Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
SUMÁRIO
Bons estudos!
1.1.1. Estupro
Vejamos a redação do art. 213 do CP:
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato
libidinoso: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação dada pela Lei nº
12.015, de 2009)
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é
menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº
12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015,
de 2009)
§ 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos (Incluído pela Lei nº 12.015,
de 2009)
1
CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal. Parte Especial. 7º edição. Ed.
Juspodivm. Salvador, 2015, p. 438
2
Ver, por todos, CEZAR ROBERTO BITENCOURT. BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit.,
p. 72
3
“(...) Encontra-se consolidado, no Superior Tribunal de Justiça, o entendimento de que
o delito de estupro, na atual redação dada pela Lei 12.015/2009, inclui atos libidinosos
praticados de diversas formas, incluindo os toques, os contatos voluptuosos e os beijos
lascivos, consumando-se o crime com o contato físico entre o agressor e a
vítima. Precedentes: STJ, REsp 1.154.806/RS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR,
SEXTA TURMA, DJe de 21/03/2012; REsp 1.313.369/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES,
SEXTA TURMA, DJe de05/06/2013; STJ, HC 154.433/MG, Rel. Ministro FELIX FISCHER,
QUINTA TURMA, DJe de 20/09/2010.”
4
Cezar Roberto Bitencourt entende que há um especial fim de agir, que consiste, porém,
na intenção de submeter a vítima a ato de libidinagem, contra sua vontade.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal – Parte especial. Volume 4. Ed.
Saraiva, 9º edição. São Paulo, 2015, p. 59
∗
CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal. Parte Especial. 7º edição. Ed.
Juspodivm. Salvador, 2015, p. 439
+
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 53
(...)Deve o Tribunal a quo redimensionar a pena aplicada, tendo em vista que a atual
jurisprudência desta Corte Superior sedimentou-se no sentido de que, "como a
Lei 12.015/2009 unificou os crimes de estupro e atentado violento ao pudor
em um mesmo tipo penal, deve ser reconhecida a existência de crime único de
estupro, caso as condutas tenham sido praticadas contra a mesma vítima e no
mesmo contexto fático." (AgRg AREsp 233.559/BA, Rel. Ministra ASSUSETE
MAGALHÃES, 6T, DJe 10.2.2014).
11 - Recurso especial a que se nega provimento. Habeas corpus concedido de ofício, tão
somente para que o Tribunal de origem proceda a nova dosimetria da pena aplicada em
relação aos delitos de estupro e de atentado violento ao pudor, conforme dispõe a Lei n.
7
A morte pode ser intencional (dolosa) ou não (culposa). BITENCOURT, Cezar Roberto.
Op. Cit., p. 58
Trata-se de crime próprio, que só pode ser praticado por aquele que
ostente alguma das condições previstas no tipo penal.9
,
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 72/73
−
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 80. No mesmo sentido, BITENCOURT, Cezar
Roberto. Op. Cit., p. 444
10
Neste sentido, GUILHERME NUCCI e outros. CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 445
11
Em sentido CONTRÁRIO, Cezar Roberto Bitencourt. BITENCOURT, Cezar Roberto. Op.
Cit., p. 86
12
Diz-se que assediar é sinônimo de “insistência inoportuna” ou a “perseguição com
insistência”. CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 445 e BITENCOURT, Cezar Roberto.
Op. Cit., p. 81
13
“(...) 3. A jurisprudência majoritária do Supremo Tribunal Federal e do
Superior Tribunal de Justiça assentou-se no sentido de que a presunção de
violência no estupro, quando a vítima não for maior de 14 anos de idade, é
absoluta", de maneira que "a aquiescência da adolescente ou mesmo o fato de
a ofendida já ter mantido relações sexuais não tem relevância jurídico-penal".
(REsp 953.805/RS, Rel.
Min. ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, DJe 10/03/2014) Ressalva do
entendimento da Relatora.
4. Agravo regimental a que se nega provimento.”
(AgRg no REsp 1353398/RN, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA
TURMA, julgado em 27/05/2014, DJe 09/06/2014)
14
STJ, SEXTA TURMA. HC 107949/SP.
