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Projeto apresentado ao
Departamento de Engenharia Civil
da Universidade Federal de Viçosa,
como parte das exigências de
conclusão do curso de Engenharia
Ambiental.
VIÇOSA
MINAS GERAIS – BRASIL
2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
VIÇOSA
MINAS GERAIS – BRASIL
2017
Sumário
1
1985a). Dentre estes métodos, se destaca o método das regressões regionais. Este método
baseia-se na identificação de regiões hidrologicamente homogêneas e no ajuste de equações
de regressão entre as diferentes variáveis a serem regionalizadas. Como as regiões
hidrologicamente homogêneas consistem em áreas com comportamento hidrológico
semelhante é possível a transferência de informações de um local para outro dentro de uma
única região homogênea. Assim, torna-se possível o conhecimento da disponibilidade
hídrica ao longo da hidrografia e, consequentemente, melhor planejamento e gestão de
recursos hídricos, sobretudo nas regiões onde já se evidenciam conflitos pelo uso da água.
Em muitas regiões do Brasil, a dinâmica produtiva está predominantemente
relacionada ao agronegócio, mas também se pode notar influência do setor de comércio e
serviços nas proximidades dos centros urbanos. Essa é a situação encontrada na região
central do Brasil, onde se localiza a Bacia Hidrográfica do rio Paranaíba. A bacia abrange
os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal, que
correspondem a 63,3%, 31,7%, 3,4% e 1,6% da área total da bacia, respectivamente (CBH-
Paranaíba, 2017).
O potencial econômico da região abrangida pela bacia do Paranaíba é imenso. No
estado de Goiás, por exemplo, 2/3 do PIB saem de cidades margeadas por rios e córregos da
bacia do Paranaíba, principalmente os rios Meia Ponte, Corumbá, dos Bois, Turvo, São
Marcos, Veríssimo, Verde e Piracanjuba. Além disso, “conflitos pelo uso dos recursos
hídricos têm motivado sérios problemas na região do Sudoeste Goiano. Já se registraram
crimes e atentados quando da instalação de pivôs centrais para irrigação e de barramentos
para desvios de rios. Os principais conflitos são devidos à insuficiência hídrica para o
abastecimento de grandes centros urbanos, pela deterioração da qualidade das águas pelo
lançamento de esgotos domésticos sem tratamento adequado e pelo uso indiscriminado para
irrigação sem considerar os usos múltiplos da água” (IGAM, 2011).
Portanto, a bacia do rio Paranaíba está localizada em uma região onde há
predominância de atividade agropecuária e grande contingente populacional, se tornando
essencial o conhecimento de informações hidrológicas, sobretudo relacionadas a
disponibilidade hídrica, contribuindo de fato para melhor gestão dos recursos hídricos na
bacia.
2
2. Objetivo
3. Revisão de Literatura
4
formem um grupo relativamente homogêneo (POST; JAKEMAN, 1999), uma vez que
todas as metodologias de transferência de informações entre bacias são fundamentadas na
hipótese de que as regiões em questão são semelhantes e vão responder de forma
semelhante às mesmas entradas (STOLL; WEILER, 2010), não apenas em termos de
conformidade geográfica, como também em termos de proximidade hidrológica
(AGARWAL et al., 2016).
O processo de agrupamento das bacias em regiões homogêneas é importante porque
potencializa o estudo de regionalização, aumentando suas chances de ser bem-sucedido,
uma vez que as análises de regressão regional, por exemplo, podem ser executadas para
sub-regiões (SAMUEL et al., 2014). Esta é uma das etapas mais difíceis do processo de
regionalização e requer julgamentos subjetivos (LIN; CHEN, 2006), além de necessária
para a continuidade das análises (GARCÍA-MARÍN et al., 2015). Existem diversas formas
de identificação e delimitação das regiões homogêneas, mas nenhuma delas possui um
critério totalmente objetivo ou uma solução consensual, sendo geralmente determinada para
cada estudo (NAGHETTINI; PINTO, 2007).
5
3.4. Avaliação do desempenho da regionalização de vazões
6
4. Metodologia
7
Destacam-se, na bacia do rio Paranaíba, nove aquíferos de grande
representatividade e importância na dinâmica dos recursos hídricos da região de estudo.
