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ESCOLA DE ENGENHARIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS
NITERÓI
Janeiro/2018
II - RESUMO
A flora da restinga tem sido escassamente estudada no que se refere à propagação. A propagação
espécies florestais e arbustos ornamentais. A reprodução por sementes acarreta variabilidade nas
escala. Objetiva-se por meio desse estudo avaliar a percentagem de pegamento de estacas de
método de propagação vegetativa das espécies selecionadas. Assim como avaliar a necessidade
do uso de enraizador e, se necessário, sua concentração ideal, permitindo assim, reduzir o custo
com beneficiamento e quebra de dormência de sementes. Além destes, serão avaliados diferentes
parâmetros visando estabelecer o diâmetro ideal para a produção de mudas por estaquia das
espécies selecionadas. As estaquias serão realizadas com ramos de 3 espécies frutíferas com
frutos comestíveis que serão selecionadas entre as seguintes espécies, conforme disponibilidade
Psidium cattleyanum; Sideroxylon obtusifolium (LORENZI, 2008; 2009; JB, 2009; Barbara,
2009). Os ramos serão cortados e divididos em estacas com 3 diâmetros diferentes: Até 0,5 cm;
entre 0,5 e 1 cm; maiores que 1 cm; todos com 20 cm de comprimento, cortados em bisel na
base. Após o corte, as estacas serão separadas em 4 lotes e tratadas com diferentes concentrações
de AIB com 20 estacas cada, totalizando 720 estacas. O plantio será feito em substrato arenoso
de granulosidade média e as estacas serão mantidas em casa de sombra a 70% com irrigação por
gotejamento. Ao final do experimento, 120 dias após o plantio, será feita a avaliação do
percentual de estacas viáveis que emitiram raízes, por meio das médias comparadas pelo teste
de Tukey a 5% de probabilidade. As estacas enraizadas serão levadas para laboratório onde serão
III - INTRODUÇÃO
Nas últimas duas décadas tem-se visto um aumento nas iniciativas de recuperação de
lacunas de conhecimento ainda existem. A vegetação que cobre as planícies costeiras arenosas
ao longo de cerca de 5.000 km da costa atlântica, a chamada restinga, tem recebido pouca
planícies arenosas datadas do quarternário e à vegetação que cobre estas planícies (ZAMITH &
SCARANO, 2006).
presença de sedimentos arenosos quartzosos que foram depositados por meio de diferentes
ora predominantemente herbáceas ou arbustivas, ora florestais por influência no nível do lençol
freático (MAGNAGO et al., 2011; MONTEIRO et al., 2014). Coexistem espécies adaptadas
interação positiva entre poucas espécies (ZAMITH & SCARANO, 2006; MENEZES et al.,
2010).
período quaternário, após a última regressão marinha, e de terem sido colonizadas por flora e
fauna. Esses indivíduos colonizadores, em grande parte, são provenientes da Mata Atlântica
A vegetação que ocupava as planícies costeiras no passado era representada por uma massa
especulação imobiliária e extração de areia. Desta forma, faz-se necessário conservar e recuperar
os remanescentes destas áreas degradadas (OLIVEIRA et al., 1989; ASSIS et al., 2004;
Nas restingas do estado do Rio de Janeiro, as comunidades praianas têm sido o objeto da
afastadas da praia, foram consideradas com menor ênfase. Nenhum estudo descritivo foi
realizado, até o momento, nas comunidades arbustivas fechadas, criando uma lacuna nos dados
animais silvestres é essencial para a conservação e manejo destas áreas silvestres (GOMES et
al., 2010).
Diversas destas espécies frutíferas são utilizadas como plantas ornamentais e ou para atrair
pássaros, como a aroeira (Schinus terebinthifolius) por exemplo. Outras produzem frutos
comestíveis que apresentam potencial para produção em escala comercial, podendo ser
comercializados in natura como frutos raros da flora brasileira ou utilizados para produção de
geléias e compotas.
Apesar das pressões de devastação a que vem sendo submetida, a flora de Restinga tem sido
macropropagação de espécies florestais e arbustos ornamentais. Para espécies que podem ser
facilmente propagadas por estacas, este método tem numerosas vantagens. É econômico, rápido,
simples e não exige técnicas especiais, como aquelas necessárias para enxertia, além disto se
obtém maior uniformidade devido a ausência de variação genética dos progenitores (HOPPE et
al., 1999). A reprodução por sementes acarreta variabilidade nas plantas descendentes, o que é
do nível endógeno de auxina. O AIB apresenta algumas vantagens, dentre as quais está a não
toxicidade para uma maior amplitude de concentrações testadas, para a maioria das espécies
método de propagação vegetativa das espécies selecionadas. Assim como avaliar a necessidade
do uso de enraizador e, se necessário, sua concentração ideal, permitindo assim, reduzir o custo
com beneficiamento e quebra de dormência de sementes. Além destes, serão avaliados diferentes
parâmetros visando estabelecer o diâmetro ideal para a produção de mudas por estaquia das
espécies selecionadas.
IV - MATERIAIS E MÉTODOS
As coletas serão realizadas nas áreas de restinga do estado do Rio de Janeiro, dentro dos
Marambaia, com a devida autorização dos órgãos competentes responsáveis por estes locais.
As estaquias serão realizadas com ramos de 3 espécies frutíferas com frutos comestíveis
matrizes em campo: Chrysobalanus icaco L.; Garcinia brasiliensis Mart.; Myrciaria floribunda
(H. West ex Willd.) O. Berg; Eugenia sulcata Spring ex Mart.; E. brasiliensis Lam.; E.
L.; Myrcia multiflora (Lam.) DC.; Myrciaria cuspidata O. Berg; Neomitranthes obscura (OC.)
N. Silveira; Psidium cattleyanum Sabine; Sideroxylon obtusifolium (Roem. & Schult.) T.D.
As matrizes selecionadas deverão estar em boas condições de vigor e sanidade, com boa
ramificação.
Os ramos serão cortados com espessura de até 2 cm. A quantidade de matrizes e de ramos
transporte.
Uma vez no viveiro, os ramos serão cortados e divididos em estacas com 3 diâmetros
diferentes: Até 0,5 cm; entre 0,5 e 1 cm; maiores que 1 cm; todos com 20 cm de comprimento,
cortados em bisel na base. Após o corte, as estacas serão separadas em 4 lotes e tratadas com
constante.
em esquema fatorial 4x3x3, sendo os fatores constituídos por quatro doses de AIB (0 mg L-1,
1.000 mg L-1, 2.000 mg L-1 e 4.000 mg L-1), três espécies de frutíferas e três diferentes
diâmetros, onde cada unidade experimental será constituída por vinte estacas.
Ao final do experimento, 120 dias após o plantio, será feita a avaliação do percentual de
estacas viáveis que emitiram raízes, por meio das médias comparadas pelo teste de Tukey a 5%
de probabilidade. As estacas enraizadas serão levadas para laboratório onde serão feitas análises,
V - RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se, com este estudo, a determinação do diâmetro ideal para clonagem por meio de
estaquia, bem como a verificação de quais espécies mais se adequam à propagação por este
ALCANTARA, G.B.; OLIVEIRA, Y.; LIMA, D.M.; FOGAÇA, L.A.; PINTO, F.; BIASI,
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