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FACULDADE DE CIÊNCIAS DE WENCESLAU BRAZ


PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL
TEORIAS COGNITIVAS DE APRENDIZAGEM
PROFESSORA: Ana Caroline Carvalho e Silva
PÓS-GRADUANDO: Manoel Nascimento Silva de Maria

RESENHA

Mentes perigosas: Produção e Direção: John N. Smith


Título original: Dangerous Minds
Nacionalidade: EUA 1995. DVD (85 min.)

Mentes Perigosas conta a história real de uma ex-oficial da marinha que


abandona a vida militar para ser professora de literatura inglesa. Logo na primeira
escola em que começa a lecionar, a professora estranha a facilidade com que foi
contratada mas nem imagina que irá se deparar com diversas barreiras. Sendo um
colégio de negros, latinos, e na maioria de pessoas pobres, ela terá que lidar com a
rebeldia dos alunos. Como a professora Louanne Johnson não consegue, através de
métodos convencionais, prender a atenção da sua classe, ela parte para outra forma
de ensino. Passa a dar aulas com técnicas de karatê, usando poesias e também
músicas de Bob Dylan, tentando ajudar a turma através de métodos pouco
convencionais.
Sobre a prática pedagógica inicialmente adotada, a professora Louanne
Johnson, interpretada por Michelle Pfeiffer, tenta trabalhar os conteúdos linguísticos
de sua disciplina com a turma, utilizando o método tradicional. No entanto, essa
tentativa se revela uma frustração, pois ela não consegue atrair a atenção dos alunos.
Sobre as mudanças nas práticas pedagógicas, a professora passou então a
utilizar a teoria do Behaviorismo de Skinner para conseguir atrair a atenção de seus
alunos. Passou a oferecer estímulos e reforço visando conseguir da turma um
comportamento favorável ao aprendizado. Os alunos passaram a ser recompensados
sempre que participassem das aulas interagindo ou realizando as atividades. Com
isso, foram condicionados a dar (participação e respostas) para poderem receber
(“recompensas”) e, nesse caso, ficou estabelecida uma relação de troca que resultou
na melhoria da relação proximal entre a professora e seus alunos. Nesse sentido o
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primeiro passo foi, sem qualquer avaliação específica, atribuir nota “A” a toda turma,
fazendo uma analogia do Karatê com a nota: “muito mais importante que ter uma nota
A, é mantê-la”.
Depois, distribuindo chocolates durante a participação na aula, diversão no
parque e jantar no restaurante Flowering peach para os vencedores do concurso
Dylan-Dylan, a professora se valeu de motivações extrínsecas, e essa foi,
inicialmente, a estratégia para ter sobre a turma um controle comportamental e um
princípio de respeito e confiança que foi solidificando-se no decorrer da convivência.
Sobre a teoria de Piaget, pode-se observar que, as alternativas de aproximação
e a realização de estudos poéticos, permitiram à professora construir uma relação
afetiva e com isso garantir participação efetiva dos alunos nas aulas. Trabalhando
literatura e utilizando autores como Dylan Thomas (poeta) e Bob Dylan (músico) a
professora correlaciona conhecimentos científicos com o senso comum e, dessa
forma, por se tratar e uma turma de adolescentes, o filme evoca o “estágio operatório
formal” da teoria piagetiana.
De acordo com Piaget, o adolescente pensa de modo lógico não importando se
o conteúdo do seu pensamento seja incompatível com a sua realidade. Para o autor
o pensamento liberta-se das limitações da realidade concreta, permitindo ao indivíduo
pensar e vivenciar uma realidade possível através do raciocínio hipotético-dedutivo.
Uma outra vertente piagetiana explorada no filme refere-se ao fato de que o
autor considera o jovem o que ele chamou de “projeto de vida”. Para Piaget, na fase
da adolescência o jovem começa a definir o que, de fato, quer para o seu futuro. Nesse
aspecto, o filme mostra que a professora influenciou significativamente a forma com
que cada aluno passou a perceber, por si só, o que realmente queria como perspectiva
de vida. Isto se percebe especificamente no caso da aluna Carly, uma aluna negra,
que por causa da gravidez (não aceita pela escola) abandonou as aulas e iria se
transferir para outra escola, mas que, no final da história, movida pelos incentivos da
professora e pela forma como esta rompeu com os métodos da escola, retorna às
aulas e decide se formar.
Já de acordo com a teoria vygotskyana, o desenvolvimento cognitivo é um
processo de assimilação ativa do conhecimento histórico-social existente na
sociedade onde nascemos e/ou vivemos.
No filme, depois da relação afetiva estabelecida com os alunos, a partir de
visitas aos lares de seus alunos em busca de compreender suas relações social e
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familiar, a professora parte para conhecer melhor sua turma, entender suas escolhas,
seus pontos de vista, a família de cada aluno, seus medos e desejos. Esses elementos
denotam claramente uma relação bem perceptível entre a teoria sociointeracionista
de Vygotsky e alguns aspectos mostrados no filme. A estratégia adotada pela
professora foi explorar a forma como cada aluno, a partir do seu contexto histórico-
social, passou a encontrar suas respostas e construir seu próprio conhecimento.
Filmes são recursos audiovisuais que o professor pode adotar em sua prática
pedagógica, uma vez que se constituem recursos de grande valor na construção do
conhecimento e no desenvolvimento do aluno enquanto cidadão crítico. O filme
Mentes perigosas é um bom exemplo e pode ser adotado no processo de ensino e
aprendizagem, pois envolve questões como violência na escola, gestão educacional,
hierarquização, autonomia, políticas públicas de ensino, currículo, questões raciais,
sociais e culturais, literatura, conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais, e a
avaliação.
Além dessas questões o roteiro do filme traz um enfoque sobre o papel da
escola, práticas docentes tradicionais e alternativas e, sobretudo, sobre o papel do
professor no processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, o filme contempla
satisfatoriamente o estudo desenvolvido sobre as teorias da aprendizagem e cumpre
fielmente o seu papel enquanto instrumento que possibilita boa reflexão tanto aos
docentes, quanto aos estudantes que fazem da educação o seu campo específico do
conhecimento.

REFERÊNCIAS:
LAKOMI, Ana Maria. Teorias cognitivas da aprendizagem. Curitiba: Ibpex,
2008.

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