São eles: Cristalino Sudeste de Goiás, Canastra, Paranoá, Araxá, Bambuí, Aquidauana,
Guarani, Serra Geral e Bauru, (PRH-Paranaíba, 2011). Os aquíferos são responsáveis pela
retenção de água e disponibilização desta através de rios e poços; e também pelo
armazenamento da água de recarga que abastecem os rios nos períodos de estiagem. Assim,
a disponibilidade hídrica na região é também relação entre as águas superficiais e
subterrâneas da bacia.
A bacia do rio Paranaíba se caracteriza, segundo a classificação climática de
Köppen, pelo tipo “Aw”, que corresponde ao clima tropical quente em todas as estações do
ano (temperatura média mensal maior ou igual a 18° C) com inverno seco, não havendo
variações extremas de precipitação e evapotranspiração entre as Unidades de Gestão
Hídrica (UGH) da bacia (OLIVEIRA, 2017). O regime hidrológico dos rios desta bacia é
regulado pela estação das chuvas (entre outubro e março), bem demarcada nesta região do
Brasil, e nos demais seis meses do ano as chuvas são rarefeitas (CBH-Paranaíba, 2017).
Uma vez que essa é uma bacia que se encontra na região central do país, o
agronegócio é uma das principais atividades da região. Em termos de produção agrícola, as
maiores produções da região são a soja, o milho e a cana-de-açúcar. Já em relação a
pecuária, os principais rebanhos são os bovinos, aves e suínos (PRH-Paranaíba, 2011).
Além da agricultura e agropecuária, a bacia hidrográfica do rio Paranaíba tem uma
importância significativa na produção de energia hidrelétrica no país, uma vez que algumas
das principais usinas do Brasil como São Simão, Cachoeira Dourada, Itumbiara,
Emborcação, Nova Ponte e Corumbá I se encontram dentro dos limites da bacia.
8
Na Figura 2 é apresentado o mapa com a localização das estações e na Tabela 1 as
informações relativas ao código, ao nome, à latitude, à longitude, obtidas no HidroWeb; e a
área das estações, por meio do uso de ferramentas de geoprocessamento.
9
Tabela 1 - Continuação
Código Estação Latitude Longitude Área (km²)
60250000 Fazenda São Mateus -19,518 -46,570 1300,98
60265000 Ibiá -19,475 -46,542 1364,41
60381000 Fazenda Letreiro -18,988 -48,190 773,49
60430000 Ponte Anápolis - Brasília -16,146 -48,602 1649,92
60432000 Ribeirão das Antas -16,298 -48,803 223,08
60435000 Descoberto - Chácara 89 -15,708 -48,235 114,71
60435100 Chapadinha -Aviário - DF 180 -15,699 -48,212 18,83
60435200 Rodeador - DF 435 -15,725 -48,168 109,71
60435300 Capão Comprido- Descoberto -15,746 -48,163 15,54
60435400 Ribeirão das Pedras -DF-180 -15,761 -48,160 74,98
60476100 DF-06 / DF 250 -15,741 -47,674 691,53
60477200 Três Barras - Jusante Santa Maria -15,666 -47.953 39,20
60477400 Torto - Lago (Montante Paranoá) -15,712 -47,878 232,99
60477600 Bananal - Epia 003 -15,727 -47,910 129,95
60478500 Gama - Base Aérea -15,871 -47,896 135,28
60478600 Dom Bosco - Cabeça de Veado -15,856 -47,857 31,24
60490000 DF-18 / BR 251 -15,947 -47,668 2127,37
60500000 Uhe Batalha Rio São Bartolomeu -16,538 -47,800 4123,25
60540000 Uhe Corumbá I Rio Piracanjuba -17,131 -48,137 3678,30
60545000 Pires do Rio -17,327 -48,239 20689,20
60590000 Fazenda Papua -17,700 -48,850 2364,77
60615000 Fazenda Cachoeira -18,698 -48,781 194,43
60635000 Inhumas -16,346 -49,494 532,46
60640000 Montante de Goiânia -16,614 -49,280 1740,12
