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Arguição de falsidade e a produção antecipada de provas.

1. Arguição de falsidade

A arguição de falsidade consiste na provocação do órgão jurisdicional para


declarar a falsidade de documento, sendo a medida destinada a impugnar o
documento tido como falso, fazendo-se prova de que ele não é autêntico, não
possuindo, portanto, força probatória. Destarte, importante observar que a primeira
alteração no novo CPC relativa ao incidente de falsidade documental (denominada arguição
de falsidade) refere-se ao momento e ao prazo para a alegação da falsidade.
O CPC de 1973 prescreve, no art. 390, que a arguição de falsidade tem
lugar em qualquer tempo e grau de jurisdição, podendo ser suscitado
em contestação ou no prazo de 10 (dez) dias, contados da intimação da juntada aos
autos do documento objeto da alegação.
Em relação ao art. 430, caput, do CPC de 2015, por sua vez, determina que a
arguição de falsidade documental deve ser suscitada na contestação, na réplica ou
no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da juntada do documento aos
autos.
Conforme a jurisprudência, a extemporânea arguição de falsidade
documental impede que o incidente seja processado como tal, não obstante, a prova
pericial produzida no incidente pode ser tomada de empréstimo pelo juízo da
execução, valendo-se deste elemento de convicção para estabelecer se ainda
subsiste título executivo e contra quais devedores (Nesse sentido: STJ, RESP
1024759/RJ, 3ª Turma, relatora Ministra Nancy Andrighi, DJ de 17/12/2008)1.

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PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇAO. ARGÜIÇAO INCIDENTAL DE FALSIDADE DOCUMENTAL.
INTEMPESTIVIDADE. PRECLUSAO. VERDADE REAL. POSSIBILIDADE DE HAVER PROVA EMPRESTADA. A
extemporânea argüição de falsidade documental impede que o incidente sejaprocessado como tal.
Não obstante, a prova pericial produzida no incidente podeser tomada de empréstimo pelo juízo dos
embargos do devedor, valendo-se desteelemento de convicção para estabelecer se ainda subsiste
título executivo e contra quais devedores. Recurso Especial provido. ACÓRDAO - Vistos, relatados e
discutidos estes autos, acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas constantes dos autos, prosseguindo no julgamento,
após o voto-vista do Sr. Ministro Massami Uyeda, por unanimidade, conhecer do recurso especial e
dar-lhe provimento, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Massami Uyeda e
Sidnei Beneti votaram com a Sra. Ministra Relatora. Brasília (DF), 25 de novembro de 2008 (data do
julgamento). http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/2207616/recurso-especial-resp-1024759-rj-
2008-0013249-6/inteiro-teor-12225307 – Acesso em : 15/05/2016.
Nos termos do art. 389, I, do CPC de 1973, incumbe o ônus da prova, quando
se tratar de falsidade de documento, à parte que a arguir. No CPC de 2015, a questão
é tratada no art. 429, caput, I e II, sem alterações relevantes à redação anterior,
tendo sido apenas acrescida a hipótese de “preenchimento abusivo” de documento.
O novo CPC inova ao estabelecer que, após o prazo de 15 (quinze) dias de resposta,
será realizado exame pericial no documento objeto da arguição da falsidade, salvo se
a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo dos autos (art.
432, caput e parágrafo único). No CPC de 1973, o prazo para resposta era de 10 (dez)
dias, ao teor do art. 392, caput e parágrafo único.
Entrementes, segundo o novo CPC, a arguição de falsidade será resolvida
como questão incidental, salvo se a parte requerer que o juiz a decida como questão
principal, ocasião na qual constará do dispositivo da sentença e sobre ela incidirá
também a autoridade da coisa julgada (art. 433), ou seja, não há previsão de
suspensão do processo.
Quando a arguição de falsidade for tratada como questão prejudicial, também
poderá ensejar a produção de coisa julgada material, desde que (I) no processo não
haja restrições probatórias à cognição que impeçam o aprofundamento da análise da
questão prejudicial e (II) caso presentes os requisitos do art. 503, § 1º, I a III, do novo
CPC, quais sejam: I – dessa resolução depender o julgamento do mérito; II – a seu
respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de
revelia; e III – o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para
resolvê-la como questão principal (art. 503, § 1º, I a III e § 2º, do CPC de 2015).
Também nessa hipótese, como se trata de uma prejudicialidade interna, não há se
falar em suspensão do feito.
As referências ao novo CPC supracitadas, sem dúvida, contribuem para o bom
andamento da justiça e para a concretude dos princípios da eficiência e da
celeridade, uma vez que, no CPC de 1973, a arguição de falsidade corria
em apenso aos autos principais (autos apartados) e ensejava sempre a suspensão do
feito até decisão final acerca da veracidade ou falsidade do documento impugnado
(arts. 393 e 394).
Destarte, o Código de Processo Civil de 2015 traz uma inovação. O seu artigo
436 apresenta um rol de possibilidades de manifestação da parte contrária.
Art. 436. A parte intimada a falar sobre documento constante
dos autos poderá: I – impugnar a admissibilidade da prova
documental; II – impugnar sua autenticidade; III – suscitar sua
falsidade, com ou sem deflagração do incidente de arguição
de falsidade; IV – manifestar-se sobre seu conteúdo. Parágrafo
único. Nas hipóteses dos incisos II e III, a impugnação deverá
basear-se em argumentação específica, não se admitindo
alegação genérica de falsidade.

