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Institutionalized Organizations: Formal Structure as Myth and Ceremony

Organizações Institucionalizadas: Estrutura Formal como Mito e Cerimônia

(Meyer & Rowan, 1977)

Resumo: Muitas estruturas organizacionais formais e complexas surgem como um reflexo de


regras institucionais racionalizadas. Regras institucionais funcionam como mitos que as
organizações incorporam ganhando legitimidade, recursos, estabilidade e aumento de
possibilidades de sobrevivência. Organizações cujas estruturas se tornam isomórficas aos
mitos do ambiente institucional diminuem controle e coordenação interna para manter a
legitimidade. Em vez de coordenação, inspeção e avaliação, emprega-se uma lógica de
confiança e boa fé para a sobrevivência organizacional.

Produtos, serviços, técnicas, políticas e programas institucionalizados funcionam como


poderosos mitos e muitas organizações os adotam cerimonialmente, todavia, isso confronta
com critérios de eficiência.

Foco: estruturas formais de muitas organizações na sociedade pós-industrial,


dramaticamente, refletem os mitos de seus ambientes institucionais, em vez das demandas
das suas atividades laborais.

Regras institucionalizadas ≠ comportamentos sociais predominantes.

Teorias predominantes sobre estrutura formal

Estrutura formal: modelo para as atividades que incluem os aspectos básicos da organização –
escritórios, departamentos, posições, programas – ligados por regras e políticas explícitas. ≠
atividades rotineiras.

Quanto mais formalizadas e racionais as estruturas, mais efetivos seriam os mecanismos de


coordenação e controle, herança do pensamento weberiano e suas burocracias, sobretudo em
contextos de influência política e estatal.

Problema: as teorias predominantes assumem que a coordenação e controle das atividades


são dimensões críticas em que as organizações formais se bem sucederam no mundo moderno.
Muitas pesquisas empíricas negam essa hipótese.

ORIGEM INSTITUCIONAL DA ESTRUTURA FORMAL

As estruturas formais não são originadas apenas das redes relacionais na organização social.
Nas sociedades modernas, os elementos da estrutura racional-formal refletem
profundamente, entendimentos da realidade social. Muitas posições, políticas, programas e
procedimentos de organizações modernas são reforçados pela opinião pública, pela visão de
seus constituintes, pelo conhecimento legitimado por meio do sistema educacional, pelo
prestígio social, pelas leis e etc.

Assim, esses elementos (como profissões, programas, tecnologias...) da estrutura formal são
manifestações de regras institucionais poderosas que funcionam como mitos altamente
racionalizados que estão vinculados às determinadas organizações. Ex: certos cargos são

Resumo feito por David Bouças (davidboucasufma@gmail.com)


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ocupados apenas por profissionais como uma determinada expertise, não apenas pela sua
habilidade técnica, mas porque há pressões sociais para que sejam ocupados por profissionais
gabaritados. Na imersão de questões sobre segurança e poluição ambiental, profissões e
programas se tornam institucionalizados por leis, opinião pública, e as organizações
incorporam esses programas e profissões (Bell, 1973).

Os mitos criados em elementos institucionais racionalizados criam a necessidade,


oportunidade e impulso para se organizar racionalmente:

Proposição 1: quando regras institucionais racionalizadas surgem em domínios de


atividade, organizações formais se formam e expandem por meio da incorporação
dessas regras enquanto elementos estruturais. O que o ambiente institucional
demanda, as organizações precisam incorporar (isomorfismo);

Proposição 2: quanto mais modernizada a sociedade, mais alargada a estrutura


institucional racionalizada em dados domínios e maior o número de domínios contendo
instituições racionalizadas.

Combinação de 1 e 2: organizações formais estão mais propícias para emergir em


sociedades mais modernas, mesmo diante da complexidade das redes; organizações
formais em um dado domínio de atividades estão mais propícios para ter estruturas
elaboradas em mais sociedades modernizadas, mesmo com a complexidade das redes
constante.

A relação das organizações com seus ambientes institucionais

As organizações se tornam isomórficas, condicionadas aos seus ambientes institucionais.

Organizações tendem a desaparecer enquanto unidades distintas e limitadas. A teoria


institucional define organizações como resultados de mitos racionalizados que permeiam as
sociedades modernas, mais que unidades envolvidas em trocas com seu ambiente. As
organizações lidam com seus ambientes em suas fronteiras e imitam os seus elementos
(tecnologias, profissões, programas) em suas estruturas.

