Sunteți pe pagina 1din 292

Assembleia Municipal do Seixal

EDITAL
N.º 10/2018

Alfredo
lfredo José Monteiro da Costa
Presidente da Assembleia Municipal do Seixal

Torna público, nos termos da alínea b) do n.º 1 do art.º 30.º do anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de
setembro, que alterou a Lei nº 169/99, de 18 de setembro, já atualizada pela Lei nº 5-A/2002,
5 de
11 de janeiro, que a Assembleia Municipal do Seixal reunirá em sessão extraordinária,
extrao a 2.ª de
2018, no próximo dia 28 de Março,
Março pelas 20H00, nas instalações doss Serviços Centrais da Câmara
Municipal do Seixal, sitas na Alameda dos Bombeiros Voluntários, 45.

I – PERIODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.

II – PERIODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.

III – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.

III.1. Conselho Municipal de Segurança – Tomada de Posse.


III.2. Eleição do 2.º Secretário da Mesa da Assembleia Municipal.
III.3. Ata da Sessão de 15
5 de dezembro de 2017 – Aprovação.
III.4. Ata da Sessão de 18 de dezembro de 2017 – Aprovação.
III.5. Seguros de Acidentes Pessoais dos Eleitos da Assembleia Municipal – Aprovação de
capitais.
III.6. Delegação legal de competências nas Juntas de Freguesia. Minutas dos acordos de
execução. Aprovação.
III.7. Delegação contratual de competências nas Juntas de Freguesia. Minutas dos contratos
interadministrativos. Aprovação.
III.8. Grandes Opções do Plano e Orçamento 2018. 1.ª Revisão (alínea a) do art. 25.º do Anexo à
Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 42/2016 de 28 de
dezembro). Incorporação do saldo de gerência (art. 104.º da Lei do Orçamento de Estado,
aprovada pela Lei n.º 114/2017 de 29 de dezembro). Aprovação.
III.9. Proposta de composição do Conselho Municipal de Educação do Seixal para triénio
2018/2020. Aprovação.

Página 1 de 2
Assembleia Municipal do Seixal
Para conhecimento geral se publica o presente e outros de igual teor que vão ser afixados e
publicitados nos lugares habituais estabelecidos na Lei.

Seixal, 23 de Março de 2018

O Presidente da Assembleia Municipal

___________________________________________________
Alfredo José Monteiro da Costa

Página 2 de 2
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

A T A nº 8/2017

Aos quinze dias de dezembro de dois mil e dezassete, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na
sua 5ª sessão extraordinária de 2017, nas instalações dos Serviços Centrais da Câmara Municipal
do Seixal, sitas na Alameda dos Bombeiros Voluntários, presidida por Alfredo José Monteiro da
Costa e secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª
Secretária, Angelina Maria de Sousa da Silva Dias Pereira.
Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:
Da CDU: Paulo Alexandre da Conceição Silva, Paula Alexandra Sobral Guerreiro Santos Barbosa,
Maria Júlia dos Santos Freire, Hernani José Pereira Peixoto Magalhães, Nuno Filipe Oliveira Graça,
Rosária Maria Fernandes Antunes, Fernando Júlio da Silva e Sousa, Carlos Alberto de Sousa
Pereira, Ana Luisa Pereira Inácio, Maria João Evaristo de Oliveira Santos e Nuno Filipe Pombo
Soares Nunes;
Do PS: Samuel Pedro da Silva Cruz, Bruno António Ribeiro Barata, Tomás Baptista Costa dos
Santos, Luís Pedro de Seia Gonçalves, Célia Maria Martins Cunha, Jorge Leonel Vaz Freire, Nelson
Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Sara Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, Rui Miguel Santos
Brás e Sérgio Miguel Carreiro Ramalhete;
Do PSD: Rui Miguel Lança Belchior Pereira, Rui Alexandrino Calção Mendes, Maria Luisa Marques
da Gama e Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia;
Do BE: Vítor Manuel Cavalinhos, Eduardo Manuel Lino Grêlo e Sandra Anabela Alves de Sousa;
Do PAN: Nuno André Batista Nunes;
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Amora, Corroios, Fernão Ferro e da União
das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires respetivamente, Manuel Ferreira Araújo,
Eduardo Rosa, Carlos Reis e António Santos.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU, Custódio Carvalho, substituído por Maria João Santos, e Rui Algarvio,
substituído por Nuno Pombo.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Jorge Osvaldo Dias Santos Gonçalves, Maria Manuela Palmeiro Calado, José Carlos Gomes, Marco
Paulo Fernandes, Elizabete Manuela Adrião, Eduardo Manuel Rodrigues, José Carlos Pereira e
Manuel Pires.
A Sessão teve início cerca das 20:20horas.

I. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. José Craveiro se faz favor.”

1/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

I.1. José Craveiro disse: “Precisamente na rua Luís de Camões, numa primeira fase com carácter
de urgência, era necessário alterar a sinalização, a definição do sentido de trânsito em ambas as
ruas, posteriormente criar um projeto de alteração que inclua uma faixa de rodagem com
limitadores de velocidade, uma ciclovia, estacionamento paralelo ao eixo da via, aumento do
passeio permitindo a criação de esplanadas; essa alteração iria beneficiar significativamente a
qualidade de vida dos fregueses de Fernão Ferro eliminando o stresse diário originado pela
confusão instalada e drasticamente os acidentes, beneficia os comerciantes de ambas as ruas e
realça o museu ao ar livre ali existente. Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para me referir a
um outro grave problema existente na Freguesia, a necessidade urgente da construção de uma
rotunda ou instalação de semáforos no cruzamento da Pavil, na avenida 10 de junho, junto ao CDA
de Fernão Ferro; este local é o ponto negro de trânsito na Freguesia; a quantidade de acidentes
ocorridos, alguns muito graves, neste cruzamento é muito preocupante; devido às características
do local só será possível acabar ou minimizar a situação com a construção da referida rotunda ou
com a colocação de semáforos temporizados; estarei á disposição e disponível para prestar
qualquer esclarecimento adicional se V. Exas assim o entenderem, obrigado.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Passamos a palavra ao Sr. João Carlos Pereira sobre
poluição, se faz favor.”
I.2. João Carlos Pereira disse: “Aproveitando aquilo que disse o munícipe que me antecedeu: caro
munícipe se aquela rua que parte da rotunda do Cavadas para as Cavaquinhas tem dois sentidos,
embora não tenha passeios, tem que haver sentidos em todas as vias deste Concelho; quando
aquele só tiver um, então podemos pensar no resto; bom, a primeira parte da minha intervenção
pode parecer que não tem nada a ver com esta Assembleia, como sei que não, mas é apenas um
instrumento do qual me vou socorrer para que se perceba o que eu vou dizer a seguir; há dias, a
propósito da Palestina, escrevi no facebook e noutros sítios que os meninos de Gaza não existem
porque não têm nada afinal, e não existem porque já foram solucionados, é assim que acaba o
poema, pelos homens do Sião e não foi preciso gás nem câmaras de incineração; escrevi depois,
em resposta á contestação que tive, que para mim o gueto de Varsóvia não fechou, foi transferido
para a Palestina e abriu agora com nova administração; não me levem a mal porque para além de
algum paralelismo não há aqui nenhuma demagogia, com ideologia ou coisas do género, mas
lembrei-me que aqui em Paio Pires passa-se algo semelhante; os meninos de Gaza não existem e a
poluição provocada pela Siderurgia Nacional também não deve existir; eu suponho que vai ser
apresentado, de acordo com a ordem de trabalhos, vai ser apresentada uma proposta para a
criação de um grupo específico para tratar do problema da poluição – como agora se diz, agora
utilizamos muitos termos ingleses – made in SN; eu acho que o que se pretende a nível do poder
político local e central é que a questão da SN não faça muito barulho porque se quiséssemos que a
questão da SN fizesse muito barulho, e uma vez que é proibido de há uns anos a esta parte
construir uma fábrica destas ao lado de uma população – ou no meio se quisermos considerar a
outra margem do rio onde também já começam a haver queixas de se varrer de manhã das
varandas um pó preto que ninguém sabia o que era, aprenderam agora no facebook – se o poder
político local e central estivesse de facto muito preocupado com aquilo que acontece ali, já
teríamos os estudos epidemiológicos, já teriam sido feito rastreios á população e a barulheira,
entre aspas e no bom sentido, com certeza que era tão grande ou igual – eu já estou farto de dizer
isto já há alguns anos – àquela que se faz para a construção do hospital do Seixal e muito bem;
mas o que me faz confusão e o que faz confusão a todos nós é que vai ser apresentado – e
provavelmente, por aquilo que eu conheço da Assembleia, não vai ser aprovado – vai ser

2/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

apresentado a criação de um grupo específico para tratar disto, com certeza para que
rapidamente se instalem nas suas funções e digam qual é a poluição e de facto para que se meça o
ruído em permanência porque quando se sabe que vai ser medido o ruído a Siderurgia, antes de
eu saber, já lá de dentro vêm trabalhadores da Siderurgia a dizer que sabem; portanto o barulho
desaparece nas alturas e nas noites em que está a ser medido; ora bem, se nós quiséssemos de
facto, nós os nossos responsáveis, resolver o problema da Siderurgia ao fim de 5, 6 anos de
barulho, de discussão e de criação de grupos interdisciplinares que não passaram de excursões
feitas com um guia e que o guia era o presidente do conselho de administração da Siderurgia para
ouvir e ver aquilo que ele queria que fosse ouvido e visto, portanto se esse grupo não funciona,
que funcione aquele que vai ser criado; não funciona porque a seguir a essa altura foi feita uma
reunião em Paio Pires tendo todos os elementos desse grupo interdisciplinar – o nome é bonito –
sido convidados e não apareceram e que eu saiba não têm desenvolvido o mínimo de trabalho
para resolver aquele problema; alguém sabe, e eu faço esta pergunta que é fundamental, hoje não
se pode construir uma siderurgia ao pé de uma população como a nossa, é proibido, porquê? É
preciso explicar? Porque emite para a atmosfera para além de outros e para os solos e para os
rios, emite uma poluição de tal ordem perigosa que é proibido que se construa ali, ora se esta está
ali, vamos ver o que é que a população está a sofrer porque se não deixam construir é porque
aquilo não é bom para a saúde; onde é que estão os estudos epidemiológicos? Há quem diga que
eles existem, que se sabe quantos casos de carcinoma do pulmão acontecem ali, que são mais do
que a média nacional, quantos casos de doença pulmonar obstrutiva crónica estão ali registados
também se sabe, ou diz-se que se sabe, que são mais do que a média nacional; então mas e de vez
em quando temos assim umas iniciativas…; eu gostava de perguntar ao Sr. Presidente da Câmara
se de facto aquelas medidas que a Câmara assumiu para si, avaliar a qualidade do ar, avaliar o
ruído… soubemos que quando a Siderurgia esteve parada esteve lá – pelo menos em dois sítios,
um deles até foi indicado por mim – o aparelho para medir, neste caso o silêncio, porque a
Siderurgia estava parada; mas compreende-se; depois é preciso medir quando ela estiver a
trabalhar, foi trabalhar e eu já expliquei aquilo que aconteceu, dois dias antes já a Siderurgia sabia
que iam lá por os aparelhos; pergunto ao Sr. Presidente se já promoveu a iniciativa necessária para
que fossem feitos os estudos epidemiológicos e se já promoveu as medidas necessárias para se
avaliar no perímetro da Siderurgia (SN) aquilo que prometeu, que tinha que ser visto a qualidade
do ar; e agora pergunto, também sei que se diz que as medições da estação da medição da
qualidade do ar de Paio Pires estão sempre dentro dos limites mínimos exigidos; eu devo dizer que
isso é mentira porque nós já publicámos no Facebook, só em outubro, dos 35 dias que eles podiam
exceder anualmente, só em outubro excederam 15, eu sei que depois – e peço a atenção de todos
para isto – eu sei que depois estes números são maquilhados, os 50 em vez dos 35 desaparecem
rapidamente; porquê? Porque daqui a 3 ou 4 meses vão descobrir que houve umas poeiras no
Norte de África e vão descobrir que passaram ali uma série de camiões e também contribuíram
para aqueles números e vão maquilhar aquilo de tal maneira que os 35 dias nunca são
ultrapassados, mas a verdade é que só em outubro foram 15 dias e agora ninguém faz esta
pergunta; o que é que acontece, mesmo que nunca fossem ultrapassados, o que é que acontece a
uma população que está ao lado de uma fábrica que hoje não podia estar ali? Mesmo que nunca
ultrapasse os 35 dias o perímetro ultrapassa o máximo em cada dia ainda melhor, mas que está
todos os 365 dias por ano sujeita a cargas poluentes como não devem existir em mais local
nenhum neste País; e isto não obriga o poder central? O que estou a dizer aqui já o disse na
Assembleia da República portanto não estou aqui a carregar na Câmara em vez do poder central; é
mais fácil falar convosco e também é de vocês que eu espero atenção, não é do Ministro do

3/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

Ambiente que até diz que eles vão poluir menos, não é do outro Ministro do Ambiente que
ignorou 900 assinaturas que lhe entreguei; é da Câmara Municipal do Seixal que eu espero mais
do que aquilo que espero do Governo, e é mais fácil falar convosco do que falar com o Ministro,
como é lógico; portanto para além das respostas a estas perguntas eu gostava de saber hoje aqui
que medidas efetivas, sem ser conversa, que medidas efetivas vão ser tomadas para proteger a
nossa saúde, para saber o que é que se passa com a nossa saúde tendo em atenção uma coisa
muito importante: é que os ventos dominantes que passam por cima da Siderurgia quando são do
norte e passam por cima de 10 ou 15 escolas e infantários que estão debaixo dela, dela Siderurgia,
como olhando para o mapa se pode perceber o que é que está a acontecer á saúde das nossas
crianças? Isto daqui até que vá buscar outra vez a Palestina para dizer, pois o outro respondeu-me
os Judeus não são todos iguais isso é só um problema do Governo mas enquanto, e depois é uma
situação muito complexa tem raízes históricas isto também é uma situação muito complexa
também tem raízes históricas, mas enquanto não se resolve a situação de um lado morrem
Palestinianos e ficam sem terra e aqui morre a população de Paio Pires, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado pela intervenção, passamos para Maria
do Carmo Torres, cortes de abastecimento de água, se faz favor.”
I.3. Maria do Carmo Torres disse: “Eu, é a primeira vez que venho aqui portanto se estiver um
bocadinho nervosa peço desculpa; eu sou residente no Cavadas, nomeadamente na Avenida
General Humberto Delgado e ultimamente, e inclusive hoje, os cortes de abastecimento de águas
são recorrentes, foi a semana passada, foi na outra semana, este último ano tem sido uma coisa
terrível, inclusive eu neste momento estou na casa da minha mãe em 10 anos nós já tivemos que
mudar 2 vezes a canalização porque esta rebenta, a pressão da água depois quando vem é de tal
forma que desta ultima vez nós optámos por colocar os canos por fora das paredes para não andar
a partir novamente paredes porque já estamos á espera que um dia isto voltará a acontecer, a
minha pergunta ao executivo é se existe algum plano de intervenção que resolva este problema
que já se vem a arrastar há vários anos, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra João Luz, residente no Vale da Loba,
se faz favor.”
I.4. João Luz disse: “O meu nome é João Luz e moro na Freguesia de Amora e estou aqui em meu
nome pessoal, e em nome dos moradores é um número razoável ali atrás do Vale de Sto. António
das Cerejeiras, das Nespereiras, das Oliveiras, mas nenhum de nós tem a intenção de estar na
representação da rua, da confusão para onde nos querem empurrar; como ignóbeis, firmes e
desencantados quase me propunha a dar por título desta nossa presença nesta Assembleia, nos
limites do amanhã. A temática é saneamento, um direito de todos e para todos num Seixal
saudável ao lado das populações, Sr. Presidente depois de anos sem fim de espera e porque a
história é filha do tempo tudo parecia bem encaminhado para que tal ansiosa ligação á rede de
esgotos fosse efetuada no Vale de Sto. António, Quinta da Loba, Quinta do Damião, rua Bento
Moura Portugal nos Foros de Amora, obra que ainda não foi concluída, foi solicitado pelos
moradores á Câmara Municipal a autorização respetiva para que tal ligação fosse feita, acontece
porém que os moradores que fizeram esse pedido começaram a receber em suas casas cartas da
autarquia, carta chapa, «fica V. Exa. notificado para no prazo de 30 dias proceder ao pagamento
da importância de 643 euros e 70 cêntimos acrescida do iva á taxa legal e em vigor» em que os
moradores consideram uma autêntica aberração; quanto ao poder regulamentar do Município e
as cobranças de taxas, no caso presente não houve da parte do Município qualquer execução das

4/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

caixas do ramal; assim dizer à data da conclusão das moradias foi emitida a competente licença de
utilização e não foi efetuada a ligação ao ramal domiciliário de esgotos à rede pública porque
antes não existia rede de saneamento naquele local, a qual ainda está a ser concluída, imagine-se,
volvidos 18 anos depois da licença de utilização emitida, como é o meu caso; 18 anos! Todavia os
empreiteiros executaram todas as obras necessárias à ligação do ramal domiciliário á rede pública,
pelo que neste momento a única obra para efetivar a ligação é enterrar as fossas sépticas e alterar
o traçado de ligação á caixa do ramal, tudo obras no interior dos logradouros dos prédios; assim,
não há qualquer execução da caixa de ramal pelo que não é divido o valor de 643 mais o iva
referente á execução da caixa do ramal; igualmente não são devidos os valores 36,79 referentes á
reposição de calçadas e assim também ao betuminoso por fração; a serem cobrados estes valores
verifica-se a ilegalidade da cobrança e o enriquecimento sem causa do município do Seixal por
estar a cobrar algo que não é devido, pelo que face ao exposto devem ser anuladas as taxas em
causa. Tínhamos a promessa do Sr. Presidente que iria haver uma reunião com os moradores,
reunião que não aconteceu e tudo resultou para isto que atrás foi relatado, esquecendo a
autarquia de olhar ao passado, trabalhar o presente e refletir o futuro; dizer ainda que de toda a
zona que está em avos, só estão a pagar a vistoria, os 30 e qualquer coisa euros. Sr. Presidente,
Srs. Vereadores, Srs. Deputados dizer ainda que na rua das Cerejeiras existem lotes que foram
permutados pela Câmara do Seixal na altura da chegada do Continente; grave, depois de receber a
sua carta um morador telefonou para a Câmara a perguntar o porquê de tal quantia uma vez que
tinha tudo pago, recebendo o desafio de vir pagar já porque para o ano é mais caro; como é
possível que moradores que tinham desconto da Câmara do Seixal, quando chamavam o limpa
fossas da própria Câmara porque tinham tudo pago e agora deixaram de ter? Faço eu a pergunta,
fazemos nós a pergunta; os moradores solicitam aqui nesta Assembleia que a autarquia reveja as
exigências que nos quer obrigar pois sempre tivemos conhecimento que tudo estava pago; Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Srs. Vereadores há mais de um milhão de portugueses que recebe
menos de 600 euros; perante os valores aqui apresentados que a Câmara Municipal nos quer
cobrar como se pode fazer o equilíbrio entre a necessidade e o poder? Perguntar outra coisa, e eu
queria que alguém se possível me ajudasse a ler isto diferente da forma que eu leio: as cartas
recebidas assinadas pelo Sr. Diretor de Departamento de Ambiente e serviços Urbanos, José
Charneira que diz, «no uso de competências delegadas e subdelegadas pelo despacho 407-SM-
2015 de 30 de abril»; todos sabemos que em 2017 dia 1 de outubro houve eleições; o Sr. Vereador
do pelouro e o Sr. Presidente da Câmara cessaram as suas funções como vereador e como
Presidente; foram sufragados, foram eleitos, mas o mandato até 2017 caiu; como é que o senhor,
com esta delegação, havendo um delegado e um delegante, consegue ainda assinar cartas em
06/11? Não consigo perceber, provavelmente o Sr. Deputado Paulo Silva, o Rui e outras pessoas
que estão agarradas á parte jurídica conseguem analisar isto? É que nós, leigos na matéria, não
conseguimos perceber; eu disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Nuno Mendes sobre o Rancho
Folclórico da Arrentela se faz favor.”
I.5. Nuno Mendes disse: "Venho por este meio pela 2.ª vez, porque a 1.ª que cá estive foi em
setembro, transmitir em nome de um grupo de pessoas que estão um pouco tristes com a forma
como temos sido esquecidos desde o princípio do mês de julho se alguns se lembram eu estive cá
em setembro pelo mesmo motivo que hoje estou, achamos não falo só por mim falo em nome de
um grupo de uma Associação, porque sou presidente da Associação Cultural do Rancho Folclórico
de Arrentela, as pessoas sentem-se tratadas com indiferença e eu para mim como presidente de

5/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

um rancho folclórico que representamos a cultura do nosso concelho, a cultura da nossa freguesia,
sinto-me triste; até ao momento ao fim de 5 meses nada ter sido feito por nós; na Assembleia
Municipal de setembro foi-me transmitido a mim, aqui, neste mesmo lugar onde me encontro que
na semana a seguir haveria uma reunião que iriam marcar e até agora, 3 meses depois, nem uma
solução foi proposta, nem definitiva nem temporária; nada, o rancho sente-se lixo porque nós
conferiu e com certeza se não tivessem este espaço não gostariam de estar numa secretária na
rua tal e qual como nós não gostamos de estarmos a ensaiar no nosso miradoiro da Igreja com
este frio, com esta chuva e até agora neste momento ninguém, ninguém foi capaz de se chegar á
frente e de dizer não, há ali uma casa abandonada ou, desculpem-me o termo, uma barraca para
nós ensaiarmos, como é que nós podemos representar um Concelho que neste momento o rancho
sente que não se preocupa minimamente com o que se está a passar connosco, bem sabemos que
há casos mais urgentes casos mais preocupantes para a Câmara resolver que com certeza estão
em primeiro lugar do que tratar da vida de um rancho, mas até agora já desistiram algumas
pessoas e mais irão desistir e eu não gostaria de fechar a porta e acabar com um grupo que a mim
me custou, como fundador do Rancho como fundador da Associação, tanto me custou a erguer ter
que fechar esta atividade, como eu dizia como é que podemos representar um Concelho que nós,
Rancho Folclórico de Arrentela, achamos que não se preocupa connosco neste momento temos
crianças no nosso grupo não podemos fazer aquilo que fizemos algumas vezes no verão ensaiar na
rua em qualquer sítio, pois estamos em pleno inverno, passa-se também o mesmo que eu
expliquei aqui em setembro as mobílias e o espólio estão na casa e nas garagens de algumas
pessoas do rancho, mas neste momento as pessoas exigem os seus espaços livres para poderem
tratar da sua vida e arrumar as coisas e não terem as garagens atravancadas de coisas do rancho
de mobílias e de caixas e de tudo, nascemos em 2007 fizemos 10 anos em maio e até hoje na
minha opinião, porque acompanhei todo o nascimento do grupo, e até hoje nunca demos trabalho
nem grandes preocupações á nossa autarquia e por isso mesmo nós achamos e perguntamos,
custa muito a nossa autarquia tratar de nos arranjar um espaço nem que seja um espaço a cair ou
um espaço provisório porque foi o que nos foi prometido em setembro que iriam arranjar para já
naquela altura uma situação provisória, mas desde setembro até agora passaram-se três meses e
o rancho da Arrentela continua a ensaiar onde dá para ensaiar se for na rua é na rua em garagens
não podemos porque temos as nossas garagens ocupadas e para termos o nosso espólio
arrumadinho porque nós temos mobílias a apanhar chuva desde que começou a chover, como eu
fui avisando em setembro, neste momento a chuva cai sobre essas coisas já e já estragou algumas
coisas do grupo e nós não queríamos e para estarmos a ver a desgraça do nosso espólio se estar a
estragar preferimos fechar encerrar a nossa atividade e acabar com o Rancho Folclórico e
Alegórico da Arrentela, não vou referir nomes mas sei que, isto sei porque já fiz parte de outros
grupos, que a Câmara ajudou em outros tempos, a nossa autarquia ajudou em outros tempos
outros grupos, não vou referir nomes como eu dizia porque ouve uma altura em que um dos
grupos conceituados no nosso Concelho ficou na rua e a Câmara tratou imediatamente de arranjar
um espaço e de ajudar na renda, infelizmente e não preciso de falar nomes basta dizer aquilo que
estou a dizer, infelizmente a presidente e a sua fundadora faleceu mas continua o grupo ativo e
para nós não há um espaço que possamos ensaiar e pelo menos para arrumarmos as nossas
coisas, é aquilo que nós pedimos, foi-me pedido a mim que até hoje fosse entregue o Plano de
Atividades da Associação Cultural do Rancho Folclórico de Arrentela, nós não temos espaço eu não
apresentei plano de atividades nenhum para este ano, infelizmente a nossa atividade pouco mais
tempo vai durar porque nós temos estado a fazer atuações e ensaiar ao frio a preparar as
atuações na rua e alguns elementos doentes por causa dos ensaios que são feitos na rua e é como

6/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

eu dizia é uma coisa tão fácil de resolver pensamos nós, é difícil eu sei, mas a Câmara tem muito
mais possibilidades e muito mais conhecimentos do que nós que nos pudessem arranjar uma
situação provisória, olha vocês vão ensaiar ali naquele sítio enquanto nós tratamos do vosso
problema como me foi prometido a mim em setembro, uma situação provisória e depois iriamos
então encaminharmos para uma situação definitiva mais tarde, mas nem provisória e nem
definitiva, nada, desde setembro até agora o rancho ficou quieto não dissemos nada não
estivemos em Assembleia Municipal nenhuma esperando que fossemos contactados enviei 4
emails a falar sobre isto e até agora nada, nós nunca tivemos razão de queixa da autarquia como
eu dizia há pouco em termos financeiros, e ainda muito menos da nossa União de Freguesias que
sempre nos apoiou e continua a nos apoiar, mas neste momento pesa sobre nós uma decisão
muito grave que é ou fechamos a Associação e acabamos com o Rancho ou ela fica, mas se ela
ficar nós temos que ter o nosso espaço pode não ser nosso pode ser um espaço de outros e que
nós possamos ir lá ensaiar, mas precisamos de um espaço não podemos estar na rua nós temos o
ensaio das janeiras para fazer para andar-mos a cantar as janeiras porque nós Grupo de Arrentela
cantamos as janeiras no Concelho do Barreiro, em Sesimbra, ainda hoje estive em Sesimbra a
tratar com a autarquia de Sesimbra para nós irmos lá três vezes para cantarmos as janeiras e eu
não vou referir nomes mas a nossa autarquia vizinha, se nós quiséssemos, já tínhamos espaço
para ensaiar e já tínhamos um espaço onde guardar as nossas coisas, mas nós representamos
Arrentela e representamos o Seixal não representamos o Concelho do Barreiro infelizmente,
felizmente para nós porque é a nossa terra que nós honramos Arrentela e é o nosso Concelho que
nós queremos honrar, mas infelizmente não sabemos pesa sobre nós uma decisão muito grande e
o grupo de Arrentela não sabe neste momento o que fazer já perdemos elementos por causa disto
e não para estar eu a ver esta caminhada que não está a levantar o grupo mas sim a destruir o
grupo, é preferível Sr. Presidente tomar uma decisão e dizer-nos, não tem que ser
necessariamente hoje, mas transmitir-nos que não há possibilidades e nós fechamos as portas e
acabamos com o grupo de Arrentela, com muita pena nossa mas pensámos que seria mais fácil se
fossemos á televisão, tentámos contactámos um programa fomos convidados a ir lá não fomos até
ao momento, desde há dois meses fui convidado não fui até ao momento porque estava á espera
de receber uma resposta, no entanto como eu dizia e mais uma vez vou dizer, pesa sobre nós, o
Rancho de Arrentela, a decisão de fecharmos a atividade e nós esperámos desde setembro
passaram-se as festas da paróquia da Arrentela onde o rancho está inserido e nós esperámos por
ser uma altura de grande azafama não quisemos falar nada disso, esperámos o mês todo de
novembro e entrámos no mês de dezembro e está daqui a pouco no fim fomos convidados para
irmos cantar as janeiras junto á árvore nós gostaríamos de fazer todos os possíveis e tudo o que
nos pedem mas sem espaço para nós não podemos servir os outros também, muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara do Seixal,
se faz favor Sr. Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Então muito boa noite, quero cumprimentar o Sr.
Presidente da Assembleia Municipal, os Srs. Eleitos da Assembleia, os Srs. Vereadores, os nossos
trabalhadores da Câmara Municipal, a Comunicação Social a População presente que está hoje em
grande número, os Srs. Presidentes da Juntas de Freguesia, e antes de mais agradecer os vários
alertas, sugestões, comentários, opiniões que nos trazem porque só desta forma é que podemos
enriquecer a nossa democracia e fazer o melhor pelo nosso Concelho, é com a participação da
população é tentando de certa forma dar expressão prática e soluções aos vários problemas que
nos são apresentados, começando pelo primeiro munícipe tomei nota das várias propostas que

7/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

fez, sabemos todos que quando tentamos junto do comércio implementar restrições nas
necessidades viárias nem sempre isso é bem entendido, há vários exemplos, mas no entanto a
proposta que fez relativamente á alteração dos sentidos de transito com a promulgação de
sentidos únicos na rua Luís de Camões e rua da igreja em Fernão Ferro serão avaliadas pela
Câmara Municipal e já relativamente á questão da retunda na Avenida 10 de junho junto á rua da
Casa Branca mais conhecido como a zona junto à Pavil iremos também avaliar essa possibilidade
não está programada no nosso plano de investimentos para 2018, mas no entanto ficou aqui essa
proposta iremos cruzá-la com os níveis de sinistralidade que a Guarda Nacional Republicana com
certeza terá sobre esse ponto e depois tomaremos também uma decisão relativamente a esta
matéria, sobre a questão que o Sr. João Carlos Pereira aqui nos coloca eu gostava de deixar claro
de uma vez por todas porque nas intervenções escritas orais de todas as formas fica sempre a
ideia de que a Câmara Municipal do Seixal não está interessada em resolver os problemas da
poluição e dos impactos ambientais da laboração da Siderurgia Nacional, eu gostava de deixar
uma vez mais de forma muito clara que se há entidade que está preocupada que está
permanentemente interessada em pugnar pela defesa dos interesses das populações deste
Concelho é a Câmara Municipal do Seixal, não só pelo aquilo que representamos que é a nossa
população os seus interesses, as suas aspirações o seu direito á qualidade de vida e ao seu bem-
estar e por isso deixar de uma forma muito clara aquilo que é a nossa missão e que assumimos de
forma inteira mas também as ações e o histórico que temos sobre este processo; é porque de
facto se há entidade que se preocupou desde a primeira hora com esta matéria tem sido a Câmara
Municipal do Seixal e tem sido até comunicado; até perceberia se não tivesse sido comunicado; as
reuniões com o Sr. Secretário de Estado do Ambiente, com os vários, as reuniões com o Sr.
Ministro do Ambiente, já com os vários, as várias moções da Câmara Municipal, na Assembleia
Municipal, as reuniões com a população, a manifestação à porta da Siderurgia, os contactos com a
própria Siderurgia, os contactos com o Governo, com a Agência Portuguesa do Ambiente, com a
Comissão Coordenadora de Desenvolvimento Regional, com o IAPMEI… se há entidade que tem
feito muito mais sobre esta matéria tem sido, de facto, a Câmara Municipal do Seixal; recordo-me
perfeitamente de ter escrito um ofício ao Sr. José Carlos Lopes Pereira com todas as respostas a
todas as perguntas que nos colocou, e por isso não compreendo que tenha algum
desconhecimento sobre algumas das matérias que a Câmara Municipal tem desenvolvido sobre
estes aspetos; é preciso recordar que a Câmara Municipal tentou junta das entidades
competentes ter uma palavra a dizer propondo a criação de um grupo de trabalho multidisciplinar
onde o Município e a Junta de Freguesia tivessem assento, pois bem isso foi aceite em termos,
vamos dizer assim, teóricos mas na prática não quiseram saber da nossa opinião e isso foi patente
quando a Agência Portuguesa do Ambiente emite a licença ambiental e a Agência Portuguesa do
Ambiente é uma entidade governamental emite a licença ambiental da Siderurgia Nacional em
abril sem sequer informar a Câmara Municipal nós só soubemos quando a licença já tinha sido
emitida e isso é bem revelador de uma coisa é o que se diz mas outra coisa é o que se faz, e a
partir desse momento a Câmara Municipal também tomou uma posição e penso que o Sr. João
Carlos Lopes Pereira conhece que é que a Câmara Municipal se vai substituir uma vez mais ao
Estado que tem a competência e que foi chamado pela Câmara Municipal também para
desenvolver os estudos do ruído para colocar mais estações de medição da qualidade do ar e para
fazer o tal estudo de saúde da população e que se recusaram fazer, e por isso a Câmara Municipal
do Seixal está neste momento a tomar as diligências sobre as questões do ruído, as questões da
qualidade do ambiente do ar neste caso e as questões relacionadas com o estudo de saúde;
estamos neste momento a tomar as diligências para que sejam concretizados; são estudos que

8/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

vão ser feitos pela Câmara Municipal do Seixal e assim que tivermos esses resultados com certeza
teremos o maior interesse em apresenta-los, mas também quero dizer que temos acompanhado
as evoluções positivas que têm sido concretizadas pela fábrica da Siderurgia Nacional; a Siderurgia
Nacional, temos a informação, que construiu uma nova central de oxigénio para substituir a antiga
que é um dos principais emissores de ruído, das principais fontes emissoras de ruído, e essa
central de oxigénio estará a funcionar, segundo a informação que temos, em janeiro de 2018; a
Siderurgia Nacional reduziu de forma substantiva e substancial a pilha de escórias que apresentava
no seu parque de laboração, para níveis hoje muitíssimo inferiores àqueles que há cerca de dois
ou três anos existiam; e por isso, isso só se deveu, quero dizer, não só á pressão da população mas
também das autarquias do Seixal, Câmara Municipal e Junta de Freguesia; e por isso mais do que
gerar, ao que me pareceu na intervenção, divisões, mais do que gerar divisões onde elas não
devem existir temos é que criar uniões para termos mais força e exigir junto daqueles que têm
essa responsabilidade e que também foram eleitos e que têm essa responsabilidade assuam as
suas competências; é porque é muito fácil vir aqui á Assembleia Municipal dizer que a Câmara
Municipal é que tem que exercer as competências para as quais não tem e nem sequer os seus
eleitos foram eleitos para as desempenhar; e é muito mais difícil como o Sr. Munícipe aqui
colocou exigir dos responsáveis políticos, eleitos e não eleitos, técnicos nomeados, o uso do
exercício das suas competências e para os quais são pagos todos os dias e por todos nós; e por isso
volto a dizer, nós estaremos sempre ao lado da população e estaremos sempre ao lado da
preservação da qualidade de vida e da qualidade ambiental do nosso município; nunca nos
colocaremos do outro lado e por isso estamos do mesmo lado e nesse sentido não entendo parte
da intervenção do Sr. munícipe; mas havemos de lhe escrever, porque foi isso que disse, havemos
de lhe escrever novamente um relatório sobre o estado da situação entre o último ofício que lhe
enviámos com a nova situação; e espero que o faça também junto dessas entidades que têm essa
responsabilidade. Sobre a Sra. munícipe que nos colocou várias questões sobre o corte e
abastecimento de água de facto não tenho esse conhecimento o Sr. Vereador do ambiente
responsável pela área também hoje não pode estar presente, está no seu período de férias, não
consigo agora aqui na Assembleia contactar os serviços para perceber se tem havido algum
problema regular, portanto referiu aqui várias interrupções de abastecimento de água na avenida
General Humberto Delgado, no Cavadas; irei depois indagar e comunicar-lhe-emos portanto essa
informação; de todo o modo o nosso objetivo será sempre que não exista nenhuma interrupção e
que consigamos fornecer a água em condições. Bom, sobre as questões de saneamento de Vale da
Loba de facto parece-nos que temos que fazer uma reunião para esclarecer porque eu não tenho
nenhumas dúvidas de que a lei e dos regulamentos que são para aplicar no município do Seixal é
para toda a população, e sobre as matérias relacionadas com, neste caso, ligação de esgotos
temos três situações, a primeira que é arruar um construtor faz um loteamento faz as ligações, a
Câmara Municipal só vai vistoriar, a pessoa compra a sua habitação já com tudo, digamos de certa
forma concluído, isto é a situação normal, depois temos a situação das áreas urbanas de génese
ilegal que onde se encere portanto esta área e sobre esta matéria temos também aqui duas
situações, a primeira é se é a AUGI e a comissão de coproprietários desenvolver as obras de
urbanização não pagará nada á Câmara Municipal a não ser uma vez mais a vistoria de ligação á
rede de saneamento; se é a Câmara Municipal a executar então é devida á Câmara Municipal quer
os ramais de ligação quer portanto as vistorias, eu vou dar outro exemplo portanto que será o
quarto que é a Marisol, a Marisol é uma urbanização dos anos 60 que foi construída e licenciada,
na altura, sem saneamento; a Câmara Municipal do Seixal, no anterior mandato, no mandato
agora que cessou, concluiu 100% da rede de saneamento da Marisol e o que foi feito foi

9/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

exatamente isto; ou seja, a Câmara Municipal construiu a rede e as pessoas pagaram os ramais de
ligação como profere o preçário e o tarifário da Câmara Municipal do Seixal, portanto nestas
quatro situações há-de cair, digamos assim, a situação de Vale de Sto. António, Vale da Loba,
Quinta do Secundino etc. e por isso, não estando cá o Sr. Vereador, eu também não conheço de
concreto a questão mas no entanto parece-me adequada que a Câmara Municipal tenha uma
política uniforme para todo o Concelho e para toda a população e, o Sr. Munícipe sugeriu que se
fizesse uma reunião, pois bem, vou indagar junto do Sr. Vereador por que razão não foi feita e que
seja feita no mais curto espaço de tempo para que exista um esclarecimento cabal sobre esta
matéria. Por fim sobre o Rancho de Arrentela, dizer que nós temos o maior respeito pela cultura
deste Concelho, pela sua história pela sua preservação, pela preservação da sua história e pela
cultura e por isso também não nos colocamos onde talvez o Sr. Presidente ou o Coordenador do
Rancho Folclórico aqui nos quis colocar, como se não estivéssemos interessados sobre o problema
ou não o quiséssemos saber; dizer-lhe que de facto no município, face à diversidade de problemas
com que somos confrontados, nem sempre conseguimos resolver todas as questões no tempo
necessário; e por isso eu apelava também a uma certa compreensão porque a Câmara Municipal
do Seixal, ao contrário se calhar do que muita gente pensa, não tem casas devolutas á espera de
serem ocupadas, não tem espaços disponíveis para poderem ser utilizados por todas as
associações que nos pedem, e acreditem que todos os dias chegam à Câmara Municipal do Seixal
n pedidos de habitações para casos sociais, todos os dias nos chegam pedidos de associações de
vária índole, sociais, humanitárias, de saúde, culturais, recreativas, profissionais e outras, chegam
todos os dias á Câmara Municipal do Seixal vários pedidos, mas a Câmara Municipal do Seixal não
tem condições não tem capacidade de responder a todas elas; e por isso, no mínimo, eu pedia
também – porque foi pedido respeito – eu pedia também um bocadinho de respeito pela Câmara
Municipal do Seixal que sempre esteve ao lado das suas instituições culturais, desportivas e
recreativas deste Concelho e sempre pugnámos por estarmos na linha da frente nas entidades que
mais apoiam a cultura e o desporto no nosso Concelho; e por isso também nos colocamos desta
forma, isto é, de dizer que compreendemos o problema, estamos preocupados mas vamos tentar
também encontrar uma solução em parceria; eu passava a palavra ao Sr. Vereador da Cultura,
Jorge Gonçalves, para também poder dar mais uma nota sobre esta matéria, por favor Sr.
Vereador.”
O Vereador Jorge Gonçalves disse: "Primeiro também no seguimento da intervenção do Sr.
Presidente não só agradecer a intervenção como não deixar dúvidas sobre aquilo que é a
valorização do ponto de vista da ação cultural desenvolvida pelo rancho folclórico e alegórico da
Arrentela e dizer que apesar de naturalmente agora estarmos centrados na solução esta questão
tem sido acompanhada desde a altura que se começou a identificar enquanto problema e a
Câmara tentou ainda intervir na fase em que o rancho estava ainda no Atlético Clube de Arrentela
reunindo com a própria coletividade para tentar encontrar soluções que fossem naturalmente
equilibradas para que nem sequer estivéssemos a discutir este problema e depois também do
acordo daquilo que foi o compromisso assumido tentando encontrar soluções provisórias para
funcionamento do rancho junto do movimento associativo da Arrentela tendo em conta que é a
ligação e as raízes do rancho na Freguesia de Arrentela e que não foram possíveis de encontrar
junto do movimento associativo da Arrentela e das instalações existentes e dessa forma foi
também por isso que se arrastou o processo; de qualquer das formas para além daquilo que
possam ser as soluções continuam a ser estudadas e estão a ser procuradas, naturalmente
também colocava naquilo que é a reunião que está agendada para a semana que vem pudessem

10/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

também trazer propostas se até lá não forem encontradas soluções, volto a dizer do ponto de
vista das soluções provisórias elas foram tentadas serem encontradas junto do movimento
associativo da Arrentela para além do Atlético Clube da Arrentela naturalmente sobre o qual já
não foi possível mas em conjunto com outro movimento associativo não foi possível vamos tentar
ver quais são outras soluções alternativas para que, não só o rancho continue a sua atividade
naquilo que designam encontrar uma solução provisória, mas também certamente na reunião que
está agendada para a próxima semana discutiremos aquilo que possa ser uma solução mais
definitiva do ponto de vista do funcionamento do rancho e para um novo ciclo de funcionamento
do Rancho da Arrentela; obrigado.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não, não, isso não permito, não permito, pode
depois falar com o Presidente no intervalo, desculpe lá o tempo de intervenção, aliás o tempo de
intervenção dos munícipes são 5 minutos todos excederam inclusivamente o Sr. João Luís também
excedeu; todos, todos não, tivemos a Maria do Carmo; todos passaram dos 5 minutos e a Mesa foi
tolerando porque importa só aqui de facto a colocação das questões; agora não permito o diálogo
na Assembleia, não permito; peço desculpa pode depois no intervalo, se entender, falar com o Sr.
Presidente, agora não há diálogo aqui na Assembleia já terminou o seu tempo de intervenção
falou, eram 5 minutos falou 9 ou 10, mais propriamente 12 minutos, portanto no final no
intervalo, é evidente, falará com o Presidente com certeza, se o Sr. Presidente tiver essa
disponibilidade como tem para todos e para toda a gente. Passamos, terminado o período de
intervenção da população, passamos para o Período de Antes da Ordem do Dia.”

II. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Começando com uma informação em relação aos
pedidos de substituição de ausência inferior a 30 dias, da CDU Custódio Carvalho por Maria João
Santos e Rui Algarvio por Nuno Pombo; nós, neste período de antes da ordem do dia, temos um
conjunto de 11 documentos; todos eles entraram no quadro do regimento antes do início da
Assembleia, foi dado conhecimento a todos os membros da Assembleia e, portanto, não carecem,
no quadro do regimento, de leitura; naturalmente os proponentes farão como entenderem mas
esta informação é evidentemente necessária; sendo assim, o 1.º documento é uma moção “Pela
não cedência de espaço público para realização de espetáculos circenses que incluam a exibição
de animais e pela declaração do Seixal como Município que não apoia circos com animais”; é do
grupo municipal do PAN e é subscrita por André Nunes que tem a palavra se faz favor.”
II.1. O Grupo Municipal do PAN apresentou a moção «Pela não cedência de espaço público
para realização de espetáculos circenses que incluam a exibição de animais e pela
declaração do Seixal como Município que não apoia circos com animais».
(Documento anexo á ata com o número 1)
André Nunes, do PAN, disse: “O Município do Seixal tem hoje uma oportunidade de diferenciar
positivamente e de se juntar a um restrito, mas que eu antecipo que vai ser crescente, conjunto
de Municípios Portugueses que assume sem complexos o compromisso para com o bem-estar
animal; a presente moção que o grupo municipal do PAN traz a debate acompanha esta
modernidade que já são sentidos um pouco por toda a parte neste caso para com animais não

11/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

humanos e pretende com as suas duas deliberações marcar uma posição quanto aos circos que
exibem e utilizam animais nos seus números e isto sem comprometer as competências e
atribuições da autarquia, pelo exposto exortamos á Assembleia Municipal do Seixal a deliberar no
sentido da Câmara Municipal do Seixal não ceder terrenos públicos a companhias de circo que
incluam a exibição ou utilização de animais nos seus números; e a declarar que o Município do
Seixal como Município que não apoia circos com animais, muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pedidos de intervenção para apreciação desta
moção? Se faz favor, tem a palavra o Sr. João Rebelo do grupo municipal do CDS se faz favor.
João Rebelo, do CDS, disse: “Eu, pessoalmente, sou favorável a esta moção; já votei
favoravelmente algo parecido na Assembleia da República e a proposta era, á época, do Bloco de
Esquerda; não passou; aliás, uma maioria muito significativa de deputados foi contra essa
mudança mas gostaria de alertar, apesar de votar favoravelmente, que a fundamentação pode ter
alguns problemas jurídicos porque se a lei geral permite a existência, infelizmente, da presença de
animais selvagens em circos, a Câmara com que argumento é que pode proibir que isso exista no
Concelho? Ou seja, a Câmara tem que fundamentar a decisão; podem ser várias, questões de
segurança, o que for; agora a aprovação desta moção pode ser um sinal indiscutível mas pode
esbarrar com a própria legislação geral; mas não deixa de ser um sinal importante; a França é um
exemplo, proíbe a utilização de animais selvagens nos seus circos daí o grande sucesso da lei, mas
acho que podia ser também um exemplo aqui no Concelho do Seixal de que, sim senhora, o circo é
uma atividade muito nobre, é uma atividade que as pessoas gostam, há pessoas que gostam disso,
mas a presença de animais selvagens é de facto uma coisa que podemos lamentar; obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Mendes se faz favor.”
Rui Mendes, do PSD, disse: “Face ao tema não ser consensual a bancada do PSD vai votar de
forma diferente, os seus membros vão votar de forma diferente este tema, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Paula Santos se faz favor,”
Paula Santos, da CDU, disse: “Gostaria de fazer aqui algumas considerações sobre a moção que
estamos a discutir relativamente á utilização de animais, ou não utilização de animais em circo que
não são somente, não se refere somente a animais selvagens mas a todos os animais, como é aqui
referido na moção, não humanos; um primeiro aspeto de facto consideramos que devemos
evoluir no nosso País naturalmente e também no nosso Concelho numa perspetiva de proteção de
animais e da garantia do seu bem-estar e creio que inclusivamente depois na próxima segunda-
feira teremos oportunidade também de discutir aqui as grandes opções do plano da Câmara
Municipal para 2018 e esta é uma área em que estão previstos um conjunto de investimentos
relativamente com este objetivo de ir mais longe na proteção do bem-estar animal eu diria que
um dos aspetos fundamentais para alcançar este objetivo passa por um reforço dos meios de
fiscalização por uma fiscalização mais efetiva sobre as condições em que os animais se encontram,
e quando se identifica que não estão garantidas essas mesmas condições naturalmente que se
atue se atue de uma forma também efetiva para assegurar essas mesmas condições e o bem-estar
animal e se isso for preciso reforçando também os meios das autoridades para garantir isso
mesmo, a legislação já há pouco referia que tem havido evoluções e a legislação do nosso País
também tem tido essa mesma evolução, e desde 2009 que os circos estão impedidos de adquirir e
de reproduzir animais selvagens os seus próprios animais, ou seja, isto estando na lei no nosso
regime legal desde 2009 a tendência que aqui está é que, a pouco e pouco, se não podem comprar

12/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

se não podem reproduzir a tendência é que vá reduzindo de facto a presença dos animais nos
circos e é isso que tem vindo a ser constatado, aliás tive a oportunidade de ver a proposta que o
PAN apresentou e que será discutida para a semana na Assembleia da República e um dos
elementos que lá vem, um dos dados, é que em 2015 existiam 6 circos em que utilizavam animais
em espetáculos, consideramos contudo que vale a pena ponderar e pensar-se o alcance para
alcançarmos este objetivo de proteger os animais ele é mais eficazmente conseguido de uma
forma proibicionista ou se devemos ir numa lógica pedagógica e faseada, porque há várias
questões que são necessárias ter em conta e nós consideramos que se deve caminhar numa
perspetiva gradual sem imposições ou obrigatoriedades tendo em conta que ainda existem
comunidades que dependem desta atividade para a sua subsistência naturalmente equilibrando
isto com a garantia desse mesmo bem-estar animal, consideramos e temos vindo a defender
inclusivamente que deve ser criado a possibilidade dos detentores e dos responsáveis dos circos
poderem avançar numa perspetiva de reconversão dos seus espetáculos e da sua atividade do
circo, possibilitando inclusivamente uma figura que é um regime voluntário de entrega dos
animais, excecionamos daqui naturalmente aqueles em que não é possível garantir o seu bem-
estar como sendo os grandes circos; e nesta lógica gradual faseada de promoção e de incentivo,
neste sentido, o Estado tem naturalmente também aqui um papel e uma intervenção em relação a
esta matéria por isso em relação a esta proposta que está em cima da mesa parece-nos mais
avisado não intervir numa perspetiva como está proposto mas numa perspetiva de facto de um
caminho a percorrer faseado, aliás como tem vindo a ser feito como demonstram os dados e como
tem sido as alterações já prosseguidas, eu trazia também aqui uma outra questão, que de certa
forma também já foi colocada, que é de facto esta dúvida que existe na leitura e naquilo que está
proposto que é havendo uma lei para todos os efeitos que ainda permite a utilização destes
animais a questão que se coloca é se faz sentido ou não, ou se a Câmara pode ou não restringir ou
limitar algo que a lei permite; esta era de facto a questão que também aqui deixávamos para
ponderação relativamente a esta temática.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “O Bloco de Esquerda vai votar a favor desta moção do PAN mas
podendo parecer uma brincadeira a coisa é séria e só dizer duas coisas: os leões precisam de 21 a
404 km2 e os tigres de 21 a 155 e os elefantes até 3.000 km2 de área para viverem como deve de
ser, mas os animais que estão no jardim zoológico também precisam das mesmas distâncias;
portanto para o PAN ser completamente coerente, e eu aguardo por essa coerência, não sei se
terá que chegar ao limite de proibir a existência do jardim zoológico; mas de qualquer modo
vamos votar a favor e aguardo desenvolvimentos futuros sobre esta matéria e na coerência total
sobre a defesa destes pontos de vista.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse:“ Mais pedidos de intervenção? André isso é para
fechar, mais algum pedido de intervenção? Não havendo tem a palavra então o proponente, se faz
favor.”
André Nunes, do PAN, disse: “Tocando somente a questão que o colega João Rebelo colocou
relacionada com a eventual questão jurística associada a esta temática, note nós não estamos a
pedir o grupo municipal do PAN não está a pedir a proibição de circos no Concelho que tenham
animais como por exemplo já aconteceu na Póvoa de Varzim que foi votada favoravelmente pela
respetiva Assembleia Municipal, o que nós estamos a pedir é que a Câmara, neste caso a do Seixal,
não apoie, não ceda terrenos somente quando os circos tenham essa componente que é

13/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

espetáculos com animais; em relação ao meu colega Vítor Cavalinhos eu sou suspeito porque
tenho inclusivamente obra publicada, sou totalmente contra circos e quase de certeza sublinho
por baixo que o PAN também é contra e portanto sinceramente não percebi muito bem a
observação e portanto somos totalmente contra jardins zoológicos e tudo que tenha animais
aprisionados; mas portanto gostava somente de salientar esta questão, não se trata de proibir
circos com animais trata-se de não os alimentar de não promover e de não os apoiar, muito
obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, vamos colocar à votação esta moção”
Rejeitada a Tomada de Posição n.º 9/XII/2017 por maioria e em minuta com:
• Quinze (15) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS:10
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Dezoito (18) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do PSD: 2
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
• Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 1 (Nuno Graça)
- Do grupo municipal do PSD: 2 (Rui Mendes e Rui Belchior)
- Do grupo municipal do PS:1 (Luis Gonçalves)
O Presidente da Assembleia Municipal disse:“ Portanto a moção foi aprovada com os votos a
favor do PS, com 1 abstenção do PS, Bloco, CDS e PAN; Abstenções, 1 do PS, 2 do PSD e 1 da CDU e
votos contra CDU, PSD 2, e Fernão Ferro, portanto, 18 contra e 15 a favor, portanto foi rejeitada a
moção. Pronto portanto agora vamos passar a seguir esta metodologia. Declaração de voto? Se faz
favor Paula Santos, é melhor porque fica registado em ata, em minuta da ata.”
Paula Santos, da CDU, disse: “É só para informar que, em nome da CDU, apresentaremos uma
declaração de voto sobre esta votação.”
(Documento anexo á Ata com o número 1-A)
II.2. O Grupo Municipal do PAN apresentou a recomendação «Por uma campanha de
sensibilização contra o desperdício de água e pelo uso zeloso da água», subscrita por
André Nunes.
(Documento anexo á Ata com o número 2)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos então para o segundo documento que é
uma recomendação «Por uma campanha de sensibilização contra o desperdício de água e pelo uso

14/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

zeloso da água», é também do grupo municipal do PAN e subscrita por André Nunes que tem a
palavra se faz favor.”
André Nunes, do PAN, disse: “Prescindo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto prescinde. Quem pretende intervir sobre
esta recomendação? Não estou a registar, temos uma, mais? Nuno Graça se faz favor.”
Nuno Graça, da CDU, disse: “É só para dizer que a CDU irá votar favoravelmente esta
recomendação, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Novamente, mais algum pedido de intervenção?
Não registamos, pergunto ao proponente André Nunes se pretende intervir antes da votação? Se
faz favor.”
André Nunes, do PAN, disse: “É só para reiterar efetivamente a pertinência desta recomendação;
acho que o Seixal tem que dar o exemplo e portanto impõe-se esta recomendação, e não tenho
mais nada, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Muito bem, vamos colocar à votação esta
recomendação.”
Aprovada a Tomada de Posição n.º 10/XII/2017 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Portanto esta recomendação foi aprovada por
unanimidade. Passamos para o documento seguinte.”
II.3. O Grupo Municipal do CDS apresentou uma moção «Pela contratação de médicos para o
Centro de Saúde de Corroios», subscrita por João Rebelo.
(Documento anexo á Ata com o número 3)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É uma moção «Pela contratação de médicos para o
Centro de Saúde de Corroios», é do grupo municipal do CDS, subscrita por João Rebelo, se faz
favor tem a palavra.”
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “É uma moção que nós propomos aqui hoje, não é um assunto
novo e já atravessou vários Governos mas tem vindo a agudizar-se nos últimos tempos e ainda
recentemente e foi a própria comissão de utentes e também populares que fizeram chegar a
todos vós seguramente mas também á Assembleia da República que a 31 de outubro foi afixado
uma nota informativa para os utentes em que falavam na falta de médicos e ainda posteriormente

15/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

a própria comissão de utentes deslocou-se quer a São Bento á residência do Primeiro Ministro
quer também á Assembleia da República para alertar para este problema nomeadamente em sede
de discussão de orçamento para reforçar as verbas para esta questão ligado ao problema que
temos também recorrente, e que Deus queira que se resolva agora com o Hospital do Seixal bem
como outros problemas que vão afetando a saúde eu acho que era importante a Assembleia
Municipal juntar-se á voz de quem tem estas preocupações e tem manifestado de uma forma
muito vivamente, e dar corpo através de uma deliberação como já o fez no passado em relação a
outros assuntos ligados ao hospital e temos a comissão de acompanhamento nesta matéria mas
que era importante que na própria Assembleia Municipal saísse daqui uma moção que reiterasse o
pedido de reforço de meios médicos e outros para o Concelho do Seixal, e especificamente no
Centro de Saúde de Corroios, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Paulo Silva e depois o Bruno Barata a
seguir, se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Primeiro só aqui assim uma explicação face ao que sucedeu na última
Assembleia Municipal na discussão do Período de Antes da Ordem do Dia em que é sabido, e foi
pela 1.ª vez, eu já estou na Assembleia Municipal há 20 e qualquer coisa anos, mas foi a 1.ª vez
que se viu um número tão grande de forças políticas que não conseguiu aprovar, fazer sequer a
discussão de moções, recomendações e saudações que tinha apresentado, foi nesse caso o BE,
PSD e PAN, sendo que o PSD ainda conseguiu que uma delas fosse discutida e aprovada, mas
como se costuma dizer, á boleia de outra força política; entendemos, a CDU, não só apresentar em
termos de novo regimento propostas para tentar remediar esse problema mas também nesta
Assembleia Municipal de modo a que as forças políticas que na última Assembleia não
conseguiram que nenhum dos documentos que apresentaram fosse sequer discutido,
entendemos por bem nesta Assembleia não apresentarmos qualquer documento no Período de
Antes da Ordem do Dia de modo a darmos abertura a que todas as forças políticas possam
apresentar e discutir os seus documentos; feito este esclarecimento dizer que concordamos com a
moção apresentada pelo CDS, é um problema que existe no Centro de Saúde de Corroios com
repercussões bastante graves para a população mas dizermos que não é só em Corroios que isso
existe, nos outros centros de saúde o problema, talvez de forma mais mitigada, mas também
existe; é infelizmente uma realidade mas também nos serviços de atendimento complementar,
antigamente designados serviços de atendimento permanente, também é uma realidade e
bastante grave e se calhar aí tão grave como a de Corroios; a CDU está a fazer o levantamento
destas situações para trazermos aqui assim brevemente uma moção sobre todos os problemas
existentes nos centros de saúde do Concelho, mas dizer que vamos estar a votar favoravelmente
esta moção porque interessa-nos que a população do Concelho do Seixal está seriamente
prejudicada com a falta de médicos nos seus centros de saúde.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse:“ Tem a palavra Bruno Barata.”
Bruno Barata, do PS, disse: “Dando os parabéns ao nosso Presidente da Mesa por ter sido eleito
Vice-presidente da ANMP que também muito engrandece o nosso Município do Seixal,
relativamente á moção apresentada pelo CDS-PP era importante dar uma nota de enquadramento
também sobre esta preocupação do Partido Socialista, mas que efetivamente o CDS-PP tem que
relembrar os anos que teve na governação, importa lembrar as medidas restritivas e destrutivas
do anterior Governo de direita; dou só alguns números: 50% de corte nas horas extraordinárias,
aumento brutal das taxas moderadoras, brutal uma palavra que também conhecem, enorme

16/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

desinvestimento com cortes nos recursos humanos; este Governo do Partido Socialista tem feito
um forte investimento na saúde, mais profissionais, 70 novos postos centros de saúde,
intervenções em 48 hospitais, a redução das taxas moderadoras em 24%, estamos a falar de um
quarto de redução do valor das taxas moderadoras; prova disso também para o orçamento de
estado de 2018 que vai entrar em vigor no dia 1 de janeiro, o orçamento para a saúde cresceu 360
milhões de euros que equivale a 4,4% de crescimento; os cativos na saúde desapareceram para
quatro entidades do Ministério da Saúde: a Direção Geral de Saúde, o INEM, o SUS e o SICAD; por
isso este é uma evidência, com estes factos, que o Partido Socialista e este Governo dá prioridade
á saúde, está do lado dos profissionais e dos utentes; boa noite.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Mais intervenções sobre esta moção? Samuel Cruz
se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Na senda desta última intervenção dizer que este é um problema de
recursos humanos e os problemas de recursos humanos não se resolvem de um dia para o outro
em especial no caso dos médicos que é muito difícil de formar e acrescentar alguns números aqui,
em 2015 existia 1 milhão e 300 mil utentes sem médico de família, hoje existem 850 mil utentes
sem médico de família, o ano passado foram formados 450 médicos com a especialidade de saúde
familiar, para o próximo ano está previsto formar outros 450 em concreto no Concelho do Seixal
no oásis de Almada Seixal foram em 2016 foi aberto concurso para a entrada de 14 novos médicos
entraram 9 médicos ou concorreram apenas 9 e os 9 que concorreram entraram, este ano 2017 foi
aberto novo concurso para 15 médicos concorreram 13 e esses 13 entraram no último trimestre
foram admitidos 4 médicos para o centro de saúde de Amora, 2 médicos em Corroios, as despesas
de Recursos Humanos no Orçamento de Estado para 2018 apenas de Recursos Humanos fruto do
pagamento integral de horas extraordinárias ao voltar ao horário das 35 horas pagar as horas de
qualidade e todo este tipo de medidas aumentam 9,3%, portanto o esforço que tem vindo a ser
feito é um esforço enorme em recuperar aquilo que estava destruído em 2015 mais rápido é
impossível.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Depois de ouvir estas duas intervenções dos membros do PS, ficámos
todos a saber que temos um sector da saúde no nosso País e no nosso Concelho em que tudo
corre ás-mil-maravilhas e que não há problema nenhum, portanto não precisamos de resolver
problema nenhum e eu diria e convidaria o Sr. Bruno Barata a fazer um enquadramento mais
abrangente, é que não se pode fazer só enquadramento a 4 anos; temos que explicar ás pessoas e
ser intelectualmente honestos e dizer que em 2011 o vosso Governo deixou um défice de 11.2 % e
já o disse aqui na última Assembleia portanto essa conversa do destruído e de termos o sector
destruído pelo Governo da direita é preciso fazer um enquadramento mais abrangente porque as
coisas não começaram em 2015 e já agora a propósito do Centro de Saúde de Corroios e todas as
outras necessidades que o Concelho tem percebi que depois desse elenco portanto de vários
números que os senhores trouxeram aqui era também interessante trazerem aqui a explicação e a
resposta que aquelas pessoas com certeza querem ouvir quando é que o hospital do Seixal e o
processo do hospital do Seixal se avança ou não avança ou quando é que avança porque a esta
altura já todos temos essas dúvidas bastante fixas bastante sublinhadas porque já ninguém
acredita, aliás este orçamento de Estado nem sequer menciona, nem sequer faz nenhuma menção
a esse hospital que já era para estar feito desde 2009 e que por exemplo ali o Sr. eleito Samuel
Cruz disse sempre que seria o Partido Socialista a fazer, estamos todos á espera, muito obrigado.”

17/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto se há mais alguma intervenção? Paula


Santos e, vamos fechar, Paulo Silva; mais pedidos de intervenção? João Rebelo; se faz favor Paula
Santos.”
Paula Santos, da CDU, disse: “Só algumas considerações também muito rápidas até na sequência
da discussão desta moção registo aqui, por parte do Partido Socialista, de facto a referência a
propostas que foram aprovadas e que foram propostas pelo PCP e que de facto contribuem
também para o reforço do Serviço Nacional de Saúde é pena que muitas outras que aprovamos
não tenham também sido igualmente consideradas porque os passos a dar seriam bem mais
significativos, nós estamos numa situação do SNS de facto grave, grave por aquilo que foi o
desinvestimento e a não resposta do anterior Governo do PSD e do CDS de facto com a redução
do número de trabalhadores retirada de direitos de uma forma de facto muito intensa e muito
grave que levou os serviços a uma situação de rutura mas grave também porque o atual Governo
precisava de dar passos mais significativos para a resolução das situações que estão em cima da
mesa, e eu queria aqui trazer só um aspeto no que diz respeito aos profissionais de saúde porque
é verdade que não temos um SNS de qualidade se não tivermos os profissionais de saúde lá e se
não tivermos lá os profissionais de saúde vendo as suas carreiras e os seus direitos valorizados, e
aqui está o problema, está o problema na carência porque é necessário contratar mais mas está o
problema também na valorização social e remuneratória e profissional destes mesmos
profissionais, porque muitos acabam a sua formação incluindo médicos e não optam por ir para o
SNS porque não são devidamente valorizados e não sentem que têm uma carreira valorizada e
este é um aspeto determinante, há pouco foi aqui falado de um conjunto de concursos que foram
abertos para a contratação de médicos de família, é verdade, mas a gente tem que ter em conta
aquelas que são as entradas mas também aquelas que são as saídas, seja por aposentação ou seja
por outros motivos, porque continuam a sair do SNS muitos e muitos profissionais que fazem lá
falta e saem porque estão desmotivados; mas só uma nota que é preciso ter em conta, se, se quer
efetivamente contratar todos aqueles que são necessários incluindo os médicos não podemos
esperar meses, e meses, e meses pela abertura de concursos foi o que aconteceu com o último
concurso para a contratação dos médicos de família, ou os médicos de medicina geral e familiar
como é designada a especialidade, é que o atraso na contratação desse concursos, médicos que
acabaram de ser formados que o Governo e o Ministério da Saúde sabem quantos é que estão em
formação estão identificados é fácil sabem quando é que eles vão terminar a formação e não se
percebe porque é que o concurso vai ser aberto meses depois, é que serem abertos meses depois
o que é que significa? Significa que os médicos vão procurar outras soluções ou no privado ou fora
do País e são médicos que o País investiu na sua formação são médicos que fazem falta aos
utentes e são médicos que não vêm para o Serviço Nacional de Saúde porque importava também
aqui ter em conta o numero de vagas que ficaram a descoberto do último concurso que foi
realizado, uma penúltima referência a um aspeto muito importante, neste momento não estão a
ser abertas vagas para a formação médica especializada que tenham em conta todos aqueles que
terminam o curso de licenciatura de medicina e ingressam no ano comum quando chegam ao fim
do ano comum não há vagas para todos, estamos a falar de centenas de médicos que querem
prosseguir a sua formação e que não lhes é dado as oportunidades para prosseguir a sua formação
e quem perde mais uma vez é o País, e uma última nota sobre o hospital, nós de facto
consideramos que sucessivos adiamentos como já tem vindo a ocorrer ao longo de anos e anos e
anos PSD e CDS nem sequer quiseram ouvir falar nisto quando lá estiveram no Governo o PS que
assumiu o compromisso e o atual Governo que assumiu o compromisso estamos ainda a aguardar

18/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

pela sua concretização e recordo aqui que acho que é um elemento que tem que estar em cima da
mesa e que exija mobilização de todos e em particular da população deste Concelho, o Ministro
das finanças na discussão do orçamento de estado assumiu e foi público porque veio num
conjunto também de notícias cujo elementos relativos ao hospital iriam sair até ao final do mês
passado, estamos em dezembro, estamos de adiamento em adiamento empurrando com a barriga
para a frente a concretização de algo que é fundamental e é urgente para o Concelho isto não
pode continuar de facto assim, se há um compromisso se há vontade que se faça e que se cumpra
com esse mesmo compromisso.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva se faz favor; não? Pergunto se há mais
alguma intervenção; Então dou a palavra ao João Rebelo se faz favor: João Rebelo por favor. Nuno
Pombo se faz favor.”
Nuno Pombo, do PS, disse: “Apenas duas notas muito breves, a primeira é que o Sr. Primeiro
Ministro António Costa disse que o hospital iria ser construído em julho ou ia começar a ser
construído em julho; não disse foi em que ano; tem sido um comentário que tem passado aí por
várias pessoas sobre esta nota vale a pena, penso que vale a pena assinalar; depois um aspeto
fundamental é que a austeridade mata, a austeridade mata mesmo, e a austeridade, um projeto
Alemão, um projeto neoliberal, sufragado por vários partidos que estão aqui neste púlpito que já
teve a sua expressão concreta no memorando de entendimento da troika sufragado pelo PS, pelo
PSD e pelo CDS-PP, e é só consultar a publicação científica internacional que comprova que a
austeridade mata; vejam as publicações internacionais por exemplo no The Health ou no The
Lancet que está comprovado que a austeridade matou em Portugal e matou na Europa; portanto,
meus senhores, olhemos para o futuro e vamos deixar de fazer com que a austeridade continue a
matar porque a vida das pessoas é algo muito sério; obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse:“ Não há mais intervenções? Não, confirmamos isso,
portanto João Rebelo então se faz favor.”
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Gostaria também de cumprimentar a sua eleição não o fiz há
bocado e peço desculpa por isso, de facto honra o Concelho do Seixal e honra o seu passado
também como autarca, eu agradeço os contributos dos meus colegas sobretudo da minha colega
Paula Santos porque levantou um conjunto de assuntos que para mim é forma séria de analisar
este problema; com muito respeito pelos meus colegas do Partido Socialista leram um conjunto de
medidas, mas o ano passado para o orçamento de 2017 também muitas medidas foram, aliás de
inspiração de muitas delas vindas do PCP e do BE que deram o seu apoio a essas medidas
pensando que seriam cumpridas e depois não foram; é por isso que vocês têm estas intervenções
aqui presentes; o que enunciou são anúncios que depois não se cumprem e por isso é que foi aqui
dito e com razão por parte dos nossos colegas do Partido Comunista; vários elementos que foram
aqui referidos não aconteceram ou estão para acontecer, não sou só eu que digo, ou seja, em
relação a vários protocolos que foram assinados, eu só estou a ler o que foi dito pela comissão de
utentes lá na Assembleia da República, a 9 de maio deste ano foi assinado um acordo de
colaboração entre a ARS e a Câmara Municipal do Seixal para a instalação do novo centro de
saúde homologada na mesma altura pelo Sr. Secretário de Estado da Saúde que também esteve
presente nessa cerimónia e garantiu que esta nova unidade estaria ao serviço dos utentes nos
finais de 2018 e a verdade diz ele que nada aconteceu até agora, portanto esses anúncios, é muito
fácil fazer anúncios mas depois é preciso cumpri-los, e também é verdade, e eu logo no início disse
que não são problemas recentes são problemas que já atravessaram vários Governos, eu não

19/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

neguei essa questão e também não deve ser confundido com o colega do PSD nós aplicámos um
plano muito restritivo para o País mas esse como foi aqui aliás referenciado pelo meu colega
Pombo o tal memorando de entendimento que foi feito com a troica foi negociado pelo vosso
Governo e nós tivemos que o aplicar porque não havia outra forma, agora não vamos aqui reabrir
lutas sobre essa questão mas a verdade é que foi isso, foi isso mesmo que aconteceu, estivemos
nós a resolver muitos problemas que nós herdámos infelizmente, agora o que é aqui dito pela
população é que este problema têm-se vindo a agravar, portanto não sou eu que estou a dizer são
as pessoas que frequentam os centros de saúde, acho que é importante este sinal que foi
testemunhado pelo grupo da CDU que foi uma intervenção construída sem deixar de criticar o que
nós fizemos quando estávamos no Governo, porque de facto o que interessa aqui é dar um sinal á
população que a Assembleia Municipal do Seixal vê com muita preocupação vai fazer pressão
política o executivo vai participar nas discussões com o Governo sobre esta questão já
disponibilizou terrenos aliás para se poder construir os centros de saúde mais não pode fazer
porque não pode substituir ao Estado Central em relação a essa coisa e a pressão tem que vir de
todos os lados, no parlamento mas também aqui da Assembleia Municipal daí esta proposta que
foi feita pelo grupo municipal do CDS, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos então colocar à votação esta moção.”
Aprovada a Tomada de Posição n.º 11/XII/2017 por maioria e em minuta com:
• Vinte e seis (26) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PSD:4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo Municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP:1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
• Onze (11) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS:11
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi aprovada com os votos a
favor da CDU, Fernão Ferro, Bloco de Esquerda, PSD e PAN e CDS, e a abstenção do PS.”
II.4. O Grupo Municipal do PS apresentou um voto de pesar pelo falecimento de Zé Pedro,
subscrita por Tomás Santos.
(Documento anexo á Ata com o número 4)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte «Um voto de
pesar pelo falecimento de Zé Pedro», é do grupo municipal do PS e subscrito por Tomás Santos, se
faz favor tem a palavra.”
Tomás Santos, do PS, disse: “Eu não apresentarei a moção, ela está escrita, vinha aqui apenas
deixar duas notas; a primeira não diz respeito a este voto de pesar mas á transversalidade das
moções apresentadas pelo Partido Socialista, algumas delas têm a data de 4 de dezembro isto
deve-se ao facto de nós já as termos preparado desde a anterior Assembleia de qualquer forma

20/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

desejaríamos que fossem retificadas porque na verdade são para agora; e a segunda era apenas
deixar uma sugestão relativamente aqui á questão do voto de pesar pelo falecimento do músico
José Pedro de eventualmente podermos dar o nome de uma rua com o nome de José Pedro numa
rua no Concelho do Seixal por fazer parte de uma banda emblemática no nosso Concelho com
diversos concertos de grande simbolismo cá, nomeadamente na festa do Avante que se realiza cá
ou eventualmente na festa de Corroios; deixava esta sugestão ao critério de todos os eleitos e da
Câmara Municipal, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Não há pedidos de intervenção,
vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição n.º 12/XII/2017 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU:16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse:“ O Voto de Pesar foi aprovado por unanimidade,
bom e portanto é uma justa homenagem ao José Pedro que é uma figura de facto de mérito
nacional e esteve muitas e muitas vezes no Concelho do Seixal.”
II.5. O Grupo Municipal do PS apresentou a recomendação «Orçamento Participativo»,
subscrita por Nelson Patriarca.
(Documento anexo á Ata com o número 5)
O Presidente da Assembleia Municipal disse:“ Passamos para o documento seguinte,
recomendação «Orçamento Participativo», é do grupo municipal do PS e subscrita por Nelson
Patriarca, tem a palavra se faz favor.”
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Tal como foi referido anteriormente há aqui duas situações Sr.
Presidente, a retificar, na página frontal onde diz: Em face do acima referido, a Assembleia
Municipal do Seixal, reunida na sua 5.ª e não 4.ª Sessão depois faremos chegar retificada
naturalmente e onde está 4 de dezembro será naturalmente 15 de dezembro, eu vou abster-me
de ler esta recomendação apenas deixar três notas, desde 2007 que o então Vereador Samuel
Cruz foi defendendo este tipo de propostas na Câmara Municipal do Seixal sabemos que por
decisão da Câmara nas grandes opções do plano recentemente que será instituído uma primeira
versão embrionária de algo semelhante em 2018 ainda assim assumimos manter esta
recomendação, até por indicação do nosso chefe de bancada Samuel Cruz no sentido de reforçar
desde já a intenção do Partido Socialista juntamente com outros partidos que também
naturalmente apoiarão esta ideia trazida desde logo no 1.º dia de mandato por outros partidos
também e para nós que a tinha no nosso programa eleitoral, assumindo os pormenores que esta

21/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

recomendação em 2009 seja efetiva mais forte e com uma verba mais alargada do que aquilo que
poderá ter em 2018 seja ele qual seja o nome que venha a ter, muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções sobre esta recomendação? André
Nunes; mais pedidos de intervenção? André Nunes tem a palavra se faz favor.”
André Nunes, do PAN, disse: “O PAN acompanhará a presente recomendação; falo no
prossuposto de que estas ferramentas são extremamente úteis e aproximam a população ao
município e falo também porque no seu programa em consciência também fez essas mesmas
propostas inclusivamente o orçamento participativo jovem como forma de também trazer os
jovens para a política e para a vida do município, e portanto o PAN votará favoravelmente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nuno Pombo se faz favor.”
Nuno Pombo, da CDU, disse: “Obviamente que as questões da participação são fundamentais nós
na bancada da CDU valorizamos e o nosso projeto político assenta estrutura-se na participação e
portanto queremos acreditar que as propostas que surgirão que surgem neste caso concreto
relativamente a esta recomendação será generosa agora o que nos apraz dizer é que
consideramos que este instrumento é claramente limitativo dessa participação para já porque
sonega renega e não está comprovado de forma nenhuma que essa participação é popular depois
nós temos vários exemplos em Portugal de orçamentos participativos alguns exemplos em
Portugal não há nenhuma evidencia empírica cientifica que revele que estes Concelhos que estes
Municípios têm um aumento da sua participação política, a participação política pode ter várias
vertentes a participação eleitoral ou participação política de várias formas, por partidos políticos
por associações ou de formas mais inorgânicas ou o que seja, relativamente á abstenção
participação eleitoral não está de maneira nenhuma provado evidente inclusive há Concelhos com
elevada abstenção que tem precisamente orçamentos participativos portanto o que este
mecanismo de orçamento participativo é um mecanismo artificial perverso que pode inclusive
agravar as desigualdades de participação política o que vai acontecer a esta recomendação ser
aprovada é que vamos acomodar a participação dos que já participam e a isso foram feitos
estudos sérios e concretos nos municípios onde este mecanismo existe é isso que acontece
portanto a CDU claramente não pode estar de acordo com um instrumento que é claramente
limitativo da participação depois há aqui portanto há agravamentos desigualdades de quem vai
participar porque uma coisa é a participação, e todos nós aqui participamos, e a participação
popular como é assegurada a participação popular? Como é que nós como agentes políticos
asseguramos a participação popular, a participação das bases, a participação daqueles que não
estão devidamente representados, uma das soluções que a Europa e os Estados Unidos
infelizmente encontraram foi o populismo e é isso que temos que evitar é o populismos, e esse
populismo manifesta-se de várias maneiras, maneiras muito implícitas sobre reptícias o chamado
populismo facebokiano e aí os agentes políticos não podem, não devem assumir, não devem
compactuar com determinados instrumentos e mecanismos que poderão ser perversos, poderão
subverter completamente a participação; a participação concretiza-se de uma forma com mais
direitos económicos, sociais, culturais e políticos aumentando e melhorando as condições de vida
das populações que a participação política aumente, depois, e este aspeto é muito importante e
eu gostava que os senhores deputados e toda a população e os eleitos tivessem a noção disto o
que é a participação e do que é a participação popular e o que é preciso e o que nós temos que
investir não é no objeto é no sujeito são os sujeitos é numa democracia de proximidade é numa
democracia avançada com essa consagração de direitos de vária ordem que conseguimos

22/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

assegurar essa igualdade de participação essa igualdade de participação que é muito importante e
ainda bem que o senhor eleito do Partido Socialista fez referência ás digamos á perspetiva futura
que surgirá em breve relativamente ás propostas da Câmara Municipal do Seixal porque a Câmara
Municipal do Seixal está a desenvolver tem a noção desta questão desta questão da necessidade
de alargar a participação e de desenvolver projetos de participação popular e que são evidentes e
que existem já nalguns Concelhos deste País e que onde não há orçamento participativo e onde
essa participação existe porque essa participação não se esgota num clique essa participação não
se esgota num lai que, essa participação implica presença aprofundamento, proximidade efetiva e
isso é feito pode ser possível isso poderá ser construído claramente com uma estratégia da parte
do poder local democrático porque o historial a história do poder local democrático é
precisamente isto é uma grande intensidade de participação o 25 de Abril foi isso tem sido isso
este Concelho é um Concelho que se deve orgulhar da sua participação e este Concelho é um
Concelho que deve ter orgulho na sua história de participação nas suas lutas que desenvolveu no
seu associativismo no seu movimento associativo que é uma das formas mais importantes de
participação, portanto a CDU está obviamente favorável a todos os instrumentos que sejam
instrumentos reais concretos e efetivos de participação política e consideramos que o orçamento
participativo é claramente uma resposta insipida insuficiente superficial perversa ambígua
abstrata e reprodutora das desigualdades políticas de que hoje já vivemos, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pedidos de intervenção? Bruno Barata se faz
favor.”
Bruno Barata, do PS, disse: “Efetivamente, fiquei muito confuso com a sua intervenção porque
defende a participação, aliás nas grandes opções do plano e segundo percebi depois o Sr.
Presidente poderá também clarificar, defende a participação dos munícipes na gestão municipal;
está na génese do Concelho criando inclusive uma unidade orgânica para esse efeito; depois o Sr.
Deputado Pombo diz que quer modelos de participação reais e efetivos, eu gostava de perceber o
que é o seu conceito de participação porque do que eu entendi seria uma participação alargada
num fórum ouvir a população de portas abertas como é costume deste executivo mas quando
chega á hora de decidir e de votar no orçamento participativo aí o Partido Comunista já não gosta
muito dessa parte do voto e da democracia das pessoas poderem escolher e portanto isto o
orçamento participativo é efetivamente fiável não é ambíguo são coisas concretas quer dizer á
população poder escolher entre um teatro ou uma piscina naquele bairro o que as pessoas
escolherem é que é construído isto é incentivar participação democrática; o que o Sr. deputado
disse, eu não percebi; obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Pergunto se não há mais
intervenções? Vítor Cavalinhos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “O BE desde sempre defende o orçamento participativo e vai
continuar a defender o orçamento participativo e sobre a visão que o PCP pela voz do Nuno
Pombo aqui trouxe, nós temos uma visão radicalmente diferente e portanto defendemos as
virtudes do orçamento participativo e vamos continuar a defender, o que nós queremos dizer
sobre isto é o seguinte, contudo o Partido Socialista sobre este problema nós temos, aliás a
primeira coisa do nosso ponto de vista acho que há uma descoordenação ou uma coisa que eu não
percebo lá muito bem, para colocar as coisas como elas devem ser; na última, na Câmara
Municipal o Partido Socialista chegou a colocar, pretendeu colocar na ordem de trabalhos um
projeto para aprovar o orçamento participativo; a nossa opinião foi que esse caminho seria

23/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

prematuro era preferível outro caminho que envolvesse todos os partidos e não querer ficar com
a bandeira e impor essa decisão de uma forma unilateral mas o PS tinha a visão que para o
orçamento participativo deveriam ser uma verba de 500 mil euros; nesta recomendação o Partido
Socialista propõe uma verba de 1% que será 860 mil euros; a matemática é o que é e há aqui uma
aparente contradição mas esse problema não cabe a mim responder e resolvê-lo; depois o Partido
Socialista defende nesta recomendação que o orçamento participativo deve ser para 2018 mas o
Nelson Patriarca diz aqui que para 2018 já há uma verba de 300 mil euros; será? ver-se-á o que é
que será e depois defende que essa verba será para o ano de 2019; o que o Partido Socialista
interessa indiretamente com o assunto é ficar com a bandeira do orçamento participativo; é o PS é
que fica com a bandeira e é o PS é que quer afirmar o problema do orçamento participativo e
sobre esse problema o Bloco diz-lhe aquilo que já disse e volta a dizer na Assembleia Municipal;
nós achamos que o orçamento participativo deve ser uma realidade no Concelho do Seixal e o que
sugerimos, o caminho que já dissemos na Câmara e já dissemos em reunião de líderes e dizemos
aqui na Assembleia Municipal que esse o orçamento participativo nós queremos que ele seja feito,
do nosso ponto de vista defendemos que esse é o melhor caminho, que ele deve de ser feito
envolvendo todos os partidos e não deve ser feito contra nenhum partido é evidente que nós
sabemos uma coisa se hoje a CDU não tem maioria absoluta e se os outros partidos quiserem
impor o orçamento participativo esse é uma realidade se esse tiver que ser o caminho não há
problema nenhum se tiver que ser esse o caminho do orçamento participativo tiver que ser
imposto á maioria, á CDU é como diz o outro é a vida é a democracia o que nós o que o Bloco
defende é que devemos fazer todos os esforços para o orçamento participativo ser uma realidade
e não ser contra nenhum partido e não ser imposto a nenhum partido se tiver que ser assim será o
que nós não devemos é colocar etapas e não devemos colocarmos portanto hoje aqui nessa
posição porque de facto o caminho que nós defendemos continua a ser esse e acabo por dizer que
voltamos á vaca fria o Partido Socialista quer a bandeira e quer dizer que é o pai do orçamento
participativo e traz aqui essa proposta aqui á Assembleia Municipal é o caminho e como diz o
outro é a vida e o Partido Socialista é que sabe como é que ade resolver este problema, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora mais intervenções para fecharmos? Portanto,
fechamos com a intervenção do Nuno Pombo e o proponente como é evidente.”
Nuno Pombo, da CDU, disse: “Só para esclarecer alguns aspetos; vamos lá a ver se nos
entendemos, se calhar não fui claro, o orçamento da Câmara Municipal do Seixal é um orçamento
já bastante participado, com o orçamento que irá ser discutido e certamente aprovado na
segunda-feira e anteriores orçamentos já tinha essa matriz de participação a participação e a
verdadeira forma de ir ao encontro do anseio das pessoas é ouvir é ouvi-las perceber exatamente
o que é que elas precisam o que é que elas necessitam e requerem do poder local democrático e
das outras instituições; naturalmente eu não quero dar lições a nenhum partido, não nos compete
a nós fazer isso mas eu devo-lhes dizer que muito do desenvolvimento do Concelho do Seixal
partiu do modelo de participação do PCP ao longo destes 43 anos desde, aliás, do 25 de abril; foi
no início das comissões administrativas, essa participação surgiu e esse brotar de baixo para cima
surgiu que é o que não acontece hoje; mas passaram 43 anos e vou-vos apenas dar uma pequena
nota do que o que a CDU faz em todos os atos eleitorais, em todos os atos eleitorais e não apenas
para o poder local democrático que é ouvir as pessoas; este programa eleitoral, o nosso programa
eleitoral da CDU para este mandato, teve centenas de mãos eu não sei se os vossos programas
eleitorais eu acho que deveria acontecer o mesmo portanto nós temos que assumir as nossas
próprias responsabilidades e para além de um plano político partidário fazer esse trabalho; nós

24/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

fizemos esse trabalho posso-vos garantir que há centenas de mãos que estão aqui presentes que
esta ideias não surgiram de um iluminados de quatro ou cinco iluminados surgiram da participação
popular das pessoas deste Concelho e a gestão da Câmara do poder local democrático do
Concelho do Seixal da gestão autárquica é isso mesmo é essa a base obviamente vamos tentar
melhorar ainda mais criar condições institucionais no plano de funcionamento da Câmara
Municipal do Seixal no sentido de ouvir cada vez mais e melhor as populações e obviamente os
agentes políticos também terão as suas responsabilidades, disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nós já excedemos em 5 minutos a hora e eu coloco
á Assembleia, ao abrigo do regimento, não havendo nenhum entendimento em contrário, a
prorrogação de uma hora; portanto consideramos aprovada a prorrogação de mais uma hora para
o PAOD; Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Duas breves notas: a primeira para dizer que se bem percebi a CDU
quer mais participação; o problema da CDU é que não quer que a população decida; a população
pode dizer o que quer mas depois quem gasta o dinheiro são outros; esse é o primeiro facto; o
segundo é que é estranho porque existe em sede de Câmara, segundo o que me foi transmitido e
eu tenho os meus camaradas por pessoas de bem, o compromisso do Presidente da Câmara a
alocar uma verba para este tipo portanto colocar uma verba para a participação podemos chamar-
lhe orçamento participativo ou outra coisa qualquer mas é um orçamento participativo porque
existem muitos modelos de orçamento participativo e portanto ainda bem estamos todos,
independente do nome da criança estamos todos de acordo com o seu nascimento acerca da
paternidade bem eu descobri aqui a internet tem destas coisas uma coisa curiosa escrevi que no
dia 25 de novembro de 2007 está publicado para quem quiser perceber quem se aproxima a
discussão das grandes opções do plano e GOPS para 2008 no último ano tive a oportunidade de
propor o orçamento participativo ou seja em 2006 bem eu não vou dizer que sou o pai da criança
mas se alguém me provar que deu a queca antes.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nelson Patriarca se faz favor.”
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Para então encerrar esta discussão, notar naturalmente a
contradição em alguns de muitos dos aspetos que o Nuno aqui referiu e essa contradição visto que
se está a planear esta criação de um gabinete próprio para este fim com uma unidade funcional
presumimos ou ficamos com a ideia que a única coisa que nos separará eventualmente da CDU é a
palavra popular porque é participado, é orgânico, é projeto, é programa, é orçamento, mas nós
não incluímos a palavra popular e naquilo que é a orgânica funcional e política da CDU a palavra
popular é essencial; reconhecemos isso, mas não vemos que isso seja esse o motivo de uma
diferença; em relação a restantes comentários só fazer aqui uma observação: na verdade a leitura
da proposta pode induzir em erro; ao tentar explica-la expliquei que em 2008 propomos que se
implemente este projeto e quando eu me referia a 2019 apercebi-me disso, confesso, na
intervenção do Vítor; de facto há uma coisa que pode ser acrescentado para melhorar esta
proposta; no ponto 2 a seguir á primeira palavra onde diz que a Câmara, «que no futuro a
Câmara» era o que se poderia acrescentar e isso acho que resolve essa orgânica porque o que aqui
está recomendado é que no futuro realmente, ou era essa a pretensão efetiva, essa verba seja
digna, alargada, e não é uma questão matemática ou por contradição porque se houverem
propósitos semelhantes não há dúvida que haverá propósitos idênticos, também não é uma
questão de bandeira obviamente se a proposta for nossa e for aprovada investiremos nessa
bandeira com muito orgulho pessoalmente e como o Vítor sabe a última vez do aniversário

25/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

tivemos a oportunidade de estar juntos e até os meus camaradas sabem disso a minha única
bandeira é de facto o Amora Futebol Clube e em termos nesse sentido eu poderei futuramente se
aceitar ser sócio do Amora eu terei todo o gosto de ser seu proponente e oferecer-lhe a única
bandeira que realmente envergo dos pés á cabeça, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto fica no ponto 2 que a Câmara Municipal
do Seixal no futuro, portanto no ponto 2 que no futuro a Câmara Municipal, certo? Muito bem, Sr.
Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Sr. Presidente, eu pedi a palavra só porque a Câmara
foi aqui de certa forma chamada a esta contenda política mas no entanto eu gostaria só de
esclarecer o seguinte: Em primeiro lugar se há projeto de orçamento participado é o da Câmara
Municipal do Seixal e não é só de uma pequena parte do orçamento e é por isso que se diz que o
modelo importado de orçamento participativo que os senhores querem implementar é limitado
porque se esquece de 99% do orçamento e só se concentra no 1% do orçamento; o que nós
pretendemos é que para além do nosso orçamento da Câmara Municipal já ser amplamente
participado porque decorre em primeiro lugar da escolha política da maioria dos cidadãos que
apostou num projeto político com um determinado programa e esse programa é o mandato que a
Câmara Municipal tem para executar depois é enriquecido com a discussão política entre as várias
forças políticas ao nível do executivo da Câmara Municipal é enriquecido das reuniões ao abrigo
do estatuto de oposição foram realizadas com os partidos não tendo assento na Câmara têm
assento na Assembleia Municipal e depois é executado em parceria quer com os vários agentes
económicos, Culturais, Desportivos, Associativos, Forças Humanitárias, Recreativos e com a
população, os primeiros os chamados conselhos locais Conselho Municipal de Educação, Conselho
Desportivo Municipal, Conselho Municipal de Cultura vários portanto outros fóruns que temos
para discutir as políticas sectoriais e os seus planos e a sua aplicação e depois nos casos concretos
desde os grandes temas como o Plano Diretor Municipal ás pequenas obras de proximidade é o
Fórum Seixal onde apresentamos as intervenções que queremos realizar e ouvimos da população
aquilo que quer dizer, um dos casos talvez mais evidentes seja o caso de Foros de Amora onde a
população no Fórum Seixal que realizámos para apresentar a obra de saneamento da zona
portanto de Vale de Loba dos Foros de Amora colocou a questão da Câmara Municipal executar
um passeio na rua Bento Moura Portugal e esse passeio está hoje fui lá á obra está executado a
obra não está concluída mas o passeio já foi executado; não estava previsto, é mais um exemplo
que as propostas das populações são ouvidas e nós tentamos integrá-las nos projetos; agora o que
colocámos no orçamento foi mais um passo neste modelo participativo que não é apenas discutir
1% é em matérias de espaço público tentarmos ir ainda mais perto da população colocando,
discutindo, integrando com a população; porque esta questão é uma questão muito importante;
uma coisa é ver uma lista e clicar numa coisa que se entenda e outra coisa é discutir, é ouvir, e ser
ouvido e a seguir de toda essa discussão com certeza que cada pessoa que sai dessa reunião e
desse fórum ou desse encontro sairá muito mais enriquecido do que apenas a soma de todas as
partes e de todas as contribuições; e isso não há ainda nenhum instrumento tecnológico que
consiga fazer e é por isso que as reuniões presencias são importantes é isso que nós queremos
fazer com o tal gabinete de participação que queremos implementar na Câmara Municipal com
um projeto específico para melhorarmos as questões relacionadas com o espaço público porque
entendemos que neste momento uma das questões vitais para o Concelho é a requalificação dos
espaços públicos do Concelho e entendemos que ela deve de ser feita com as populações e por
isso vamos avançar mais um passo na hierarquia da participação, é mais um passo; e por isso

