Sunteți pe pagina 1din 16

PROCESSO PENAL

Aula 01 – 20/02/2018.

Prova: quatro questões sobre casos práticos, podendo ter a e b.

1 - Considerações Gerais sobre o Direito Processual Penal.


No Direito Processual Penal, a lide é o conflito de interesses entre o jus
puniendi e o jus libertatis.

Obs: a lide penal apenas poderá ser solucionada em um processo.

Obs: o jus puniendi sempre é estatal.

Processo penal é diferente de direito processual penal.

Aula 02 – 21/02/2018.

2 - Características do Direito Processual Penal.


1ª. O Direito Processual Penal é um ramo do Direito Público.

2ª. O Direito Processual Penal é instrumental, pois visa aplicar o direito


material.

3ª. O Direito Processual Penal é uma técnica jurídica.

4ª. O Direito Processual Penal é uma ciência.

3 - Relação com outras disciplinas.


Direito Constitucional: art. 5, incisos diversos.

Direito Penal.

Direito Processual Civil. As normas de Processo Civil apenas serão


aplicadas ao Direito Processual Penal quando este for omisso, nos termos
do art. 3º do CPP.

Exemplo: Citação por hora certa.

Direito Civil: Ação Civil ex Delicto.

Direito Administrativo: Crimes contra a administração Pública; Inquérito


policial.
Medicina Legal; Psicologia; Psiquiatria; Criminalística (Ciências
auxiliares).

Livro indicação do Professor: Medicina Legal, autor Hélio Gomes.

4 - Histórico do Direito Processo Penal no Brasil.


Primeiras normas são portuguesas.

Ordenações: são 3.

As primeiros normas de direito processual penal no Brasil, montam das


ordenações manoelinas, do ano 1522*; essas normas regulamentavam
as denuncias e as querelas.

Com a independência do Brasil em 1822, Dom Pedro I determinou que as


leis portuguesas fossem substituídas por leis brasileiras.

Em 1832 é criado no Brasil o nosso primeiro CPC (Código de Processo


Criminal).

Em 1891 a Constituição Federal permitiu a criação de CPPs para cada


Estado da Federação.

Em 1934, Getúlio Vargas determina a unificação da lei Processual Penal.

1º de janeiro de 1942 entra em vigor o atual CPP.

Aula 03 – 27/02/2018

5 - Sistemas Processuais.
No mundo existem três tipos de sistemas processuais.

1º. Inquisitivo: Cinco principais regras do sistema inquisitivo: o


processo é sigiloso; não se aplicam os princípios do contraditório e da
ampla defesa; a tortura é considerada um meio lícito de prova; as
funções de acusar, defender e julgar estão concentradas em uma única
pessoa; o processo penal poderá se iniciar de ofício, ainda que não
exista provocação da parte interessada.

2º. Acusatório: Tem origem na Grécia, é acatado pela maioria dos


Estados Democráticos de Direito. Principais regras: o processo penal é
público; são aplicados os princípios do contraditório e da ampla defesa;
a tortura é considerada um meio ilícito de prova; as funções de acusar,
defender e julgar estão atribuídas a pessoas distintas; o processo penal
não poderá se iniciar de ofício, devendo ser pedido pela parte
interessada.
3º. Misto: Uma parte inquisitiva e outra acusatória.

Doutrina majoritária: Sistema é puramente acusatório, descarta-se a


fase do inquérito policial.

6 - Princípios.
6.1 - Princípio da não culpabilidade ou princípio de presunção de
inocência

Art. 5º, LVII, da CF.

Art. 8º, item 2, do Pacto de São José da Costa Rica.

Em decorrência do princípio da não culpabilidade, podem ser elencadas


as seguintes regras:

1ª. A inocência de uma pessoa só será afastada a partir da sua


condenação definitiva.

2ª. A regra geral no Brasil é não prender, salvo em situação


excepcionais, arts. 311, 312 e 313 do CPP.

3ª. Segundo o STF (HC nº 126.292) a partir da condenação em 2ª


instância já é possível o cumprimento da pena.

4ª. O ónus de provar de provar que o agente criminoso cometeu a ação


penal é da acusação.

6.2 - Princípio do contraditório ou princípio da bilateralidade da


audiência.

Art. 5, LV, da CF.

Como regra geral o princípio do contraditório não se aplica ao IP


(Inquérito Policial). Lei. 8906/94, art. 7º, XXI (alterado em 2016).

Excepcionalmente o inciso XXI do art. 7º da lei 8906/94 possibilita a


aplicação do princípio do contraditório na fase de investigação policial,
em que as provas coletadas na fase do IP só serão consideradas lícitas
se foram produzidas por assistência do advogado indicado pelo agente
criminoso.

Aula 04 – 28/02/2018

6.3 - Princípio da verdade real (PROVA).

Doutrina: Coisa julgada do Processo Penal Brasileiro. Autor: Paulo


Ranger.
Conforme o princípio da verdade real, busca-se no processo penal a
certeza do fato ocorrido, como regra geral o princípio da verdade real se
aplica a qualquer momento no processo penal, inclusive após o transito
em julgado da sentença penal.

