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EDUCAÇÃO CRISTÃ

A educação cristã tem como objetivos proporcionar o desenvolvimento do indivíduo como um


todo e lhe oferecer condições de crescer em sua vida espiritual, no conhecimento de Deus e
das Escrituras. Esse crescimento leva em conta o ser humano em seus aspectos físicos,
emocionais, espirituais e sociais. Nosso exemplo maior de desenvolvimento integral é o
próprio Jesus, pois a Bíblia nos relata que ele "[ ... ] crescia em sabedoria, em estatura e em
graça diante de Deus e dos homens" (Lc 2.52).(MOLOCHENCCO, 2007, p. 16).

A educação cristã somente cumpre sua missão quando olha para o indivíduo de forma integral,
pois o desenvolvimento das pessoas abrange os aspectos físico, emocional, social e intelectual.
No ensino das Escrituras é um erro tentar abordar o ensino bíblico levando em conta somente
um aspecto do ser, o aspecto intelectual, deixando assim de observar as diferentes etapas de
desenvolvimento das pessoas, bem como de atentar para suas emoções e os relacionamentos
interpessoais desenvolvidos ao longo do processo educacional.

Objetivo da educação cristã: alcançar maturidade como cristãos para que possam ser sal da
terra e luz do mundo.

A Educação Cristã trata dos ensinos de Cristo nas Escrituras. Ela é essencial na Igreja para a
formação dos discípulos de Jesus Cristo. Era o curso que o Mestre ministrava aos Seus
discípulos. Ele tinha como objetivo treiná-los para cumprirem a missão do Pai – anunciar o Seu
evangelho para a salvação e alegria dos povos. O Senhor deixou esta missão bem definida no
Seu encontro com o publicano Zaqueu, em Jericó. “O Filho do homem veio buscar e salvar o
perdido” (Lc 19.10). Paulo, um dos maiores mestres do Novo Testamento, coloca de forma
muito clara ao jovem pastor Timóteo: “O que ouviste de mim, diante de muitas testemunhas,
transmite a homens fiéis e aptos para também ensinarem a outros” (2 Tm 2.2). Este texto
revela os três objetivos da Educação Cristã: informar, formar e transformar. Timóteo foi
informado (conteúdo), formado (caráter) e transformado (testemunho). Um educador disse
que há três elementos fundamentais na formação de uma pessoa: a genética, o ambiente e as
escolhas. Os dois primeiros independem de nós, mas o terceiro depende de nós, pois trata das
nossas escolhas, decisões. Vejamos os três objetivos da Educação Cristã.

O primeiro é informar. Aqui trata de passar conteúdo. Vivemos num mundo de


informações muito volumosas e muito rápidas. São muitos os meios de informação. Elas hoje
são muito valiosas. Há muitos que pagam pelas informações, pois as empresas que as vendem
estão valendo muito no mercado. Mas o que significa informação? Por exemplo, temos as
lições bíblicas de nossas revistas e demais publicações. Todas estas informações precisam ser
decodificadas, processadas e assimiladas. O conteúdo publicado deve ser interpretado de
forma correta. Sabemos que temos no Brasil muitos analfabetos funcionais, isto é, que leem,
mas não entendem. Por que razão? Uma questão cultural. O povo brasileiro lê muito pouco.
Isto é muito antigo. Uma herança muito ruim. Os nossos governantes não levaram a sério o
que disse Monteiro Lobato: “Um país se faz com homens e livros”. Mas as informações estão à
nossa disposição. Precisamos lê-las e interpretá-las eficientemente. A literatura está muito
mais acessível em nossos dias. Há um volume muito grande de material para ser lido. Muita
coisa boa e também muita coisa de péssima qualidade. Sabemos que as informações não
chegam só pela página impressa, mas pelas produções midiáticas – Tv, Internet, radio, celular,
etc. Devemos aprender a selecionar o que lemos. Buscar uma cultura geral, mas sempre pela
ótica da Revelação de Deus, dos princípios do Evangelho de Jesus. Então, é objetivo da
educação trazer luz. Mas há outro objetivo que queremos considerar.
O segundo é formar. Aqui tem a ver com caráter. Trata de valores assimilados. Formar
é bem mais difícil do que informar. O conteúdo da noticia ou recado precisa ser assimilado
para fazer parte do caráter do aluno. Informar não dói, mas formar sim. Posso receber
apontamentos sem codifica-los. Posso ouvir comunicações, mas não absorvê-las. A formação
depende de um ouvido apurado e entranhas bem preparadas para processarem a matéria-
prima. As inteirações são a matéria-prima para a formação do indivíduo. Paulo disse aos
irmãos Gálatas: “Sinto dores de parto até que Cristo seja formado em vós” (4.19). Há
sofrimento entre as informações e a formação. Também, muitos obstáculos neste mundo pós-
moderno. Vivemos numa sociedade larga e rasa, baseada em sentimentos e em leis formadas
pela pessoa (ela é a sua própria lei), ou seja, o que ela pensa é que vale. A sociedade pós-
moderna é pluralista. Infelizmente na maioria das igrejas isto também é verdadeiro. Há uma
longa distancia entre expor conteúdo e formar. Entre receber as informações e assimilá-las,
apreendê-las e aprende-las. Há muitas coisas que impedem que o conteúdo do Evangelho
entre na mente e no coração para a formação do caráter cristão. Então, o coração tendente
ao erro, a incredulidade, o entretenimento, a falta de prioridade, a desatenção ou falta de
concentração, as barreiras culturais e pessoais, a falta de interesse e outros pontos afins, são
elementos complicadores na assimilação do conteúdo cristão. Há uma aritmética do
aprendizado que precisa ser utilizada abundantemente em nossas famílias e igrejas:
INFORMAÇÃO + FORMAÇÃO = TRANSFORMAÇÃO. Não podemos fugir desta realidade bíblica
tão clara. Este foi o método utilizado pelo Senhor Jesus. Seus ensinos por meio de parábolas,
exemplos da natureza, da revelação do Velho Testamento e de Si mesmo foram instruções que
visavam a formação a partir dos Seus discípulos. Sabemos que o fato de que alguém seja bem
instruído não significa ser bem formado, pois depende do interesse da pessoa. O problema
básico seja do País, da Igreja e da sociedade não é de informação, mas de formação. O custo
da instrução é muito menor do que da formação do caráter. É muito triste percebermos
membros de igrejas vivendo uma vida de incredulidade, mundanismo e alienação. Não será
por que falta conversão, regeneração ou novo nascimento? Parece também que é uma
questão de fundamentos não assimilados e, portanto, não vivenciados. Como pastores e
educadores cristãos, precisamos investir tempo no preparo pessoal com muita oração e
treinamento de pessoas a partir do nosso exemplo. O que precisamos é de pastores e
educadores que preguem e ensinem a partir da coerência bíblica dominando a vida. Não
adianta pregação e ensino sem exemplo, sem vida. É deste ponto que desejo tratar com você
agora o último objetivo da nossa reflexão.

