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CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO BRASILEIRO


CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

CLÁUDIA SANTOS DE QUEIROZ


CRISTIANO CONCEIÇÃO SILVESTRE DA SILVA
DAIANA DE FRANÇA BECCARI DA SILVA
DEISIANE DA SILVA BARBOSA
ELISANGELA MOREIRA DE SOUZA CONCEIÇÃO
KATIA OLIVEIRA DE SOUZA
PAULO HENRIQUE VIEIRA

A IMPORTÂNCIA DA EXPORTAÇÃO DE CARNE SUÍNA


PARA OS NEGÓCIOS DA EMPRESA BRF

São Paulo
2015
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CLÁUDIA SANTOS DE QUEIROZ


CRISTIANO CONCEIÇÃO SILVESTRE DA SILVA
DAIANA DE FRANÇA BECCARI DA SILVA
DEISIANE DA SILVA BARBOSA
ELISANGELA MOREIRA DE SOUZA CONCEIÇÃO
KATIA OLIVEIRA DE SOUZA
PAULO HENRIQUE VIEIRA

A IMPORTÂNCIA DA EXPORTAÇÃO DE CARNE SUÍNA


PARA OS NEGÓCIOS DA EMPRESA BRF

Trabalho de conclusão de curso, apresentado ao


Centro Universitário Ítalo Brasileiro, sob a
orientação do Prof° Ms. Milton Del Rio Blas

São Paulo
2015
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RESUMO

O presente trabalho apresenta o cenário brasileiro de exportações de


carnes suínas. É sabido que hoje o Brasil está posicionado em quarto
lugar no ranking de exportações neste setor, fatores como a relação
comercial com o mercado russo e a reabertura de negociações com a
África do Sul contribuíram com o aumento das exportações, apresenta
também as dificuldades encontradas no segmento como as barreiras
comerciais e a febre aftosa. Pensando nisso, o objetivo deste trabalho
foi de analisar a importância da exportação de carne suína para os
negócios da empresa brf. Com a análise da empresa foi possível
compreender melhor como está o mercado. Para concretizar tal objetivo,
realizou uma pesquisa bibliográfica e ainda um levantamento de dados
da empresa brf. Conclui-se que a empresa brf, possui uma estrutura
adequada para desenvolver essa atividade, está bem posicionada no
mercado, possui segurança alimentar, um portfólio adequado para
atender mercados estrangeiros e uma marca internacionalmente
valorizada.

Palavras-Chaves: Exportação, Comércio Internacional e Mercados


Estrangeiros.
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ABSTRACT

This paper presents the Brazilian scenario of exports of pork. It is known


that today Brazil is positioned in fourth place in the ranking of exports in
this sector, factors such as the business relationship with the Russian
market and the reopening of negotiations with South Africa contributed to
the increase in exports also presents the difficulties encountered in
segment as trade barriers, FMD. Thinking about it, the aim of this study
was to analyze the importance of export pork to the business of brf
company. With the analysis of the company was possible to understand
better how the market is. To achieve this goal, performed a literature
search and also a data collection of brf company. We conclude that the
brf company has an adequate structure to develop this activity, is well
positioned in the market, has food security, adequate portfolio to serve
foreign markets and an internationally valued brand.

Keywords: Export, International Trade and Foreign Markets.


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 06
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 08
2.1 Definição de exportação .................................................................................. 08
2.2 Tipos de exportação: Direta e Indireta ............................................................. 09
2.3 Importância da exportação ............................................................................... 12
2.4 Transportes mais utilizados no processo de exportação ................................. 15
2.5 Documentação exigida no processo de exportação direta ............................... 19
2.6 SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior ................................... 20
2.7 Despacho Aduaneiro e os procedimentos no processo de exportação ........... 22
2.8 Cenário brasileiro de exportação de carnes suínas ......................................... 24
3 METODOLOGIA ............................................................................................... 28
4 ESTUDO DE CASO .......................................................................................... 30
4.1 Caracterização da empresa brf ........................................................................ 30
4.2 Fluxograma de exportação de carne suína da brf ............................................ 34
4.3 Processo de exportação de carne suína da empresa brf ................................. 35
4.4 Resultados da pesquisa e discussão ............................................................... 36
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 41
6 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 44
6.1 Livros ............................................................................................................... 44
6.2 Eletrônicos ....................................................................................................... 44
--APÊNDICE A....................................................................................................... 46
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1 INTRODUÇÃO

O presente artigo aborda o tema, exportações brasileiras de carnes suínas.


Justifica-se o tema escolhido uma vez que, a suinocultura brasileira está posicionada
em quarto lugar no ranking de produção e exportação mundial de carne suína,
características como sanidade, nutrição, produção integrada e aprimoramento
gerencial dos produtores contribuem para que se aumente a oferta neste segmento
e coloque o país em destaque no cenário mundial.

De acordo com Vargas (2014), a suinocultura brasileira passou a ser


explorada de forma econômica e competitiva, fatos contribuem para que a
exportação neste segmento aumentasse como a relação comercial com o mercado
russo, que continua sendo o principal mercado consumidor de carne suínas
brasileiras, e a reabertura de negociações com a África do Sul que estavam
fechadas com o Brasil, desde 2005, empresas que atuam no segmento de carne
suína, que possui capacidade de produção e de exportação, entende como
oportunidade de expandir, aprofundar seus negócios neste mercado.

Para uma empresa a análise do mercado estrangeiro que se deseja atuar é


fundamental para seus negócios, uma vez que a atividade de exportar proporciona á
mesma vantagens como reconhecimento de sua marca internacionalmente, conceito
de sua imagem como empresa idônea, tende a se tornar uma empresa mais
inovadora, pois produz produtos com mais qualidades, melhor elaborados para
concorrer com produtos internacionais, há mais aprimoramento e investimentos em
recursos humanos e tecnológicos, além de contribuir também com a geração de
novos empregos para atender a esses mercados (KEEDI, 2013).

Nesse sentido, o questionamento que norteia o estudo deste trabalho é qual a


importância da exportação de carnes suínas para os negócios da empresa brf. Esta
é uma empresa de grande porte com a matriz situada na cidade de São Paulo – SP,
onde foi realizada uma pesquisa exploratória qualitativa para o desenvolvimento
deste artigo. O objetivo geral será analisar a importância da atividade de exportação
de carnes suínas para os negócios da empresa, tendo também como objetivos
específicos identificar como são realizados os processos de exportação no setor de
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carne suína, relacionar os procedimentos necessários para se exportar para países


que possuem peculiaridades como religião predominante e sistema social
diferenciados da cultura brasileira e verificar o posicionamento da empresa brf
perante suas concorrentes, suas vantagens competitivas.

O artigo busca apresentar o crescimento das exportações de carne suínas


brasileira. Estas mudanças ocorrem para que o cenário se torne favorável para
empresas da área. Evidencia a atividade de exportar como promissora tanto para a
empresa que a exerce, quanto para o país onde a mesma está localizada, o estudo
deste artigo foi fundamentado a partir de argumentações de autores como Caixeta,
Garcia, Keedi, Mininervini, Razzolini, Segre, Vazquez, Vieira e Yin.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Definição de Exportação

A atividade de exportar é entendida como tudo aquilo que um país vende para
outro, é à saída de uma matéria-prima, ou produto fabricado, podendo ser também
serviços, de origem de um determinado país, que é comercializado além de suas
fronteiras, cada país exporta de acordo com sua produção e tecnologia, essa
atividade ocorre decorrente de um contrato de compra e venda internacional que
pode ou não resultar na entrada de divisas, dinheiro para o país. Keedi (2013, p.22),
define exportação como:

A exportação pode ser de bens e serviços, entendendo-se a


de bens como a transferência de mercadorias entre os
países, e os serviços como à venda de assessoria,
consultoria, conhecimentos, transportes, turismo, assistência
técnica, etc.