15
STJ. TERCEIRA SEÇÃO. EREsp n. 1.225.387/RS, pela 3ª Seção, DJe 4.9.2013
+
/0123245 678) 9:%;) &<= 7) 9=&>?&() 9=; = ()≅%8= () 9=::?ΑΒ<= () ;)&=:)7 Α:)Χ%78= &= ∋:8∆ ΕΦΦΓ
Η (= 6/3∆
17
Corrente MAJORITÁRIA. CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 453
18
Posição de Cezar Roberto Bitencourt. BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p.
124/125
−
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 452. CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 123
(para este autor, eventuais contatos físicos entre a vítima e o terceiro continuariam a
configurar este delito, desde que não sejam contatos físicos inerentes ao delito de
estupro).
ΕΙ
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 120
21
Desde que a o ato praticado seja conjunção carnal ou outro ato libidinoso capaz de
configurar o delito de estupro. BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 121
ΕΕ
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 128
Εϑ
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 455. Nucci discorda, entendendo que o delito só
se consuma com a efetiva visualização do ato sexual pela vítima. BITENCOURT defende
que, neste caso, o crime se consuma quando a vítima é CONVENCIDA a presenciar o ato.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 130
24
BITENCOURT sustenta que, em se tratando de pessoa menor de 14 anos ou
completamente vulnerável, o crime seria do art. 217-A do CP. BITENCOURT, Cezar
Roberto. Op. Cit., p. 135
Ε∗
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p 459
Ε+
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 149
ΕΚ
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 462
Ε,
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 474/477
Ε−
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 200
ϑΙ
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 213
Por fim, o art. 243-B traz uma norma de direito processual, que é o
trâmite dos processos em SEGREDO DE JUSTIÇA, o que em nada
ofende o art. 93, IX da Constituição Federal.
ϑ
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 496. Em sentido CONTRÁRIO, Bitencourt.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 221
ϑΕ
3 =ΑΒ<= ≅)∃%7≅∋8%Χ∋ >)Λ 9=; Μ?) ∋8Ν ;)7;= = )78?Α:= Μ?∋≅%>%9∋(= Α)≅∋7 ≅)7Ο)7 9=:Α=:∋%7 ∃:∋Χ)7 =?
Μ?∋≅%>%9∋(= Α)≅∋ ;=:8) (∋ ΧΠ8%;∋ 7)Θ∋ 9:%;) () ∋Β<= Α)&∋≅ ΑΡΣ≅%9∋ /4Τ21/14Τ323 Υ :)Α:)7)&8∋Β<=∆
3 =ΑΒ<= ≅)∃%7≅∋8%Χ∋ Ν =ΣΘ)8= () 9:Π8%9∋7 &)78) Α=&8=ς &∃−;,< ∗−+=.%∗>∃< %∗;, (?.∗≅(;( ./( ΑΒΧ− ∃/
∆(+∃ ;∃ &(= ;∗%Ε,%∗&∗>,< /(% Φ.∃ (∗−;( −Γ, ∆,∋( ?.=)(;( Ε∃=, ΗΙϑ ΚΑΒΧ− 2#3:1Λ#
ϑϑ
Ω () 7) >:%7∋: Μ?) =7 9:%;)7 ()78) 9∋ΑΠ8?≅= Ξ/:%;)7 7)Ψ?∋%7 9=&8:∋ Χ?≅&):#Χ)≅Ζς Α=: 7?∋ Α:[Α:%∋
&∋8?:)Λ∋ς 7);Α:) 7):<= Α:∋8%9∋(=7 9=&8:∋ Α)77=∋ Χ?≅&):#Χ)≅ς () ;∋&)%:∋ Μ?) %77= ∋8:∋% ∋ ∴)Ψ9)Β<=]
Α:)Χ%78∋ &= ⊥ Ρ&%9= (= ∋:8∆ ΕΕ∗ς =? 7)Θ∋ς ∋ ∋Β<= Α)&∋≅ ∋Μ?% 7);Α:) 7):# ΑΡΣ≅%9∋ %&9=&(%9%=&∋(∋∆
ϑΦ
Τ)77) 7)&8%(=ς _01 α_3β14 χ4δ6ε ) =?8:=7∆ CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 463/464
ϑ∗
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 159/161
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
2. EXERCÍCIOS DA AULA
3. EXERCÍCIOS COMENTADOS
4. GABARITO