O terceiro é transformar. Aqui tem a ver com mudança percebida, sentida, avaliada
positivamente. Se o informar é inicio, o formar é meio e o transformar fim ou produto final.
Então, você tem a matéria-prima (informar), o meio de produção (formar) e o manufaturado
(transformar). Paulo usa a palavra metamorfose para o verbo transformar. “E não vos
amoldeis ao esquema deste mundo, mas sede transformados pela renovação da vossa mente,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). A
metamorfose só acontece a partir da informação e da formação. As pessoas são transfiguradas
pelo conhecimento experimentado ao longo a vida. Sabemos que a mudança deve ser sempre
avaliada e aperfeiçoada. O produto da informação e da formação nunca é acabado, mas
sempre aperfeiçoado. O caráter de Cristo a partir do ensino da Palavra vai sendo formado
trazendo transformação do ser cristão. O fato de sermos transmudados significa o prazer de
glorificar a Deus em nossas atitudes e em nossos atos. O ser convertido tem prazer nas coisas
de Deus e não as guarda para si. O seu testemunho é coerente e contundente. Prazeroso e
vigoroso. Ele aproveita todas as oportunidades para repartir o que Cristo fez e continuará
fazendo em sua vida. A pessoa que experimentou mudança de vida não se conforma com o
erro. Ela se indigna com o sistema que está posto aí. O cristão autêntico é agente de mudança.
Não se deixa influenciar pelos que estão no erro, mas os influencia. Aproveita todas as
oportunidades para revelar Cristo, o Senhor. Fomos transmudados para levarmos esta
experiência às pessoas sem Cristo. É interessante que as pessoas regeneradas buscam o
aperfeiçoamento dentro do ciclo do crescimento. Mudadas, buscam mais informações para
formação de outros conceitos do cristianismo autentico. Como diz Paulo: “Porque agora
vemos como por um espelho, de modo obscuro, mas depois veremos face a face. Agora
conheço em parte, mas depois conhecerei plenamente, assim como também sou plenamente
conhecido” (1 Co 13.12). Uma vez mudados, sempre em mutação até que Cristo volte. Parece
um contrassenso, mas não é, pois quando Paulo diz aos Gálatas “sinto dores de parto até que
Cristo seja formado em vós”, ele está se referindo a cristãos que necessitavam de crescimento
espiritual.

Que a nossa Educação Cristã tenha estes três objetivos para a glória do nosso Grande e
Santíssimo Deus Pai. Sejamos pregadores e educadores comprometidos com o ensino de
qualidade bíblica. Seja Cristo o centro do nosso ensino, o Espírito Santo o iluminador e
encorajador na aplicação do conteúdo e Deus, o Pai, exaltado. Pregadores e professores
cristãos sejam o exemplo de amor, compaixão, excelência, santidade, disciplina e ética. Que
haja sempre aplicabilidade em nossos conteúdos. Sejamos capazes da parte do Senhor de
reconhecermos os nossos erros, as nossas limitações na ministração de pessoas tão preciosas.
Tenhamos a consciência de Paulo: “Não que sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se
viesse de nós mesmos, a nossa capacidade vem de Deus” (2 Co 3.5). Aprendamos com Jesus o
que significa educar pessoas. Façamos uma leitura da personalidade do Mestre dos mestres a
partir do conteúdo bíblico como a Revelação. Sejamos seus imitadores. Busquemos nEle a
nossa inspiração. Aprendamos com Ele como tratar as pessoas com profundo amor. Tenho
aprendido que aqueles que não se assentam para aprender com o Mestre não podem ficar em
pé ou sentados para ensinarem a outros. Fomos chamados para fazermos toda a diferença no
ensino cristão. Que o Senhor nos livre da arrogância, da autossuficiência e da mediocridade.
Sejamos mestres à semelhança do Mestre que deu a Sua vida pelos Seus alunos visando, acima
de tudo, a Gloria do Pai.

Dez Princípios para a Educação Cristã

4 Votes

Por Marciano Lima

1. A Metafísica para a Educação Cristã deve ser deve ser centrada em Deus

Esta questão esta relacionada com questões que envolvem a realidade maioral, a natureza da
realidade em que vivemos. O pressuposto desta afirmação se baseia na realidade soberana e
suprema existente na essência do próprio Deus eterno (Gn 1.1; Jo 1.1).