Segundo os comentários do jurista Nelson Nery, a admissibilidade da prova


não significa necessariamente alegar sua falsidade, pois pode ocorrer de a parte
contrária pretender apenas desqualificar o documento, no sentido de que esse não
tenha relação com o que se pretende provar por meio dele.
Os incisos II e III do art. 436 diferenciam as hipóteses de questionamento da
autenticidade do documento e da arguição de falsidade. O documento é dito
autêntico quando, por si mesmo, faz autoridade de prova, por expressar a
observância das formalidades legais, como no reconhecimento de firma, por
exemplo. Já a falsidade consiste na falta de fé do documento, desde que,
formalmente, possua requisitos de autenticidade em razão da não correspondência
do que ocorreu no mundo fático e o que consta do documento. No instrumento
público, por exemplo, ocorre a falsidade quando a letra da certidão não é de nenhum
dos serventuários ou a assinatura não é de nenhum declarante; já no instrumento
particular, ocorre a falsidade quando é incluído aumento no que não foi assinado, ou
quando a parte se aproveitou do branco da pequena parte da linha do documento
para apor alguma informação.
Quanto à manifestação da parte contrária sobre o conteúdo do documento, é
o comportamento normalmente esperado, mas que não necessariamente deverá
ocorrer, caso haja alguma das hipóteses dos incisos anteriores. E é justamente por
isso que a manifestação contrária sobre o seu conteúdo fica por último no rol dos
incisos do artigo 436, porque as demais situações deverão ser preliminarmente
verificadas e avaliadas pela parte contrária antes de se analisar o conteúdo do
documento.
Na proibição de alegação genérica de falsidade, o que o legislador quis dizer é
que, em qualquer instância do processo, a parte contrária deverá impugnar as
alegações e documentos de forma específica, sendo necessário justificar qual o
fundamento para que a parte sustente a falsidade, fundamento esse que pode ser de
fato ou de direito.

