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PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Câmpus Pato Branco/PR
MÓDULO 4
ASPECTOS JURÍDICOS DO
CADASTRO TERRITORIAL
1
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE AGRIMENSURA
PATO BRANCO
2015
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4
2 DEFINIÇÃO DE PARCELA NAS DIRETRIZES CADASTRAIS ....................................... 6
3 SISTEMA IMOBILIÁRIO BRASILEIRO .......................................................................... 7
3.1 Sistema Cadastral do Imóvel ................................................................................. 7
3.1.1 Cadastro Territorial Multifinalitário ............................................................................... 8
3.1.2 Carta cadastral e topográfica ...................................................................................... 9
3.1.3 Originais do levantamento ........................................................................................ 11
3.2 Sistema Registral da Propriedade ........................................................................11
3.2.1 Matrícula ................................................................................................................. 13
3.2.2 Registros ................................................................................................................. 14
3.2.3 Averbações ............................................................................................................. 14
3
1 INTRODUÇÃO
4
esses trabalhos foram apresentados e publicados no I Workshop sobre
Cadastro Territorial Multifinalitário.
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2 DEFINIÇÃO DE PARCELA NAS DIRETRIZES CADASTRAIS
6
3 SISTEMA IMOBILIÁRIO BRASILEIRO
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competência, mantendo sempre a sucessão histórica-cadastral. Neste
sentido, o Ministério das Cidades criou o Programa Nacional de
Capacitação das Cidades – PNCC, para promover a modernização e
atualização dos sistemas de informação, cadastros e cartografia (BRASIL,
2009).
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Nos municípios que implementaram um Sistema de Informações
Geográficas (SIG), a parcela e as edificações erguidas sobre ela são
desenhadas em camadas diferentes (layers) e os imóveis edificados
recebem códigos específicos, porém vinculados à inscrição cadastral da
parcela territorial que pertence ao CTM e que recebeu a construção das
edificações (BRASIL, 2010, p. 71).
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essencial para o reordenamento do espaço territorial” (BRASIL, 2010, p.
35).
10
retificação georreferenciada da descrição de imóveis rurais, conforme Lei
10.267 (BRASIL, 2001b), a qual tem finalidades registrais, seguindo as
recomendações de Rambo (2000, p. 165).
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LUNELLI e RAMBO, 2014), já que não registra os imóveis, mas apenas os
direitos a eles relativos (RAMBO, 2011, p. 20).
3.2.1 Matrícula
3.2.2 Registros
3.2.3 Averbações
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4 CONCEITO DE IMÓVEL
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2014, mas a publicação não foi aceita porque o trabalho apontou a
necessidade de se padronizar os conceitos sem, contudo, apresentar o que
seria a conclusão da pesquisa, carecendo da apresentação de uma
proposta definindo de parcela ou de imóvel.
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Registro as publicações que dizem respeito à propriedade e a outros
direitos reais atribuídos a terceiros, em decorrência do proprietário
eventualmente ter criado ônus contra sua propriedade que, assim, deixou
de conter a totalidade dos direitos reais.
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
VI - o uso;
VII - a habitação;
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VIII - o direito do promitente comprador do imóvel;
IX - o penhor;
X - a hipoteca;
XI - a anticrese (BRASIL, 2002, Lei 10.406).
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do CTM, cada parcela territorial rural corresponde a um imóvel territorial, por
simples fato constatado na realidade, independente da existência ou não de
documentação da posse ou da propriedade, já que o cadastramento territorial
deve apresentar uma cartografia contínua que represente a realidade.
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5 TRANSFORMAÇÃO DOS IMÓVEIS
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unidades autônomas edificadas (RAMBO et al, 2006).
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As áreas privativas, destinadas às unidades autônomas (territoriais
ou edificadas), mais a respectiva distribuição proporcional das frações
ideais das áreas de uso em comum, formam novos imóveis (territoriais ou
edificados, conforme o caso), sempre vinculados às inscrições cadastrais
das respectivas parcelas territoriais de origem.
