.
Deste modo, as exigências contidas no procedimento licitató-
rio, devem ser devidamente justificadas e guardar pertinên-
cia com o seu objeto, sempre evitando requisitos desneces-
sários, de modo a não ocasionar restrição à competitividade,
tudo em observância à legalidade.
Terça-feira, 20 de março de 2018 59

Neste sentido, o Tribunal de Contas da União, tem assim de-
cidido, litteris:
“As exigências relativas à capacidade técnica guardam am-
paro constitucional e não constituem, por si só, restrição in-
devida ao caráter competitivo de licitações conduzidas pelo
Poder Público. Tais exigências, sejam elas de caráter técni-
co-profissional ou técnico-operacional, não podem ser de-
sarrazoadas a ponto de comprometer o caráter competitivo
do certame, devendo tão-somente constituir garantia míni-
ma suficiente de que o futuro contratado detém capacida-
de de cumprir com as obrigações contratuais. Tais exigências
(sic) ser sempre devidamente fundamentadas, de forma que
fiquem demonstradas inequivocamente sua imprescindibili-
dade e pertinência em relação ao objeto licitado”. (g. n).
Em sendo assim, entendo que as exigências contidas no item
10.1.5.1, inerente a capacidade técnica-operacional, restrin-
gem o caráter competitivo do procedimento licitatório, pois
além de não guardar compatibilidade com o objeto licitató-
rio, não restou devidamente justificado a sua exigência no
certame, razão pela qual, neste particular, deve ser conce-
dida a medida cautelar, suspendendo-se a homologação do
certame.
No tocante ao apontamento de suposta irregularidade, refe-
rente às exigências que permitem identificar os interessados
em participar do certame, posto que o item 1.10 do Edital
Concorrência Pública n° 001/2017, dispõe que “o edital po-
derá ser adquirido na sede da Prefeitura Municipal de Piúma/
ES”, entendo que tal previsão editalícia, não significa, neces-
sariamente, a possibilidade de fraude à licitação por indevida
identificação dos licitantes.
O fato de o instrumento licitatório prever que o edital se-
ja adquirido, na sede do Município, implica a ampliação das
possíveis formas de se ter acesso ao certame, haja vista que
o referido item 1.10 dispõe que o edital poderá ser adquiri-
do, também, através do e-mail cpl@piuma.es.gov.br e/ou pe-
lo site da Prefeiturahttp://www.controladoria.piuma.es.gov.
br/portal/transparencia/licitacao.
Porquanto, ainda que numa análise perfunctória deste apon-
Diário Oficial de Contas
tamento, não vislumbro, neste momento, a irregularidade
apontada possa comprometer a lisura do certame.
Por fim, quanto ao indicativo de irregularidade apontado na
representação (item III.3.1 - exigência excessivas e cumulati-
vas), referente ao item 10.1.3 – (QUALIFICAÇÃO ECONÔMI-
CO-FINANCEIRA), tem-se que tais exigências editalícias visam
garantir a execução do contrato.
Neste prisma, a Lei nº 8.666/93, em seu art. 56 e parágrafos,
facultam à Administração, desde que previsto e estabeleci-
do no edital, exigir a prestação de garantia nas contratações
de obras, serviços e compras através das seguintes modalida-
des: caução em dinheiro ou títulos da dívida pública; seguro-
-garantia e fiança bancária.
Em consonância com a mens legis, o item 16.5.1 do aludido
edital faculta à empresa vencedora as diversas modalidades
de garantia para execução do contrato, litteris:
16.5.1 - Caberá a empresa vencedora optar por uma das se-
guintes modalidades e prestar diretamente na Secretaria de
Fazenda do Município de Piúma, antes da assinatura do Con-
trato, no valor correspondente a 5% (cinco por cento) do va-
lor da contratação, garantia para execução do contrato, em
uma das seguintes modalidades:
a) Caução em dinheiro, ou títulos da dívida pública, devendo
estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante regis-
tro em sistema centralizado de liquidação e de custódia auto-
rizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus va-
lores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fa-
zenda;
b) Seguro-garantia;
c) Fiança Bancária. (g.n)
O próprio edital, em análise, fundamenta em seu item 16.6, o
propósito da exigência de garantia financeira, vejamos:
16.6 - A garantia referida no item 16.5 destina-se a assegu-
rar o cumprimento das normas, a boa e fiel execução do Con-
trato, o pagamento de eventuais multas aplicadas à CONTRA-
TADA, podendo ainda ser retida para satisfação de eventuais
demandas e/ou condenações judiciais, na área civil, criminal
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ATOS DOS RELATORES
ou trabalhista, relacionadas à execução do contrato, ou para
responder por ação ou omissão de responsabilidade da CON-
TRATADA, perseguida em processos judiciais em qualquer
área, até o trânsito em julgado da decisão. (g. n)
Assim, a garantia financeira contida no edital tem por finali-
dade assegurar à Administração Pública a mitigação dos ris-
cos quanto à inexecução do contrato pela vencedora do cer-
tame.
