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• O Fed deverá subir a fed funds rate esta semana (25 bps, para 1.5%-1.75%), a partir de um outlook económico mais
positivo. Já o BCE mantém uma postura “paciente e persistente” em relação à manutenção dos estímulos monetários.
• As tarifas sobre o aço e ao alumínio impostas pela Administração Trump entram em vigor na 6ª feira,
feira 23.
23 A UE poderá
anunciar retaliações no final da semana. O risco de escalada proteccionista deve ser tido em conta.
• Em Portugal, o indicador coincidente de actividade desacelerou em Fevereiro. O IGCP emitiu dívida de longo prazo
com taxas em mínimos históricos. No mercado secundário, a yield a 10 anos segue em 1.74% (spread em 117 bps).
Subida de juros pelo Fed e “guerras comerciais” No final desta semana (5ª e 6ª feira) terá lugar uma Cimeira da UE,
deverão dominar a semana.
semana que pode assumir particular importância,
importância em função de dois temas:
o acordo de transição para o Brexit, anunciado já esta 2ª feira; e
Esta semana será marcada pela primeira reunião do comité de um eventual anúncio de retaliação às tarifas sobre o aço e o
política monetária do Fed (FOMC) presidida pelo novo Chair Jerome alumínio anunciadas pelos EUA, que poderão entrar em vigor na 6ª
Powell, incluindo novas previsões macroeconómicas e uma feira, 23. Em relação ao “acordo de divórcio” entre o Reino Unido e
conferência de imprensa. Depois da melhoria do outlook para a a UE, foi definido um período de transição, entre o final de Março de
actividade expressa no comunicado da última reunião, em Janeiro, e 2019 (data formal do Brexit) e o fim de 2020, no qual o Reino Unido
no contexto de estímulos orçamentais significativos anunciados nos ainda estará sujeito às regras comunitárias, mas sem participar no
últimos meses pela Administração Trump,
Trump esperamos que o Fed respectivo processo de tomada de decisões.
decisões O acordo engloba a
eleve os juros de referência esta 4ª feira em 25 bps, para 1.5%- compensação financeira pela saída, bem como o estatuto dos
1.75%. É verdade que a inflação core se manteve inalterada em cidadãos da UE residentes no Reino Unido. Mantêm-se contudo,
Fevereiro, em 1.8% YoY, mas a actualização das previsões macro alguns pontos em aberto, incluindo a questão da fronteira entre a
do Fed deverá revelar um maior optimismo em relação às Irlanda do Norte e a República da Irlanda (foi acordada uma
perspectivas de crescimento e deverá manter a expectativa de uma solução de último recurso, válida na ausência de um acordo formal,
subida gradual da inflação. Mais relevante para os mercados que manterá a Irlanda do Norte, parcialmente, no mercado único e
financeiros será a expectativa de evolução da taxa fed funds na união alfandegária – algo que poderá não ser aceite por alguns
expressa pelol FOMC.
FOMC Admite-se
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do campo pro-Brexit,
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com declarações recentes de Powell, de os membros do FOMC Conservador e do Governo britânico). Embora positivo (com a libra a
anteciparem 4 subidas dos juros em 2018, vs. expectativa anterior reagir em alta), este anúncio mantém diversas fontes de incerteza,
de 3 subidas (e mais 2 subidas em 2019). Em todo o caso, mesmo com as provisões anunciadas a serem válidas apenas no caso de um
neste cenário o comunicado da reunião deverá evitar um tom acordo total de “divórcio” ser alcançado ainda este ano.
demasiado agressivo, com Powell a querer equilibrar uma
normalização gradual da política monetária (evitando um O tema das “guerras comerciais” mantém-se em foco, com a
sobreaquecimento da economia) com a continuação da actual possibilidade de anúncio, pela UE, de tarifas sobre EUR 2.8 mil
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dinâmica d crescimento da
de d actividade.