A transferência de mercadorias ou serviços entre diferentes países ocorre


porque, cada país possui uma característica forte, que faz movimentar sua
economia, recursos naturais abundantes ou tecnologia avançada. Existem países
que são mais industrializados e necessitam de mais matéria-prima, já outros
precisam de produtos já fabricados para vender em seu país, a questão climática de
cada país também influência para determinar sua capacidade do que produzir a
relação de transferência também pode ocorrer por interesse de um produto que
mesmo o país sendo capaz de produzi-lo financeiramente compensa mais exportá-
lo, por uma questão de análise financeira, seu custo ser menor, sendo produzido
fora do seu território, a exportação tem a finalidade de sanar estas necessidades, de
forma que seja uma relação vantajosa para ambos os países envolvidos nesta
comercialização.
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Segundo Minervine (2008), a exportação se configura quando uma


mercadoria é disponibilizada ao comprador estrangeiro e traz como vantagem a
possibilidade do conforto com outras realidades, o avanço da tecnologia permite
comunicações imediatas com as mais distintas regiões do planeta, proporcionando
os melhores negócios no exterior, a atividade de exportar para a empresa é a
participação no competitivo mercado internacional, é uma estratégica de
desenvolvimento, uma forma de ganhar experiência.

A exportação é uma relação de comercialização entre países, essa relação


gera experiências para as empresas que a executam, pois exige conhecimento
burocrático deste processo e das barreiras que existem em determinados
segmentos, como também conhecimento de diferentes mercados. Para exportar
uma empresa precisa identificar as necessidades e preferências dos consumidores
dos mercados estrangeiros a serem explorados, para que a saída de mercadoria do
território aduaneiro seja efetivamente uma atividade que traga lucro para a empresa
que a desenvolva.

2.2 Tipos de exportação: Direta e Indireta

Quando a empresa opta por comercializar bens de consumo no exterior,


imediatamente a definição de qual a melhor operação para a exportação se faz
necessária e estas são direta ou indireta. Para isso, ela deve determinar através do
canal de distribuição como será disponibilizado um produto ou serviço. A importância
deste processo implica no Just-time, ou seja, no tempo certo, no lugar certo e na
quantidade certa e também no custo final já que as escolhas e processos corretos
impactam no custo final. Para a exportação os canais de distribuição se dividem em
dois: direto e indireto.

Define-se como exportação direta:


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A venda de produtos diretamente ao consumidor no exterior


possibilita a eliminação de intermediários. O contato entre
exportador e importador é direto, o exportador fatura a
mercadoria em nome do importador, providencia todos os
tramites necessários para exportação e recebe o pagamento
diretamente do importador, eliminando a atuação de
comerciais exportadoras ou trading company (SEGRE,
2012, p. 56).

A exportação direta é a operação de comercialização direta entre o


exportador com o importador, sem o uso de intermediário. Com a exportação direta
é possível acompanhar todo o processo de exportação o que permite obter um
controle sobre gastos e obter um maior lucro, já que o processo é acompanhado de
perto. Porém, para as atividades administrativas e operacionais se faz necessário
um conhecimento maior exigindo grandes esforços.

Vieira (2010, p. 68) afirma o que é exportação indireta:

A exportação indireta é realizada utilizando-se a


intermediação de empresas estabelecidas no Brasil, as
quais adquirem produtos ou serviços no mercado doméstico
a fim de exportá-los. Essas empresas podem ser: Trading
Company, empresas comerciais exclusivamente
exportadoras, empresa comercial com atuação no mercado
interno e externo e Consórcios de empresas exportadoras.

Quando uma empresa produz ou industrializa um bem de consumo e requer


um ou mais intermediários para exportá-lo, esse trâmite denomina-se como
exportação indireta. Onde os produtores ficaram em oculto e apenas a exportadora
será a intermediadora dos itens para a exportação, ficando ela responsável pelo
desembaraço e entrega final do produto.
Segundo Segre (2012, p.57): “Trading Company é a empresa que compra
mercadoria em um mercado para revendê-la em outro. Não deixa de ser uma
exportação indireta, mas é diferente do que operar através de uma comercial
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exportadora”. Segre, ressalta ainda sobre as principais diferenças entre Trading


Company de uma comercial exportadora a Trading Company possui algumas
exigências como: a empresa deve constituir-se em ações, obter registro especial e
possuir capital mínimo realizado equivalente a 703.380 Unidades Fiscais de
Referência (UFIRs).

Dentro da exportação indireta existem as Trading Companye para designar-se


como trading Company e não apenas como exportadora comercial, é necessário que
a mesma tenha alguns diferenciais como capital mínimo exigido e registro especial.

Para a empresa determinar a melhor opção entre exportação direta ou


indireta para sua empresa, ela deve observar qual das duas opções competem
melhor em sua estratégia comercial e atual realidade da organização como um todo.
Se por algum motivo, a empresa optar por exportação direta e ela não se atentar aos
detalhes minuciosos do processo de exportação desde a produção à entrega do
produto, alguma etapa pode ser esquecida. Algo semelhante quanto à escolha
errada para a exportação indireta pode acontecer. Por exemplo, uma empresa de
grande porte e com profissionais bem preparados que têm conhecimentos em todos
os processos envolvidos na exportação ficarem de fora, a empresa perde a
competitividade já que esse custo adicional poderia ser utilizado em outras
melhorias.

2.3 Importância da Exportação

No Comércio Exterior muitas são as motivações que impulsionam para que o


processo de exportação, tanto de bens quanto de serviços ocorra entre empresas de
diferentes países, cada vez mais se tem observado uma aproximação de mercados
e essas relações econômicas entre nações, trazem imensos desafios e
oportunidades para empresas que estão engajadas ou desejam ingressar nessa
atividade, atualmente, o exportar apresenta-se promissor tanto para o
aperfeiçoamento administrativo, como também para a melhoria da qualidade e
adequação dos produtos em níveis compatíveis com o originário de outros países.
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A importância da exportação está na diversificação de


mercados, deixando de atuar apenas no mercado interno e
passando a atuar nos mercados estrangeiros, aumentando o
seu leque de compradores e, em consequência, reduzindo
seus riscos de crise de mercado, como redução de preços,
redução de consumo, mudança de hábitos e política
governamental (KEEDI, 2013, p.24).

A relevância de uma empresa atuar em mercados estrangeiros destaca-se


nas consequências positivas como o fato do aprimoramento de seus produtos, pois
a exportação exige produtos de qualidade, melhor elaborados, sendo necessário
que a empresa invista em recursos humanos e tecnológicos, as empresas que
exportam tendem a ser mais inovadoras, pois utilizam maiores processos de
fabricação, adotam programas de qualidade e desenvolvem novos produtos com
maior frequência.

Segundo Garcia (2011), compreender os pontos positivos que a exportação


proporciona á uma empresa está diretamente ligado ao conhecimento mais profundo
dos mercados, pois regimes políticos, posição econômica, sistema social, religião
predominante, são algumas peculiaridades que podem definir o sucesso de uma
empresa e sua permanência na atividade de exportar, o estudo minucioso desses
fatores implicam um aumento da competitividade da empresa e consequentemente
também do país, colocando-os em uma posição de destaque no mercado
internacional.

Quando uma empresa consegue aprofundar-se em mercados diferentes,


outro aspecto que ocorre é, o conceito de sua imagem é o reconhecimento de sua
marca internacionalmente, como uma empresa capaz de atuar no seu segmento
escolhido com seriedade, sua imagem fica associada a mercados externos, com
reflexos positivos para seus clientes e fornecedores, tendo também um aumento em
sua receita, preservando o faturamento da mesma, não apenas com
comercialização no seu país local.
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O exportar concentra uma série de métodos para que o produto cumpra


determinações genéricas no âmbito internacional ou mesmo específicas para
determinado país que deseja alcançar, esse processo não pode ser considerado um
acontecimento isolado no desenvolvimento empresarial, trata-se de uma atividade
que progredi paralelamente com os demais compromissos de uma empresa para
que a mesma alcance realmente uma fatia significativa de mercado. Com o aumento
de empresas compradoras, aumenta consequentemente a produção, a empresa que
está exportando contribui com o crescimento do país uma vez que gera empregos
para atender esses mercados (KEEDI, 2013).