60642000 Captação João Leite -16,632 -49,244 759,76
60650000 Jusante de Goiânia -16,681 -49,196 2833,05
60653000 Ribeirão das Caldas -16,458 -48,897 51,47
60654000 Fazenda Sucuri -16,914 -49,105 1292,03
60665000 Professor Jamil -17,254 -49,275 1200,37
60675000 Aloândia -17,753 -49,458 9587,62
60680000 Ponte Meia Ponte -18,349 -49,602 11501,29
60700000 Anicuns -16,465 -49,943 561,96
60715000 Fazenda Boa Vista -17,107 -49,688 4639,07
60750000 Fazenda Nova do Turvo -17,079 -50,289 2641,18
60765000 Barra do Monjolo -17,732 -50,181 7871,64
60772000 Fazenda Santa Maria -17,981 -50,247 17255,84
60774000 Montividiu -17,359 -51,075 1016,19
60778000 Fazenda Monte Alegre -17,331 -50,774 807,19
60781000 Ponte Rodagem -17,326 -50,682 5951,50
60785005 Fazenda Paraíso -17,466 -50,774 1168,98
60790000 Ponte Rio Verdão -17,541 -50,556 8755,02
60798000 Maurilândia -17,968 -50,333 12792,60
10
Tabela 1 - Continuação
Código Estação Latitude Longitude Área (km²)
60805000 Ponte Sul Goiana -18,071 -50,172 30670,00
60810000 Fazenda Aliança -18,105 -50,031 1357,37
60835000 Fazenda Paraíso -19,237 -48,567 1538,72
60845000 Ituiutaba -18,941 -49,450 6309,78
60850000 Fazenda Buriti do Prata -19,360 -49,180 2450,42
60855000 Ponte do Prata -19,035 -49,697 5224,48
60870000 Quirinópolis -18,498 -50,529 1629,23
60895000 Ponte Rio Doce -17,861 -51,390 1283,01
60907000 Fazenda Rondinha -19,079 -50,651 13591,26
60910000 Ponte do Cedro -17,579 -52,601 642,80
60925001 Ponte São Domingos -19,208 -50,663 3509,94
60930000 Fazenda Formoso -18,407 -52,533 1471,74
60940000 Campo Alegre -18,512 -52,096 3159,00
60950000 Canastra -19,100 -51,149 6770,99
60960000 Barra do Prata -18,845 -52,213 1205,25
60965000 Aporé -18,986 -51,913 4062,99
60968000 Cassilândia -19,108 -51,721 4712,02
60970000 Itajá -19,140 -51,534 5237,58
11
Tabela 2 – Diagrama de barras das estações fluviométricas utilizadas no estudo
19 20
Estação/Ano
76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06
60010000
60011000
60020000
60030000
60040000
60050000
60100000
60110000
60130000
60145000
60150000
60200000
60220000
60250000
60265000
60381000
60430000
60432000
60435000
60435100
60435200
60435400
60635000
60615000
60590000
60545000
60540000
60500000
60970000
60968000
60965000
60960000
60950000
60940000
60930000
60925001
60910000
Tabela 2 – Continuação
19 20
Estação/Ano
76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06
60907000
60895000
60870000
60855000
60850000
60845000
60835000
60810000
60805000
60798000
60790000
60785005
60781000
60778000
60774000
60772000
60765000
60750000
60715000
60700000
60680000
60675000
60665000
60654000
60653000
60650000
60642000
60640000
60435300
60476100
60477200
60477400
60477600
60478500
60478600
60490000
Legenda: Anos com mais de 95% dos dados
Os valores de precipitação ao longo da bacia do rio Paranaíba, foram obtidos a
partir do mapa de precipitação (Figura 3) apresentado no “Estudo de regionalização de
vazão para o aprimoramento do processo de outorga no Estado de Minas Gerais” (IGAM,
2012), que considerou 82 estações pluviométricas presentes na bacia com no mínimo 20
anos de dados com mais de 95% dos dados, sendo definido o período de 1976 a 2005.
14
generalizada (equação 1), como medida de similaridade/dissimilaridade entre os objetos.
