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LRF

Lei nº 101/2000
LRF: UMA LEI DE FINANÇAS PÚBLICAS
PARA A FEDERAÇÃO
• Um código de boas condutas de finanças públicas
aplicável a:

3 esferas de governo (Governo Federal, Estados,


Distrito Federal e mais de 5.500 municípios)
3 Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e ao
Ministério Público;
em conceito abrangente: toda a administração
pública, direta e indireta, incluindo fundos,
fundações, autarquias e empresas estatais
dependentes .
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO
Responsabilidades e obrigações do Estado:
Manter a ordem;

Solucionar litígios;

Ações sociais;

Serviço público.

P Orçamento/Planejamento - GERIR
I
Receita - OBTER
L
A
Despesa - GASTAR
R
E
Crédito - CRIAR
S
OBJETIVO DA LRF

Art. 1º, § 1º:

A responsabilidade na gestão
fiscal pressupõe a ação
planejada e transparente, em
que se previnem riscos e
corrigem desvios capazes de
afetar o equilíbrio das contas
públicas, (...)
SITUAÇÃO FISCAL BRASILEIRA NOS ANOS 90

descentraliza
carga
ção
tributária
financeira
elevada
déficits
gastos com
imoderados
pessoal
e reiterados
Diagnóstico elevados
privatização da Situação dívida
em fase Fiscal pública
avançada elevada
guerra fiscal programa de
entre estabilização
Estados medidas monetária
fiscais de
curto prazo
Experiências Internacionais de ajustes nos
anos 90

• Tratado de Maastricht – CEE - 1992:


• metas e punições em protocolos.

• Budget Enforcement Act – EUA - 1990:


• metas de superávit e mecanismos de controle dos gastos.

• Fiscal Responsibility Act – Nova Zelândia (1994):


• Há liberdade para orçar e gastar, porém desde que com amplo
e estrito acompanhamento.
• Transparência se sobrepõe à rigidez das regras.
MARCOS DAS FINANÇAS PÚBLICAS
BRASILEIRA

PAF - Lei 8.727 NBCASP


LC 82/95 LC 96/99
(11/93) - MCASP
Lei Camata 1 Lei Camata 2
Refinanciamento
Limite Limite Despesa LC 131/10
da Dívida
Despesa de de Pessoal
dos Estados e
Municípios com Pessoal SISTEMAS DE
LRF
a União CUSTO
PAF – Lei
9.496/97 –
Refinanciamento PLANO DE
da Dívida CONTAS
Mobiliária UNIFICADO
Conta Grau de
Única Investimento
Portaria MF
184/2008
MOTIVAÇÃO DO PLANO DE CONTAS ÚNICO NACIONAL

LRF Art. 51: O Poder Executivo da


Consolidação das União promoverá, até o dia trinta de
Contas Públicas junho, a consolidação, nacional e por
esfera de governo, das contas dos
entes da Federação relativas ao
exercício anterior, e a sua divulgação,
PADRONIZAÇÃO
inclusive por meio eletrônico de acesso
público

LRF Art. 48, III – adoção de sistema


integrado de administração financeira e
controle, que atenda a padrão mínimo de
Transparência
qualidade estabelecido pelo Poder
Executivo da União e ao disposto no art.
48-A. (Incluído pela Lei Complementar nº
131, de 2009).

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CARACTERÍSTICA DOS SISTEMAS CONTÁBEIS NACIONAIS

PAÍSES C/ SIST. PAÍSES C/ SIST. PAÍSES C/ SIST.


CONTÁB. DE CONTÁB. DE CONTÁB. DE
CARACTERÍSTICA
BAIXO NÍVEL DE MÉDIO NÍVEL DE ALTO NÍVEL DE
DESENV. DESENV. DESENV.