A atividade exportadora é essencial para o desenvolvimento econômico de


um país, com a exportação há geração de novos empregos, por meio dessa
atividade há entrada de divisas no país, dinheiro, que faz com que se tenham
recursos para pagamentos de dívidas, pagamentos de serviços, utilizados nas
compras internacionais, para que exista um equilíbrio econômico, ao mesmo tempo
em que é vantajoso para empresa que exerce essa atividade, consequentemente
também traz vantagens para o país onde a mesma está situada, contribuído com o
ciclo da economia. Vazquez (2007, p.177), destaca a relevância da exportação para
o crescimento administrativo de uma empresa:

A exportação é a atividade que proporciona a abertura do


país para o mundo. É uma forma de se confrontar com os
demais parceiros e, principalmente, frequentar a melhor
escola de administração, já que, lidando com diferentes
países, o país exportador assimila técnicas e conceitos a
que não teria acesso em seu mercado interno.

Para que uma empresa consiga exportar, ela precisa ter conhecimentos
burocráticos dessa atividade, conhecer os atos administrativos dessa área, pois
outra razão benéfica da exportação é que empresas podem utilizar mecanismos que
contribuem para uma diminuição dos tributos, os incentivos fiscais, quando se trata
de uma exportação, é importante que o produto possa alcançar o mercado
internacional em condições de competir em preços, daí a importância de ter uma
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visão administrativa geral tanto do mercado interno, quanto do mercado externo.


Como se vê, muitas são as vantagens de se exportar para empresa, diversificação
de mercados, melhoria da qualidade de seus produtos, aumento de produtividade,
competividade internacional, conceito de sua imagem, já para o país, geração de
empregos, relacionamento de negócios com outros países, entrada de divisas, para
equilibrar a economia, entre outros fatores, o processo de exportação contribui para
que todo esse ciclo que é a economia se movimente.

2.4 Transportes mais utilizados no processo de exportação

Segundo CAIXETA-FLHO; MARTINS (2013), o objetivo de modelar o


processo de escolha modal é possibilitar a estimativa de demanda pelos diversos
modos e serviços de transportes, onde possa ser avaliada a escolha do melhor tipo
de transporte sobre um determinado valor agregado, que represente a escolha dos
tomadores de decisão, sejam eles indivíduos ou empresas.

A decisão na escolha do meio de transporte a ser utilizado é de fundamental


importância, para tanto algumas modalidades são adequadas para um determinado
tipo de mercadoria enquanto outras não, sendo que todas as modalidades têm suas
vantagens e desvantagens, que devem ser levadas em consideração, ao se
escolher o tipo de transporte ideal para cada mercadoria.

Compreende-se que o processo de escolha modal para o transporte de carga


envolve diversos aspectos, como características de mercado. As características de
mercado que mais influenciam a escolha modal no Brasil e em outras partes do
mundo estão associadas aos serviços logísticos que a competitividade de uma
economia globalizada demanda. (CAIXETA-FILHO; MARTINS, 2013).

O transporte refere-se ao movimento que vai desde a matéria-prima até ao


produto final. Como os custos de transporte são bastante significantes em meio aos
custos de operação da cadeia logística, é necessário estudar todas as rotas
possíveis, avaliando quais são os modais mais vantajosos em cada percurso, para
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tanto se deve levar em conta critérios como menor custo, capacidade de transporte,
natureza da carga, segurança, rapidez e distância no processo de exportação. A
escolha do modal adequado é fundamental para cada tipo de produto, dentre os
transportes mais utilizados nesta atividade destacam-se: o modal marítimo,
aeroviário e o rodoviário.

De acordo com RAZZOLINI FILHO (2013), de todos os modais, o transporte


marítimo é o que movimenta maior volume de mercadorias no comércio
internacional, ele é praticamente o modal mais econômico para transportar grandes
volumes de bens e de baixo valor agregado, entre lugares geograficamente
distantes.

O transporte marítimo acontece nos oceanos e pode ser dividido em


navegação de cabotagem e navegação de longo curso. A navegação de cabotagem
se realiza na costa de um país, apenas entre os portos domésticos (nacionais), já a
navegação de longo curso ocorre entre países, ligando os portos internacionais. Os
navios são construídos de forma adequada a atender suas necessidades
específicas, levando em consideração à unidade da carga ou a natureza da carga
que será transportada e embalada.

Existem algumas vantagens e desvantagens em se utilizar este tipo de


transporte, dentre as quais podemos citar nas vantagens, estão sua maior
capacidade de carga; o fato de carregar qualquer tipo de carga; e o menor custo de
transporte. Enquanto que nas desvantagens estão à necessidade de transbordo nos
portos; a distância dos centros de produção; maior exigência de embalagens; e uma
menor flexibilidade nos serviços aliados a frequentes congestionamentos nos portos.

O transporte aéreo é o tipo de modal com custos mais elevados e, portanto


mais adequado para mercadorias de alto valor agregado e mercadorias com
urgência de entrega, para tanto é de fundamental importância para estabelecer
conexões entre as regiões mais distantes. (RAZZOLINI FILHO, 2013).

O modal aeroviário transporta bens ou pessoas por meio de aviões e


helicópteros. Dentre as vantagens desse tipo de transporte podemos destacar o fato
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de ser um transporte mais rápido; de não necessitar de embalagem mais reforçada,


pois tem manuseio mais cuidadoso; de possibilitar redução de estoques via
aplicação de procedimentos just in time; além do fato dos aeroportos normalmente
estarem localizados mais próximos dos centros de produção. Já as desvantagens
são a menor capacidade de carga; e o elevado valor do frete se comparado aos
outros modais.

Segundo RAZZOLINI FILHO (2013), o transporte rodoviário é um tipo de


modal que possui maior agilidade, mobilidade e acessibilidade, apesar de no Brasil
algumas rodovias ainda apresentarem estado de conservação ruim, o que aumenta
a demora na entrega do produto; custos com manutenção dos veículos, além do fato
de boa parte da frota seja antiga e sujeita a roubo de cargas. O custo implicado é
propenso a variações, devido à flutuação do custo do petróleo e às condições das
estradas.

As vantagens do transporte rodoviário consistem no fato desse tipo de


transporte ser adequado para curtas e médias distâncias; simplicidade no
atendimento das demandas e agilidade no acesso às cargas; apresentar menor
manuseio da carga e menor exigência de embalagem dependendo do produto.
Entrega porta a porta trazendo maior comodidade para o exportador e para o
importador; e também pelo fato do desembaraço na alfândega poder ser feito pela
própria empresa transportadora. Já as desvantagens estão no fato de apresentar
fretes mais altos em alguns casos; ter uma menor capacidade de carga entre todos
os outros modais; e ser menos competitivo para longas distâncias se considerado,
por exemplo, ao transporte marítimo, fluvial\lacustre ou ferroviário.

Cada modal apresentam certas características que são essenciais para


escolha do melhor tipo de transporte, seja ele para locomover mercadorias ou
pessoas, que podem ser diferentes de acordo com sua necessidade, trata-se de
aspectos de velocidade, consistência, capacidade de movimentação, disponibilidade
e frequência.
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2.5 Documentação exigida no processo de exportação direta

Toda empresa com interesse em comercializar seus produtos no Comércio


exterior tem que ter habilitação no RADAR é um instrumento de consulta e analise
de dados relacionados ao Comércio exterior e registro no SISCOMEX (Sistema
Integrado do Comércio Exterior) e a inscrição no registro de exportadores (REI)
Secex/MDIC.