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territoriais, os fatos apresentados na Figura 1 podem ainda ser adaptados
aos conceitos apresentados nas Diretrizes cadastrais publicadas pelo
Ministério das Cidades, conforme Brasil (2010), o que está interpretado
conforme descrito a seguir:
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vontade do proprietário da gleba e das exigências legais do município.
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ocupação e por suas subdivisões (parcelamentos) posteriores, os
terrenos da Figura 1 certamente foram definidos pelo prolongamento das
faixas 3, 4 ,5 e 6 em direção ao mar sobre a parte 7, até no final da
gleba desenhada. Assim, na parte 7 não há condomínio, já que seu
ocupante cercou área, da parte 7, junto com o seu imóvel, exercendo o
domínio sozinho sobre cada imóvel territorial. A parte 7 não tem
características de imóvel isolado mas, se ficar comprovada a
propriedade da União, a parte 7 não deve ser lançada em condomínio
tradicional (em sociedade por fração ideal) com o restante dos imóveis,
justamente porque a União não deve tributar (foro e laudêmio) sobre as
frações de terreno e de edificações que não lhe pertencem (partes 3, 4,
5 e 6). A União pode fazer um Cadastro temático e específico para
determinar as áreas de marinha de sua propriedade, lançando junto com
a provável concessão de uso (em favor do ocupante), a quantidade de
área territorial e a eventual área edificada que está ocupada sobre a
parte do terreno de marinha. Assim, o foro e o laudêmio será cobrado,
devidamente, apenas das pessoas que realmente estejam ocupando as
partes do território da União.
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6 UM NOVO DESAFIO AO CTM – USUCAPIÃO ADMINISTRATIVO
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Este procedimento deverá ser solicitado pelo interessado,
acompanhado de advogado, apresentando uma série de documentos, dos
quais, se destacam as certidões que comprovem que o imóvel não está em
litígio e a planta de levantamento do imóvel assinada pelo técnico, pelos
titulares de direitos sobre o imóvel e pelos vizinhos.
Observa-se que pelo baixo custo, bem como pelo pequeno tempo de
tramitação, haverá uma verdadeira “enxurrada” de procedimentos de
usucapião administrativa, cabendo ao Poder Público Municipal se
manifestar em apenas 15 dias para cada processo.
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do solo urbano”. Este é um poder-dever concedido a ela, do qual cabe ao
Município esclarecer e determinar, com base no CTM, basicamente três
tipos de informações:
O Perímetro do imóvel;
A área do imóvel;
Se o imóvel é Público ou Particular;
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O histórico de alterações dos proprietário e/ou posseiro
e/ou ocupante (registros das guias de ITBI);
O nome atual de quem consta no boleto do IPTU, e,
desde que data;
3. As informações de advertência (servem para cientificar os
interessados (partes no processo) demonstrando pendências ou
situações que inviabilizam o uso/ocupação do imóvel):
Se parte ou a totalidade do imóvel está sob área de APP,
reserva legal, etc. (áreas protegidas por lei ambiental);
Se parte ou a totalidade do imóvel está em área “non
aedificandi” (onde é proibida qualquer tipo de construção);
Se o IPTU está quitado (quantificar dívida);
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7 CONVÊNIO DA UNIÃO PARA MUNICÍPIO CADASTRAR ÁREAS RURAIS
1 Art. 182 . A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
2 Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana. […] § 2º O plano diretor deverá englobar o território
do Município como um todo.
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território, devendo incluir a área rural do Município no Plano Diretor e no
CTM, o Convênio3 é uma oportunidade para viabilizar ou provavelmente
diminuir os custos com esta obrigatoriedade.
3 Lei nº 11.250 de 27 de dezembro de 2005, que “Regulamenta o inciso III do § 4º do art. 153
da Constituição Federal” (BRASIL, 2005). Decreto nº 6.433 de 15 de abril de 2008, que “Institui
o Comitê Gestor do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – CGITR e dispõe sobre a
forma de opção de que trata o inciso III do § 4º do art. 153 da Constituição, pelos Municípios e
pelo Distrito Federal, para fins de fiscalização e cobrança do ITR, e dá outras providências”
(BRASIL, 2008).