Quando analisamos a palavra de Deus, não a vemos tentando comprovar a existência de Deus
de maneira científica ou experimental, mas ao contrário ela prova a existência de Deus de
acordo com os eventos ocorridos na história e a sua própria revelação, tanto a geral como a
específica.

Numa filosofia que quer abordar uma educação que é realmente Cristã, é indubitavelmente
necessário ter como base à existência de Deus. Sem a existência do mesmo não haveria uma
“Educação Cristã”.

O educador cristão não deve hesitar na investigação aberta da realidade da sua fé, desde que
usa a metodologia própria para isto.

2. A Epistemologia para a Educação Cristã deve ser centrada na Revelação

Epistemologia relaciona-se com o motivo ou essência do conhecimento e os de como saber o


que é verdade. Tem haver com a natureza e até onde o conhecimento pode chegar ou ser
alcançado.

A verdade não é produzida pelo homem, não é achada numa viagem, ou comprada por
qualquer quantia de dinheiro. Os meios para chegar ao conhecimento da verdade estão
situados somente na revelação de Deus, pois ele é o Deus cujas palavras são verdade (2 Sm
7:28). A revelação natural trata das maravilhas físicas do universo criado e que através da sua
magnitude e intrínseca beleza, demonstra o grande criador divino (Sl 19.1).

3. A Antropologia para a Educação Cristã deve ser centrada na imagem e semelhança

A antropologia está ligada ao procurar entender o homem, não apenas suas atitudes, mas a
sua natureza e a sua essência. Logo cada educador deve lembrar-se deste aspecto ao formular
e ao colocar em prática a sua filosofia, pois suas conclusões a respeito do homem vão afetar
diretamente o seu processo educacional e a sua forma de lidar com a sua própria filosofia.

A palavra de Deus faz abordagem a imagem da antropologia cristã em três versículos básicos:
criação do homem a imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26), a distorção da imagem de Deus
no homem mediante ao pecado cometido no Éden (Rm 5.19), Restauração do homem para a
salvação e comunhão com Deus através do sacrifício de Cristo na cruz (1 Co 15.22).

A maneira com que encaramos o fator da depravação da natureza irá influenciar diretamente
o objetivo da nossa Educação Cristã, já que a mesma tem como objetivo, ensinar e saciar a
fome de conhecer mais e mais a Cristo.

4. A Axiologia para a Educação Cristã deve ser centrada na Eternidade


Os valores morais são nada mais nada menos do que os grandes regentes das nossas ações. A
axiologia lida justamente com isto, com os valores morais.

O mundo vê uma educação que tem que trazer benefícios presentes para aqueles envolvidos
com ela, já nós cristãos, sabemos que o que vale na real não é o tempo presente, os nossos
valores vão muito mais longe e são muito mais importantes para nós e conseqüentemente
para a nossa educação.

A formação de toda nossa educação se baseia na verdade primeira de que o propósito da


educação é conduzir a pessoa a chegar maturidade, porém essa condição à maturidade não é
simplesmente para agora, mas é durante toda a vida até a vida eterna (Tt 2.11-13; Tg 4.4).

O mundo não entende o porque da nossa filosofia, pois lidamos com uma ética situacional e
um valor eterno, enquanto eles lidam com valores relativos e uma ética regida por situações. É
por isso que devemos enfatizar a onisciência de Deus e o Seus valores que são eternos (Rm
8.23), para que não nos percamos em meio ao nosso objetivo principal, pois os valores da cruz
de Cristo não são relativos, mas ao contrário eles baseiam-se em Cristo que transcende ao
tempo e são oferecidos a todo o homem.

Exemplo disso é o próprio apóstolo Paulo que abriu mão de sua vida e considerou tudo como
perda para ganhar a excelência com Cristo (Fp 3.7,8).

5. Os Objetivos devem ser centrados em Cristo

O objetivo principal da educação cristã (o próprio nome revela), como já citado no último
ponto, baseiam-se ou devem ser centrados em Cristo e na Palavra de Deus, pois é essa a
filosofia que será honrada e aprovada (2 Tm 2.15), qualquer coisa que fizermos que seja
menos do que acabamos de descrever será um filosofia centrada no homem, mesmo que este
processo ocorra dentro do meio eclesiástico.

Toda a educação tem objetivos gerais e específicos.

O objetivo geral da educação cristã (também já citado em outro ponto), é levar o homem a
maturidade de Jesus (Cl 1.28). A maturidade cristã estará sempre baseada em verdades e
princípios situados na palavra de Deus e quando posta junto a vida do próprio homem produz
pessoas com mente e personalidade regeneradas e cada vez mais semelhantes a Cristo.

Comenius diz: (1) O homem deve conhecer todas as coisas, inclusive ele mesmo…, (2) Ele deve
ser mestre em todas as coisas, inclusive dele mesmo…, (3) Ele deve dirigir todas as coisas
inclusive ele mesmo… para Deus.[1]
É para estes objetivos que a educação cristã deve desenvolver o aluno em seu conhecimento e
compreensão, em discernimento e ação moral e em referência a Deus e o verdadeiro viver
espiritual.

Logo a educação cristã tem como objetivo específico (que tem como base alcançar a
maturidade em Cristo) é habilitar o estudante a avaliar tudo o que ele encontra a luz da
Palavra de Deus.

6. O Currículo para a Educação Cristã deve ser centrado na Bíblia

Currículo é o conjunto de matérias que serão ensinadas. O que demonstra a qualidade dele é a
reflexão clara e inadulterada da abordagem bíblica dos problemas da vida humana. Afinal a
Palavra de Deus não devem nunca ser ensinadas simplesmente no nível do mero
conhecimento, mas sim relacionadas com a vida, desenvolvendo situações que tragam
experiências de aprendizado e aplicações bem realistas da verdade.