2
Z Z jk
p
D ij ik
(1)
k 1
xi x
zi (2)
s
4.4. Obtenção das equações que permitam associar a vazão com variáveis
topológicas e climáticas nas regiões definidas
Qlin a b (3)
b
Qpot a (4)
em que: Qlin = vazão estimada pelo modelo linear, m³ s-1; Qpot = vazão estimada pelo
modelo potencial, m³ s-1, a e b = parâmetros de ajuste dos modelos, adimensionais; e X =
variável explicativa.
16
4.4.2.2. Variáveis independentes
PA
Peq (5)
k
(P 750) A
Peq (6)
k
Visando uma análise mais criteriosa do comportamento físico das vazões obtidas
pelos modelos de regionalização aplicados foi utilizado o coeficiente de escoamento
(equação 7) para a análise das vazões médias de longa duração e a vazão específica
(equação 8) para a análise das vazões mínimas, conforme proposto por Rodriguez (2008).
17
O coeficiente de escoamento superficial caracteriza a relação entre o volume que
escoa na seção de deságue considerada e o volume total precipitado na área de drenagem. O
volume que escoa na seção de deságue é calculado pelo produto da vazão média de longa
duração, em m³ s-1, e do número de segundos existentes no ano.
VT(escoado)
CE (7)
VT(precipitado)
Qmin
qmin (8)
A
em que: qmin = vazão específica mínima; Qmin = vazão mínima, L s-1; e A = área de
drenagem, km2.
em que: Qmld,ajust = vazão média de longa duração ajustada com base no coeficiente de
escoamento limite, m3 s-1; e CElim = coeficiente de escoamento utilizado como limite para a
extrapolação da equação de regionalização, adimensional.
18
Considerou-se como valor limite do coeficiente de escoamento superficial o maior
valor evidenciado nas estações fluviométricas na região homogênea correspondente.
Procedimento similar foi utilizado para as vazões mínimas, entretanto tendo como
variável de análise a vazão mínima específica (q95, q90 ou q7,10). Portanto, quando a vazão
mínima específica estimada pela equação de regionalização no trecho for maior que o valor
de vazão específica selecionado para a região hidrologicamente homogênea, a vazão
mínima em questão (Q95, Q90 ou Q7,10) foi estimada pela equação:
em que: Qmín_ajust = vazão mínima (Q95, Q90 ou Q7,10) ajustada com base na vazão específica
limite, m3 s-1; qmín_lim = vazão específica mínima (q95, q90 ou q7,10), utilizada como limite
para a extrapolação da equação de regionalização, m³ s-1 km-2; e A = área de drenagem a
montante, km².
5. Resultados e discussão
19
Figura 4 - Regiões hidrologicamente homogêneas na bacia do rio Paranaíba
20
Tabela 3 – Informações relativas às estações fluviométricas da Região 1
Q90 Q95 Q7,10 A Peq Peq750
Código Estação Qmld (m³/s)
(m³/s) (m³/s) (m³/s) (km²) (m³/s) (m³/s)
60010000 Santana de Patos 47,98 12,77 10,55 7,25 2733,37 128,45 63,45
60011000 Patos de Minas 64,46 16,59 13,57 8,54 3796,42 177,99 87,70
60110000 Abadia dos Dourados 27,80 6,79 5,35 3,06 1951,77 90,45 44,03
60130000 Fazenda Cachoeira 2,18 0,64 0,49 0,22 130,88 6,13 3,02
60145000 Iraí de Minas 1,74 0,66 0,53 0,30 91,83 4,32 2,14
60150000 Estrela do Sul 14,64 6,28 5,39 3,26 872,55 40,75 19,99
