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Resumo ..................................................................................................................................... 2
1. Introdução ........................................................................................................................... 3
2. Objetivo .............................................................................................................................. 8
3. Metodologia ........................................................................................................................ 9
4. Resultados e Discussão.....................................................................................................10
5. Conclusão ..........................................................................................................................14
6. Referências Bibliográficas ..................................................................................................15
7. Anexos ...............................................................................................................................16
1
Resumo
2
1. Introdução
Extração Líquido-Líquido
3
Figura 1 - Comparação entre extração simples e múltipla [2]
Durante o processo, a transferência de massa do soluto entre duas fases líquidas diminui
até atingir um equilíbrio. O tempo necessário para atingir 90% do tempo do equilíbrio é
característico de um solvente, sendo que o equilíbrio nunca é atingido 100%. Entretanto,
considera-se que de 90 a 99% é considerado suficiente [2].
O equilíbrio é caracterizado pelo coeficiente de partição ou distribuição K. Esta constante
é definida como a razão entre as espécies do soluto na fase orgânica e as espécies do soluto na
fase aquosa [4]:
𝐶2
𝐾= (1)
𝐶1
4
Em alguns extratores industriais com múltiplos estágios, os líquidos são transportados
em contra-corrente para se misturarem favoravelmente, possibilitando uma transferência de
massa efetiva. Geralmente, um dos líquidos é dispersado na forma de gotas no outro líquido,
pois estudos indicam que a chave de um processo de alta perfomance se encontra na adaptação
de um tamanho de gota adequado e uniforme, de forma a manter um perfil constante ao longo
da coluna de extração [1].
Utilizando-se uma modelagem de problema de forma geral (por não haver interesse em
uma descrição detalhada do processo ou pela inviabilidade/inadequação de um modelo
detalhado), pode-se partir do princípio da existência de proporcionalidade entre o fluxo e o
gradiente de concentração do sistema [4]:
𝑁𝐴 = 𝐾𝑥 (𝑥𝐴,1 − 𝑥𝐴,2 )
𝑁𝐴 = 𝐾𝐿 (𝐶𝐴,1 − 𝐶𝐴,2 ) (2)
É possível calcular o fluxo a partir da quantidade molar de A que foi transferida, da área
interfacial entre as fases aquosa e orgânica e do tempo decorrido para atingir o equilíbrio [5]:
∆𝑛
𝑁𝐴 = (3)
𝐴𝑡
𝑥𝐵𝛿 − 𝑥𝐵1
(𝑥𝐵 )𝑀 =
ln(𝑥𝐵𝛿 ⁄𝑥𝐵1 ) (5)
5
O coeficiente de difusão de A em B pode ser estimado utilizando-se o modelos para difusividade
em soluções não eletrolíticas diluídas como o de “Wilke and Chang (1955)” [5]:
1⁄
0
1,17 ∗ 10−13 (𝜀𝐵 𝑀𝐵 ) 2𝑇
𝐷𝐴𝐵 =
𝑉𝐴0,6 𝜇 (6)
No experimento em questão, a fase aquosa era constituída por uma solução diluída de
KI, contendo iodo I2, e a fase orgânica por hexano puro. O componente A é o iodo (I2) e o B,
hexano.
6
uma determinada solução depende da concentração da espécie absorvente e da espessura da
solução. Ela pode ser expressa por [8]:
A=εLC (7)
em que se relaciona a absorbância (A), o coeficiente de extinção molar próprio de cada espécie
analisada (ε), o caminho ótico (L) e a concentração da substância analisada (C) [8].
A mesma fórmula pode ser reescrita em termos de transmitância (T), da seguinte forma
[8]:
T = e –εLC (8)
No entanto, deve-se ressaltar que esta relação não é sempre obedecida. Na realidade,
existem desvios de linearidade, sendo o número de variáveis não controladas na atomização e
nas medidas de absorbância é suficientemente grande [6].
