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1. INTRODUÇÃO
Em tempos de inclusão, vale a pena refletir sobre a importância da Libras na
aprendizagem do aluno surdo, pois o maior entrave para este grupo de pessoas é a
comunicação. Vivemos em um mundo preparado para o ouvinte. Espaços sociais,
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Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Língua Brasileira
de Sinais e Educação Especial, orientado pela professora Drda. Kelly Priscilla Lóddo Cezar –
Faculdade Eficaz de Maringá/PR.
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Aluna do curso de Pós-Graduação em Língua Brasileira de Sinais e Educação Especial – Faculdade
Eficaz de Maringá/PR.
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inferiores, portanto eram presos em asilos. Este é apenas um exemplo. Isto não
significa que devemos nos conformar com as conquistas obtidas, mas tê-las como
incentivo de continuar lutando por um mundo melhor.
Dassen e Polonia (2007) explanam que as relações afetivas tanto no
ambiente escolar quanto familiar possibilitam aos indivíduos experiências que os
auxiliam nos momentos de resolução de problemas. As autoras explicitam que o
sucesso do indivíduo está ligado ao repertório construído pelas adversidades
experimentadas.
Nossas sugestões para o processo de educação inclusiva estão em
consonância com as de Tavares Filho (2003). Em primeiro lugar pontuamos o
envolvimento da família na inclusão, estabelecendo comunicação com a escola,
participando do desenvolvimento do filho, colocando-se como parceira dos docentes.
Em segundo lugar está o educador, que é o responsável pela motivação em sala de
aula. Este deve respeitar o potencial do aluno sendo o facilitador e mediador do
conhecimento, acreditando que todos podem aprender. Por fim a escola inclusiva
representada pela equipe gestora precisa ter visão acolhedora, que pensa em
estratégias para a inclusão dos portadores de necessidades especiais e
investimento nas necessidades individuais e coletivas.
Voltamos a destacar somos diferentes e temos habilidades e limitações. Para
que a política de educação inclusiva prospere é necessário refletir sobre os
caminhos da inclusão já percorridos, nos apoiar nas vitórias obtidas e utilizá-las
como alavanca para seguir avante no propósito de efetivação e cumprimento do que
diz a lei no artigo 205 da Constituição Federal de 1988 "A educação, direito de todos
e dever do Estado e da família.
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3. DISCUSSÃO
Durante muito tempo acreditou-se na inutilidade do surdo, pois eram
desprovidos até das bênçãos de Deus, visto que não eram considerados incapazes
por não possuírem linguagem. Passaram-se os anos e este indivíduo presenciou a
filosofia Oralista em que só teriam algum privilégio se falassem. Sinalizar era quase
um crime. Depois veio a filosofia da Comunicação Total, em que tudo era válido para
se comunicar, falar ou sinalizar. Hoje depois de muitas contribuições da comunidade
científica chegamos ao Bilinguismo, que acreditamos ser a mais adequada para a
alfabetização do surdo, pois a cultura surda é respeitada, bem como a liberdade de
expressão.
Salles et al (2004) acrescenta que para uma alfabetização eficaz é importante
valorizar duas pérolas: a literatura infantil sinalizada e o relato de histórias. Neste
cenário a presença do surdo adulto é terminantemente essencial. O SW pode ser
usado para sedimentar na escrita o que foi estudado na língua gestual.
Para que a alfabetização se concretize de forma plausível, Souza et al (1999)
aponta que é preciso ampliar o vocabulário e o diálogo em língua de sinais. Para
tanto a L1 deve ser valorizada nas aulas por meio de brincadeiras, jogos
dramatizados e literatura dramatizada. E só depois, explorar a língua portuguesa
escrita.
Destacamos que o caminho que o surdo deve percorrer para alcançar a
alfabetização passa por um mínimo de cinco degraus: 1) A relação familiar, por meio
da comunicação gestual e afetiva; 2) Relação do surdo com escola e a família, pois
o indivíduo se desenvolve nas relações sociais; 3) Professor bilíngue, que enfoque a
língua mãe (L1) e língua escrita (SW); 4) Utilização da Língua de sinais como
mediadora para aquisição da Língua Portuguesa escrita (L2); 5) Letramento por
meio de imagens.
Desta forma uma alfabetização ideal seria garantir ao surdo que ele tivesse o
direito de estar na escola regular, com a presença do interlocutor de libras e ainda
em horário contrário, aulas com um professor surdo.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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5. REFERÊNCIAS
CURY, Carlos Alberto Jamil. Políticas inclusivas e compensatórias na educação
básica. Cadernos de Pesquisa, 2005 - SciELO Brasil.
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SALES, Heloísa Maria Moreira Lima; FAULSTICH, Enilde; CARVALHO, Orlene Lúcia
e RAMOS, Ana Adelina Lopo. Ensino de Língua Portuguesa para surdos. 2004
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