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entrevista

Patrimônio Histórico
Preservando com conhecimento
Por Cláudia Cavallo e respeito

O CONCEITO DE C ITY B EAUTIFICATION – EMBELEZAMENTO DAS CIDADES –


e o desenvolvimento tecnológico de equipamentos de iluminação vêm possibilitando a
valorização crescente de marcos e monumentos das cidades. O desenvolvimento de
um projeto luminotécnico para o interior ou exterior de um patrimônio público, entretan-
to, requer conhecimentos técnicos, estéticos e históricos. Caso contrário, em vez de
valorizar, a iluminação distorce, descaracteriza, deteriora o que deveria exaltar.
Muitos leitores nos pedem artigos sobre os critérios que regem a iluminação de
museus, igrejas, centros culturais, entre outros espaços que exigem níveis mínimos ou
máximos de iluminamento, radiação ultravioleta ou infravermelha. Para atender a esses
pedidos, começamos por entrevistar alguém que atua, justamente, no órgão federal
responsável pela aprovação de projetos luminotécnicos de obras que compõem o
patrimônio histórico brasileiro.
Leonardo Barreto é engenheiro eletricista, licenciado em História e mestre em
Artes Visuais na área de concentração: Conservação / Restauração. Ele responde pelo
departamento de Engenharia Elétrica da
13ª Superintendência Regional de Minas
Gerais do IPHAN – Instituto do Patrimô-
nio Histórico e Artístico Nacional – e atua
como consultor nas outras unidades da
entidade, no restante do país. A seguir,
Leonardo fala sobre a atuação do
Instituto, os parâmetros observados pelo
IPHAN para aprovação de propostas
luminotécnicas para edificações e faz
recomendações para quem busca fontes
de pesquisa sobre iluminação interna e
Foto: Arquivo Leonardo Barreto

externa de monumentos.

Lume Arquitetura: De que forma, exata-


mente, o IPHAN serve a sociedade?
Leonardo Barreto: O IPHAN possui

6 LUME ARQUITETURA
Casa da TTorr
orr
orree - BA
O destaque da fachada da capela
foi realizado sem desvinculá-la do entorno,
em especial do piso. Nota-se, também,
a estrutura em arcos contígua à edificação.

grande diversidade de atribuições, que


vão desde as ações de identificação,
proteção, promoção, restauração,
preservação e fiscalização de bens
físicos, paisagísticos, arqueológicos e
intelectuais até a administração de
bibliotecas, arquivos e museus, abran-
gendo aspectos importantes do
panorama cultural brasileiro.
Foto: Eduardo Moody

Lume Arquitetura: O órgão vem


seguindo a mesma linha de trabalho
desde o começo ou tem algum
momento que possa ser considerado
“divisor de águas”, em sua atuação? demanda conhecimento científico,
Leonardo Barreto: É claro que as fundamentação histórica e sensibilidade
“A atuação técnica em edificações
diversas mudanças políticas ocorridas estética. Ao longo dos anos a evolução
em nosso país desde o início das que passaram por restauração no nos saberes de cada área citada,
atividades do IPHAN (ocasionando implicou logicamente em mudanças
inclusive algumas mudanças de desig-
século passado pode diferenciar nas intervenções propostas. Ao depa-
nação do órgão, que já foi SPHAN, do que se faria hoje sob vários rarmos, por exemplo, com problemas
IBPC, entre outros nomes), tiveram em edificações que já passaram por
reflexos dentro da instituição, alguns de aspectos. Isto não significa que restauração na década de 40 do século
forma positiva, e outros, negativa, como a restauração anterior foi danosa passado, a atuação técnica pode
foi o caso do desmantelamento promovi- diferenciar, tanto nos materiais a serem
do pelo Governo Collor, cujas seqüelas ao acervo, pois foi evitado seu utilizados, na metodologia empregada,
ainda hoje são sentidas e afetam o seu como na forma de abordagem das
arruinamento. Deve-se analisar
pleno funcionamento. intervenções. Isto significa que a
A história da instituição é marcada a natureza da intervenção à luz restauração anterior foi danosa ao
por um difícil início, que demandou um acervo? Não necessariamente. Certa-
trabalho incansável de registro e
dos conhecimentos da época mente foi evitado seu arruinamento ou
cadastro do patrimônio edificado, em que foi realizada.” destruição. Deve-se analisar a natureza
artístico, documental, arqueológico em da intervenção à luz dos conhecimentos
todo o território nacional – lembrando da época em que foi realizada. Seria
aqui as dificuldades de acesso a muitos quando assumiu a direção do IPHAN o uma intervenção equivocada se não
locais enfrentados pelos técnicos. Esta designer Aloisio Magalhães, que lançasse mão de procedimentos
primeira fase do IPHAN, conhecida reestruturou a instituição, dinamizando técnicos recomendados àquela época.
como heróica, aconteceu na gestão de sua atuação e ampliando o conceito de O IPHAN tem trabalhado desde o
Rodrigo Melo Franco de Andrade, que bem cultural, sendo o precursor das início em consonância com os princípi-
foi sucedido por Renato Soeiro a partir idéias que hoje se concretizaram nos os de preservação de bens culturais
de 1967. O ano de 1979 foi um marco registros de bens imateriais. elaborados por diversos organismos
na trajetória da preservação e valoriza- O trabalho de preservação de bens internacionais, sendo signatário de
ção do patrimônio cultural brasileiro, culturais é extremamente complexo e diversos compromissos técnicos,

