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Universidade de São Paulo 

Instituto de Química 
 
 
 
 
 

Introdução a Polímeros Condutores: 
Síntese e Caracterização Eletroquímica 
da Polianilina 
 
 

Trabalho de conclusão: disciplina de preparação pedagógica 
1º Semestre de 2009 
 

 
 
 
Tatiana Augusto 
n º USP: 6616950 
 
 
Introdução

Desde a sua descoberta, polímeros condutores têm atraído a atenção de vários


pesquisadores. Esses materiais combinam propriedades típicas de plásticos com
propriedades ópticas e elétricas de metais e de semicondutores inorgânicos. Atualmente, os
polímeros intrisecamente condutores são considerados como uma nova classe de materiais
chamados de “metais sintéticos”.
Dentre as várias aplicações desses novos materiais pode-se destacar a utilização
em baterias recarregáveis, blindagem contra radiação eletromagnética, dissipadores de
carga, construção de dispositivos eletrocrômicos e eletromecânicos, proteção contra
corrosão e sensores.

Histórico
A idéia de associar propriedades elétricas aos polímeros surgiu por volta dos anos
50, através da incorporação de cargas condutoras, como negro de fumo, fibras metálicas ou
de carbono. Esses foram chamados de polímeros condutores “extrínsecos”, pois a carga
condutora é adicionada.
O primeiro polímero condutor, os quais conduzem a corrente elétrica sem a
incorporação de cargas condutoras, foi preparado acidentalmente em 1976 no laboratório de
Hideki Shirakawa no instituto de tecnologia de Tóquio. Na tentativa de sintetizar um
poliacetileno, que é um pó preto, um estudante produziu um filme prateado semelhante a
uma folha de alumínio. Revendo a metodologia, ele verificou que havia utilizado uma
quantidade de catalisador 1000 vezes maior do que a necessária.
Mais tarde, Shirakawa, trabalhando em colaboração com MacDiarmid e Heeger na
Universidade da Pensilvânia, verificou que após a dopagem do acetileno com iodo, o filme
prateado flexível tornou-se uma folha metálica dourada, cuja condutividade elétrica era
sensivelmente aumentada.
Na década de 80, os pesquisadores da BASF AG, Naarmann e Theophilou
conseguiram incrementar ainda mais a condutividade do acetileno, através de um novo
catalisador e orientando o filme por estiramento. Após a dopagem, eles conseguiram uma
condutividade de 106 S cm-1, semelhante à do cobre na temperatura ambiente. A descoberta
do poliacetileno condutor mostrou que um polímero orgânico pode ser um bom condutor de
eletricidade.
Em 2000, os pesquisadores Alan J. Heeger, Alan G. MacDiarmid e Hideki
Shirakawa dividiram o premio Nobel de química pela descoberta e desenvolvimentos de
polímeros condutores.

Polímeros Condutores
Os polímeros condutores são formados por cadeias contendo duplas ligações C=C
conjugadas, permitindo o fluxo de elétrons em condições específicas. Os orbitais π podem,
facilmente, receber (redução) ou doar elétrons (oxidação) formando um íon. Esses agentes
de carga que efetuam a redução ou a oxidação do polímero, tornando-o, de isolante para
condutor são chamados de dopantes, em analogia à dopagem em semicondutores. Estes
processos resultam em cargas delocalizadas ao longo da cadeia polimérica e são
neutralizadas através da entrada e saída de cátions ou ânions.
De acordo com a terminologia da física do estado sólido, o uso de agentes
oxidantes caracteriza uma dopagem tipo-p e o uso de agentes redutores, dopagem tipo-n
(tabela 1).

Tabela 1: Alguns polímeros condutores e suas condutividades máximas e o tipo de


dopagem.