Regime de competência para reconhec. de Reg. comp.


despesas e receitas NÃO SIM
modificado
Desvinculação da contabilidade da inf.
NÃO Incipiente SIM
Orçamentária
Sistema Contábil
Apresentação de inf. não financeiras nas de Alguns
Médio nível de
Demonstrações Contábeis NÃO SIM
E o Brasil? Desenvolvimento,
casos
Possuem forte influência dos órgãos caminhando para
NÃO Incipiente
alto. SIM
profissionais contábeis
Apresentam inf. que suportem o
levantamento da eficiência, efetividade e NÃO Incipiente SIM
economicidade nos serviços
Desenvolvem sistemas de contab. no
sentido de melhorar o gerenciamento da NÃO Incipiente SIM
administração pública
 Antes da LRF e da LC 131/2010, muitas informações eram consideradas
sigilosas  hoje são obrigatoriamente abertas ao público, disponível na
Internet
Ex: previsões macroeconômicas do governo  passaram a ser divulgadas na
LDO
dívida dos entes da Federação  constavam em sistema fechado no BC
receitas e despesas  constavam em sistemas fechados nos entes

 Se garantirá a transparência também por:

- liberação ao pleno conhecimento e controle da sociedade, em tempo real,


de informações detalhadas sobre a execução orçamentária e financeira
em meios eletrônicos de acesso público;

- adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que


cumpra o padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo
do Governo Federal e o art. 48-A.
LRF

• Equilíbrio entre as limitação da


aspirações da sociedades dívida a nível
e os recursos colocados a prudente;
disposição do governo;

Princípios da
Transparência;
preservação
do patrimônio LRF
público;
Prevenção de
déficits imoderados
adoção de política tributária e reiterados;
previsível e estável;
LRF

Art 163 - A Lei complementar disporá sobre:

I. Finanças Públicas;
II. Dívida Pública externa e interna, incluída a das
autarquias, fundações e demais entidades
controladas pelo Poder Público;
III. Concessão de garantias pelas entidades
públicas;
IV. emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V. Fiscalização das Instituições Financeiras;
LRF

Art 163 - A Lei complementar disporá sobre:

VI. Operações de câmbio realizadas por órgãos e


entidades da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios;
VII. Compatibilização das funções, das
instituições oficiais de crédito da União,
resguardadas as características e condições
operacionais plenas das voltadas ao
desenvolvimento regional.
MAS AFINAL, O QUE É LRF ?

É um conjunto de normas para que a


União, os Estados e os Municípios
administrem com prudência suas
receitas e despesas, e evitem
desequilíbrios orçamentários e o
endividamento excessivo
CONTEXTO EM QUE SURGIU

Globalização da economia
Clamor social pela moralização na
administração pública
Atos de improbidade administrativa
Endividamento
Organismos financeiros internacionais
OBJETIVOS

Estabelecer o regime de gestão fiscal


responsável para as três esferas de
governo e para cada um dos seus
Poderes.
O QUE É GESTÃO FISCAL?

Gestão Fiscal é a administração financeira


e patrimonial exercida pelo Poder Público,
que envolve ação tributária, financeira e
orçamentária.
O QUE É GESTÃO FISCAL RESPONSÁVEL?

Aquela em que só se gasta o que se


arrecada. Além disso, esse gasto deve
estar voltado para o atendimento das
necessidades definidas de acordo com as
prioridades estabelecidas em conjunto
com a sociedade.
PILARES DA LRF

Planejamento
Transparência
Controle e
Responsabilidade
PLANEJAMENTO

 Definir objetivos e traçar caminhos que


possibilitem o equilíbrio das finanças públicas,
sinalizando riscos e corrigindo desvios
constituem a chamada ação planejada.