A exportação direta ocorre quando a própria empresa executa todo o


processo de exportação sem a utilização de empresas intermediárias. Para que essa
atividade aconteça de forma correta como exige a Receita federal é necessário que
a unidade exportadora tenha conhecimento do processo de uma exportação em toda
a sua extensão e exigências.

O processo tem como principal característica o contato comercial, onde


ambas as partes iniciam uma negociação de interesse onde será realizado uma
cotação de preço, onde o importador busca analisar o preço aplicado, caso estando
compatível com o mercado é realizado a negociação e emitido pelo exportador a pro
forma/fatura comercial documento que o exportador oficializa a venda de seu
produto no exterior, mas este documento não gera obrigações de pagamento por
parte do importador.

Pode-se apontar este documento como um dos mais


importantes no comércio internacional de mercadorias, pois
é através da fatura comercial que importador terá todos os
detalhes relativos a operação, em termos de especificação
do produto comercializado: suas quantidades, valores,
número de volumes, local de origem e de destino e todos os
demais elementos necessários à perfeita caracterização da
operação. (GARCIA, 2011 p.109).

Havendo essa negociação a empresa exportadora uma vez já emitida a Pro


forma ela é responsável pela Fatura Comercial é um documento detalhado e
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definitivo no qual todos os dados da pro forma são transferidos para a fatura
comercial e deverá estar em língua inglesa.

A carta de crédito é um instrumento de crédito emitido por um banco, por


conta e ordem de um tomador (importador), a favor de um beneficiário (exportador),
dando-lhe o direito de receber um determinado valor, desde que cumprida as
exigências, tanto relativas aos prazos, quanto os documentos exigidos. Porém já a
letra de câmbio é uma ordem de pagamento a vista ou a prazo e é criada através de
um ato chamado saque, pois é diferente dos demais títulos de créditos.

2.6 SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior

O SICOMEX foi criado entre uma parceria com o Banco Central do Brasil, a
Receita Federal do Brasil e com a Secretaria de Comércio Exterior, este sistema tem
o objetivo de facilitar o processo de importação e exportação, integrar as atividades
de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior,
através de um fluxo único e computadorizado de informações o Brasil é o único país
do mundo a dispor de um sistema de registro de exportações totalmente
informatizado (<http://portal.siscomex.gov.br/htm>).

É um sistema que permitiu um enorme ganho em agilização, confiabilidade,


rápido acesso a informações estatísticas e redução de custos, dentre outras
vantagens. É um sistema informatizado, por meio do qual é exercido o controle
governamental sobre o comércio exterior brasileiro. Pode ser considerada uma
ferramenta facilitadora que permite a adoção de um fluxo único de informações,
eliminando controles paralelos e diminuindo significativamente o volume de
documentos envolvidos nas operações.

O SISCOMEX começou a operar em 1933, para as exportações e, 1997 para


as importações. O sistema é administrado pelos órgãos gestores, a Secretaria de
Comércio Exterior – SECEX, a Secretaria da Receita Federal – SRF e o Banco
Central do Brasil – BACEN. O sistema tem como usuários, importadores,
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exportadores, depositários e transportadores, por meio de seus empregados ou


representantes legais. A Secretaria da Receita Federal – SRF, a Secretaria de
Comércio Exterior – SECEX, os Órgãos Anuentes e a Secretaria da Fazenda ou de
Finanças dos Estados e do Distrito Federal, utilizam o sistema por meio de seus
servidores. O Banco Central do Brasil e as instituições financeiras autorizadas a
operar em câmbio, mediante acesso aos dados transferidos para o Sistema de
Informações do Banco Central – SISBACEN utilizam o sistema por meio de seus
servidores e empregados (<http://portal.siscomex.gov.br/htm>).

O sistema é útil para que o governo tenha acesso a tudo que é importado ou
exportado no país, por intermédio do sistema o exportador pode fazer o registro e o
acompanhamento de suas exportações, além de receber mensagens e trocar
informações com os órgãos responsáveis por autorizações e fiscalizações. É um
sistema que promove a integração das atividades de todos os órgãos gestores do
comércio exterior, inclusive o câmbio, permitindo o acompanhamento, orientação e
controle, das diversas etapas do processo exportador e importador.

2.7 Despacho Aduaneiro e os procedimentos no processo de


exportação

Os procedimentos administrativos são necessários para que a exportação de


um determinado produto ocorra com regularidade, o conhecimento neste processo é
importante, pois a atividade exportadora está sujeita á um complexo de providências
que envolvem eventuais restrições ou limitações internas, implicações externas e até
mesmo documentos especiais que podem vir a ser exigidos em alguns casos. Os
produtos destinados ao exterior sujeitam-se ao procedimento administrativo do RE
(Registro de Exportação) e a NF (Nota Fiscal).

Segundo Garcia (2011, p.25): “RE é o registro de exportação, elaborado por


meio informatizado, através do Siscomex, é obrigatório para toda saída de produto
para o exterior”. O RE é o registro eletrônico das informações de natureza comercial,
financeira, cambial e fiscal que caracterizam a operação de exportação de uma
20

mercadoria. O processamento da exportação inicia-se, na maioria dos casos, com a


apresentação, diretamente no sistema, do Registro de Exportação no SISCOMEX,
pelo exportador ou por seu representante legal. O RE será validado e deferido
automaticamente pelo sistema se estiver com todos os seus campos preenchidos
corretamente e se atender as normas de comércio exterior previstas.

A NF (Nota Fiscal) é obrigatória para toda e qualquer


movimentação de mercadorias no território nacional, ela
também é documento que atribui autenticidade na
movimentação do produto a ser exportado, desde o
estabelecimento exportador até o local onde deverá ser
processado ou desembaraço fiscal para o exterior (Garcia,
2011, p. 25).

Mesmo as mercadorias que estiverem amparadas por RE, necessitam, por


conseguinte, de uma NF. Algumas operações ou mercadorias dependem da
manifestação de órgãos anuentes, órgãos estes que necessitam efetuar uma análise
complementar dentro de sua área de competência, e que estão interligados ao
Siscomex, de modo a tomar mais ágil esta análise.

Para concluir o processo de exportação é preciso que a empresa tenha


conhecimento do despacho aduaneiro, que é um procedimento composto por um
conjunto de atos de controle fiscal, realizados com o intuito de assegurar a
regularidade de uma operação de comércio exterior, onde fiscais da Receita Federal
fazem o controle de mercadoria para o desembaraço aduaneiro. Este é processado
com base em declaração formulada pelo exportador ou importador, com base
nessas informações são calculados os tributos devidos em cima desta operação.

Segundo Garcia (2011), o despacho aduaneiro tem por finalidade a exatidão


dos dados declarados pelo exportador ou importador em relação à mercadoria
exportada ou importada, aos documentos apresentados e à legislação vigente, com
vistas ao desembaraço. Em virtude do desembaraço é autorizada a saída da
21

mercadoria para o exterior, no caso de exportação, ou entrega da mercadoria ao


importador, no caso de importação.

Na grande maioria das vezes o despacho aduaneiro é processado pelo


SISCOMEX, depois que a empresa interessada providência a sua habilitação no
sistema, o mesmo integra as atividades de registro, realiza o acompanhamento e o
controle de todas as operações. Em determinadas situações, o despacho aduaneiro
pode ser realizado sem registro no SISCOMEX, por meio de formulários próprios
específicos para cada caso, em razão da natureza da mercadoria, da operação e/ou
da qualidade do interveniente.

2.8 Cenário brasileiro de exportações de carnes suínas

O Brasil é o quarto maior produtor e exportador de carne suína do mundo,


este crescimento é notado quando se analisa indicadores sociais e econômicos
como: o volume de exportações, participação no mercado mundial, número de
empregos diretos e indiretos, entre outros aspectos. Elementos como sanidade,
nutrição, produção integrada e aprimoramento gerencial dos produtores contribuíram
para que a suinocultura brasileira destaca-se no mercado exterior
(<http://www.portalsuinosaves.com.br/htm>).