d d milhões de importações dos EUA, EUA como resposta às tarifas
americanas sobre o aço e o alumínio. Os EUA ameaçam retaliar com
Também esta semana, o Banco de Inglaterra (BoE) deverá deixar os tarifas sobre o sector automóvel (com impactos potenciais mais
juros de referência inalterados, mas com um discurso relativamente importantes do que no caso do aço). Teme-se, ainda, um anúncio
hawkish, que manterá em aberto a expectativa de uma subida da próximo de novas restrições americanas sobre 30 a 60 mil milhões
base rate em Maio (ver Reino Unido). Esta postura do Fed e do BoE de importações de equipamentos e produtos electrónicos oriundos
contrasta com a mensagem relativamente mais cautelosa do BCE, da China (esta categoria de produtos representa perto de 50% das
reafirmada na última semana por Mario Draghi. Embora confiante importações americanas da China), o que poderia gerar também
numa evolução
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favorável
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convergência da inflação para as metas, que vê suportadas pelos medidas proteccionistas por parte da Administração Trump insere-
estímulos monetários postos em prática nos últimos anos, o BCE vê se, muito provavelmente, (i) numa estratégia política interna (tendo
um crescimento dos preços ainda muito contido, pelo que considera em conta as mid-term elections de Novembro próximo) e, como já
necessário ser persistente na actual política monetária expansionista referimos aqui anteriormente, (ii) numa disputa mais vasta com a
e paciente em relação aos seus resultados. O mercado reagiu com China em torno da supremacia tecnológica (que ajuda a explicar,
uma descida dos juros de mercado e com uma ligeira depreciação também, o veto da Administração Trump à aquisição da Qualcomm
do euro, reflectindo alguma atenuação e adiamento de expectativas – empresa americana fornecedora de tecnologia de comunicações a
de subidas de juros na Zona Euro. Mantemos, contudo, a diversas empresas chinesas – pela Broadcom de Singapura). A
expectativa de um fim do programa de compra de dívida do BCE eventual escalada de medidas proteccionistas será negativa para as
entre o Q4 2018 e o Q1 2019, que o BCE deverá começar a perspectivas de crescimento e para o sentimento nos mercados
preparar a partir de Junho. Uma subida dos juros de referência financeiros.
poderá depois ocorrer a partir da 2ª metade de 2019.
Research Económico 1
Indicadores e Eventos Seleccionados Março 19 a 23, 2018
Research Económico 2
Economia Global Março 19 a 23, 2018
Estados Unidos
Inflação ainda contida, mas com tendência de subida.
Zona Euro
Inflação homóloga desce para 1.1% em Fevereiro.
Produção industrial (YoY, %).
Os dados mais recentemente disponibilizados para a economia da
Zona Euro têm sugerido um desempenho aquém do esperado no 1º 10
trimestre de 2018. Estão neste caso os dados da produção industrial
5
de Janeiro, conhecidos na passada semana, que sofreu uma 2.7
contracção mensal de 1%. Trata-se da maior queda de produção 0
mensal desde o final de 2016, com redução da produção de energia
e de bens duradouros e intermédios. Com este desempenho, a -5
variação homóloga caiu de 5.3% para 2.7%. No plano dos preços, o
-10
Eurostat procedeu a uma revisão em baixa da inflação homóloga no
mês de Fevereiro, que foi de apenas 1.1%, duas décimas abaixo do -15
registo do mês anterior. Tendo a taxa core (que exclui os preços da
energia e da alimentação não-transformada) permanecido em 1%, -20
estes dados reforçaram o cenário de continuação da ausência de
-25
pressões inflacionistas relevantes, apesar de um desempenho ainda 2008 2010 2012 2014 2016 2018
relativamente robusto da actividade.
Depois de, na reunião do passado dia 8, o BCE ter deixado cair a IPC – taxa de inflação homóloga (%).
possibilidade de vir a aumentar ou prolongar no tempo o programa
de aquisição de activos, dada a melhoria do outlook, Mario Draghi 5
voltou a ter, na passada semana, um discurso moderadamente
cauteloso,
l sublinhando
bl h d a necessidaded d de
d que a política
lí monetária
á 4
mantenha um pendor amplamente expansionista até que a inflação
regresse aos níveis desejados (mais próximos de 2%), devendo os 3
Total
ajustamentos que vierem a ser anunciados ser previsíveis e
2
graduais. Em conjunto com os dados de inflação acima referidos,
estas palavras de Draghi contribuíram para a valorização do 1.1
1 1.0
mercado de dívida pública, com correspondente descida de taxas. Core
Esta semana, destaca-se, na 5ª feira, a divulgação dos índices PMI
0
para a Zona Euro, Alemanha e França referentes ao desempenho
dos sectores da indústria e dos serviços no mês de Março. Para a -1
economia alemã serão também conhecidos os índices ZEW de 2007 2009 2011 2013 2015 2017
expectativas para a evolução nos próximos meses (terça-feira) e IFO
de confiança empresarial (5ª feira). Fonte: Bloomberg.