7
2. Objetivo
8
3. Metodologia
9
4. Resultados e Discussão
O coeficiente de partição (K) de uma determinada espécie química é definido como sendo
a razão entre as concentrações que se estabelecem nas condições de equilíbrio de uma
substância química, quando dissolvida em sistema constituído por uma fase orgânica e uma fase
aquosa. Os resultados obtidos encontram-se na Tabela 1 abaixo:
Massa inicial de I2
0 20 0 11,8448
(mg)
Quantidade de
11,2324
soluto extaído 8,1552 11,8448 0,6124
(mg)
Concentração
0,81552 0,29162 0,06124 0,28081
(mg de I2/mL)
10
O resultado mostra que a concentração de I2 na fase orgânica é maior que na fase aquosa
(na extração simples), confirmando o caráter apolar do I2 e do hexano. A distribuição do iodo,
nas fases orgânica e aquosa, pode ser explicada pela afinidade eletrônica entre as fases. A
solução de KI, libera iodeto (I-), que é capaz de se unir ao I2 através da interação íon-dipolo
induzido e formar Triiodeto (I3-). Ao misturar o KI e o hexano, ocorre a decomposição do I3- e o
hexano solubiliza o I2, adquirindo uma coloração rósea, pois as duas substâncias são apolares,
formando interações do tipo dipolo induzido-dipolo induzido. Já o I- é um íon não solúvel em
hexano, pois é polar e forma uma interação forte (íon-dipolo) com a água. Vale ressaltar a
possibilidade do erro experimental de um tempo de equilíbrio insuficiente para a extração
múltipla.
A maior concentração do iodo na fase aquosa para a segunda extração pode ser um
indicativo que o tempo de 5 minutos não foi suficiente para que o equilíbrio para ser atingido.
A Tabela 4 abaixo contém os valores determinados pelo método de Wilke and Chang
(1955) e pela literatura para o coeficiente de difusão:
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Tabela 4 - Difusividade do iodo no hexano pelo método de Wilke and Chang e
comparação com os valores encontrados na literatura
Desvio - 0,1384
A partir do desvio encontrado para o DAB, percebe-se que houve certa diferença entre os
resultados calculados e da literatura, o que pode ser explicado pela presença de diversos tipos
de erros. Existem também erros associados ao cálculo teórico, uma vez que foram feitas algumas
considerações e aproximações. A literatura utiliza a temperatura de 25ºC como base para os
cálculos, porém a prática foi realizada a uma temperatura de aproximadamente 30ºC, isso pode
ter trazido mudanças ao valor do coeficiente de difusão. Além disso, o modelo de Wilke and
Chang possuem um desvio considerável, devido a existência de aspectos empíricos, e não se
sabe qual o modelo utilizado pela literatura.
Parâmetros
Estimado Real
Desvio - 0,2397
O desvio pode ser explicado devido a diferentes tipos de erros. Existem erros
experimentais associados aos erros à execução da prática, como por exemplo, aqueles
relacionados à extração das fases e a contabilização do tempo para que as fases entrassem em
equilíbrio. Além disso, a solução utilizada de KI já estava preparada, podendo haver divergência
no valor da concentração utilizada como base. Esses erros influenciam no cálculo da
concentração e frações molares e, consequentemente, no cálculo do caminho de reação. E,
também existem erros vinculados ao valor de DAB utilizado, explicitado anteriormente.
Após toda análise realizada, percebe-se que a técnica de extração é simples e pode ser
usada para diversos fins industriais. A tintura de iodo é uma solução muito utilizada em diversas
aplicações, com por exemplo tintura de roupa ou desinfetante local. Porém, após utilização da
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tintura no processo, há geração de resíduo contendo água, iodo e KI, a qual geralmente é
descartada. Sendo assim, para aumentar a eficiência do processo, pode-se extrair o iodo do
resíduo. Mas considerando os dados experimentais, uma extração múltipla não será muito
eficiente, pois a quantidade de iodo extraída será cada vez menor e de forma lenta, por isso
deve-se fazer uma extração de forma que o coeficiente de partição seja o mesmo para todas as
extrações.
13
5. Conclusão
14
6. Referências Bibliográficas
[5] Hines, Maddox. Mass Transfer: Fundamentals and Applications. 2ª ed. Prenice-Hall, Inc,
Estados Unidos
[6] Skoog, Holler, Nieman. Princípios de Análise Instrumental. 5ª ed. São Paulo (SP):
Bookman; c2002. Capítulo 9, Espectrometria de Absorção Atômica e de Fluorescência
Atômica; p. 194-214.
