Sunteți pe pagina 1din 2

25/01/2017 A conta do sofrimento masculino com a emancipação feminina chegou - 23/01/2017 - Luiz Felipe Ponde - Colunistas - Folha de S.

Paulo

A conta do sofrimento masculino com a
emancipação feminina chegou
23/01/2017 02h00

O que será o homem do século 21? Refiro­me a gênero, e não à espécie. Mais
especificamente ao homem heterossexual. Aquele que as mulheres procuram, mas não
acham mais à mão. O homem heterossexual é capaz de vida inteligente? Ou só pensa em
comer a mulherada?

Minha hipótese é que, à medida que ele ficar mais "inteligente", menos ele se interessará
em comer a mulherada. Mais ele ficará interessado em si mesmo. Mesmo porque a
mulherada está bem fácil de comer. Mais ele se perguntará, de fato: "O que eu quero pra
minha vida?". Isso em vários momentos da vida.

Essa pergunta masculina terá um efeito tão violento na cultura quanto a emancipação
feminina. Casamentos acabarão. Filhos desaparecerão. O mercado de trabalho sofrerá
com decisões masculinas que afastarão os homens de carreiras corporativas e os
aproximarão de trabalhos com mais sentido e menos estresse.

A "opressão" sobre o homem heterossexual vai acabar e, quando isso acontecer, as
meninas ficarão bem perdidas em suas certezas desde os anos 1960 do século 20.

Essa pergunta masculina acerca do que ele de fato quer na vida empurrará as meninas
para a experimentação lésbica por puro desespero. A conta afetiva do sofrimento
masculino com a emancipação feminina finalmente chegou. E será cara. Quem continuar a
encher o saco achando que tudo é "culpa do patriarcalismo" será identificada em locais
públicos como responsável pelo fracasso da reprodução da espécie.

Eu sei que existe aquela piada sobre como é impossível satisfazer uma mulher e como é
simples satisfazer um homem. Basta trazer uma cerveja e vir pelada. Lamento dizer, mas
isso nunca foi verdade. Melhor se ela vier vestida de executiva de sucesso com saia justa.
Ou vier vestida de enfermeira ou comissária de bordo. Ou, no mínimo, de calcinha e salto
alto. Um batom vermelho na boca para ser borrado.

Sim, vai ficar difícil entender nós outros. Difícil também porque o feminismo histérico
(aquele que entra embaixo dos lençóis) fez da histeria laço social. E muitos psicanalistas
tontos olham e não sabem mais reconhecer a histeria quando a ela diz "bom dia, estou
aqui na sua cara!".

A emancipação feminina e a histeria (que não são necessariamente a mesma coisa) como
laço social obrigaram ao homem a se "mexer". Ele agora é obrigado a assumir vocabulários
subjetivos (em homenagem a moçada que curte o Richard Rorty), antes privilégio (ou
maldição) do mundo feminino. O homem evoluiu (sim, sou darwinista) num ambiente mais
objetivo de caça, mais violento, com menos possibilidade de conversa.

Daí ele ser, na maioria dos casos, mais silencioso e travado.

As meninas terão que se esforçar um pouco mais para conseguir um espécime que ache
que elas valem algum investimento. Afora aqueles que simplesmente ficarão meio
"frouxinhos", sem saber se aderem ou não à moda trans, querendo ser mais feministas do
que a pior das feministas (não tem coisa mais chata do que homem feminista...), incapazes
de tomar alguma atitude, inseguros, que tremem diante da possibilidade de que alguém os
http://tools.folha.com.br/print?site=emcimadahora&url=http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2017/01/1852234-a-conta-do-sofrimento-masculi... 1/2
25/01/2017 A conta do sofrimento masculino com a emancipação feminina chegou - 23/01/2017 - Luiz Felipe Ponde - Colunistas - Folha de S.Paulo

chame de "machistas", tem também os babacas de sempre que ainda não entenderam que
as meninas estão mais bravas hoje em dia.

Na "ponta das meninas", o fato é que elas estão meio fálicas. E não existe coisa mais chata
do que uma mina fálica. A espécie seguramente acabará pelas mãos de um "casal" em que
ele será um feminista e ela uma fálica. Deus dirá: "De fato devo sair do mercado criativo,
deu errado meu projeto, talvez investir de novo nos dinossauros?".

Existe também a possibilidade (e muitos têm feito isso no Ocidente) de buscar opções mais
ao leste da Europa. Uma mina de minas mais doces, carinhosas (além de
maravilhosamente lindas), afetivas e atenciosas, ainda não estragadas pelo capitalismo e
sua histeria fálica.

A mulher do século 21 que quiser um homem inteligente para ela terá que reaprender a
relaxá­lo, ao invés de simplesmente acusá­lo de ser "opressor". Menos histeria e mais
generosidade. Menos cobrança e mais cuidado. A mulher livre exige respeito, o homem
livre exigirá doçura.

Endereço da página:

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2017/01/1852234­a­conta­do­sofrimento­masculino­com­
a­emancipacao­feminina­chegou.shtml

Copyright Folha de S. Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicaçao, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha de S. Paulo.

http://tools.folha.com.br/print?site=emcimadahora&url=http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2017/01/1852234-a-conta-do-sofrimento-masculi... 2/2

S-ar putea să vă placă și