Polímero condutor Condutividade máxima (S cm-2) Tipo de dopagem


200-1000 n, p
Poliacetileno (PA)
Poliparafenileno (PPP) 500 n, p
Poliparavinileno (PPV) 1-1000 p
Polipirrol (PPY) 40-200 p
Politiofeno (PT) 10-100 p
Polianilina (PANI) 5 p
Assim como em semicondutores inorgânicos, a condutividade em polímeros pode
ser explicada através do “modelo de bandas”. A interação da cela unitária com todos seus
vizinhos leva à formação de bandas eletrônicas, onde os níveis ocupados de maior energia
são a banda de valência e os níveis vazios de menor energia são a banda de condução. Estas
duas bandas estão separadas por uma faixa de energia chamada de “bandgap”, a qual
determina as propriedades elétricas intrínsecas do material.
No caso de uma oxidação, elétrons são retirados banda de valência e há a
formação de um cátion radical chamado de polaron. No processo de formação do polaron, a
banda de valência permanece cheia e a de condução, vazia, não há o aparecimento do
caráter metálico, uma vez que o orbital parcialmente ocupado está localizado no “bandgap”.
Quando o elétron é retirado do polaron, há a formação do bipolaron (figura 1).
Nos polímeros condutores, os portadores de carga não são elétrons ou buracos
localizados no interior das bandas e sim defeitos carregados, os polarons e os bipolarons
localizados ao longo da cadeia polimérica.

 
Figura 1: Representação do modelo de bandas: (a) polímero no estado fundamental; (b)
polaron; (c) bipolaron.
A polianilina e seus derivados pertencem a uma classe de polímeros condutores
em que a dopagem pode ser realizada por protonação, sem que ocorra alteração no número
de elétrons (oxidação ou redução). A polianilina pode ocorrer em diferentes estados de
oxidação onde a forma base esmeraldina é a mais estável (figura 2).
H H H
N N N
n
Leucoesmeraldina: completamente reduzida (isolante)

H H
H
N N N
n
sal de esmeraldina: parcialmente oxidada (condutora)

H H
H
N N N
n

base esmeraldina: parcialmente oxidada (isolante)


f orma mais estável
H H H
N N N
n
pernigranilina: completamente oxidada (isolante)  
Figura 2: diferentes formas da polianilina e suas cores
A forma base esmeraldina reage com ácidos fornecendo a forma condutora sal
esmeraldina. Além da alta condutividade elétrica a polianilina possui outra propriedade
interessante que é a variação da cor em função do potencial e do pH.

Objetivo 
A introdução de ciência de materiais e de aplicações tecnológicas é de
fundamental importância no ensino de química por efeito de aprendizagem e incentivo.
Esse trabalho tem como objetivo introduzir uma aplicação tecnológica em eletroquímica à
parte da disciplina QFL2636 Eletroquímica e Eletroanalítica.
Polímeros Condutores

Eletroquímica

Ciência de Materiais

Eletrocromismo Síntese
Eletroquímica
Novos materiais:
aplicações tecnológicas

Voltametria cíclica
 
Figura 3: Mapa conceitual dos temas abordados nesse projeto

Parte experimental 

Parte 1: Síntese Eletroquímica

Materiais e equipamentos:
• Eletrodo de ITO (óxido de estanho dopado com índio) A= 1,01cm2;
• Multimetro;
• Contra eletrodo de platina;
• Potenciostato marca Autolab modelo PGSTAT 30;
• Fita de cobre;
• Balança analítica;
• Proveta 25 mL;
• Erlenmeyer;
• Béquer 50 mL;
• Pipetas Pasteur;
• Ácido sulfúrico concentrado;
• Anilina (destilada);
• Água destilada.

Procedimento:
Em um erlenmeyer contendo 1 g de anilina, adicionou-se a solução de 1 mL de
ácido sulfúrico em 20 mL de água destilada, a solução foi agitada, formando um sal de
monômero que é solúvel em água. Em seguida, transferiu-se a solução, já totalmente
solubilizada, a um béquer de 50 mL.
Foi colocada uma fita de cobre no lado condutor do ITO para melhorar o contato
elétrico. Conectou-se com um jacaré ao potenciostato e mergulhou o eletrodo de ITO e de
platina na solução contendo o monômero (figura 4).