Se temos então a estrutura formada na realidade final que é Deus e a Sua revelação está
inseparavelmente relacionada com Ele. Se o objetivo da educação cristã é realmente produzir
pessoas que sejam a semelhança de Jesus. Então podemos dizer com firmeza que a bíblia em
sua total inspiração e autoridade deve ser e ter a centralidade do currículo da igreja.

7. A Metodologia para a Educação Cristã deve ser centrada na Interação

O professor cristão ao ensinar deve lembrar que embora a mensagem a ser ensinada seja
autoritária o método não precisa ser totalitário e ditatorial. A metodologia situada na
educação eficaz deve resultar em uma comunicação que satisfaça a verdade que está em
estudo.

A interatividade entre aluno e professor é totalmente necessária numa experiência de


aprendizado. Podemos ver Jesus usando essa interatividade diversas vezes, por exemplo, com
Nicodemos, a mulher samaritana e muitos outros diálogos sobre a verdade.

É totalmente vantajosa esta metodologia, pois através dessa interatividade podemos ser claros
ao expressar a ênfase no que é relevante, abordar uma visão prática e expansiva do currículo,
há uma maior atividade e participação do aluno no processo de aprendizagem, interesse maior
no diálogo durante o processo de aprendizagem, o professor passa a atender o aluno como um
indivíduo e não somente como um aluno e a criatividade passa a ser uma ênfase.
Na realidade a dinâmica da metodologia cristã é o Espírito Santo que no contexto da educação
cristã está operando em cada situação de aprendizagem. É este o ministério particular, guiar o
estudante a toda verdade (Jo 16.12-15).

8. A Disciplina para a Educação Cristã deve ser centrada no Amor

A disciplina é um meio de correção de princípios e caráter, não uma punição. A idéia principal
é levar a pessoa a andar na direção certa. Se o Espírito Santo é quem dita a dinâmica da
metodologia, na disciplina que dita a disciplina na educação cristã é o amor. O professor tem a
responsabilidade e a capacidade através de Cristo, para controlar as situações que ocorrem na
classe, usando o amor como sua base.

Punições só são necessárias caso o aluno, mesmo depois de uma confrontação em amor,
continue a andar em caminhos que o afastem dos propósitos divino.

9. O Professor para a Educação Cristã deve ser centrado no Espírito

Vemos no professor a responsabilidade de guiar nos caminhos do Senhor os seus alunos,


tornando-os seguidores de Cristo, sendo assim tal responsabilidade requer dele o que seja
limpo do pecado e cheio do Espírito Santo de Deus. Não há nada mais importante no processo
educacional de todo o cristão, mas com a responsabilidade de transmitir as verdades das
palavras de Deus é exercer o dom do ensino.

É responsabilidade do professor cristão a instrução com uma mensagem baseada na Palavra


de Deus, e o faz com o poder capacitador do Espírito Santo.

10. A avaliação para a Educação Cristã deve ser centrada no Crescimento

O objetivo da educação cristã é maturidade em Cristo e a maneira pela qual o aprendizado é


medido está relacionado com o crescimento nesta maturidade.

A evidência maior desse crescimento é uma vida transformada (2 Pe 3.18).

O que podemos fazer em relação a avaliação dos padrões de crescimento é aproveitar


oportunidades e com que os alunos respondam a perguntas que lidem com o assunto vida
transformada e que observem os padrões de crescimento.

O alvo principal da educação cristã não o mero crescimento intelectual mas sim produzir uma
alma que ame Deus em Espírito e em verdade, com um coração disposto a transformações.
Educação cristã é nada mais nada menos que Deus usando pessoas chamadas por Ele para
serem agentes de transformação na vida de seus filhos, atuando na santificação dos mesmos.

greja, Escola E Família – Uma Aliança Estratégica Para O Reino De Deus

Situação da Educação na Sociedade

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Vemos a questão da educação ganhando destaque crescente no cenário político e econômico


do Brasil. Não bastassem os problemas locais, temos ainda sido bombardeados com pressões
de diversas autoridades internacionais em relação às prioridades em nosso país, comparado a
outros países emergentes. Os dados apontam para uma situação calamitosa:

Temos 37 milhões de analfabetos, o pior índice da América Latina, e uma das mais baixas
escolaridades do mundo em relação ao potencial econômico. Perdemos para o Haiti e o Gabão
(Exame, 12/1994);

Somente 22% dos alunos ingressos no 1º Grau completam a 8a. série, e apenas 6% chegam à
universidade. O custo da repetência do 1º Grau chega a R$ 5 bilhões na rede pública (Folha SP,
7/1994; OESP, 7/1995);

Ao ritmo atual de escolarização, apenas no ano 2100 o Brasil terá 95% de uma geração com o
1º. Grau completo e somente no ano 3080 90% terá concluído o 2º. (Nova Escola, 12/1993);

É mais provável que uma criança negra da Baixada Fluminense no Rio de Janeiro ou da Zona
Leste de São Paulo morra num tiroteio do que chegue à universidade ( Veja, 11/1991).

Nesse contexto, educação não é questão de oportunidade ou conveniência política. É algo


estratégico, visceral para o bem de uma sociedade e fundamental para que o indivíduo realize
todo potencial de sua vocação. Há muito que países desenvolvidos entenderam o caráter
estratégico da educação para competir no cada vez mais complexo e globalizado mercado
mundial.

Visão Bíblica de Educação

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Como ficam os pais evangélicos, que tem compromisso com os elevados padrões de Deus e
prezam seus valores familiares? E qual é o papel da igreja nesse cenário, em sua missão de
expandir o Reino de Deus através de suas famílias constituintes?

