Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
OBJETIVOS
Conhecer as ferramentas do lean manufacturing e como podem auxiliar na
eliminação de desperdícios das operações.
Assim o VSM é uma ferramenta de nível estratégico aplicado ao negócio que oferece a
possibilidade de enxergar o macro da produção. Neste sentido, ela pode demonstrar
oportunidades de melhorias em cada etapa do processo produtivo. Vale ressaltar também
que o VSM também pode ser utilizado para identificar desperdícios e gargalos nas
operações de produção. Com isso é possível entender quais são as etapas que são
consideradas desperdícios e então elaborar um cenário atual e futuro da empresa,
conforme mostrado na figura 1.
Após a análise de aplicação do VMS é fácil constatar que os benefícios são muitos e geram,
consequentemente, produtividade, competitividade e valor para o cliente final das
empresas. Além disso é possível elencar mais alguns benefícios desta pratica de gestão,
quais sejam:
2. Métricas Lean
Para quantificação dos resultados gerados em uma operação o lean manufacturing adota
algumas métricas ou indicadores de desempenho (Key Performance Indicator -KPI).
Geralmente tais métricas são utilizadas para a reelaboração dos mapas de fluxo de valor.
De maneira a tornar a análise mais produtiva, foi construída uma tabela com estes principais
KPIS. Vamos analisar a tabela 1 abaixo:
3. Kaizen
O Kaizen é uma palavra de origem japonesa que significa mudança para melhor (Kai =
Mudança e Zen = Para Melhor), usada para transmitir a noção de melhoria contínua nos
processos produtivos e operações das empresas.
1º Nível: Kaizen de sistema ou de fluxo, que considera o fluxo total de valor. Geralmente,
dirigido pela equipe corporativa da empresa.
2º Nível: Kaizen de processo, que foca processos individuais. Neste caso, é dirigido por
equipes de trabalho e líderes de equipe nas operações.
O Kaizen se tornou uma das técnicas mais reconhecidas e utilizadas dos métodos de
gerenciamento japonês ou do Sistema de Produção Toyota (TPS). Mesmo que o Kaizen
seja apenas uma de muitas ferramentas e filosofia de produção lean, sua origem pode ser
resgatada do início do século XX.
4. Kanban
Kanban é uma palavra japonesa que significa cartão ou bandeira que, assim como o Andon
sinaliza visualmente a equipe quanto a ações a serem tomadas. No entanto o Kanban
colabora para que operação esteja isenta de movimentações desnecessárias e o excesso
de estoques determinando o momento exato para realizar o abastecimento de linha de
produção.
Repare caro aluno que a produção da fábrica fornecedora produz somente a quantidade
exata contida nas instruções de Kanban da fábrica cliente, caracterizando assim a produção
puxada. A este tipo de produção esta intrínseca a alma da metodologia JIT onde só é
produzida a quantidade necessária no momento em que a fábrica de montagem solicita.
Diferente do modelo empurrado à produção puxada opera com os departamentos e fabricas
puxando a quantidade necessária.
5. Padronização
Existe um provérbio que surgiu no ambiente Toyotista de produção que diz o seguinte:
“Melhorias são ilimitadas e Eternas”. Não se sabe ao certo quais dos mentores do STP
pronunciou esta frase, mas sabemos, no entanto que são de grande valor e importância
para a essência de qualquer negócio nos dias atuais. A importância do trabalho
padronizado para o STP também deve ser realidade de qualquer empresa no mercado seja
ela de produtos ou serviços.
A organização que não padroniza seus processos esta fadada ao fracasso por ineficiências
operacionais e na prestação de serviços aos seus clientes. Processos sem padronização
Assim o trabalho padronizado deve ser a “bíblia” de todo a empresa assim como é para o
STP, pois oferece a maneira mais segura, fácil e eficaz de se fazer um trabalho. O STP
orienta que existem três características do trabalho padronizado:
Com relação a primeira característica é importante ressaltar que o fato de não existir uma
única forma de se fazer um trabalho não implica em que o processo deva ser realizado de
qualquer maneira ou utilizando qualquer metodologia, mas que ao longo do tempo o mesmo
vá sendo aperfeiçoado e ensinado aos demais colaboradores da organização e sempre de
maneira cientifica e não de forma empírica. A melhoria deverá ser constante.
Já com relação a criação do projeto de trabalho este deve ser desenvolvido pelos
trabalhadores, pois ninguém melhor que os próprios colaboradores para determinar o que
é mais eficiente e produtivo para conclusão dos processos produtivos. É importante
ressaltar que todo o trabalho deve ser documentado e como a própria Toyota recomenda
com a orientação de um mentor que vai avaliar a operação e diagnosticar se é possível
padronizar o novo procedimento de trabalho. Esta documentação também é essencial para
que no caso da ocorrência de absenteísmo o trabalho continue sendo realizado da mesma
maneira pela empresa.