LUME ARQUITETURA 7
mantendo-se não só atualizado em “Alguns profissionais de que o setor público só lhes interpõe
relação às tecnologias empregadas, obstáculos. Deve ser mencionado, ainda,
como contribuindo também para seu acreditam estarem preparados que as faculdades de arquitetura no
aprimoramento e difusão. A constante Brasil direcionam o ensino basicamente
para executarem trabalhos
atualização e o aperfeiçoamento são, para projetos de novas edificações e
portanto, de fundamental importância em edificações ‘antigas’, possuem uma grande lacuna de
também na preservação dos bens formação referente ao estudo e
culturais.
pelo fato de terem já projetado valorização do patrimônio arquitetônico
ou executado serviços em histórico nacional.
Lume Arquitetura: Por que o Instituto O fato é que, em todos os setores,
é visto como um órgão que dificulta o
construções consideradas o notável avanço dos conhecimentos
trabalho dos profissionais e é de avançadas tecnologicamente”. impôs a necessidade de aprofunda-
difícil acesso? Este comentário tem mento das questões e obediência às
fundamento? normas estabelecidas para balizar as
Leonardo Barreto: A resposta à consideradas avançadas tecnologica- intervenções. No tocante aos acervos
primeira parte da pergunta, creio estar mente. Como o IPHAN é o responsável culturais não é diferente. Com relação
relacionada ao desconhecimento quase pela aprovação de projetos e estudos ao acesso, ou facilidade de atendimen-
generalizado entre os profissionais de em edificações e conjuntos urbanos to, não poderia afirmar que é o ideal,
arquitetura e engenharia das tombados, inevitavelmente, seus em função do número reduzidíssimo de
especificidades técnicas que envolvem técnicos, ao analisarem as propostas servidores de que dispõe a instituição.
projetos nos quais o objeto de interven- apresentadas, o fazem tomando como O IPHAN foi a partir de 1990 progressi-
ção seja uma edificação protegida. base os estudos e documentos nacio- va e sistematicamente sucateado,
Diria que existe mesmo um preconceito nais e internacionais sobre o assunto. necessitando, atualmente, passar por
e simplificação da questão, por parte O resultado é que muitos profissionais um amplo processo de democratização
de muitos profissionais, que acreditam reconhecem a importância do trabalho e de reestruturação. Esta situação já foi
estarem preparados para executarem de preservação, buscam informar-se e constatada pelo Ministro da Cultura,
trabalhos nestas edificações “antigas”, transformam a interação em aprendiza- que tem empenhado todos os esforços
pelo fato de terem já projetado ou do e crescimento profissional. Outros para sanar este problema.
executado serviços em construções preferem o caminho fácil da afirmação
Lume Arquitetura: Quais são os
parâmetros observados pelo IPHAN
Foto: Eduardo Moody

para aprovação de propostas lumino-


técnicas para edificações?
Leonardo Barreto: Vou começar
abordando a questão da iluminação
interna, passando, posteriormente, para
as iluminações externas.
A concepção luminotécnica interna
para edificações deve pautar-se pelos
seguintes quesitos:
1. Demanda de iluminamento para
realização das tarefas visuais no local
em questão.

Iluminação da fachada lateral


da Casa da Torre propicia
a percepção do volume
e das formas ainda intactas.

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Iluminação da cúpula interna da capela onde
a percepção das formas e cores foram conseguidas
sem que equipamentos de iluminação interferissem
na fruição do acervo. Foram controlados os níveis
de iluminamento e emissão de UV. A escolha
das fontes teve como preocupação
a perfeita reprodução de cores.

ção cromática do espaço. Importante,


também, é a correta especificação da
temperatura de cor da lâmpada para se
conseguir a ambiência desejada para
cada caso.