Vemos biblicamente que os filhos são herança do Senhor (Sl 127:3 "Herança do SENHOR são os
filhos; o fruto do ventre, seu galardão."). A família é uma instituição divina, estabelecida para
gerar filhos para Deus. A Igreja foi comissionada para gerar discípulos do Senhor, que sejam
filhos de Deus (Is 54:13 "Todos os teus filhos serão ensinados do SENHOR; e será grande a paz
de teus filhos."). Como pais e educadores cristãos, nossa missão é fazer dos filhos discípulos do
Senhor, que amem o Mestre e estejam prontos para seguí-Lo. Se descuidarmos da herança do
Senhor, nossa luta será em vão.

Segundo, os filhos são a próxima geração, para continuar o chamado de Deus sobre a casa,
sobre a igreja e sobre a nação. Deus espera que dediquemos tempo instruindo nossos filhos
para entenderem o Seu mover em sua geração (Sl 78:4-8 " não o encobriremos a seus filhos;
contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que
fez. Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos
pais que os transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que
ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes; para
que pusessem em Deus a sua confiança e não se esquecessem dos feitos de Deus, mas lhe
observassem os mandamentos; e que não fossem, como seus pais, geração obstinada e
rebelde, geração de coração inconstante, e cujo espírito não foi fiel a Deus."). A Palavra de
Deus é o fundamento da educação de nossos filhos, ligando gerações de fiéis através da
história (Hb 12:1-2 "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de
testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia,
corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta,
suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.").

Como pais e educadores cristãos, devemos preparar a próxima geração para cumprir o
propósito de Deus na história, com entendimento e com determinação (Et 8:6 " Pois como
poderei ver o mal que sobrevirá ao meu povo? E como poderei ver a destruição da minha
parentela?"; At 13:36 " Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração,
conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção.").

Educar uma criança é trabalhar num projeto de vida, e que os pais são os responsáveis diante
de Deus. Vemos que biblicamente isso é possível tendo a Palavra de Deus como fundamento e
Cristo como modelo ( 2 Tm 3:16-17 " Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino,
para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus
seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. "; 1 Co 3:11 " Porque ninguém
pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. ").
Visão Bíblica de Escola

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Há na Bíblia três instituições reconhecidas com autoridade outorgadas por Deus a família, a
igreja e o governo civil. Porém, só aos dois primeiros cabe prover educação (Ef 6:4 " E vós, pais,
não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor. " ;
Mt 28:19 " Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo; " ), uma vez que o governo civil jamais poderia atuar em nome da
família, representando seus valores e objetivos próprios. O Estado traduz o pensamento da
coletividade, partindo do princípio que a maioria está certa.

O que vemos nas escolas de hoje em geral é: desrespeito ás autoridades, falta de disciplina,
desinteresse pelo aprendizado, irresponsabilidade, influência da Nova Era nos temas e nos
livros, baixa qualidade do ensino, imoralidade, corrupção, etc.

A educação até os tempos de Jesus era realizada prioritariamente no lar e depois com o apoio
da sinagoga para o aprendizado da lei, do tabernáculo e outras disciplinas. Depois apareceram
os tutores, que podem ter dado lugar às academias particulares (Gl 4:1-2 " Digo, pois, que,
durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele
senhor de tudo. Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai. " ).

Portanto, biblicamente escola só tem sentido como uma extensão da família, para com ela
cooperar em aliança de princípios e propósito, e sob a cobertura espiritual da igreja. A visão é
de famílias unidas com a benção da igreja, trabalhando na formação de uma geração
consciente de seus valores e responsabilidades, capacitada para exercer seu ministério na
sociedade e cumprir o propósito de Deus. Trata-se de uma aliança estratégica, para garantir a
expansão do Reino mesmo no meio de uma geração perversa e corrupta.

Em todos os tempos o valor e a educação que davam à criança foram determinantes no


sucesso da estratégia de um país ou comunidade. Vimos isso entre os judeus, astecas, gregos,
nazistas, comunistas e outros tantos movimentos que impactaram a história.

Fomos chamados para sermos sal e luz no mundo. A Bíblia traz exemplos de jovens que
fizeram diferença porque não se dobraram perante a filosofia do mundo, mas estavam
preparados para cumprir o propósito de Deus em sua geração: Samuel, Davi, Josias, Jeremias,
Daniel, Maria, Timóteo.

Posicionamento
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Como pais, como igreja e como cidadãos responsáveis, temos o dever de preparar a próxima
geração, dando-lhe uma visão e treinando-a para alcançá-la.

Temos que resgatar o valor da criança e a união de gerações: avós, pais e jovens, todos
trabalhando juntos no projeto de vida de uma criança. A criança e o adolescente que encontra
um sentido nobre para sua vida não vai desperdiçá-la de maneira desordenada. A separação
das gerações tem sido poderosa arma de destruição dos valores familiares, expondo a criança
aos predadores sociais.

Depois é preciso valorizar o caráter na formação da criança, para o que são fundamentais o
exemplo e trabalho árduo. Caráter pressupõe uma marca, uma gravação feita a partir de um
molde, daí a necessidade de exemplo consistente.

Quanto ao trabalho árduo, a própria história nos ensina que a indolência, a comodidade, a
ociosidade levam o homem ao declínio moral e a improdutividade. Quando fugimos da
dificuldade, ou privamos nossos filhos da dureza, estamos impactando o desenvolvimento do
caráter.