60220000 Desemboque 27,66 10,54 9,18 6,97 1067,41 52,87 27,48
60250000 Fazenda São Mateus 30,18 13,43 12,36 9,96 1300,98 63,39 32,45
60265000 Ibiá 28,70 11,52 10,14 6,54 1364,55 65,89 33,44
2
3
Tabela 5 – Informações relativas às estações fluviométricas da Região 3
Q90 Q95 Q7,10 A Peq Peq750
Código Estação Qmld (m³/s)
(m³/s) (m³/s) (m³/s) (km²) (m³/s) (m³/s)
60020000 Ponte São Marcos 76,18 20,36 15,11 9,30 4423,89 199,31 94,09
60430000 Ponte Anápolis - Brasília 35,54 12,89 11,09 8,28 1649,92 76,94 37,70
60432000 Ribeirão das Antas 5,94 2,11 1,80 1,24 223,08 10,39 5,08
60435000 Descoberto Chacara 89 2,29 0,75 0,58 0,31 114,71 5,37 2,65
60435100 Chapadinha (Aviário Df-180) 0,46 0,15 0,11 0,05 18,83 0,88 0,43
60435200 Rodeador 1,69 0,27 0,22 0,12 109,71 5,14 2,53
60435300 Capão Comprido (Descoberto) 0,34 0,13 0,10 0,05 15,54 0,73 0,36
60435400 Ribeirão das Pedras (Df-180) 1,60 0,71 0,58 0,43 74,98 3,51 1,73
60477400 Torto - Lago (Montante Paranoá) 2,50 4,14 3,47 2,58 232,99 10,80 5,26
60476100 Df-06 10,39 0,28 0,21 0,11 691,53 31,39 14,94
60477600 Epia 2,24 1,05 0,92 0,60 129,95 5,94 2,84
60478500 Gama - Base Aérea 2,77 0,72 0,58 0,18 135,28 6,14 2,92
60478600 Dom Bosco (Cabeça de Veado) 0,41 0,09 0,06 0,03 31,24 1,42 0,68
60490000 Df-18 35,34 12,83 10,27 8,64 2127,37 96,89 46,30
60500000 Ponte São Bartolomeu 65,23 20,19 16,60 11,68 4123,25 187,49 89,43
60540000 Montes Claros 55,28 18,45 14,91 9,10 3678,30 168,83 81,35
60545000 Pires do Rio 347,53 124,45 103,80 76,08 20689,20 951,72 459,68
60635000 Inhumas 8,07 2,83 2,29 1,48 532,46 23,42 10,76
60640000 Montante de Goiânia 23,67 7,81 6,46 3,82 1740,12 76,55 35,17
60642000 Captação João Leite 10,94 4,02 3,26 1,74 759,76 33,47 15,41
60650000 Jusante de Goiânia 45,63 17,92 15,49 10,45 2833,05 124,68 57,31
60653000 Ribeirão das Caldas 1,05 0,41 0,33 0,21 51,47 2,28 1,05
60654000 Fazenda Sucuri 17,97 7,05 5,55 3,65 1292,03 56,88 26,16
60665000 Professor Jamil 18,81 5,80 4,75 3,18 1200,37 52,81 24,26
60700000 Anicuns 8,83 3,15 2,49 1,84 561,96 23,84 10,48
60715000 Fazenda Boa Vista 55,14 17,44 14,55 9,55 4639,07 196,86 86,53
2
4
Tabela 6 – Informações relativas às estações fluviométricas da Região 4
Q90 Q95 Q7,10 A Peq Peq750
Código Estação Qmld (m³/s)
(m³/s) (m³/s) (m³/s) (km²) (m³/s) (m³/s)
60675000 Aloândia 141,67 50,48 44,41 27,74 9587,62 421,89 193,88
60680000 Ponte Meia Ponte 156,81 52,85 42,79 27,64 11501,29 506,08 232,55
60750000 Fazenda Nova Do Turvo 28,91 7,44 5,65 3,17 2641,18 107,86 45,05
60765000 Barra do Monjolo 88,11 23,30 18,85 10,65 7871,64 321,47 134,26
60772000 Fazenda Santa Maria 190,56 56,57 44,65 25,81 17255,84 718,21 307,83
60774000 Montividiu 22,31 9,99 8,85 6,96 1016,19 41,20 17,04
60778000 Fazenda Monte Alegre 16,37 8,03 7,16 5,59 807,19 32,73 13,53
60781000 Ponte Rodagem 113,87 51,63 45,81 35,95 5951,50 241,31 99,77
60785005 Fazenda Paraíso 22,76 12,69 11,39 9,12 1168,99 47,40 19,60
60790000 Ponte Rio Verdão 156,78 70,19 63,05 48,94 8755,02 354,99 146,77
60798000 Maurilândia 215,14 95,66 85,63 67,62 12792,60 518,69 214,46