Sendo certo que esta garantia somente será exigida da lici-
tante vencedora do certame e em nada prejudica a poten-
cial participação de licitantes na fase de habilitação do proce-
dimento licitatório, portanto, não havendo, em sede de cog-
nição sumária, qualquer prejuízo para a livre concorrência.
Ademais, tal exigência não se confunde com as exigências
contidas no item 10.1.3 do edital, que visa garantir a saúde fi-
nanceira, através de dados contábeis da empresa licitante na
fase de habilitação do certame, verbis:
10.1.3 – QUALIFICAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA:
a) Certidão Negativa de Falência ou Concordata expedida pe-
lo distribuidor da sede da pessoa jurídica, com data de emis-
são de no máximo 90 (noventa) dias, anteriores à data fixada
para a sessão de abertura da licitação;
a.1) Caso a Certidão Negativa de Falência e Concordata con-
tenha prazo de validade, prevalecerá o prazo de validade ne-
la estipulado.
a.2) Será permitida a participação de empresas que se encon-
trem em processo de recuperação judicial ou extrajudicial,
devendo para tanto ser apresentada certidão emitida pela
instância judicial competente que certifique que a empresa
esteja apta econômica e financeiramente a participação do
certame licitatório, nos termo da Lei 8.666/93.
b) Balanço Patrimonial e Demonstrações Contábeis do último
exercício social, já exigíveis e apresentados na forma da lei,
que comprovem a boa situação financeira da empresa, veda-
da a sua substituição ou por balancetes ou balanços provisó-
rios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando en-
cerrado há mais de 03 (três) meses da data de apresentação
da proposta. O balanço das empresas de Sociedade Anônima
Terça-feira, 20 de março de 2018 60
 ATOS DOS RELATORES

ou por Ações, deverá ser apresentado em publicação no “Diá- Ademais, não se verifica a ocorrência de perigo inverso até
rio Oficial”, enquanto as demais deverão apresentar o balan- a resolução de mérito, pois a suspensão do procedimento li-
ço autenticado, certificado por contador registrado no Conse- citatório, em tese, não implica na suspensão dos serviços de
A Prestação de Contas
lho Regional de Contabilidade, mencionando, expressamen- limpeza e varrição de ruas, posto que tais serviços possuem
te o número do “Livro Diário” e folha em que cada balanço se
acha regularmente transcrito.
Anual (PCA) do Estado e dos caráter contínuo, havendo contrato cuja vigência está em cur-
so, podendo, ainda, se for o caso, ser executado provisoria-
municípios
c) a comprovação da boa situação financeira capixabas já
da empresa se- mente pelos servidores que integram o quadro de pessoal do
pode
rá considerada através da verificação dos índicesser feita no sistema
de Liquidez
Município designados para tal mister.
Corrente (LC), Liquidez Geral (LG) e de Solvência Geral (SG),
CidadES do TCE-ES.
de acordo com as fórmulas e condições abaixo: Desse modo, CONHEÇO da representação intentada, na for-

LG = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo

Circulante + Exigível a Longo Prazo) =>1
LC = (Ativo Circulante) / (Passivo Circulante) =>1
SG = (Ativo Geral) / (Passivo Circulante + Exigível a Longo Pra-
zo) =>1
O prazo final para a
c.1) As empresas que apresentarem resultado menor do que
entrega é 31 de
1 (um), em qualquer dos índices referidos na alínea ‘c’ deste
item serão INABILITADAS.
d) Os índices relacionados acima deverão ser apurados a par-
março.procedimento licitatório, referente ao Edital de Concorrência
tir do balanço patrimonial referido no item 10.1.3 alínea ‘b’.
e) As empresas com menos de 01 (um) ano de existência de-
verão apresentar balanços de constituição e balancetes do
mês anterior ao da realização da presente licitação, autenti-
cados por profissional credenciado. (g. n).
Portanto, no tocante ao apontamento contido no item III.3.1
da representação, nesta fase inicial do processo, não vislum-
bro a referida irregularidade, pois conforme dito alhures, a
exigência contida no edital, neste particular visa a garantia da
execução do contrato.