Empresários poderiam estabelecer parcerias com núcleos de famílias através das igrejas, para
patrocinarem uma educação pertinente, alinhada com o seu contexto e com as necessidade
modernas do negócio, para produzir profissionais e cidadãos capazes de criar valor à
sociedade.

A igreja teria nisso um fator decisivo para apoiar o cumprimento da grande comissão: formar
discípulos e obreiros e fortalecer as famílias.

Quanto à União, caberia principalmente definir uma estratégia nacional e um conteúdo


mínimo, prover infra-estrutura básica e direcionar recursos para programas específicos e
supervisionar resultados.

Trata-se de uma aliança estratégica, onde cada parceiro contribui com aquilo que faz melhor,
para realizar o propósito de Deus sob a mesma visão do Seu Reino.

A Visão Bíblica de Ensino e Aprendizagem

O Significado Bíblico de Ensino e Aprendizagem


O livro de Deuteronômio foi escrito por Moisés após a peregrinação no deserto. A primeira
geração tinha morrido, e agora uma geração nova, cuja maior parte não tinha lembrança da
primeira páscoa, da travessia do Mar Vermelho, nem da lei do monte Sinai iria tomar posse da
terra prometida. Moisés então repete o relato da história recente de Israel, e escreve
novamente a aliança de Deus, os dez mandamentos, as promessas de benção e maldição, para
que o livro fosse lido para o povo. Era um documento da aliança de Deus com o homem. Logo
após narrar a história de Israel, ele coloca os dez mandamentos, e logo a seguir o trecho das
escrituras que transcrevemos abaixo. Este trecho das escrituras era um daqueles que eram
escritos em pergaminhos, e colocados em caixinhas que eram amarrados nos braços e
colocado na testa pelos escribas e fariseus, num cumprimento literal do mandamento. Mas na
verdade o mandamento era para ser praticado, e não apenas usado como amuleto ou
"vestido". Deuteronômio 6:4-9 :

[4] Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.

[5] Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda
atua força.

[6] Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração;

[7] tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.

[8] Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos.

[9] E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.

Podemos observar que em primeiro lugar a Bíblia nos diz para reconhecermos Deus como o
único Senhor, e adorá-lo com todas as forças do espírito, alma (mente) e corpo. Como uma
atitude seguinte segue-se a obediência a este Senhor, guardando a Sua Palavra em nosso
coração (v.6). Estas "palavras que hoje te ordeno" que nos versículos anteriores incluíam os
dez mandamentos, e a aliança de Deus com o homem, deveram primeiramente estar dentro
dos corações dos pais, para que então pudessem ser ministradas aos filhos. Não se pode dar
algo que não se tenha recebido primeiro, e tudo que é bom vem do Pai da luzes. Estas palavras
deveriam ser inculcadas aos filhos, assentado em casa, andando, deitando, levantando.
Inculcar nos dicionários da língua portuguesa significa repetir muitas vezes para imprimir no
espírito (Aurélio, Michaelis). A palavra hebraica traduzida aqui por inculcar (ou ensinar,
intimar) é LAMAD, e é uma palavra de grande abrangência, e representa muito bem o
processo de ensino e aprendizagem que Deus estabeleceu para os país e filhos.
Lamad, traduzida por inculcar, pode ser definida como:

1. "Cortar" a mente; é a idéia de uma navalha afiada formando um canal (sulco) na mente e
produzindo por meio desta incisão um padrão de pensamento.

2. Formar um estilo de vida, ou uma maneira de viver.

Temos aqui portanto dois aspectos: o aspecto interno, relacionado com o ensinar, que é o
"cortar", marcar, criar um caminho que produz padrões e estruturas de pensamento, e o
aspecto externo, a conseqüência disto, que nos fala da aprendizagem, que é um estilo de vida,
ou uma maneira de viver.

Temos que considerar que a mente da criança, em sua formação natural, desde o seu
nascimento, deixada por si só, irá produzir padrões de pensamento pecaminosos. Basta
observar que não é necessário ensinar uma criança a mentir ou desobedecer.

Para que ensinemos uma criança biblicamente temos que cortar estes padrões de pensamento
errados, e redirecioná-los. E isto tem qual o propósito? Produzir uma mudança no estilo de
vida, uma mudança no caráter. A ferramenta adequada para cortar, e produzir este estilo de
vida é a palavra de Deus. A palavra de Deus é como uma espada (Hb 4:12 "Porque a palavra de
Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao
ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e
propósitos do coração."), que corta os padrões errados e estabelece novos, Ela é o poder de
Deus para renovar as mentes, para produzir um novo caminho, e padrões de pensamentos
corretos, que irão produzir vida abundante, saúde, alegria, satisfação, frutos, etc.

Desta forma vemos que a palavra de Deus define ensinar e aprender com um propósito:
FORMAR UMA VIDA. Trata-se de ensinar a viver, é discipulado. Estamos preocupados em
formar discípulos, não acadêmicos que apenas tiram boas notas, passam de ano e ser bem
informados. Trata-se de formar um estilo de vida, estabelecer uma maneira de viver, edificar
um caráter, que vai produzir algo útil, que vai ser próspero, abençoar a outros e glorificar a
Deus.

Vamos examinar também a definição da palavra EDUCAR, segundo o dicionário cristão


Webster 1828. Segundo Webster educar é toda a série de instruções e disciplinas com o
objetivo de:

1. iluminar o entendimento;
2. corrigir o temperamento;

3. formar as maneiras e hábitos da juventude;

4. e prepará-los para serem úteis no futuro, cumprindo o seu chamado na vida.

Vemos aqui novamente o processo ensinar-aprender. Ilumina o entendimento e corrige o


temperamento (interno) para formar um estilo de vida que seja útil, próspero, e cumpra com o
propósito de Deus (externo).