 Planejar para bem gastar. A LRF visa o


equilíbrio das finanças públicas, isto é, que as
despesas sejam compatíveis com a receita
arrecadada.
TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL

É a maneira pela qual os gestores


públicos utilizam instrumentos que
permitam a publicidade e o entendimento
do conteúdo dos atos da administração
relativos à arrecadação e aos gastos.
MEIOS DE TRANSPARÊNCIA

Publicações oficiais
Internet
Audiências Públicas
Outras Publicações
INSTRUMENTOS

PPA
LDO
LOA
RREO (RELATÓRIO RESUMIDO DA
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA)
RGF (RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL)
PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA
CONTROLE

As normas devem ser cumpridas para que


sejam atingidas as metas previstas e,
consequentemente, atendido o interesse
público.

Os sistemas de controle externo e interno


devem verificar e fiscalizar a atividade
administrativa sob os mais variados
aspectos.
TRIBUNAIS DE CONTAS

Os Tribunais de Contas têm função


relevante no processo de Transparência da
Gestão Fiscal, tendo a finalidade de
fiscalizar: as contas, o cumprimento dos
prazos, o atendimento às condições e aos
limites estabelecidos pela LRF e
Resoluções do Senado Federal.

Exercem controle preventivo, concomitante


e a posteriori.
RESPONSABILIDADE

O gestor público deve cumprir a lei. A LRF


prevê sanções institucionais em seu
próprio texto e sujeita os responsáveis a
sanções de outros diplomas legais.
CAPÍTULOS

 DO PLANEJAMENTO
 DA RECEITA PÚBLICA
 DA DESPESA PÚBLICA
 DAS TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS
 DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS
PARA O SETOR PRIVADO
 DA DÍVIDA E DO ENDIVIDAMENTO
 DA GESTÃO PATRIMONIAL
 DA TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E
FISCALIZAÇÃO
DO PLANEJAMENTO

Lei de Diretrizes Orçamentárias

equilíbrio entre receitas e despesas


critérios e forma de limitação de empenho
normas relativas ao controle de custos
condições e exigências para transferências de
recursos a entidades públicas e privadas
Anexo de Metas Fiscais
Anexo de Riscos Fiscais
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
 demonstrativo da compatibilidade da programação
dos orçamentos com os objetivos e metas do
Anexo de Metas Fiscais

 demonstrativo de isenções, anistias, remissões,


subsídios e medidas de compensação a renúncias
de receita e ao aumento de despesas obrigatórias
de caráter continuado;

 reserva de contingência destinada ao atendimento


de passivos contingentes e outros riscos e
eventos fiscais imprevistos.
EXECUÇÃO DA LOA E CUMPRIMENTO DE
METAS FISCAIS

 programação financeira e o cronograma de


execução mensal de desembolso.

 limitação de empenho e movimentação financeira

 Até o final dos meses de maio, setembro e


fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e
avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada
quadrimestre, em audiência pública nas Casas
Legislativas estaduais e municipais.
PROGRAMAÇÃO ANUAL

Por que a necessidade de programação


do fluxo de caixa do governo?

Assegurar recursos para a execução dos


programas

Manter o equilíbrio entre receita arrecadada e


despesa realizada
DA RECEITA PÚBLICA

Constituem requisitos essenciais da


responsabilidade na gestão fiscal a
instituição, previsão e efetiva arrecadação
de todos os tributos da competência
constitucional do ente da Federação
RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

 A LRF estabelece limites e restrições para os


gastos públicos, tendo como referência, para
cálculo dos limites, o montante da RCL
arrecadada.

A RCL é apurada somando-se as receitas


arrecadadas no mês em referência e nos onze
meses anteriores.
RECEITA CORRENTE LÍQUIDA
Receitas correntes = tributária + contribuições + patrimonial + agropecuária + industrial +
serviços + transferências correntes + outras receitas correntes

Deduções:

(transferências constitucionais e legais)

(contribuição de empregadores e trabalhadores para seguridade social)

(contribuição para o plano de previdência do servidor)

(contribuição para o custeio das pensões militares)

(compensação financeira entre regimes de previdência)

(dedução de receita para formação do FUNDEB)

(contribuições para PIS e PASEP)

= Receita corrente líquida


DA DESPESA PÚBLICA
 A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação
governamental que acarrete aumento da despesa será
acompanhado de:

I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que


deva entrar em vigor e nos dois subsequentes;

II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem


adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e
compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias.
DA DESPESA PÚBLICA
Os limites de gastos com pessoal são trazidos pelo artigo 19 da LRF:

“Art. 19. (...) a despesa total com pessoal, em cada período de


apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os
percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:

I - União: 50% (cinquenta por cento);


II – Estados [inclui DF]: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por cento).”