Para o caso de museus e edifica-


ções com acervo artístico incorporado,

Foto: Eduardo Moody


revestido por policromias ou materiais
sensíveis à deterioração causada pelas
radiações (visíveis e invisíveis) presen-
tes na luz natural ou artificial, deve-se
observar como premissa fundamental:
2. Depreciação da quantidade de luz “Toda a concepção luminotécnica
emitida pelo equipamento (lâmpada + “As faculdades de arquitetura deve nortear-se pela preservação do
luminária), tanto em função do envelhe- acervo, respeitando-se os níveis de
cimento natural dos materiais, quanto
possuem uma grande lacuna iluminamento recomendados por normas
em função do acúmulo de sujidade. de formação referente internacionais e nacionais, bem como
3. Comportamento do ambiente em devem ser eliminadas ou reduzidas a
relação à luz (grau de reflexão, grau de ao estudo e valorização níveis aceitáveis as radiações na faixa do
absorção, grau de transmissão e grau ultravioleta (UV) e infravermelho (IV).”
do patrimônio arquitetônico
de difusão). Os elevados danos provocados
4. Necessidade do emprego de fatores histórico nacional.” pelo excesso de luz visível, bem como
de correção, para ajustes em função da pelas radiações UV e IV, justificam
idade média dos usuários destes plenamente a primazia dos conceitos
espaços (em particular edificações desvirtuar-se toda a proposta original e de conservação sobre os demais, pois,
religiosas). comprometer o entendimento da obra. caso não considerados, em curtíssimo
6. Os equipamentos propostos devem espaço de tempo não se terá o que
Até este ponto foram apresentados marcar sua contemporaneidade em valorizar através da luz.
os quesitos normais de projeto. Para as relação à edificação sob pena de “falsear Os níveis de iluminamento reco-
edificações que possuem valor cultural a leitura” do espectador ou visitante – é o mendados para cada material são
deverão ser agregados: caso da introdução equivocada de estipulados em tabelas específicas.
“luminárias ditas coloniais”. Atualmente, nas áreas destinadas à
5. Adequação da luz artificial ao estilo 7. O posicionamento dos equipamentos exposição de acervos, o parâmetro
arquitetônico da edificação. Esta é uma deve ser tal que sua instalação não utilizado de dosagem permitida baseia-
questão que demandaria maior detalha- provoque dano a elementos artísticos, se na unidade lux x hora/ano. Com
mento, mas simplificando poderíamos seja por sua fixação, seja pela necessida- relação às radiações invisíveis (UV e IV),
dizer que o comportamento da luz em de de rasgos para instalação de eletrodu- para o infravermelho segue-se no geral
uma igreja do período barroco não será tos destinados à sua alimentação. o disposto para a radiação visível.
o mesmo em uma igreja do período 8. Utilização de fontes artificiais de luz Tratando-se do ultravioleta, o limite
rococó. Tal compreensão é fundamental com elevada reprodução de cor, que encontra-se na faixa de 75 mW/lm
na proposta luminotécnica sob pena de permitam a perfeita fruição da composi- (setenta cinco microwatts por lúmem).

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Museu do Ipiranga - SP
Projeto luminotécnico de Neide Senzi e Plínio Godoy.
Não foi permitido o uso de luminárias com características
do período da construção do prédio, nem furação nos
ladrilhos de época para instalação de equipamento.