26/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

dizemos que este modelo é o correto porque é global e integrado; querer agora acenar apenas
com 1% do orçamento, vão escolher, caro senhor eleito, vão escolher como escolheram nas
eleições, como escolheram nos dirigentes das coletividades como escolheram nas políticas
sectoriais como escolhem todos os dias na construção desta Câmara Municipal; e nesse sentido
gostaria de dizer o seguinte: E é por isso que nós não queremos que aconteça estes dois exemplos
que eu vou referir, o primeiro quando o Sr. Ministro da Educação chega á escola básica de Pinhal
de Frades e os alunos lhe dizem Sr. Ministro, precisamos de um pavilhão escolar na nossa escola e
o Sr. Ministro diz assim: Bom, eu não estou cá para isso, o que eu tenho aqui é 500 euros para
vocês discutirem e participarem naquilo que vocês decidirem com 500 euros; este é um exemplo;
e o outro exemplo é a população de Lisboa decidir fazer uma estátua ao Cosme Damião; então os
dinheiros públicos servem para brincar á participação? Não devemos orientar os recursos públicos
para uma aplicação correta do ponto de vista daquilo que são as nossas funções e a nossa missão?
Por isso eu acho que esta discussão deve de ser feita de forma séria para que o resultado final seja
sério, e que seja uma maior participação e não apenas dizer que se brinca á participação, Sr.
Presidente peço desculpa por esta minha intervenção mas no entanto face á Câmara Municipal ter
sido aqui solicitada a este debate entrei por ventura nalgumas matérias mais recorrentes da esfera
da Assembleia, mas no entanto desde já peço desculpas por esse facto, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “De nada Sr. Presidente aliás as declarações do Sr.
Presidente são naturalmente importantes para o debate das questões da Assembleia como esta.
Bom, portanto estamos em condições de proceder à votação.”
Rejeitada a Tomada de Posição n.º 13/XII/2017, com o voto de qualidade do Presidente da
Assembleia, face à votação obtida e registada, em minuta:
• Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
• Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do BE: 3
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a proposta foi aprovada com os votos a
favor do PS, do PSD, do CDS, do PAN e a abstenção do BE, e os votos contra, bem de facto tenho
que confiar na mesa sempre, porque há empate eu tinha contado mais um, mas há empate 17,17
e 3 abstenções, portanto com este resultado da votação vamos dizer a votação, portanto a
votação a favor, 11 do PS, 4 do PSD 1 do CDS e 1 do PAN = 17, 16 votos contra da CDU e 1 de
Fernão Ferro =17, e 3 abstenções do BE, portanto temos um empate, bom, portanto estamos aqui
num quadro ao abrigo da Lei que é o voto de qualidade do Presidente em caso de empate,

27/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

portanto o presidente utiliza o voto de qualidade para rejeitar a proposta, pronto portanto está
fechada e rejeitada com o voto de qualidade do Presidente.”
II.6. O Grupo Municipal do PS apresentou moção «Pela valorização da Olaria Romana da
Quinta do Rouxinol», subscrita por Jorge Freire.
(Documento anexo á Ata com o número 6)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte que é a
moção «Pela valorização da Olaria Romana da Quinta do Rouxinol», é do grupo municipal do PS e
subscrita por Jorge Freire que tem a palavra se faz favor. Portanto não quer apresentar, muito
bem, pedidos de intervenção nesta moção? Rui Belchior se faz favor e a seguir Paulo Silva.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Bem isto não é nenhuma senda Pres secretória ao PS mas de facto
tenho que dizer aqui duas ou três coisas, primeira coisa nunca ouvi o PS falar neste tema aqui
nesta Assembleia mesmo antes do mandato anterior também não tenho nenhuma nota que
alguma vez tenham apresentado este tema, agora que o projeto já está aprovado agora que já há
uma verba canalizada no orçamento e nas Grandes Opções do Plano agora que já há uma verba do
programa 2020 e agora que, e já agora o Pelouro é do Partido Social Democrata, é que o PS se
lembrou, já o processo está em andamento, vir acenar com esta moção talvez para criar mais uma
vez a ilusão que se o programa, como se espera, se venha a concretizar para dizer depois se calhar
através de um comunicado ou de um vídeo dizer que é, que foi por conta do PS que tal projeto se
concretizou; ora desculpem mais vez mas sou obrigado a classificar isto como desonestidade
intelectual; os senhores sabem muito bem, pelo menos na Câmara, que o processo está
completamente concretizado e em andamento e portanto esta moção é completamente
desnecessária, muito obrigado.”
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Silva.”
Paulo Silva, do PS, disse: “Na verdade estamos a chegar a uma situação que eu pensava que era
impossível vir a acontecer; é que efetivamente aprova-se na Câmara as Grandes Opções do Plano
para 2018 onde consta na página 35 principais opções do plano para 2018, desenvolver os
projetos para a construção de um centro de interpretação patrimonial e ambiental no parque
urbano de Miratejo valorizando o monumento nacional de olaria romana do Brasileiro Rouxinol,
isto consta nas grandes opções do plano da Câmara para 2018 e como disse aqui o eleito do PSD
tem orçamento já é um programa que está a andar o projeto está a avançar e depois vem aqui
assim o PS com uma moção para depois vir dizer que é com a proposta do PS que isto avançou,
isto é de uma desonestidade intelectual tremenda é o mínimo que se tem a dizer a isto e penso
que o PS deve ver bem o seu comportamento aqui na Assembleia e começar a ter outra postura.”
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Não registamos nenhum pedido de intervenção,
o Sr. Deputado proponente tem a palavra para o encerramento deste ponto.”
Jorge Freire, do PS, disse: “Ó Sr. Paulo Silva, vou começar por si; ensinar ditongos a um
arqueólogo é uma coisa muito chata e de facto muito chato, ensinar ditongos a um arqueólogo é
uma situação muito chata; e de facto você não leu isto como deve de ser e se você ver exatamente
o que está nas conclusões ou de facto na parte final da moção não há nada daquilo que disse; aliás
e se reler tudo aquilo que eu escrevi vê que de facto há 30 anos que esta Câmara fala sobre a
Quinta do Rouxinol, sobre o monumento nacional da Quinta do Rouxinol, e há 30 anos que
andamos nisto; eu vim para cá em 2009 ou melhor não foi em 2009, minto, foi em 1999, antes de

28/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

ir para a faculdade em Coimbra, e mais uma vez falava-se na Quinta do Rouxinol, na modernização
da Quinta do Rouxinol; agora a verdade é que a população não conhece a Quinta do Rouxinol
porque todos os artefactos da Quinta do Rouxinol estão enfiados num caixote qualquer, ali numas
pseudo reservas que existem na Quinta da Trindade; esta é a verdade; aliás nessas mesmas
reservas nem há condições porque aquilo não são reservas; portanto esta moção é mais do que
adequada até pode estar mais uma vez no orçamento da Câmara pode estar e provavelmente
estará e se formos analisar os outros anos se calhar esteve sempre no orçamento da Câmara; aliás
eu oiço sempre o Sr. Presidente da Câmara desde sempre a falar nisto desde 2015 quando
decidimos levantar a questão do meu acompanhamento arqueológico na zona ribeirinha o Sr.
Presidente falou na Quinta do Rouxinol; quando o eleito Nelson falou sobre a Quinta de São João
das Laranjeiras o Sr. Presidente voltou a falar na Quinta do Rouxinol aliás a Quinta do Rouxinol é
para tudo, serve para tudo, tudo o que tenha a ver com arqueologia e este tem sido um problema
recorrente neste Município; é o problema da arqueologia que não é sequer valorizado;
relativamente ao eleito do PSD uma vez mais, lá está, tem um problema, sou arqueólogo… oiça
esteja calado, que não estou a falar consigo; se faz favor, é que você tem que falar quando estiver
na sua vez, você está-me a perturbar, está-me a perturbar; peço desculpa mas está-me a
perturbar; pronto eu concluo; disse.”
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Muito obrigado Sr. Deputado será de bom
acolhimento não haver diálogo com quem está a usar da palavra, não temos naturalmente mais
inscritos estamos em condições de votar.”
Rejeitada a Tomada de Posição n.º 14/XII/2017 por maioria e em minuta com:
• Catorze (14) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do BE: 3
• Vinte e um (21) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
• Duas (2) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então a moção foi rejeitada com 21 votos contra da
CDU, PSD e Fernão Ferro, 14 a favor, 11 do PS e 3 do BE, 2 abstenções 1 do PAN e 1 do CDS, muito
obrigado por esta votação.”
II.7. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Pela alteração do local de exposições das
obras em futuras edições do Drive in Art», subscrita por Luís Gonçalves.
(Documento anexo á Ata com o número 7)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passávamos então ao ponto seguinte que é uma
moção chamada «Pela alteração do local de exposições das obras em futuras edições do Drive in

29/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

Arte», apresentada pelo grupo municipal do PS e subscrita pelo Sr. Deputado Luís Pedro Gonçalves
a quem dou imediatamente a palavra se o desejar, prescinde, então a palavra a quem a solicitar
para discussão desta moção, estão inscritos dois senhores deputados, eu peço imensa desculpa
não me estou a lembrar do nome do Sr. Deputado, muito obrigado, se faz favor de usar da
palavra.”
Rui Mendes, do PSD, disse: “Julgo que esta moção tem bastante essência e bastante importância
efetivamente também estou de acordo, estamos de acordo que no sítio e no local na estrada
nacional 10 onde estão as obras é muito difícil vê-las entretanto Drive in Arte tem que se mudar o
nome porque pô-los no jardim não se pode chamar Drive in Arte, mas também se pode manter
Drive in Arte portanto podemos mudar em vez de ser para os jardins pode ser para a rua MFA ou
Av. Afonso Costa ali perto da ponte da Fraternidade também dá para parar o carro e olhar para
aquilo quando estamos á espera de passar a ponte, portanto o PSD vai votar favoravelmente esta
moção, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ana Inácio se faz favor.”
Ana Inácio, da CDU, disse: “Pronto fazer aqui umas referências relativamente a esta moção em
princípio não querendo desvalorizar a moção que o PS tem e que apresenta aqui mas isto tem aqui
algumas lacunas nomeadamente pelo começo do nome “Drive in Arte” e o que vocês apresentam não
é a melhor escolha pois passo a citar: Trata-se sobretudo de um local de passagem e muitas vezes
de carro; “Drive in Arte”, portanto acho que o conceito é mesmo andarmos de carro e aqui
relativamente ao ver-se bem ou mal é uma questão de andarmos mais devagar porque aquilo é
grande o suficiente para ser visível, também acho eu; e depois há questões nomeadamente o
meter na marginal que era uma das propostas, mas temos que pensar no ruído a nível de imagem
que estes painéis causam numa marginal e no não ruído e na componente artística que causam
nesta estrada e na escolha desta estrada que é uma reta que não, pronto que acaba por desde
setembro, desde o final de setembro, peço desculpa, até ao final de dezembro, início de janeiro
tem obras representadas e depois fazer aqui, lá está fazer aqui referência á questão do jardim das
Paivas e de outros que foram apresentados que é um jardim não é uma estrada portanto se calhar
alterava-mos Drive In Arte; obrigado; tenho dito.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Vítor Cavalinhos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Do ponto de vista do BE esta moção não faz sentido nenhum e
não tem pés nem cabeça; simples, Drive In Arte é aquilo que é; Drive In Arte é a malta a conduzir e
a ver arte, é ótimo; ora bem, e convém, e convém que esta coisa a arte seja colocada no sítio onde
passa muita gente e quanto mais gente melhor e como a estrada nacional é o sítio onde passa
mais gente ela está lá bem colocada vamos votar contra esta moção.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: "O que eu queria realçar nesta moção era o facto de já ter sido
aprovada por unanimidade nesta casa com o mesmo texto e pelas mesmas forças políticas
certamente e basicamente pelas mesmas pessoas, mas enfim é legítimo mudar de opinião; pelos
vistos aconteceu a alguns de nós; mas queria realçar e isso é que não deve de acontecer foi
aprovada por unanimidade com uma forma de a Câmara deveria ter respeitado a vontade da
Assembleia e deveria ter implementado o projeto conforme esta Assembleia decidiu e se isso não

30/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

acontecer e não se justificar de qualquer forma, isto diz no texto da moção, parece-me de facto
errado e um mau princípio.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Não há mais pedidos de
intervenção, ao proponente pergunto se quer intervir? Se faz favor.”
Luís Gonçalves, do PS, disse: “Relativamente á redação da moção como referi no início a moção
no último parágrafo antes do ponto deliberativo refere: A 4 de dezembro de 2017 na sua 4.ª
sessão Extraordinária, este parágrafo deverá ter a redação: «Assim, a 15 de dezembro de 2017, a
Assembleia Municipal do Seixal na sua 5.ª Sessão Extraordinária de 2017 delibera»: é esta
retificação fica o meu compromisso de enviar aos serviços no prazo de 48 horas uma redação
corrigida; relativamente aos pontos aqui levantados, bom antes de mais é assim: as coisas são o
que são independentemente do nome que nós lhe queremos dar; relativamente ao Drive In eu
parece-me que se percebe bem o que é que estamos aqui a falar podemos dar-lhe outro nome se
quiserem também não me parece que venha mal ao mundo, agora percebermos qual é o mérito
da iniciativa, a exposição de obras que artistas do Concelho realizaram, portanto permite às
pessoas usufruir da exposição das artes e permite às pessoas que têm este interesse de as poder
realizar; agora o que me parece aqui de facto que existe aqui uma má vontade é quando nós
queremos manter o que é óbvio, que é assim antes de mais há aqui uma situação que é de
segurança viária; existem passadeiras na imediação daquela zona; desde logo estar a olhar para os
quadros e estar a olhar supostamente para os peões que estão a atravessar a rua, se calhar não é
uma boa ideia; adicionalmente passem de carro e de facto cronometrem o tempo desde o início
da primeira obra até ao final, isto – passe a expressão, um pouco uma brincadeira – só alguém que
se vira para o lado e diz isto vai ser muito bom, e não foi? Porque efetivamente dá tempo para
muito pouco assim sendo dizemos se nós queremos passear com a família para um parque para
um jardim se vamos dar um pequeno jogo matinal ao fim do dia pela nossa marginal não seria o
espaço muito mais, um momento muito mais adequado para poder usufruir e dessa forma
valorizar as obras que estão expostas? Bom é este o nosso entendimento é esta a nossa convicção
é também já do passado e, bom, naturalmente os juízos ficam com quem os faz; é esta a nossa
posição, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora muito bem, portanto nós iremos votar.”
Rejeitada a Tomada de Posição n.º 15/XII/2017 por maioria e em minuta com:
• Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do PSD: 4
• Vinte (20) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
• Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

31/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora muito bem, 20 contra, 16 a favor e uma
abstenção, portanto está, foi rejeitada. Dizer-vos os tempos, portanto nós estamos com o PS sem
tempo, o BE sem tempo, o CDS tem 1 minuto, o PAN 1 minuto, o PSD 3 e a CDU 2,30, bom qual é o
quadro, nós temos duas moções do PS, uma moção do PSD e uma do BE, são quatro, é claro que
nós vamos apreciar as moções agora não há é tempo neste caso do PS para intervir e depois a
última do Bloco também não, bom mas vamos seguir a ordem obviamente, bom mas isso aliás os
líderes têm e a mesa, têm uma reunião marcada para 4 de janeiro e portanto aí com certeza que
cujo objetivo em termos da Ordem de Trabalhos é a continuidade em relação ao trabalho do novo
regimento e portanto no início do ano iremos ter um novo regimento e aí até já vimos um modelo
que estamos a trabalhar e a consensualizar para ter uma gestão em relação ao PAOD e aos
documentos que permita portanto que todos possam ter espaço, todas as forças políticas terem
espaço para apresentação de documentos e naturalmente para a sua apresentação e apreciação,
bom mas portanto é o que é estamos no atual regimento os tempos são contados de igual forma
para todos.”
II.8. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «25 de novembro - Dia Internacional pela
eliminação da violência contra as mulheres», subscrita por Sara Lopes.
(Documento anexo á Ata com o número 8)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “E sendo assim portanto o documento é a moção
«25 de novembro - Dia Internacional pela eliminação da violência contra as mulheres» portanto
aqui o que temos é que, passamos á apresentação e eu pergunto intervenções sobre este ponto,
ou melhor sobre esta moção? Não há pedidos de intervenção sobre esta moção? Há, da CDU, Júlia
Freire se faz favor.”
Maria Júlia Freire, da CDU, disse: “É apenas uma sugestão, é que se acrescente aqui nesta moção,
se for aprovada como é evidente, dar conhecimento á Assembleia da República, á Comunicação
Social, á APAV e á UMAR e nós sugerimos ao MDM, obrigada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Acrescentamos portanto na moção conhecimento
também ao MDM, mais intervenções nesta moção? André se faz favor.”
André Nunes, do BE, disse: “Por uma questão de respeito e uma vez que a proposta do Bloco de
Esquerda na última Assembleia também ia neste sentido e não foi, não houve oportunidade de ser
apresentada por vicissitudes regimentais, não posso deixar de sublinhar esse facto e dizer que o
PAN votaria favoravelmente as duas; votando a do PS fará, eu sei, mas a do BE em princípio já não
vai dar tempo, vai dar tempo? (Houve aqui uma interrupção do Sr. Presidente para esclarecer
sobre os tempos). Há, temos, pronto ok eu pensava que já não tínhamos tempo, pronto tudo bem,
obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto se há mais alguma intervenção; Não
havendo vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição n.º 16/XII/2017 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU:16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4

32/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

- Do grupo municipal do BE: 3


- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi aprovada por unanimidade.”
II.9. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Dia Internacional dos Direitos Humanos»,
subscrita por Célia Cunha.
(Documento anexo á Ata com o número 9)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para a moção seguinte que é, «Dia
Internacional dos Direitos Humanos», é subscrita por Célia Cunha não temos apresentação;
portanto intervenções? Júlia Freire se faz favor.”
Maria Júlia Freire, da CDU, disse: “Ora é também apenas um pormenor, gostaríamos também de
solicitar que na última linha fosse alterado descriminações para discriminações porque são coisas
diferentes como os Srs. advogados deverão saber ainda melhor do que eu, sou só professora de
Português.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto está aceite; intervenções? Não há pedidos
de intervenção? Isso confirma-se, portanto sendo assim vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição n.º 17/XII/2017 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada por unanimidade.”
II.10. O Grupo Municipal do PSD apresentou a moção «25 de novembro» subscrita por Rui
Belchior.
(Documento anexo á Ata com o número 10)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para a Saudação «25 de novembro» é do
grupo municipal do PSD e subscrita por Rui Belchior, tem a palavra porque tem tempo; prescinde;
pedidos de intervenção? João Rebelo se faz favor.”
João Rebelo, do CDS, disse: "Caros colegas, para manifestar o meu apoio a esta moção do PSD; de
facto se o 25 de abril é fundador da nossa democracia, o 25 de novembro confirmou a opção de
Portugal por uma democracia pluralista, pluripartidária na Europa e reconhecendo todos os

33/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

valores democráticos que daí advêm; portanto foram Homens e Mulheres corajosas que
participaram neste dia impediram também de uma forma inteligente que descambasse em guerra
civil e prometeu que o curso que realmente estava na fundação do 25 de abril continuasse depois
o seu rumo com eleições presidenciais, eleições legislativas, eleições autárquicas que aconteceram
depois em 1976, e portanto é estes homens e mulheres que prometiam que isso acontecesse que
este voto também é dirigido, e gostaria também de manifestar portanto o meu apoio a esta
proposta.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Hernâni Magalhães se faz
favor.”
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: "Nós, naturalmente, vamos votar contra esta saudação, e
vamos votar, provavelmente muitos de vocês não viveram esse tempo, basta olhar para a vossa
cara, eu vivi e sei muito bem o que é que foi por exemplo passar um dia, ainda durante o PREC, em
Vila Nova de Famalicão e ver a movimentação de toda a direita reacionária que existia neste País a
assaltar a sede do PCP em Vila Nova de Famalicão; foi essa a verdade que conduziu ao 25 de
novembro, o 25 de novembro dos bombistas, dos pides, dos bufos, de todos aqueles que quiseram
enterrar pura e simplesmente as conquistas de abril.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bruno Barata, se faz favor; bom não tem tempo,
não tem tempo, não, não, quer dizer, não posso, não pode a mesa, senão abrimos aqui um
precedente, não para as declarações há, até vimos entre nós que, mas é para declaração de voto?
Aviso já porque se não, não se permite, mais intervenções? Não há mais intervenções portanto
vamos passar ao proponente com certeza.”
Rui Belchior, do PSD, disse: "Sr. Hernâni, tenho muito respeito por si, já sabe isso, acho eu que
sabe, vejo que continua ainda com a mesma dialética, o mesmo vocabulário de 75; aquela
dicotomia revolução/reação, quem não é revolucionário é reacionário, a direita reacionária etc.
etc. O Sá Carneiro é um reacionário, o CDS é um reacionário, já agora também tiveram sedes
incendiadas, e eu diria mesmo que para a CDU bastava unicamente dizer aqui 25 de novembro,
não precisava sequer de dizer mais nada, para os senhores votarem contra; de qualquer modo, o
meu colega do CDS esvaziou aqui um pouco aquilo que eu vinha dizer portanto temos sempre esta
intenção e esta vontade de fazer esta celebração do dia 25 de novembro; também ninguém nos
vai levar a mal por isso e portanto este é mais um ano em que o fazemos e que portanto
assinalamos esta data que para nós representa de facto o fim do Socialismo revolucionário e o fim
do PREC e do verão quente, e a normalização democrática que permitiu que hoje tenhamos o país
que temos e que apesar de tudo não se verificaram os fantasmas anunciados pela esquerda e que
vinha aí a reação; e portanto, nessa medida, é mais uma vez e é mais um ano em que queremos
assinalar esta data; muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação.”
Rejeitada a Tomada de Posição n.º 18/XII/2017 por maioria e em minuta com:
• Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

34/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

• Vinte (20) votos contra dos seguintes eleitos:


- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
• Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PAN: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, portanto a moção foi rejeitada com 16 votos
a favor, 1 abstenção e 20 contra. Declaração de voto? Bruno Barata.”
Bruno Barata, do PS, disse:" O Partido Socialista votou favoravelmente esta moção por tudo
aquilo que o deputado João Rebelo e o deputado Rui Belchior disseram porque são factos;
efetivamente pouco mais há a acrescentar; se não tivesse ocorrido o 25 de novembro vivíamos
atualmente numa ditadura de esquerda; disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, então passamos para o último documento.”
II.11. O Grupo Municipal do BE apresentou a moção «Pelo fim da violência contra as Mulheres»,
subscrita por Vitor Cavalinhos.
(Documento anexo á Ata com o número 11)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O último documento é uma moção «Pelo fim da
violência contra as Mulheres», é do grupo municipal do Bloco de Esquerda que tem o tempo
esgotado, dizer que também já esgotou o CDS, já esgotou o PAN, a CDU tem 1 minuto e o PSD 1,30
quem tem tempo nesta altura é o PSD 1,30 e a CDU 1 minuto, bom portanto quem é que pretende
intervir? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: "Muito rapidamente, a CDU cede o seu minuto ao Bloco de Esquerda
para apresentar a moção dele.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Mendes se faz favor.”
Rui Mendes, do PSD, disse: "Vou tentar ser o mais breve possível cedendo o resto do meu tempo
também ao Bloco de Esquerda principalmente para explicar o ponto 1 porque apelar aos cidadãos
e ás cidadãs para que se mobilizem contra este crime, há vários tipos de mobilização, mobilização
como? Com armas, melícias, uma mobilização verbal, uma delação, o que é? Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então Vitor Cavalinhos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: "Agradeço á CDU e ao PSD o tempo que cederam ao Bloco de
Esquerda para defender a moção e quero dizer, não quero gastar muito latim, mas quero dizer o
seguinte: que há pessoas que não têm acesso á moção que estão a assistir e eu quero 3 frases; Em
Portugal, desde 2004 e até final de novembro deste ano, foram assassinadas 472 mulheres às
mãos dos seus companheiros, ex-companheiros ou familiares, o Distrito de Setúbal continua a ser
o terceiro distrito do País com maior número de mortes de mulheres – 46 em 13 anos.
Infelizmente, nos últimos 5 anos, no Concelho do Seixal ocorreram 6 mortes e 5 tentativas de
homicídios de mulheres. Ponto um: é preciso – se calhar é melhor dizer outra vez, 472 mulheres
foram mortas nos últimos 13 anos – apelar aos cidadãos e às cidadãs para que se mobilizem
contra este crime, para que se mobilizem de todas as formas possíveis, fundamentalmente pelos

35/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

instrumentos que a democracia lhes permite; essa é a mobilização principal, mobilização cidadã
através dos instrumentos democráticos e através de toda a forma; se calhar algumas pessoas
mereciam que a mobilização fosse outra, se perguntassem às mulheres que são assassinadas, às
472 mulheres que foram assassinadas como é que esta mobilização devia de ser feita, eu gostava
de ouvir as respostas delas, se calhar a democracia só não lhe chegava e o debate democrático
não chegava só, para este problema, 472 que foram mortas nos últimos 13 anos; portanto penso
que está respondido, e a última questão, do ponto dois, para dizer o seguinte: Estar cá a desenhar
campanhas de sensibilização, acho que isto é muito genérico e a proposta que nós fazíamos,
propúnhamos, que fosse dito desta forma «A Assembleia Municipal delibera: Solicitar ou
aconselhar os órgãos autárquicos que desenham campanhas de sensibilização e informação» e o
resto que aí está; portanto o sentido é, apelar, solicitar, aconselhar os órgãos autárquicos que
desenhem estas campanhas, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição n.º 19/XII/2017 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada por unanimidade. Nós
passamos já para o POD para darmos posse já aos membros do Conselho Municipal de Segurança
e depois faremos um intervalo de 10 minutos.”

III. PERÍODO DA ORDEM DO DIA.

III.1. Tomada de posse dos 15 cidadãos designados pela Assembleia Municipal para
integrarem o Conselho Municipal de Segurança, nos termos da alínea j) do artº 5º da Lei
nº 33/98, de 18 de julho, republicada pela Lei nº 106/2015, de 25 de agosto e da alínea z)
do artº 4º e do artº 17º do Regulamento do Conselho Municipal de Segurança do
Concelho do Seixal.
(Ata avulsa - Documento anexo á ata com o número 12)

36/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o Período da Ordem do Dia para dar
posse já aos membros do Conselho Municipal de Segurança e depois faremos um intervalo de 10
minutos. A tomada de posse dos 15 cidadãos de designados pela Assembleia Municipal, no quadro
da lei para integrar o Conselho Municipal de Segurança ao abrigo Lei nº 33/98, republicada pela
Lei nº 106/2015, e do art. 17.º do Regulamento do Conselho Municipal de Segurança. Portanto,
estão connosco estes cidadãos indicados pelas forças políticas, no quadro da aprovação na
anterior Assembleia Municipal e eu vou proceder á leitura da ata avulsa”.
III.2. Constituição e Estrutura das Comissões Permanentes da Assembleia Municipal e criação
da “Comissão Específica para a instalação do Hospital no Concelho do Seixal”.
(Documento anexo à ata com o número 13)
III.3. Criação da “Comissão Específica de acompanhamento dos problemas ambientais da
Siderurgia Nacional e o seu impacto na população”.
(Documento anexo à ata com o número 14)
III.4. Criação da “Comissão Específica para acompanhamento da problemática habitacional no
concelho do Seixal.
(Documento anexo à ata com o número 15)
III.5. Criação da “Comissão Específica para o Turismo e Investimento”.
(Documento anexo à ata com o número 16)
III.6. Criação da “Comissão Específica de Acompanhamento dos Problemas Ambientais da
Siderurgia Nacional – MEGASA”.
Proposta com conteúdo fundido na proposta do ponto III.3. e retirada da ordem de trabalhos.
III.7. Criação da “Comissão Específica para a Restauração das Freguesias de Seixal, Arrentela e
Aldeia de Paio Pires”.
(Documento anexo à ata com o número 17)
III.8. Criação da “Comissão Específica para Acompanhamento da Problemática Habitacional no
concelho do Seixal”.
Proposta com conteúdo fundido na proposta do ponto III.4. e retirada da ordem de trabalhos.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Do ponto III.2 ao ponto III.8, o nosso entendimento
na reunião da Mesa com os líderes municipais é que este conjunto de pontos é apreciado
conjuntamente. Portanto, há aqui um conjunto de propostas, a primeira do ponto III.2 que é a
constituição e estrutura das comissões permanentes da Assembleia Municipal e criação da
comissão específica para a instalação do Hospital no Concelho do Seixal mereceu na reunião de
preparação, na reunião da mesa com os líderes, um entendimento consensual que com certeza se
irá manter na Assembleia Municipal, foi nesse sentido que fizemos a reflexão. Depois do ponto
III.3 ao III.8 um conjunto de propostas, que irão com certeza nas intervenções ser referidas,
apresentadas, e iremos apreciar no conjunto porque estamos a falar da organização da
Assembleia Municipal, no quadro das comissões permanentes que como a proposta que têm
correspondem aos respetivos pelouros e as coordenações aos respetivos grupos municipais, ou

37/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

seja, em consonância com os pelouros atribuídos na Câmara Municipal; e depois há um conjunto


de propostas de comissões específicas. Portanto, a organização em comissões permanentes
corresponde aos pelouros e as comissões específicas que irão ter como temática os assuntos
específicos. Sendo assim, está aberto o período de intervenção. Quem é que pretende usar da
palavra? André Nunes faz favor. Sendo certo que a reflexão que fizemos, mesa e líderes, foi de
consenso em relação às comissões permanentes e á Comissão do Hospital.”
André Nunes, do PAN, disse: “No texto da nossa proposta, o PAN faz propositadamente referência
ao artigo 66.º da Constituição da República Portuguesa onde diz que todos têm direito a um
ambiente de vida humano, sadio e logicamente equilibrado e com o dever de o defender. Acredito
que ninguém aqui colocará em causa a pertinência da norma e muito menos o conteúdo da
mesma, isto é o valor que o ambiente tem para todos e para cada um de nós. Posto isto a questão
que aqui agora se vai discutir estando obviamente ligado ao valor do ambiente não está
diretamente, trata-se antes sim de uma questão puramente formal relacionada com a forma como
nós Poder Local encaramos uma questão ambiental e de saúde pública, em particular a da
Siderurgia Nacional. Estamos pois, a propor a criação de uma comissão específica para a Siderurgia
Nacional por entendermos que a realidade assim o exige, como digo no corpo da proposta
circunscrever o tema da Siderurgia Nacional à comissão permanente de ambiente, serviços
urbanos, energia e espaço público é face à magnitude do problema manifestamente redutor.
Estamos a falar seguramente de 15 mil pessoas, estaremos muito provavelmente a falar de um
número muito maior se estendermos como é devido o raio de ação resultante da atividade da
fábrica. Não se trata de um problema de uma aldeia, nem tão pouco de uma freguesia ou mesmo
de um concelho visto que no parque que dele advém se pode espalhar por quilómetros e afetar
gerações. O que se está a passar em Paio Pires é o problema ambiental do concelho e é por isso
que digo e repito a forma como o Poder Local no Seixal encarar daqui em diante a Siderurgia
Nacional será determinante para a resolução do problema, sendo necessário á semelhança do que
acontece com o hospital, mais do que uma reivindicação, uma tomada de posição firme e a uma
só voz. Dividir o problema da Siderurgia Nacional com os demais problemas ambientais do
concelho que existem é mais do que um mau indicador passar para o Poder Central com quem
estamos claramente a perder, é um mau serviço prestado às populações e tanto quanto sei é por
elas que aqui estamos. Quanto ao mais, o modelo até aqui defendido de integrar a Siderurgia na
comissão permanente relacionada com o ambiente não tem funcionado e, portanto, impõe–se
alterar essa questão”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo se faz favor”
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Já que este ponto é sobre todas as propostas de comissões
específicas porque em reunião de líderes houve consenso em relação a todas as outras comissões
e consenso também sobre a proposta da CDU à própria composição dessas mesmas comissões e
daí a necessidade de estar aqui a discutir no plenário, a discussão das específicas. Existiram
durante algum tempo duas comissões específicas que estavam em funcionamento com alguma
deficiência, segundo consta porque por exemplo a das freguesias reuniu muito pouco na anterior
Assembleia Municipal e do debate surgiu esta necessidade de sinalizar através da criação de novas
comissões especificas, assuntos, problemas que não estão resolvidos e que têm um impacto muito
negativo na vida das pessoas e desse debate várias foram propostas, a nossa é sobre o grave
problema de ambiente que a siderurgia cria para o concelho, não só no concelho, mas outros
concelhos e o impacto ainda não totalmente apurado sobre a saúde das pessoas. Sabemos que

38/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

tem um impacto muito negativo mas ainda não conhecemos verdadeiramente a dimensão.
Portanto, a ideia de sinalizar para fora a constituição desta comissão que é um problema
permanente e durante estes 4 anos em que esta Assembleia Municipal vai estar em
funcionamento deverá encontrar soluções, promover debates, recolher dados, tudo que pode ser
feito para acelerar a resolução desta questão. O Sr. Presidente da Câmara falou há bocado sobre o
que está a ser feito, o que a Câmara tem feito, muito não pode ser feito diretamente por nós
porque a empresa que gere não é uma empresa municipal, é uma empresa privada e é um
problema que tem muito também de responsabilidades do Estado Central, mas é verdade que nós
na Assembleia Municipal não podemos ficar calados sobre isso. Destacar também que no período
de intervenção da população este foi um dos assuntos que foi aqui trazido, movimentos da
população do Seixal que está organizado para debater estes assuntos e fonte de inspiração, muitas
vezes, aliás do próprio debate político e nós consideramos que é necessária criar esta comissão
específica para este assunto e acho que é um sinal muito forte que é dado. Pode ser, com certeza
debatido na comissão de ambiente mas como foi dito pelo meu colega do PAN, criando esta
comissão específica a Assembleia Municipal do Seixal está a sinalizar claramente que este é
assunto muito grave e muito importante e que merece a constituição desta comissão específica.
Também concordamos com as propostas feitas pelo Partido Socialista sobre o realojamento e do
PSD sobre a questão do turismo e do investimento mas também eles na própria reunião que nós
tivemos não fizeram questão que fosse uma questão de vida ou morte para que fosse constituída
mas nós achamos que o problema da habitação e o realojamento e estas comissões específicas
são quem mais atrai e trás gente aqui á Assembleia Municipal nestes períodos de intervenção da
população. Portanto, eu acho que é importante este sinal a ser dado agora com a constituição
desta comissão específica.”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “As questões relacionadas com a Siderurgia Nacional são uma questão
muito importante para a vida deste concelho e o facto disso é que na tomada de posse a CDU
deve ter sido a única força politica que falou no assunto, como um dos pontos estruturantes para
este mandato, não tenho a certeza disso mas tenho a certeza que nós nos referimos á mesma.
Consideramos que a comissão de ambiente da assembleia municipal, esta questão, podia
perfeitamente ser englobado na comissão de ambiente. No entanto, vendo a intervenção e tendo
em consideração a intervenção das outras forças políticas, estamos disponíveis para a criação
desta comissão específica sobre a problemática da Siderurgia Nacional, propondo que tenha uma
composição idêntica à comissão de desenvolvimento económico em que todas as forças políticas
estejam presentes, tendo em consideração a problemática que tem para a população deste
concelho em geral e a população da Aldeia de Paio Pires em particular. Estaremos disponíveis para
viabilizar essa comissão”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Rui Belchior, depois Samuel e
depois Vitor Cavalinhos”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Como eu disse ao longo das reuniões de preparação, discussão das
reuniões de líderes sobre esta matéria é necessário também refundar aqui um pouco o papel das
comissões, ou seja, não necessitamos apenas de as criar, temos que também que perceber o que é
que queremos dessas comissões, de que forma é que vamos publicitar e produzir trabalho que
justifique a sua criação, muito honestamente para ser como tem sido até aqui creio que não vale a
pena; devo registar com agrado esta marcha atrás da CDU relativamente á questão da criação da

39/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

comissão da Siderurgia que também não tendo sido proposta por nós, também é uma matéria que
nos é grata porque entendemos que a gravidade do problema justifica um foco concreto que deve
incidir sobre esta matéria que é uma matéria que preocupa as pessoas sobremaneira e portanto,
se á posteriori for dada a devida publicidade da criação dessa comissão e da produção de um
trabalho concreto, um leque de ações que são necessários criar para obter aqui algum resultado
então, vale esta muito a pena como valem outras que possam ser criadas. Quanto a nós Partido
Social Democrata consideramos unicamente que em função daquilo que é hoje a ordem do dia é o
que menos se justifica ali para desgosto do meu amigo António Santos será de facto, a das
freguesias porque entendemos que nesta altura está completamente fora da ordem do dia. De
resto, pensamos aprovar todas as que estão aqui nos respetivos pontos porque consideramos
todas estas terão o seu grau de importância e o seu grau de benefício em nome do município”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel se faz favor”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Esta questão das comissões resume-se a que qualquer tema podia ser
tratado na comissão do respetivo pelouro, de forma que o que entendemos é que a criação duma
comissão específica tem a ver com o sinalizar de um problema muito concreto e dar visibilidade
política, ao fim ao cabo resume-se a opções políticas. O Partido Socialista como sabem é um
partido de diálogo e da democracia e não se opõe á criação de nenhum fórum de debate. Na
reunião de líderes exprimi uma opinião semelhante à do Belchior que a questão das freguesias,
como é sabido, o Partido Socialista é a favor da reposição de todas as freguesias do concelho, mas
no entanto não vê, nos indícios que são dados, que seja uma questão que esteja na atualidade
política; mas respeitamos perfeitamente que o Partido Comunista o queira fazer e acompanhamos
até democraticamente essa pretensão. Aliás, como acompanhamos todas, talvez ainda com
algumas reservas acerca da comissão de investimento mas é mais a nível da fundamentação,
daquilo que está escrito porque o princípio também o entendemos e o respeitamos. Portanto, o
que venho aqui fazer é fundamentalmente pedir também essa solidariedade para aquilo que
entendermos ser algo que está na atualidade política do concelho, refiro-me à questão
habitacional no geral e passarei a ler a proposta e a forma como a fundamentamos e com algumas
considerações posteriores: «Proposta de criação da comissão específica para acompanhamento da
problemática habitacional no concelho do Seixal, considerando que o direito à habitação em
condições de higiene e conforto preservando a intimidade da vida pessoal e familiar, é um direito
constitucionalmente assegurado. A incumbência de assegurar o direito à habitação compete, nos
termos da Constituição da República Portuguesa, á Administração Local e Central em conjunto. No
município do Seixal estão licenciados cerca de 1500 agregados familiares que cumprem os
requisitos necessários á atribuição da habitação social, 161 desses agregados familiares foram já
recenseados em 1993 no âmbito do programa PER, aguardando desde essa data que a autarquia
proceda ao seu realojamento. 250 outras famílias residem em Vale de Chícharos, vulgo bairro da
Jamaica, num daqueles aglomerados que é considerado ter uma das piores condições da Área
Metropolitana de Lisboa e até do país. A Secretária de Estado da Habitação mostrou
recentemente em sede de audição na Assembleia da República vontade de resolver o problema
afirmando que o Governo compromete-se no âmbito dos acordos de cooperação a prestar o apoio
enquadrado pelo documento legal e que eu saiba nunca falhou nessa responsabilidade,
sublinhando que a competência ao nível do realojamento é da Câmara Municipal e acrescentando
ainda que a segurança social está totalmente disponível para um acompanhamento mais próximo
no âmbito de um projeto de realojamento. No passado dia 10 de agosto foram apresentadas á
autarquia pela governante um conjunto alargado de possibilidades de resolução do problema, sem

40/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

que a autarquia se tenha até ao momento pronunciado sobre as mesmas, recusando os pedidos
de reunião alegando o hipotético segredo judicial que na realidade não existe. Assim, os membros
da Assembleia Municipal deliberam: criar a comissão específica para acompanhamento da
problemática habitacional do concelho do Seixal. Dito isto, a proposta da criação desta comissão
baseia-se naquilo que são os dados oficiais à nossa disposição. A verdade é que se sabe para além
disto há muito mais e há um princípio que o Partido Socialista não aceita que é o princípio de que
uns são sérios e podem ter acesso á informação e outros são poucos sérios ou não são pelo menos
dignos de confiança e não podem ter acesso á informação porque se isto se souber toda a gente
vai á Jamaica a correr para ter habitações. O princípio até é verdadeiro, o que não podemos
aceitar é que há uns bons que têm acesso á informação e os maus que não podem saber porque
se souberem vão contar a conta a gente. Este princípio de desconfiança não pode vigorar entre
nós, temos que aceitar que fomos todos eleitos pelo povo para representar o povo e somos todos
dignos e todos saberemos honrar essa confiança. Eu trabalhei 12 anos como Vereador e nunca
esse princípio de confiança foi posto em causa, nem ninguém me apontou o que quer que seja e
portanto, não admito que seja agora que me venham dizer que sou digno de pouca confiança e
esse é o primeiro facto, que reforça a necessidade de criação desta comissão, mas há mais! É que
há muita coisa para discutir, diz-se agora que Vale de Chícharos vai ser realojado, alegadamente
porque há uma torre que está em risco de derrocada mas toda a informação que eu conheço do
Sr. Presidente da Câmara é em sentido contrário, o que foi publicado e o que tem sido dito
publicamente pelo Sr. Presidente da Câmara é que os peritos da Câmara, os engenheiros da
Câmara deslocaram-se ao local e não há risco de derrocada. Então, se não há risco de derrocada
por que é que vamos realojar primeiro a malta da Jamaica e não os 1500 que constam da lista da
Câmara? Há aqui um conjunto de opções que merecem ser discutidas com grande profundidade e
isso apenas é possível na comissão específica, não numa comissão que agrega a cultura, a
juventude, a educação e tudo mais! Outra questão, não sei se é verdade se não, que isto vai ser
feito pela Santa Casa da Misericórdia, já ouvi, o que eu acho impensável, que as casas até já estão
compradas; mas espere lá, é que a maioria já não é da CDU, imaginem agora que à próxima
reunião de Câmara vem uma proposta e aprovam lá isto e as casas já estão compradas e que a
maioria até não concorda com esta solução quer outra. Sabem o que é que temos? Temos a Santa
Casa da Misericórdia na mesma situação que estão os bombeiros, já celebraram contratos de
promessa de compra e venda; depois a Câmara diz que não entra nisto. Está falida, em bom
português, está falida a Santa Casa! Diz que o investimento necessário é de 4 milhões, é uma
verba significativa no orçamento municipal, a atualidade de o discutirmos de sabermos como é
que vai ser feito. Já defendi a minha dama, acho que a bem da democracia, em bom de todo o
nosso bom funcionamento se deva aprovar esta comissão, tal e qual como nós não temos medo
da discussão, não temos medo da democracia e aprovamos todas as que aqui propuseram”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vitor Cavalinhos se faz favor”.
Vítor Cavalinhos do BE, disse: "Sobre as comissões dizer o seguinte: Nas reuniões que tivemos da
comissão sobre o regimento que tem os líderes dos diversos grupos políticos e que tem a mesa da
Assembleia Municipal, eu defendi por 2 vezes e vou defender hoje aqui também o seguinte: que a
criação, aliás isto parece que estamos aqui num campeonato de comissões, e cheguei a dizer
nessas reuniões e digo hoje aqui também que se este caminho, por exemplo, fazia todo o sentido
em haver uma comissão específica para tratar do problema da violência doméstica que fazia todo
o sentido haver uma comissão específica para tratar das questões da pobreza, do abandono, da
solidão que existe no concelho do Seixal. Faria todo o sentido criar-se uma comissão específica