Research Económico 3
Economia Global Março 19 a 23, 2018
Reino Unido
Banco de Inglaterra deverá manter política monetária
inalterada. Subida dos juros esperada só em Maio. Probabilidade implícita atribuída pelo mercado a uma
O Banco
B d Inglaterra
de I l t d
deverá
á manter
t a política
líti monetária
tá i inalterada
i lt d subida dos juros pelo BoE até Maio (%).
(%)
80%
na próxima 5ª feira, 22. Espera-se, contudo, que esta decisão seja
acompanhada por uma mensagem relativamente agressiva (i.e. um
70%
hawkish hold), no sentido em que, com a inflação acima da meta
(ainda que a descer), com os salários reais a recuperar e com a
60% 63%
actividade económica doméstica a mostrar sinais positivos, a
autoridade monetária deverá querer manter em aberto o cenário de
uma subida (muito gradual) dos juros de referência, com um 50%
próximo
ó movimento esperado jáá para o mêsê de Maio (mês ê em que a
reunião do comité de política monetária coincide com a 40%
apresentação de novas previsões macroeconómicas). Mantemos,
contudo, uma visão céptica sobre o processo do Brexit, que se 30%
poderá revelar menos benigno que o antecipado pelos mercados e
do que o sugerido pelo acordo de transição agora anunciado, 20%
podendo ainda, a médio prazo, trazer impactos negativos sobre a Set. 2017 Nov. 2017 Jan. 2018 Mar. 2018
actividade económica e sobre a libra. Esta terça-feira será conhecida Fonte: Bloomberg.
a inflação de Fevereiro, esperando-se um recuo de 3% para 2.8%
YoY, com o registo core a descer de 2.7% para 2.5% YoY.
China
Actividade mais dinâmica que o esperado no início de 2018.
Brasil
Reunião de política monetária em destaque.
A semana será marcada pela decisão que o Copom anunciará na 4ª positivas – poderá entrar em trajectória altista e pressionar os preços
feira quanto ao patamar adequado para a taxa de juro Selic. Terá o nos próximos meses. Além disso, ainda que em ritmo menos veloz
cenário
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o caminho mais provável ou as leituras mais favoráveis de inflação e continua em trajetória expansionista, devendo ganhar ainda mais
menos auspiciosas de actividade – face ao consenso de mercado – fôlego à medida em que os efeitos desfasados das reduções anterio-
poderão ser considerados desvios significativos desta trajectória? res da taxa de juro comecem a ser sentidos plenamente. Portanto,
Caso a primeira avaliação prevaleça, o corte de juros observado em não parece haver espaço para uma extensão muito ampla do ciclo
Fevereiro terá sido o último do ciclo de alívio iniciado em Outubro de de alívio monetário. Assim, mesmo que sejamos forçados a adequar
2016 e a nossa projecção mostrar-se-á acertada. Caso contrário, os as nossas projecções para um eventual corte adicional na reunião
membros do Copom deverão promover mais um corte que deverá, desta semana, não implicará em revisão ampla da expectativa de
provavelmente, encerrar de vez o ciclo de corte da taxa Selic. Ou que o processo de normalização da natureza da política monetária
seja, estamos no menor nível histórico que o Brasil já testemunhou, brasileira só deverá acontecer em meados de 2019. Assim,
ou muito próximo dele, já que os índices de preços no produtor mantemos a nossa projecção de 6.75% para a meta da taxa Selic ao
começam a sinalizar que o comportamento dos preços dos alimentos longo de 2018 – ou no patamar de 6.50% caso o BCB resolva
– que têm, até agora, ajudado na geração de surpresas de inflação “aproveitar” uma brecha muito fugaz no ambiente económico.
Research Económico 4
Ibéria Março 19 a 23, 2018
Espanha Portugal
S&P deverá subir o rating soberano em 1 grau, para A-. Dívida pública com desempenho positivo no mercado.