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As origens dos mitos institucionais racionais são:

a) A elaboração de redes interorganizacionais complexas: práticas organizacionais difundidas


por meio de redes de relacionamento interorganizacional legitimam a eficiência dessas
práticas no ambiente;

b) O grau de organização coletiva do ambiente: mitos são legitimados por questões legais.
Instituições – Estado, agências reguladoras, por exemplo – ganham autoridade legal sobre a
coletividade legitimando estruturas organizacionais específicas (impondo padrões). Quanto
maior a ordem racional-legal, mais elas se tornam requisitos institucionalmente obrigatórios;

c) Esforços de liderança em organizações locais: organizações se adaptam ao contexto


institucional, mas também desempenham papel ativo em moldar esses contextos (Dowling e
Pfeffer, 1975; Parsons, 1956; Thompson, 1967). Organizações poderosas exercem influências
sobre as mais fracas em alterar suas estruturas e relações ou moldam seus ambientes
institucionais exercendo influências sobre a sociedade (como no caso de propaganda de
carros que simbolizam status). “Rivais tem que competir por redes sociais ou mercados e em
contextos de regras institucionais”.

O impacto dos ambientes institucionais sobre as organizações

Isomorfismo com o ambiente institucional traz como uma das consequências cruciais
incorporação de elementos legitimados externamente – mais que em termos de eficiência –
que incrementa o comprometimento interno dos participantes e dos atores externos,
melhorando sua imagem institucional e protegendo do fracasso.

a) Mudando estruturas formais: a incorporação de elementos institucionais proporciona uma


prestação de contas das atividades que protegem as organizações de terem suas condutas
questionadas assim como a evolução da “linguagem organizacional” ajustada ao ambiente;

b) Adotando critérios de avaliação externos: critérios de valor e cerimonial (premiações,


homenagens etc.) demonstram socialmente – públicos consumidores, investidores, governo –
a performance institucionalizada da organização. Assim, ratifica-se a importância da
organização em promover a suas ações internas – alinhadas às demandas externas –
levando-as ao conhecimento do público em geral para obter ganhos de legitimidade;

c) Estabilização: a criação de um ambiente institucional bem elaborado estabiliza as relações


organizacionais tanto interna quanto externamente. O apoio externo é garantido pelos
acordos, em vez da sua performance em si. Ambientes institucionalmente controlados
protegem as organizações de turbulências (Emery e Trist, 1965; Terreberry, 1968);

d) Sucesso e sobrevivência organizacional: o sucesso organizacional dependeria de fatores


mais que de eficiente coordenação e controle das atividades produtivas. “Organizações que
existem em ambientes institucionais altamente elaborados e são bem sucedidos em se
tornar isomórficos a esses ambientes ganham legitimidade e os recursos necessários à
sobrevivência”. Isto dialoga com a Ecologia Populacional quando fala que o ambiente
seleciona as formas mais adaptadas às contingências apresentadas (sobretudo mudanças de
tendências e programas governamentais), assim, mais do que ações voltadas à máximas

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eficiência, as organizações deveriam lidar com sua imagem perante diferentes públicos.
Organizações fracassam quando desviam das prescrições dos mitos institucionalizados, pois
independentemente da eficiência técnica, as organizações que inovam em maneiras
estruturais importantes suportam consideráveis custos de legitimação.

Assim, com base na lógica de sucesso e sobrevivência organizacional, faz-se as seguintes


proposições:

Proposição 3: organizações que incorporam elementos racionais e legitimados na


sociedade em suas estruturas formais maximizam sua legitimidade e aumentam os
seus recursos e suas capacidades de sobrevivência. A sobrevivência a longo prazo das
organizações aumenta com a incorporação em suas estruturas de regras
institucionalizadas;

ESTRUTURAS INSTITUCIONALIZADAS E ATIVIDADES ORGANIZACIONAIS

Estruturas formais racionalizadas emergem em dois contextos:

1) Redes interorganizacionais locais encorajam o desenvolvimento de estruturas que


coordenam e controlam atividades, e contribuem para a eficiência das organizações e lhes dá
vantagens competitivas;

2) Essas interconexões relacionais, a organização coletiva da sociedade e a liderança de elites


organizacionais criam um ambiente altamente institucionalizado. Assim, as estruturas
racionalizadas apresentam aceitáveis atividades que proporcionam a elas legitimidade,
estabilidade e recursos.

A discussão abaixo mostra que se a sobrevivência de uma organização depende de demandas


relacionais ou institucionais, determina a proximidade de alinhamentos entre estruturas e
atividades.

Tipos de Organização

Em um determinado contexto em que organizações usam rotina e tem tecnologias bem


definidas, um mercado se desenvolve de maneira que os consumidores ganham direitos de
inspeção e controle. Assim, a eficiência de uma organização determina o seu sucesso (em vez
de questões institucionais). Logo, as organizações enfrentam acompanhamento de perto de
suas redes relacionais (clientes) e focam nessas exigências resolvendo problemas técnicos
(relacionados à produção, por exemplo).