A suinocultura passou a ser explorada de forma econômica e competitiva no


país, tornou-se uma cadeia produtiva de suínos, hoje, o Brasil possui um rebanho
estimado em 2,4 milhões de matrizes, sua cadeia reúne mais de 50 mil produtores,
atualmente, o país representa 10% do volume exportado de carne suína para o
mundo, chegando a lucrar mais de US$ 1 bilhão por ano. O Ministério da Agricultura
apoia o crescimento neste setor, este promove políticas públicas e garante a
sanidade da cadeia suína, o que é primordial para que ocorra a comercialização
neste segmento. Os maiores produtores de suínos do país estão localizados nos
estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, a produção vem crescendo
em torno de 4% ao ano, até 2020, a expectativa é que a produção nacional de
22

carnes suprirá 44,5% do mercado mundial e a participação de carne suína será de


14,2% (<http://www.agricultura.gov.br/htm>).

O principal mercado consumidor de carne suína brasileira continua sendo a


Rússia, que respondeu por 37,75% do volume total comercializado no exterior em
2014, o equivalente á 186.594 toneladas exportadas para este país, em segundo
lugar segue com Hong Kong, com uma representação de 22,44%, 110.992
toneladas, em terceiro á Angola com 10,58%, 52.284 toneladas, depois vem
Cingapura com 6,53%, 32.288 toneladas e por último em quinto lugar o Uruguai com
4,22%, com 20.836 toneladas. Conforme exemplifica a figura 1.

Principais Destinos da Carne Suína Brasileira - Jan/Dez 2014


Países Ton Participação Países US$ Mil Participação
RÚSSIA, FED. DA 186.594 37,75 RÚSSIA, FED. DA 810.506 51,01
HONG KONG 110.992 22,44 HONG KONG 278.996 17,56
ANGOLA 52.284 10,58 CINGAPURA 95.224 5,99
CINGAPURA 32.288 6,53 ANGOLA 94.077 5,92
URUGAI 20.836 4,22 URUGUAI 63.301 3,98
GEORGIA, REP.DA 8.617 1,74 ARGENTINA 28.435 1,79
CHILE 8.367 1,69 CHILE 25.022 1,57
ARGENTINA 7.960 1,61 GEORGIA, REP.DA 21.015 1,32
MOLDAVIA, REP. DA 5.840 1,18 VENEZUELA 19.194 1,21
ALBANIA 5.839 1,18 JAPÃO 17.702 1,11
OUTROS 54.680 11,06 OUTROS 135.525 8,53
TOTAL 494.297 100 TOTAL 1.588.997 100
Figura 1 – Destinos da Carne Suína Brasileira
Fonte: Abipecs (2014).
23

Principais destinos de carne suina brasileira


em volume
Albania,
Argentina, 1.61% 1.18%
Chile, 1.69% Moldavia, 1.18%
Outros, 11.06%
Georgia, 1.74%
Uruguai, 4.22% Russia, 37.75%

Cingapura, 6.58%

Angola, 10.58%

Hong Kong, 22.44%

Russia Hong Kong Angola Cingapura Uruguai Georgia


Chile Argentina Moldavia Albania Outros

Figura 2 – Destinos da Carne Suína Brasileira


Fonte: Abipecs (2014).

De acordo com Vagas (2014), vice-presidente de suínos da ABPA,


(Associação Brasileira de Proteína Animal), o destaque em 2014 foi a elevação de
preços, no ano de 2014 a receita aumentou 15,58% em relação ao período de 2013,
ocorreram fatos que contribuíram para que a exportação de suínas aumentassem, a
relação comercial com o mercado russo, a reabertura de negociações com a África
do Sul que estava fechada para os produtores suinícolas brasileiros desde 2005,
esta reabertura influenciará positivamente no saldo geral de exportações brasileiras
neste segmento.
24

Principais Países em fauraento de cortes


suínos
Venezuela, 1.21%
Chile, 1.57% Japão, 1.11%
Georgia, 1.32% Outros, 8.53%

Argentina, 1.79%

Uruguai, 3.98%
Angola, 5.92%

Cingapura, 5.99%
Russia, 51.01%

Hong Kong, 17.56%

Russia Hong Kong Cingapura Angola Uruguai Argentina


Chile Georgia Venezuela Japão Outros

Figura 3 – Destinos da Carne Suína Brasileira


Fonte: Abipecs (2014).

Recentemente, a comercialização externa de carnes suínas apresentou uma


queda de 24% em volume e 26% em faturamento, totalizando 54,5 mil toneladas
exportadas e US$ 138,3 milhões em receitas, representando um volume menor que
o comercializado no mesmo período de fevereiro de 2014. Segundo a ABPA, isto
ocorreu por dificuldades logísticas, pois com a paralisação dos caminhoneiros, a
mercadoria ficou parada nas estradas, atrasando as entregas. Os estados de Santa
Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, são responsáveis por 81,5% dos embarques
de carnes suínos foram os mais atingidos, porém a ABPA acredita que com a
normalização das empresas que atuam neste setor, o mês de março apresente
resultados positivos, pois o cenário brasileiro de exportação de carnes suínas é
definido hoje, como um cenário extremamente promissor
(http://www.revistaglobo.com/noticias/criacao/htm>).
25

3 METODOLOGIA

O objetivo desta pesquisa é analisar o processo de exportação de carnes


suínas da empresa brf, apresentando a importância das exportações para os
negócios da empresa. A metodologia será elaborada por meio de pesquisa
bibliográfica com base no estudo de caso da empresa, coleta de dados com
questionário e entrevista.

Yin (2010), aponta que este tipo de pesquisa é a forma de se realizar a


pesquisa por meio da ciência social, visando torná-lo mais explícito ou ainda a
construir hipóteses, considerando os mais variados aspectos relativos ao fato
estudado.

O projeto de pesquisa é a lógica que vincula os dados a


serem coletados (e as conclusões a serem tiradas) às
questões iniciais do estudo. Todo estudo empírico tem um
projeto de pesquisa implícito, se não explícito. A articulação
da ¨teoria¨ sobre o que está sendo estudado e o que deve
ser aprendido ajuda a operacionalizar os projetos de estudo
de caso e torná-los mais explícitos. (Yin, 2010, p. 46).

Mediante esta técnica, foi feito um levantamento das ações utilizadas dentro
da empresa brf, este método propõe possibilidade de aprendizado, uma vez que se
tem o conhecimento de fatos claros e reais através de experiências presenciais,
para obterem-se conclusões comparatórias para outros métodos de pesquisa.

Este método de estudo, é um método de pesquisa comum, que pode ser


usado em muitas situações, ele busca descrever o acontecimento dos fenômenos
individuais, grupais, sociais e organizacionais, almejando a resolução de um
determinado problema. Essa é a preocupação de quem adere a esta abordagem de
pesquisa, onde por meio dela serão reunidas informações sobre os acontecimentos
e tais fenômenos serão investigados com uso de entrevistas abertas, depoimentos,
análise e estudo de caso.
26

Por se tratar de uma pesquisa qualitativa utiliza-se, quanto aos meios, a


pesquisa bibliográfica, cujas técnicas de coleta de dados são obtidas com o uso de
livros, com base em autorias conceituadas e sob análise dos dados alcançados.

A metodologia adotada será a pesquisa de estudo de caso, que consiste no


levantamento de dados da empresa e em analisar e identificar a importância das
exportações de carnes suínas para o crescimento da brf.

