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Tríduo Pascal. Sexta-feira da Paixão do Senhor.

“Ó Pai, em tuas mãos, eu entrego o meu espírito”

Minhas queridas irmãs, meus queridos irmãos,

O grito de Jesus, ao exalar o seu último suspiro, manifesta o coroamento


daquilo que foi a sua vida: uma constante entrega aos homens. Uma vida de
entrega! Toda a vida de Jesus está orientada para esse momento supremo.
A sua vinda a esse mundo só se explica com a sua morte na cruz.

Jesus desejava por esse momento. Tinha esperado por isso durante muitos
anos.
“Quando eu for levantado sobre a terra, atrairei a mim todas as coisas”,
disse certa vez aos seus discípulos. Era a intuição certa de que tinha que
somente após a sua morte na cruz, a redenção iria acontecer. Agora sim há
salvação. Aqui se consuma a nossa Redenção, aqui a dor do mundo
encontra o seu sentido, aqui conhecemos verdadeiramente a malícia do
pecado e o amor de Deus por cada um dos homens.

E Santo Agostinho perguntava-se: “Por que tanto padecimento? E


responde: “Tudo o que ele padeceu é o preço do nosso resgaste”. Não se
contentou em sofrer alguma coisa. Bastaria, por exemplo, uma gota de seu
divino sangue para redimir a humanidade inteira. Como cantamaos num
tradicional hino da igreja, o Adoro te devote: “Divino pelicano, Jesus
Salvador, lava-me em teu sangue, grande pecador. Dele uma só gota pode
bem salvar, mais que o mundo inteiro de qualquer pecar”.

Divino Pelicano… Conta a lenda que o pelicano diante da falta de


alimentos para os seus filhos, pega a sua própria carne e dá em alimento
aos seus filhos. De uma certa maneira, é isso que Jesus faz conosco. Nos
entregou a sua própria carne na Eucaristia, mistério que ontem
celebrávamos. E continua o hino: “uma só gota somente seria necessária
para salvar a humanidade”. Mas como nos conta o Evangelista: “Tendo
amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”. Jesus nos
ensina com esse gesto a sermos generosos na entrega aos demais, na
mortificação, no espírito de serviço.
A crucifixao era a execução mais cruel que alguém podia ser submetido.
Nos países onde se aplicam a pena de morte, o princípio é que a morte seja
o mais rápido possível, seja através de uma injeção letal, seja através de um
tiro certeiro. A crucifixao, pelo contrário, tinha como princípio fazer com
que o malfeitor agonizasse por durante várias horas.

Tudo isso, minhas caríssimas irmãs, meus caríssimos irmãos, deve levar-
nos a pensar: tudo isso foi por mim! Esse foi o preço do meu amor. “Foi o
cravo que prendeu Jesus no madeiro. Mais do que os pregos, foi o amor”.
Às vezes pensamos na Redenção de maneira muito genérica. Tentamos
apaziguar a situação dizendo: “Jesus morreu pela humanidade inteira”. É
verdade! Mas vale pensar o seguinte: “morreu por mim”. E se fosse
necessário sofrer tudo isso somente para me salvar a mim, pois ele não teria
hesitado. E nós? Como havemos de corresponder?

Às vezes vemos na televisão um policial, um bombeiro, que morre para


salvar uma pessoa. O mínimo que poderíamos esperar dessa pessoa seria
gratidão. Morreu Deus – diz o S.Josemaria – e ficamos indiferente…

Uma outra ideia que poderíamos pensar é que não existe Redenção sem
cruz. E na cruz, Cristo verteu até a última gota do seu sangue. Quando
muitas vezes queremos apresentar um Cristianismo light, açucarado e
pouco consistente… um Cristianismo que se amolde às ideologias e modas
desse mundo, um Cristianismo sem cruz, temos que afirmar energicamente
com a nossa vida que não! Não existe Cristianismo sem a cruz! E a cruz
não é o fim, mas o meio pelo qual chegamos à Alegria pascal.

A solene liturgia do dia de hoje nos ajuda a adentrar neste mistério.

A entrada em silêncio na Igreja, sem o canto litúrgico, simboliza o luto que


a Igreja vive pela morte de Cristo.

O altar desnudo, pois significa primeiramente o esvaziamento de


Cristo(Sendo ele de condição divina…). Ao mesmo tempo, significa que
não haverá missa, pois a “grande missa” acontece agora no concreto da
vida do Cordeiro que vai ser imolado.

Ao cobrir as imagens dos santos, até a Vigília Pascal, a Igreja mostra o luto
pela morte de seu Senhor, incutindo nos fiéis uma mortificação à sua visão.
O sentido profundo desse ato de cobrir as imagens sacras, fundamenta-se
no luto pelo sofrimento de Cristo Nosso Senhor, levando os fiéis a refletir,
ao contemplar esses objetos sagrados cobertos do roxo, que simboliza a
tristeza, a dor e a penitência.

Muito perto de Jesus está sua Mãe, com outras santas mulheres.
Também ali está João, o mais jovem dos Apóstolos. Quando Jesus viu sua
Mãe e, perto dela, o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o
teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua mãe. E dessa hora em
diante o discípulo a levou para sua casa10. Jesus, depois de dar-se a si
próprio na Última Ceia, dá-nos agora o que mais ama na terra, o que lhe
resta de mais precioso. Despojaram-no de tudo. E Ele nos dá Maria como
nossa Mãe.
Este gesto tem um duplo sentido. Por um lado, o Senhor preocupa-se
com a Virgem, cumprindo com toda a fidelidade o quarto mandamento do
Decálogo. Por outro, declara que Ela é nossa Mãe. “A Santíssima Virgem
avançou também na peregrinação da fé e manteve fielmente a sua união
com o Filho até a Cruz, junto da qual, não sem um desígnio divino,
permaneceu de pé (Jo 19, 25), sofrendo profundamente com o seu
Unigênito e associando-se com entranhas de mãe ao seu sacrifício,
consentindo amorosamente na imolação da Vítima que Ela mesma tinha
gerado; e, finalmente, foi dada como mãe ao discípulo pelo próprio Cristo
Jesus, agonizante na Cruz”
Aos pés da Cruz, ela é a mãe das dores; com o filho nos braços, ela é a mãe
da piedade; com o filho sepultado, ela é a mãe da solidão, soledade.

Com Maria, nossa Mãe, ser-nos-á mais fácil consegui-lo, e por isso
cantamos-lhe com o hino litúrgico:

Faze, ó Mãe, fonte de amor,


que eu sinta em mim tua dor, para contigo chorar. Faze arder meu
coração, partilhar tua paixão e teu Jesus consolar. Ó santa Mãe, por
favor, faze que as chagas do amor em mim se venham gravar. O que Jesus
padeceu venha a sofrer também eu, causa de tanto penar. Ó dá-me,
enquanto viver, com Jesus Cristo sofrer, contigo sempre chorar! Quero
ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus, e o teu pranto enxugar. Quando eu
da terra partir, para o céu posa subir, e então contigo reinar.

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