41/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

para tratar do problema dos transportes. Faria sentido criarem-se uma série de comissões
específicas, tantos quantos os problemas porque por exemplo, porquê que será para esta
Assembleia Municipal mais importante o problema com toda a frontalidade e toda a clareza o
problema da siderurgia que é uma questão importantíssima do que por exemplo, o problema da
violência doméstica, do ponto de vista do Bloco de Esquerda é dos problemas mais graves que
existem na sociedade portuguesa. O Bloco de Esquerda não propôs a criação de nenhuma
comissão específica. De qualquer modo, e defendemos o ponto de vista de que a proliferação de
comissões especificas desvaloriza o papel das comissões permanentes e defendi também que o
que é importante e o que é decisivo é que as comissões permanentes que existem tenham um
papel diferente daquele que têm, e as comissões permanentes não se podem resumir a discutir os
problemas da agenda e dos pontos da ordem de trabalhos, dos problemas que são colocados pelo
executivo municipal à consideração e à deliberação da Assembleia Municipal. Foi isto o que eu
defendi e mantenho, no essencial, e o Bloco de Esquerda mantém no essencial esse ponto de
vista, que a proliferação de comissões específicas desvaloriza o papel das comissões permanentes.
Aliás, no ponto dois que é a constituição e estrutura das comissões permanentes estão lá
considerações sobre o papel necessário, e o papel de valorização das comissões permanentes.
Contudo, o problema, faz sentido citar o professor Rodrigues Lapa para dizer que só os burros é
que não mudam de opinião. Mudar de opinião pode ser sintoma de burrice ou pode ser sintoma
de inteligência. O Bloco de Esquerda sobre esse problema e com toda a clareza e toda a
frontalidade, analisando, e nós no Bloco de Esquerda discutimos e aprofundámos e discutimos
melhor esta situação e mantendo no essencial os pontos de vista que eu defendi e que
continuamos a defender, achamos contudo, o seguinte: seria para as pessoas, para a população
afetada pelos problemas ambientais da Siderurgia e para os problemas do realojamento e para as
necessárias respostas sobre a habitação que seria um problema político ou uma coisa de alguma
forma incompreensiva que a Assembleia Municipal não decidisse ou não aprovasse a criação de
duas comissões específicas para debater esse assunto; seria um facto político que a Assembleia
Municipal recusasse a aprovar a constituição dessas comissões. Acho que era um custo politico
que não tem sentido nenhum correr e faz todo o sentido ir por esse caminho, independentemente
o papel que vão desempenhar; a todo o tempo a Assembleia Municipal tem toda a legitimidade
para analisar o papel e o desempenho das diversas comissões e pode mudar de caminho, isso a
todo o tempo as comissões podem ser criadas e o seu papel pode perder sentido, mas o essencial
é a mensagem; acho que faz sentido a Assembleia Municipal transmitir a mensagem à população
que nós estamos disponíveis para fazer essa experiência e a experiência é criar as comissões
específicas para tratar destes assuntos e o Bloco de Esquerda sobre esse problema tem hoje essa
posição e pô-la aqui com toda a clareza perante a Assembleia Municipal. Dizer duas coisas,
finalmente, é que as comissões especificas, estas que aqui estão propostas, quatro comissões
especificas que vão tratar de dois assuntos e sobre a Siderurgia Nacional, duas, e sobre o
problema da habitação também duas. Do ponto de vista do Bloco elas devem ser fundidas e em
vez de quatro, devem ser só duas porque os assuntos repetem-se em cada uma delas, pelo menos
em duas delas. Achamos que elas devem ser fundidas numa só, uma para o problema ambiental
com a siderurgia e outra para problemas de habitação e fundidas também numa comissão. O
Bloco de Esquerda não está de acordo com a criação da comissão específica para o turismo e
investimento, não acompanhamos a necessidade da criação desta comissão e não vimos por ai
também a sua necessidade. O Bloco de Esquerda, por último, está de acordo com a manutenção
da comissão específica para a reestruturação das freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio
Pires. Tive oportunidade de dizer na comissão que a manutenção desta comissão não é só um ato

42/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

simbólico, mas também tem um simbolismo próprio de se ela não se mantivesse dar um sinal que
a Assembleia Municipal tinha desistido desse objetivo. Na Assembleia Municipal até já acabaram
com a comissão, portanto o problema da criação das freguesias é uma luta perdida e a Assembleia
Municipal e os partidos também já assumiram como tal, não só pelo carácter simbólico de que a
Assembleia Municipal se assim o entender mantém a perfeita atualidade dessa comissão e ela tem
o papel, pode ter é um papel diferente e deve ter um papel diferente, para além do simbolismo
interessa que ela tenha uma atividade diferente e mantenha viva que é o ponto de vista do Bloco,
a chama da necessidade e do objetivo politico que do nosso ponto de vista é perfeitamente
razoável e é justo que se mantém e que as freguesias venham a ter a antiga forma e para isso, há
os compromissos dos partidos que fazem a maioria parlamentar do PCP, do Bloco de Esquerda e
do PS que também assumiu esse compromisso e até ver ainda não disse que não queria por em
prática”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Rui Mendes e depois a seguir
António Santos e depois João Rebelo”.
Rui Mendes, do PSD, disse: “Efetivamente existem aqui algumas comissões, cuja missão e objetivo
são muito idênticos, são muito parecidos. Nós sugerimos que a nossa proposta do ponto 4)
comissão específica para o realojamento local de Vale de Chícharos e Santa Marta, seja fundida,
caso o PS assim também o considere, seja fundida com o ponto 8) criando uma única comissão ou
uma única proposta de comissão, desde que tenha como missão, principalmente, embora outras
problemáticas habitacionais do concelho, mas tenha como missão a solução e a resolução
definitiva destes dois problemas que nós temos no nosso concelho Vale de Chícharos e Santa
Marta. Relativamente à comissão específica para o turismo e investimento também vou falar aqui
sobre isto; a nossa proposta vai ao encontro de tentar obter e tentar arranjar formas de
dinamizarmos o nosso concelho; julgamos que é algo que deve ser visto com seriedade e que tem
bastante impacto. Portanto, consideramos que é um ponto pertinente para ser também votado.
Relativamente à criação das freguesias, julgamos também que não é o tempo para criarmos uma
comissão sobre ela. Mais a mais, face a tudo o que já foi dito que iam ser restauradas e que iam
ser reavaliadas”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “António Santos”.
António Santos disse: “Só não está na ordem do dia aquilo que a gente não quer que esteja na
ordem do dia. Estas matérias que às vezes falamos na questão desta dita reorganização
administrativa, estamos a falar de um problema, não só das nossas freguesias, mas estamos a falar
acima de tudo de um problema do nosso município e estamos a falar da vida das pessoas. Apraz-
me lembrar aqui que há uns anos atrás Rui Belchior que o próprio PSD tinha uma proposta
realmente de alargar o número de freguesias no nosso município. Essas questões não são assim
sem mais nem menos, há toda uma vida de uma população, há todo um sentimento, há toda uma
cultura e há toda uma história por detrás destes problemas e digo mais! Se há assunto que nunca
estará fora da ordem do dia será precisamente esta questão da restituição das nossas freguesias
porque sem duvida nenhuma, se há uma causa justa e municipal será seguramente a reposição
das nossas históricas freguesias e depois esta ideia de nós andarmos aqui há volta e dizer: epá,
isso vai ser tratado, quer dizer o assunto vai-se colocar de uma outra maneira. É que esta questão
já podia estar resolvida. Na Assembleia da República houve dois projetos de lei que foram
rejeitados, bastaria tão simplesmente ser aprovado, se os compromissos assumidos, não só a nível
do nosso município e também a nível nacional que no último ato eleitoral já tínhamos a reposição

43/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

das nossas freguesias. Eu penso que todos nós temos conhecimentos dos malefícios que
trouxeram esta reorganização administrativa para as nossas populações. Eu gostaria que algum
elemento desta Assembleia dissesse qual foi a mais-valia ou vantagem que trouxe para a nossa
população, não encontro uma e eu falo com a experiência e a prática de quatro anos de trabalho
nesta dita união de freguesias. Uma ideia que fiquei bem clara, sem a mínima duvida o trabalho
em relação às nossas populações porque isso é que conta que é o trabalho efetivo que nós
fazemos todos os dias em prol das nossas populações ficou mais prejudicado principalmente em
vários fatores e principalmente a nível da própria proximidade que nós temos em relação à
população que representamos e digo com a experiência e a prática do trabalho desenvolvido em
todo este mandato. Se há alguma comissão, há várias aqui que fazem realmente sentido, eu penso
que se calhar todas, umas talvez mais que outras mas se há comissão, nem que seja pelo tal sinal
que já tinha aqui falado, nem que seja pelos compromissos políticos que foram assumidos pelas
várias forças politicas, não só a nível local, como também a nível nacional se alguma comissão faz
todo o sentido é precisamente esta comissão para a restauração das freguesias do Seixal,
Arrentela e Aldeia de Paio Pires, mais que não seja em nome da nossa história, da nossa cultura e
em nome da população que nós representamos, eu, nós e as freguesias que eu represento com
certeza que irão estar sempre na luta até termos restauradas estas três nossas históricas
freguesias”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo se faz favor”
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Aceitando o repto que foi lançado pelo deputado Paulo Silva mas
também pelo deputado Vitor Cavalinhos e conversando com o André Nunes do PAN, nós votamos
a fusão das duas propostas numa só e a criação da comissão específica de acompanhamento dos
problemas ambientais da Siderurgia Nacional – Megasa e o impacto da poluição no mesmo.
Portanto, é a sugestão que fazemos de fusão de uma só proposta sugerida pelo deputado Paulo
Silva e pelo deputado Vitor Cavalinhos”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Não temos ninguém inscrito mas há aqui uma
movimentação tendente a acertar nomes de comissões, talvez possamos fazer assim um breve
interregno sem o considerar formalmente, isto é, esperemos que não demore muito tempo
aquela pequena reunião. De resto, não há nenhuma inscrição e não podemos dar andamento aos
trabalhos; será mesmo conveniente aguardarmos um bocadinho”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nós já tivemos esta interrupção que teve a ver com
harmonizarmos aqui a designação das comissões. De qualquer maneira, iremos ponto a ponto
proceder à votação e em relação às comissões até porque já vimos aqui o sentido de voto, já
houve duas intervenções, às comissões que há duas propostas em relação à atividade, ao impacto
dos problemas ambientais da Siderurgia, há duas propostas o ponto 3 e o ponto 6 e em relação ao
ponto 4 e ao ponto 8 que tem a ver com o realojamento e as questões da problemática
habitacional já vimos aqui entendimento em relação à designação. Procedemos à votação e no
final fechamos com as designações das comissões sendo aprovadas evidentemente. Nesse
sentido, volto a perguntar: há mais alguma intervenção? Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Só para dizer que face ao consenso que houve aqui nas reuniões e
neste debate que a CDU vai votar também favoravelmente a criação da comissão para a
problemática habitacional no concelho do Seixal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz”.

44/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

Samuel Cruz, do PS, disse: “Fazia parte do consenso, o Partido Socialista, nos considerandos, retira
do 6 inclusive para a frente. Portanto, a proposta da criação da comissão termina no ponto 5 a
nossa proposta, o resto é retirado”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Está entendido não é? A proposta do Partido
Socialista que é a proposta 8 termina no ponto 5, certo? Avançamos então para o ponto III.2 quem
vota a favor? Abstenções? Votos contra? O ponto III.2 está aprovado por unanimidade. Estamos a
fundir o ponto III.3 com o ponto III.6, pergunto aos preponentes, estamos a fundir e a designação
da comissão específica a criar irá ser comissão específica de acompanhamento dos problemas
ambientais da Siderurgia Nacional e o seu impacto na população, é isso? Srs. líderes? Estamos de
acordo! O que significa uma outra coisa é que nós não iremos votar o ponto 3 e o ponto 6.
Portanto, eliminamos o ponto 6 porque iremos votar o ponto 3, certo? Votamos o III.3 com a
designação que eu anunciei que foi a que vimos, está certo? Então, ponto III.3 quem vota a favor
levanta o braço? Abstenções? Votos contra? Aprovada a criação da comissão específica de
acompanhamento dos problemas ambientais da Siderurgia Nacional e o seu impacto na
população, aprovado por unanimidade. Passamos para o ponto III.4 que é também a fusão com o
ponto III.8. Vamos votar o 4, menos o 8 e a designação é criação da comissão específica para
acompanhamento da problemática habitacional no concelho do Seixal, estamos de acordo?
Podemos passar à votação? Aprovado o ponto III.4 com a designação repito: comissão específica
para acompanhamento da problemática habitacional no concelho do Seixal. Agora passamos para
o ponto III.5 que é a criação da comissão específica para o turismo e investimento. Quem vota a
favor? Voto a favor do PS, do PSD e do CDS, 16 votos, uma abstenção do PAN e 20 votos contra da
CDU, o Presidente de Fernão ferro e do Bloco de Esquerda. Portanto, foi rejeitado. Deixa de existir
a III.6, já tínhamos visto, passamos para a III.7 que é a criação da comissão específica para a
restauração das freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, quem vota a favor? A
comissão foi aprovada com os votos a favor da CDU, do PS, do Bloco de Esquerda e do Presidente
de Fernão Ferro e a abstenção do PAN e o voto contra do PSD e do CDS. Portanto, aprovada e
terminamos o quadro de constituição das comissões permanentes e especificas”.
Votação do ponto III.2.
Aprovada a Deliberação n.º 17/XII/2017 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
Votação do ponto III.3.
Aprovada a Deliberação n.º 18/XII/2017 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:

45/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

- Do grupo municipal da CDU: 16


- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
Votação do ponto III.4.
Aprovada a Deliberação n.º 19/XII/2017 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
Votação do ponto III.5.
Rejeitada a Deliberação n.º 20/XII/2017 por maioria e em minuta com:
• Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Vinte (20) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
• Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PAN: 1
Votação do ponto III.6.
Proposta com conteúdo fundido na proposta do ponto III.3. e retirada da ordem de trabalhos.
Votação do ponto III.7

46/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

Aprovada a Deliberação n.º 21/XII/2017 por maioria e em minuta com:


• Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
• Cinco (5) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
• Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PAN: 1
Votação do ponto III.8.
Proposta com conteúdo fundido na proposta do ponto III.4. e retirada da ordem de trabalhos.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o ponto 9 e 11, nós vimos na
preparação que a apreciação é conjunta”.
III.9. Mapa de pessoal (alínea ccc). Do n.º1 do art. 33.º e alínea o) do n.º1 do art. 25.º, ambos
do Anexo á Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, com a atualização da Lei n.º 42/2016 de
28 de dezembro). Terceira alteração. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 18)
III.11. Estrutura nuclear da Câmara Municipal do Seixal. Alteração á deliberação n.º 142/2014-
CMS de 26 de Junho. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 20).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Dou a palavra ao Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Relativamente às comissões dizer que o executivo está
muito interessado em poder também partilhar todo o trabalho que vai ser desenvolvido por essas
comissões e estamos à disposição dos Srs. eleitos para esse efeito. Relativamente a estes dois
pontos. O primeiro decorre de uma atualização que fazemos do mapa de pessoal, a última tinha
acontecido em Maio de 2017 e também face á necessidade que temos de valorizar as carreiras dos
trabalhadores da Câmara Municipal do Seixal, principalmente ao nível dos assistentes técnicos e
também de técnicos superiores. Para o efeito a Câmara Municipal decidiu lançar uma segunda
fase das chamadas mobilidades intercarreiras e para lhes dar sequência é necessário naturalmente
que o mapa de pessoal possa conter a dimensão para esse efeito e por isso esta decisão da
Assembleia Municipal será necessária para podermos efetivar essa nossa intenção. A segunda
relacionada com a estrutura nuclear. A proposta que fazemos é da criação de mais uma divisão e
de mais dois gabinetes relativamente aquilo que existe hoje com o objetivo de especializarmos
uma área das empreitadas que hoje está associada á gestão urbanística de facto, face à dimensão
do trabalho parece-nos evidente que precisamos de separar estas duas áreas e por isso, a criação

47/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

da divisão de obras e gestão de empreitadas, ficando a outra divisão só com a gestão urbanística e
depois a criação de dois gabinetes. O primeiro gabinete da participação para darmos sequência ao
projeto que queremos desenvolver de envolvimento e decisões participadas sobre a requalificação
do espaço público e o segundo sobre a auditoria, a Câmara Municipal precisa de atualizar a sua
norma de controlo interno, é isso que estamos a fazer mas precisamos também de uma estrutura
da Câmara Municipal que analise, controle e que pugne pela concretização e pela validação dessa
norma junto dos serviços municipais e por isso, este gabinete de auditoria também será
importante para que faça cumprir e avalie o nível de cumprimento dos serviços municipais da
norma de controlo interno. Sr. Presidente, estamos disponíveis para ulteriores esclarecimentos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Inscrições. Bruno Barata se faz favor”.
Bruno Barata, do PS, disse: “Relativamente ao mapa de pessoal gostaria de fazer uma nota de
enquadramento político, vai-me perdoar o deputado Rui Belchior mas efetivamente os tempos do
governo de direita fizeram uma brutal ofensiva à Administração Pública. Podemos falar do
incremento das reduções remuneratórias, das 40 horas semanais, dos cortes nas horas
extraordinárias. Como sabe, tenho aqui vários indicadores. Aliás, até faço um parênteses, quando
foi da moção do 25 de novembro que não tive oportunidade de lhe dizer só houve aquela
tentativa porque o PS ganhou essas eleições com 38% e o PPD na altura ficou em segundo lugar
com 26%, tendo ficado o Partido Comunista em terceiro lugar e essa tentativa de construir uma
ditadura de esquerda mas voltando aqui ao que nos interessa e esta nota de enquadramento,
efetivamente este governo virou a página ao ataque que vinha a ser feito às pessoas com os
rendimentos mais baixos e criou um instrumento que o Sr. Presidente muito bem referiu que
consiste na mobilidade intercarreiras para os trabalhadores consolidarem e ser valorizados.
Efetivamente, o mapa de pessoal é um instrumento previsional que determina os recursos
necessários para cada instituição desempenhar as suas funções e é necessário ajustar o mapa de
pessoal às reais necessidades da Câmara. As câmaras e como todos os organismos, as pessoas, o
capital humano são a essência das instituições porque nas câmaras como nas instituições os
executivos passam e os trabalhadores ficam e têm um histórico e portanto, é muito importante
valorizarmos os trabalhadores e utilizar este instrumento da mobilidade interna, das pessoas que
reúnem as condições quer das habilitações literárias, quer de experiência de serviço para
consolidarem em carreiras mais atrativas em termos remuneratórios. Queria dizer também Sr.
Presidente que não é só com dinheiro que se trata a questão da gestão dos recursos humanos. E
por isso, lanço também o desafio que haja uma gestão dos recursos humanos da Câmara mais
preocupada também com os resultados e uma política integrada de formação, conjugando os
objetivos da Câmara de acordo com os seus recursos humanos. Dou aqui o exemplo de um
indicador que gostaria que o Sr. Presidente me explicasse na parte dos departamentos e da
afetação de recursos humanos, como é que por exemplo o departamento de comunicação e
imagem tem mais trabalhadores que o departamento de fiscalização que é uma das missões
também essenciais da Câmara Municipal. Portanto, gostaria que me desse um panorama das
funções aí desempenhadas para perceber esta diferença tão significativa de trabalhadores. Outra
nota que gostaria que o Sr. Presidente me explicasse é que o mapa de pessoal da Câmara tem 500
lugares por ocupar, ou seja, tem um mapa de pessoal de cerca de 2 mil pessoas ocupados 1546,
grosso modo são 500 lugares por ocupar. Ainda assim, esta revisão do mapa de pessoal acrescenta
151 lugares e era isto, que eu queria perceber se a Câmara está a funcionar com uma escassez de
500 pessoas mas ainda assim, aumenta o mapa de pessoal. Era isto que eu queria perceber que
não consigo”.

48/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Não há mais pedidos de


intervenção. Então, tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “É claro que a política de recursos humanos da Câmara
Municipal do Seixal é muito mais do que aquilo que o Sr. eleito aqui colocou. O mapa de pessoal é
apenas um instrumento, como referiu e muito bem, mas de facto, este município presa e valoriza
o seu maior ativo, vamos dizer assim, que são os seus trabalhadores. Aliás, sem os trabalhadores a
Câmara Municipal do Seixal não poderia desenvolver a sua missão de trabalho de proximidade e
de serviço público da forma como o faz, sendo que a forma como nós temos entendido a
prestação do serviço público recorrendo sempre que possível à administração direta, é também
uma diferença das outras câmaras da nossa dimensão e isso é uma diferença política deste projeto
que aposta no conhecimento técnico, científico e operacional das nossas equipas. Nós ainda
somos daquelas câmaras que ainda têm canalizadores, cabouqueiros, asfaltadores, varredores,
limpa-coletores, metrologistas. Isto para apenas exemplificar algumas categorias profissionais que
outros municípios geridos por outras força políticas e por outros projetos que, de certa forma,
concessionaram ou fizeram o designado outsourcing, perdendo conhecimento e perdendo
capacidade de intervenção. Felizmente a nossa autarquia não tem empresas municipais é uma
autarquia que aposta na administração direta dos seus trabalhadores, e por isso toda a formação,
todo o enquadramento que fazemos do ponto de vista da gestão técnica e operacional é no
sentido de capacitarmos as nossas equipas para o melhor serviço público prestado, não só do
ponto de vista teórico mas também do ponto de vista dos instrumentos e das ferramentas mas
por isso eu gostaria também aqui de destacar o grande investimento que estamos a fazer na
mecanização e na criação de condições de conforto e melhoria, principalmente dos trabalhos mais
árduos. Dou apenas um último exemplo, está para chegar uma viatura de grande dimensão, de
limpeza de esgotos; hoje os nossos limpa-coletores têm que usar muitas vezes varas para
desentupir porque a viatura que temos hoje não tem pressão suficiente para alguns problemas de
obstrução de coletores e, por exemplo, esta máquina chega lá e não é preciso estarem os homens
com varas a limpar a porcaria, é apenas um exemplo de um conjunto de equipamentos e de
tecnologias que vamos colocar ao serviço da Câmara, melhorando a vida dos nossos
trabalhadores; por isso a questão da formação para nós é uma questão essencial, também temos
o entendimento que precisamos de ir mais longe ao nível da formação, quer prática, quer teórica,
precisamos de ir mais longe e vamos dar passos neste mandato também para podermos melhorar
esse aspeto de forma eu diria quase até substancial. Sobre as comparações eu penso que
podemos fazê-las todas as que quisermos e podemos selecionar aquelas que nos parecem talvez
mais díspares mas no entanto, é preciso dizer que a divisão de comunicação e imagem da Câmara
Municipal do Seixal dar resposta a todos os pelouros e a todas as áreas da Câmara Municipal do
Seixal. Por exemplo, a Sra. Vereadora há pouco estava-me a falar num selo que vamos fazer, de
premiar os talhos e refeitórios, é a divisão de comunicação e imagem que dá esse suporte como
até uma campanha da Câmara Municipal, por exemplo a Aldeia Natal com tudo o que está
associado e isso requer naturalmente, um conjunto vasto de equipas multidisciplinares, com várias
categorias, os fotógrafos, os jornalistas, os designers, os técnicos de multimédia, estamos a falar
de um conjunto de profissionais que de certa forma dão resposta à Câmara Municipal e que
recorrendo a estes profissionais dentro da Câmara não precisamos de ir fora recorrer a empresas
como fazem muitas autarquias e muitas outras entidades. Sobre a divisão de comunicação e
imagem estamos de acordo que não é preciso mais. Sobre a fiscalização municipal de facto,
precisamos de mais pessoas é uma das que reforça em termos daquilo que é a necessidade em

49/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

termos de recursos humanos e é uma das áreas onde vamos abrir para já concurso interno a nível
da mobilidade intercarreiras mas estamos já a preparar também recrutamento externo de
ingresso para mais pessoas para a área da fiscalização municipal porque na verdade face ao
volume das matérias identificadas no exterior e as solicitações que temos também de várias
entidades, desde logo as forças de segurança por isso, precisamos de reforçar a área da divisão de
fiscalização municipal, é de facto uma área cada vez mais nefrálgica em termos daquilo que é a
autoridade externa do município em termos do exercício das suas competências e atribuições.
Relativamente a estes lugares, a este acréscimo de pessoal. O nosso exercício foi acrescentar, sem
por em causa aquilo que tinha sido o pedido das várias unidades orgânicas relativamente ao
dimensionamento do seu mapa de pessoal mas como referiu e bem, trata-se de um instrumento
previsional e que vai sendo preenchido á medida que o município necessita em termos daquilo
que é a sua gestão ao nível das suas equipas de trabalhadores. Está-me o Sr. Vereador dos
Recursos Humanos aqui a dizer que, neste momento, temos entre procedimentos abertos e por
concluir cerca de 133 lugares que estão neste momento em processo de tramitação.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar em primeiro lugar o ponto III.9
mapa de pessoal, quem vota a favor? (…) O ponto III.9 foi aprovado com os votos a favor da CDU,
do PS, do Bloco de Esquerda, do PAN e do Sr. Presidente de Fernão Ferro e com a abstenção do
PSD e do CDS.
Votação do ponto III.11 quem vota a favor? (...) Foi aprovado com os votos a favor da CDU, do PS,
do Bloco de Esquerda, do Presidente de Fernão Ferro, do PAN e com a abstenção do PSD e do
CDS”.
Votação do ponto III.9.
Aprovada a Deliberação n.º 22/XII/2017 por maioria e em minuta com:
• Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
• Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
Votação do ponto III.11.
Aprovada a Deliberação n.º 24/XII/2017 por maioria e em minuta com:
• Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do BE: 3

50/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

- Do grupo municipal do PAN: 1


- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
• Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
III.10. Cedência em regime de direito de superfície de uma parcela de terreno do domínio
privado municipal com a área de 3.944 m2, sita em Avenida da Verdizela, Parcela G,
Freguesia de Corroios. Requerente: Associação de Moradores do Aldeamento da
Verdizela (AMAV). Processo n.º 6/M/2012. Revogação desta deliberação com o n.º
054/2013-CMS de 21 de março. Proposta de aprovação de contrato de comodato a
outorgar para o prédio sito na Rua Serra de Sintra, Lote G, Verdizela, Freguesia de
Corroios, Seixal. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 19)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Dou a palavra ao Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Trata-se de responder a uma solicitação da Associação
de Moradores da Verdizela, no sentido de alterarmos a tipologia se me é permitida a expressão da
cedência do terreno, sendo que em vez de direito de superfície é preferido o regime de
comodato”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções neste ponto? Paulo Silva se faz favor”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “Dar aqui só uma explicação. Primeiro, faço parte do conselho fiscal da
Associação de Moradores da Verdizela; não irei, por isso, participar na votação, irei-me ausentar.
Depois sobre esta questão do pedido foi que a Associação de Moradores já algum tempo tinha
pedido à Câmara Municipal um terreno para a instalação da sua sede, foi feito o terreno em
regime de direito de superfície mas para se fazer essa escritura obrigava ao pagamento do IMT e a
associação não tinha essa verba, portanto a solução que foi estudada foi pedirmos em vez do
direito de superfície é o comodato, é exatamente para a associação o mesmo objetivo que a
instalação da sede e aí assim já se consegue viabilizar esta cedência”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Nelson Patriarca”.
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Supondo esta medida em particular tinha ali a indicação de fazer a
pergunta se esta mudança faz também com que haja uma mudança a quem fica onerado nos
custos das tributações económicas e impostos em relação á propriedade e ao espaço ao fim ao
cabo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Não há! Intervenção se
o Sr. Presidente entender, faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Talvez pudéssemos pensar que a população da
Verdizela não precisasse deste tipo de pedido para não pagar IMT mas as coisas já não são como
eram antes. Para dizer que esta alteração prende-se exatamente com a desoneração do
pagamento desse valor do IMT como foi referido, não haverá mais nenhum custo associado a esta
cedência por isso parece-nos pacifica esta deliberação”.

51/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação”.


Aprovada a Deliberação n.º 23/XII/2017 por maioria e em minuta com:
• Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
• Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Foi aprovada com os votos a favor da CDU, do PS,
do Bloco de Esquerda, Presidente de Fernão Ferro, do PAN e a abstenção do PSD e do CDS”.
III.12. Regulamento municipal de acesso e de gestão das habitações sociais propriedade do
município. Versão definitiva. Aprovação.
(Documento anexo á ata com o número 21).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. Presidente da Câmara se faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Trata-se de um importante regulamento municipal no
sentido de conseguirmos ter melhores instrumentos de gestão do nosso parque habitacional
social. Referir que esta matéria foi alvo de discussão pública, após publicação em Diário da
República, não houve qualquer contributo por isso a proposta que se faz é que mantemos o texto,
tal como foi deliberado na Câmara Municipal e submetemos à validação por parte dos srs. eleitos
da Assembleia Municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para este ponto? Vitor Cavalinhos, se
faz favor”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: "O Bloco de Esquerda vai votar a favor deste regulamento.
Contudo, queria ler aqui uma parte do regulamento para pedir alguns esclarecimentos e é o
seguinte: Contudo, esta promoção do acesso á habitação deve ter como pressuposto de atribuição
o carácter temporário e muito definitivo, ou seja, os fogos deviam ser entregues a cada elemento
em quem dela precisa, isto significa que o poder público deve monitorizar as famílias que ocupam
as casas e promover que as mesmas saiam e deem lugar a outras mais carenciadas e as perguntas
eram duas. Uma delas é como é que isto funciona? Como é que se operacionaliza um sistema
destes? E a outra pergunta, se é que o executivo conhece, que experiências no país é que existem
desta forma e como é que isto é aplicado no terreno e que lições é que se tiram de como é que
isto funciona? Eram principalmente as duas questões que queríamos colocar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções neste ponto? Não registo mais
nenhum pedido de intervenção neste ponto. Dou a palavra ao Sr. Presidente da Câmara”.

52/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu penso que é reconhecido que o parque habitacional
social do município deve servir para acorrer a situações graves do ponto de vista das condições
socioeconómicas ou melhor da falta delas e pensar que se trata de uma situação excecional na
vida de uma família e que cabe não só ao município mas também a outras entidades
governamentais tentar que as pessoas tenham os instrumentos necessários para poderem ter
uma vida digna e isso passará naturalmente por ter um emprego, ter uma habitação própria ou
arrendada como se entender, tendo as condições para poder ter uma vida feliz e por isso o parque
habitacional do município será para situações de emergência; por um período onde isso não é
possível, essa garantia não é possível, nós precisamos de ter o nosso parque disponível para
atender a esses casos. É claro que se eu, por exemplo, estou numa situação difícil e integro uma
dessas habitações, assim que conseguir ter uma vida melhor e mais rendimentos e conseguir ter
uma habitação, e custear uma habitação e tudo o resto que isso comporta, e ter uma vida melhor,
se tiver um emprego, naturalmente que a habitação servirá para outra pessoa porque essa pessoa
já terá rendimentos e dela não vai necessitar. Essa avaliação é feita anualmente pelos nossos
serviços e por isso tem que se entender sempre estas habitações como de carácter temporário; a
não ser que se utilizem os mecanismos previstos na lei, nomeadamente por propriedade resolúvel
para que as pessoas adquiram as habitações o que também é possível. Portanto é possível quer á
Câmara Municipal, quer ao IRU venderem as suas habitações como tem acontecido já várias vezes,
também em casos onde as pessoas de facto, tendo uma vida melhor, tendo condições para
adquirir preferem adquirir do que procurar outra habitação também é possível, mas cá está esse é
o nosso posicionamento, essa é a nossa perspectiva e precisamos de trabalhar bem este modelo
para que sempre que haja uma necessidade tenhamos um parque disponível para as pessoas que
dele necessitam”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação”.
Aprovada a Deliberação n.º 25/XII/2017 por maioria e em minuta com:
• Trinta e três (33) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
• Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Votos a favor da CDU, do PS, do Bloco de Esquerda,
do Presidente de Fernão Ferro, do PAN e do CDS. A abstenção do PSD. Apenas uma nota porque
terminámos os pontos e até partindo á pouco da referência do Bruno Barata, eu agradeço em
nome dos autarcas da referência que fez da nossa presença no Conselho Diretivo, vamos trabalhar
para fazer o melhor possível é o papel da associação, contaremos convosco sempre e nesse
sentido, vamos fazer chegar, creio que 2.ª feira já é possível ter na plataforma os documentos que
foram aprovados no Congresso. Portanto, há três temáticas que estiveram no Congresso: a

53/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

descentralização, as finanças locais e os fundos comunitários e temos aqui matéria muito


importante para os próximos tempos e de grande debate, com certeza e do caminho que se há-de
fazer e há uma resolução do Congresso que são as conclusões do Congresso que foram aprovadas
por unanimidade os documentos, naturalmente debatidos mas com um resultado de grande
consenso no Congresso. Portanto, iremos fazer chegar logo que possível, talvez a partir de 2.ª
feira, vamos colocar na plataforma, o acesso que os membros da assembleia têm aos
documentos”.
III.16. Minuta da Ata
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Coloco-vos à consideração a aprovação da ata em
minuta”
Aprovada a Deliberação n.º 26/XII/2017 por unanimidade e em minuta com:
• Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não havendo nada em contrário está aprovada,
bom fim-de-semana e segunda-feira cá estamos novamente”.
Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 2.40 horas do dia 16 de novembro.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei n.º 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei n.º 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa á presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
Aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de
setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações
introduzidas pela Lei n.º 67/2007, de 31 de dezembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

54/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 8/2017
5.ª Sessão Extraordinária – 15 de dezembro de 2017

A Segunda Secretária:

55/55
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

A T A nº 9/2017

Aos dezoito dias de dezembro de dois mil e dezassete, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal,
na sua 5ª sessão ordinária de 2017, nas instalações dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do
Seixal, sitas na Alameda dos Bombeiros Voluntários, presidida por Alfredo José Monteiro da Costa
e secretariada pelo 1º Secretário Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª Secretária,
Angelina Maria de Sousa da Silva Dias Pereira.
Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:
Da CDU: Paulo Alexandre da Conceição Silva, Paula Alexandra Sobral Guerreiro Santos Barbosa,
Maria Júlia dos Santos Freire, Hernâni José Pereira Peixoto Magalhães, Nuno Filipe Oliveira Graça,
Rosária Maria Fernandes Antunes, Fernando Júlio da Silva e Sousa, Carlos Alberto de Sousa
Pereira, Ana Luisa Pereira Inácio, Rui Fernando Valente Algarvio e Maria João Evaristo de Oliveira
dos Santos;
Do PS: Samuel Pedro da Silva Cruz, Bruno António Ribeiro Barata, Tomás Baptista Costa dos
Santos, Luís Pedro de Seia Gonçalves, Célia Maria Martins Cunha, Jorge Leonel Vaz Freire, Nelson
Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Sara Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, Rui Miguel Santos
Brás e Sérgio Miguel Carreiro Ramalhete;
Do PSD: Rui Miguel Lança Belchior Pereira, Rui Alexandrino Calção Mendes, Maria Luisa Marques
da Gama e Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia;
Do BE: Vítor Manuel Cavalinhos, Eduardo Manuel Lino Grêlo e Hugo Alexandre Arsénio Pereira;
Do PAN: Nuno André Batista Nunes;
Do CDS-PP: Paulo Adriano Barbosa Galvão.
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Amora, Corroios, Fernão Ferro e da União
das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires respetivamente, Manuel Ferreira Araújo,
Eduardo Rosa, Carlos Reis e António Santos.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU, Custódio Carvalho substituído por Maria João Santos.
No grupo municipal do BE, Sandra Sousa substituída por Hugo Pereira
No grupo municipal do CDS-PP, João Rebelo substituído por Paulo Galvão, em virtude de
Humberto Batardo e Marlene Abrantes terem também solicitado substituição.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Jorge Osvaldo Dias Santos Gonçalves, Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coelho
Tavares, José Carlos Gomes, Eduardo Manuel Rodrigues, Marco Paulo Fernandes, Elizabete
Manuela Adrião, José Carlos Pereira e Luís Manuel Rendeiro Cordeiro.
A Sessão teve início cerca das 20:30horas.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora boa noite a todos, Sr. Presidente da Câmara
Municipal do Seixal, Srs. Vereadores, Srs. Membros da Assembleia Municipal, população que está

1/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

presente, nesta 5.ª Sessão Ordinária de 2017. Vamos dar início com o primeiro ponto que é o
Período de Intervenção da População, dizer-vos que ao abrigo do regimento o período de
intervenção é de 5 minutos, 5 minutos de limite naturalmente.”

I. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra em primeiro lugar o Sr. Luís Almeida
se faz favor.”
I.1. Luís Almeida disse: “Eu vinha aqui dar a conhecer aqui um assunto à Câmara que é referente à
estrada municipal 511-1 no qual a estrada neste momento se encontra cancelada e vinha saber o
que é que a Câmara pretendia fazer; portanto temos uma empresa impedida de trabalhar e não
temos acesso ao nosso estaleiro, acesso ao cidadão, para ir andar de bicicleta, para ir à pesca,
temos a estrada cortada; isto envolve postos de trabalho, basicamente era isto, não tenho assim
mais a dizer.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o Sr. Luís Trindade se faz favor.”
I.2. Luís Trindade disse: “Estou aqui como representante dos habitantes da Av. Quinta da Atalaia
que é uma avenida que fica na Quinta do Batateiro mesmo junto à Festa do Avante e eu sou
representante deles e representante também da indignação dessas pessoas que é uma indignação
de anos por uma situação que se passa à porta delas; tem que ver com o estacionamento,
estacionamento esse que simplesmente não existe o que existe é um passeio, não sei se
conseguem ver, isto é uma fotografia aérea da Quinta do Batateiro e que está marcado a verde
todas as áreas em que está devidamente feito o estacionamento em perpendicular que é a forma
mais eficiente de ordenar o estacionamento, e a vermelho aqui justamente a avenida da Quinta da
Atalaia; portanto a única avenida que tem o estacionamento marcado em paralelo, claro que os
moradores como é natural não respeitam essa marcação isto não é um estacionamento isto é
pintar por cima do passeio, houve alguém que achou que fazer o estacionamento era pintar por
cima do passeio não houve rebaixamento do passeio não houve absolutamente nada aquilo que
foi feito por exemplo nessa mesma rua um pouco antes que era também uma rua que não ficou
feito de raiz esse estacionamento e foi feito a marcação em perpendicular o rebaixamento do
passeio e a devida marcação dos espaços, uma obra relativamente fácil de fazer e também não é
um grande dispêndio de investimento de dinheiro, o que é que se passa então, portanto o que nós
temos é que temos por exemplo um passeio nalguns locais com um lancil de 10 cm em que
mesmo que alguém queira respeitar a pintura que foi feita não consegue porque vai gastar o pneu
porque é difícil estacionar em paralelo com um lancil de 10 cm se nunca experimentaram tentem
lá ir a esta rua fazer e vão ver que é praticamente impossível e às vezes se não tiverem cuidado até
batem no carro que está mais próximo porque têm que subir com força etc. portanto isto é um
exemplo daquilo que deverá ser feito, portanto a marcação a vermelho exemplifica o ganho de
espaço nesta rua como vêm está pintado em paralelo portanto se for marcado em espinha e em
perpendicular aos prédios obviamente que se ganha espaço e isto sim será realmente fazer um
lugar de estacionamento, por exemplo existe aqui numa rua do Fogueteiro uma rua de sentido
único tal como é esta, com estacionamento em espinha, algumas pessoas dizem que não é
possível na rua toda fazer esse estacionamento porque o espaço não existe, não é verdade eu fiz
as medições e o espaço de estrada que existe é muito maior do que o que existe nesta rua, mas
também não compete a nós apresentar soluções para problemas difíceis é para isso que existem

2/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

os técnicos da Câmara mas eu digo-vos que é possível, mas eu não sou técnico, seja como for
mesmo que não seja possível fazer em perpendicular em todos os locais há que rebaixar o passeio
pelo menos, aquilo que temos também aqui alguns exemplos caricatos na rua temos floreiras
colocadas para impedir que as pessoas estacionem em perpendicular portanto isto aqui é para
dificultar a vida das pessoas e não para ; também não se compreende como também não se
compreende este estacionamento de deficiente marcado em paralelo para respeitar a pintura que
lá está eu volto a dizer a pintura porque isto não é um estacionamento isto é pintar o passeio, o
que é que acontece, este estacionamento quando está ocupado pelo estacionamento de
deficiente ocupa três lugares, não sei se conseguem observar este documento, eu já vos dou um
papelinho onde está, isto está online onde podem consultar tudo isto que está aqui referenciado e
com pormenores eu já vou passar isso portanto aqui tem um lugar de estacionamento respeitando
o que é o normal e o que é o lógico em perpendicular como é em comum em todo o bairro
portanto não queremos de maneira nenhuma que as pessoas que têm necessidade de locomoção
mais dificultadas tenham lugar de estacionamento, sim mas não ocupar três lugares, portanto
basicamente é isto, isto foi alvo de um abaixo assinado este documento, que eu já vos vou dar o
link onde está disponível para vocês poderem consultar; foi entregue na Câmara até determinada
altura achou-se que de facto esta situação por demais evidente e ainda para mais numa rua que
está perto da Festa do Avante que sofre todos os anos o incómodo do estacionamento da Festa do
Avante registámos com agrado que no folheto que foi apresentado o ano passado pela
organização da Festa do Avante que manifestou preocupação pelos anseios e preocupações dos
habitantes da Medideira ao retirar a entrada da Medideira mas afirmou também no mesmo
documento de forma lacónica que a entrada da Quinta da Princesa se manteria igual não
mencionando também anseios e receios e preocupações dos habitantes dessa rua, portanto eu
estou aqui como representante dos habitantes dessa rua para dizer que estes habitantes também
têm problemas e anseios tal como os da Medideira, portanto o documento é bastante explicito e
passaram 4 meses desde que este abaixo assinado com cerca de 70 assinaturas foi entregue aqui
na Câmara, foi entregue no dia 9/8/2017, até hoje não houve qualquer ação da Câmara para
resolver este problema que é de anos portanto a partir do dia 9 a Câmara já tem conhecimento
deste problema até aqui poderia não ter porque talvez por ser uma rua mais escondida poderia
não ter conhecimento a partir do dia 9/8 tem portanto já passaram 4 meses e esta é a última
oportunidade que este assunto está a ser apresentado nos canais municipais é da minha opinião
pessoal que é contraproducente e não resolve nada apresentar estes assuntos nos canais sociais,
mas não é essa a opinião de todas as pessoas da rua, eu como representante tenho dito que não
se deve fazer isso não se deve pôr isto nas redes sociais e falar disto é contraproducente e não
resolve nada esta é a minha opinião pessoal, mas volto a dizer não é a opinião de todas as pessoas
da rua, muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Paulo Fradique se faz favor.”
I.3. Paulo Fradique disse: “Venho aqui em representação dos moradores da Rua Conselheiro Melo
e Castro e Francisco Solano em Redondos Fernão Ferro, na última sessão de Câmara estivemos
presentes e relativamente à obra em questão foi indicado dentro das questões que tínhamos que
justificava em parte por ser uma obra municipal e nesse sentido vemos trazer aqui algumas
questões concretas para que também seja possível termos umas respostas concretas, sendo então
uma obra municipal onde está a ata da reunião da administração da Câmara Municipal do Seixal
com a aprovação da obra para usufruto de uma associação privada que não goza de estatutos
especiais? Onde está o projeto e o estudo de impacto que a obra irá ter na zona envolvente? Onde

3/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

está a informação do protocolo? Onde está a informação sobre as transferências das verbas
efetuadas? Onde existem informações sobre a obra de consulta pública? (…) Portanto, em abril do
corrente ano os moradores apresentaram esta situação à Câmara Municipal do Seixal e uma das
outras questões é porque é que até à data ainda não tivemos qualquer resposta escrita aos nossos
pedidos de esclarecimento por parte da Câmara Municipal do Seixal, quais foram as diligências
levadas a cabo no seguimento do nosso pedido desde então e portanto desde 27 de abril que
também nos tem sido negado o usufruto do nosso direito à informação pelo que se apela a esta
Assembleia através do Sr. Presidente e de todos os representantes dos vários partidos políticos
que no cumprimento da sua função fiscalização da Câmara aja em conformidade no sentido que
nos sejam prestados todos os esclarecimentos entendidos como necessários e no âmbito desta
Assembleia pretendo entregar então uma cópia em mão das questões colocadas ao Sr. Presidente
da Câmara, ao Sr. Presidente da Assembleia aos líderes das bancadas dos partidos com assento na
Assembleia e ao Sr. Presidente de Junta de Freguesia de Fernão Ferro no intuito de promover um
esclarecimento.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. João Carlos Pereira, se faz
favor.”
I.4. João Carlos Pereira disse: “Até ao final do corrente ano entrará na competente Comissão do
Parlamento Europeu uma petição exigindo solução para os atentados à saúde pública e contra o
meio ambiente que decorrem da atividade da SN; durante o mês de janeiro de 2018 será
apresentado em Bruxelas e na Organização Mundial de Saúde uma extensa exposição baseada em
provas documentais e testemunhais sobre o mesmo tema; convido o Sr. Presidente da Câmara
Municipal do Seixal a apoiar através da Internet ou se preferir como 1.º Subscritor da referida
petição para que o movimento dos contaminados poderá se optar por esta 2.ª opção apresentar-
lhe pessoalmente essa petição e esclarecer cada um dos seus itens, tanto a petição como a
exposição incluirão respostas e não respostas das entidades oficiais designadamente a falta de
resposta a duas questões muito simples, por que razão não pode ser hoje construída uma
Siderurgia no exato sítio onde a de Aldeia de Paio Pires o foi? Podem também Vossas Excelências
garantir que o ar que aqui se respira não representa em momento algum qualquer perigo para a
saúde pública, são questões muito simples mas que nem o Governo, Ministros e nem a Agência
Portuguesa do Ambiente nem os Órgãos Autárquicos conseguiram resolver isto, e já lá vão 4 anos,
bem, mas Sr. Presidente vim dar esta notícia e vim porque passei mal este fim-de-semana porque
julguei ouvir que o Sr. Presidente disse que eu tinha mentido quando aqui estive da última vez,
mentido ou omitido eventualmente de forma dolosa relativamente ao trabalho em defesa da
saúde pública que a Câmara estará a executar substituindo o Governo, como deve de saber eu
congratulei-o pessoalmente quando neste verão esteve no pavilhão da Siderurgia Nacional a falar
da deliberação da Câmara de 8 de junho que, para grande satisfação minha, tinha aprovado
praticamente textualmente as propostas que uma carta dos contaminados que lhe enviei em abril
deste mesmo ano propondo-lhe precisamente aquilo que a Câmara agora está a fazer, eu suponho
que não disse e se disse, disse mal, quando aqui o interpolei que a Câmara não estava a fazer o
que tinha sido aprovado, o que eu disse ou penso que disse foi que a questão do ruído não estava
a surtir efeito, era um fracasso porque foi medido no silêncio mas depois quando era medido ou
devia ser medido no barulho, digamos assim, a Siderurgia deixou de o fazer, seja como for não
quis e não podia dizê-lo que a Câmara de facto não estava a fazer, relativamente à carta eu tenho
aqui a carta que o senhor me disse que tinha subscrito e que eu aparentemente estava a ignorar;
eu tenho a carta, trouxe-a, sei que não tenho tempo para a ler aqui, a verdade é que não foi