Na 66ª feira, 23, a S&P tem oportunidade de se pronunciar sobre o Os indicadores coincidentes de actividade e do consumo privado
rating soberano de Espanha, admitindo-se uma forte probabilidade prolongaram, em Fevereiro, a tendência recente de desaceleração,
de upgrade, de BBB+ para A-. Recorde-se que a S&P passou o depois dos máximos registados no Verão de 2017. O indicador
outlook da notação financeira de Espanha para “positivo” há um relativo à actividade cresceu 2.3% YoY no último mês, o que
ano, podendo a subida do rating não ter ocorrido entretanto devido compara com uma variação de 2.7% no conjunto de 2017. Já o
à instabilidade política potencial associada à questão da Catalunha. indicador do consumo privado cresceu 2% YoY em Fevereiro, vs.
Embora se mantenha nesta região uma situação de indefinição 2.3% no conjunto do ano passado. Esta evolução é consistente com
governativa, o receio de efeitos de contágio mais gerais à economia a nossa expectativa de moderação do crescimento da economia
espanhola reduziram
reduziram-se
se claramente,
claramente com a actividade a manter um portuguesa em 2018 (em parte devido a um efeito de base menos
dinamismo acima da média no contexto europeu. O PIB cresceu favorável – 2017 foi um ano mais positivo que 2016). Mas a
0.7% QoQ e 3.1% YoY no 4º trimestre de 2017 e os riscos em 2018 generalidade dos indicadores continua a suportar um cenário de
encontram-se enviesados no sentido de um crescimento superior ao prolongamento do actual ciclo de expansão, justificando,
esperado. O contexto positivo favorece também a redução do défice inclusivamente, uma revisão em alta da nossa previsão de
público (expectativa de descida de 3.1% para 2.6% do PIB este crescimento do PIB para 2018, de 2.1% para 2.3%, com os riscos
ano). Recorde-se ainda que, em Janeiro, a Fitch elevou também já o ainda ligeiramente enviesados no sentido positivo (ver tabela).
rating de Espanha em 1 grau, para A-.
Naa se
semana
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U 99755 milhões
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Em Fevereiro, os preços no consumo subiram 0.1%, levando a anos, com uma yield de 1.778% (um mínimo histórico, após 2.046%
inflação homóloga headline a subir de 0.6% para 1.1%. A nível core, na última operação comparável, em Fevereiro). Foi também emitida
os preços aceleraram de 0.8% para 1.1% YoY. A contribuir para dívida com maturidade em 2045 (EUR 275 milhões), com uma yield
este movimento ascendente, destacam-se as componentes da de 2.8% (abaixo da taxa comparável de 3.977%, em Julho de
habitação (com efeitos de base associados ao preço da 2017). A combinação de notícias positivas na actividade e nas contas
electricidade) e do lazer e cultura, neste caso reflectindo a pressão públicas com a perspectiva de upgrade pela Moody’s (no próximo
em alta sobre os preços exercida pelo dinamismo do sector do dia 20 de Abril) justifica o bom desempenho da dívida portuguesa,
turismo Ainda em Janeiro,
turismo. Janeiro as vendas a retalho registaram um com a yield da OT a 10 anos no mercado secundário em 1.74%,1 74% e
crescimento homólogo de 2.2%, vs. 0.6% no mês anterior. um spread vs. Bund em 117 bps.
Taxa de inflação homóloga (%). Spread das OTs a 10 anos vs. Bund (bps).
6 400
5 350
4 Total 300
Portugal
3 250
Itália
2 Core 200 Espanha
Research Económico 5
Mercados Março 19 a 23, 2018
Taxa de Juro
Receios de pressões inflacionistas recuam, tanto na Europa como nos EUA.
Os dados de inflação nos Estados Unidos, revelando uma estabilização da taxa homóloga core em 1.8% em Fevereiro, corresponderam ao
que era antecipado pelo mercado, devendo permitir ao Fed manter a sua sinalização de uma elevação gradual dos juros de referência, sem
necessidade de uma aceleração dessa trajectória. Estes dados, que se seguem aos do mercado de trabalho, que ilustraram uma
desaceleração da remuneração média horária (de 2.8% para 2.6% em termos homólogos), conduziram a uma diminuição dos receios de
agravamento das pressões inflacionistas (e de subida mais rápida dos juros), tendo a taxa do Treasury a 10 anos descido para 2.84%.