Contudo, diante da irregularidade evidenciada nesta repre-
sentação, notadamente, no que tange à exigência de capaci-
dade técnica-operacional, prevista no item 10.1.5.1, do alu-
dido edital, conclui-se que o não deferimento da medida cau-
telar de forma a suspender o andamento do certame pode-
rá acarretar dano irreversível ou irreparável ao erário munici-
pal, visto que, neste momento, entende-se que há restrição
ao caráter competitivo do procedimento licitatório.
ma do art. 177 c/c 184 do RITCEES, aprovado pela Resolução A Prestação de Contas
TC nº 261/2013, e CONCEDO o provimento cautelar, a fim de
Anual (PCA) do Estado e dos
prevenir a ocorrência de dano ao erário municipal, na for-
ma revista no art. 1ª, XV da Lei Complementar Estadual nº municípios capixabas já
621/2012, para com isso DETERMINAR ao Prefeito Municipal pode ser feita no sistema
de Piúma, Sr. José Ricardo Pereira da Costa e ao Presidente CidadES do TCE-ES.
da CPL, Sr. Valério Nascimento Bourguignon que, em face da
concessão da presente medida, suspenda a homologação do
Pública nº 001/2017 e se, caso tenha assinado contrato, que
suspenda a sua execução até a análise final de mérito da pre-
sente representação, de modo a preservar o interesse públi-
co indisponível subjacente, devendo o presente processo se-
guir o rito sumário, nos termos do art. 100 da Lei Comple-
mentar Estadual nº 621/2012.
À Secretaria Geral das Sessões para comunicação urgente,
mediante comunicação eletrônica, com a devida confirmação
e certificação, promovendo-se todos os demais impulsos ne-
cessários, dando-se, também, ciência ao representante e ao
Ministério Público Especial de Contas acerca dos termos des- www.cidades.tce.es.gov.br
ta Decisão.
Vitória, 14 de março de 2018.
MARCO ANTONIO DA SILVA
Conselheiro Relator em Substituição
REPUBLICADA EM LUGAR DO TEOR DA DECISÃO DISPONIBILI-
ZADA EM 19/03/2018, POR HAVER INCORREÇÕES.

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SECRETARIA GERAL DAS SESSÕES
À Secretaria Geral das Sessões – SGS compete:
- Secretariar as sessões do Plenário e assessorar o Pre-
sidente, os Conselheiros, os Auditores e o Ministério
Público junto ao Tribunal durante as reuniões, e em
decorrência destas adotar todas as medidas necessá-
rias ao funcionamento do Plenário;
- Zelar pela organização, divulgação e publicação dos
atos que lhe são pertinentes;
- Providenciar a redação dos acórdãos, pareceres e de-
cisões;
- Organizar e promover a publicação da súmula de juris-
prudência;
- Disponibilizar para consulta nos sistemas de informáti-
ca e no sítio eletrônico do Tribunal os acórdãos e pa-
receres na íntegra, após sua leitura em sessão, assim
como as manifestações técnicas e pareceres do Minis-
tério Público junto ao Tribunal;
- Certificar o trânsito em julgado das decisões;
- Organizar, manter e divulgar os cadastros e registros
previstos neste Regimento;
- Proceder à juntada de avisos de recebimento e contra-
fés relativos aos processos de sua competência.