4/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

subscrita por si, a menos que haja outra que eu desconheço, foi subscrita pelo Sr. Vereador Jorge
Gonçalves e Vice-presidente e de facto disse o que é que a Câmara está a fazer ou se propõe fazer
mas não diz exatamente o que é que está feito nem o calendário para executar essas ações e isso
eu pessoalmente gostaria de saber e penso que também a própria Assembleia gostaria de saber;
depois há uma questão que eu gostava que fosse de facto ultrapassada como o senhor deve de
saber e penso que quem me conhece sabe eu não ando aqui por razões partidárias, não estou ao
serviço de nenhuma força política, estou aqui apenas como cidadão, e como cidadão não me sinto
representado neste caso da Siderurgia, nem pelo Governo com quem já contactei várias vezes, se
calhar mais do que com a Câmara, e nem com os órgãos autárquicos e isto porque desde 2013 que
a população via subirem as montanhas de escória mas parece que era só a população que via;
desde 2013 ou antes até que a população das várias toneladas de poeiras e limalhas que se
abatem sobre a nossa Freguesia e sobre a nossa população e que em saquinhos e vai por exemplo
entregar ao Sr. Presidente da Câmara que ele está aqui e portanto sabe que é verdade, (isto foi só
para te obrigar a falar) e essas limalhas continuam a cair em cima da população e continuam as
nossas (normalmente são as senhoras, eu peço desculpa, agora passou-me da vossa força
partidária, que gostam de defender bem os géneros, distingui-los, não segregar ninguém, é o
Bloco de esquerda), a verdade é que em princípio são as senhoras que limpam os cemitérios, as
varandas e as sacadas e tudo o que está ali à mão de semear e posso-lhe dizer que no verão,
tendo uma janela aberta e uma folha A/4 em cima da mesa, ao fim do dia está cheia de limalhas;
portanto até dentro das nossas casas, não é de todas obviamente, mas da maioria é com certeza,
estas limalhas entram; em 2013 isto acontecia, acontece em 2014, acontece em 2015 e neste
período de tempo o que é que aconteceu? Aconteceu que a forma de agir do Governo, e de certa
maneira a autarquia age em linha com o Governo, a Siderurgia é uma coisa poderosa demais não é
uma oficina de bate-chapas, não é uma churrasqueira, a churrasqueira incomoda 20 ou 30
pessoas, o bate-chapas outras tantas, mas se for uma empresa como a Siderurgia pode estar a
envenenar 15, 20, 30 mil pessoas, muitas delas crianças, mas a Câmara pode mandar fechar mas
não pode mandar fechar a Siderurgia e o Governo também não; a Siderurgia pesa-nos no espírito
e não sei se pesa em mais algum sítio dos nossos governantes o que não pesa uma churrasqueira
nem uma oficina e a verdade o que acontecia em 2013 era o que estava a acontecer agora, salvo a
questão das montanhas que já mudaram de sítio, mas continuam a crescer noutro lado e também
o corte dos ursos que começou a ser feito de noite para ninguém ver e agora raramente se vê esse
pó, seja como for em 2014 é preciso, isto para explicar a razão não é da minha animosidade, é da
razão que eu chateio, entre aspas, tanto o poder local a quem eu gostava de estar encostado e
ajudar a resolver um problema e sinto que isso não é possível, e o que eu sinto, e sei que é
verdade não é mentira, em 2014 este mesmo órgão autárquico aprovou um documento
exaltadíssimo porque se dizia que o ar no Seixal não prestava era mau estava contaminado era dos
piores de Portugal senão o pior e a verdade senhores deputados Sr. Presidente é que nesse
mesmo documento em que se dizia que era mentira e que não tinha fidelidade nenhuma aquele
estudo da organização mundial de saúde nesse mesmo estudo (O Sr. Presidente interrompeu para
dizer que o munícipe já tinha ultrapassado o tempo), então eu acabo já; só três ideias, nesse
mesmo documento se dizia o ar pode não ser muito bom em Paio Pires, mas é natural está lá a
Siderurgia, natural para quem não está lá a respirar, bom seja como for o Sr. Presidente disse aqui
que o ar está dentro dos parâmetros eu tenho aqui um pequeno quadro que tirei à pressa onde
posso ler que em 60 dias de medições ultrapassou o numero de partículas a mais de 16 dias, ora se
a regra de três ainda é o que era se 60 ultrapassou 16 em 365 dias vai ultrapassar 97 e só pode
ultrapassar 35, isto quer dizer o quê, quer dizer que a engenheira Dulce Pássaro que foi ministra

5/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

do ambiente vai ter um grande trabalho juntamente com a Siderurgia a quem ela está a dar
acessória para junto da APA maquilhar estas contagens, provavelmente com partículas que saem
dos urinóis onde a estação de medição da qualidade do ar está situada com de tubos de escape e
com poeiras vindas de Marrocos, eu acho que este é o problema mais grave que os senhores têm
aqui no Concelho e este é o problema que ninguém quer ver mexido, eu tenho pena que sejam só
5 minutos agradeço os minutos que me deu a mais tinha mais para dizer ficará para outra
oportunidade, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sr. João Luz se faz favor.”
I.5. João Luz disse: “O meu nome é João Luz e nesta Assembleia vou levar muito pouco tempo não
vou gastar 5 minutos nem tão pouco, o problema é o saneamento na Qta da Loba e Vale de Santo
António; depois e porque as reuniões ou as Assembleias à sexta-feira fazem os munícipes que vêm
cá, terem fins-de-semana um bocadinho agitados, eu também passei um bocado agitado o meu
fim-de-semana, o Sr. Presidente da Câmara depois de termos apresentado aqui o nosso
documento, eu acho que não percebi mal, englobou toda a zona como uma AUGI, não é? Não é,
pronto… é que se eu não ouvi está tudo bem, mas há lá um bocado que é AUGI, quando, eu
percebi que era tudo AUGI e aqui a situação da minha revolta entre aspas, dizer que pelo menos
na rua das Cerejeiras que existem terrenos permutados pela Câmara nunca eventualmente pode
ser uma AUGI a rua das Figueiras a rua das Oliveiras a rua de Vale de Santo António nada disso
implica à tal AUGI que o Sr. Presidente não falou e que eu percebi, dou a mão à palmatória, mas
dizeis da rua das Cerejeiras por exemplo que pagaram em contos mil e tal contos estão à procura
portanto da documentação para fazer a apresentação, em determinada altura sobre as
infraestruturas que foram pagas à Câmara e agora também receberam a tal cartinha dos 800
euros para pagamento, incorreto, podem perfeitamente de alguma forma naquela reunião que o
Sr. Presidente prometeu que disse na reunião de sexta-feira que tinha sido o Vereador Joaquim
Tavares a prometer a reunião, não, não foi o Vereador Joaquim Tavares foi o Sr. Presidente numa
reunião, oiça está gravado o Sr. Presidente disse nas Águias Unidas foi o Sr. Presidente que disse
temos que fazer uma reunião, nas Águias Unidas a população ouviu Sr. Presidente não queira dizer
aquilo que não disse, e para acabar portanto a minha conversa e a minha incompreensão Sr.
Presidente vai fazer a reunião eu solicitava em nome dos moradores que essa reunião fosse feita o
mais breve possível porque os mesmos estão muito incomodados Sr. Presidente, estão muito
incomodados, não só os que cá estiveram mas os que depois saberem aquilo que efetivamente
aqui se passou e como se passou; não nos empurrem para onde não devem; eu disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Rui Sado e eu pedia ao Presidente
António Santos que nos apoiasse como sempre.”
I.6. António Santos, em nome de Rui Sado, disse: “Diz o Rui Sado, Sr. Presidente da Assembleia
Municipal, peço desculpas por estar aqui hoje nesta Assembleia porque hoje não estou aqui a falar
como cidadão de 52 anos, mas como se tivesse 10 anos e sei que a política é para maiores de 18
anos tanto assim que tem direito a voto quem tem direito a voto são as pessoas maiores de 18
anos, contudo com a minha inocência de 10 anos ainda acredito no Pai Natal, no passado dia 7 de
dezembro fui esperar o Pai Natal na frente ribeirinha do Seixal e ouvi o Exmo. Sr. Presidente da
Câmara Municipal do Seixal a anunciar as prendas que o Pai Natal nos trouxe para 2018,
desassoreamento da Baía do Seixal, ponte pedonal do Seixal para o Barreiro e Hospital do Seixal,
Sr. Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, miúdo que sou não duvidei das
palavras de V. Exa. mas desculpe só acreditei no presente que foi o desassoreamento da Baía do

6/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

Seixal porque este trabalho é exclusivamente deste município de abril embora que já foi dito em
público tenho 52 anos e hoje tenho 10, na tomada de posse para os órgãos municipais de 2017 a
2021 encerra-se hoje um ciclo eleitoral no Concelho do Seixal mas certas pessoas esquecem-se
que este Concelho foi e será sempre um Concelho de abril, porque o hospital do Seixal era para ser
comtemplado no orçamento de estado para 2018 por engano ou não ficou para 2019 é igual como
as nossas juntas de freguesia, Seixal Arrentela e Aldeia de Paio Pires, sobre a ponte pedonal do
Seixal/Barreiro é mais uma luta que vamos ter como uma luta pelo hospital por causa da Câmara
Municipal do Barreiro, para terminar já com 52 anos desejo um feliz Natal e um próspero Ano
Novo para todos nós e muita luta para termos o nosso hospital do Seixal e a Ponte Pedonal, já
agora estava-me a esquecer, ontem acredito que não fui fazer fantochada mas fui lutar e fazer
arte fazer arte ao Natal do Hospital do Seixal já com a idade que tenho achei estranho ontem na
festa a luta pelo hospital estamos a lutar todas as forças políticas que apoiam o hospital do Seixal
como a restauração das nossas freguesias, mas quando estamos em luta não aparecem será por
vergonha ou não quererem, eis a questão, disse o Rui Sado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, terminado o período de intervenções
pergunto ao Sr. Presidente da Câmara se pretende intervir? Se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Antes de mais e uma vez mais agradecer as várias
intervenções dos munícipes são questões importantes que nos trazem algumas já recorrentes de
outras sessões, começaria pela 1.ª questão, de facto temos um proprietário que abusivamente
tem colocado um obstáculo físico num caminho que é municipal, por essa situação neste
momento é recorrente ou seja já aconteceu uma vez nós remove-mos com ordem das forças de
segurança e ordem judicial fomos autorizados a remover esse obstáculo e neste momento a
informação que temos é que foi novamente colocado um outro obstáculo nesta via municipal,
recebemos também entretanto do ministério público o entendimento que existe sobre esta
matéria onde nos dizem que não é crime, portanto o que está é no âmbito do poder regulamentar
da Câmara Municipal em termos da aplicação de coimas, bom nós já estamos a trabalhar nessa
questão mas no entanto eu penso que agora há aqui claramente um ato de desobediência e
espero que agora já seja considerado como crime, não sou advogado não sou jurista, mas no
entanto parece-me evidente que tendo sido alertado tendo sido feito um procedimento formal de
notificação para que retire um obstáculo que está a causar problemas à circulação pessoas e bens
não o fez a Câmara Municipal substitui-o percorrendo todas essas formalidades que envolveram
não só o município mas as forças de segurança a Policia Marítima a Administração do Porto de
Lisboa porque é uma zona ribeirinha de acesso aos estaleiros e de facto agora tivemos a
comunicação de que fez novamente a mesma coisa, pronto espero que agora digamos já seja
entendido como um crime veremos se é ou não mas no entanto gostaria de deixar portanto
também aqui a posição da Câmara ao Sr. Luís Almeida que nós não só compreendemos esta
situação como também estamos solidários, isto é, não aceitamos que se coloque, neste momento
é uma grua se não estou em erro que lá está naquele caminho, e por isso tudo faremos para que
seja retirada no mais curto espaço de tempo mas no entanto temos que percorrer alguns
formalismos para poder desempenhar bem a nossa função e portanto depois não sermos depois
então alvo de qualquer penalização por termos feito algo menos bem. Sobre as questões
relacionadas com a Associação de Moradores dos Redondos, obras da Associação de Moradores
dos Redondos e também a questão relacionada com a Quinta da Loba ou Vale de Santo António
pedia ao Vereador Jorge Gonçalves por favor que pudesse dar uma nota de esclarecimento visto

7/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

que, parece que as minhas palavras não foram bem interpretadas pode ser que as do Sr. Vereador
sejam melhor interpretadas, se faz favor.”
O Vereador Jorge Gonçalves disse: “Em primeiro lugar referia-me à questão da Associação de
Moradores dos Redondos aqui colocada pelo Sr. Paulo Fradique que já esteve na passada reunião
de Câmara e por isso, no essencial, os esclarecimentos já terão sido dados, mas volto a enquadrar;
quando referi que esta obra é uma obra de iniciativa municipal enquadra-se num conjunto de
obras que são apoiadas pelo município no âmbito do nosso movimento associativo popular, a
Associação de Moradores dos Redondos tem por via, não do próprio processo de reconversão
urbanística, mas por via das ações em prol do desporto e da cultura, contratos-programa
assinados, quer com a área do desporto, quer com a área da cultura, para o seu desenvolvimento
e é nesse âmbito que têm estado a ser apoiados e acompanhadas as obras de desenvolvimento;
de qualquer forma o Sr. Paulo Fradique também fez chegar então o requerimento com precisão
das questões que querem ver respondidas e será também da mesma forma respondido; devo
dizer também que resultante da nossa última reunião de Câmara – e fiquei na dúvida se este
requerimento o substitui – nós articulámos com a Associação de Moradores dos Redondos a
realização de uma reunião no local para o esclarecimento precisamente das questões, do
sentimento do ponto de vista daquilo que vão ser considerados os (…) e estamos a aguardar a
confirmação da data que foi proposta para ser comunicada; julgo que é sem prejuízo daquilo que
foram os pedidos de esclarecimentos que agora foram feitos tendo em conta que no essencial
podiam ser colocados na reunião que está para ser agendada, de qualquer das formas julgo que
brevemente teremos a confirmação dessa reunião entraremos em contacto para realizar, quer
com o Sr. Paulo Fradique, quer com os moradores da área envolvente que assim o entendam. No
que diz respeito às questões das áreas de reconversão, é preciso distinguir que esta intervenção
que está a ser feita – o Sr. Vereador Joaquim Tavares já se irá referir a ela – é uma intervenção
muito relevante tendo em conta o nível de infraestruturação daquela zona que tem realidades
muito distintas desde o Vale da Loba ao Vale de Santo António e Quinta do Secundino mas que no
essencial estavam condicionadas do ponto de vista daquilo que era a concretização das suas
infraestruturas com vista às ligações das redes e existentes na rede do município do ponto de vista
dos esgotos e por isso mesmo nas zonas onde existiam redes executadas elas não podiam ser
ligadas e noutros sítios não há de todo rede executada; depois naturalmente é preciso fazer a
distinção dentro, não só das várias áreas, porque há áreas que foram realmente constituídas
enquanto AUGI e tiveram o seu desenvolvimento, outras áreas foram por iniciativa municipal tal e
qual como foi referido que se desenvolveram os loteamentos e foram infraestruturadas e há
outras áreas que são ainda hoje dificilmente enquadradas do ponto de vista da sua legalização; em
qualquer dos casos o nível de responsabilidade sobre a infraestruturação decorre por parte dos
proprietários no que diz respeito ao seu desenvolvimento geral e foi mesmo no quadro de Vale de
Santo António também protocolado nesse âmbito e por isso importa verificar tal qual como o Sr.
João Luz aqui o referiu é se o nível de compromisso que está garantido e sobre o qual dizem ter a
referência em relação aos pagamentos que estão efetuados se confirmando a que trabalhos dizem
respeito de forma a perceber se aquilo que eram os trabalhos enquadrados na altura e os
trabalhos futuros estavam enquadrados já dentro dessa comparticipação ou se foram pagos aquilo
que correspondia aos trabalhos de infraestruturação decorrentes, de qualquer das formas essa
avaliação pode ser feita não só dentro de cada uma destas zonas porque são zonas
verdadeiramente com enquadramentos diferentes quer em cada um dos casos para se perceber
qual foi o nível de responsabilidade assumido por cada um dos coproprietários; na verdade o Sr.

8/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

Vereador Joaquim Tavares já irá fazer referência mas nós reunimos com a Comissão de
Administração do Vale da Loba e também referimos aquilo que foram os procedimentos com vista
à questão da ligação dos esgotos e por isso naturalmente haverá toda a disponibilidade de acordo
com aquilo que ficou definido para que também se possa fazer na mesma zona em relação ao Vale
de Santo António, disse Sr. Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Pedia também ao Vereador Joaquim Tavares que
pudesse não só complementar o Sr. Vereador Jorge Gonçalves da informação sobre o Vale de
Santo António e as infraestruturas como também responder à questão do Sr. Luís Trindade
relativamente à Avenida Quinta da Atalaia e bem como ao Sr. João Carlos Pereira sobre as
matérias relacionadas com as ações da Câmara Municipal relativamente às questões da poluição
da Siderurgia Nacional, se faz favor.”
O Vereador Joaquim Tavares disse: “Relativamente às questões do Sr. João Luz e procurando
concluir as ideias que o Sr. Vereador Jorge Gonçalves já colocou, dar nota que realmente
realizámos uma reunião com a Administração da AUGI do Vale da Loba reunimos também com
alguns moradores da Qta do Secundino e também já houve um contacto ou outro a pedido de
moradores da Qta de Santo António, mas nós poderemos e iremos realizar uma reunião para
esclarecer aquilo que poder ser esclarecido sempre com esta ideia relativamente àquilo que são as
responsabilidades dos munícipes é que a postura da Câmara Municipal não é de cobrar mais que
aquilo que está nos regulamentos e aquilo que é o dever de cada um de cobrar e sempre, tal como
já foi referido, sempre que houver justificação e que se faça prova de que houve e que está
acordado uma ou outra situação portanto que já tenha sido enquadrado nas contrapartidas enfim
tudo aquilo que puder ser esclarecido nesta matéria portanto nós iremos encontrar uma solução
que não prejudique os moradores e nem a Câmara Municipal fique debilitada por não ter levado a
concretização aquilo que era o seu dever relativamente a estas matérias. Em relação às questões
do estacionamento na Qta da Atalaia os serviços estão a analisar esta questão eu irei ver em que
pé é que está e se tiver o contacto do munícipe entrarei em contacto; irei também ao terreno ver
no concreto como é que podemos ultrapassar a questão que aqui nos deixou e a preocupação que
os moradores colocam e se houver naturalmente capacidade de resolução que vá ao encontro
daquilo que está a ser sugerido mantendo a segurança da via a Câmara irá avaliar da sua
concretização. Em relação às questões da Siderurgia Nacional e também aos compromissos que a
Câmara Municipal assumiu através de uma deliberação em Sessão de Câmara e de um conjunto de
procedimentos que tinha que dar resposta é claro que eles estão a ser desenvolvidos quer na
medição do ruído e portanto esperamos durante o mês de janeiro dar notícias concretas sobre
esse trabalho que foi realizado quer na qualidade do ar, portanto as coisas não andam todas ao
mesmo tempo ainda no passado dia 28 de novembro tivemos uma reunião com o centro de
investigação e sustentabilidade ambiental do departamento de ciências e engenharia do ambiente
da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para avaliar o trabalho a
desenvolver e para prepararmos também com eles o desenvolvimento do concurso porque tem
que haver um procedimento que esperamos lançar no inicio do ano para poderem propor os
termos da realização do trabalho e também os valores a envolver nesta mesma realização para
depois poder contratar o respetivo trabalho, não foi só com esta Universidade que contactámos
fizemos também trabalho exploratório com outra Universidade portanto os trabalhos estão a
andar e à medida que formos concretizando iremos dar nota naturalmente e conhecimento às
organizações e à população também porque temos interesse em esclarecer essas coisas, penso
que ainda cabe uma nota relativamente àquilo que são os impactos da Siderurgia e a posição da

9/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

Câmara e sobre essa matéria a Câmara o que pensa é que todas as tecnologias que possam ser
utilizadas para minimizar os impactos quer do ruído quer da poluição da qualidade do ar que
existirem no mercado devem ser utilizados e é isso que temos feito junto da Siderurgia e é isso
que vamos continuar a fazer e sempre que se detetarem estas situações que estão fora dos
parâmetros, da nossa parte isso tem sempre não só um pedido de esclarecimento sobre o que é
que se passou às entidades que têm responsabilidade nessa matéria como a exigência de que
sejam tomadas medidas para que não volte a acontecer, dizer também que está prevista ainda no
âmbito da licença uma vistoria para os próximos dias e que naturalmente iremos estar nessa
vistoria com uma posição reivindicativa para o cumprimento de todas as questões a que estiveram
subjacentes à aprovação da licença com a qual discordámos como é do conhecimento público,
disse Sr. Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Bom, gostaria só de comentar também só a última
intervenção da parte do Sr. Rui Sado dizer-lhe que as prendas que o Pai Natal nos trouxe o hospital
o metro Sul do Tejo o desassoreamento da Baía são prendas necessárias ao município, mas nós
pronto não acreditamos no Pai Natal e gostaríamos era que quem concretiza quem tem a
responsabilidade de concretizar estas intervenções as pudesse concretizar em 2018 e nessa
perspetiva assim esperamos que o Governo cumpra aquilo com que se comprometeu em primeiro
lugar sobre a questão do hospital o anuncio do lançamento dos concursos para os projetos de
execução era determinante para voltarmos, digamos assim, para retomarmos esse caminho que
foi interrompido há uns anos quando não se cumpriu o primeiro protocolo de 2009 e ontem
naquela grande iniciativa do Natal do hospital no Seixal foram várias portanto foram várias as
pessoas que estiveram presentes, artistas que também com vários artistas que foram convidados
e que também se juntaram a esta causa porque de facto o hospital é extremamente necessário,
dizer ainda relativamente à questão do desassoreamento da Baía do Seixal que não é da
competência do município o município não tem nenhum título para fazer qualquer ação sobre o
leito da Baía do Seixal é uma competência da Administração do Porto de Lisboa que nós também
temos vindo a reivindicar, aliás temos neste momento uma reunião pedida à presidente da APL e à
Ministra do Mar do qual ainda não fomos recebidos nem a Sra. Ministra nem a Presidente da
Administração do Porto de Lisboa mas estamos a aguardar para que seja agendada para que
coloquemos essa necessidade porque de facto assim é a nossa Baía se não for tratada de forma
conveniente se os seus leitos e os canais principais não forem limpos não forem desassoreados
teremos problemas na realidade complexos a cada ano que passa portanto iremos ter maiores
problemas e nessa perspetiva é uma questão que também nos preocupa e estamos naturalmente
empenhados na sua resolução, muito bem Sr. Presidente da Assembleia Municipal são os
esclarecimentos possíveis nesta Assembleia, muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Câmara. Terminámos o
Período de Intervenção da População passamos para o Período de Antes da Ordem do Dia.”

II. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.


O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Temos pedidos de substituição com ausência
inferior a 30 dias, da CDU Custódio Carvalho por Maria João Santos, do Bloco de Esquerda Sandra
Sousa por Hugo Arsénio Pereira, do CDS João Rebelo por Paulo Galvão em virtude de Humberto
Batardo e Marlene Abrantes terem também solicitado a sua substituição. Uma informação que do
ponto de vista formal tem que ser dada à Assembleia Municipal: Jorge Osvaldo Dias dos Santos

10/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

Gonçalves Vereador da Câmara Municipal comunicou à Assembleia Municipal que pretende


acumular a atividade de investigação às funções de Vereador a título não renumerado e a tempo
parcial de 10%; Maria Manuela Palmeiro Calado Vereadora da Câmara Municipal do Seixal vem
também no mesmo quadro legal informar que pretende acumular com as funções de Vereadora as
funções de docência não renumerada a tempo parcial de 15%, 3 horas as quais poderão ser aulas
presenciais e tutoriais trata-se portanto de acumulações não renumeradas mas no quadro legal,
portanto digamos que signifiquem quadro portanto é uma competência da informação à
Assembleia Municipal. Em relação aos documentos recebidos, havia um conjunto de documentos
para o Período de Antes da Ordem do Dia mas houve um entendimento em conjunto dos Líderes
Municipais com a Mesa e aqui, portanto, a opção dos Líderes Municipais como não pode deixar de
ser, porque é da responsabilidade dos respetivos grupos municipais, portanto a retirada desse
conjunto de documentos; eram 9, mantendo-se um que é um voto de pesar que não tinha sido
possível incluir na Assembleia Municipal anterior, não foi na anterior, mas da anterior da anterior;
portanto este mantém-se, os outros documentos são retirados e aqui há naturalmente um registo
que importa aqui fazer, aqui sublinhar, tendo em conta esta posição conjunta e tendo em conta a
importância da ordem de trabalhos que como sabemos são as grandes opções do plano e
orçamento; é um documento com esta importância para o Município, já aprovado na Câmara e
que hoje vem à apreciação da Assembleia Municipal; portanto neste sentido e depois deste
registo, é um voto de pesar pelo falecimento de Francisco Troncão apresentado pelo grupo
municipal do PSD é subscrito por Duarte Correia a quem dou a palavra, se o entender, se faz
favor.”
Duarte Correia, do PSD, disse: “Antes de mais conforme o Sr. Presidente da Mesa da Assembleia
já o disse este voto de pesar foi apresentado pelo Partido Social Democrata para ser votado no dia
14 de novembro e, por falta de tempo, não foi possível; e eu vou passar a ler o voto de pesar.”
Queria só fazer mais uma referência agradecer a sensibilidade do Nelson Patriarca que na sessão
de 14 de novembro no final da Assembleia Municipal veio aqui invocar a memória do Francisco
Troncão, muito obrigado.”
Duarte Correia leu integralmente o documento anexo à ata com o número 1.
II.5. O Grupo Municipal do PSD apresentou o voto de pesar pelo «Falecimento de Francisco
Troncão», subscrita por Duarte Correia.
(Documento anexo à Ata com o número 1)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto se há intervenções para apreciação deste
voto de pesar; Não há pedidos de intervenção, portanto vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição n.º 20/XII/2017 por unanimidade e em minuta com:
 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1

11/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1


- Do presidente da junta de Fernão Ferro: 1.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto o voto de pesar foi aprovado por
unanimidade, e tal como o voto de pesar diz e aprovámos, vamos guardar um minuto de silêncio.”
Foram retirados os seguintes documentos:
II.1. Do Grupo Municipal do PS, a moção «Descentralização Administrativa», subscrita por
Tomás Santos.
II.2. Do Grupo Municipal do PS, a recomendação «Pela saúde ambiental no concelho do
Seixal», subscrita por Rui Brás.
II.3. Do Grupo Municipal do PS, a moção «Pela melhoria das condições de sinalização e
circulação no Fogueteiro» subscrita por Nelson Patriarca.
II.4. Do Grupo Municipal do PS, a saudação «Ao Governo da República Portuguesa pela
construção da Unidade de Saúde de Corroios» subscrita por Samuel Cruz.
II.6. Do Grupo Municipal do PSD, a saudação «181.º aniversário do Concelho do Seixal»,
subscrita por Maria Luisa Gama.
II.7. Do Grupo Municipal da CDU, a recomendação «Pela não utilização de sopradores de mão
por parte de funcionários da autarquia no exercício das suas atividades», subscrita por
André Nunes.
II.8. Do Grupo Municipal da CDU, a saudação «Água de excelência no concelho do Seixal»
subscrita por Júlia Freire.
II.9. Do Grupo Municipal da CDU, a saudação «Reeleição do Município do Seixal para a
Presidência Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis» subscrita por Rosária Antunes.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Obrigado. Ora muito bem, então fazemos agora
um intervalo mais curto que o habitual, 5 minutos.”

III. PERÍODO DA ORDEM DO DIA.


III.1. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 2)
III.2. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º
do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 3)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Para o ponto III.1 e III.2, como tem sido o nosso
modelo, faremos a apresentação e a apreciação em conjunto destes dois pontos e nesse sentido,
dou a palavra ao Sr. Presidente da Câmara”.

12/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

O Presidente da Câmara Municipal disse: “Sobre as actividades do Presidente da Câmara neste


período entre 24 de outubro e 7 de dezembro, gostaria de fazer alguns destaques. Antes de mais o
40.º aniversário da Associação de Bombeiros Mistos do Concelho do Seixal. Numa situação difícil a
Câmara Municipal esteve presente, dando também não só força aos bombeiros e à sua direcção
como comprometendo-se com cinco medidas que o município pode e está interessado em
desenvolver para ajudar os bombeiros e tivemos também presentes na concentração de
solidariedade frente ao Tribunal do Barreiro, no sentido de conseguirmos ver que também os
órgãos autárquicos do município estão solidários com esta força de bombeiros. Gostaria também
de destacar a reunião com a Secretária de Estado da Habitação, na próxima reunião de Câmara
desta quinta-feira iremos propor um acordo entre o IRU e a Câmara Municipal para avançarmos
com o processo de realojamento social no nosso concelho. Retomar esse processo e com
assinatura prevista para a próxima sexta-feira. Gostaria também de destacar a inauguração da
creche «Os pastorinhos». Uma das últimas obras comparticipada ainda no âmbito do Programa
PARES. Como se sabe, as creches sociais, a sua construção é da responsabilidade do Estado. O
Programa PARES o que fez foi através de instituições sociais apoiavam uma parte dessa obra,
sendo que os municípios ou as instituições apoiariam a restante e foi o que aconteceu com esta
creche, bem como com outros equipamentos sociais no concelho. A Câmara Municipal do Seixal
foi parceira de várias instituições sociais no sentido de ver concretizados vários equipamentos.
Este da creche «Os pastorinhos» é mais um caso de sucesso. Parabéns a todos aqueles que
contribuíram para este objectivo e na presença do Sr. Ministro Vieira da Silva, o que solicitámos foi
que não existindo um novo programa de financiamento a equipamentos sociais que o Governo
possa, no mais curto espaço de tempo, voltar a coloca-lo para que outras necessidades que temos
no concelho possam ser concretizadas. Gostaria ainda de destacar a assembleia electiva
intermunicipal do 20.º aniversário da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis. A Câmara
Municipal do Seixal foi novamente reeleita para a presidência da Rede Portuguesa, merecendo a
confiança dos 47 municípios, o que muito nos satisfaz e nos honra, mas também nos dá a
responsabilidade de liderar uma das mais dinâmicas e importantes rede de municípios do país.
Destacaria ainda a luta pelo hospital, nomeadamente a concentração junto à residência oficial do
Sr. Primeiro-Ministro onde acompanhámos a Comissão de Utentes de Saúde do concelho do Seixal
com um ofício dirigido ao Sr. Primeiro-Ministro, no sentido de retomar o processo de construção
do hospital. Fomos recebidos por um assessor económico do Sr. Primeiro-Ministro mas
infelizmente até hoje não tivemos qualquer resposta. Amanhã de manhã vou estar, espero eu,
com o Sr. Ministro da Saúde nas comemorações do 25.º aniversário do Hospital Garcia de Orta.
Espero que o Sr. Ministro lá esteja e que me diga qualquer coisa sobre o processo do hospital.
Gostaria também de destacar ainda a reunião com a Associação de Bombeiros Mistos de Amora, é
uma outra associação importante e que tem outros problemas também relacionados com o seu
próprio equipamento e quartel. Assim esperemos que o ano de 2018 seja mais frutuoso, no
sentido de vermos concretizado esse objetivo. Por fim, também destacaria a abertura da Aldeia
Natal do Seixal, num espaço qualificado para as famílias do nosso concelho poderem ter à porta de
casa uma oferta de lazer, cultural, também de certa forma desportiva para que a quadra natalícia
possa ser feita a baixo custo e perto de casa. Portanto, esse é o desafio do município do Seixal,
para além de este ano na nova localização que adoptamos podermos apresentar a toda a
população, quer aos residentes, quer aqueles que nos visitam o novo núcleo urbano antigo do
Seixal já renovado e com uma nova cara e novas infra-estruturas para mostrar à população. Sobre
as principais deliberações. Na reunião de 28 de outubro foram aprovadas as delegações de
competências da Câmara no Presidente da Câmara, para além do outro conjunto de deliberações

13/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

importantes e na de 9 de novembro, realizámos a segunda revisão orçamental onde


acrescentámos mais cerca de 10 milhões de euros ao orçamento da Câmara Municipal. Para além
das deliberações que fizemos, subsequentes das taxas municipais e por fim, na reunião de 23 de
novembro, também merece destaque a abertura do concurso para a construção da escola EB1/JI
Quinta de Santo António que se trata de uma ampliação e requalificação desta escola, na Amora.
Já relativamente às matérias relacionadas com a área financeira referir que, como o relatório do
1.º semestre tinha indicado, estamos com um resultado líquido de mais de 8 milhões de euros a
Junho de 2017. Nestes outros meses até 31 de Outubro, nestes três meses entre Junho e Outubro
a situação contínua com uma tendência positiva e nessa perspectiva do ponto de vista financeiro,
o município tem tido as condições necessárias para não só cumprir com as sua obrigações, como
também libertar meios para poder continuar e aprofundar o investimento na Câmara Municipal.
Sr. Presidente são os principais destaques, estarei disponível para poder prestar esclarecimentos à
Assembleia Municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Abrimos agora um período de intervenções. Bruno
Barata, se faz favor”.
Bruno Barata, do PS, disse: "Queria também dar aqui uma palavra ao deputado Rui que hoje não
vou falar de austeridade. Ele fica sempre muito incomodado quando se fala de austeridade e hoje
não vou começar nesse aspecto, mas também lhe digo que quando refere que nos 11% de défice
também deve-se recordar como é que chegámos lá com as políticas neoliberais. Indo directo ao
assunto, no relatório de execução ao 1.º semestre de 2017, na página 17 verifica-se que a taxa de
execução dos investimentos plurianuais está bastante baixa. A taxa situa-se nos 18% quando a
taxa padrão em Junho deve ser de 50%, ou seja, está a 32 pontos percentuais abaixo da taxa
padrão e eu gostaria que o Sr. Presidente explicasse essa incapacidade que existe em executar os
projectos plurianuais. Saliento por exemplo, a Junho de 2017 a cultura e património tinha uma
taxa de execução de apenas 3%, o desporto 0%, intervenção social 3% e saúde 0%, quando a taxa
padrão deveria ser 50%, gostaria que explicasse o motivo ou os motivos desta incapacidade.
Passando um pouco à frente e na área das compras, aprovisionamento e contratação pública são
páginas e páginas dos procedimentos de aquisição que obviamente são muitos que a máquina da
Câmara exige. Deixo a sugestão para termos também noção da dimensão e do procedimento que
está a ser seguido, o valor base desses procedimentos quando estão a ser abertos para termos
efectivamente uma transparência total. Na área da qualidade e da norma ISO 9001, na parte desse
departamento informam que foram efectuados os questionários de satisfação interna e satisfação
externa. Entenda-se satisfação interna são os funcionários. Satisfação externa os clientes, os
fornecedores, os munícipes, por aí adiante. Do que eu procurei esses resultados não estão
públicos, gostaria de saber por que é que não estão; E se o Sr. Presidente pode avançar a esta
Assembleia quais os resultados desses questionários de satisfação, tanto dos trabalhadores, como
dos clientes externos. Para terminar e relativamente também as informações financeiras, verifica-
se que a taxa de execução a 31 de Outubro é de 74%, quando a taxa padrão para 31 de Outubro é
de 83%, ou seja, encontra-se por comprometer e são os dados que estão lá 7 milhões de euros.
Por comprometer que ainda não estão afectos a nenhuma despesa pública. Como estamos muito
perto do final do ano, faltam aproximadamente 15 dias, que nem são 10 dias úteis, eu gostaria de
saber Sr. Presidente se tem alguns indicadores para dar a esta Assembleia de informação
actualizada sobre as expectativas de execução até ao final do ano”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Luís Gonçalves se faz favor”.

14/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

Luís Gonçalves, do PS, disse: "Eu gostava aqui de trazer cinco temas. O primeiro tema é a
toponímia; no mandato anterior esta assembleia tinha deliberado a atribuição do nome de duas
figuras de âmbito nacional a artérias do concelho, o Dr. Mário Soares e Eusébio. Gostaria de saber
se é intenção deste executivo dar seguimento a essa deliberação, essa recomendação, e atribuir
nome a duas ruas destas personalidades. O segundo tema também do mandato anterior tem a ver
com a sede deste edifício. A 23 de Agosto, na 3.ª sessão extraordinária de 2016, esta assembleia
deliberou sobre um ponto que era contratação de empréstimo para aquisição do edifício dos
Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal. Concretizando, confesso que tenho um pouco de
dificuldade em explicar porque na altura nós também tivemos um pouco de dificuldade de
perceber a plenitude desta deliberação é que pretendia-se adquirir o imóvel, se não fosse possível
adquirir o imóvel pretendia-se expropriar o imóvel mas não se sabia exactamente qual era o
quadro legal e se conseguíamos ou não faze-lo, se existia ou não a tentativa de fazer uma
excepção á Lei junto do Governo para se puder fazer esta aquisição e hoje o que eu quero saber é
relativamente a esta deliberação teve algum impacto ou seja, nós estamos com um dossier
pendente ou com algum processo pendente para aquisição deste edifício ou para a renegociação
do contrato de arrendamento deste edifício. Gostava que me informasse qual é o andamento do
processo? Terceiro ponto: também no mandato anterior chegou a ser realizada uma assembleia
extraordinária para apurar e para dar um novo ímpeto à implementação da loja do cidadão no
concelho do Seixal. Entretanto, terá havido alguns desenvolvimentos no processo. Nós também
tivemos algum tempo alargado sem sessões ordinárias e portanto, gostaria que o Sr. Presidente
me pudesse esclarecer qual é o andamento do processo, vamos ter loja do cidadão? Não vamos?
Já existe agendamento? Qual é o agendamento? Quarto ponto: a 25 de Fevereiro de 2016 houve
um Fórum Seixal e ainda temos quem passa junto ao E.Leclerc, em Amora, parte do outdoor que
anunciou o novo núcleo de náutica de recreio de Amora, 1.ª fase, eu estive lá ontem, é perto de
minha casa e eu gostava de saber se a obra está concluída, ou seja, se a 1.ª fase é impressão
minha ou apenas aquilo e portanto, sendo uma 1.ª fase pressupõe que existem fases posteriores.
Eu gostaria de saber se existe alguma fase duas ou mais quando e no que é que consistem
precisamente essas fases ou seja, o que é que vamos fazer a partir de agora ou se ainda não está
completo o que é que falta e o que é que vamos fazer depois? Para terminar, 5.º ponto: chegou-
me ao conhecimento que foi entregue junto dos serviços, salvo erro no final do mandato anterior,
mas a reivindicação é premente e não é estanque aqui no que diz respeito aos mandatos
autárquicos. Foi entregue um abaixo-assinado entre 150 a 200 assinaturas do documento que
reivindicava uma passagem condigna entre as ruas D. Branca Saraiva de Carvalho e rua da
Sociedade Filarmónica Operária Amorense, tentando explicar isto porque nós não temos que
saber todos os nomes de todas as ruas do concelho de cor. Estou a falar de uma pequena
passagem que existe entre a rua da Sociedade Filarmónica Operária Amorense e a rua do Centro
de Saúde de Amora. Existe uma pequena passagem que será do domínio público e estas pessoas
queriam uma passagem que fosse condigna que permitisse às pessoas poderem estar num espaço
que é público, sem ter que passar pela lama em dias de chuva, o abaixo-assinado, tem a ver com
uma questão minha, imediatamente ao lado da passagem porque existe um descampado grande e
apenas parte desse domínio é público e existe uma parte que é de privados. Ainda assim, o que
nós assistimos é por exemplo, quem passa em dias há noite em que existe alguma actividade e na
SFOA, aquele espaço está ocupado por inúmeros automóveis, sendo que neste momento aquele é
um espaço de privados, está a ser usado para domínio público, a verdade é esta e eu gostava de
saber se a Câmara tem alguma intenção para aquele espaço, nomeadamente contratando com os
actuais proprietários, servindo ou não uma permuta, se temos alguma coisa pensada para aquele

15/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

espaço, por um lado para aquilo que é uma justa reivindicação dos habitantes que entregaram o
abaixo-assinado para a passagem. A segunda questão é para o restante espaço, se existe alguma
visão da Câmara para aquele espaço?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nelson Patriarca”.
Nelson Patriarca, do PS, disse: "Duas primeiras perguntas muito simples. A primeira tem a ver
com uma moção que foi aprovada nesta casa, ao fim ao cabo, em novembro, em que
textualmente solicitava à Câmara no prazo de 10 dias uma resposta sobre uma questão
relacionada com Vale de Chicharos e na verdade passado esse tempo ainda não foi dada, era para
tentarmos perceber se da parte da mesa da assembleia se essa questão foi colocada ao executivo
como deveria ser processualmente e se sim, se houve resposta. A segunda questão tem a ver com
uma questão que viria aqui em forma de moção, sendo retirada entendemos pertinente mantê-la.
Neste momento, está uma obra em curso que não há uma percepção muito clara de quem é o
promotor, se é a Câmara, se é uma superfície comercial na zona do Fogueteiro. Acontece que isso
faz desviar o trânsito por uma zona onde a Câmara Municipal, o promotor ou quem quer que seja
não cumpre rigorosamente nenhuma recomendação de segurança rodoviária. Não há sinalização,
não há iluminação, não há sinalização, nem horizontal, nem vertical, as marcas no chão de
percurso temporário que são amarelas estão neste momento completamente desaparecidas.
Portanto, seja quem seja o promotor a Câmara tem obrigação de salvaguardar os munícipes e o
espaço público e o que se passa ali basicamente é um atentado à qualidade de circulação e à
segurança rodoviária de todos. Queria saber se a Câmara pensa fazer alguma coisa, tanto mais que
já em duas circunstâncias os vereadores do Partido Socialista em sessões de Câmara, uma mais
informal antes de uma dita reunião e outra numa reunião propriamente dita colocar essa questão
ficaram de ver até agora aparentemente ninguém viu nada”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Duarte se faz favor”.
Duarte Correia, do PSD, disse: "Nesta Assembleia Municipal não há deputados municipais, há
membros da Assembleia Municipal; a única deputada que eu vejo aqui realmente é a Dra. Paula
Santos pelo PCP. Deputados são só na Assembleia República. Felizmente já cá tivemos alguns
deputados, ainda na última Assembleia Municipal tivemos cá o João Rebelo pelo CDS, já cá
tivemos o Vitor Ramalho pelo Partido Socialista, o Luis Rodrigues pelo Partido Social Democrata,
mas por favor não digam deputados municipais que isso não existe, não está escrito em lado
nenhum, só nesta Assembleia Municipal. Ó Nelson, parece que estamos em sintonia; eu vinha cá
falar exactamente ali naquela questão do Fogueteiro para perguntar quem é o dono da obra? Ou
seja, se houver ali um acidente, contra quem é que nós podemos intentar uma acção? É que não
há uma informação de quem é o dono da obra, não está lá um placard, não existe lá nada”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Jorge Freire”.
Jorge Freire, do PS, disse: "A minha questão tem a ver com o património municipal, página 76,
onde é referido que a Quinta da Trindade foi alvo de intrusão e de vandalismos no espaço; a
pergunta é se as reservas municipais da área de arqueologia foram ou não afectadas, quais é que
são os níveis de segurança ou se houve algum incremento de segurança perante este furto e
também fazer uma pergunta relativamente às instalações técnicas na Torre da Marinha
relativamente às anomalias verificadas nas reservas museológicas, muito concretamente é dar
nota que a conservação se encontra em rápida degradação. Eram estas duas questões
relativamente ao património ”.

16/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Manuel Araújo”.