A despesa total com pessoal é apurada somando-se a do mês de


referência com as dos 11 meses anteriores.

Além desses limites globais, a LRF define também limites máximos


para cada poder em cada esfera:
DA DESPESA PÚBLICA

 Esfera Federal:
Poder/Entidade % Rec. Corr. Líquida

Poder Legislativo (inclui TCU) 2,5%

Poder Judiciário 6,0%

Poder Executivo 40,9%

Ministério Público da União 0,6%

Soma: 50%
DA DESPESA PÚBLICA

 Esfera Estadual:

Poder/Entidade % Rec. Corr. Líquida

Poder Legislativo (inclui TCE) 3,0%


Poder Judiciário 6,0%
Poder Executivo 49%
Ministério Público da União 2,0%
Soma: 60%
DA DESPESA PÚBLICA

 Esfera Municipal:

Poder/Entidade % Rec. Corr. Líquida

Poder Legislativo (inclui TCM, 6,0%


onde houver)
Poder Executivo 54%
Soma: 60%
DA DESPESA PÚBLICA
A LRF considera nulo de pleno direito o ato de que resulte
aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta
dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder
ou órgão.

Se a despesa total com pessoal ultrapassar os limites estudados,


o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois
quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no
primeiro, adotando-se, entre outras, as seguintes providências:

I redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e


funções de confiança;
II exoneração dos servidores não estáveis.
III se as duas medidas acima não forem suficientes, desligamento de
servidores estáveis.
DA DESPESA PÚBLICA
O § 3o do art. 23 da LRF estipula que “não alcançada a
redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o
excesso, o ente não poderá:

I - receber transferências voluntárias;


II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;
III - contratar operações de crédito, ressalvadas as
destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que
visem à redução das despesas com pessoal.”

Tais restrições aplicam-se imediatamente se a despesa total


com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do
último ano do mandato dos titulares de Poder ou órgão.
DÍVIDA PÚBLICA

 Limites estabelecidos:

União - 3,5
Estados - 2
Municípios - 1,2

 O parâmetro de fixação é em relação à


Receita Corrente Líquida
DÍVIDA PÚBLICA

Os governantes deverão respeitar a


relação entre a dívida e sua capacidade
de pagamento. Ou seja, o governante
não poderá aumentar a dívida para o
pagamento de despesas do dia-a-dia.
ÚLTIMO ANO DE MANDATO

A Lei de Responsabilidade Fiscal contém


restrições adicionais para controle das
contas públicas em anos de eleição, com
destaque para o seguinte:

fica impedida a contratação de operações


de crédito por antecipação de receita
orçamentária (ARO);
ÚLTIMO ANO DE MANDATO

 é proibido ao governante contrair despesa que


não possa ser paga no mesmo ano. A despesa
só pode ser transferida para o ano seguinte se
houver disponibilidade de caixa; e

 é proibida qualquer ação que provoque aumento


da despesa de pessoal nos Poderes Legislativo
e Executivo nos 180 dias anteriores ao final da
legislatura ou mandato dos chefes do Poder
Executivo.
RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA - RREO

 Será publicado até trinta dias após o encerramento


de cada bimestre e conterá:

I - balanço orçamentário, que especificará, por


categoria econômica, as:

a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar,


bem como a previsão atualizada;

b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação


para o exercício, a despesa liquidada e o saldo
RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA - RREO

II - demonstrativos da execução das:

a) receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a


previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita
realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a
realizar;

b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da


despesa, discriminando dotação inicial, dotação para o exercício,
despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício;

c) despesas, por função e subfunção.


RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA - RREO
 Apuração da receita corrente líquida
 Receitas e despesas previdenciárias
 Resultados nominal e primário
 Restos a Pagar, detalhando os valores inscritos,
os pagamentos realizados e o montante a pagar
 Regra de Ouro
 Projeções Atuariais
 Alienação de ativos
REGRA DE OURO
A Regra de ouro foi estabelecida pela CF de 1988 e
reforçada pela LRF com vistas a conter o excesso de
operações de crédito que endividavam os entes públicos,
muitas vezes contratadas sem critérios e para fins não
relevantes.

A LRF-Lei de Responsabilidade Fiscal exigiu ação planejada


e responsável; estabeleceu limites e introduziu importantes
regras a respeito das operações de crédito, dentre elas a
regra de ouro no artigo 12, § 2º.: “o montante previsto para as
receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao
das despesas de capital constantes do projeto de lei
orçamentária”.

49
REGRA DE OURO

Esse artigo da LRF foi suspenso em 2007 pelo STF, por


extrapolar o texto constitucional. Mas a “regra de ouro”
continua válida amparada no art. 167, III, da Constituição
Federal, que assim estabelece: “é vedada a realização de
operações de crédito que excedam as despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares
ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
Legislativo por maioria absoluta”.

50
REGRA DE OURO
O espírito da regra de Ouro é: não se deve recorrer a
endividamento público para custear despesas correntes, que
são despesas de custeio/manutenção, cujos gastos não
não contribuem diretamente para a aquisição ou formação de
um bem de capital (material de consumo, diárias,
passagens, serviços em geral, etc).

Assim, se o ente público recorrer a endividamento, que seja


para adquirir ou construir algo que possa ser utilizado durante
anos pelo ente público ou pela população local – que é o
caso das despesas de capital, que contribuem diretamente
para a aquisição ou construção de um bem de capital
(escolas, postos de saúde, rodovias, etc; ou aquisição de
equipamentos e materiais permanentes em geral).

51
REGRA DE OURO
No entanto, a regra de ouro pode ser “quebrada”
se houver lei específica aprovada por maioria absoluta
referente crédito suplementar ou especial. Nesse caso
poderá ser contratado operações de crédito em montante
superior as despesas de capital, ou seja, poderá ser
contratado operações de crédito para custear despesas
correntes.

52
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL - RGF

Será publicado até trinta dias após o


encerramento do período a que
corresponder, com amplo acesso ao
público, inclusive por meio eletrônico
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL - RGF

despesa total com pessoal;


dívidas;
concessão de garantias;
operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita
disponibilidades de caixa em trinta e um
de dezembro;
inscrição em Restos a Pagar
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL - RGF

 É facultado aos Municípios com população


inferior a cinquenta mil habitantes optar por:

 apurar os limites de pessoal e endividamento


ao final do semestre;

 divulgar semestralmente:

 Relatório de Gestão Fiscal;


 Parte do RREO
O QUE ACONTECERÁ SE AS REGRAS NÃO FOREM
RESPEITADAS?

Há dois tipos de sanções: as


institucionais, previstas na própria LRF, e
as pessoais, previstas na lei ordinária que
trata de Crimes de Responsabilidade
Fiscal.
EXEMPLOS DE SANÇÕES INSTITUCIONAIS:

Para o governante que não prever,


arrecadar e cobrar tributos que sejam de
sua competência, serão suspensas as
transferências voluntárias.
EXEMPLOS DE SANÇÕES INSTITUCIONAIS:

Para quem exceder 95% do limite máximo


de gastos com pessoal, fica suspensa a
concessão de novas vantagens aos
servidores, a criação de cargos, as novas
admissões e a contratação de horas
extras. Uma vez ultrapassado o limite
máximo ficam também suspensas a
contratação de operações de crédito e a
obtenção de garantias da União
LEI CAPIBERIBE (LC 131/2009)
 Os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa
física ou jurídica o acesso a informações referentes a:

I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas


unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento
de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes
ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao
serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento
e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado;

II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita


das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.”
DIFICULDADES DE CUMPRIMENTO

Complexidade dos demonstrativos


Dificuldades Financeiras
Controle Social Insubsistente
1. Analise as assertivas abaixo.