(c) 
(a)  (b) 

 
Figura 4: (a) Eletrodo de ITO com o contato de cobre; (b) solução com o monômero ainda
não solubilizada; (c) cela eletrolítica montada.

Com um potenciostato, aplicou-se um potencial constante de 0.75 V por 8


minutos para polimerização da Polianilina.

Parte 2: Voltametria Cíclica e eletrocromismo


 
Materiais e equipamentos:
• Potenciostato marca Autolab modelo PGSTAT 30;
• ITO com a polianilina depositada;
• Contra eletrodo de platina;
• Eletrodo de referência de Ag/AgCl (3M de Cl-);
• Solução de 1 mL de ácido sulfúrico em 20 mL de água destilada;
• Béquer de 50 mL.

Procedimento:
Conectaram-se os três eletrodos ao potenciostato, mergulhando-os na solução de
ácido sulfúrico. Foi realizada uma varredura do potencial de -0.1V a 0.7 V observando a
variação de cor do filme de polianilina dependendo do potencial aplicado.

Resultados e discussão

Parte 1: Síntese Eletroquímica

A síntese da polianilina foi realizada aplicando-se um potencial constante num


determinado tempo, experimento chamado de cronoamperometria a curva da variação de
corrente. A polianilina é sintetizada eletroquimicamente e é depositada no eletrodo de ITO
a cor do filme vai ficando mais escura com o tempo, devido maior quantidade de filme
depositada. A forma depositada é a base esmeraldina, em meio acido ela torna-se o sal de
esmeraldina que é sua forma condutora. A carga deste sal é estabilizada através dos ânions
(HSO4-) presentes na sua estrutura (Figura 5).
 
Figura 5: Variação da cor do filme de polianilina que está sendo formado.

Parte 2: Voltametria Cíclica e Eletrocromismo

O potencial foi varrido de -0.1 V a 0.7 V na velocidade de 50 mV/s, foi possível


observar a variação de cor do filme em diferentes potenciais. Próximo ao potencial de
oxidação, a polianilina torna-se azul escuro e verde próximo ao potencial de redução.
Durante a voltametria cíclica foi realizado um vídeo que pode ser observado no
link abaixo:

YouTube - VC PANI

Conclusão
Foi realizada a polimerização eletroquímica da polianilina e esta foi caracterizada
por voltametria cíclica, observando a variação de cor do filme obtido em diferentes
potenciais.
Através de um experimento bem simples e rápido poderia se introduzir a disciplina
conceito de novos materiais, polímeros condutores, eletrocromismo, processos de dopagem
e teoria de bandas. Além disso, um experimento com grande aplicação tecnológica é um
grande incentivo à aprendizagem. Este experimento poderia perfeitamente ser aplicado na
disciplina de Eletroquímica e eletroanalítica, não custando tempo nem grandes gastos com
materiais.

Referências Bibliográficas 
 
1. Goto,  H.;  Yoneyama,  H.;  Togashi,  F.;  Ohta,  R.;  Tsujimoto,  A.;  Kita,  E.;  Ohshima,  K. 
“Preparation of Conducting Polymers by Eletrochemical Methods and Demonstration of a 
Polymer Battery” Journal of Chemical Education, 1067, 2008. 
2. Faez,  R.;  Reis,  C.;  de  Freitas,  P.  S.;  Kosima,  O.  K.;  Ruggeri,  G.;  De  Paoli,  M.‐A.  “Polímeros 
Condutores” Química Nova na Escola, 11, 2000.  
3. Mattoso, L. H. C. “Polianilinas: Síntese, Estrutura e Propriedades”, Química Nova, 19, 388, 
1998.  
4. Gurunathan,  K.;  Murugan, A. V.; Marimuthu, R.; Mulik, U. P.; Amalnerkar, D. P.
“Electrochemically synthesised conducting polymeric materials for applications
towards technology in electronics, optoelectronics and energy storage devices”
Materials Chemical and Physics, 61, 173, 1999. 

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