Telefone: (27) 3334-7677
Diário Oficial de Contas
Atos da Secretaria Geral das Sessões
EDITAL DE CITAÇÃO
PROCESSO: TC – 1707/2017-4
ASSUNTO: Tomada de Contas Especial
JURISDICIONADO: Câmara Municipal de Vila Velha
Partes: Identidade preservada, IVAN CARLINI, JOAO ARTEM, ROB-
SON RODRIGUES BATISTA, ROGERIO CARDOSO SILVEIRA, JONIMAR
SANTOS OLIVEIRA, ALMIR NERES DE SOUZA, ANDERSON DE OLI-
VEIRA ALMEIDA, ANTONIO MARCOS DE FREITAS, ANTONIO SOU-
ZA DOS SANTOS, BELARMINO NUNES FILHO, JOAO BATISTA GAGNO
INTRA, JOSE RICARDO RANGEL PEYROTON, OZIAS NUNES PEREIRA,
TENORIO MIGUEL MERLO, VALDIR NEITZEL, VALTER RITO ROCON,
WANDERSON PIRES
Procuradores: ALOIR ZAMPROGNO FILHO (OAB: 11169-ES), ANTO-
NIO CARLOS PIMENTEL MELLO (OAB: 1388-ES), PABLO DE ANDRA-
DE RODRIGUES (OAB: 10300-ES), JOSEDY SIMOES NUNES (OAB:
5277-ES), GREGORIO RIBEIRO DA SILVA (OAB: 16046-ES), ALTAMI-
RO THADEU FRONTINO SOBREIRO (OAB: 15786-ES), DANIELE BRAI-
DE TARTAGLIA (OAB: 18079-ES), RODRIGO FARDIN (OAB: 18985-
ES), MARCELO SOUZA NUNES (OAB: 9266-ES), SANTOS FERREI-
RA DE SOUZA (OAB: 3462-ES), AMULIO FINAMORE FILHO (OAB:
1418-ES), VITOR RIZZO MENECHINI (OAB: 10918-ES), RODRIGO
BARCELLOS GONCALVES (OAB: 15053-ES), LUIZ ALFREDO DE SOU-
ZA E MELLO (OAB: 5708-ES), MARCUS VINICIUS RONCETTE CHRIS-
TO FARIAS, VINICIUS FREGONAZZI TAVARES, LEONARDO CUNHA
DO AMARAL, LORENA ZUCATELLI DOS SANTOS, PRISCILA CANDIDO
BONADIMAN, GILBERTO ALVARES DOS SANTOS, GILBERTO ALVA-
RES &ADVOGADOS ASSOCIADOS - EPP (CNPJ: 05.209.019/0001-66)
Fica o senhor José Ricardo Rangel Peyroton CITADO da Decisão
04240/2017-3, prolatada no processo em epígrafe, que trata de
Tomada de Contas Especial, para que, no prazo de 30 (trinta) dias,
apresente as alegações de defesa, bem como os documentos que
entender necessários, e/ou recolha a importância devida, em razão
dos indícios de irregularidades relatados nos itens 2.1.1 a 2.1.17 da
ITI 1163/2017.
Fica o responsável advertido de que:
a) o não atendimento à citação implicará na declaração de revelia,
para todos os efeitos, dando-se prosseguimento ao processo, nos
termos do art. 65 da Lei Complementar nº 621/2012 (Lei Orgâni-
www.tce.es.gov.br
ATOS DA SECRETARIA GERAL DAS SESSÕES
ca do TCEES);
b) não cabe recurso da decisão que determinar a citação, nos ter-
mos do art. 153, inciso II, da Lei Orgânica do TCEES;
c) as demais comunicações de atos e decisões presumem-se per-
feitas com a publicação no Diário Oficial Eletrônico do TCEES, con-
soante o disposto no art. 360 do Regimento Interno deste Tribunal;
d) poderá o responsável, em nome próprio ou por procurador re-
gularmente constituído, exercer sua defesa pelos meios admitidos
em direito e, querendo exercer o direito de sustentação oral, deve-
rá observar os requisitos do art. 327 do Regimento Interno deste
Tribunal quando do julgamento dos presentes autos, cuja pauta de
julgamento contendo a data da sessão será previamente publicada
no Diário Oficial Eletrônico do TCEES, na forma do art. 101 do mes-
mo diploma normativo, em observância aos princípios do devido
processo legal, contraditório, ampla defesa e publicidade;
e) A resposta à citação deverá observar o formato dos documentos
aceitos pelo TCEES, de acordo com o disposto na Instrução Norma-
tiva TC 35/2015.
Registramos que os autos se encontram na Secretaria Geral das
Sessões.
Vitória, 16 de março de 2018.
ODILSON SOUZA BARBOSA JÚNIOR
Secretário Geral das Sessões
(por delegação – Portaria nº 021/2011)
ERRATA DE PUBLICAÇÃO
Informamos que o Anexo Único da Decisão Plenária TC-
025/2017, que regulamenta os critérios populacional e orçamen-
tário de que tratam o § 1º do art. 9º e o § 1º do art. 16, ambos do
Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado do Espírito
Santo, e dá outras providências (data de disponibilização no DOE
– TCEES: 10 de janeiro de 2018), e que alterou a Decisão Plená-
ria TC-03/2015, foi disponibilizado novamente no sítio eletrônico
do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, em razão de
equívoco na apuração da despesa consolidada de alguns municí-
pios, para fins de distribuição entre os colegiados deste Tribunal.
Odilson Souza Barbosa Junior
Secretário Geral das Sessões
(Por delegação – Portaria nº 021/2011)
Terça-feira, 20 de março de 2018 62