Também na Europa se assistiu ao mesmo movimento, tendo a taxa de inflação homóloga apurada pelo Eurostat para o mês de Fevereiro sido
alvo de revisão em baixa, para 1.1%. Neste contexto, a taxa do Bund a 10 anos regressou a níveis inferiores a 0.60%. Na 6ª feira, a agência
de rating Standard & Poor’s manteve inalterada a classificação da dívida soberana portuguesa em BBB-, mantendo também o outlook em
“estável”. As taxas da dívida portuguesa prosseguiram a trajectória descendente, situando-se a da Obrigação do Tesouro a 10 anos em
1.74% (reduzindo o spread face à Alemanha para 117 pontos base).
Yield Curve (%)
EUA Zona Euro (Alemanha) Reino Unido
Variação Variação Variação
mar. 16, 2018 mar. 09, 2018 dez. 29, 2017 mar. 16, 2018 mar. 09, 2018 dez. 29, 2017 mar. 16, 2018 mar. 09, 2018 dez. 29, 2017
semanal (bp) semanal (bp) semanal (bp)
3M 1,77 1,66 11 1,69 -0,33 -0,33 0 -0,33 0,61 0,60 1 0,52
6M 1,94 1,87 7 1,84 -0,27 -0,27 0 -0,27 0,71 0,70 1 0,58
1A 2,05 2,02 3 2,11 -0,19 -0,19 0 -0,19 0,92 0,92 1 0,77
2A 2 29
2,29 2 26
2,26 3 1 89
1,89 -0 59
-0,59 -0 56
-0,56 -3 -0 63
-0,63 0 81
0,81 0 83
0,83 -3 0 44
0,44
5A 2,64 2,65 -1 2,21 -0,04 0,03 -7 -0,20 1,13 1,17 -4 0,72
10 A 2,85 2,90 -5 2,41 0,57 0,65 -8 0,43 1,43 1,49 -6 1,19
Swap interest rates (%)
EUA Zona Euro Reino Unido
Variação semanal Variação semanal Variação semanal
mar. 16, 2018 mar. 09, 2018 mar. 16, 2018 mar. 09, 2018 mar. 16, 2018 mar. 09, 2018
(bp) (bp) (bp)
2A 2,61 2,57 4,78 -0,14 -0,13 -1,50 1,04 1,05 -1,00
5A 2,80 2,79 1,11 0,40 0,45 -5,25 1,33 1,38 -5,65
10 A 2,89 2,92 -2,78 1,01 1,07 -6,05 1,54 1,61 -7,20
Taxas de Referência dos Bancos Centrais Ðltima alteração Valor actual Previsão
País/Região Taxa Data Valor (pontos base) (%) Mar. 2018 Jun. 2018
EUA Fed funds rate Dez. 13, 2017 +25 1.25-1.50 1.50-1.75 1.75-2.00
Zona Euro Refi rate Mar. 10, 2016 -5 0.00 0.00 0.00
Reino Unido Base rate Nov. 02, 2017 +25 0.50 0.50 0.75
Japão Policy-rate balance rate Jan. 29, 2016 -20 -0.10 -0.10 -0.10
Brasil Taxa Selic Fev. 07, 2018 -25 6.75 6.75 6.75
Cambial
Actuação do Fed e incerteza em torno da política económica de Trump condicionam dólar.
A semana ficou marcada por uma ligeira apreciação do dólar relativamente ao euro, devendo, no entanto, referir-se a relativa estabilidade da
cotação EUR/USD, que se manteve num intervalo relativamente estreito, entre 1.2258 e 1.2413. As perspectivas para a actuação dos
principais bancos centrais na condução das respectivas políticas monetárias (em particular do Fed e do BCE) continuam a ser o principal
factor com influência na evolução do mercado cambial. Deve, contudo, notar-se o impacto, ao longo da última semana, da imprevisibilidade e
incerteza em torno da política económica (e externa) da Administração Trump (com a demissão de vários dos seus membros),
membros) e dos receios
de uma escalada de medidas proteccionistas e suas implicações sobre a actividade e o comércio internacionais, que tendem a exercer um
efeito de depreciação do dólar. O euro, por seu turno, foi penalizado pelos indicadores macroeconómicos mais recentemente conhecidos para
a Zona Euro, com destaque para a queda de 1% da produção industrial no mês de Janeiro e para o recuo da inflação homóloga, de 1.3%
para 1.1% em Fevereiro. Esta semana, a reunião de política monetária do Fed, a primeira presidida por Jerome Powell, e em que serão
apresentadas as novas previsões dos seus membros para, entre outras, a trajectória esperada para a taxa de juro de referência, sobressai
como o principal evento com potencial impacto sobre o mercado cambial.