60805000 Ponte Sul Goiana 431,35 166,20 142,93 100,06 30669,99 1262,37 532,96
60810000 Fazenda Aliança 21,16 8,01 6,57 4,30 1357,37 56,02 23,74
60870000 Quirinópolis 25,89 11,75 9,82 8,18 1629,23 66,20 27,46
60895000 Ponte Rio Doce 26,56 15,05 13,69 11,13 1283,01 54,46 23,94
60907000 Fazenda Rondinha 233,07 112,50 101,64 82,43 13591,26 576,91 253,68
60910000 Ponte do Cedro 13,84 6,35 5,69 4,52 642,79 27,81 12,52
60925001 Ponte São Domingos 28,31 7,40 6,09 2,99 3509,94 150,41 66,93
60930000 Fazenda Formoso 27,85 19,50 17,90 16,24 1471,74 63,41 28,41
60940000 Campo Alegre 62,26 46,05 43,53 39,92 3159,00 136,11 60,98
60950000 Canastra 114,86 77,49 70,94 61,68 6770,99 291,74 130,71
60960000 Barra do Prata 7,76 6,27 5,99 5,62 1205,25 51,89 23,23
60965000 Aporé 85,06 61,17 57,73 48,33 4062,99 174,93 78,30
60968000 Cassilândia 97,07 69,36 65,30 56,77 4712,02 202,88 90,81
60970000 Itajá 106,05 73,40 69,70 62,66 5237,58 225,50 100,94
2
5
5.2.2. Regionalização da vazão média de longa duração (Qmld)
Após análise de regressão dos modelos linear e potencial, gerados no SisCoRV 1.0,
obteve-se o ajuste dos parâmetros estatísticos, R² ajustado e erro padrão, bem como os
resíduos percentuais das estimativas dos dois modelos em relação aos valores de vazão
observados em cada estação fluviométrica.
Na Tabela 7 estão apresentados os indicadores estatísticos obtidos para os modelos
linear e potencial, considerando as variáveis independentes analisadas, em cada região
hidrologicamente homogênea.
24
Qmld R1 0,797760677085558 Peq750 0,997312460892028 (11)
Pode-se observar que a região 4 não apresentou bons resultados para os parâmetros
estatísticos do modelo potencial quando comparada com as outras regiões. Além disso, o
expoente da equação de regionalização para esta região foi menor que a unidade e o menor
dentre as regiões. Expoentes menores que a unidade indicam uma tendência de
superestimativa das vazões para pequenas áreas de drenagem. Esse resultado fica
evidenciado na figura 5, onde é mostrado o mapa correspondente à imposição do limite
para o CE, sendo os trechos em vermelho aqueles onde a imposição da restrição foi
aplicada.
25
Figura 5 – Hidrografia obtida após aplicação de imposição de restrição para a Qmld.
Após análise de regressão dos modelos linear e potencial, gerados no SisCoRV 1.0,
obteve-se o ajuste dos parâmetros estatísticos, R² ajustado e erro padrão, bem como os
resíduos percentuais das estimativas dos dois modelos em relação aos valores de vazão
observados em cada estação fluviométrica.
Na Tabela 8 estão apresentados os indicadores estatísticos obtidos para os modelos
linear e potencial, considerando as variáveis independentes analisadas, em cada região
hidrologicamente homogênea.
Analisando os valores apresentados para os dois modelos de regressão, observou-se
que o modelo potencial obteve os melhores ajustes em termos estatísticos para todas as
regiões homogêneas, uma vez que apresentou menores valores de erro padrão e amplitude
do resíduo.