Manuel Araújo, Presidente da Junta de Amora, disse: "Duas notas, apenas, uma de indignação
para com o mau serviço que a EDP está a prestar. É inadmissível e eu falo em relação à cidade de
Amora que por exemplo, a Av. Marcos de Portugal num sector onde existe mais comércio e a
respectivas traseiras, a rua Irene Lisboa estão completamente às escuras há mais de 1 mês. Já
enviei vários e-mails, telefono constantemente para o piquete e recentemente num piquete que
eu encontrei na rua, até na marginal Silva Gomes, junto ao edifício que foi demolido, o piquete
que lá foi desligar a electricidade, contactei-os o que é que se passava com a Avenida Marcos
Portugal e eles conheciam perfeitamente o problema e até sabiam que havia várias reclamações,
não só da Junta de Freguesia mas também de muitos moradores. E o que me disseram é que havia
uma avaria entre dois armários que é necessário abrir uma vala e que estavam à espera de ordens
para proceder ao respectivo serviço, mas não é só esta situação. A avenida Luis Sá, o principal
acesso à Estação de Foros de Amora esteve às escuras três semanas, completamente às escuras,
também com uma avaria subterrânea que já foi reparada felizmente, mas em vários sectores, já
não falo na questão das luminárias apagadas isoladamente a que até há pouco tempo a EDP
respondia com alguma celeridade, mas que agora fica completamente esquecido os nossos
pedidos. Creio que a Câmara enquanto cliente também terá as suas razões e fará as suas
reclamações mas penso que é necessário tomar uma posição de força contra esta situação porque
é inadmissível mais de um mês para reparar uma avaria. Por fim, uma outra situação que
contrasta com a resposta que os serviços da Protecção Civil deram naquela noite do furação Ana,
é que oito dias depois na rua Infante D. Augusto bem em frente ao Centro de Formação onde uma
árvore tombou e que na mesma noite foi removida, embora ainda esteja o cepo por remover.
Continua lá um poste metálico da EDP tombado completamente a obstruir a passagem, sendo
uma das zonas mais movimentadas, basta ter ali o Centro de Formação e o poste continua lá
tombado. Eu creio que é necessário que se tome uma posição junto da EDP para que estas
situações sejam resolvidas o mais depressa possível. Aliás, quem passa na ponte da fraternidade,
quer do lado da Amora, onde estão 2 ou 3 candeeiros apagados há várias semanas, quer do lado
da Torre da Marinha onde toda a rotunda está às escuras há várias semanas, se não fosse a
iluminação de natal aquilo estaria completamente às escuras. Esta nota de indignação. Queria
também deixar aqui uma nota de reconhecimento para com a resposta que foi dada pela Câmara
Municipal e com os seus serviços pelos bombeiros, pela PSP, na noite do furacão Ana. Eu quando
me levantei bastante cedo para ir fazer um levantamento da situação, não só fiquei impressionado
com os estragos que o furacão tinha feito mas fiquei igualmente impressionado com a resposta
que foi dada nessa mesma noite e queria dar mais uma vez os parabéns a todos aqueles que
estiveram envolvidos na resposta a estes acontecimentos. Aproveito para desejar a todos um bom
natal e um ano novo que nos traga boas notícias para o concelho e também para a freguesia de
Amora”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vitor Cavalinhos se faz favor”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: "A minha intervenção vai ser muito breve e queria um
esclarecimento pelo Sr. Presidente da Câmara a esta Assembleia Municipal e é o seguinte: a
advogada Anabela Respeita enviou para todos os vereadores e também para a Assembleia
Municipal, o Sr. Presidente da Assembleia Municipal depois fará o favor de esclarecer se também
lá chegou esta situação, e enviou uma carta dirigida à Câmara, do Sr. Presidente da Junta de
Freguesia de Fernão Ferro e essa carta dizia e eu leio só três períodos, dizia o seguinte: no

17/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

seguimento do e-mail remetido a 22 e a 24 de novembro, venho mais uma vez alertar para a
situação da falta de verbas da Junta de Freguesia de Fernão Ferro para fazer face aos seus
compromissos no mês de dezembro de 2017, especialmente no que respeita ao pagamento dos
vencimentos dos 22 trabalhadores deste órgão autárquico e depois diz assim: é de salientar que
esta Junta de Freguesia reconhecendo e assumindo as suas obrigações no âmbito do contrato
inter-administrativo conforme estabelecido na Lei 75/2013, proceder de imediato à execução do
inicio das diversas obras, tendo até suportado todas os custos financeiros inerentes, uma vez que
até ao dia 30/11/2017 a Câmara Municipal não procedeu à transferência das verbas devidas e
depois diz mais e acabo por aqui: neste sentido mais uma vez apelamos a V. Exa., o Sr. Presidente
da Câmara Municipal do Seixal, que esta situação seja regularizada com brevidade a fim de não
serem colocados em causa os direitos básicos e essenciais dos trabalhadores, visto a Junta de
Freguesia estar descapitalizada para proceder ao pagamento dos vencimentos no mês de
dezembro. Esta carta que aqui está, eu tive conhecimento dela porque ela foi enviada para o
Vereador Luis Cordeiro e é através do Vereador Luis Cordeiro que eu tenho conhecimento desta
carta. É de todo o interesse que esta Assembleia Municipal seja esclarecida sobre este assunto, o
que é que se passa, se está regularizado, esclareça cabalmente este assunto. Na 6.ª feira na
Assembleia Municipal ninguém levantou o problema. Eu estava à espera que hoje alguém
levantasse ninguém levantou, estou a levantá-lo eu e aguardamos esclarecimentos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz se faz favor”.
Samuel Cruz, do PS, disse: "Tratando-se este ponto da análise da situação financeira da Câmara,
eu vinha pedir ao Sr. Presidente da Câmara se é possível facultar-nos o mapa de tesouraria mais
completo, nomeadamente onde se possa ver saldos de caixa e saldos de contas de depósitos
porque não nos é possível analisar a situação financeira da Câmara Municipal do Seixal e considera
a bancada do Partido Socialista, conhecendo os saldos de caixa e os saldos das contas bancárias é
possível perceber qual é a situação financeira da Câmara”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Brás”.
Rui Brás, do PS, disse: "Tenho três pequenas questões a realizar. Na Amora na rua Fernão Lopes,
junto à escola básica 2+3 da Cruz de Pau foram realizadas umas obras no passeio, abriram uns
buracos; há mais de um mês estes buracos foram tapados com areia, no entanto a calçada
contínua por se colocar, obrigando as pessoas a circular pela estrada o que causa alguns perigos
para as mesmas, ainda para mais com a chuva veio provocar bastante lama e eu queria saber por
que razão é que as obras não foram acabadas. Depois também as obras de saneamento no vale da
Loba, nos Foros de Amora, mais precisamente na Rua Bento de Moura Portugal, se ainda irão levar
muito tempo até estarem terminadas. A maior parte dos dias que eu lá passo não encontro
ninguém a trabalhar. A realidade é que as obras têm que ser feitas, mas a demora tem
prejudicado muito, principalmente o aumento do tráfego de trânsito pelas ruas adjacentes. Por
fim, na Avenida D. Nuno Alvares Pereira, no Seixal, com as obras novas realizadas, deparei-me com
uma situação que é a seguinte: aquando da existência de provas náuticas de pequenas
embarcações, estas acabam por ser todas lavadas no fim da prova, na parte onde as pessoas
circulam, deixando sempre uma enorme poça e bastantes inundações, pois não existe um
escoamento correcto da mesma, sempre que alguém se quiser dirigir no fim-de-semana até ao
jardim da praça dos mártires ou vai à volta ou tem que levar galochas. Eu queria saber o que é que
se pretende fazer para minimizar este problema”.

18/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto se há mais intervenções? Não registo


mais nenhum pedido. Tem a palavra o Sr. Presidente Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Não vou conseguir responder a todas as questões,
algumas nem sequer aqui os srs. vereadores têm no momento os dossiers e as matérias, no
entanto, ficarei com o compromisso de algumas que não conseguirei responder, levá-las para que
depois possa fazer chegar a informação à Assembleia Municipal. Eu começaria pelas questões da
taxa de execução, de facto quando nós sabemos que por exemplo, como esta obra que eu agora
referi, a obra da EB1/JI da Quinta de Santo António na Cruz de Pau. Quando nós sabemos que para
lançar o procedimento do concurso para uma obra, é preciso cabimentar o dinheiro dessa obra e
sabendo nós que desde que a obra é lançado o concurso, até que a obra fisicamente comece, ou
seja, a partir do momento em que começamos a executar o dinheiro dessa obra, demora cerca de
um ano, ano e meio. Portanto, estamos a ver que uma parte do nosso orçamento da Câmara
Municipal do Seixal esta comprometido mas não pode ter execução porque os procedimentos até
podermos começar a executar financeiramente esses vários investimentos são morosos e a lógica
subjacente cada vez mais aos orçamentos das câmaras municipais é o carácter plurianual e nessa
medida, poderá sempre uma parte do orçamento que por esta vicissitude, ou seja, pelo tempo
excessivo, pela burocracia imensa que a Administração Pública está obrigada não se consegue
executar mais cedo e esse tem sido um dos nossos problemas, associado também depois das
obras estarem concluídas, como o caso da Bento Moura Portugal, os empreiteiros demorarem o
dobro do tempo daquilo a que se contrataram e que se comprometeram. Aliás, não só na Bento
Moura Portugal, aqui no passeio ribeirinho do Seixal. É só um exemplo e esse dinheiro transita de
orçamento para orçamento não possibilitando que outras obras e outros investimentos sejam
concretizados porque o orçamento da Câmara não é elástico e não consegue acomodar em todas
as matérias e é por isso que chegamos a casos paradigmáticos como o senhor eleito referiu, temos
o desporto em Junho com 0% e fizemos tantas iniciativas desportivas e tantos projectos
desportivos e não é possível que o desporto tenha executado 0%. Depois há uma terceira razão e
que tem a ver com o carácter da administração directa, é uma característica do próprio município
do Seixal desenvolver muitas das suas actividades de investimento realizadas por administração
directa e a administração directa significa termos os nossos trabalhadores que são pagos através
do orçamento de recursos humanos com materiais e recursos adquiridos e contratados no âmbito
do fornecimento de serviços ou aquisições, bens e serviços e é dessa conjugação que depois se
executam essas várias acções e essas várias concretizações e nessa medida, penso que não
conseguiremos nunca atingir essa taxa padrão de podermos ter um orçamento de cerca de 80
milhões de euros em cada mês que passa termos os tais cerca de 6 milhões executados, como
seria normal isso não acontece face a toda a burocracia com que estamos envolvidos,
principalmente essa. Eu percebi que há uma questão que não é evidenciada que é o valor base dos
concursos, penso que foi isso que colocou, eu não vejo nenhum problema. Aliás, penso que é
público nos despachos que nós fazemos, os procedimentos estão lançados, há um despacho e esse
despacho é tornado público pela Câmara e julgo que na assembleia e depois é adjudicado e
normalmente o valor é sempre inferior ao valor base, não temos nenhuma questão com isso, se
não está é organizarmo-nos para o efeito. Depois sobre os resultados das avaliações externas e
internas nenhuma questão, aliás isso consta se não estou em erro dos vários relatórios que vão à
Câmara Municipal e à Assembleia Municipal por parte dos serviços, nós neste momento tempos
duas áreas que estão certificadas: a divisão de espaços verdes e a divisão de ambiente e
salubridade e temos outras unidades orgânicas em processo de certificação e portanto, esse é um

19/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

procedimento normal de uma unidade orgânica que tem um sistema que a certificação da
qualidade e por isso, eles constam dos processos que vão à Câmara, pelo menos eu tenho
conhecimento dos mesmos, na Assembleia acontecerá o mesmo, vamos verificar. Depois sobre a
questão da toponímia dizer que na verdade não temos tido muita disponibilidade para colocar
nova toponímia no concelho e também é verdade que face às figuras que foram aqui evidenciadas
pelo senhor eleito municipal, não serve qualquer rua ou qualquer praça terão que ser artérias com
notoriedade suficiente e importância suficiente na rede municipal no concelho para que possamos
dar a expressão devida às figuras que foram aqui nomeadas. Portanto, continuamos à procura até
conseguirmos encontrar uma solução adequada para esse efeito. Sobre os Serviços Centrais temos
novidades. Eu informei na última reunião de Câmara Municipal que na Lei do Orçamento de
Estado para 2018, finalmente temos uma cláusula ou uma disposição ou um artigo que poderá dar
resposta aos anseios da Câmara Municipal do Seixal e por isso, gostaria de destacar o trabalho que
a Câmara Municipal fez junto do Sr. Secretário de Estado das Autarquias Locais e que não tendo
dado resultado na altura em setembro de 2016 porque o PS chumbou as propostas do PCP na
Assembleia da República e do Bloco de Esquerda. Depois não deu resultado a seguir quando
tentámos influenciar a Lei das Finanças Locais porque na verdade o que era para sair em Março de
2017 só agora antes do Congresso de Portimão foi apresentado um primeiro draft do que será a
nova Lei das Finanças Locais e que seria a solução para podermos adquirir os Serviços Centrais,
mas quem luta sempre alcança e nós somos daqueles que sempre lutamos e conseguimos que
exista um artigo na Lei do Orçamento de Estado para 2018 que dá resposta à Câmara Municipal do
Seixal para poder adquirir os Serviços Centrais. Significa que vamos avançar, só o podemos fazer
agora com a Lei do Orçamento de Estado em vigor que será a partir de 1 de Janeiro de 2018,
vamos então avançar com a proposta de aquisição formal ao proprietário de aquisição dos
Serviços Centrais e depois aguardaremos a sua resposta relativamente à nossa decisão que foi de
adquirir os Serviços Centrais por 22,5 milhões e meio de euros que foi tomada na Câmara
Municipal e na Assembleia Municipal. A partir daí, consoante a sua resposta, veremos o caminho a
tomar. Sobre a Loja do Cidadão também temos novidades. A Câmara Municipal muito
recentemente aprovou uma nova alteração, já é a terceira alteração que o Governo nos coloca e
que nós aceitamos, sempre em cada alteração a Câmara perde, mas já perdemos tanto tempo,
não é agora por meia dúzia de euros que vamos continuar a perder tempo e está pré agendada a
data de assinatura com a Secretária de Estado da Modernização Administrativa, está pré
agendado para 23 de Janeiro a assinatura do protocolo da Loja do Cidadão. Assim, esperamos que
seja assinado que possamos lançar o concurso para a obra e que a obra comece ainda em 2018,
seria importante para que possamos em 2019 ou máximo em 2020 porque a seguir à obra estar
pronta há a necessidade de instalar um conjunto de equipamentos e de trabalhadores,
principalmente da Autoridade Tributária que são muitos e os procedimentos podem ser
complexos, mas tenho a certeza que trabalhando como até aqui, com proximidade, com boa-fé,
com seriedade que nem sempre aconteceu, mas com esta Secretária de Estado e com esta equipa
da AMA tem havido seriedade e frontalidade para poder dizer os problemas e tentarmos
encontrar soluções. Por isso, estamos em querer que desta vez é que é, desta vez será
concretizada a Loja do Cidadão e que iremos concretizá-la. Sobre o núcleo náutica de recreio de
Amora a 1.ª fase está concluída, ela consistia na concretização daquele pontão náutico que foi
realizado, estamos agora a trabalhar numa segunda fase que será a ligação deste pontão náutico à
zona mais a sul, dando continuidade ao passeio ribeirinho de Amora e estamos já a preparar para
levar o passeio ribeirinho de Amora a norte, isto é, até à zona do Amora Futebol Clube, sendo que
a Câmara Municipal do Seixal irá tomar uma deliberação nesta reunião de Câmara muito

20/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

importante que vai de certeza poder ajudar a que possamos ter no lado de Amora também uma
infra-estrutura náutica com dimensão, com qualidade e que seja uma nova centralidade náutica
da Cidade de Amora que bem merece. Sobre o abaixo-assinado da Rua Branca Saraiva de Carvalho
e da Rua da SFOA nós conhecemos bem, temos pena de não termos podido comprar aquele
terreno de facto, ele era necessário não para uso privado mas poderia dar-nos muito jeito para dar
o apoio de estacionamento e não só às actividades da Sociedade Filarmónica Operária Amorense.
No entanto, há uma obra que a Câmara Municipal pode e deve fazer, já se comprometeu com o
munícipe que tem andado a mobilizar as pessoas para o abaixo-assinado. O Sr. Vereador Joaquim
Tavares tem essa tarefa de realizar dois acessos pedonais entre a Rua Branca Saraiva de Carvalho e
a Rua da Sociedade Filarmónica Operária Amorense para podermos dentro daquilo que é o espaço
público podermos melhorar a acessibilidade pedonal com a criação da iluminação pública no local.
Sobre Vale de Chícharos, cada dia que passa há uma novidade e talvez por isso não conseguimos
ainda ter o processo com maturação suficiente para podermos ter uma resposta definitiva mas no
entanto, estou em querer que esta semana será decisiva com a deliberação na Câmara Municipal
de 5.ª feira e com a assinatura do protocolo com a Secretária de Estado na 6.ª feira que é o que
está previsto, permite-nos pois, ter um quadro mais estável de resposta à Assembleia Municipal
sobre a situação e evolução de Vale de Chícharos. Sobre as obras do Fogueteiro penso que não há
dúvidas, eu não me recordo de nenhuma grande superfície querer fazer uma obra só porque gosta
do Presidente da Câmara ou porque é amigo das pessoas. Se conhecerem alguma assim, eu não
conheço nenhuma. É lógico que há uma parte das obras que são da responsabilidade directa da
empreitada, isto é, do promotor e há outras que são obrigação que a Câmara Municipal Seixal
impôs, no sentido de dotar aquele nó de todas as condições para não só, servir aquela superfície
mas principalmente resolver um problema com décadas e que o Estado nunca resolveu. Não
preciso de recordar aqui o protocolo das três rotundas com a Câmara Municipal que não foi
cumprido e que nos levou a obrigar esta entidade a investir naquele local prescindido de taxas
municipais, naturalmente que seriam devidas para que as obras fossem concretizadas, isso é
evidente. Sobre a Quinta da Trindade, de facto a Quinta da Trindade não tem as melhores
condições de manutenção, de qualificação. Nós vamos investir na Quinta da Trindade. Aliás,
estamos à procura de parceiros para podermos desenvolver um projecto que valorize o
património construído, a história daquele local mas também que possa dar um outro uso também
com carácter económico e desenvolvimento turístico ao espaço, aquela área pela localização e
pelo enquadramento que tem do ponto de vista histórico merece esse projecto, estamos à
procura de parceiros, tem existido alguma procura, vamos continuar até conseguirmos encontrar
as soluções mas até lá fica também desde já o compromisso de que é nossa intenção continuar a
requalificar tudo o que são os equipamentos municipais onde a Quinta da Trindade, naturalmente,
também se insere. As questões da EDP que aqui o Sr. Presidente Manuel Araújo colocou são
preocupantes. Aliás, a Câmara Municipal do Seixal há muito tempo que tem vindo a insistir junto
da EDP para resolver um conjunto de problemas do concelho que não têm vindo a ser atendidas
mas no entanto, cada ano que passa nós assistimos a milhões e milhões de lucros da EDP e
ficamos sempre a perguntar-nos porquê que pagamos tanto de electricidade, porquê que
pagamos tanto de energia e depois o serviço que existe não é compatível com o que pagamos. Se
às vezes vamos a um restaurante e pagamos muito dinheiro e ficamos mal servidos, não vamos lá
a segunda vez, mas com a EDP não é possível encontrar outra alternativa. Portanto, A EDP ou é o
distribuidor ou é o fornecedor, a EDP está sempre colocada neste processo mas quanto a nós é
uma situação que merece a nossa preocupação. O Sr. Vereador Joaquim Tavares tem uma

21/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

reunião, esta 5.ª feira, com a EDP para tratar destes e doutros problemas. Gostaria que os
senhores presidentes de junta, se tivessem outras questões, que pudessem também fazer chegar
ao Sr. Vereador Joaquim Tavares para essa reunião com a direcção regional da EDP, nesta 5.ª feira,
para que possamos insistir para as resolver. Também é verdade, e é preciso dize-lo que quando
chegamos a um determinado nível na EDP colocar questões, elas são resolvidas e eu sou
testemunha porque já em várias situações, não resolvendo com a direcção regional, quando ao
nível da administração depois as coisas funcionam. Também é preciso dizer que temos que
valorizar também essa acção apesar de na nossa opinião não seria necessário. Sobre o furacão
Ana, também gostaria de aqui fazer um reconhecimento ao Serviço Municipal de Protecção Civil,
dirigido pelo Sr. Vereador Marco Fernandes e gostaria também de fazer um elogio a todos os
serviços operacionais da Câmara Municipal que durante essa noite estiveram acordados,
enquanto nós estávamos a dormir e esses trabalhadores estiveram acordados e estiveram a
trabalhar na rua para que às sete da manhã quando o Sr. Presidente Manuel Araújo saiu de casa as
coisas estivessem muitíssimo controladas, face ao que aconteceu entre a meia-noite e as duas da
manhã que foi o período mais crítico, onde o concelho do Seixal, quer a Câmara, quer as forças de
segurança, quer as forças humanitárias, estamos a falar dos bombeiros, deram uma resposta
espectacular à situação. Muitas pessoas não se aperceberam e isso é bom, significa que fizemos
bem o nosso trabalho e por isso, na pessoa do Sr. Vereador Marco Fernandes, do Sr. Vereador
Joaquim Tavares foram os dois operacionais que estiveram a coordenar o processo. O Sr. Vereador
Joaquim Tavares fará parte dos meios, o Sr. Vereador Marco na questão do serviço municipal de
protecção civil em articulação também comigo, fizemos o melhor possível e os serviços municipais
responderam e já lhes agradecemos num almoço que tivemos de natal dos trabalhadores, já
agradecemos a todos a excelente resposta que demos. Já agora também é preciso dize-lo, só
demos porque temos trabalhadores em primeiro lugar e em segundo lugar, porque temos
trabalhadores muitíssimos competentes e em terceiro lugar porque temos meios, máquinas,
retros, motosserras, guinchos, temos um conjunto de maquinaria que nos permite fazer face a
isso, foi por isso que conseguimos todo este, há muitos municípios que não têm, abandonaram os
trabalhadores, abandonaram as máquinas, fazem o outsourcing quando é preciso contratam, nós
temos essa disponibilidade operacional que eu gostaria aqui de destacar e que às vezes não é
lembrada. Sobre a questão da advogada Anabela Respeita, com todo o respeito as questões
jurídicas são tratadas pelo meu gabinete jurídico, tenho a certeza que está a levar o melhor
tratamento e por isso, será tratado nesse âmbito. Sobre as questões de saldos de caixa, Sr.
Vereador Samuel Cruz eu penso que no relatório do 1.º semestre do Técnico Oficial de Contas
estão lá caracterizados no balanço e na demonstração de resultados, estão lá as disponibilidades
do município. É uma questão de consultar, sendo que aí é possível desde logo aferir o nível de
disponibilidades, ou seja, os saldos dos bancos estão aí todos concentrados nessa rubrica. Todo o
modo, os saldos de caixa da Câmara Municipal do Seixal poder-lhe-ão ser também remetidos.
Informação trimestral? Muito bem! Tentaremos melhorar esse aspecto. Vou tomar nota também
para tentarmos melhorar essa questão. Tomámos nota também sobre a questão da falta de
colocação de calçada na Rua Fernão Lopes, esta semana fica resolvido. Também sobre as obras de
saneamento na Rua Moura Portugal, eu estive lá na 6.ª feira, a nossa equipa da divisão de água,
estava lá a tentar resolver alguns problemas de ligações marginais e vi lá trabalhadores da
empresa, estavam lá, talvez tenha tido sorte nesse dia mas estavam lá a trabalhar. De facto, a obra
está atrasada é verdade, apesar de que o passeio que nós adjudicámos está praticamente
concluído. O passeio não estava inicialmente na empreitada foram as pessoas no Fórum Seixal que
quiseram que a Câmara construísse o passeio, nós tentámos ver, foi possível, adjudicámos, o

22/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

passeio está praticamente executado mas veremos se a obra consegue encerrar face ao sítio
especial em que é e também ao facto, de estarmos perante algumas AUGI, de um lado e de outro
e depois nas AUGI, são mesmo áreas urbanas de génese ilegal e onde se construi de acordo com
aquilo que se pareceu e depois quando vamos fazer ligações de infra-estruturas não é fácil fazer
essas ligações. Vamos tentar terminar esta obra o mais rápido possível. Sobre a Nuno Álvares
Pereira ali a zona em frente ao cais, eu não conhecia esta questão e vamos ver o empoçamento, se
é possível resolver. Apesar de nós estarmos a trabalhar numa proposta para um centro náutico,
não ali naquele sítio mas mais para nascente, mais para a zona do parque dos bombeiros para essa
zona em frente ao rio, no futuro os equipamentos náuticos a entrada e saída serão
maioritariamente por esse espaço e não por outros locais, no entanto o cais ficará mais para a
náutica de recreio mas no entanto, claro é melhor já resolver já que foi identificado o problema.
Sr. Presidente penso que terei esclarecido a maior parte das questões. Estou disponível para mais
questões”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vitor Cavalinhos é para…? Não há segunda ronda, o
Presidente da Câmara respondeu também referiu que há questões que não tinha aqui os dossiers
como todos compreenderão. Sr. Presidente da Câmara se faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Há pouco o meu cérebro não assimilou na altura
quando tomei nota a questão e depois não consegui responder. Tem razão nas críticas há
deficiente sinalização dos acessos provisórios e do estado do pavimento, nós já falamos com a
empresa para o mais rapidamente possível resolver esses problemas de piso e de sinalética para
que seja colocado um acesso minimamente aceitável. Era essa a questão que colocou? Sim!
Passou mas de facto, face ao tráfego aquilo não está preparado para aquele tráfico e precisa de
acções de conservação e manutenção regulares que não tem acontecido, vamos tratar disso junto
do empreiteiro. Sobre as questões jurídicas, senhor eleito Cavalinhos peço desculpa mas os
advogados quando falam uns com os outros e se há questões de advogados, se for com os
senhores presidentes de junta eu falo, sobre questões com advogados tenho ali o coordenador
jurídico da Câmara Municipal para falar com os advogados”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Deixem-me 30 segundos para um apontamento
sobre a EDP, no quadro do que já foi dito mas para enquadrar desta maneira. Vai abrir um
processo concursal para a distribuição da energia em baixa tensão, todos conhecem, terminadas
as concessões nesta altura são exclusivas a EDP, no quadro da lei da concorrência e no quadro da
convergência aplicada a Portugal em 2019, tem estado a ser preparado há já um quadro legal na
Assembleia da Republica, trabalhou-se com o Governo nesta matéria, a Associação Nacional de
Municípios Portugueses e o Governo um grupo de trabalho e portanto, está preparado para ser
lançado, mas é verdade que tem havido um decréscimo da qualidade da prestação de serviços da
EDP. É importante que cheguem à Associação Nacional de Municípios porque coloca o Governo e
coloca a EDP, ou seja coisas em concreto, estes exemplos de um mês, isto é absolutamente
inadmissível porque nós pagamos o serviço, pagamos a iluminação pública, pagamos a energia e
pagamos bem pago como todos sabemos. Este apontamento é importante que todos os casos
cheguem também à Associação Nacional de Municípios para que tenham um dossier e possa
colocar á própria EDP e ao Governo”.
III.3. Opções do plano e proposta de orçamento para 2018, nos termos da alínea a) do n.º1 do
art. 25º, por força da alínea c) do n.º 1 do art. 33º, ambos do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12
de setembro, alterado pela Lei n.º42/2016 de 28 de dezembro, autorização para a

23/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

contratação de empréstimo de curto prazo, nos termos da alínea f) do nº 1 do art. 25º do


Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, mapa de pessoal, nos termos da alínea o) do
n.º 1 do art. 25º do Anexo da Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, e autorização genérica
para a assunção de compromissos plurianuais nos termos do art. 6º da Lei n.º 8/2012 de
21 de fevereiro, alterada pela Lei n.º 22/2015 de 17 de março. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 4)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Dou novamente a palavra ao Sr. Presidente da
Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu ia então apresentar a proposta de Plano e
Orçamento para 2018, aqui dizer-vos que relativamente ao ano passado o orçamento vai-se cifrar
nos 86,5 milhões de euros que é um valor superior ao que era ao ano de 2017 mas evidencia o
crescimento da receita da Câmara Municipal do Seixal, sendo que o principio que temos vindo a
cumprir é de estabelecer como teto máximo do orçamento de despesa, exactamente a média da
receita dos últimos 24 meses e nessa perspectiva, a receita da Câmara Municipal do Seixal
felizmente que se encontra a crescer, fruto também e é preciso dize-lo da saída da crise e da
politica de austeridade, peço desculpa ao senhor eleito do PSD por ter falado em austeridade, mas
reformulando da politica anterior, fruto do desenvolvimento económico e da retoma da actividade
económica e da melhoria também das condições dos portugueses, hoje existem melhores
condições para também fazer crescer o orçamento da Câmara tal como nos anos anteriores a
receita da Câmara desceu e está agora a subir. Apenas dizer que também que este orçamento, se
o conseguirmos concretizar na forma como está, apesar de não ser aquele orçamento que o
município precisaria com certeza que todos nós e dos contactos que fiz com os vários partidos
políticos, quer ao nível dos vereadores, que são eleitos na Câmara Municipal, quer ao nível das
forças politicas que sendo eleitas na Câmara ou não, participam na Assembleia Municipal, todas
essas reuniões constatámos que o orçamento da Câmara poderia ir mais longe mas no entanto,
para isso precisávamos de ter aqui inputs de receita a que neste momento o município não tem
acesso e nessa perspectiva algumas rubricas apesar de constarem lá vários equipamentos e
investimentos importantes mas estão já colocadas com uma lógica plurianual para que a nossa
organização, para que a Câmara Municipal do Seixal, conheça que do ponto de vista politico,
aqueles projectos são para ser executados e antes que possam ser executados há todo um
caminho muito longo, um trabalho prévio de estudos, de avaliação, de comparação, problemas
base, projectos de especialidades, concepção de projectos em concurso até o lançamento do
concurso, depois há a parte do concurso, depois há a parte da adjudicação, Tribunal de Contas e
só depois disto é que se começa a executar. Por isso, estamos a ver que é preciso que essas
rubricas existam que os serviços desempenhem a sua missão, apesar de poderem ter valores
baixos mas que depois então, quando for necessário então, aparecem esses valores mas gostaria
de dizer que este orçamento da Câmara Municipal do Seixal sendo mais robusto que o anterior
dará melhor resposta à população em matéria de investimento público, em matéria de
participação e temos a certeza que se o conseguirmos concretizar o concelho continuará a crescer
de forma qualificada e sustentável. Apresentando agora nas várias áreas, de forma muito sucinta
na área do serviço público e da participação prevemos iniciar a construção da Loja do Cidadão
ainda em 2018, se conseguimos assinar o protocolo a 23 de Janeiro, se rapidamente a Agência de
Modernização Administrativa aprovar o lay-out que temos com a configuração e a disposição dos
vários serviços para que possamos fazer os projectos de especialidades e lançar o concurso que

24/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

seja adjudicado para podermos começar a obra. Veremos se é possível, gostaríamos muito de
começar esta obra ainda antes do final de 2018. Queremos também e é um outro objectivo
continuar a melhorar as condições de trabalho das nossas equipas de trabalhadores da Câmara
Municipal, através de várias formas na questão da formação, a questão dos próprios
equipamentos de protecção individual, as questões relacionadas com equipamentos de trabalho e
ferramentas e também com espaços físicos onde laboram para podermos ter maior qualidade e
conforto para que desempenhem melhor a sua função com menor custo do ponto de vista físico e
intelectual. Também vamos reforçar a descentralização para as juntas de freguesia. Nós
acreditamos nas juntas de freguesia, elas fazem um trabalho de proximidade muitíssimo
importante e nessa perspectiva tendo capacidade a Câmara Municipal vai aumentar as verbas em
cerca de 10% para as juntas de freguesia, sendo que estamos neste momento a fazer uma
avaliação técnica relativamente ao novo modelo da Lei 75/2013 que introduziu os contratos inter-
administrativos de acordos de execução, estamos neste momento a fazer uma avaliação técnica
que nos vai dizer se relativamente a determinada junta de freguesia vamos ou não manter,
reforçar ou reduzir determinadas competências que entretanto terão sido objecto de
contratualização. Vamos faze-lo de uma forma muito racional, técnica e politica, consertada com
todas as juntas de freguesia. Temos também, o objetivo de executar os projectos da nova loja do
munícipe em Fernão Ferro que tenha também um carácter mais abrangente para servir a
população. Queremos começar a obra do Mercado Municipal da Cruz de Pau. Neste momento, foi
adjudicada, vai para Tribunal de Contas, queremos também fazer os projectos no Mercado
Municipal da Torre da Marinha, do pavilhão multiusos do concelho do Seixal. Queremos
implementar mais um patamar, num modelo de participação da população num projecto e na
construção do concelho, direccionado para a melhoria dos espaços públicos e ainda vamos
implementar o wifi gratuito em vários equipamentos e espaços públicos no município para além
de continuarmos o caminho de certificação pela qualidade das unidades orgânicas da Câmara
Municipal. Na área do desenvolvimento económico e emprego, podemos dizer que as linhas de
acção que temos vindo a desenvolver, quer relativamente ao planeamento, onde o novo Plano
Director Municipal 2015/2025 foi fundamental para podermos atrair grandes empresas, criar
novas oportunidades de desenvolvimento económico, e isso neste momento está a acontecer,
brevemente penso que teremos uma excelente novidade no concelho com a apresentação de uma
nova unidade empresarial industrial que irá com certeza ser mais uma ancora no
desenvolvimento, na criação de emprego, na criação de riqueza e também no aumento da
produção nacional porque de facto, um concelho como o do Seixal não pode ser só um concelho
de serviços tem que também ter uma matriz, neste caso industrial importante, no sentido de dar o
seu contributo para o país e naturalmente para a região e para o concelho. Queremos também
nesta área do desenvolvimento económico estar mais perto dos micros, pequenos e médios
empresários, estamos a trabalhar com as duas associações ou confederações que trabalham todo
este tecido empresarial, no sentido de conseguirmos mais-valias importantes, não só para o
concelho mas principalmente para os munícipes e para as empresas. Na área do turismo, estamos
também a apresentar projectos para novas unidades hoteleiras principalmente na zona do núcleo
urbano antigo do Seixal, também temos vários interessados. Está em concretização um plano de
acção para a Ponta dos Corvos reunindo os proprietários da Ponta dos Corvos para um projecto
turístico que seja inovador e diferenciador à escala metropolitana e nacional. Queremos também
avançar como eu referi há pouco com o núcleo de náutica de recreio de Amora com a 2.ª fase a sul
e depois com o prolongamento para norte do passeio ribeirinho de Amora e ainda pretendemos
em 2018, lançar um festival de gastronomia que dê relevância e importância aquilo que de bom

25/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

temos no nosso concelho, não só em termos da tradição gastronómica, como também operadores
locais que têm nalguns espaços de excelente qualidade. No planeamento urbanístico, também
dizer que é nosso objectivo concluir as obras no núcleo urbano antigo do Seixal, principalmente
das ruas interiores que é o que está a faltar. Prevê-se que durante os próximos 4 meses essas
obras irão decorrer e em 2018 executar os projectos de requalificação dos outros núcleos urbanos
antigos de Amora, Arrentela e Aldeia de Paio Pires. Também é nosso objetivo simplificar e agilizar
os licenciamentos urbanísticos da Câmara Municipal, temos recebido algumas críticas sobre o
tempo excessivo que a Câmara demora na apreciação dos processos de licenciamento. Temos esse
objectivo de simplificar e agilizar os mesmos. Na área da educação, também uma área muitíssimo
importante, aqui temos, então, os tais dois concursos que já foram lançados para a ampliação e
requalificação das escolas básicas de Aldeia de Paio Pires e Quinta de Santo António. Esperemos
que o muro seja concluído em 2018 e que possamos adjudicar e remeter para Tribunal de Contas,
veremos se a obra ainda pode começar em 2018, estas são mais difíceis, são obras de mais de 2
milhões de euros mas no entanto, é um objectivo e queremos também lançar o concurso para a
construção do jardim-de-infância da Quinta de S. Nicolau, em Corroios. Vamos continuar com a
pressão positiva de conservação e manutenção e requalificação sobre todas as 37 escolas que
temos sobre nossa responsabilidade. Queremos que todas as escolas do concelho, no final deste
mandato estejam num plano de pelo menos de bom para cima em termos da funcionalidade para
os professores e para os alunos, esse é o nosso objectivo. Temos hoje muitas escolas já com um
patamar muitíssimo bom mas algumas estão ainda com piores condições e por isso queremos
nivelá-las todas por cima e por isso, este mandato, vamos continuar a investir nas escolas do 1.º
ciclo e jardins-de-infância. Queremos também em 2018 encontrar um espaço para acomodar a
Universidade Sénior do Seixal que hoje é das maiores do país. Já tem um sector internacional, já
tem vários alunos estrangeiros na Universidade Sénior do Seixal o que é extraordinário e por isso é
que o Seixal está uma vez mais à frente e por isso, temos que estar também à frente no local para
acomodar mais de 700 alunos, é já quase uma universidade dita normal. Sobre a área da
juventude, queremos também em 2018 conceber e lançar o festival Street Art do Seixal, veremos
se conseguimos faze-lo. Queremos envolver o Vhils que é o maior artista mundial de arte urbana
em grande escala, temos não só ele como outros jovens criadores e artistas desta expressão
cultural, por isso queremos associar mais jovens a um projecto que pode ser também
emblemático no município e elevar o street art a um outro patamar no município. Ainda na área
da juventude é nosso objectivo em 2018 conceber um programa de habitações a custos
controlados para jovens para que depois em 2019/20 e 21 possamos já avançar com um concursos
e com habitações efectivas para que os jovens possam não só nascer, crescer, formar-se, mas
depois também viver no concelho e constituir família e prosseguir a sua vida aqui no concelho do
Seixal. Na área da cultura, queríamos em 2018 concluir o plano municipal de desenvolvimento
cultural, construir o Centro Internacional de Medalha Contemporânea na Quinta da Fidalga,
desenvolver os projectos para a construção de um Centro de Interpretação Patrimonial e
Ambiental no Parque Urbano de Miratejo, valorizando o único monumento nacional que temos
que é a Olaria Romana do Brasileiro/Rouxinol. Queremos também lançar o concurso para a
construção do Centro Cultural de Amora. Amora precisa não só de um pólo de biblioteca com
qualidade, precisa de uma galeria de arte com dimensão, precisa de uma sala de espectáculos
digna desse nome e precisa também de um centro para o movimento associativo juvenil e é isso
que esse centro cultural de amora pretende ser é uma referência cultural, associativa e juvenil no
centro de Amora na Cruz de Pau. Será um equipamento que ficará na história e que marcará este
mandato se o conseguirmos concretizar, esse é o nosso objectivo. Queremos ainda abrir a oficina

26/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

colectiva de Artes «Armazém 56 Arte Sx» na Mundet. A obra está praticamente pronta, é nossa
perspectiva inaugurar no dia 25 de Abril é mais um passo que estamos a dar na requalificação,
mas não só e rentabilização cultural da Mundet. Uma oficina colectiva de artesãos é um desafio,
não só para a câmara mas também para os próprios artesãos que vão ter que trabalhar numa
oficina colectiva, respeitando-se, numa gestão partilhada, vai ser um desafio interessante, temos a
certeza que será bem conseguido e no 25.º aniversário do Fórum Cultural do Seixal a nossa
perspectiva é não só associar uma programação condicente com esta comemoração, como
também continuar com as obras de beneficiação para que o Fórum Cultural continue a ser um
local com qualidade e procurado do ponto de vista cultural e também do estudo, da leitura e dos
projectos relacionados com a biblioteca municipal. Depois ainda na área do desporto, queremos
construir a piscina de Paio Pires, vejo alguns sorrisos sobre este objectivo mas são de felicidade
com certeza partilhados connosco porque a Piscina de Paio Pires está neste momento numa fase
de erros e omissões o que significa que está prestes a ser adjudicada e seguirá para Tribunal de
Contas, depois consignação e veremos se a obra ainda é possível começar em 2018, assim
acreditamos que a piscina irá começar. Queremos desenvolver os projectos do pavilhão
desportivo municipal de Fernão Ferro e também iniciar a construção do complexo desportivo de
Santa Marta do Pinhal e pavilhão desportivo da Mundet são dois processos que estão adjudicados,
estamos a aguardar o visto do Tribunal de Contas. Queremos ainda na área do desporto em 2018
executar os projectos para a construção do pavilhão desportivo de Amora e lançar o concurso para
a construção do Estádio Municipal da Medideira que vai ser o melhor estádio da região de Setúbal,
não tenho dúvidas sobre isso. Ainda vamos continuar também com a pressão positiva
relativamente aos equipamentos desportivos do movimento associativo popular, a ideia é
continuarmos a trabalhar para capacitar as nossas colectividades desportivas para poderem ter a
sua oferta sem necessidade de recorrer a outros espaços. Na área da saúde com o anúncio de 6.ª
feira da publicação em Diário da República do concurso para a obra do centro de saúde de
Corroios, vamos construir os espaços públicos do novo Centro saúde de Corroios como foi nossa
determinação no protocolo e já agora também dize-lo em jeito de desabafo positivo que é a prova
provada que afinal o terreno sempre servia e que não era por causa do terreno que a
Administração Regional de Saúde e Vale do Tejo não fazia o centro de saúde porque não havia se
calhar interesse, agora houve interesse, a nova Secretária de Estado foi determinante para esse
objectivo. Gostaria também de enaltecer o trabalho que ela fez e nessa perspectiva esperemos
agora que a obra corra em 2018, quer a obra do Ministério da Saúde, quer a obra da Câmara para
depois podermos ter um novo Centro de Saúde. Temos também na nossa proposta de programa
de acção e plano e orçamento construir os acessos principais ao hospital no Seixal, bem
gostaríamos que em Diário da República agora logo a seguir aparecesse publicado o lançamento
de concurso para os projectos de execução do hospital, era uma prenda de natal melhor ainda que
o Centro de Saúde de Corroios. O Centro de Saúde de Corroios já é uma prenda de natal, já devia
ter sido feito há 20 anos atrás mas no entanto, ficamos sempre satisfeitos. O hospital era uma
prenda fantástica de natal. Amanhã o Sr. Ministro da Saúde vai estar, vamos ver se nos trás
alguma boa nova. Na área do desenvolvimento social, queremos lançar o concurso para a
construção do Centro de Dia do Casal do Marco será o décimo segundo centro de dia construído
pela Câmara Municipal do Seixal. Queremos também abrir o concurso para a nova creche da
Associação dos Serviços Sociais dos Trabalhadores das Autarquias do Seixal e estamos disponíveis
para apoiar assim que haja financiamento ou linha de financiamento governamental para
equipamentos sociais, vamos contribuir para a construção do Lar de Idosos de Corroios, Pinhal de
Frades, Casal do Marco, Fernão Ferro, bem como para a Unidade de Cuidados Continuados

27/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

Integrados de Arrentela, da Santa Casa da Misericórdia do Seixal e também a nova estrutura


residencial para pessoas deficientes da iniciativa da APCCAS, bem como a reabilitação das
instalações da CERCISA em que aqui à Câmara de Almada demos 200 mil euros há mais de 20
anos, tem que nos pagar. No entanto, dizer que é também um objectivo e vamos continuar
também a ter a tal pressão positiva sobre as instituições sociais no sentido de poder ajudar com
novas cozinhas, novos espaços, novas instalações sanitárias, novos refeitórios, novos
equipamentos tentar ajudar as nossas associações de reformados e outras instituições sociais para
poderem fazer face às dificuldades do dia-a-dia, e poderem ter melhores condições. Na área da
habitação já referi o realojamento social, estamos a muito breve trecho de assinar um protocolo
histórico entre o Estado e o município e vamos também dar mais força aos projectos «pinte a sua
casa» e «reabilite o seu prédio». O «reabilite o seu prédio» tem tido muitíssima aceitação, muitos
projectos onde a Câmara Municipal apoia uma parte da intervenção. Vamos continuar em 2018
com este projecto e também vamos iniciar a requalificação dos bairros municipais da Cucena,
Fogueteiro e Vale de Milhaços. No ambiente, vamos avançar com a 1.ª fase do parque
metropolitano de biodiversidade, queremos também realizar os projectos do centro de ciência
viva e de interpretação ambiental da baía do Seixal. Queremos construir o parque urbano do
Seixal, a obra já foi adjudicada, vai agora ser contratualizada irá começar em princípio até Março.
Queremos concluir o parque urbano dos Almeirões em Paio Pires, programar o parque natural de
Arrentela e fazer os estudos de requalificação dos parques Lopes Graça na Torre da Marinha,
jardim do Alto do Moinho e Quinta de S. Nicolau. Queremos ainda classificar as praias do Seixal
com qualidade balnear. O Sr. Vereador já me informou que todas as praias do Seixal vão ter
qualidade balnear e por isso, a nossa perspectiva e está no orçamento é conseguirmos colocar
apoios de praia para que as nossas praias comecem a ser utilizadas como outra praia fluvial
qualquer, sendo que frente a Lisboa teremos com certeza uma vista fantástica sobre não só todo o
espaço do rio Tejo mas também sobre a cidade de Lisboa. Vamos implementar novas hortas
urbanas no Seixal e Corroios, a do Seixal já está adjudicada, Corroios será a seguinte e como
sabem ganhámos o primeiro prémio do laboratório Vive para a descarbonização em torno da baía
do Seixal com 17 projectos, vamos agora concretiza-lo, é um investimento de 2 milhões e meio de
euros que vamos tentar concretizar. Vai ser mais um desafio para o município, mas com certeza
estaremos à altura do mesmo. Água, saneamento e resíduos, queremos concluir o centro
distribuidor de Fernão Ferro, é uma obra de grande dimensão, são 6 mil metros cúbicos de água, 6
milhões de litros de água. Fernão Ferro terá a maior capacidade de reserva do município per
capita, passaremos a ter a menor reserva para ter maior reserva per capita, isso significa que
muita gente desacreditou, desmereceu este projecto mas a obra está a ser executada e com
certeza que 2018 será um ano importante para a sua concretização. Queremos, também, lançar o
concurso a seguir o centro distribuidor de Água de Belverde, precisamos de garantir mais reserva e
melhorar os equipamentos existentes. Vamos avançar com obras de grande dimensão no
concelho para a reabilitação das chamadas grandes condutas. Vamos começar também com uma
obra de cerca de 1 milhão de euros em metade da Verdizela para instalar o saneamento, é a
última área que falta do Seixal para elevar o saneamento. Esta 1.ª fase que é metade da Verdizela
custará só em saneamento mais de 900 mil euros, depois faremos a outra fase seguinte e
queremos também prosseguir o novo modelo de higiene urbana, temos aí novidades
interessantes e mais sistemas para podermos qualificar e incrementar, queremos ser o concelho
mais limpo do país, estamos a trabalhar para isso. Na área da mobilidade e transportes vai ser um
ano de projectos o ano de 2018, temos aqui vários projectos: a alternativa à nacional 10, a Bento
Moura Portugal apesar de agora merecer uma requalificação mas a via não é para ficar com

28/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

aquele perfil, a Quinta de Cima também foi agora toda repavimentada mas também uma vez mais
a via não é para ficar com aquele perfil, a avenida do Mar também precisa de uma intervenção, já
tínhamos acertado com Almada para a ver uma continuidade em termos da ligação de Belverde
para a Fonte da Telha. Felizmente Almada aceitou o nosso projecto, portanto, aquilo vai ser feito é
aquilo que nós pretendíamos do nosso lado, e ainda a qualificação da avenida 25 de Abril entre a
Torre da Marinha e o Casal do Marco. Ainda queremos lançar o concurso da ponte ciclável
Seixal/Barreiro. A autarquia do Barreiro já se definiu e já disse que está de acordo em prosseguir
com o projecto. Ainda bem. Ficamos satisfeitos. Vamos ver se em 2018 conseguimos lançar o
concurso desta ponte. Nas forças humanitárias e de segurança, a obra do quartel de Fernão Ferro
está a ser executada neste momento e em 2018 queremos que a obra do quartel dos bombeiros
de Amora também se inicie para que a Amora também consiga ter o seu quartel de bombeiros,
para além de reforçarmos o apoio às corporações de bombeiros do concelho, eu não o referi mas
também vamos subir com mais de 10% os valores de apoio aos bombeiros, quer do Seixal, quer de
Amora e portanto tem também o reforço orçamental para além das colectividades e instituições
sociais que também têm o reforço e vários projectos têm também um pequeno reforço. Por fim, o
bem-estar animal é uma questão importante como todas as outras são e para além do grande
salto qualitativo que demos no último mandato. O último mandato foi um mandato de charneira
onde perante tantas dificuldades conseguimos fazer tanto e lançámos as bases para este novo
mandato, a obra de ampliação está prestes a ser executada e os projectos de execução do novo
canil vão também ser executados em 2018 e por isso, estamos a trabalhar bem neste sector. Para
concluir, dizer que este orçamento de 2018 da Câmara Municipal do Seixal é de facto um
orçamento com carácter de progresso, com carácter de uma visão de desenvolvimentista onde a
Câmara Municipal do Seixal tenta ajudar os seus parceiros e a população a poder materializar
melhores soluções para a nossa vida em comunidade, nessa perspectiva se o conseguirmos
concretizar na forma com o que queremos fazer e estamos a apresenta-lo, com certeza que demos
um contributo muito importante para a nossa população. Sr. Presidente, estaremos disponíveis
para outros esclarecimentos se necessários na discussão das Grandes Opções do Orçamento para
2018”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Inscrições? Primeira ronda: Bruno Barata, Paulo
Galvão, Sérgio Ramalhete, Ana Inácio, Tomás Santos, Belchior, Nelson Patriarca, Nuno Graça, Luis
Gonçalves, André Nunes, Jorge Freire, Vitor Cavalinhos, Rui Brás e Hernâni Magalhães. É a nossa
primeira ronda. Então, Bruno Barata”.
Bruno Barata, do PS, disse: "Permitam-me para começar por dizer que, à semelhança dos
orçamentos dos últimos anos e das últimas décadas, este orçamento, uma vez mais, não traz
desenvolvimento ao concelho do Seixal, não traz um rasgo de inovação, mantém-se na linha da
gestão corrente do dia-a-dia e demonstra uma enorme falta de visão estratégica. Como exemplo
deste passado até recente apresento-lhe alguns indicadores que saíram no sábado no jornal Sem
Mais e que fala dos índices económicos e empresariais no concelho. O pessoal ao serviço nas
empresas do concelho do Seixal 2010/2015 desceu 14% enquanto no distrito, a média foi de uma
descida de 11%, ou seja, é um sinónimo de falta de políticas de incentivo ao emprego. O volume
de negócios as empresas do Seixal desceram 18%, a média no distrito foi uma descida apenas de
2%, não existe qualquer estratégia de incentivo ao investimento, o valor acrescentado bruto no
Seixal desceu 18%, o total do distrito foi apenas menos 6%, mais uma vez falta de estratégia para
captação de empresas. O Sr. Presidente faz uma publicidade no mesmo jornal a dizer que o Seixal
é uma terra com mar de oportunidades, eu pergunto onde é que elas estão a ser criadas Sr.