Existe hoje uma discussão internacional


sobre a correção desta unidade de
medição, sendo que os aparelhos mais
modernos já apresentam valores em
mW/cm2 (microwatts por centímetro
Foto: Inácio teixeira
quadrado), avaliação mais precisa por
se tratar da radiação efetivamente
incidente sobre o acervo.
De modo sintético, a análise dos
projetos de iluminação de interiores
submetidos ao IPHAN fundamenta-se cores originais, tanto de interiores concessionárias de energia ou prefeitu-
nesta linha conceitual. Portanto, são quanto de fachadas, de modo a ras), prever fontes artificiais eficientes e
solicitados dos projetistas memorial conseguir a composição cromática com elevada vida útil são fundamentais
descritivo e memória de cálculo, que original idealizada pelo projetista ou para o sucesso e aprovação da
comprovem a correção da proposta executor. Assim, da mesma forma que o proposta pelos órgãos envolvidos.
luminotécnica e sua adequação às arquiteto restaurador incorre em erro, Projetos luminotécnicos destinados
premissas técnicas estabelecidas. ao não levar este dado em considera- tanto ao interior quanto ao exterior de
ção na definição das cores da edifica- monumentos e edificações tombadas
A iluminação externa de monumen- ção, também será inadequada uma requerem estudos específicos e
tos tem por objetivo sua valorização ou intervenção luminotécnica que diante formação profissional condizente com o
destaque em relação ao entorno e segue de uma composição de cores importan- desafio proposto.
outras considerações e conceitos mais te, para o entendimento ou resgate de
próximos da intervenção urbana: seu estilo arquitetônico, descaracterize Lume Arquitetura: Quais são as
a mesma pela utilização inadequada de principais dificuldades que você
1. A proposta luminotécnica deve levar cores. Este posicionamento não encontra para realizar um trabalho
em consideração as características significa que a utilização de cores será dentro do que se poderia chamar de
construtivas e espaciais da edificação, sempre vetada para essas edificações, “ideal”? E quanto à satisfação? Em
evidenciando suas linhas arquitetônicas poderá ser aceita, por exemplo, durante que circunstâncias ela acaba vindo e
mais marcantes ou definidoras do estilo eventos ou festejos. fazendo valer os obstáculos vencidos?
a que pertence. 4. A inserção dos equipamentos não Leonardo Barreto: A maior dificuldade
2. O destaque em relação ao entorno deve causar danos à edificação ou é atuar em áreas que demandam
não deve prejudicar a leitura do contex- demasiado impacto visual no período conhecimentos absolutamente específi-
to urbanístico em que se insere a diurno. Têm sido comum propostas que cos, exigindo a busca sistemática de
edificação. invertem a lógica, visto que o objetivo é atualização tecnológica para uma
3. O uso de fontes artificiais de luz com valorizar a edificação, e não utilizar o correta intervenção, tendo-se como
baixa reprodução de cores, equipamen- monumento como suporte para premissa rigorosos critérios de preser-
tos dotados de filtros de cores ou destaque ou demonstração de recursos vação do patrimônio, tais como manu-
lâmpadas coloridas, na iluminação de projetores. Muitas vezes a poluição tenção das características construtivas,
externa de monumentos, deve ser visual causada pela inserção de integração e/ou reversibilidade da
precedido de cuidadoso estudo, visto equipamentos de iluminação, ostensi- intervenção, demarcação da
que, no geral, essa intervenção não é vos no período diurno, não justifica o contemporaneidade dos equipamentos
adequada. Quando dos trabalhos de resultado noturno obtido. inseridos etc.
restauração de uma edificação, uma 5. Pautar o projeto na possibilidade de Listaria também o reduzido número
etapa importante é a prospecção das manutenção (geralmente feita pelas de servidores para fazer face à deman-

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da de trabalho e a carência de recursos
destinada nos últimos anos, tanto pelo Sobre o IPHAN
governo federal quanto pelos governos
estaduais para a preservação dos O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a mais antiga
acervos. Notadamente, a partir deste instituição de preservação de bens culturais da América Latina, hoje vincula-
ano existe a efetiva disponibilização de do ao Ministério da Cultura, foi criado em 13 de janeiro de 1937 pela Lei n.º
significativos recursos pelo governo 378, no governo de Getúlio Vargas. Já em 1936, o então Ministro da Educa-
federal, o que no meu modo de enten- ção e Saúde, Gustavo Capanema, preocupado com a preservação do
der deve motivar os profissionais a se patrimônio cultural brasileiro, pediu a Mário de Andrade que elaborasse um
interessarem pela área e buscar anteprojeto de Lei para salvaguarda desses bens e confiou a Rodrigo Melo
formação. Para todos que já tiveram a Franco de Andrade a tarefa de implantação do Serviço do Patrimônio.
Posteriormente, em 30 de novembro de 1937, foi promulgado o Decreto-Lei
chance de participar de um trabalho de
n.º 25, que organiza a “proteção do patrimônio histórico e artístico nacional”,
restauração, esta é uma experiência
e ainda hoje serve de base legal para atuação do órgão.
marcante que tem motivado gerações
O IPHAN atua junto à sociedade em todo território nacional, por meio de
de funcionários a um trabalho abnega-
29 unidades com autonomia orçamentária-financeira: Administração Central,
do, cuja contribuição à preservação da Brasília/DF, incluindo o Palácio Gustavo Capanema, Rio de Janeiro/RJ; 15
cultura e identidade nacional só será Superintendências Regionais e 19 Sub-Regionais; 9 museus: Museu
devidamente reconhecida pelas Nacional de Belas-Artes, Histórico Nacional, Imperial, da República, da
gerações vindouras. Inconfidência, Lasar Segal, Villa-Lobos, Raymundo Ottoni de Castro Maya,
A satisfação no desenvolvimento de Biologia Prof. Mello Leitão; 18 museus regionais; 9 Casas Históricas e 7
deste trabalho manifesta-se quase que Escritórios Técnicos; 3 Centros Culturais: Paço Imperial, Sítio Roberto Burle
diariamente ao percebermos tranqüili- Marx, Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular.
dade de alguns anciãos ao verem ser Encontram-se inscritos em seus Livros de Tombo, e estão sob a tutela
instalado em “sua” igrejinha um novo da instituição, 1007 bens, sendo que destes 57 são sítios urbanos, como
cidades, bairros, ruas e praças, compostos por cerca de 20 mil imóveis. Nos
SPDA – Sistema de Proteção Contra
Livros de Registro, já encontram-se inscritos dois bens patrimoniais de
Descargas Atmosféricas, que irá
natureza imaterial.
protegê-la dos raios; manifesta-se ao
Estão ainda sob a proteção legal do IPHAN cerca de 13 mil sítios
contarmos com o apoio daquela
arqueológicos, até agora cadastrados, 250 mil objetos museológicos,
pequena comunidade, que com a extensa documentação arquivística e bibliográfica, além de registros
realização de quermesses e festejos, fotográficos, cinematográficos e videográficos, sob a guarda de suas
garantiu recursos para a reforma das diversas unidades.
precárias instalações elétricas de O reconhecimento internacional ao valor do patrimônio cultural brasileiro
alguma importante edificação prestes a e ao trabalho executado pelo IPHAN verifica-se no fato de o Brasil, hoje,
ser destruída pelo fogo, sinalizando que contar com dezessete monumentos culturais e naturais considerados pela
a cidadania avança em nosso país; Unesco como Patrimônio Mundial.
manifesta-se na implantação de Para maiores informações sobre a história do IPHAN e sua atuação,
iluminações externas e internas ade- consulte o site: www.iphan.gov.br