A análise dos dados foi realizada em três etapas: em um primeiro momento


procurou-se conhecer o perfil da empresa, para em seguida conhecer a história da
brf e finalmente ser feita a análise de quão importante é o processo de exportação
de carnes suínas para a saúde dos negócios da empresa, que é o objeto desta
pesquisa.
27

4 ESTUDO DE CASO

4.1 Caracterização da Empresa brf

A brf foi criada a partir da associação entre Sadia e Perdigão, duas marcas
expressivas e até então concorrentes no mercado brasileiro de comercialização de
carnes in natura e processadas, onde foi anunciada em 19 de maio de 2009 e
concluída em 2012, com o cumprimento do Termo de compromisso de Desempenho
(TCD) acordado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). O
plano estratégico de longo prazo da empresa contempla crescimento balanceado
por expansão orgânica das operações e aquisições seletivas em regiões
estratégicas como Oriente Médio, América Latina e outros emergentes. O portfólio
da empresa brf, soma mais de cinco mil produtos e continua a apresentar ao
mercado diversos lançamentos, desenvolvidos em seu Centro de Inovação.

A brf, possui hoje mais de 110 mil funcionários em 47 fábricas espalhadas


pelo Brasil, possui sólida rede que, por meio de 33 centros de distribuição, leva seus
produtos para consumidores em 95% do território brasileiro. No mercado externo,
mantém nove unidades industriais na Argentina e duas na Europa (Inglaterra e
Holanda), além de 19 escritórios comerciais da empresa estão estabelecidas no
Reino Unido, Holanda, Hungria, Espanha, Áustria, Itália, França, Rússia, Emirados
Árabes Unidos (Dubai), Cingapura, Japão e Ilha da Madeira (Portugal), e também há
uma distribuição centro, na Holanda para atendimento a mais de 110 países dos
cinco continentes.

Destaca-se como uma das maiores no setor alimentício, reforçando a posição


do país como potência no agronegócio. Atua nos segmentos de carnes (aves,
suínos), alimentos processados de carnes, lácteos, margarinas, massas, pizzas e
vegetais congelados, com marcas consagradas como Sadia, Perdigão, Batavo,
Elegê, Qualy, entre outras. Com receita líquida de R$28,5 bilhões, registrada em
2012, a brf é uma das maiores exportadoras mundiais de aves e destaca-se entre as
maiores empresas globais de alimentos em valor de mercado. Responde por mais
de 9% das exportações mundiais de proteína animal. A brf faz exportação para a
28

Europa, Extremo Oriental, Oriente Médio, Eurásia, África e Américas. Com grande
foco em Aves inteiras, cortes de aves, elaborados, cortes suínos e processados.

A brf começa a marcar território em Abu Dhabi com sua nova fábrica
inaugurada em 26 de novembro de 2014 com objetivo de produzir hambúrgueres,
marinados, frios, pizzas e empanados, para o mercado local e para exportação,
principalmente a países do Oriente Médio e Norte da África. Com a nova localização
garantirá acesso rápido a mercados considerados estratégicos pela empresa. No
total, serão empregadas 350 pessoas, número este que poderá chegar a 1.400 em
2017, quando atingir capacidade de produção de 70 mil toneladas/ano.

A empresa possui também negócios com o Oriente Médio que rendem à


companhia US$ 2 bilhões por ano e correspondem a 30% das vendas para o
mercado externo. O sólido modelo de governança da brf, que consolida em 2012
pela integração entre Perdigão e Sadia, refletiu-se em grandes avanços durante este
ano, a empresa atingiu novos patamares de eficiência, que passaram a contribuir
para tornar a brf cada vez mais competitiva e sustentável. Em 2012 os investimentos
ambientais da brf passam dos R$ 157 milhões e no mesmo ano a empresa investe
R$1,4 milhão em desenvolvimento social. Em 2013 o empresário Abílio Diniz passa
a fazer parte do Conselho da Companhia, a brf anuncia ainda, patrocínio da Sadia à
seleção brasileira de futebol e apoio aos jogos Olímpicos Rio 2016, por meio das
marcas Batavo e Sadia.

A brf tem como missão participar da vida das pessoas, oferecendo alimentos
saborosos, com qualidade, inovação e a preços acessíveis, em escala mundial. Sua
visão é ser uma das maiores empresas de alimentos do mundo, admirada por suas
marcas, inovação e resultados, contribuindo para um mundo melhor e sustentável.
Os valores representam a base do desenvolvimento de seus negócios. A empresa
tem como princípio a integridade como base de qualquer relação, foco no
Consumidor que é ingrediente fundamental do seu sucesso e respeito pelas
pessoas. Desenvolvimento de pessoas é fundamental para sustentar o seu
crescimento e a alta performance é sua busca permanente pela qualidade em
produtos com excelência, em processos satisfatórios e espírito de inovação
constante.
29

Suas principais vantagens competitivas são a imagem e o conceito da marca,


liderança de mercado, segurança alimentar e rastreabilidade, portfólio de produtos
amplo e inovador, logística integrada de congelados e resfriados, competitividade
internacional, desenvolvimento sustentável e visão global.

Fonte: brf 2015

O gráfico acima mostra que as rivais são quase idênticas no mix de produtos
vendidos para o mercado interno e externo. No mercado interno, a receita de
processados/industrializados é dominante, já no mercado externo, o que
prevalece é a venda de aves e suínos in natura.
30
31

4.3 Processo de exportação de carne suína da empresa brf

A empresa brf, explicou como funciona seu processo de exportação de carne


suína, o mesmo é realizado pelo departamento de Comércio Internacional, que é
responsável pelo passo a passo burocrático para que a exportação aconteça. Este
departamento possui uma comunicação integrada com os escritórios comerciais,
que realizam as negociações no exterior, o fechamento das vendas e também com o
departamento logístico que realiza as entregas dos pedidos.

Depois de realizado todas as negociações com o importador, no


departamento comercial, como quantidade a ser exportada, data de entrega, frete,
seguro, local de embarque e desembarque, forma de pagamentos e o desembaraço
aduaneiro, o departamento que dá continuidade ao processo é de Comércio
Internacional, todas as informações acima são registradas, a empresa direciona todo
o processo, por meio do Siscomex, Sistema de Comércio Exterior, o pedido é
transcrito para a fatura pro forma, é feito o envio desta fatura para importador para
que possa ser gerado o pedido de compra. O importador dirige-se ao seu banco, no
estrangeiro e entrega para o gerente do banco a Carta de Crédito, o banco do
importador envia a Carta de Crédito para o banco do exportador, aqui no Brasil, que
por sua vez, entra em contato com o exportador, no caso a brf, dando-lhe uma cópia
da Carta de Crédito, o exportador verifica, então se nela estão contidos todos os
termos da negociação, decididos no inicio do processo, no departamento comercial.

O departamento de Comércio Internacional, cuida minuciosamente dos


processos burocráticos, para minimizar qualquer margem de erros fiscais e para que
a exportação da carga ocorra em tempo hábil, à empresa elabora a fatura comercial,
(Invoice), este documento internacional, equivale a Nota Fiscal no âmbito externo, é
preciso emitir também o Packing List, documento para o desembaraço da
mercadoria, a Nota Fiscal acompanha a mercadoria desde a saída do
estabelecimento, até o desembaraço físico junto à Secretaria da Receita Federal.
Realizados os procedimentos burocráticos inicia-se a comunicação com o
departamento logístico, a empresa começa a providenciar os transportes
necessários para a entrega do pedido.
32

A empresa brf é responsável por todo o processo de despacho aduaneiro


como, registro da Declaração para Despacho de Exportação, confirmação de carga,
recepção de documentos, entre outras atividades. Para finalizar o processo a própria
empresa se encarrega de realizar o fechamento de câmbio, é o momento onde ela
negocia as divisas obtidas com a instituição financeira escolhida por ela a uma
determinada taxa de câmbio, ocorre depois a liquidação do câmbio, procedimento de
entrega da moeda estrangeira ao banco autorizado pela brf, que por sua vez, efetua
o pagamento do valor equivalente em moeda nacional.