Variaç ão 3 m es es 12 m es es
M oedas m ar. 16, 2018 Sem anal D es de iní c io de 2018 Prev is ão F orw ard Prev is ão F orw ard
EUR/USD 1,2289 -0,2% 2,2% 1,26 1,24 1,28 1,27
EUR/GBP 0,8817 -0,8% -0,8% 0,900 0,884 0,930 0,894
EUR/JPY 130,38 -0,9% -3,7% 138,60 130,46 140,80 130,64
EUR/CHF 1,1708 0,0% 0,0% 1,16 1,17 1,17 1,17
EUR/PLN 4,2164 0,6% 1,0% 4,20 4,24 4,15 4,30
EUR/AUD 1,5918 1,3% 3,4% 1,68 1,60 1,68 1,64
USD/JPY 106,09 -0,7% -5,8% 110,00 105,41 110,00 103,13
GBP/USD 1,3938 0,6% 3,1% 1,400 1,400 1,376 1,417
USD/BRL 3,2796 0,8% -1,0% 3,20 3,31 3,40 3,39
EUR/BRL 4,0358 0,7% 1,4% 4,03 4,10 4,35 4,30
Fontes: Bloomberg, NB Research.
Research Económico 6
Mercados Março 19 a 23, 2018
Acções
Incerteza e imprevisibilidade da Administração Trump penalizam sentimento dos investidores.
Commodities
Cobre em queda com receios de escalada de proteccionismo.
Os preços do petróleo têm evoluído com relativa estabilidade ao longo das últimas semanas, com o barril de Brent a situar-se em torno de
USD 66 desde o início de Março. Enquanto, por um lado, se assiste a um progressivo incremento dos níveis de produção de crude nos
Estados Unidos (atingindo, na passada semana, um máximo histórico de 10.4 milhões de barris/dia), os níveis de produção da Venezuela têm
exibido uma forte quebra, impedindo uma descida significativa dos preços. De facto, a Agência Internacional de Energia não exclui um
cenário de escassez de oferta no mercado global, em função da redução do fornecimento venezuelano e do aumento esperado para a
procura. Acresce que a Rússia veio já sinalizar a sua abertura a um prolongamento dos cortes de produção durante o ano de 2019, se
necessário, para impedir uma descida dos preços provocada pelo aumento de oferta norte-americana. No plano dos metais industriais, os
receios de uma escalada de medidas proteccionistas por parte das principais economias, e sua repercussão sobre o comércio global,
contribuiu para uma nova queda do preço do cobre, para níveis inferiores a USD 6900/tonelada. Refira-se a grande estabilidade exibida pela
cotação do ouro,
ouro apesar do agravamento da aversão ao risco observada desde o início da passada semana.
semana
Commodit y mar. 16, 2018 mar. 09, 2018 dez. 29, 2017 V ar. S emanal Desde iní cio de 2018
Brent (USD/barril) 66,21 65,49 66,87 1,1% -1,0%
WTI (USD/barril) 62,34 62,04 60,42 0,5% 3,2%
Gás Natural (USD/10000 MMBtu) 2,69 2,73 2,95 -1,6% -9,0%
Ouro (USD/onça troy) 1314,00 1322,09 1306,22 -0,6% 0,6%
Cobre (USD/tonelada) 6888,00 6962,00 7247,00 -1,1% -5,0%
Trigo
g (GBP/tonelada)
( ) 144,10
, 144,75
, 136,25
, -0,4%
, 5,8%
,
Milho (USD/100 bushels ) 382,75 390,50 350,75 -2,0% 9,1%
Preço do Petróleo (USD/Barril) Preço do Ouro (USD/Onça) Preço do Cobre (USD/Tonelada)
140 2000 11000
1900
120 10000
Brent 1800
1700 9000
100
1600
8000
80 1500
1400 7000
60 WTI
1300 6000
40 1200
5000
1100
20 1000 4000
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Fonte: Bloomberg.
Research Económico 7
Indicadores Económicos Março 19 a 23, 2018
Research Económico 8
Indicadores Económicos Março 19 a 23, 2018
Research Económico 9
Research Económico
Research Económico
g Lavrador
Tiago tiago.lavrador@novobanco.pt
g p + 351 21 310 64 94
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