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497 anos da Reforma Protestante

Reformando a Igreja Reformada


Quando Martinho Lutero lançou seu desafio de reforma da Igreja Católica Romana, ele não
o fez animado por um espírito de inovação ou rebeldia, mas movido por convicções
enraizadas na Palavra de Deus.

Sem dúvida a data de 31 de outubro de 1517 é de grande transcendência na história


universal. A Reforma exaltou verdades bíblicas que formam o sustentáculo de nossa
evangelização. De uma maneira e outra, todos os cristãos evangélicos são herdeiros da
Reforma. Embora tenha sido um movimento de profundas repercussões culturais, sociais e
políticas, é saudável agarrarmo-nos nesta mensagem aos seus fundamentos teológicos e,
de maneira particular, à visão da salvação dos reformadores.

Ao fixar as famosas 95 teses na porta da Catedral de Wittenberg, Martinho Lutero fez


crescer o movimento que ganhou o nome de Reforma Protestante, que buscava
objetivamente o retorno a um Cristianismo centrado nas Escrituras Sagradas. O monge
alemão questionava os intermediários da fé apresentados pela Igreja Romana, que
pregava a penitência individual como meio de reconduzir a pessoa a um relacionamento
com Deus, deixando o arrependimento sincero e a fé em Jesus Cristo em segundo plano.
Esses apontamentos originaram os cinco pontos que são os pilares da Reforma:

Sola Scriptura
Somente as Escrituras Sagradas são a regra de fé do cristão. A tradição da Igreja Romana e
os documentos papais não têm este poder e tampouco devem exercer esse papel.

Solus Christus
Somente Cristo é o autor da salvação e mediador para reconciliação do homem com Deus
Pai. O ser humano nada pode fazer para a salvação de sua alma.

Sola Gratia
O fator decisivo para a salvação do homem é a graça de Deus. Não há mérito, boas obras ou
qualquer esforço humano capaz de produzi-la.

Sola Fide
A fé em Cristo é a única tarefa que o homem deve realizar para ter certeza da sua salvação.
Boas ações não têm valor algum nesse processo.

Soli Deo Gloria


Somente a Deus o cristão deve render glórias, ao contrário da tradição romana que
defendia a reverência aos papas e cardeais da Igreja.

Olhando para o cenário da igreja atual, em pleno século XXI, às vésperas de completar 500
anos da Reforma Protestante, creio ser apropriado falar da reforma da Igreja reformada,
ou ainda propor uma volta aos pilares que sustentaram a original Reforma.

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A Editora Anno Domini convidou cinco líderes cristãos para analisar a igreja atual com
base nos Cinco Solas da Reforma Protestante. Cada um comentará sobre uma delas e como
os cristãos têm procedido sobre o tema citado.

A igreja tem praticado o Soli deo Gloria (Glória somente a Deus)?


Há elementos disso presentes na igreja, sim. Mas há muita carnalidade, ambição e
vanglória, não há dúvida. Sempre precisamos voltar às bases e à contemplação do Mestre.
Pois a Igreja Reformada sempre vive se reformando. As maiores evidências se apresentam
nos amores que nós cultivamos. Richard Sibbes, teólogo e pastor puritano disse que são os
nossos amores que revelam a saúde do nosso coração – se ele está voltado para Deus ou
não. Qual é a primeira coisa que ocupa a nossa mente e coração ao acordarmos de manhã?
Qual é a última coisa que passa pela nossa cabeça a noite? É nas pequenas coisas do dia a
dia que vemos como anda o nosso coração.

Walter McAlister – bispo primaz da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida e autor dos livros
“O Fim de Uma Era”, “O Pai Nosso” e “Neopentecostalismo: a história não contada”, lançados
pela Editora Anno Domini

A igreja tem praticado o Solus Christus (Somente Cristo)?


Grande parte dos cristãos hoje além de desconhecerem princípios como o Solus Christus,
sequer conhecem ou buscam se aprofundar nos textos bíblicos que fundamentam o
mesmo. Sobretudo na cultura brasileira fortemente influenciada pelo peso clericalista do
catolicismo, evangélicos buscam não apenas em outras pessoas (líderes carismáticos,
pastores “motivadores”, “irmãs de oração”, “pais espirituais” etc) mas em instituições e até
mesmo em amuletos (rosa ungida, miniaturas de arca da aliança, bíblias de 900 reais etc),
a redenção para as suas vidas. A esperança reside no fato de existir uma parte da Igreja
atual que não se curva diante de outros mediadores e tem bebido em fontes históricas
para resgatar um genuíno e efetivo legado espiritual que estabelece Cristo em seu lugar
central e principal na Igreja.

João Costa – pastor titular da Igreja Vineyard Central do Rio de Janeiro-RJ

A Igreja atual tem praticado o Sola Fide (Somente a Fé)?