I. A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei


Complementar nº 101/2000) estabelece normas de
finanças públicas voltadas para a responsabilidade
na gestão fiscal. Suas disposições obrigam a União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

II. Os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o


Ministério Público não se sujeitam às obrigações da
Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar
nº 101/2000) em razão de sua autonomia
administrativa e financeira garantidas pela
Constituição
III. Se a despesa total com pessoal exceder a 95%
(noventa e cinco por cento) do limite prudencial
previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei
Complementar nº 101/2000), o decreto do Chefe do
Poder Executivo que cria novos cargos, empregos
ou funções terá sua eficácia condicionada à
aprovação pelo Tribunal de Contas

IV. Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal


(Lei Complementar nº 101/2000), constituem
requisitos essenciais da responsabilidade na gestão
fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de
todos os tributos da competência constitucional do
ente da Federação.
Pode-se afirmar que estão CORRETAS as assertivas:

a) I e III

b) I e IV.

c) II e III

d) II e IV
2. Ao se referir às operações de crédito, a Lei
complementar no 101/2000 faz referência a várias
vedações, destacando-se a seguinte: (FCC – 2008 -
TCE)

a) O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da


dívida pública a partir da data da publicação da
referida Lei complementar

b) Os Estados e Municípios estão impedidos de


comprar títulos da dívida da União como aplicação
de suas disponibilidades
c) A instituição financeira estatal controlada por ente
da Federação não pode adquirir, no mercado, títulos
da dívida pública para atender investimento de seus
clientes

d) É vedada autorização orçamentária para


assunção de obrigação com fornecedores para
pagamento a posteriori de bens e serviços

e) É proibida a operação de crédito entre uma


instituição financeira estatal e o ente da Federação
que a controle, na qualidade de beneficiário do
empréstimo.
LEI COMPLEMENTAR
101/2000 (LEI DE
RESPONSABILIDADE
FISCAL)
A LC 101/00, chamada de Lei de Responsabilidade Fiscal -
LRF, foi editada em obediência ao disposto nos arts. 163, I,
165, § 9º, e 169, da CF, para orientar a Administração
Financeira e Orçamentária realizada pelos gestores
públicos, impondo limites e obrigações, tudo para conseguir
um maior controle e transparência sobre os gastos
públicos.

Está estruturada nos seguintes pilares: planejamento,


transparência, controle e fiscalização.

Falaremos sobre os aspectos mais importantes da LRF.


a) Planejamento.
A LRF fala da LDO e LOA (a parte sobre o PPA foi vetada, permanecendo
só o que diz a CF e o ADCT).

Além do que já vimos, a LRF diz que a LDO disporá também sobre:

– equilíbrio entre receitas e despesas;


– critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada em algumas
hipóteses previstas na LRF (contingenciamento de despesas);
– normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos
programas financiados com recursos dos orçamentos;
– demais condições e exigências para transferências de recursos a
entidades públicas e privadas;
Além disso, a LRF diz que a LDO deve ter dois anexos:

• Anexo de Metas Fiscais: em que serão estabelecidas metas anuais,


em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o
exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

Além disso, deverá também trazer avaliação do cumprimento das


metas relativas ao ano anterior, e o seu não cumprimento acarretará
a limitação de empenhos e de movimentação financeira.