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Contudo, a expansão de ambientes institucionalizados mudou essa lógica, pois atores


internos e externos demandam a adoção de regras institucionalizadas que promovam
confiança e segurança aos produtos/serviços e protejam as organizações do fracasso (Emery e
Trist, 1965).

Atualmente, as organizações precisam lidar com essas duas questões, tanto de ordem
relacional (eficiência), quanto de ordem institucional (regras institucionalizadas).

Inconsistências estruturais e organizações institucionalizadas

Problemas de organizações cujo sucesso depende do isomorfismo com as questões


institucionais:

1) Atividades técnicas e demandas por eficiência conflitam com os esforços organizacionais


de conformidade com o ambiente institucional (como lidar com demandas conflitantes –
reparar equipamentos ou investir em programas de responsabilidade social?);

2) A existência de várias regras institucionais (ambiente é pluralista – Udy, 1970) que


conflitem entre si.

Resolvendo inconsistências

Uma organização pode resolver conflitos entre regras institucionais (cerimoniais) e eficiência
empregando dois dispositivos inter-relacionados:

a) Desacomplamento (decoupling): organizações criadas em torno da eficiência procuram


manter alinhamentos entre estruturas e atividades. A conformidade é reforçada pela inspeção,
controle de qualidade e etc. Nas organizações institucionalizadas, essas questões são
minimizadas.

Proposição 4: considerando que os esforços de controlar e coordenar as atividades em


organizações institucionalizadas levam a conflitos e perdas de legitimidade, elementos
da estruturas devem ser desacoplados das atividades e entre si. Ex: hospitais não se
preocupam em si com suas taxas de cura, mas mantém uma boa imagem institucional
por oferecerem tratamento médico; escolas não focam em medir os sucessos de seus
ex-alunos, órgãos públicos ignoram a sua eficiência (quantidade de atendimentos, por
exemplo). Embora, no contexto atual, perceba-se movimentos opostos a esses em
qualquer tipo de organização.

b) Lógica da confiança e boa fé: o que legitima as organizações institucionalizadas são a


confiança e a boa fé (boas intenções) de seus públicos internos e externos. Nessas
organizações, pressupõe-se que as pessoas (gestores, demais funcionários) estejam agindo de
boa fé, desempenhando seus papéis adequadamente, o que permite que a organização
desempenhe suas atividades diárias de forma desacoplada (estrutura das atividades). Assim,
criar um ambiente institucionalizado adequado estimula os participantes internos a se
comprometerem ainda mais com seus deveres e gera respeito de públicos externos.

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Proposição 5: quanto mais uma estrutura organizacional deriva de mitos


institucionalizados, mais ela mantém dispositivos elaborados de confiança, satisfação e
boa fé, interna e externamente.

c) Inspeção cerimonial e avaliação (evitar): a avaliação e inspeção das asserções públicas de


controle social que violam a ideia de que todos agem com competência e boa fé. Violar essa
ideia diminui a moral e a confiança nas organizações.

Proposição 6: organizações institucionalizadas procuram minimizar a inspeção e


avaliação por meio de gerentes internos e constituintes externos. Constituintes
externos são agências acreditadas e governamentais e etc, que funcionam como
agentes da sociedade.

RESUMO E IMPLICAÇÕES DA PESQUISA

As organizações em ambientes altamente institucionalizados, ao mesmo tempo que devem


desenvolver ações que suportem esses mitos, devem considerar as atividades práticas,
técnicas. Uma solução é uma estrutura frouxamente acoplada que comporte os dois lados.

Implicações de pesquisa

1) Ambientes que institucionalizaram um número grande de mitos racionalizados geram


mais organizações formais, pois as organizações surgem e se tornam mais complexas diante
de ambientes institucionais (voltadas à ação coletiva);

2) Organizações que incorporam mitos institucionalizados são mais legítimas, bem sucedidas
e propícias a sobreviver (justificativa para apostar na sustentabilidade, certificações);

3) Esforços de controle organizacional, especialmente em ambientes altamente


institucionalizados, são devotas à conformidade dos rituais, tanto interna quanto
externamente. Foco é maior na imagem organizacional e status perante seus públicos do que
na coordenação e gestão entre atividades e interdependências.

Referência completa

MEYER, J. W.; ROWAN, B. Institutionalized Organizations: Formal Structure as Myth and


Ceremony. American Journal of Sociology, Vol. 83, No. 2 (Sep., 1977), pp. 340-363.

Resumo feito por David Bouças (davidboucasufma@gmail.com)


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