26
Tabela 8 – Indicadores estatísticos para os modelos linear e potencial para Q90
27
Q90 ajust R1 0,01032 A (23)
Pode-se observar que a região 4 não apresentou bons resultados para os parâmetros
estatísticos do modelo potencial quando comparada com as outras regiões. Além disso, o
expoente da equação de regionalização para esta região foi menor que a unidade e o menor
dentre as regiões. Expoentes menores que a unidade indicam uma tendência de
superestimativa das vazões para pequenas áreas de drenagem. Esse resultado fica
evidenciado na figura 6, onde é mostrado o mapa correspondente à imposição do limite
para o q90, sendo os trechos em vermelho aqueles onde a imposição da restrição foi
aplicada.
28
5.2.4. Regionalização da vazão mínima associada a uma permanência de 95% (Q95)
Após análise de regressão dos modelos linear e potencial, gerados no SisCoRV 1.0,
obteve-se o ajuste dos parâmetros estatísticos, R² ajustado e erro padrão, bem como os
resíduos percentuais das estimativas dos dois modelos em relação aos valores de vazão
observados em cada estação fluviométrica.
Na Tabela 9 estão apresentados os indicadores estatísticos obtidos para os modelos
linear e potencial, considerando as variáveis independentes analisadas, em cada região
hidrologicamente homogênea.
29
Q95 R1 0,243927658099008 Peq750 0,968667847482179 (27)
Pode-se observar que a região 4 não apresentou bons resultados para os parâmetros
estatísticos do modelo potencial quando comparada com as outras regiões. Além disso, o
expoente da equação de regionalização para esta região foi menor que a unidade e o menor
dentre as regiões. Expoentes menores que a unidade indicam uma tendência de
superestimativa das vazões para pequenas áreas de drenagem. Esse resultado fica
evidenciado na figura 7, onde é mostrado o mapa correspondente à imposição do limite
para o q95, sendo os trechos em vermelho aqueles onde a imposição da restrição foi
aplicada.
30
Figura 7 – Hidrografia gerada após aplicação de imposição de restrição para a Q95.
Após análise de regressão dos modelos linear e potencial, gerados no SisCoRV 1.0,
obteve-se o ajuste dos parâmetros estatísticos, R² ajustado e erro padrão, bem como os
resíduos percentuais das estimativas dos dois modelos em relação aos valores de vazão
observados em cada estação fluviométrica.
Na Tabela 10 estão apresentados os indicadores estatísticos obtidos para os modelos
linear e potencial, considerando as variáveis independentes analisadas, em cada região
hidrologicamente homogênea.
31
Tabela 10 – Indicadores estatísticos para os modelos linear e potencial para Q7,10
Amplitude do
Região R² ajustado Erro padrão
Variável resíduo
homogênea
Linear Potencial Linear Potencial Linear Potencial
RHH 1 A 0,431 0,829 2,853 0,598 1088,528 173,379
Peq 0,452 0,841 2,798 0,577 1041,332 167,453
Peq750 0,475 0,853 2,740 0,555 993,014 161,399
RHH 2 A 0,940 0,952 2,626 0,236 65,686 73,809
Peq 0,948 0,954 2,455 0,232 74,600 71,235
Peq750 0,955 0,955 2,278 0,228 85,441 68,557
RHH 3 A 0,978 0,922 2,248 0,572 2284,732 509,407
Peq 0,981 0,922 2,066 0,571 1995,125 519,702
Peq750 0,984 0,922 1,893 0,571 1734,617 531,921
RHH 4 A 0,519 0,543 19,941 0,760 710,407 545,859
Peq 0,520 0,549 19,907 0,756 713,820 554,423
Peq750 0,521 0,555 19,898 0,751 719,342 566,239
Pode-se observar que a região 4 não apresentou bons resultados para os parâmetros
estatísticos do modelo potencial quando comparada com as outras regiões. Além disso, o
expoente da equação de regionalização para esta região foi menor que a unidade e o menor
dentre as regiões. Expoentes menores que a unidade indicam uma tendência de
superestimativa das vazões para pequenas áreas de drenagem. Esse resultado fica
evidenciado na figura 8, onde é mostrado o mapa correspondente à imposição do limite
para o q7,10, sendo os trechos em vermelho aqueles onde a imposição da restrição foi
aplicada.
33
6. Conclusões
34
Referências
35
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