A Igreja Romana, durante o tempo da Reforma, não negava que a fé era necessária para a
salvação. Mas era uma fé no poder da Igreja, dizendo respeito muito mais a uma questão
de conhecimento e consentimento. A Reforma, entretanto, apregoou que a fé era uma
questão de confiança e não confiança na eficácia ou no ensino da Igreja, mas no poder de
Deus que pode salvar plenamente os que se aproximam dele, confiando nos méritos de
Cristo.
Uma grande distinção que a Reforma fez e que é muito importante para nós hoje é que
quem salva é Cristo e não a fé. A fé não pode ser considerada uma pequena obra que em
última instância tem poder de nos salvar. A fé é apenas o instrumento pelo qual nos
apropriamos da salvação, conquistada plenamente por Cristo. Porém, ainda assim, poderia
ficar a impressão de que a fé é uma pequena obra necessária para a salvação, não fosse o
ensino inequívoco da Escritura de que, mesmo a fé, é um dom de Deus (Ef 2.8,9; Rm 12.3;
Jd 3).

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Em linhas gerais a Igreja atual está longe do padrão da Reforma, pois introduziu todo tipo
de amuletos e superstições nos moldes da Igreja Romana. Por isso, a mensagem da
salvação somente em Cristo pela fé não é uma realidade. Na verdade, pregar sobre
salvação pela fé dentro dos moldes bíblicos pode ser muito impopular nos dias atuais.
Dizer que o homem não tem poder algum para se salvar pode ser considerada uma frase
praticamente extinta. E o motivo não é difícil de se identificar. As pessoas argumentam:
mas ser salvo do quê e por quê? O fato é que elas não se sentem perdidas. Foi o tempo
quando a pregação da Lei desesperava as pessoas de modo que elas se refugiavam em
Cristo. O problema não é que a Lei não tem mais esse poder, e sim, o fato de que a Lei não
está mais sendo ouvida. As pessoas não querem ouvir sobre seus pecados, querem apenas
mensagens de autoajuda, de “soluções”, não se preocupam com a Ira de Deus, não veem a
maldade e a ofensa de seus pecados, por isso, ainda confiam em si mesmas. Elas precisam
ouvir a respeito do fogo do Inferno e da depravação humana, pois somente assim deixarão
de confiar em si mesmas e se entregarão a Cristo pela fé somente.

Leandro Lima – pastor auxiliar na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro-SP e professor do


Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper, da Universidade Mackenzie-SP.

A Igreja atual tem praticado o Sola Gratia (Somente a Graça)?


Os reformadores divergiam de Roma não porque estes pregassem uma salvação
exclusivamente por obras, mas porque aqueles defendiam que a salvação é pela graça
somente. É esta palavrinha – sola – que divide o entendimento reformado do
entendimento católico. Essa doutrina, portanto, significa que o pecador nada pode fazer
para obter mérito e que o pecador não coopera com Deus, a fim de merecer a sua salvação.
Entre nós cristãos protestantes ninguém ousaria dizer que não somos salvos pela graça de
Deus, embora haja divergências quanto ao livre-arbítrio e ao conceito de graça
preveniente entre as tradições arminiana e reformada (calvinista). Entretanto, creio que
haja uma falta de compreensão bíblica quanto ao papel da graça divina em toda a extensão
da vida cristã. Somos salvos pela graça somente e continuamos a viver somente pela graça.
O favor imerecido de Deus alcança toda nossa trajetória como cristãos; não é o caso de
pensarmos que “já fomos salvos pela graça, agora tudo depende de mim”. Até mesmo a
disciplina que de nós é exigida no processo de santificação é fruto da graça de Deus, pois é
Ele quem efetua em nós tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade
dele (Fp 2.13).

Marcelo Maia – pastor auxiliar da Catedral da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida, no
Recreio-RJ, e diretor do Instituto Bispo Roberto McAlister de Ensinos Cristãos (IBRMEC)

A Igreja atual tem praticado o Sola Scriptura (Somente as Escrituras)?


O Sola Scriptura, como afirmação de que a Bíblia, e não a tradição, é a autoridade infalível
na fé cristã, tem sido questionado hoje em dia até mesmo em meios evangélicos. Com isso
a autoridade das Escrituras é enfraquecida e a fé cristã passa a descansar num terreno
arenoso. Se não podemos confiar na autoridade das Escrituras e se são elas que testificam
de Jesus, como podemos estar seguros de que o que cremos acerca de Jesus é verdade?
Para o cristão, a autoridade das Escrituras anda de mãos dadas com a firmeza de sua fé.

Sandro Baggio – pastor do Projeto 242 de São Paulo e missionário da organização


internacional Steiger

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A Deus toda a glória!

Carlos R. Silva
31 Outubro 2014 – 497 anos da Reforma Protestante

Referências:
 Compilação do artigo:
Editora Anno Domini, Os cinco solas e a Igreja do Século XXI
http://www.editoraannodomini.com.br/site/ad-reforma-protestante/

 Compilação do artigo:
O dia da Reforma e o sacerdócio de todos os crentes, Editora Ultimato
http://www.ultimato.com.br/conteudo/o-dia-da-reforma-e-o-sacerdocio-de-todos-
os-crentes#reforma+protestante

 Compilação do artigo:
Sola Gratia, Solo Christus, Sola Fide e Sola Scriptura, Editora Ultimato
http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/296/sola-gratia-solo-christus-sola-
fide-e-sola-scriptura

 Compilação do artigo:
A nova Reforma Protestante, Revista Época
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI161475-15228,00-
A+NOVA+REFORMA+PROTESTANTE.html

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