A Metodologia Bíblica para Ensino-Aprendizagem

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As palavras: assentar, caminhar, levantar, deitar falam de coisas simples e corriqueiras do dia
a dia, enfatiza a convivência, o relacionamento. Ensinar e aprender é portanto algo
RELACIONAL e PESSOAL, e não técnico e informativo. Ensinar e aprender envolve
obrigatoriamente um relacionamento pessoal. Nós não ensinamos matérias, nem ensinamos
aulas. Ensinamos crianças, estamos treinando corações e mentes eternas. Ensinar e aprender é
um processo de coração, mente para mente, espírito para espírito. É um investimento de
nossas vidas. É também uma obra de fé, um trabalho de amor e uma firme esperança (1 Ts
1:2-3 "Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e,
sem cessar, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da
abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo,").
Nenhuma criança pode aprender sem antes estabelecer um relacionamento de confiança com
aquele que a ensina. O Salmo 142:4 nos declara isto: "Olha para a minha direita e vê, ninguém
há que se interesse por mim, refúgio me falta, e ninguém cuida de minha alma". O que fica
claro aqui é que primeiramente uma criança precisa de amor, alguém que se interesse
genuinamente por ela, que lhe ofereça refúgio, consolo, companheirismo, compreensão,
amizade. Então, após este relacionamento de amor e amizade, vem o desejo de que sua alma
(mente) seja ensinada, cuidada, instruída naquilo que é bom.

Assim, os pais que não estabelecem um relacionamento com seu filho não conseguem
ensinar nada a eles. Eles simplesmente não podem ouví-los. O pai ou mãe que não demonstra
por seus filhos amor e interesse, compreensão com suas dificuldades e limitações, não abre a
porta dos seus corações. O solo não é preparado, e portanto não se podem plantar boas
sementes. Com quem uma criança está assentada em sua casa, andando pelo caminho, ao
deitar-se e ao levantar-se? Não são os pais? A chave está aqui. primeiro as palavras precisam
estar no coração dos pais, para que possam ser inculcadas nos filhos. Através de um
relacionamento de amor os pais abrem o caminho para marcar de tal forma a vida dos filhos
pela Palavra de Deus, que produzirá neles um estilo de vida cristão, formará neles o caráter de
Cristo. A vida no lar está cheia de momentos preciosos para ensinar. É ao deitar, ao levantar,
ao andar no caminho para a escola, assentado no almoço e no jantar. Eles estão aprendendo
pela demonstração de seus pais, de como eles falam, reagem, resolvem seus problemas.

A Escola Como a Segunda Testemunha que Fundamenta em Fé

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Muitos pais consideram que o trabalho de ensinar deve ser feito pela escola. Delegam o
mandamento de Deus e o privilégio de ensinar sua próxima geração a terceiros, e se esquivam
com desculpas e compromissos inadiáveis. O mandamento para ensinar em toda a bíblia
sempre foi dirigido aos pais. A palavra de Deus estabelece somente três instituições, ou três
esferas de governo: a família, a igreja e o governo civil. Desta forma, a escola como instituição
não existe, senão como extensão da família que lhe concede autoridade para ensinar seus
filhos. Na verdade, a escola não coloca outro fundamento, mas somente pode CONFIRMAR e
ESTABELECER os fundamentos que a família já tem.

A palavra de Deus nos diz que sem duas ou três testemunhas nada pode ser estabelecido (Mt
18:16 " Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo
depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça."; 2 Co 13:1 "Esta é a
terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas, toda questão será
decidida. " ; Hb 10:28 " Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas
quem tiver rejeitado a lei de Moisés."). Dessa forma, para que uma família estabeleça seus
filhos em fé, e lhes dê um propósito na vida, é necessário mais de uma testemunha. Isto
também está claro em 1 Co 3:5-10 " Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de
quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou; mas o
crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega,
mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o
seu galardão, segundo o seu próprio trabalho. Porque de Deus somos cooperadores; lavoura
de Deus, edifício de Deus sois vós. Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o
fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como
edifica."(um planta, outro rega, aqui vemos novamente a questão de mais de uma
testemunha).

Os pais precisam de ajuda. Não somente porque muitas vezes não dominam os conteúdos das
matérias, não têm tempo suficiente, ou não possuem habilidade para ensinar. Mas
principalmente porque a Palavra de Deus diz que com duas ou três testemunhas toda palavra
será confirmada (estabelecida). Assim a escola atua como a segunda testemunha, e confirma o
que os pais estão ensinando em casa. A escola faz isto através de uma abordagem de cada
disciplina por um ponto de vista bíblico, identificando os fundamentos e os princípios bíblicos
que as governam. Não significa que os pais vão ensinar geografia em casa e a escola vai
confirmar, mas por exemplo os pais ensinam que cada coisa tem o seu lugar, e que o quarto
deve ficar em ordem, e o professor na escola ao mostrar os mapas, continentes, aplica o
mesmo princípio mostrando a ordem com que Deus criou o universo e a terra, e como tudo
tem o seu lugar (princípio da mordomia ou administração).
Como professores numa escola cristã, fundamentamos os nossos alunos em fé com propósitos
divinos. O papel do professor é fundamentar as crianças na fé que seus pais desejaram
abraçar, de modo que eles cresçam firmando-se internamente nos propósitos de Deus para
suas vidas.

Uma Mesma Lei, Uma Aliança

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Podemos observar portanto que para que este processo de ensino e aprendizagem ocorra, a
família e a escola devem estar sob uma mesma lei, e dentro de uma mesma aliança. O que a
criança aprende em casa é confirmado na escola, e o que ela aprende na escola deve ser
reforçado em casa. Ambos, lar e escola, devem estar fundamentados sobre os mesmos
princípios, para que haja consistência no que for produzido. Está consistência produzirá na vida
da criança equilíbrio, segurança, e frutificará positivamente em boas obras, em mudança de
atitudes, em desenvolvimento espiritual, mental e físico.

