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CARACTERÍSTICAS:
Caráter recente
O Direito Econômico é recente (alguns apontam seu surgimento
concomitantemente ou após a 1ª e 2ª Guerras Mundiais), sendo que a primeira
cadeira de Direito Econômico é apontada como tendo surgido em 1945, na França.
Não codificado
O Direito Econômico vem da interação do Direito e a Economia. Assim, o Direito
Econômico não precisa ser codificado, pois há uma verdadeira “usina de leis” derivada
da relação entre Direito e Economia. Além disso, pelo fato de um Código exigir uma
estabilidade normativa e também em virtude de o Direito Econômico ter uma grande
volatilidade, um Código de Direito Econômico se tornaria, rapidamente, uma “colcha
de retalhos”.
Direito de síntese
O Direito Econômico é um Direito de Síntese, pois ele coloca junto, ele
aproxima diferentes ramos do Direito, aproximando, até mesmo, o Direito Público e o
Direito Privado. O Direito Econômico promove um desmoronamento da fronteira
Direito Público e Direito Privado segundo o Professor João Bosco Leopoldino da
Fonseca. Eros Grau: intervir é atuar no domínio de outrem. Então, o Estado passa a
atuar no domínio de outrem, produzindo normas que vão influenciar as atividades
econômicas e o domínio privado, ou seja, influenciando a atuação da iniciativa privada.
Perpectiva macrojurídica
> Conteúdo/Diretiva
O conteúdo econômico é sempre intrínseco às normas de Direito Econômico, sob o
prisma da política econômica.
> Espécies:
Normas diretivas: o particular tem que seguir, sob pena de multa. Exemplo: a
constituição de Cartel está sujeita a penalidade de multa, sem mencionar outras
sanções/punições cabíveis. Outro exemplo: o congelamento ou tabelamento de preços
deve ser respeitado, sob pena de imposição de penalidades.
Características
Caráter prospectivo
As normas de Direito Econômico muitas vezes buscam induzir um
comportamento futuro. Mediante um diagnóstico feito em um determinado
momento, o Direito Econômico busca prever e controlar o impacto de algo no futuro.
Caráter conjuntural
A atuação do Direito Econômico deve ser sempre conforme a conjuntura
econômica, pois é fatalmente desastrosa a aplicação de normas econômicas defasadas
contextualmente.
Caráter dinâmico
O Direito Econômico se subordina, constantemente, a inúmeras modificações.
Essas modificações ocorrem tão logo haja a juridicização de políticas econômicas
supervenientes.
Caráter flexível
O Direito Econômico se vale de conceitos vagos e indeterminados (abertos),
com vistas, até mesmo, a possibilitar adaptá-lo à dinâmica da sociedade.
Caráter instrumental
Meio de juridicização das políticas econômicas com finalidade de natureza
econômica.
> No tempo
STJ Resp 3931/SP, Rel. Ministro Barros Monteiro – seria possível a retroatividade
mínima das normas de Direito Econômico. Mas o STF, adotando entendimento
contrário, entendeu que os direitos e as garantias constitucionais elencados no art. 5º
da CF/88, dentre eles o da irretroatividade das leis, não poderia ser sufragado pelas
normas de Direito Econômico. V. STF RE 201.176-2, Rel. Min. Celso de Mello.
> Na CF/88
V. art. 24, I, CF/88 (Competência concorrente para legislar sobre Direito Econômico).
V. art. 24, V, CF/88 (Competência concorrente legislar sobre produção e consumo).
V. art. 24, VIII, CF/88 (Competência concorrente para legislar sobre responsabilidade
por dano ao consumidor).
PRINCÍPIOS
- Privatizações;
- Fomento;
- Parcerias entre o setor Público e o Privado;
- Desregulamentação.
CONSTITUIÇÃO ECONÔMICA
ORDEM ECONÔMICA
A) ORDEM ECONÔMICA
Em outras palavras, ele conhecerá as limitações que o próprio Estado impõe a ele e aos
outros agentes econômicos em suas atuações no mercado.
B) CONSTITUIÇÃO ECONÔMICA
Constituição de 1988:
b) objetivamente, com foco no art. 173, §5°, CF, como dever-ser, como um conjunto de
normas jurídicas disciplinadoras dessas relações.
Eros Grau trata como ordem econômica, além do Título VII da Constituição, os
preceitos inscritos nos arts. 1º, 3º, 7º a 11, já que afetam diretamente a ordem.