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De posse das informações territoriais rurais, o município poderá
propor convênio com o INCRA, a fim de disponibilizar, via sistema internet,
toda a estrutura fundiária local. Em contrapartida o INCRA deve ajudar
criando formas de colaboração que viabilizem a sistemática manutenção e
atualização do CTM mediante parcerias entre os três níveis
governamentais.
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8 RELAÇÃO DO CTM COM CONSÓRCIOS E CONCESSÕES PÚBLICAS
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dados do CTM extrapola os limites do setor público, chegando a Concessionárias
de serviços públicos e outras instituições que poderiam participar do convênio.
4 Art. 68 do CC - O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme as
leis da União, dos Estados ou dos Municípios, a cuja administração pertencerem. Art. 145 da
CRFB/88. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos: […] II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva
ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos
a sua disposição;
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modalidades (exploração ou simples uso, temporária,
remunerada ou gratuita, de utilidade pública).
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9 CTM E A TRIBUTAÇÃO
9.1 IPTU
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imóvel deve ser estimado considerando a terra e suas benfeitorias
(construções) de caráter permanente (BRASIL, 2010, p. 113).
37
9.2 ITR
9.3 ITBI
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crime organizado) e, assim, a venda dupla de imóveis alastra-se na
respectiva jurisdição, conforme explicado em Rambo (2000, p. 56-57, 140-
142 e 161) e provado em Rambo (2005, p. 213 e p. 103 com Nota de
Rodapé n.º 212)/Balneário Camboriú e Rambo(2005, p. 104-105, 214-
215)/Florianópolis.
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10 CONSIDERAÇÕES JURÍDICAS
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XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se
enriqueça ilicitamente (BRASIL, 1992).
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
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Um dos pilares da LRF é a transparência. Assim, o parágrafo único
do artigo 48 dessa lei, assegura a participação popular e a realização de
audiências públicas durante os processos de elaboração e discussão dos
planos, Leis de Diretrizes Orçamentárias e orçamento.
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Neste contexto, basicamente se extrai que o IPTU, por exemplo,
deve ser cobrado de forma gradativa, podendo-se isentar o
comprovadamente pobre e cobrar o imposto máximo de um proprietário
que possui uma mansão.
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Art. 67 LLP. A execução do contrato deverá ser
acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, permitida a
contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de
informações pertinentes a essa atribuição (BRASIL,
1993).
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REFERÊNCIAS
48
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>.
Acesso em: 21 out. 2015.
49
1972, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 6.739, de 5 de dezembro de
1979, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e dá outras providências.
Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10267.htm>.
Acesso em: 04 nov. 2015.
50
BRASIL. DECRETO Nº 6.433, de 15 de abril de 2008: Institui o
Comitê Gestor do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - CGITR e
dispõe sobre a forma de opção de que trata o inciso III do § 4o do art. 153 da
Constituição, pelos Municípios e pelo Distrito Federal, para fins de
fiscalização e cobrança do imposto sobre a Propriedade Territorial Rural –
ITR, e dá outras providências.Disponível em: <http://www.planalto. gov.br
/ccivil_03/_ato2007- 2010/2008/decreto/D6433.htm>. Acesso em: 04 nov.
2015.
51
convidado da IV Semana de Agrimensura & I Workshop sobre Cadastro
Territorial Multifinalitário, Pato Branco (17 a 20 de novembro de 2015).
Synergismus Scyentifica UTFPR, Pato Branco, 10 (2). 2015.
5352
RAMBO, Luiz Inácio. Retificação administrativa de limites,
confrontações e áreas de terrenos urbanos junto ao Registro de
Imóveis, a partir de dados do Cadastro Imobiliário Urbano. Carlos Loch
(Orient.). 2000. 175 p. Dissertação (Mestre em Engenharia Civil) - Área de
Concentração em Cadastro Técnico Multifinalitário, UFSC, Florianópolis,
2000.
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