4.4 Resultados da pesquisa e discussão

Durante a visita na empresa constatou-se que a brf utiliza o método de


exportação direta, ela é responsável pelo seu processo de exportação de carnes
suínas, ou seja, ela possui um departamento especializado em Comércio
Internacional, que é focado na resolução dos processos burocráticos dessa
atividade, eliminando qualquer tipo de intermediário em suas operações, a brf possui
um contato direto com seus clientes no exterior, fabrica seus produtos e os exporta
em seu nome e providencia todos os tramites necessários para a exportação, no
qual aparece como exportadora direta, foi possível evidenciar que ela valoriza essa
forma de trabalho, acredita que supervisionando o passo a passo de sua
exportação, diminui á margem de erros fiscais.

A brf possui um portfólio de produtos que atendem a mercados estrangeiros


localizados na Europa, Extremo Oriental, Oriente Médio, África e Américas. As
maiores comercializações de corte de suínos ocorrem entre os países da Rússia,
Japão, Coréia do Sul, Estados Unidos, China e países da União Europeia. O seu
maior mercado consumidor é a Rússia, que apresentou no ano de 2014, uma
participação de 46,68% nos embarques de volume e 60,67% dos valores exportados
de carnes suínas da empresa. Com uma logística integrada à empresa destaca a
importância da qualidade no processo de entrega de seus produtos até seu destino
final, para cumprir com prazos de entrega, para esse tipo de carga a brf utiliza dois
modais, o primeiro é o rodoviário, caminhões frigoríficos são abastecidos nas
33

fábricas e direcionados até os portos, para a empresa o transporte marítimo é viável


pelo fato que possui um custo menor de frete e possui capacidade de transportar
grandes volumes de mercadorias.

Para compreender mercados estrangeiros, a brf realiza um planejamento,


uma pesquisa de mercado que engloba cultura, hábitos, renda, economia,
população e clima dos países para quais pretende exportar, a empresa utiliza o
Ministério das Relações Exteriores (MRE) para orientar-se, em pesquisas de
prospecção em mercados potencialmente importadores. A empresa como produtora
e exportadora de carnes suínas procura conhecer as exigências
sanitárias/fitossanitárias dos países importadores. Todos os produtos da brf, de
origem animal, destinados á exportação, possuem um certificado de
sanidade/fitossanidade, é o Certificado Sanitário/Fitossanitário Internacional, que
acompanha obrigatoriamente, esses produtos exportados até o seu destino, no
mercado importador.

A brf acredita que os pilares do seu sucesso, são constituídos com base na
qualidade dos alimentos que produz, na sua capacidade de atender seus clientes e
na constante análise de novos mercados potenciais para expandir seus negócios. A
empresa explicou que em relação á exportação de carne suína continuará neste
primeiro semestre de 2015, com as distribuições para os países que já tem a prática
de fechar negócios com a mesma. A empresa está com seu foco direcionado para
sua nova fábrica em Abu Dhabi, para este ano de 2015 pretende aumentar suas
exportações para o mercado local, por meio de um portfólio inicialmente de
produtos, como hambúrgueres, marinados, frios, pizzas e empanados, a intenção da
empresa é aproveitar a localização desta nova fábrica, para facilitar a
comercialização com países do Oriente Médio e Norte da África. Países como
Marrocos, Egito, Argélia, Arábia Saudita, também são mercados analisados pela
empresa, a mesma estuda cautelosamente uma forma de conseguir um espaço
nesses mercados, uma vez que por questões religiosas, muitos produtos são
vetados, a carne suína, por exemplo, é um deles que de acordo com o livro, O
Alcorão (livro sagrado), é considerado uma carne impura.
34

Sobre os aspectos burocráticos a empresa realiza um processo de controle e


avaliação contínua, destaca-se a importância de estar inclusa e seguir o
direcionamento dos órgãos específicos, exigidos para exercer a atividade
exportadora de carne suína, as normas da vigilância sanitária, estabelecidas pelo
órgão ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, são seguidas em todas as
etapas do processo desde a criação, abatimento do animal e finalização do produto,
pronto para ser exportado. A empresa considera a questão burocrática como uma
regra que deve ser seguida, complexa, porém não é um bloqueio para que a
empresa desenvolva suas atividades e consiga obter seus lucros.

A dificuldade citada pela empresa para trabalhar neste segmento, está


diretamente relacionada com as barreiras comercias de outros países. A febre aftosa
é uma enfermidade extremamente contagiosa que atinge animais como os suínos e
provocam sintomas, como perda de apetite e de peso, crescimento retardado, menor
eficiência reprodutiva, podendo levar até a morte do animal, é uma questão que
dificulta a comercialização de carne suína da empresa no exterior. Além de cuidar
da criação dos seus animais a brf procura inteirar-se da exigência de cada país para
conseguir exportar, por exemplo, a Argentina liberou a realização de negócios de
carne suína com o Brasil, mas só se a origem destes produtos forem dos estados do
Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, não autoriza negociações com os estados
do Paraná e do Mato Grosso do Sul, em virtude do foco de febre aftosa que ocorreu,
em 2005, outro exemplo é caso da Angola, que importa cortes suínos geralmente
sem osso e possui restrições com o estado de Santa Catarina, a empresa ressalta
que cada país possui suas peculiaridades e que não podem ser ignoradas, a
mesma compreende que uma vez que desconsiderar os fatores externos que os
rodeia está fora do mercado.

De acordo com os processos de exportação de carne suína, apresentados


pela brf foi possível concluir que, a empresa possui uma estrutura adequada para
desenvolver essa atividade, a mesma apresenta qualidade na produção dos seus
produtos e um controle minucioso na execução da exportação. A empresa utiliza o
modelo de exportação direta, sendo responsável por todas as etapas da exportação
para banir qualquer erro burocrático. Constatou-se que é uma empresa bem
posicionada no mercado, destaca-se pela sua imagem e conceito de marca e
35

segurança alimentar, possui uma visão estratégica para realizar suas ações,
acompanha os fatores internos e externos que podem alavancar ou prejudicar seus
negócios, como o caso das barreiras comerciais, entre os países, a febre aftosa,
entre outras situações. Para a empresa as exportações de carne suína são
extremamente importantes para seus negócios, porque contribui com o seu
faturamento e aumenta a credibilidade de sua marca internacionalmente.
36

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo teve como objetivo analisar a importância das exportações para
os negócios da empresa brf, por meio de um estudo de caso, foi realizado uma
pesquisa de caráter exploratória qualitativa, o entrevistado foi Renato Cardoso
Barreto, coordenador logístico de exportação da empresa, que recebeu a visita do
grupo, respondeu o questionário e apresentou os processos sobre o assunto, o
mesmo contribuiu para o enriquecimento desta pesquisa.

Foi possível perceber que a brf possui um processo de exportação de suínos


estruturado. O coordenador Renato Cardoso Barreto enfatiza a importância de
exportar os produtos para outros países, porque favorece o crescimento do
faturamento da empresa e aumenta a força da marca para o mercado externo.

Conforme apresentado neste estudo, por meio da exportação direta, a


empresa consegue obter contato preciso e decisório com seus clientes,
possibilitando atendê-los da melhor maneira possível no exterior. Procurando
estudar estratégias mercadológicas, a brf realiza planejamento de mercado,
pesquisas que englobam hábitos, renda, economia, entre outros, cada qual com
suas particularidades, respeitando sua cultura, crenças e religião.

A empresa brf é responsável pela fabricação dos produtos e também pela


exportação dos mesmos, possibilitando assim a eliminação de intermediários no
processo, isto para evitar possíveis erros burocráticos, maior controle sobre os
gastos e obter maior lucro sobre a operação, é ela quem providencia todos os
tramites necessários para a exportação, na qual aparece como exportadora direta
para o mercado externo.