Estes são alguns dos muitos benefícios gerados pelo trabalho padronizado:
Acredita-se que no STP as empresas possam coletar redução de custos e satisfação dos
clientes atendidos. Além disso, é válido ressaltar que a ideia não esgotar o assunto, mas
sim realizar mais pesquisas de forma que a Padronização tenha benefícios mais
consistentes para a grande maioria das empresas.
6. 5 S
O 5 S consiste num programa de qualidade adotado por grandes empresas e organizações
que esta focada na gestão da qualidade e organização de processos administrativos e
operacionais. Envolve também a organização de ambiente de trabalho e qualidade de vida
das equipes.
O seu nome se dá devido as iniciais “Ss” dos cinco termos japoneses a saber: Seiri, Seiton,
Seisou, Seiketsu e Shitsuke, conforme mostra a figura 3 abaixo.
Note que a figura indica que o 5 S é um processo cíclico que exige disciplina das empresas
que o implantam em seus processos. É necessário sempre passar por todos os “S”
rotineiramente para que a melhoria no processo seja continua.
O significado de cada S bem como sua definição pode ser constatado no esquema da figura
4 abaixo.
Estas metodologias, TRF ou SMED (para padronizar nossa comunicação vamos utilizar
somente a sigla TRF em nosso texto), assim como foi dito em nosso primeiro parágrafo tem
por objetivo a redução dos tempos improdutivos gastos na preparação da máquina para a
mudança de lote de itens ou produtos que serão processados.
Finalmente o TPM Eco objetiva o zero acidentes, zero doenças ocupacionais e zero danos
ambientais.
Esta ferramenta do STP busca mostrar informação devida em locais apropriados, com o
objetivo de melhorar a eficiência do processo, garantir a correta execução, ou distribuir a
informação de forma mais efetiva entre os locais da fabrica.
Com o passar dos anos Shigeo Shingo nomeou a sistemática com o nome de Poka Yoke
(pronuncia correta: poca-ioquê) que em japonês significa a prova de falha ou “não-custo”.
O maior objetivo e benefício deste sistema é a garantia de que as falhas e defeitos não se
propaguem pela produção ou operacionalização de um produto. A figura 9 ilustra um
conjunto de encaixe de peças onde se pode constatar um único modo de montagem
evitando a falha.
Fica claro pela figura que o encaixe entre as peças só é realizado de uma única forma
evitando montagens erradas e defeitos aos processos de montagens subsequentes da
produção. Dispositivos de tecnologia tal como computadores de mesa e notebooks fazem
uso desta metodologia onde não é possível realizar a conexão do cabo do monitor na
entrada da impressora, o encaixe do scanner no local do mouse e assim por diante. A figura
10 ilustra a disposição e formatos das entradas na parte traseira de um gabinete de
computador de mesa.
Não somente nas linhas produtivas estão presentes estes dispositivos a prova de falhas,
mas também em muitos veículos automotores, aeronaves, sistemas de transportes e
ferramentas utilizadas por muitos profissionais para manter a integridade física das
Com relação a qualidade dos produtos fabricados, muitas empresas não podem mais contar
com a sorte do funcionamento de seus produtos junto aos clientes e sim realizar o emprego
do Poka Yoke em suas linhas produtivas para que o cliente esteja totalmente satisfeito.
Pode se dizer também que na prestação de serviços de transportes muitas tabelas de fretes
são colocadas nos sistemas das empresas ERPs dotados de dispositivos que evitam que
as cobranças sejam emitidas de maneira errada. Não somente com relação ao custo, mas
também com relação a metragem, peso e quantidade de produtos carregados para os
clientes.
Nota-se que dispositivos a prova de falhas estão espalhados por todas as áreas da indústria
e o seu uso deve ser intensificado com o objetivo não somente de entregar produtos de
qualidade aos clientes, mas também que a prestação de serviço seja competitiva para que
a organização seja a preferência dos consumidores finais.
RESUMO E CONCLUSÃO
O Sistema Toyota de Produção (STP) surgiu no Japão com a missão de tornar a indústria
automobilística japonesa tão competitiva quanto a americana que era oito vezes mais
produtiva na época. Tendo como cenário a devastação causada pela segunda guerra
mundial, os líderes da indústria automobilística japonesa estavam com um cenário de
recursos escassos e sem investimento monetário. Sendo assim, voltaram a gestão das
operações para a eliminação de tudo o que gerasse desperdício ao processo e não
agregasse valor para os clientes.
O STP conta com uma série de ferramentas e dispositivos que auxiliam no controle da
qualidade, produtividade e eliminação de custos e desperdícios da operação fabril, tais
como VSM, Poka Yoke, 5”S”, Métricas Lean, Kanban, TRF, Andon, Heijunka, TPM, Kaizen
e Padronização de processos.