quadas tecnicamente, por meio de


patrocínio ou doação de equipamentos
Sobre Leonardo Barreto
por empresas do setor de iluminação,
mostrando as enormes possibilidades
Desde 1986, Leonardo Barreto responde pela área de Engenharia
de realizações pela parceria do público Elétrica da 13ª Superintendência Regional de Minas Gerais e atua como
e do privado; manifesta-se ao vermos o consultor nas outras unidades do IPHAN no restante do país. Aí estão
engajamento dos colegas técnicos das incluídas as atividades nas seguintes especializações: Sistemas de Proteção
concessionárias de energia, que não só Contra Descargas Atmosféricas (SPDA), Instalações Elétricas, Iluminação
nos ajudam com seu conhecimento, Interna de Monumentos e Edificações, Iluminação Externa de Monumentos e
como também se envolvem com a Edificações, Iluminação Pública de Conjuntos Urbanos Tombados, Sistemas
causa e a defendem junto aos altos de Segurança Eletrônica Contra Intrusão e Incêndio e Telecomunicações.
escalões das empresas.

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Foto: Mário Grisolli
Lume Arquitetura: Se um profissional Monuments and Sites), ICOM
quiser ter acesso a informações (International Council of Museums),
técnicas, se quiser pesquisar e saber entre outros.
como iluminar corretamente um Caso o profissional esteja interes-
monumento ou ambiente que deve sado em cursos de pós-graduação,
ser preservado, por onde deve posso citar o CECRE (Curso de Especi-
começar? Qual é a sua recomenda- alização em Conservação e Restaura-
ção ou recomendação do IPHAN? O ção de Monumentos e Conjuntos
IPHAN tem uma biblioteca ou fonte Históricos promovido pela UFBA com o
de pesquisa? apoio da UNESCO e do IPHAN), que
Leonardo Barreto: Entendo que o focaliza os monumentos e conjuntos
primeiro passo seja aprofundar os urbanos como tema principal. Indicaria
conhecimentos relativos à história da também o CECOR (Centro de Conser-
arquitetura brasileira, pressupondo que vação e Restauração de Bens Culturais
o profissional já possua sólida forma- Móveis da UFMG), que aborda princi-
ção na área da luminotécnica. A etapa palmente trabalhos relativos a elemen-
seguinte seria tomar ciência sobre os tos artísticos, contando com apoio de
trabalhos publicados sobre a questão laboratório de conservação muito bem
pelo IPHAN, pelos órgãos de preserva- equipado. Para pesquisas mais avança-
ção estaduais e também pelos organis- das, a UFBA oferece mestrado na
Igreja Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores - RJ
mos internacionais especializados – Escola de Arquitetura e a UFMG, Projeto Luminotécnico de LD Studio.
ICOMOS (International Council on através da Escola de Belas Artes. Exigências quanto aos índices de iluminamento e calor.


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