Preocupada com a entrega de seus produtos, a brf busca uma logística


assertiva no processo de transporte da sua mercadoria, que vai desde a preparação
do produto na fábrica com certificado de sanidade/fitossanidade até seu destino
final, sempre procurando cumprir com as exigências da vigilância sanitária e com os
prazos estabelecidos. Para transportar suas mercadorias, ela utiliza dois tipos de
37

modais, o primeiro é o rodoviário, que são os caminhões frigoríficos, eles são


abastecidos diretamente nas fábricas da empresa e direcionados até os portos, para
depois utilizar-se do transporte marítimo que é viável por possuir menor custo de
frete e possuir maior capacidade de transportar grandes cargas.

Uma das barreiras comerciais da empresa é a febre aftosa, uma enfermidade


contagiosa que atinge animais como os suínos, provocando neles diversos sintomas
que podem levar até a morte do animal, é uma questão que dificulta a
comercialização da carne suína para o exterior, causando importantes perdas
econômicas e podendo prejudicar os negócios externos.

Foi possível analisar as diversas motivações que impulsionam o processo de


exportação da empresa, como oportunidades de negócios, perspectivas de
mercados internacionais, aprimoramento da mercadoria, qualidade, e melhor
reconhecimento sobre a marca, sendo necessário que a empresa invista em
recursos humanos e tecnológicos para o desenvolvimento de seus produtos. As
empresas que exportam tendem a ser mais inovadoras, pois utilizam maiores
processos de fabricação, adotam programas de qualidade e desenvolvem novos
produtos com maior frequência.

Constatou-se que como consequência dessas exportações, o ano de 2014


apresentou um crescimento relevante para empresa, mostrou números significativos
com o embarque de volumes e valores com os produtos exportados, aumentaram-se
também os lucros da empresa brf, e a satisfação com os ganhos fortaleceram as
perspectivas de crescimento dos negócios. Para este ano a empresa está com seu
foco direcionado para sua nova fábrica em Abu Dhabi, pretendendo aumentar ainda
mais suas exportações para o mercado internacional.

Por meio dos resultados obtidos na pesquisa, ficou perceptível que a brf, está
em constante crescimento e procura aprimorar cada vez mais seu processo de
exportação, para obter o acompanhamento das movimentações externas e controlar
a saída da sua mercadoria.
38

6 REFERÊNCIAS

6.1 Livros

CAIXETA-FILHO, J. V.; MARTINS, R. S. Gestão logística do transporte de


cargas. 8. ed. São Paulo: Atlas 2013.

GARCIA, L. M. Exportar: rotinas e procedimentos, incentivos e formação de preços.


9. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2011.

KEEDI, S. ABC do Comércio Exterior: abrindo as primeiras páginas. 4. ed. São


Paulo: Aduaneiras, 2013.

MINERVINI, N. O Exportador. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2008.

RAZZOLINI FLHO, E. R. Transporte e modais. 2. ed. São Paulo: Atlas 2013.

SEGRE, G. Manual Prático de Comércio Exterior. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2012.

VAZQUEZ, J. L. Comércio Exterior Brasileiro. 8. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2007.

VIEIRA, A. Teoria e Prática Cambial: Exportação e Importação. 4ª ed. São Paulo:


Aduaneiras, 2010.

YIN, R. K. Estudo de caso planejamento e metas. 4. ed. Porto Alegre: Bookman


2010.
39

6.2 Eletrônicos

O BRASIL é o quarto maior produtor de carne suína do mundo. Disponível em


(<http://www.portalsuinosaves.com.br/htm>). Acesso em 18 março 2014.

O MINISTÉRIO da agricultura promove politícas públicas para o setor de carne


suína. Disponível em (<http://www.agricultura.gov.br/htm>). Acesso em 18 março
2014.

PORTAL ÚNICO de comércio exterior passa a permitir anexação de documentos


digitalizados. Disponível em (<http://portal.siscomex.gov.br/htm>). Acesso em 15
dezembro 2015.

AMARAL, A. L.; SILVEIRA, P. R.; LIMA, G. J. M. Boas práticas de produção de


suínos. Disponível em:
<http://www.cnpsa.embrapa.br/sgc/sgc_publicacoes/publicacao_k5u59t7m.pdf,>
Acesso em dez. 2006.
40

APÊNDICE A – Questionário aplicado na empresa.

Nome: Renato Cardoso Barreto


Idade: 38 anos
Cargo: Coordenador logístico de exportação
Quanto tempo de empresa: 8 anos

1)Grupo: Como são feitos os procedimentos de exportação de carne suína para


outros países? Explique se a empresa utiliza o modelo de exportação direta ou
indireta.
Entrevistado: Nossa empresa tem um departamento especializado para cuidar de
todo o processo de exportação de carne suína, é o departamento de Comércio
Internacional, nós utilizamos o processo de exportação direta, somos responsáveis
por todas as etapas da exportação, para evitar qualquer tipo de erro fiscal e garantir
que a mercadoria seja entregue no tempo estipulado na negociação, que começa
com área comercial, depois passa pelo nosso setor e por fim pelo setor de logística,
a comunicação da brf é integrada.

2)Grupo: Quais são os transportes utilizados pela empresa para a entrega dos
produtos?
Entrevistado: Os transportes utilizados são os rodoviários para chegar até os portos
e o marítimo que tem custo menor, o valor do frete é mais barato.

3)Grupo: Para quais países a empresa brf exporta carnes suínas? Para qual país a
empresa tem um maior número de vendas?
Entrevistado: A brf hoje, tem um portfólio diversificado exporta para a Europa,
Extremo Oriental, Oriente Médio, Eurásia, África e Américas, sobre exportação de
carne suína exportamos para Rússia, Japão, Coréia do Sul, Estados Unidos e
países da União Europeia, o país que mais importa corte de suínos da brf é a
Rússia, em 2014, representou 46,68 dos embarques de volume e 60,67 dos valores
exportados neste segmento.
41

4)Grupo: Qual é a maior dificuldade que a empresa encontra para conseguir


exportar neste setor? Considerar a parte burocrática.
Entrevistado: Sobre a parte burocrática não existe uma maior dificuldade específica
ela é bem complexa num todo, precisa ser acompanhada de perto, a nossa empresa
segue todas as normas da vigilância sanitária, todos os nossos produtos possuem o
Certificado Sanitário/Fitossanitário Internacional, além dos cuidados com o produto,
temos o cuidado com o processo burocrático em si, o passo a passo exigido pelo
governo para que a exportação aconteça somos cadastrados em todos os órgãos
necessários para atuar nesse segmento, entendemos que não existe outro caminho
senão realmente cumprir todas as exigências.

5)Grupo: Quais são as barreiras comerciais encontradas para se exportar neste


segmento?
Entrevistado: As barreiras comercias que atrapalham a nossa empresa de trabalhar
neste segmento, são as peculiaridades que cada país tem em relação a produção de
carne suína, como o caso da febre aftosa, cada país tem suas barreiras, então é
preciso atender a cada exigência, para não perder vendas.

6)Grupo: A empresa brf pretende expandir sua distribuição para novos países
consumidores? Quais?
Entrevistado: Para esse primeiro semestre de 2015, a empresa continuará
exportando carne suína, para países que já tem o costume de fazer negociações, o
foco agora é a nova fábrica em Abu Dhabi, através de sua localização a empresa
quer expandir seus produtos para países do Oriente Médio e Norte da África.

7)Grupo: O quanto é importante para os negócios da empresa brf a comercialização


internacional dos seus produtos, o quanto é significativo para a empresa à atuação
no mercado estrangeiro no setor de carnes suínas?
Entrevistado: É muito significativo para a nossa empresa exportar carnes suínas,
porque contribuem com a receita da empresa e faz com a empresa se esforce para
atender aos mercados estrangeiros, sempre melhorando nossos produtos, a nossa
marca fica valorizada internacionalmente, é um reconhecimento de qualidade que
ajuda na hora de uma negociação, pois a nossa empresa tem segurança para atuar
no ramo destes alimentos.

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