Art. 4º, parágrafo único, Art. 5º, nos quais destacam-se o direito à igualdade,
segurança e propriedade, sem os quais uma economia de mercado não conseguiria
prosperar. Nos incisos XIII, XVII e XVIII, a liberdade profissional e associativa; nos
incisos XXII, XXIII, XXIV e XXV, a garantia à propriedade e sua função social, bem como
a previsão de desapropriação quando necessário; nos incisos XXIX e XXXII, a garantia
do direito de inventos industriais, marcas, nomes e signos distintivos em vista do
desenvolvimento tecnológico e econômico do país, bem como a promoção da defesa
do consumidor; e ainda no inciso LIV desse mesmo artigo, a garantia constitucional
sobre os bens; e no inciso LXXI, a concessão de mandado de injunção nos casos de falta
de norma regulamentadora que torne inviável o exercício de direitos e liberdades
constitucionais.
E ainda: art. 5º, LXXI, do art. 24, I, do art. 37, XIX e XX, do §2º do art. 103, do art. 149,
146-A, do art. 225. (que são pertinentes porque influenciam)
Art. 1°, IV, CF: declara os fundamentos que regem a atividade econômica e orientam a
atuação estatal.
- pode se dar tanto de forma direta, na qual o Poder Público avoca para si a exploração
das atividades econômicas, quanto de maneira indireta, na qual o Estado atua
monitorando a exploração das atividades geradoras de riquezas pelos particulares,
intervindo quando se fizer necessário para normatizar, regular e corrigir falhas de seu
mercado interno, em prol do bem comum e do interesse coletivo.
- ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA (título VII da CF, cap. I, II, III e IV)
b.1.2 – não sujeição a qualquer restrição estatal senão em virtude de lei – liberdade
pública
Presentes no art. 170 da CF e também dispersos, como nos arts. 218 e 219, CF que
podem funcionar como informadores da atividade econômica, apesar de estarem
dispostos no capítulo que cuida de Ciência e Tecnologia, uma vez que o
desenvolvimento científico e a capacitação tecnológica funcionam como princípios da
ordem econômica, já que importam diretamente no desenvolvimento sócio-
econômico da população.
“Hoje, quando se fala em soberania não se deve pensar em uma liberdade irrestrita de
decisão, de organização, de determinação de seus próprios interesses, mas apenas de
um certo grau de liberdade para decidir diante do cenário constituído naquele
determinado momento.” (DEL MASSO, p.48)
O mercado deve ser explorado pela maior quantidade de agentes possíveis, não que se
exijam quantidades exorbitantes de agentes, mas o Direito deve garantir, a entrada e a
capacidade de concorrer a quem queira explorá-lo. (é indispensável para o
funcionamento do sistema capitalista, pois é pela livre concorrência que se melhoram
as condições de competitividade das empresas, forçando-as a um constante
aprimoramento dos seus métodos tecnológicos, dos seus custos, enfim, para
condições mais favoráveis para o consumidor)
- lei que cuida das sociedades por ações e em capítulo específico (capítulo XIX): lei
6.404/1976.
9 – A EXPLORAÇÃO DE JAZIDAS
10 – MONOPÓLIOS DA UNIÃO
* quanto ao monopólio natural tem sido explorado por meio de licitações, em que o
Estado se resguarda para fins de promoção da fiscalização.
Análise ao art. 177, CF (com exceção do objeto do último tópico dos monopólios
descritos anteriormente, todos os outros poderão ser realizados por empresas estatais
ou privadas se contratado com a União).
11 – ORDENAÇÃO DE TRANSPORTES
Art. 178, CF: grande atenção do legislador infraconstitucional que vem reestruturando
os transportes no Brasil, seja regulamentando-os, como no caso da Lei nº9.611/98
(transporte multimodal de cargas), seja pela criação de agências reguladoras, como a
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
12 – INCENTIVO AO TURISMO
13 – POLÍTICA URBANA
é obrigatório para os municípios com mais de 20.000 (vinte mil habitantes) e deve
funcionar como a ferramenta básica para a realização das diretrizes políticas de
desenvolvimento e expansão do município (art. 182, §1º, CF)
*fazer cumprir a propriedade urbana a sua função social (§2º art. 182, CF)
13.2 – Desapropriação
Pode ocorrer em razão de interesse social, necessidade ou utilidade pública. O que
PERDE A PROPRIEDADE TEM DIREITO A RECEBER JUSTA INDENIZAÇÃO.
Art. 184, CF. Nenhuma diretriz prosseguiu tal reforma. Portanto, constitucionalmente,
reforma agrária significa desapropriação por interesse público.
Art. 186, CF: requisitos para que o imóvel cumpra a sua função social, quando
simultaneamente atendidos.