[7] http://en.wikipedia.org/wiki/Absorption_spectroscopy Imagem de espectroscopia de
absorção - Acessado em 24 de Outubro de 2015
[8] http://plato.if.usp.br/1-2004/fap0181d/Lei%20de%20Beer.htm Lei de Beer - Acessado em 24
de Outubro de 2015
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7. Anexos
Memória de Cálculo
Inicialmente, tem-se uma solução 0,05% de I2. Assim, considerando que a densidade da solução
aquosa é de 1,0 g/cm³, temos inicialmente:
0,05 g I2 ----- 100 g solução
0,05 g I2 ----- 100 mL solução
0,02 g I2 ----- 40 mL solução
𝑚𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐼2 = 20 𝑚𝑔
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Conforme calculado anteriormente, a concentração da fase aquosa é de 0,29612 mg I 2/mL de
solução. Portanto, em 40 mL de solução aquosa, tem-se:
𝑚1 = 𝐶1 ∗ 𝑉1
𝑚1 = 0,29612 ∗ 40
𝑚1 = 11,8448 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐼2
Portanto, na fase orgânica, tem-se:
𝑚2 = 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐼2 − 𝑚1
𝑚2 = 20 − 11,8448
𝑚2 = 8,1552 𝑚𝑔 𝐼2
Então:
𝑚2
𝐶2 =
𝑉2
8,1552 𝑚𝑔 𝐼2
𝐶2 =
10 𝑚𝐿
𝐶2 = 0,81552 𝑚𝑔 𝐼2 /𝑚𝐿
Dessa forma, o coeficiente de partição para a extração simples com solvente é dado por:
0,81552
𝐾=
0,29162
𝑲 = 𝟐, 𝟕𝟗𝟔𝟓
Dessa forma, o coeficiente de partição para a extração simples com solvente é dado por:
0,06124
𝐾=
0,28081
𝑲 = 𝟎, 𝟐𝟏𝟖𝟏
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iii. Cálculo do fluxo de transferência de massa do I2
1𝑚𝑜𝑙
∆𝑛 = 8,1552 ∗ 10−3 𝑔 ∗
254𝑔
−5
∆𝑛 = 3,21 ∗ 10 𝑚𝑜𝑙 𝐼2
𝜋𝐷 2 𝜋 (0,15𝑚)2
𝐴= =
4 4
𝐴 = 1,77 ∗ 10−2 𝑚2
𝑡 = 5 min = 300𝑠
Então:
3,21 ∗ 10−5
𝑁𝐴 =
(1,77 ∗ 10−2 ) ∗ 300
𝑵𝑨 = 𝟔, 𝟎𝟓 ∗ 𝟏𝟎−𝟔 𝒎𝒐𝒍⁄𝒎𝟐 𝒔
1𝑚𝑜𝑙
∆𝑛 = 8,7676 ∗ 10−3 𝑔 ∗
254𝑔
−5
∆𝑛 = 3,45 ∗ 10 𝑚𝑜𝑙 𝐼2
∆𝑛 = (3,45 − 3,21) ∗ 10−5 𝑚𝑜𝑙 𝐼2
∆𝑛 = 0,24 ∗ 10−5 𝑚𝑜𝑙 𝐼2
𝐴 = 1,77 ∗ 10−2 𝑚2
𝑡 = 5 min = 300𝑠
Então:
0,24 ∗ 10−5
𝑁𝐴 =
(1,77 ∗ 10−2 ) ∗ 300
𝑵𝑨 = 𝟒, 𝟓𝟐 ∗ 𝟏𝟎−𝟕 𝒎𝒐𝒍⁄𝒎𝟐 𝒔
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iv. Cálculo do coeficiente de transferência de massa:
𝐶𝐴1 = 0
0,81552 𝑚𝑔 𝑔 1 𝑚𝑜𝑙 106 𝑚𝑙
𝐶𝐴2 = ∗ 3 ∗ ∗
𝑚𝑙 10 𝑚𝑔 254𝑔 𝑚3
𝐶𝐴2 = 3,21 𝑚𝑜𝑙 𝐼2 /𝑚3
Portanto:
6,05 ∗ 10−6
𝐾𝐿 =
(0 − 3,21)
𝑲𝑳 = − 𝟏, 𝟖𝟖 ∗ 𝟏𝟎 𝒎𝒐𝒍⁄𝒔 ∗ 𝒎𝟐 ∗ (𝒎𝒐𝒍/𝒎𝟑 )
−𝟔
𝐶𝐴1 = 0
0,06124 𝑚𝑔 𝑔 1 𝑚𝑜𝑙 106 𝑚𝑙
𝐶𝐴2 = ∗ 3 ∗ ∗
𝑚𝑙 10 𝑚𝑔 254𝑔 𝑚3
𝐶𝐴2 = 0,24 𝑚𝑜𝑙 𝐼2 /𝑚3
Portanto:
4,52 ∗ 10−7
𝐾𝐿 =
(0 − 0,24)
𝑲𝑳 = −𝟏, 𝟖𝟖 ∗ 𝟏𝟎 𝒎𝒐𝒍⁄𝒔 ∗ 𝒎𝟐 ∗ (𝒎𝒐𝒍/𝒎𝟑 )
−𝟔
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𝑉𝐴 = (2 ∗ 37,0) ∗ 10−3 = 74 ∗ 10−3 𝑚3 ⁄𝐾𝑔𝑚𝑜𝑙
𝜇 = 0,31 𝑐𝑃
Assim, temos:
1
0
1,17 ∗ 10−13 (1,0 ∗ 86,18) ⁄2 ∗ (303,15)
𝐷𝐴𝐵 =
(74 ∗ 10−3 )0,6 ∗ 0,31
𝑫𝟎𝑨𝑩 = 𝟓, 𝟎𝟔𝟔 ∗ 𝟏𝟎−𝟗 𝒎𝟐 ⁄𝒔
Valor da literatura: DABo= 4,45 * 10-9 m2/s
Cálculo do erro:
|𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑙𝑖𝑡𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎|
𝐸𝑟𝑟𝑜 = ∗ 100
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑙𝑖𝑡𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎
|(5,066 − 4,45) ∗ 10−9 |
𝐸𝑟𝑟𝑜 = ∗ 100
4,45 ∗ 10−9
𝑬𝒓𝒓𝒐 = 𝟏𝟑, 𝟖𝟒%
𝜌𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐶𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒 =
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
Sendo o solvente n-hexano (ρ= 655 Kg/m³ e MM = 86,18 g/mol), tem-se:
655 ∗ 103 𝑔/𝑚3
𝐶𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒 =
86,18 𝑔/𝑚𝑜𝑙
𝐶𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒 = 7600,37 𝑚𝑜𝑙/𝑚3
20
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝐶𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 ∗ 𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
Sendo o soluto I2, tem-se:
8,1552 ∗ 10−3
𝐶𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
10 ∗ 10−6 ∗ 254
𝐶𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 3,21 𝑚𝑜𝑙/𝑚3
𝐶 = 7600,37 + 3,21
𝐶 = 7603,58 𝑚𝑜𝑙/𝑚3
3,21
𝑥𝐴𝛿 =
7603,58
𝑥𝐴𝛿 = 4,22 ∗ 10−4
𝑥𝐵𝛿 − 𝑥𝐵1
(𝑥𝐵 )𝑀 =
ln(𝑥𝐵𝛿 ⁄𝑥𝐵1 )
0,9996 − 1
(𝑥𝐵 )𝑀 =
ln(0,9996⁄1)
(𝑥𝐵 )𝑀 = 0,9998
5,066 ∗ 10−9
𝛿=
|−1,88 ∗ 10−6 | ∗ 0,9998
𝜹 = 𝟐, 𝟔𝟗𝟓 ∗ 𝟏𝟎−𝟑 𝒎
𝐶 = 7600,37 + 0,24
𝐶 = 7600,61 𝑚𝑜𝑙/𝑚3
21
0,24
𝑥𝐴𝛿 =
7600,61
𝑥𝐴𝛿 = 3,16 ∗ 10−5
𝑥𝐵𝛿 − 𝑥𝐵1
(𝑥𝐵 )𝑀 =
ln(𝑥𝐵𝛿 ⁄𝑥𝐵1 )
0,999968 − 1
(𝑥𝐵 )𝑀 =
ln(0,999968⁄1)
(𝑥𝐵 )𝑀 = 0,99998
5,066 ∗ 10−9
𝛿=
|−1,88 ∗ 10−6 | ∗ 0,99998
𝜹 = 𝟐, 𝟔𝟗 ∗ 𝟏𝟎−𝟑 𝒎
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