Todavia, uma série de pequenas coisas pode atrapalhar este processo. Se a criança em casa
recebe um tipo de treinamento, e na escola outro, estamos plantando dois tipos de sementes,
e uma irá enfraquecer a outra. A criança pode ficar confusa, e não saber discernir o que é certo
e errado, qual é o padrão a ser seguido. Se ela em casa pode ter atitudes que na escola não
pode, isto certamente acarretará conflitos, e o processo e ensino-aprendizagem fica
totalmente comprometido.

Os pais podem facilmente treinar negativamente seus filhos, de maneira não intencional:

Exemplo 1: Se ao darmos uma ordem a nosso filho, ele não responde na primeira, nem na
segunda, mas somente quando elevamos o tom de voz ele nos ouve, estamos treinando eles
para obedecerem e darem atenção somente quando o tom de voz é elevado. Então na classe o
professor não consegue a atenção e a obediência do aluno a menos que ele eleve a voz. E um
professor não deveria elevar a voz, muito menos os pais.

Exemplo 2: se em casa a criança não faz a lição de casa, ou se delonga nisso, ou sempre acha
uma desculpa, e os pais não corrigem, ela também não fará as atividades em sala, não dará
importância a concluir as suas tarefas, e a conseqüência é um baixo rendimento.

Exemplo 3: se uma criança não tem limites em casa em suas brincadeiras, na escola também
causará problemas durante o intervalo, ou mesmo em sala não consegue discernir o limite
para parar de falar, leva tudo na brincadeira.
Exemplo 4: se os pais estão sempre muito ocupados para ver o caderno de seu filho, e não os
incentiva e elogia positivamente, apreciando o esforço e reconhecendo a melhoria, os filhos
não se preocuparão em mantê-lo bem organizado e limpo e valorizá-lo.

Exemplo 5: uma criança que não tem horário regular para fazer lição de casa, dormir, acordar,
etc.,ou que os pais não prezam os horários de seus compromissos, não valoriza o fazer as
coisas dentrodo prazo estipulado, não atenta para os horários de início e fim de uma aula,
sempre acha que se pode deixar para depois.

Conclusão

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É necessário que em casa e na escola vivamos sob um mesmo governo, o de Deus, e debaixo
dos mesmos princípios, que vão orientar nossas atitudes e ações, que se constituem na base
do nosso relacionamento e senso de justiça. Então nossas crianças terão duas testemunhas
fiéis a lhes falar as mesmas coisas, e solidamente mostrar-lhes o caminho a seguir, e
estabelecer suas vidas em fé, preparando-os para a vida futura.

Baseando-se num relacionamento de amor, tanto o lar como a escola irão ensinar usando a
palavra de Deus como fundamento, que penetra no entendimento e vai produzir padrões de
pensamento que irão gerar um estilo de vida produtivo, irrepreensível, justo. Como resultado
teremos adolescentes e jovens que sempre saberão como aprender mais, serão capazes de
autogovernar e não precisarão de contínuo controle externo de outros, ocuparão posição de
destaque por sua erudição e conhecimento, e sempre usarão o raciocínio reflexivo (não serão
dirigidos por impulsos) e se fundamentarão na Palavra de Deus para tomar as decisões e
rumos de suas vidas.

Bibliografia : Apostila do VI Workshop de Educação Cristã de 1997.

Realização: AECEP – Associação de Escolas Cristãs de Educação por Princípios.

End. Eletrônico: www.aecep.org.br

Educação Por Princípios – Sistema Educacional

Histórico
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Verna M. Hall e Rosalie Slater pesquisaram a história cristã americana desde 1940, buscando
na fonte através de sermões, documentos públicos da época dos fundadores e as cartas das
mulheres colonizadoras. Descobriram a providência de Deus na história americana e os 150
anos de educação em princípios bíblicos de governo.

A partir desse trabalho, trouxeram à luz o método bíblico histórico de raciocínio e anotações,
que foi fundamental na educação colonial na época da Constituição. Foi fundado então o
ministério da F.A.C.E. - Fundação para a Educação Cristã Americana.

Vários outros ministérios surgiram a partir deste, explorando os conceitos e aperfeiçoando a


prática do que foi chamado de Educação por Princípios (Principle Approach Education).

A definição de Educação por Princípios, como encontrada no livro Teaching and Learning, de
Rosalie J. Slater, é: "Método cristão histórico americano de raciocínio bíblico, que faz das
verdades da Palavra de Deus a base de cada assunto no currículo escolar".

A partir daí, foi estruturado o sistema educacional de Educação por Princípios, implicando em:

Filosofia: aponta para quem ou o quê está governando ou direcionando a situação, ensinando
a pensar do interno para o externo. Opõe-se a visão humanista, relativista, que distorce o
sentido do conhecimento ao fundamentá-lo no homem, sem compromisso moral.

Currículo: comunicado como uma experiência viva do professor para o aluno, através de seu
exemplo e domínio da matéria. Opõe-se a apresentação fragmentada e informativa das
matérias, sem compromisso com o desenvolvimento integral do aluno para cumprir
plenamente sua vocação.

Metodologia: Desenvolve o raciocínio criativo, constrói o conhecimento através da pesquisa e


fundamenta o aprendizado na aplicação de princípios bíblicos. Opõe-se a métodos pré-
fabricados e consumistas, que acarretam dependência do meio psico-social.

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