• Anexo de Riscos Fiscais: onde serão avaliados os passivos


contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas,
informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
Sobre a Lei Orçamentária Anual, além do que já vimos antes, e
entre outras coisas, a LRF estipula que a LOA deverá:

– ser elaborada de acordo com o PPA e LDO, devendo estar ainda


de acordo as metas estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais.

– será acompanhada de demonstrativo regionalizado do efeito,


sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias,
remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária
e creditícia.

– conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e


montante, definido com base na receita receita corrente líquida,
serão estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de
passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
b) Despesas Públicas.
Entre outras disposições, a LRF prevê limites máximos para os gastos
totais com pessoal, por parte da União, Estados, DF e Municípios.

A LRF define que gastos com pessoal é o soma dos gastos do ente da
Federação com ativos, inativos e pensionistas, relativos a mandatos
eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de
Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos
e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria,
reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e
vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais
e contribuições recolhidas pelo ente à previdência, além de gastos com
terceirizados.
Os limites de gastos com pessoal são trazidos pelo artigo 19 da LRF:

“Art. 19. (...) a despesa total com pessoal, em cada período de


apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os
percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:

I - União: 50% (cinquenta por cento);


II – Estados [inclui DF]: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por cento).”
• Esfera Federal:

Poder/Entidade % Rec. Corr. Líquida

Poder Legislativo (inclui TCU) 2,5%


Poder Judiciário 6,0%
Poder Executivo 40,9%
Ministério Público da União 0,6%
Soma: 50%
• Esfera Estadual:

Poder/Entidade % Rec. Corr. Líquida

Poder Legislativo (inclui TCE) 3,0%


Poder Judiciário 6,0%
Poder Executivo 49%
Ministério Público da União 2,0%
Soma: 60%
• Esfera Municipal:

Poder/Entidade % Rec. Corr. Líquida

Poder Legislativo (inclui TCM, 6,0%


onde houver)
Poder Executivo 54%
Soma: 60%
Exercícios
(FCC – TRT-23ª – Analista Judiciário – 2011) Segundo
a Lei de Responsabilidade Fiscal, deverá constar na
Lei Orçamentária Anual:

a) Anexo de Metas Fiscais.


b) Política de aplicação das agências financeiras
oficiais de fomento.
c) Reserva de Contingência.
d) Anexo de Riscos Fiscais.
e) Créditos com dotação ilimitada, desde que
autorizados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Exercícios
(UNIRIO – Técnico de Contabilidade – 2009) O limite da
despesa com pessoal estabelecidos na Lei de
Responsabilidade Fiscal na esfera estadual no Poder
Legislativo é

a) 3% da receita corrente liquida.


b) 2,5% da receita corrente líquida.
c) 6% da receita corrente.
d) 2% da receita corrente líquida.
e) 2,5% da receita corrente.
Exercícios
(FCC – TRT-TO – Analista Judiciário – 2011) As despesas com
pessoal nos Estados, segundo a Lei de Responsabilidade
Fiscal (Lei Complementar no 101/2000) NÃO podem exceder

a) 50% de sua receita corrente líquida.


b) 60% de sua receita corrente líquida.
c) 50% de sua receita corrente bruta.
d) 60% de sua receita corrente bruta.
e) 55% de sua receita corrente bruta.
Exercícios
(TJ-SC – Analista Administrativo – 2009) Qual o instrumento
que foi fortalecido na LC nº 101/2000 - Lei de
Responsabilidade Fiscal, e que compreende as metas e
prioridades da Administração Pública, incluindo as despesas
de capital para o exercício financeiro subsequente, orienta a
elaboração da LOA, dispõe sobre as alterações na legislação
tributária e estabelece a política de aplicação das agências
oficiais de fomento:
a) Plano Plurianual
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) Orçamento Plurianual de Investimento.
d) Relatório Resumido da Execução Orçamentária.
e) Relatório de Gestão Fiscal.
FIM

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