29/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

Presidente? Sobre os contributos do Partido Socialista para este orçamento queria sinalizar a
redução do IMI sobre os prédios urbanos de 0,4 para 0,39 era esta a proposta, foi aceite após
negociação com a oposição, uma redução para 0,395. Simultaneamente não deixa de ser curioso
que o Partido Comunista Português, em sede da Assembleia da República, propôs uma redução da
taxa máxima de IMI; ou seja, conforme a sede em que se está a negociar os impostos, as posturas
são completamente contraditórias. Salientar também a isenção do pagamento de derrama a
empresas com volume de negócios até 150 mil euros, esta medida também proposta pelo Partido
Socialista e que minimiza a situação catastrófica que está aí nessa publicação Sr. Presidente. O
Partido Socialista tem uma visão estratégica para o concelho do Seixal. O Partido Socialista propôs
e dou alguns exemplos com propostas estruturantes, uma margem do rio judeu e da baia do Seixal
acessível a todos, água para todos, todo o ano, margens da baía com projectos ecológicos e
valorativos, dinamização das zonas industriais para gerar emprego local, reforçar a recolha do lixo,
o orçamento participativo aberto a todos e conforme as necessidades de cada bairro, bem como a
criação de um sistema de alertas para participar no Seixal Mais. Queria também dizer que não
basta trabalho, honestidade e competência, independentemente do que considerarmos e da
avaliação, é preciso também visão estratégica, desenvolvimento e qualidade de vida para este
concelho. Relativamente ao orçamento participativo que também falámos aqui na última
Assembleia de 6.ª feira, eu gostaria de reforçar que não percebo a aversão do Partido Comunista
Português à democracia participada, na possibilidade de cada munícipe poder votar nos projetos
apresentados pela câmara; o voto secreto é a garantia da participação íntegra e global de toda a
população. Não deixa de ser curioso também nas Grandes Opções do Plano que em todas as
páginas consta o diligenciar junto do Governo, a concretização dos seguintes projectos e acções e
portanto, cada página, salvo erro, está lá o relambório de reivindicações; eu ia apelar ao Sr.
Presidente que este género de queixinhas, desta energia que é empregue e os euros que são
empregues nesta propaganda de queixa, se fosse aplicado em trabalho e soluções não tenho
dúvidas que estaríamos muito melhores. Falando um pouco agora dos números, o Sr. Presidente
disse e bem que o orçamento aumentava cerca de 3 milhões de euros e quando vamos ver onde
estão esses três milhões de variação de 2017 para 2018. Estão 2 milhões em aquisição de bens e
serviços e está 1 milhão em pessoal e para investimento tem um aumento praticamente
insignificante. Estes números corroboram a minha afirmação inicial, portanto é o aumento de 2
milhões para a aquisição de bens e serviços é gestão corrente, para capital praticamente nada e
portanto, estas são as preocupações do Sr. Presidente da Câmara e do seu executivo, gestão
corrente e nada estratégico. Este é um indicador político porque o orçamento, seja um orçamento
de Estado ou de Câmara dá-nos os sinais políticos da gestão que se pretende para o concelho.
Queria referir também numa página que deve ter um lapso de cópia e cola que ficou de anos
anteriores porque diz que o orçamento para o exercício de 2018 foi elaborado ainda num contexto
com políticas de austeridade impostas às populações e deve ter sido um lapso de outros
orçamentos anteriores, tendo em conta que o Orçamento de Estado para 2018 é o mais
expansionista da democracia portuguesa. Em termos de transparência e da questão das rubricas
orçamentais, gostaria de dizer que as rubricas residuais do orçamento têm 11 milhões de euros
orçamentados. Despesa por classificar e especificar ao que se destina; eu vou explicar: a rubrica
residual «outros bens 020221» tem 850 mil euros inscritos. A rubrica «outros trabalhos
especializados» tem no total 6 milhões de euros inscritos. A rubrica de «outros trabalhos
especializados 020225» tem inscrito 4 milhões de euros. Temos 11 milhões de despesas por
classificar e especificar ao que se destinam. Temos 13% do total do orçamento por especificar com
detalhe ao que se destina; esperamos mais transparência Sr. Presidente. Relativamente ao mapa

30/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

de pessoal, ainda na passada 6.ª feira, esta assembleia aprovou o aumento do mapa de pessoal
em 51 trabalhadores, mesmo tendo como disse 500 lugares por preencher, passou o fim-de-
semana temos um orçamento para 2018 e o Sr. Presidente apresenta um mapa de pessoal com
2054 trabalhadores, quando na 6.ª o que aprovámos era de 2028, ou seja, passado o fim-de-
semana aumentaram as necessidades em 26. O que eu queria perceber se isto é um lapso ou se é
mesmo assim e eu não estou a compreender bem, ou seja, no total temos um aumento de
necessidades de 2017 para 2018 de 77 trabalhadores. Continuam ainda por preencher os 500
lugares. Sr. Presidente, para além da falta de coerência destes documentos estratégicos, pergunto
se o Sr. Presidente sabe quantos trabalhadores é que a Câmara necessita para desenvolver a sua
actividade ou aumenta constantemente o mapa só porque sim. Gostaria para terminar, também
perguntar ao Sr. Presidente se a sua gestão desta organização se cinge a contratar e aumentar o
pessoal e o mapa de pessoal e se existe alguma politica na Câmara Municipal do Seixal para
motivar e capacitar os recursos humanos existentes que eles certamente serão capazes de dar
muito mais e melhor do que do que aquilo que já fazem. Ligando isto à minha intervenção na
primeira parte, eu gostaria de saber qual é que é a satisfação dos trabalhadores no inquérito que
foi feito e que o Sr. Presidente da Câmara ainda não divulgou”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. deputado Paulo Galvão”.
Paulo Galvão, do CDS-PP, disse: "É com muita satisfação que o CDS verifica que a dívida da
Câmara Municipal está a diminuir, embora as despesas existentes ainda continuem a pesar
bastante neste orçamento, pelo que é necessário reajustar e suprimir as gorduras que inflacionam
estes resultados. Constatamos com agrado a inclusão da construção de um novo canil, do reforço
em áreas como a educação, o desporto e muitas outras, mas há muito que fazer neste concelho,
nomeadamente quanto às acessibilidades, quanto ao ambiente, acção social e na consolidação de
uma proposta atractiva para os agentes económicos fundamentais para o desenvolvimento do
concelho e bem-estar dos munícipes que andam cansados das constantes deslocações para os
seus empregos na maioria fora deste concelho. Consideramos fundamental que a inclusão de
pessoas com deficiência e pessoas com mobilidade reduzida passe não só pelo desporto, mas
sobretudo pelas deslocações por todo o concelho cujos passeios e acessos não estão preparados
para tal. Na circulação viária não basta exigir ao Governo uma ponte pedonal e clicável entre o
Seixal e o Barreiro, quando os nossos munícipes perdem muito tempo em ir da Amora ao Seixal
desde que suprimiram faixas de rodagem na Ponte da Fraternidade, contrariando as promessas do
alívio do trânsito rodoviário. Também o troço entre Corroios e a Quinta da Princesa é um
compromisso vosso que nunca se chegou a concretizar, será que é agora? Parece-nos também que
esperam apoios do Governo para limpar as lagoas de hidrocarbonetos de Santa Marta do Pinhal,
quando esse foi o vosso compromisso. Estou a aguardar também uma resposta sobre esse tema.
Poderíamos continuar a relatar casos de obras que se comprometeram a fazer e até agora exigem
a terceiros que os façam. Esperamos sim, que o realojamento dos munícipes de Santa Marta do
Pinhal e de Vale de Chícharos seja finalmente uma realidade, pois esta situação arrasta-se ao
longo de anos. Finalmente, deixo uma questão no ar como também já foi referida pelo meu amigo
Bruno Barata que existem cerca de 11 milhões em despesas não definidas e como ele também
disse são 13% do orçamento, é um valor exagerado para despesas que nós não conseguimos
descobrir o que são”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. deputado Sérgio
Ramalhete”.

31/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

Sérgio Ramalhete, do PS, disse: "Estamos hoje perante uma das assembleias municipais mais
importantes de todo o mandato, neste caso a discussão do orçamento e das Grandes Opções do
Plano. Como bem referiu as Grandes Opções do Plano demonstram o que a Câmara Municipal
pretende fazer no próximo ano, essencialmente as obras e investimentos estruturantes. Contudo,
analisando este orçamento parece-nos ficar aquém do expectável face às necessidades da
população do concelho do Seixal que durante os últimos 20 anos viu a sua vontade por um
concelho mais justo e com maior qualidade de vida ser renegada para segundo plano. Durante
muito tempo foi desculpa não efectuar investimentos devido á redução das transferências
correntes. Contudo, como bem referiu os números não enganam. Podemos verificar que apesar
das contingências a receita tem vindo a crescer nos últimos anos face, contudo ao retorno da
atividade económica. Indo à referência dos números, gostaria de dizer o seguinte: nas Grandes
Opções do Plano, na página 84, considera-se que a Câmara Municipal tem uma capacidade de
elevar o investimento na ordem dos 22, 23% relativamente às despesas de capital. Gostaria que
me explicasse porque me faz alguma confusão considerar o passivo financeiro como parte dessa
capacidade de investimento. Para quem não sabe, eu vou explicar o que é o passivo financeiro.
Compreende as operações financeiras, englobando as de tesouraria e as de médio e longo prazo
que envolvem pagamentos decorrentes, quer da amortização de empréstimos titulados ou não,
quer da regularização de adiantamentos ou de subsídios reembolsáveis, quer ainda de garantias,
ou seja estamos a considerar como investimento passivo financeiro indevidamente. Neste caso,
falamos em cerca de 6 milhões e meio de euros, ou seja, endividamento esse que já foi contraído
em 1999, 2001, 2002, 2014 e, se forem verificar a página 203, há uma parte que até diz respeito a
um plano de saneamento financeiro. Sr. Presidente desculpe, o plano financeiro não é
investimento, julgo eu. Gostaria que me explicasse o porquê desta circunstância; Muito mais, se
desse valor dos 6 milhões e meio, passivo financeiro, se retirarem os 22%, temos cerca de 14% de
investimento. Do nosso ponto de vista é extremamente reduzido ou nulo. Quem usa o mapa de
endividamento vai sentir como é que é possível que o endividamento bancário no final de 2018
responda a cerca de 50% dos valores orçamentados em receita e despesa para esse ano. Como é
que se deixa chegar uma Câmara a este nível de endividamento? Se formos à página 91, rubrica
020204 locação financeira, cujo valor ronda os 5 milhões de euros pelo que verifico e depois de
analisado, verifico que se trata do pagamento anual das rendas dos edifícios central e operacional,
estamos a falar em 5 milhões de euros. Muito mais me custa ouvir dizer que vai-se adquirir o
edifício da Câmara ao proprietário por 22 milhões e meio; sobre esse valor, se acrescentarmos o
valor de rendas pagas anualmente durante esses anos, possivelmente o edifício não fica em 22
milhões e meio de euros, ficará se calhar no dobro. Não percebi se eventualmente as rendas já
pagas abaterão ao valor da compra. Relativamente a este valor do pagamento das rendas dos
edifícios, faz-me confusão também como é que se consegue pagar 5 milhões de rendas
anualmente e o valor que se transfere para as juntas de freguesia é de 1 milhão e… (inaudível); ou
seja, como toda a gente sabe a Junta de Freguesia tem um trabalho muito importante na
proximidade com a população, com estes valores discrepantes entre aquilo que se gasta nos
edifícios e aquilo que transfere para as juntas de freguesia, a mim mete-me alguma confusão
como é que o valor é tão discrepante. As juntas de freguesia são parte importante na estratégia de
proximidade com a população, situação que pelos valores apresentados demonstram
exactamente o contrário. Se for à página 92, 0407, temos as situações sem fins lucrativos de 2
milhões 260, não obstante a importância das associações no concelho do seixal peço-vos que
transferiram mais dinheiro para as associações do que para as juntas de freguesia também carece

32/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

de uma explicação, por isso agradecia Sr. Presidente que me esclarecesse todas as minhas
dúvidas”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O PS já gastou 2 terços do tempo, vejam lá! Ana
Inácio”.
Ana Inácio, da CDU, disse: "Venho falar da valorização das Grandes Opções do Plano hoje
apresentadas. Trata-se de um documento abrangente às diversas áreas de intervenção do
município e estamos certos que a sua aprovação e aplicação trará sem dúvida um aumento da
qualidade de vida no concelho do Seixal. Relativamente à juventude, sendo o Seixal um concelho
que sempre apostou nos seus novos valores, importa destacar a valorização do movimento
associativo juvenil, do seu papel e de intervenção própria, organizados pelos jovens e com os
jovens, como são a realização do Março jovem, do Seixal Moda ou do Drive in arte. Não posso
deixar de destacar a importância da construção de um novo centro de apoio ao movimento
associativo juvenil na freguesia de Amora. Relativamente à cultura, destaco o facto de o município
do Seixal ter sido distinguido pela Sociedade Portuguesa de Autores como uma autarquia do país,
com a melhor programação cultural autárquica em 2017, fruto certamente de projectos de
referência, como o festival de teatro, o festival internacional Seixal Jazz ou a mostra cultural
associativa, reflexo de uma política cultural ampla e dirigida à expectativa das populações. No
documento de hoje apresentado merece destaque a conclusão do plano municipal de
desenvolvimento cultural do Seixal, iniciar a construção do centro internacional de medalha
contemporânea na Quinta da Fidalga, Arrentela. Desenvolver os projectos para a construção de
um centro de interpretação patrimonial e ambiental no parque urbano de Miratejo, valorizando o
monumento nacional de olaria romana do Brasileiro/Rouxinol, desenvolver a componente oficinal
do projecto Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, abrir e dinamizar a oficina colectiva armazém 56
Arte Sx, na Mundet, para artistas e artesãos do concelho. É indiscutível se existe município onde o
desporto é para todos, ele existe e é no Seixal. O trabalho programado e planeado envolvendo as
escolas, o movimento associativo e as instituições do concelho contribuem activamente para que
o Seixal tenha hoje um dos mais elevados índices de prática desportiva a nível nacional, são prova
disso os equipamentos desportivos de qualidade ou a realização de iniciativas de referência como:
os jogos do Seixal, o agita seixal, o corta-mato cidade de Amora, o troféu de atletismo, o
campeonato de futsal do concelho ou a Seixalíada que em 2018 irá realizar a sua 35.ª edição e que
junta milhares de pessoas todos os anos em torno do desporto. Para além da variedade de
projectos, a construção da piscina municipal da aldeia de Paio Pires, a construção do complexo
desportivo do Clube Associativo de Santa Marta do Pinhal, a construção do pavilhão desportivo da
Mundet direccionado para o hóquei em patins, o concurso para a construção do estádio da
Medideira transformando-o num Estádio Municipal da Medideira ou a requalificação do complexo
municipal de atletismo Carla Sacramento. Serão certamente marcantes nos tempos que se
avizinham”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tomás Santos”.
Tomás Santos, do PS, disse: "Vinha aqui abordar alguns tópicos relativamente às Grandes Opções
do Plano, algumas notas que gostaríamos de deixar nesta assembleia. Primeiro dizer que
manifestamos o nosso profundo desagrado pela teimosia deste executivo em manter o modelo
das RNAJ, continuando o concelho do Seixal a ser um dos poucos concelhos do país a não cumprir
com a lei nesta matéria. Talvez ainda não nos tenhamos feito entender relativamente a este
aspecto. Esta matéria não se trata de uma matéria de opinião, trata-se de cumprir com aquilo que

33/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

vem escrito na Lei. Se o Sr. Presidente se orgulha de viver num concelho que não cumpre a Lei, eu
pessoalmente não me orgulho e, portanto, gostaria que se cumprisse a Lei e que deixasse de ser
matéria de debate e que passasse a ser matéria de cumprimento. Depois nas Grandes Opções do
Plano vem também mencionada a questão da Pousada da Juventude. Como certamente, saberão
esta era uma prioridade para o Partido Socialista e um equipamento que consideramos
absolutamente fundamental para a dinamização do nosso concelho e para a valorização das
camadas mais jovens e da permanência das mesmas no nosso concelho. É dito que se vai
diligenciar junto das entidades governamentais a construção de uma pousada da juventude. As
perguntas que gostaríamos de deixar são: em que termos? Quais as condições que o concelho dá
para esta candidatura? Qual é a visão da Câmara Municipal para este equipamento fundamental?
A menção sem mais da construção deste equipamento deixa-nos preocupados com a leviandade
com que esta matéria está a ser tratada, deixando-nos a sensação que a mesma não é prioritária
para o executivo. Não basta apenas falar-se de construção é preciso dar garantias que a mesma
será construída. Gostaríamos de deixar a nossa sugestão, o aproveitamento e uma infra-estrutura
náutica, à imagem da juventude, que se trata do aproveitamento de um barco cruzeiro que
navega no rio Douro ou em alternativa o prolongamento da Quinta da Trindade. Terceiro ponto,
consideramos importante a possibilidade de aumentar o nível de camas no sector hoteleiro do
nosso concelho, consideramos que este investimento será naturalmente feito por investidores
privados assim que o nosso concelho tenha um território atractivo para a fixação de pessoas no
mesmo, sendo essa a tarefa fundamental que a nossa autarquia deve ter ou ao qual deve dar
prioridade. Assim, consideramos que este apoio à instalação de novas unidades hoteleiras no
nosso concelho que é mencionado nas Grandes Opções do Plano, é uma tentativa de tapar o sol
com a peneira demonstrando a total ilusão em que este executivo vive e o fracasso das suas
políticas. Quarto e último ponto: vem mencionado nas despesas com pessoal das Grandes Opções
do Plano o valor de 900 mil euros para pessoal em regime de tarefa ou avença e de 621 mil 927
euros para com pessoal em qualquer outra situação. Tirando o valor dispendido para o pessoal dos
quadros são os dois valores mais altos dos gastos com pessoal. Tenhamos também presente que
se tivermos em conta um valor médio de 1000 euros por avença estamos a falar de 75 avenças.
Gostaríamos de dizer que preocupa-nos que na Administração Pública a situação dos precários do
Estado e que haja uma boa aplicação ou que seja dada prioridade à aplicação do PREVPAP na
Administração Pública. Consideramos fundamental acabar com os vínculos laborais precários na
Administração Pública e estamos em querer que sendo o executivo da maioria CDU, cujo partido
maioritário é um partido que se afirma pela defesa dos trabalhadores e pela existência de um
contrato de trabalho efectivo para cada posto de trabalho permanente, palavra vossas, não
nossas. Esta é também uma prioridade que eu penso ser para vós fundamental, assim
perguntamos se não há nenhuma situação de vinculo precário nestes mais de 1 milhão e 500
euros de gastos com pessoal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O PS nesta altura só já tem 1 minuto. Intervenções
de 8 minutos cada um, e 4 e 5. Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: "Uma intervenção de cariz mais político, depois das mais técnicas do
PS. O Orçamento e as Grandes Opções do Plano do município do Seixal para 2018 continua
infelizmente alicerçado numa falsa narrativa e numa grave falácia ou aquilo que convencionaram
chamar largo período de empobrecimento e retrocesso social. Este tipo de expressões
introdutórias confere desde logo ao orçamento uma perspectiva enviesada, sinuosa e sem
qualquer respaldo na realidade. Se é verdade que o país pela mão do PS atravessou uma crise

34/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

económica que o obrigou a pedir ajuda externa e a negociar um pacote de severa austeridade
para poder diminuir um défice nas contas públicas de 11,2%. Não é menos verdade que os
problemas financeiros deste município são muito anteriores a este período; a título de exemplo,
em 2010, esta Câmara já tinha uma dívida de 25 milhões de euros a fornecedores a que se haveria
de juntar um endividamento de mais 43,4 milhões de euros. É assim, claro que este discurso de
vitimização constante, para além de ficcionado não tem qualquer correspondência com os factos,
o estado financeiro deste município que levou à celebração de um PCO é da exclusiva
responsabilidade da maioria PCP. Como de resto bem frisou recentemente o Tribunal de Contas na
auditoria realizada onde entre outras situações de má gestão se evidenciou o negócio ruinoso dos
arrendamentos dos edifícios da Câmara e continua apesar de uma Assembleia Municipal
extraordinária em Agosto de 2016 e isto apesar de supostamente o que resulta das suas
explicações já dadas esta noite, sem qualquer solução à vista. Por outro lado, se hoje podemos
assinalar algumas melhorias nesse estado financeiro muito se fica a dever à lei dos compromissos
implementada pelo Governo PSD/CDS que obrigou à força de lei a disciplinar as contabilidades das
autarquias locais. Por outro lado, não compreendemos que o município continue a construir e a
sustentar o seu orçamento com base na dicotomia, nós, eles, ou seja, por um lado, nós faremos,
por outro lado eles têm que fazer. Compreendemos ainda menos quando actualmente o PCP
partilha com o PS e Bloco de Esquerda as responsabilidades orçamentais do estado porque quanto
aprovar o orçamento para 2018, como aprovaram os dois anteriores exercícios que continuemos
no Seixal com este discurso esquizofrénico a reclamar obras do Governo que não constam de um
orçamento deste mas que o PCP em sede de Assembleia da República aprovou e caucionou como
são principal exemplo: o Hospital do Seixal, os centros de saúde dos Foros de Amora e Aldeia de
Paio Pires, a reposição das freguesias ou mesmo a extinção do FAM que segundo este documento
em discussão, o município do Seixal contribuirá em 2018 com mais 517.451 mil euros. Não
entendemos como pode o PCP munir-se de um discurso tão ambíguo e contraditório. Mais!
Quando já vamos no 3.º orçamento desta solução governativa das esquerdas. Talvez por o
eleitorado partilhar da nossa opinião, o PCP foi dolorosamente punido nas eleições autárquicas
com a perda de 10 câmaras; é que realmente não podemos ser a Olívia patroa e a Olívia costureira
como a personagem que a Ivone Silva celebrizou. Ainda assim, não aprendeu e continua a
embrenhar-se na mesma face retórica adoptada pelo PS de Costa e pelo Bloco de Catarina
Martins, recuperação de direitos e rendimentos depois de um largo período de empobrecimento e
retrocesso social. É aliás assim, de forma demagógica, que introduz o seu documento respeitante
ao orçamento. Com efeito, verificamos que o executivo CDU neste capítulo não inverteu o
processo, antes pelo contrário; insiste na fórmula reivindicativa e desastrosa. Se por um lado,
mesmo substituindo a palavra «reivindica» ou «exige» por mais suave «diligenciar», dedica
abundantes linhas da sua política ao reivindicar ou diligenciar ao Governo. Por outro lado, os
eleitores querem é obra concreta; nesse sentido verificamos com desagrado que este orçamento é
mais uma oportunidade perdida, agarrada ao que se disse antes o município prefere e apenas a
título exemplificativo, continuar a reivindicar do Governo a construção do Centro de Saúde dos
Foros de Amora ao invés de per si tomar este processo em mãos que é fundamental para a nossa
população e que permitiria desbloquear muitos dos problemas de saúde existentes no concelho.
Um centro de saúde não custaria mais de 1 milhão e meio; este valor, é bom que se diga, está
largamente ultrapassado com a opção de publicidade reivindicativa feito ao longo dos últimos
anos ao Governo. É por isso, e por conta de opções como esta, que o orçamento e as grandes
opções do plano são um instrumento de opção política, da qual o Partido Social Democrata
discorda na sua grande maioria. Aqui chegados, convém sublinhar: se este documento do

35/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

orçamento e grandes opções do plano fosse entregue às mãos de uma pessoa que não conheça o
Seixal, esta pessoa seguramente ficaria deslumbrada com tanta infra-estrutura prometida. Claro
que se esta pessoa se desse ao trabalho de coligir todos os orçamentos dos últimos 20 anos,
rapidamente ficaria apreensiva na medida em que constataria que muito daquilo que vem mais
uma vez programado neste orçamento, já o foi dezenas de vezes em orçamentos anteriores.
Exemplo disso, as piscinas de Paio Pires, desta feita mais vincadamente prometidas, a
requalificação do Mercado da Cruz de Pau, eternas obras por fazer, o pavilhão desportivo de
Fernão Ferro, a loja do cidadão e isto apesar do Sr. Presidente esta noite ter feito aqui um agora é
que é. E agora até a Estrada Regional 10 volta a ser uma promessa, recuperada 2005 ainda que
esta obra seja simultaneamente uma reivindicação ao Governo. Entre muitas outras, como a
construção da nova esquadra da divisão policial do Seixal ou a erradicação definitiva dos
problemas de Vale de Chícharos e Santa Marta. Todavia, o Partido Social Democrata está como os
munícipes em geral ver para querer. Porém, não podemos igualmente deixar de nos debruçar
sobre alguns aspectos mais técnicos relativos a este orçamento, desde logo afirmando que o
orçamento da despesa não cumpre com os requisitos da tipificação e especificação das despesas
pela sua natureza, isto é, não referindo quem vai realizar a despesa e atira para um único bolo
denominado Câmara Municipal todas as despesas do município, sem que sejam inscritos os
montantes relativos a cada pelouro, quais os pelouros e tipos de despesas, depois a Câmara
Municipal do Seixal aumenta consideravelmente o valor da receita das transacções onerosas o que
quanto a nós é pouco realista uma vez que a redução na taxa de IMI e sendo pouco provável o
aumento drástico das vendas de imóveis no Seixal não possibilitará tal aumento, pelo menos não
no montante inscrito, há demais são inscritos montantes elevados na rubrica outros trabalhos
especializados, sem nunca explicar ou referir que tipo de trabalhos. Era bom que esta rubrica fosse
esclarecida e explicada para não suscitar outras interpretações quanto à sua verdadeira natureza.
Em bom rigor resulta da análise desta proposta de orçamento um certo regresso ao irrealismo, ao
empolamento, ao exagero. Este executivo afirma que vai continuar a diminuir o passivo. Não
acreditamos, uma vez que a despesa aumentará em 3,4 milhões de euros e que a receita baixará
de forma considerável por via da redução de algumas taxas. Resultado disto, o município não
conseguirá liquidar as despesas com as receitas correntes e tal vai forçar o executivo a recorrer a
empréstimos ou a aumentar as taxas por via de alterações ao orçamento. Por tudo isto, o Partido
Social Democrata não se compromete, não patrocina, não cauciona este orçamento, de resto cabe
a outros em face dos últimos resultados eleitorais que nos trouxeram uma realidade inédita nesta
assembleia a viabilização deste orçamento porque quando foi com o PS que a CDU fez um
entendimento e uma negociação de lugares para este mandato, mesmo que o PS nunca espécie
de dança maquiavélica de argumentos sustentada em repetidos comunicados e vídeos o negue
frequente e presistentemente. Todavia, todos sabem hoje que existe no município uma espécie de
gerigonça, esta amputada dos seus membros, visto que o Bloco ficou de fora deste processo. Será
portanto, esta e por muito que o neguem quem terá a responsabilidade de caucionar todos os
exercícios deste mandato. Naturalmente, esperamos nós, negociando e incluindo medidas a
inscrever e a adoptar pelo município neste quadriénio, como de resto deve funcionar uma
verdadeira coligação, embora na sua essência não assumida ou admitida, pelo menos por um dos
seus intervenientes. Face ao exposto de tudo isto que acabei de afirmar o Grupo Municipal do
Partido Social Democrata votará contra o orçamento e as grandes opções do plano para o ano de
2018”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Disse e esgotou o tempo. Samuel”.

36/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

Samuel Cruz, do PS, disse: "As pessoas preparam-se e não repetindo as intervenções o que será
sem dúvida engradecedor para a democracia mas fundamentalmente não é isso, é que o tempo
atribuído neste momento ao Partido Socialista é muito inferior àquilo a que terá direito, tendo em
conta os actuais resultados eleitorais e o tempo que é atribuído ao Partido Comunista é muito
superior àquilo que é os seus resultados eleitorais. Nós já prescindimos, respeitamos as regras mas
o ónus fica com cada um”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Para a próxima nós havemos de fechar o regimento
e na próxima assembleia já teremos. Nelson”.
Nelson Patriarca, do PS, disse: "Ao ouvir o Sr. Presidente na sua longa intervenção não deixo de
notar muita coisa familiar, nota-se que leu o programa do Partido Socialista e usou algumas das
ideias o que nos apraz registar. Registo também três elogios a três secretários de estado do
Governo actual do Partido Socialista o que também não é de menosprezar. Sobre a componente
educativa há duas situações que são referenciadas que são: iniciar obras de requalificação de
escolas, ambas apenas com orçamentos de 50 mil euros que não darão para requalificar o que
quer que seja, visto que elas apenas serão chutadas mais para a frente seguramente conforme os
concursos em 2019 ou 2020, isto continua a não resolver o maior de todos os problemas que
temos na área da educação com custos significativos para as famílias que é o turno duplo e queria
aqui recordar-lhe que isto deriva do facto, do PCP ter adiado sucessivamente a revisão da carta
educativa sobre a histórica questão do Ministério da Educação não dar resposta. Quando querem
fazem, quando não querem adiam. Neste momento, somos apenas um dos cinco municípios que
mantém esta vergonha dos turnos duplos. Depois, prevê lançar um novo concurso de um novo
centro de dia, como disse, que era o 12.º. Segundo sabemos pela própria Segurança Social, a rede
concelhia estará bastante salvaguardada neste aspecto, julgávamos que era muito mais
significativo que esta verba fosse entregue a esta, a outra colectividade, a outra associação mas
apenas para uma valência de lar onde somos muito mais necessitados, do que centro de dia onde
a oferta se não é total está muito próxima já de o ser. Portanto, pensamos que este não é um
investimento errado mas é um investimento deslocado da sua efectiva direccionalidade em função
da verba que aqui está atribuída. Última questão, tem a ver com a área de desenvolvimento
turístico, a certa altura fala-se de centro náutico provisório do Seixal, gostava que depois me
conseguisse explicar o que é um centro náutico provisório”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Agora já com tolerância. Nuno Graça”.
Nuno Graça, da CDU, disse: "A salubridade ambiental é um factor promotor da qualidade de vida
e de equilíbrios dos ecossistemas. É também responsabilidade das autarquias a defesa dos valores
ambientais, felizmente a Câmara Municipal do Seixal tem vindo a dar provas que a defesa do
ambiente constitui um eixo prioritário e de acção. A título de exemplo discursávamos aqui
recentemente sobre a escolha do concelho do Seixal como um dos doze municípios seleccionados
pelo Fundo Ambiental para a implementação do laboratório vivo para a descarbonização, tendo
ficado em primeiro na classificação entre os 35 municípios concorrentes. Na defesa dos valores
ambientais o PEV propõe desenvolver acções, no sentido de assegurar um planeamento e
ordenamento territoriais equilibrados. Nesse sentido, destacamos o desenvolvimento da carta
ambiental do município do Seixal, documento estratégico para a gestão do município apontando
caminhos e desafios com vista à melhoria e promoção do desenvolvimento sustentável. Os
candidatos do PEV propõem ainda contribuir para o combate aos focos de poluição de linhas de
água e ribeiros. Assim é de salientar o trabalho já realizado e que terá o seu desenvolvimento no

37/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

processo de classificação das praias do Seixal como detentoras de qualidade balnear mas também
implementação de um laboratório vivo para a descarbonização em torno da baía do Seixal. Para
além disso, é de enaltecer a intenção da Câmara Municipal do Seixal de continuar a encetar
diligências junto do Governo, nomeadamente, no que diz respeito à resolução do passivo
ambiental e descontaminação dos solos e das lagoas com especial incidência na área envolvente à
Siderurgia Nacional, salvaguardando a saúde das populações e do ambiente. Ainda no que diz
respeito à Siderurgia Nacional sobressai o desenvolvimento de estudos de saúde, qualidade de ar
e de ruído que avaliam os impactos de actividade industrial junto da população em substituição
das entidades governamentais que não o fizeram aquando da renovação da licença ambiental. A
gestão da acção local autárquica tem um papel de extrema relevância no acesso dos munícipes e
dos cidadãos em geral aos serviços públicos. No entanto, a fusão e extinção de freguesias vem
contrariar esta proximidade. O PEV e a CDU continuarão a envidar todos os esforços no sentido de
reverter esse processo, onde as populações assim o desejem. Defender os serviços públicos de
qualidade e acessíveis a todos é e tem que continuar a ser um imperativo desta autarquia. No que
diz respeito à água, saneamento e resíduos, a defesa da gestão pública da água, um recurso
essencial à vida e não uma mera mercadoria faz parte do manifesto do PEV e congratulamo-nos; é
um eixo estruturante da autarquia cujo bom trabalho foi reconhecido num estudo da DECO de
2016. Este atribui ao Seixal o primeiro lugar pelas tarifas mais baixas nas áreas metropolitanas de
Lisboa e Porto, demonstrando que é possível associar um serviço público de qualidade a custos
socialmente justos. Para nós, é igualmente importante garantir a cobertura de 100% do
saneamento básico e abastecimento de água, garantindo a uniformização do acesso público. Por
esse motivo cremos que a conclusão do Centro de Distribuidor de Água de Fernão Ferro, a
continuidade do investimento na reabilitação das condutas existentes, bem como os avanços das
obras de renovação das redes de abastecimento de água em Casal do Marco e Corroios entre
outras irão permitir uma franca aproximação a este objectivo. Também a recolha e tratamento de
resíduos urbanos e o tratamento das águas residuais são serviços fundamentais que devem estar
ao alcance de todos e não sujeitos às vontades da iniciativa privada ou a lógica do mercado. Neste
contexto, é essencial que o processo de privatização da EGF seja revertido, retomando-se a
maioria de capital público na AMARSUL. Por fim, espera-se que uma autarquia vanguardista
desenvolva políticas locais de bem-estar e para os animais domésticos. Assim, é de enaltecer o não
abate de animais no canil municipal e o estabelecimento de diversas parcerias com organizações
de voluntários, promovendo a adopção e não o abandono, simultaneamente é de destacar o
processo de adopção do Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia do Seixal e todas as
iniciativas a ele associadas”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra André Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse: "Eu quero fazer uma única pergunta ao Sr. Presidente da Câmara,
quando diz, em matéria de ambiente, que a Câmara promoverá soluções isentas de pesticidas e
herbicidas na manutenção de espaços verdes e outros espaços públicos. A pergunta que lhe faço é
se pode garantir a não utilização do glifosato”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vitor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: "Em Portugal, as restrições estruturais impostas face a uma fixação
obsessiva com o cumprimento dos indicadores económicos e financeiros ditados pelo Tratado
Orçamental, ao serviço das grandes potências da Europa, levaram a uma prolongada situação de
estagnação e retrocesso económico e que se traduz numa significativa contracção do PIB. A

38/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

quebra do investimento total de 28% do PIB no início do século para praticamente metade no final
de 2015, testemunha o estado de recessão e estagnação do país. O investimento público, decisivo
para manter a produção, as infra-estruturas e equipamentos caiu de 7,2 mil milhões de euros em
2009 para 3,5 mil milhões em 2015. Esta situação ainda não teve alterações significativas apesar
do Governo do PS apoiado pelo PCP, BE e PEV estar em funções há dois anos. O grau de
degradação dos serviços públicos e de empobrecimento da população posto em prática pelo
anterior governo do PSD/CDS foi de tal ordem, que levará anos a reverter. Apesar de tudo já foi
possível melhorar um pouco as condições de vida da maioria da população, devolver rendimentos,
aumentar pensões, reverter privatizações e parar a degradação dos serviços públicos. Falta repor a
qualidade perdida durante os anos da troika. O Poder Local foi outra das vítimas da governação da
direita que, através dos sucessivos incumprimentos da Lei das Finanças Locais, retiraram centenas
de milhões de euros aos orçamentos das autarquias locais, afectando drasticamente a prestação
do serviço público. Este governo tal como os anteriores continua a não cumprir a Lei das Finanças
Locais. Analisemos algumas linhas de orientação para 2018. No serviço público e participação: é
abandonado o objetivo de “estabelecer ou reforçar parcerias com outros municípios da região,
para utilização comum de infra-estruturas, rentabilizando os investimentos realizados”. É, na
opinião do Bloco de Esquerda, uma opção errada. No desenvolvimento económico e social é
abandonado o objectivo de “potenciar a articulação dos projectos e programas desenvolvidos com
a comunidade local, envolvendo parceiros públicos e privados, assim como os cidadãos, na
tomada de decisão, no acompanhamento e na condução das acções estratégicas, fomentando a
criação e o aprofundamento de redes de trabalho e partilha ao nível regional, nacional e
internacional”. Em nossa opinião, é uma opção errada. No planeamento, urbanismo e espaço
público é abandonado o objectivo de “concertar a proposta de Programa Estratégico de
Desenvolvimento Integrado do Município do Seixal”. Em nossa opinião, é uma opção errada. Na
educação e Juventude: O Plano Educativo Municipal continua a ser promessa para 2018 tal como
foi em 2016 e 2017. Na cultura e património: nesta área é de referir a intenção de concluir o
Museu da Medalhística. O Plano Municipal de Desenvolvimento Cultural continua por concluir.
Tais projectos constavam das prioridades de 2015, 2016, 2017 e agora transitam para 2018. No
desporto é assumido o compromisso de iniciar a construção da Piscina Municipal de Paio Pires e a
construção de um equipamento desportivo coberto na Mundet, direccionado para a prática do
hóquei em patins. Tal como eram em 2017. Na saúde e ação social é abandonado o objectivo de
aprovar a Carta Social Municipal do Seixal e o IV Plano de Desenvolvimento Social. Na opinião do
Bloco de Esquerda é uma opção errada. O Plano Municipal de Habitação continua a ser objectivo
para 2018 tal como foi nos dois últimos anos. No espaço público e mobilidade propõe-se concluir
o Plano de Mobilidade e Transportes Intermunicipal e realização de fórum de discussão tal como
em 2016 e em 2017. O orçamento é um instrumento que sustenta as opções de gestão
contempladas nas GOP. Analisando o orçamento apresentado, o mesmo continua a ser
condicionado no seu conteúdo pelo resultado de duas más políticas já assinaladas no exercício
anterior, uma externa ao município e outra interna. A externa provém da política de austeridade e
empobrecimento que o anterior governo aplicou ao país, daqui resultando uma forte redução na
actividade económica, traduzindo-se tal numa perca de receitas para o município de toda a
ordem, quer nos impostos diretos quer nos indiretos, acrescendo ainda a aplicação do FAM que
retirou ao município mais de 500 mil euros por ano. A interna provém das políticas orçamentais
desenvolvidas ao longo da primeira década deste século neste município. Tal gestão foi
consubstanciada em orçamentos inflacionados, projectos ruinosos e falta de rigor e exigência.
Resultado de tudo isso está na obrigatoriedade que se teve de contratar um PCO, que numa fase