2. Produção antecipada de provas

A produção antecipada de prova é tratada no capítulo específico das provas,


sendo admitida em três hipóteses, isto é, casos nos quais: i) haja fundado receio de
que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na
pendência da ação; ii) a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a
autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito; e iii) o prévio
conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação (CPC, art.
381).
À luz do CPC/73, a produção antecipada de prova destinava-se a antecipar a
produção de determinados meios de prova, sob a justificativa de que a parte não
poderia aguardar a fase instrutória do processo principal, que era o momento
previsto para a sua produção. Tal medida possuía natureza cautelar, poderia ser
deferida em caráter preparatório ou incidental e a sua concessão pressupunha
urgência (perigo de dano).
Contudo, a produção antecipada de prova foi profundamente reformulada
no CPC/15. A medida foi desvinculada do requisito da urgência ou de uma necessária
demanda judicial principal (preparatória ou incidental). Consagrou-se, com isso, um
direito autônomo à prova, em que a parte pode se valer da medida probatória
autônoma, além da hipótese de urgência, como forma de evitar o litígio ou de
conhecer melhor os fatos para propor futura e eventual demanda melhor instruída.
A grande mudança de paradigma com o CPC é retirar o requisito de urgência para
produção antecipada de prova, deixando assim mais evidente o se caráter
autônomo. Assim reza os arts. 381 a 383 do CPC:
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos
casos em que: I - haja fundado receio de que venha a tornar-
se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na
pendência da ação; II - a prova a ser produzida seja suscetível
de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de
solução de conflito; III - o prévio conhecimento dos fatos
possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. § 1o O
arrolamento de bens observará o disposto nesta Seção
quando tiver por finalidade apenas a realização de
documentação e não a prática de atos de apreensão. § 2o A
produção antecipada da prova é da competência do juízo do
foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do
réu. § 3o A produção antecipada da prova não previne a
competência do juízo para a ação que venha a ser proposta. §
4o O juízo estadual tem competência para produção
antecipada de prova requerida em face da União, de entidade
autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade,
não houver vara federal. § 5o Aplica-se o disposto nesta Seção
àquele que pretender justificar a existência de algum fato ou
relação jurídica para simples documento e sem caráter
contencioso, que exporá, em petição circunstanciada, a sua
intenção. Art. 382. Na petição, o requerente apresentará as
razões que justificam a necessidade de antecipação da prova e
mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há
de recair. § 1o O juiz determinará, de ofício ou a requerimento
da parte, a citação de interessados na produção da prova ou
no fato a ser provado, salvo se inexistente caráter
contencioso. § 2o O juiz não se pronunciará sobre a
ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as
respectivas consequências jurídicas. § 3o Os interessados
poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo
procedimento, desde que relacionada ao mesmo fato, salvo se
a sua produção conjunta acarretar excessiva demora. § 4o
Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo
contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova
pleiteada pelo requerente originário. Art. 383. Os autos
permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração
de cópias e certidões pelos interessados. Parágrafo único.
Findo o prazo, os autos serão entregues ao promovente da
medida.

Ações indenizatórias poderão usufruir desta nova modalidade, pois poderá ser
proposta a produção antecipada de prova e, assim, apurar o eventual culpa,
proporcionando assim a conciliação e talvez e não ajuizamento da ação principal.
O propósito, deste modo, é a redução da litigiosidade. Salienta ainda Teresa
Arruda Alvim Wambier2 e outros, que não podemos o direito de defender da parte, sob

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WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; LINS CONCEIÇÃO, Maria Lúcia; SILVA RIBEIRO, Leonardo Ferres da;
MELLHO, Rogerio Licastro Torres de. Primeiros Comentários ao Novo Código de Processo Civil, artigo
por artigo. RT, 1º, ed. São Paulo, 2015:662.
pena de inconstitucionalidade. O réu poderá alegar questões de ordem pública,
ilegitimidade, falta de interesse de agir, inadequação do meio de prova, contraditar
testemunhas. Quanto aos honorários, destaca ainda a doutrinadora que será ônus do
autor, se não houver resistência do réu, será do autor e do réu, se o requerimento for
do autor, porém houver também pedido de complementação do réu e, por fim, será
do réu se este criar resistência.
REFERÊNCIAS
DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito Processual
Civil: teoria da prova, direito probatório, teoria da precedente, decisão judicial, coisa
julgada e antecipação da tutela. 5. Ed. Rev. Amp. Salvador: JusPodivm, 2010, v.2.
JÚNIOR, Humberto Theodoro. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 2. 49. Ed. Rio de
Janeiro: Editora Forense, 2008.
MARQUES, José Frederico. Curso de Direito Processual Civil – Processo de
Conhecimento. São Paulo: Saraiva, 1999.
NERY JÚNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Comentários ao Código de
Processo Civil. São Paulo: Editora RT, 2015.
SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. Vol. 2. 24. ed.
São Paulo: Saraiva, 2007.
TALAMINI, Eduardo. Cooperação no novo CPC (primeira parte): os deveres do juiz.
Cadernos Jurídicos. Sério Especial, Novo CPC, OAB Paraná. Nº 58, Maio 2015
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; LINS CONCEIÇÃO, Maria Lúcia; SILVA RIBEIRO,
Leonardo Ferres da; MELLHO, Rogerio Licastro Torres de. Primeiros Comentários ao
Novo Código de Processo Civil, artigo por artigo. RT, 1º, ed. São Paulo, 2015.

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