39/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

de dificuldade de aumento de receitas, ainda mais nos obriga a um conjunto de despesas, que nos
deixa muito condicionados; exemplo: rendas e serviço da dívida, 13 milhões. Na altura de
discussão do PCO, o Bloco de Esquerda já tinha afirmado que durante a execução do mesmo – dez
anos – e com a situação económica proveniente de uma política de governo baseada no
fundamentalismo austeritário, iríamos ter orçamentos de muita contenção e claros
condicionamentos ao investimento. Numa análise mais pormenorizada ao documento e
comparando-o com o de 2017, verificamos que passamos de um orçamento de valor global de 83
milhões de euros, para um valor de 86,5 em 2018, com um crescimento portanto de 4,11%. É
necessário, no entanto, analisar o que aconteceu ao orçamento de 2017 com duas revisões
orçamentais, pois as mesmas dotaram este documento com aproximadamente mais 20 milhões
de euros. Sendo uma parte muito significativa deste valor para antecipar pagamentos que iriam
ser feitos em 2018, permitindo assim a este ter uma maior folga. Do lado da receita verifica-se que
a mesma vem apresentando ao longo dos últimos quatro anos uma estabilidade em termos de
rigor e realismo na sua previsão, contrariamente ao que vinha existindo até aí, muito se devendo à
exigência que o PCO coloca. Em termos de valores a sua variação tem sido positiva na ordem de
crescimento dos 3 a 4%, proveniente do crescimento dos impostos directos e da venda de bens e
serviços. Em termos dos impostos directos é de referir a subida da receita do IMT, demonstrativo
da dinâmica da actividade económica, e que no futuro nos garante um aumento da base
contributiva do IMI. IMI que é também importante aqui referir, a sua taxa baixa neste orçamento
de 0,40 para 0,395%, sendo uma redução é de relembrar que estamos simplesmente a repor o
valor da taxa que existia no período pré PCO, isto é 2013. E eu como não pretendo ter nenhuma
vantagem porque o regimento ainda é o que é vou acelerar e vou sustentar a posição que vamos
defender no orçamento e passo à frente. As considerações finais são tão simplesmente as
seguintes: tendo em conta que o impacto das medidas do governo anterior nas políticas locais que
ainda perdura com o incumprimento reiterado da Lei das Finanças Locais que este governo
também ainda não cumpriu se tem traduzido na quebra acentuada de receitas municipais. A
redução da dívida foi de cerca de 11,3 milhões de euros, menos 14% em relação à existente em
2015. Que os compromissos assumidos no âmbito do Plano de Consolidação Orçamental reduzem
a margem de manobra do executivo, por responsabilidade não exclusiva mas determinante das
opções dos anteriores executivos e da maioria absoluta da CDU. Que o orçamento é mais rigoroso
e realista. Que o Orçamento está condicionado e direccionado em larga medida para o pagamento
de dívidas e da dívida. Que o IMI devia ter tido uma redução mais substancial como o Bloco
propôs. Que há um esforço para manter políticas sociais que embora pudessem e devessem ter
maior capacidade de resposta perante a emergência social em que ainda vivemos, mas que o
Bloco não deixa de valorizar. Que se mantém no essencial a prestação do serviço público. Que
algumas taxas e o preço da água mantêm-se abaixo de outros municípios de igual dimensão da
Área Metropolitana da Lisboa. Tendo em conta o atrás exposto, o Bloco de Esquerda abster-se-á
na votação das Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2018”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Hernâni Magalhães”.
Hernâni Magalhães, da CDU, disse: "Venho-me referir às questões relativas às acessibilidades e
mobilidade. Começarei por dizer que a única forma possível de analisar a proposta que é
apresentada pelo executivo é comparar aquilo que nos é proposto com aquilo que nós CDU
propusemos em sede de programa eleitoral e aquilo que se pode verificar é uma colagem quase
exacta para 2018, daquilo que foi proposto pela CDU e daquilo que é plasmado na actual proposta
de opções do plano e mesmo nas verbas que são postas ao longo dos vários anos. Não vale a pena

40/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

listar as obras toda a gente as conhece, os projectos está tudo referido. Aquilo que importa neste
momento referir tem mais a ver com uma questão que é de transportes públicos porque sabe-se
que muito proximamente vai haver em sede da Área Metropolitana de Lisboa a renegociação das
concessões dos transportes públicos e esse é um aspecto que eu considero determinante a
actuação do próprio município do Seixal, dentro das suas competências nessa área, dando um
pequeno exemplo para que percebam da importância desta actuação. Eu por acaso sou utilizador
de transportes públicos mas há meses em que por qualquer razão não compro o passe e se tenho
que ir a Lisboa, do sítio onde moro, Miratejo, ida e volta a Lisboa eu largo mais de 10 euros de
transportes públicos, isto é, eu faço muitas vezes o que a maior parte das pessoas fazem, vou de
carro. Se nós queremos ser um país em que combatemos as emissões de CO2, se queremos ser
um país em que os problemas da poluição são combatidos também, não é só o problema do
aquecimento global, é o problema das incidências sobre a nossa própria saúde. Nós temos que
obrigatoriamente trabalhar para fomentar o transporte público. O transporte público dentro do
concelho que é uma coisa inexpressiva, o transporte público para fora do concelho e sobretudo
um transporte público que não aumente as emissões de CO2, o que é que isto quer dizer? Temos
que avançar com o projecto do Metro Sul do Tejo e é esse o aspecto que eu queria aqui trazer à
discussão, um aspecto que eu acho fundamental, não se pode dizer propriamente que tenha a ver
com este Plano e Orçamento, ele tem atravessado desde que este projecto foi desenvolvido,
continua em cima e é um projecto que eu considero fundamental e que eu acho que este
executivo está plenamente ciente. Não tenho assim mais nada de importante a dizer”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Esgotámos este conjunto de intervenções. Vou
perguntar quem é que pretende intervir dentro dos condicionalismos dos tempos disponíveis: o
CDS tem três minutos, o PAN oito e a CDU ainda tem algum tempo. Quem é que pretende intervir?
Então, não há mais inscrições antes da ronda final? Então, ronda final. CDS se faz favor”.
Paulo Galvão, do CDS-PP, disse: "O CDS irá votar contra este orçamento. Continuamos a ver que o
orçamento é igual ao que estava, ao ano passado, e que não há vestígios de uma vontade de
inovar e que não há um incentivo a mais nada. Continuamos a ver a mesma coisa há anos e anos
que os projectos são os mesmos. Continua tudo de um ano para o outro e até agora não se vê
nada de novo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “PAN”.
André Nunes, do PAN, disse: "No âmbito do direito de oposição e construção do orçamento para
o ano de 2018, o PAN apresentou 25 medidas divididas por cada uma das três causas do partido.
Procurámos que as medidas fossem de reconhecida utilidade e pertinência e simultaneamente,
orçamentalmente exequíveis. Em matéria de ambiente, propusemos a substituição do glifosato
por produtos certificados, um aumento da disponibilidade de caixotes do lixo dotando-os com
cinzeiros de rua, um aumento do número de ecopontos no concelho, nomeadamente em zonas de
maior afluxo de pessoas, a arborização da zona adjacente ao parqueamento do Cais Fluvial do
Seixal, a substituição gradual do actual sistema de iluminação pública e de semaforização por
soluções mais eficientes, de preferência com aproveitamento das energias alternativas. Começar
novas fases de construção, de saneamento básico nas zonas do concelho que ainda não têm a
rede concluída. A dinamização do programa de colocação de ninhos para espécies capazes de
proceder ao controlo das lagartas do pinheiro, o retomar do programa de compostagem e o
aumento das áreas de hortas do concelho. Por seu turno, em matéria animal propusemos a
criação de uma campanha de sensibilização sobre o tema recolha de dejectos canídeos. O

41/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

aumento da verba do programa SER, a criação de um Fundo Municipal de Esterilização, de uma


equipa técnica multidisciplinar composta por médicos veterinários, fiscais municipais, assistentes
sociais visando o reforço da fiscalização em matéria de protecção e bem-estar animal, a criação de
pombais contraceptivos, criação de parques canídeos nas diferentes freguesias da cidade, a
reparação dos bebedouros existentes e instalação de novos bebedouros com a inclusão de
bebedouros rebaixados disponíveis para os animais e a realização de acções de formação continua
aos trabalhadores no canil/gatil municipal do Seixal, ao CROACS, nomeadamente em matéria de
legislação, saúde, bem-estar e maneio animal. Por fim, propusemos igualmente para as pessoas a
criação de equipas de intervenção multidisciplinar para detectarem e prevenirem situações de
violência psicológica e física em meios escolar e de consumo de substâncias psicoativas, a
colocação de vasos de grande porte com flores no centro do Seixal que impeçam o
estacionamento abusivo. A organização e delimitação das zonas de estacionamento no parque dos
bombeiros, a criação de um plano municipal de envelhecimento em casa, a criação de um plano
de actividades pedagógicas destinado às escolas públicas e privadas, desde o ensino pré-escolar
até ao ensino básico, a criação de uma rede de voluntariado por parte da pessoa idosa como
família de acolhimento temporário dos animais alojados no CROACS. A criação de um passe
desportivo municipal com vista a facilitar a prática do exercício físico e por fim, a instituição no
orçamento participativo e do orçamento participativo jovem. Das vinte e cinco propostas que
apresentámos o executivo limitou-se a acolher dez, o equivalente a uns singelos 40%, sendo que
dessas dez, seis tinham já prevista a sua implementação, manifestamente pouco para quem
oportunamente se prontificou a ser mais sensível aos contributos da oposição. Quanto à proposta
propriamente dita do executivo, não podemos deixar de notar a falta de visão e de ambição em
matéria animal a qual restringe o bem-estar animal ao cão e ao gato e omite o compromisso para
com as demais espécies. Depois de em orçamentos anteriores ter atentado contra animais
explorados para diversão humana com entrega de perto de meio milhão de euros para a
requalificação de uma praça de touros em Paio Pires. O executivo camarário insiste no cunho
antropocêntrico, com um orçamento que é omisso quanto a animais de quinta e selvagens. Não
podemos igualmente deixar de notar a inexistência de qualquer referência em matéria ambiental
ao problema da poluição do rio Tejo que se manifesta não apenas na redução de caudais os quais
poderão colocar em causa, mais cedo ou mais tarde, o abastecimento de cidades portuguesas mas
também da elevada mortandade e perda de biodiversidade provocadas por descargas ilegais de
determinadas actividades as quais ameaçam a própria vida de um rio. O PAN não se revê nesta
operação de cosmética orçamental em matéria de bem-estar animal e ambiental. Já o dissemos
por várias ocasiões, estas não são duas matérias menores pelo que devem merecer ao executivo
mais e melhor atenção. Assim, gorada qualquer possibilidade de votar favoravelmente o presente
orçamento por tudo o que ficou dito, o Grupo Municipal do PAN irá abastecer-se na votação, não
rejeitando o orçamento e dando com isso um claro sinal de recuperação e boa-fé. Assim sabe o
executivo valorizar o voto de confiança que agora lhe concedemos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel“.
Samuel Cruz, do PS, disse: "O nome é a primeira coisa que está errada neste documento, não
devia ser Grandes Opções do Plano mas sim grandes opções dos outros, diferidas; e porquê?
Outros porque não é o plano do que se vê, um terço é para fazer outros, seja lá isso o que for.
Portanto, a rubrica mais importante deste documento é os outros e daí deveria ser as grandes
opções dos outros e diferidas porque não é para fazer em 2018, é para fazer em 2020, 2021 e por
aí a fora. Na realidade, a intervenção da CDU é o programa da CDU plasmado neste documento

42/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

mas tem uma diferença, onde se dizia no programa que se ia fazer, agora diz-se que se vai iniciar,
que se vai programar, que se vai projectar, que se vai pensar, é essa relativa diferença temporal do
tempo em que se faz que existe entre um e outro documento. Uma dúvida com que ficámos é que
não vai haver orçamento participativo, isso para nós era importante mas registamos com agrado
que há 150 mil euros orçamentados para projectos partilhados. Não sabemos bem o que é mas
estamos curiosos de saber o que é o centralismo democrático de um orçamento participativo,
assim virá no regulamento e vamos perceber melhor o que é que é tudo isto. Também já não é
uma preocupação de hoje mas temos alguma preocupação com o CDA de Fernão Ferro porque foi
pedido um empréstimo de 4 milhões de euros para fazer o CDA e agora temos 1 milhão 250 para
fazer, com certeza um «cdazinho» porque é por menos de metade. Não pode ser! Eu já disse isto
uma vez, fui ao chinês, o Sr. Presidente da Câmara, e perguntei quais era as melhores pilhas e ele
respondeu-me que à escala é melhor. Aqui é a mesma coisa 1 milhão 250 de euros não se pode
fazer o que se faz com 4 milhões. Também fiquei baralhado porque se diz que agora o
saneamento vai ter que ficar a 100% e até se vai fazer na Verdizela, eu ainda sou do tempo em
que havia uns outdoors aqui no concelho que dizia saneamento a 100%. Com certeza que todos se
lembram; agora deve ser algo que vamos fazer em Almada ou em Sesimbra, não sei, tendo em
conta esses outdoors. Há algumas obras que eu queria dizer que vão ser feitas de imediato mas
que não estão correctas Sr. Presidente, porquê? A olaria romana da Quinta do Rouxinol é algo que
está neste orçamento, é um monumento nacional, um sítio arqueológico e o Partido Socialista
também defende. Agora, o que me estranha é que com cento e tal mil euros nos espaços verdes e
500 euros para a arqueologia e eu até fico com a sensação que a malta dos espaços verdes é uma
porcaria que estorva, mais valia mandar aquilo fora mas de facto, o aproveitamento arqueológico
com 500 euros vai ser muito difícil de fazer daquele local. Desapareceram 90 mil euros… Fiquei
com uma imensa dúvida na melhor programação autárquica da SPA. Eu sei que no documento diz
que foi no Seixal mas em todos os documentos da internet diz que foi Penafiel, já procuramos até
achamos que devia ser erro nosso, mas diz sempre que quem ganhou o prémio e eu aconselho-os
a ir ao Google, em todos é Penafiel, se puderem esclarecer depois nós agradecemos. Sines ganhou
a melhor programação ibérica e é socialista e aí também vamos à frente. Agora, não com tanta
piada, dizer uma coisa que para nós é muito grave, Siderurgia Nacional. A Câmara compromete-se
com o problema da Siderurgia Nacional mas compromete-se muito pouco porque há duas rubricas
diferentes, quer na saúde e no ambiente para fazer testes à qualidade do ar, e estas duas rubricas
encontram-se em conjunto tem uma verba de 1500 euros; não é certamente num orçamento de
80 milhões de euros, com 1500 euros que se protege a população de Paio Pires. Eu não direi já o
nosso sentido de voto para manter o suspense, mas gostava de deixar estas notas que nos
preocupam de facto”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Teve uma tolerância há bocado e agora tolerância
outra vez. Ora, Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: "Primeira questão, estas não são evidentemente as grandes opções
dos outros, são as grandes opções nossas porque é o orçamento da força política que ganhou as
eleições autárquicas, ouvindo todas as outras forças políticas e fazendo assim, aceitando
propostas das outras forças políticas, um orçamento que já se pode dizer que é participativo e aí
demonstra que nós aceitamos orçamentos participativos porque fomentamos a participação de
todos no mesmo. Depois dizer o seguinte: é que para se fazer tem primeiro que se projectar,
depois tem que se concursar, depois tem que se iniciar, tendo antes que ir ao visto do Tribunal de
Contas e a seguir tem que se construir e só depois se pode inaugurar, são fases de quem quer

43/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

fazer alguma coisa porque como foi aqui dito, no outro dia pelo senhor eleito do PS, Samuel Cruz,
depressa e bem não há quem consiga fazer e isto aplica-se quer às obras do Governo, mas
também às obras das autarquias e toda a gente sabe e V. Exa. teve tantos anos no executivo devia
de saber as fases que tem que passar qualquer obra e como já aqui foi dito hoje pelo Sr.
Presidente entre pensar-se a obra e iniciar-se demora-se ano e meio, mas em todas estas fases
tem que estar no orçamento camarário a devida cabimentação para a obra senão não se pode
fazer nada. Por isso, senhor deputado é fácil sabermos isto. Sobre os problemas ambientais da
Siderurgia Nacional, senhor eleito Samuel Cruz a Câmara está-se a comprometer, agora
esperemos que o Governo do Partido Socialista também assuma um compromisso para a
resolução do problema, porque a resolução do problema, certamente não passa pelo
compromisso da Câmara mas passará de certeza pelo compromisso do Governo do seu partido,
esperemos que venha esse compromisso da mesma maneira como há o compromisso da Câmara
Municipal. Depois a questão que foi aqui recorrente de que é um orçamento de gestão corrente,
foi aqui dito por as despesas classificadas como despesas correntes serem superiores às despesas
de capital. Quanto a isso temos que dizer que para nós esta é uma falsa questão porque não
podemos admitir que a mesma obra se for executada pelo município, com trabalhadoras do
município e com equipamento que é propriedade do município seja considerada para efeitos de
classificação das despesas entre correntes e de capital como uma despesa corrente, mas se essa
mesma obra for adjudicada a um privado já é uma despesa de capital. Isto, não podemos aceitar
esta diferenciação até porque nós valorizamos as obras executadas directamente pelos
trabalhadores do município cujos meios do município, porque elas saem indubitavelmente mais
barato porque o lucro que o privado tem, deixa de o ter e reverte esse lucro para a população, por
isso para nós essa é indubitavelmente uma falsa questão. Depois o ataque que foi feito às Grandes
Opções do Plano por ter uma componente reivindicativa de solicitação junto do Governo, dizem
que é desastroso e que o executivo municipal tem que deixar de reivindicar ao Poder Central que
cumpra as suas obrigações para com o concelho do Seixal. Eu vou relembrar o que afirmei quando
foi na discussão da questão dos 5% do IRS se manter no orçamento municipal, é que esses 5% do
IRS representam 7 milhões e meio de euros e estamos a falar só de IRS. O que quer dizer que os
95% que fica para o Governo são 142,5 milhões de euros. Será que não temos que exigir que parte
destes impostos pagos pelos munícipes do Seixal sejam executados em obra em beneficio desses
munícipes, eu acho que é da mais elementar justiça, penso que o Governo investir 10% deste
valor, eu não vou mais longe, esquecendo todos os outros impostos, 14 milhões de euros por ano
é apenas 10% daquilo que os munícipes pagam aqui deste concelho só em IRS e há muitos outros
impostos que são pagos pelos munícipes deste concelho como seja o IVA, o IRC, impostos sobre o
sector automóvel, sobre os produtos petrolíferos, há n impostos, mas só sobre estes estamos a
falar de cerca de 142 milhões e meio de contos. Ora eu acho que isto devia ser algo que nos
deviam unir a todos esta componente reivindicativa junto da Administração Central porque aí
estaríamos a defender o concelho do Seixal e as suas populações e foi para isso que fomos eleitos,
mas pelos vistos para algumas forças politicas, tudo deve sair do orçamento municipal que são
apenas 86 milhões e meio de euros, ou seja, o orçamento municipal é sensivelmente metade
daquilo que a população do concelho do Seixal paga em IRS para a Administração Central do
Estado, sensivelmente com metade dessa verba tem que se executar tudo e o Governo recebe só
em IRS 142,5 milhões e não tem qualquer responsabilidade perante a população do concelho do
Seixal, nomeadamente sobre as obras que são da sua responsabilidade e estamos aqui a falar dos
pavilhões escolares que estão em falta, do desassoreamento da baía, da esquadra da divisão
policial, de infra-estruturas rodoviárias que são responsabilidade da Administração Central e que

44/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

por isso, têm que ser exigidas a quem de direito e temos que ter essa componente reivindicativa
porque ao termos essa componente reivindicativa estaremos a defender o concelho do Seixal e as
suas populações. Por último, é afirmado que o orçamento não traz desenvolvimento ao concelho e
que tem uma falta de visão estratégica. Ora, este orçamento contempla uma série de obras
fundamentais para o desenvolvimento deste concelho, como ainda um aumento do investimento,
quer ainda na aposta nas juntas de freguesia e no trabalho que elas estão a desenvolver com o
aumento de verbas para as juntas de freguesia mas também com o aumento de verbas para os
nossos bombeiros, para as nossas colectividades, para as nossas instituições sociais mas também
um orçamento em que há um aumento de investimento nas escolas, um aumento do
investimento nas instalações desportivas, um aumento do investimento nas instalações culturais.
É indubitavelmente um aumento de investimento e um orçamento que trás o desenvolvimento ao
concelho do Seixal, mas depois vemos que o PS vem aqui por em causa o apoio à construção do
Centro de Dia do Casal do Marco, como se este apoio aos nossos idosos não demonstre uma visão
estratégica que temos para este concelho e que penso que o demonstra falta de visão estratégica
é o PS ao contestar este apoio à nossa população idosa de Casal do Marco mas depois temos ainda
obras fundamentais para o desenvolvimento deste concelho. O CDA de Fernão Ferro, a
remodelação do Mercado da Cruz de Pau, as obras da construção do futuro estádio da Medideira,
tudo isto obras que vão indubitavelmente contribuir para o desenvolvimento deste concelho e
que demonstram a nossa visão estratégica de desenvolvimento do mesmo e é isso, que nós
estamos a fazer e é isso que demonstra o nosso trabalho, por isso estamos confiantes para o
futuro e que iremos continuar na senda do progresso social como temos feito até agora”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Gostaria de fazer alguns comentários, se me permitem,
sobre as matérias colocadas, apesar de já estarem mais ou menos definidas mas acho que é útil
para o debate e para o esclarecimento. Antes de mais sobre a primeira questão da falta de
estratégia para a captação de empresas, ela não corresponde à realidade. Aliás, só se pode afirmar
isso porque não se conhece qual é a estratégia do município para a captação de empresas e nessa
perspectiva, gostaria de dizer que a Câmara Municipal do Seixal tem estado na linha da frente da
captação de empresas com os instrumentos que estão á nossa disposição, porque na verdade hoje
em dia as empresas movem-se principalmente para efeitos de fundos europeus e nós sabemos
que por opção politica dos governos a Área Metropolitana de Lisboa ficou fora dos incentivos para
a fixação das empresas em termos de apoios de fundos europeus e por isso, não temos nós na
área metropolitana esse instrumento preferencial por opção não da Câmara Municipal, não da
Área Metropolitana de Lisboa mas principalmente por opção dos governos e a Câmara Municipal
do Seixal, bem como as outras câmaras municipais da região de Setúbal temo-nos valido daquilo
que são as nossas mais-valias e de facto, o concelho do Seixal tem um posicionamento estratégico
em termos da localização que é determinante para muitas empresas, as nossas acessibilidades, a
nossa proximidade de Lisboa, a nossa proximidade aos portos, a nossa posição em termos do
território no eixo da península de Setúbal e nessa perspectiva o trabalho de promoção que temos
vindo a fazer associado ao trabalho de planeamento traduzido no Plano Director Municipal tem
conseguido que nalguns momentos consigamos quebrar esse ciclo relacionado com a procura só
de fundos e não interessa o sitio onde vamos, queremos é que dêem dinheiro e é essa a primeira
abordagem do empresário. De facto, na Câmara do Seixal temos conseguido fazer isso, esta
promoção que aqui está é só mais uma, nós temos colocado esta divulgação das oportunidades do
concelho do Seixal em termos de investimento, quer de pequenos investimentos, quer de grandes

45/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

investimentos em muitos meios. Por exemplo, no aeroporto um turista que chega a Lisboa neste
momento vai ter um mapa onde tem o Seixal, além de ter Lisboa; é só um pequeno exemplo;
temos estado nas principais feiras nacionais e internacionais de promoção de investimento e é por
isso que temos vindo a ter um conjunto de propostas e de abordagens ao nosso território para
fixação de empresas e abertura de negócios. Por isso, gostaria de dizer que a Câmara Municipal do
Seixal tem uma estratégia, está a executá-la e vamos brevemente, pensamos nós, dar um salto
qualitativo e quantitativo relativamente a esta opção com a fixação de uma grande empresa no
município do Seixal. Sobre a questão do IMI também dizer que não há nenhuma posição
contraditória entre o PCP e o executivo da CDU na Câmara Municipal do Seixal. De facto,
contraditório é quando o PCP propõe reduzir 045 para 04 ou de 05 para 04 e o PS e o PSD
chumbam na Assembleia da República. Isso é que é contraditório quando os municípios depois
tentam reduzir. Nós estamos perfeitamente alinhados com essa estratégia e aliás, só não vamos
mais longe porque o município como também já foi patente em várias intervenções ainda tem um
plano de saneamento financeiro e por isso, as decisões que temos que tomar são sempre
subjacentes a uma análise de médio e longo prazo que temos que fazer face às condições
financeiras com que estamos confrontados. Todo o modo, a decisão que tomámos para 2018 é
nova descida do IMI, eu penso que é bastante positiva face ao que dizia o PCO que tínhamos que
ter o IMI em 0425 nesta altura e nós vamos ter em 0395 e essa é uma conquista da nossa gestão.
Depois sobre a questão das reivindicações pode-se entender como queixinhas, pode-se entender
como propaganda. Se nós perguntarmos a qualquer pessoa se o Hospital no Seixal é ou não
necessário? Quase todos vão dizer que sim. Alguns eleitos vão dizer é queixinhas, outros vão dizer
que é propaganda mas a maior parte das pessoas diz que o hospital é necessário. A construção do
Metro Sul do Tejo se é ou não necessário termos mais transportes públicos no concelho se calhar
a maioria da população vai dizer que é verdade que precisamos de mais transportes públicos e o
Metro Sul do Tejo é importante, uns vão dizer que são queixinhas e outros vão dizer que é
propaganda. Eu penso é que e como dizia e muito bem o senhor eleito Paulo Silva temos é que
estar unidos nas reivindicações destes investimentos estruturantes para o concelho e que têm que
ser executados por quem tem os meios e quem tem as competências e quem tem também os
recursos, neste caso é o Estado Português através dos vários institutos para poder desenvolver e
assim, esperamos que estes projectos estruturantes sejam concretizados no nosso concelho.
Depois também esta questão de dizer que não há investimento e que há uma aposta na gestão
corrente, basta olhar para a página 82 do nosso plano e orçamento, é que na página 82, há um
aumento de aquisição de bens de capital em praticamente 20%, entre 2017 e 2018. Portanto, o
investimento aumenta quase 2 milhões de euros, ficando nos 11,4 milhões de euros e isso significa
que há um acréscimo significativo de 20% no investimento da Câmara Municipal do Seixal entre
2017 e 2018 e se há pouco me apelidaram de intervenção longa, quando eu só referi
investimentos que vamos concretizar, acho estranho depois como é que se diz que é só gestão
corrente, o que eu falei á pouco nada era gestão corrente, todos os investimentos que eu tive a
falar em todas as áreas são obras, investimentos e equipamentos, eu referi poucos projectos,
referi mais equipamentos que são para concretizar e para os concretizar são necessárias verbas e
por isso, não compreendo também esta ausência de análise relativamente às perspectivas de
investimento, centrando-as na gestão corrente. Sobre a questão do mapa de pessoal, também
muito simples, a decisão anterior da Assembleia Municipal de 6.ª feira tinha a ver com os
processos de mobilidade intercarreiras que estamos a desenvolver e agora este mapa de pessoal
tem todas as necessidades que estamos a prever para todo o ano de 2018. Não só para responder
a estas mobilidades intercarreiras, 1.ª e 2.ª fase, mas agora para todas as necessidades que estão

46/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

programadas para 2018 e não significa como eu disse na anterior que serão todas preenchidas. Já
agora também dizer que sobre a política de capacitação dos recursos humanos da Câmara
Municipal, eu fiz referência há pouco quando estava a descrever as nossas prioridades em termos
de serviço público mas de facto, nós queremos que a nossa Câmara Municipal do Seixal em todas
as áreas tenha mais e melhores instrumentos para servir melhor a nossa população e iremos
adquirir e montar tudo o que seja necessário para que possamos capacitar as nossas equipas das
melhores ferramentas, não só físicas, como também em termos de conhecimento, queremos que
os nossos técnicos tenham uma excelente formação, a melhor formação, a mais avançada para
prestarmos um melhor serviço público à população, ninguém tenha dúvidas sobre isso, esse é o
nosso objetivo. As questões relacionadas com os passivos ambientais de facto, a questão da
Siderurgia Nacional tem tido aqui alguma dramatização, faz lembrar um pouco Vale de Chicharros
e Santa Marta do Pinhal que parece que é a situação mais grave do país e depois quando saem os
resultados dos inquéritos do número de barracas e realojamentos sociais em Portugal, verificamos
que afinal Porto, Lisboa, Cascais, Oeiras, Amadora, Loures, Almada tem muito mais barracas e
muito mais situações semelhantes do que o Seixal, mas parece que só o Seixal é que aparece e eu
diria que é um bocadinho a questão da Siderurgia Nacional. De facto, a Av. da Liberdade tem
muito mais poluição do que a Siderurgia Nacional provoca, isso é o que dizem os dados da Agência
Portuguesa do Ambiente, mas isso não nos satisfaz. Agora, questão bem mais grave que essa é a
contaminação dos solos, quer na área envolvente à Siderurgia Nacional, quer na bacia do rio
Coina, quer também em Vale de Milhaços e Santa Marta do Pinhal, nomeadamente com as
questões dos hidrocarbonetos e aqui que ninguém tenha dúvidas. É preciso recordar que o
Secretário de Estado do Ambiente, José Sócrates, esteve no local e disse que ia resolver o
problema e isso antes de ser Primeiro-Ministro. Depois foi Primeiro-Ministro, depois saiu, agora
quer voltar. Entretanto há uma série de governantes da área do Ministério do Ambiente que
foram resolvendo outros passivos, mas estes passivos do concelho do Seixal, excepto a área da
Siderurgia e esse é preciso dize-lo que tem havido um trabalho diligente, principalmente da
administração da baía do Tejo que tem procurado avançar com a descontaminação dos solos e
estão agora preparadas mais 13 milhões de euros de descontaminação mas sobre Vale de
Milhaços e Santa Marta do Pinhal nada ainda foi concretizado. Esperemos que o Sr. Secretário de
Estado do Ambiente que está programado vir ao concelho, penso que a 7 de Fevereiro se não
estou em erro, estamos à espera que confirme essa data, nessa altura iremos apresentar-lhe estas
situações, já apresentamos em gabinete mas o Sr. Secretário de Estado quis ver no terreno para
que possamos ver como é que podem ser desenvolvidos procedimentos para a sua limpeza.
Despesas não definidas, eu não percebi onde é que há 13 milhões de euros de despesas não
definidas. Todas as despesas têm uma designação, um responsável, depois também alguém disse
que não havia responsável. Portanto, há responsáveis, há um código, cada código corresponde a
uma unidade orgânica. Portanto, não há dinheiro fora de unidades orgânicas e dos responsáveis,
portanto isso é claro, por isso todas as verbas estão destinadas com um objectivo que está inscrito
numa rubrica e com um responsável em termos funcionais. Portanto, não há nenhuma rubrica que
não esteja assim no orçamento da Câmara Municipal do Seixal. Também se falou sobre a questão
do endividamento e falou-se que para além de não haver investimento já demonstrei que é falso,
também se disse que há um elevado nível de endividamento. Eu gostaria como pessoa de ter o
nível de endividamento da Câmara Municipal do Seixal porque nós vamos chegar ao final deste
ano com uma divida de médio e longo prazo de 45 milhões de euros, como vimos é metade do
orçamento e vamos chegar ao final do ano de 2018 com cerca de 38,7. Eu gostava de dever ao
banco em seis meses o que eu ganho, mas não! Mas tenho a casa e devo 20 e tal anos ou 30 e tal

47/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

anos de salários. Portanto, a situação da Câmara Municipal do Seixal em termos do seu


endividamento a médio e longo prazo é uma situação bastante positiva, não só neste ano de 2017,
como será com certeza em 2018 como demonstra a nossa estratégia de redução do
endividamento. Também não percebi esta questão das juntas de freguesia terem pouca
importância. Eu, há pouco, na minha intervenção referi que as juntas tinham muita importância,
que até iríamos reforçar as verbas com mais 10%. O que eu acho é que a Câmara Municipal não
precisava de fazer esses contratos interadministrativos, nem os acordos de execução porque se o
fundo de financiamento de freguesias fosse adequado as câmaras municipais não precisavam de
estar a dar dinheiro às juntas de freguesia porque não é esse o seu papel. São autarquias
independentes, têm as suas funções e competências na lei e, por isso, não deviam estar
dependentes de qualquer Câmara Municipal e isso é uma subversão; já agora, permitam-me dizer,
é uma subversão que pode ter até maus usos em termos políticos e é uma subversão mas o PS
sabe o que fez porque em Lisboa criou uma situação de excepção com juntas de freguesia muito
bem remuneradas através do próprio Orçamento de Estado. Sobre a questão da juventude eu
acho que temos que ser pragmáticos; podemo-nos refugiar nas designações e nos conceitos mas
nós queremos ou não queremos que a juventude participe? Não, diz o PS e por isso defende o
Conselho Municipal de Juventude. Como nós queremos que a juventude participe temos cá um
espaço que tenha a expressão juvenil de organização formal e não formal; é que o Conselho
Municipal de Juventude só íntegra a formal e como nós queremos a formal e a não formal,
lançamos as reuniões inter-associativas juvenis que podem ter outra designação, podem ser fórum
seixal jovem, podem ter outra designação qualquer. Agora de facto, temos a Juventude legalista
que é representada pelo senhor eleito municipal e temos a juventude normal que quer participar
e fazer coisas que são os outros todos que participam no RIAJ. Sobre a Pousada da Juventude,
estamos de acordo que precisamos no concelho, gostaríamos muito que a Quinta da Trindade que
é um excelente espaço que pode ser aproveitado para esse efeito e para mais e nesse sentido,
parece-nos uma boa proposta para poder ser concretizada. Sobre a questão dos regimes de tarefa,
dizer o seguinte, a Câmara do Seixal deve ser dos municípios da nossa dimensão que tem um
menor número de pessoas em regime de tarefa e avença, o menor! E aquelas que temos, grande
parte, são prestadores reais, são prestadores da área jurídica, consultores da área de enfermagem
ou psicologia e uma outra situação que foi identificada do género, nós colocámo-la junto do
programa de integração desse tipo de prestações para poder ver se existe alguma solução nesse
sentido. Agora, nós chegamos a uma nova figura é que aprovámos na Câmara os gabinetes de
apoio á vereação, gabinetes técnicos de apoio à vereação e que para serem contratualizados,
necessariamente, temos que ter verba e dotação orçamental e para esse efeito haverá um
crescimento por essa via dessa figura que não existe outra para poder fazer face a essa
necessidade, mas eu considero do ponto de vista politico, ela é justificada para que os vereadores
consigam ter melhores condições para prestar o seu serviço em termos do exercício e das funções
que tem e por isso, acho que é uma despesa que apesar de vir em contraciclo relativamente á
nossa orientação politica e aquilo que estamos a fazer mas estamos a falar de prestações efectivas
e não de prestações dissimuladas com um trabalho permanente. Não é nada disso, é para funções
num determinado período, que é o período eleitoral o período do mandato. Depois ainda sobre as
questões relacionadas com o PSD. Eu acho que o nosso eleito do PSD devia despir um bocadinho a
crispação que normalmente é timbre das suas intervenções porque houve um período de
empobrecimento, até o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa diz isso, só o senhor eleito do PSD é
que não reconhece que houve um período de empobrecimento, que houve mais responsáveis e
outros menos responsáveis que a responsabilidade do PCO é, de facto, dessa política de

48/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

empobrecimento que tirou ao município cerca de 100 milhões de euros acumulados em sete anos;
são os dados que estão disponíveis no PCO e, por isso, devolvemos essa responsabilidade ao
Governo do PSD e do CDS que, para além de tudo isto, o que fez às autarquias também fez à
população e às empresas. Felizmente, hoje estamos num outro ciclo, felizmente que hoje pusemos
a austeridade para trás, não com as medidas que seriam necessárias, mas há avanços e isso é
preciso também relevar. Depois o senhor eleito Paulo Silva colocou muito bem a questão sobre o
Centro de Saúde dos Foros de Amora; o senhor eleito do PSD vem demagogicamente dizer que a
Câmara Municipal do Seixal com 86 milhões de euros devia fazer o centro de saúde, mas o Estado
com mais 200 milhões de euros de receitas que tem da população do Seixal não deve fazer o
centro de saúde; eu gostava de saber qual é que é a moral e a lógica relacional deste exercício de
demagogia; gostava de perceber, porque não compreendo como é que o senhor eleito que paga
dos seus impostos para o estado, não quer saber de cometer ao Estado e ao Ministério da Saúde
esta responsabilidade e quer comete-la à Câmara Municipal, retirando meios para outros fins
onde a Câmara Municipal deve exercer as suas despesas de investimento. Depois sobre as
questões das escolas de ficaram com 50 mil euros, eu há pouco referi que os concursos foram
abertos agora no final do ano, normalmente o concurso para ser adjudicado demora seis meses.
Eu dou só o exemplo, da piscina de Paio Pires, abrimos concurso em Agosto, estamos ainda em
erros e omissões, passaram quatros meses, estamos em erros e omissões e talvez daqui a um mês,
cinco meses para haver respostas para haver adjudicação, cinco meses. Portanto, quase de certeza
que entre o processo de concurso, o processo depois de contratualização e de adjudicação,
remessa a Tribunal de Contas, visto, consignação quase a certeza que nem sequer 50 mil euros
vamos gastar mas se for necessário, nós através das revisões orçamentais que fazemos, podemos
perfeitamente assim que for necessário colocar mais verbas para que estas intervenções possam
ser realizadas, não será por falta de orçamento que estas intervenções não acontecerão mais
cedo. Sobre as questões do turno duplo, vale a pena dizer que neste mandato autárquico que
terminou eu só me lembro de novas salas de jardim-de-infância e de novas salas de 1.º ciclo
construídas pela Câmara Municipal do Seixal. Não me lembro de nenhuma sala de 2.º e 3.º ciclo e
secundário construído pelo Estado porque aí, as escolas todas em turno duplo e ninguém se
preocupa. É um bocadinho como as refeições escolares. Ainda agora na Aldeia Natal um pai veio
falar comigo: Sr. Presidente as refeições da Escola António Augusto Louro estão miseráveis, a
minha filha come lá uma vez por semana, sou eu que faço a comida para ela levar porque não
come lá porque já ficou mal disposta; pensava que era com a Câmara e eu disse-lhe: infelizmente
esse processo não está com a Câmara Municipal, são directamente da escola e o Ministério da
Educação; o que nós podemos fazer é alertar as entidades para esse facto; quanto a nós temos é a
gestão dos refeitórios das escolas básicas e jardins-de-infância. Mas para dizer sobre o turno duplo
que o nosso objectivo é continuar a investir para que consigamos ir todos os mandatos abrindo
mais salas, quer de jardim-de-infância, quer de 1.º ciclo para irmos combatendo esta questão do
turno duplo e, como aqui reparou, com certeza, que o Seixal continua a ter um crescimento
populacional, taxa de natalidade positiva e isso significa que somos um concelho com presente e
com futuro. Sobre o Centro de Dia do Casal do Marco, nós não nos podemos esquecer que aquela
população precisa também de ter um centro de dia, é uma valência que custa um terço do que
custa um lar com todas as valências que o lar obriga e de facto, a Câmara do Seixal não tem as
condições, nem as competências para custear na íntegra um lar de idosos. Entendemos que
estamos disponíveis para participar mas essa é uma competência naturalmente da Segurança
Social e o Estado deve ter uma palavra a dizer relativamente a esta matéria. Por isso, vamos
manter essa valência. Centro náutico provisório do Seixal porque não tínhamos ainda o projecto

49/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

do porto recreio terminado, mas no entanto estamos a ver se o fazemos provisório ou já numa
lógica definitiva, estamos neste momento ainda num processo de maturação e compatibilização
das várias opções para o núcleo urbano ribeirinho do Seixal e por isso podemos tomar uma opção
de faze-lo de forma provisória hoje já com uma lógica definitiva. Sobre a questão que o eleito do
PAN aqui colocou, eu muito gostaria que um orçamento qualquer com 40% das propostas acho
que devia ser aprovado, porque até acho que não foi só 40, acho que o André Nunes, muitas das
coisas que ele disse, são práticas já nossas e outras que vamos faze-las concerteza e estamos
disponíveis por isso; devia ser a aprovação mas eu compreendo que do ponto de vista do
posicionamento político do PAN não lhes interesse neste momento, aprovar. No entanto, gostava
de dizer que o Seixal vai ser dos primeiros municípios no país a avançar com a monda térmica e
não utilização do glifosato. Não consigo dizer se vamos ou não já cumprir esse objectivo em 2018,
mas tendencialmente a ideia é essa, vamo-nos capacitar para avançar para a monda térmica, não
utilizando produtos químicos e seremos dos primeiros municípios no país a avançar com esta
modalidade inovadora. Não há abandono nenhum do PEDIMS do Programa Estratégico de
Desenvolvimento do município do Seixal. Aliás, ainda hoje de manhã tivemos uma reunião a
propósito disso, não está abandonado o PEDIMS; na síntese não terá ficado, penso eu, como
referiu o Bloco de Esquerda. Sobre o Plano Educativo Municipal, aliás o plano é reforçado com
mais projectos e queremos discutir novamente com a comunidade educativa e sobre os projectos
partilhados o que referiu o eleito Samuel Cruz não é 150 mil euros é 300 mil euros para projectos
partilhados com a população, do ponto de vista do espaço público. Sobre o CDA mais pequeno,
vamos fazer uma comparação, ver qual é o mais pequeno, nós vamos buscar o projecto do CDA de
Fernão Ferro de 2008 e vamos buscar agora o projecto CDA 2017 e vamos compara-los e eu
garanto-vos que este é maior e mais barato. Foi uma inovação graças à inovação. Depois sobre os
turnos de qualidade do ar só dizer o seguinte: não são 1500 euros; ou seja, tudo o que for
necessário nós investirmos para desenvolvermos os estudos que forem necessários para este
objetivo irá ser concretizado. Não são 1500 euros é o que estará no orçamento mas, no entanto,
sempre que for necessário temos condições para reforçar e para desenvolver todas as medidas e
por isso, senhores eleitos eu já ouvi algumas das votações finais deste orçamento, tenho muita
pena que não seja por unanimidade e aclamação como eu acho que era merecido mas eu também
gostava que o Benfica estivesse à frente e também não estamos e por isso, este ano é o Sporting
que está à frente no Natal; o Amora também; mas nem sempre temos aquilo que queremos, por
isso apelo à vossa boa vontade e, já agora, também à vossa isenção e imparcialidade partidária e
observação com uns olhos benévolos relativamente a esta decisão do orçamento”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Terminámos este debate eu diria muito rico sobre
as opções do plano e orçamento e o futuro do concelho e da sua população estamos em condições
de votar, vamos colocar à votação as Grandes Opções do Plano para 2018”.
Aprovada a Deliberação n.º 27/XII/2017 por maioria e em minuta com:
 Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do presidente da junta de Fernão Ferro: 1
 Cinco (5) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4

50/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

- Do grupo municipal do CDS-PP: 1


 Quinze (15) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tivemos os votos a favor da CDU e do Presidente
de Fernão Ferro, tivemos a abstenção do PS e do Bloco de Esquerda e do PAN e o voto contra do
PSD e do CDS. Portanto, 17 votos a favor, 15 abstenções e 5 votos contra”.
III.16. Minuta da Ata
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Aprovamos também a ata em minuta”.
Aprovada a Deliberação n.º 28/XII/2017 por unanimidade e em minuta com:
 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do Presidente da Junta de Fernão Ferro: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Desejamos a todos boas festas e um bom ano”.
Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 1.00 hora do dia 19 de dezembro.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei n.º 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei n.º 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
Aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de
setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações
introduzidas pela Lei n.º 67/2007, de 31 de dezembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

51/52
Assembleia Municipal do Seixal
Ata n.º 9/2017
5.ª Sessão Ordinária – 18 de dezembro de 2017

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

52/52
MUNICÍPIO DO SEIXAL
Assembleia Municipal
Largo da Igreja 2840-480 SEIXAL
Tel. 21 097 62 25 - Fax 21097 62 26
NIPC 506 173 968

Tomada de Posição
N.º 20/XII/2017

Voto de Pesar: Francisco Troncão

Francisco José Palma Morais Troncão, treinador da equipa sénior de futebol do Paio Pires Futebol
Clube nasceu em Lisboa a 7 de maio de 1973 e faleceu no passado dia 9 de novembro, com 44
anos, vítima de um estúpido acidente de viação na A2 no dia anterior.
Residente na Aldeia de Paio Pires, Francisco Troncão iniciou a sua carreira de treinador aos 32
anos no Paio Pires Futebol Clube na época 2004/2005.
Nas duas épocas seguintes foi treinador do Almada Atlético Clube, regressando ao concelho do
Seixal na época 2007/2008 para comandar o Atlético Clube da Arrentela durante cinco épocas.
Na época 2012/2013 foi o treinador da equipa de juniores do Amora Futebol Clube.
—— Actualmente assumia pela segunda temporada, funções no seio do Paio Pires Futebol Clube, onde
dirigia a equipa de futebol sénior, além de exercer o cargo de Coordenador da modalidade.
Quem com ele conviveu guardará a imagem de um grande homem em todos os sentidos. Amável
e sempre cordial, extremamente educado e respeitador, deixa efectivamente muita saudade.
“Perdemos todos um grande homem, um excelente companheiro e um grande amigo do seu
amigo, que descanse em paz FRANCISCO”, pode ler-se na informação publicada, pela Direcção do
Paio Pires Futebol Clube, clube filiado na Associação de Futebol de Setúbal.
Pelo seu percurso e exemplo de vida, o Partido Social Democrata do Seixal propõe que a
Assembleia Municipal do Seixal, reunida em sessão ordinária a 18 de dezembro de 2017, delibere:
1. Aprovar o presente “Voto de Pesar” pelo falecimento de Francisco Troncão guardando um
minuto de silêncio em sua memória;
2. Manifestar à família as mais sentidas condolências, transmitindo o teor deste “Voto de Pesar”.
3. Expressar igualmente a consternação sentida à Direcção e demais Órgãos Sociais, corpo técnico,
atletas e sócios do Paio Pires Futebol Clube, comunicando o teor deste “Voto de Pesar”.

Página 1 de 2
MUNICÍPIO DO SEIXAL
Assembleia Municipal
Largo da Igreja 2840-480 SEIXAL
Tel. 21 097 62 25 - Fax 21097 62 26
NIPC 506 173 968

O Presidente da Assembleia Municipal

___________________________________________________
Alfredo José Monteiro da Costa

——

Aprovada por unanimidade na 5.ª Sessão Ordinária de 18 de dezembro de 2017.


(Documento anexo à ata com o número 1).

E-mail: assembleia.municipal@cm-seixal.pt
Mod_assembleiamunicipal_folha_polivalente

Página 2 de 2

S-ar putea să vă placă și