Revisão Criminal, CPP arts. 621/631 “Pro reo”.

Obs: Excepcionalmente o princípio da verdade Real não será aplicado,


se após uma sentença penal absolutória transitado em julgado forem
descobertas novas provas e de qualquer forma possam prejudicar o
interesse do acusado.

Decisão do Supremo.

De acordo com o STF no H.C 104.998/2010 nos casos de processos


penais extintos por meio de certidões de óbito falsas não ocorre o
trânsito em julgado, sendo que por isso a causa prosseguira de onde
parou.

6.4 – Princípio da Publicidade.

Art. 5º, LV, da CF. Art. 93, IX, da CF. Art. 792 do CPP.

Os atos são públicos.

Como regra geral aplica-se o princípio da publicidade, todavia


excepcionalmente este princípio poderá ser afastado nos casos de
segredo de justiça, como por exemplo, a hipótese do art. 234-b do CP.

Ex: Crimes de dignidade sexual correm em segredo de justiça.

Art. 143 do ECA -> Relativo ao menor de idade.

Crimes contra a honra -> Construção doutrinária.

Art. 792, § 1º e 2º do CPP.

6.5 – Princípio da Oralidade.

Exemplos de atos orais do Processo Penal = Audiência, defesa do


tribunal do júri, juizado especial criminal, alegações finais orais.

Em decorrência do princípio da oralidade, decorre um outro princípio


denominado princípio da identidade física do juiz.

6.6 – Princípio da Obrigatoriedade.

Segundo este princípio é dever do estado promover a persecução penal,


isto é, instaurar o IP e o respectivo Processo Penal.
6.7 – Princípio da Oficialidade.

A persecução criminal apenas poderá ser realizada por órgãos oficiais.

IP= Policia judiciária.

Processo Penal: M.P.

Obs: Nos termos dos art. 13-A do CPP e arts. 15, 16 e 17 da lei nº
12.850/13 a polícia judiciária e o Ministério Público em razão da sua
oficialidade podem praticar atos independente de ordem judicial.

Aula 05 – 06/03/2018

6.8 – Princípio da Indisponibilidade do Processo.

Art. 42 e 576 do CPP.

Obs: Como regra o princípio da indisponibilidade do processo se aplica


para as ações penais publicas. Excepcionalmente referido princípio não
se aplicará para as ações penais privadas.

Obs: O princípio da indisponibilidade do processo também se aplica ao


IP. (art. 17 do CPP).

6.9 – Princípio do Juiz Natural. (ou Juiz Constitucional; Juiz


Competente).

Art. 5, XXVII da CF.

Proíbe a criação no Brasil dos denominados Tribunais de Exceção.

6.10 – Princípio da Iniciativa das Partes.

Conforme este princípio, o processo penal necessariamente deverá ser


requerido pela parte interessada, não podendo o julgador de ofício
determinar instauração do processo.

Se for um crime de ação penal pública apenas o Ministério Público


poderá requerer a instauração do processo. E nos crimes de ação penal
privada, apenas o querelante.

Obs: Uma vez instaurado o processo penal, o juiz de ofício poderá


praticar atos processuais, aplicando-se nesse caso o denominado
princípio do impulso oficial (ativação da causa- sinônimo).

6.11 – Princípio do “in dubio pro reo”.


Só possui aplicação na sentença penal, ou seja, se nessa o juiz possuir
duvida entre condenar e absolver o acusado em razão de provas
insuficientes deverá optar pela absolvição.

Livro sobre o princípio: A lógica das provas em matéria criminal (Autor:


Malatesta).

6.12 – Princípio da Duração Razoável do Processo.

Art. 5º, LXXVIII da CF.

Segundo o CNJ os processos penais de réus presos possuem prioridade


de tramitação; a demora injustificada dos processos penais de réus
presos caracterizam ilegalidade da prisão.

Nos termos do art. 394-A do CPP, os processos que envolvam crimes


hediondos possuem prioridade de tramitação. Ver lei de crimes
hediondos (pode cair na prova).

7 – Fontes.
1ª- Material (ou fonte de produção): É aquela que cria, fabrica, constrói
o direito. Nos termos do art. 22, I da CF, apenas a União poderá legislar
a respeito de direito processual penal. Conforme o art. 62, §1º, aliena b
da CF é proibida a criação de medidas provisórias relativas ao direito
processual penal.

2ª- Formal (ou fonte de cognição): É aquela que exterioriza, revela o


direito processual penal.

Lei no processo penal: CF, CPP, leis ordinárias, leis complementares,


tratados internacionais, constituições estaduais, CODJ (Código de
organização e divisão judiciária).

Aula 06 – 07/03/2018

8 – Aplicação da Lei Processual Penal.

I- No tempo
1- Princípio do efeito imediato (ou da imediatidade): De acordo com
este princípio as novas normas processuais penais uma vez em vigência
são aplicadas imediatamente, ainda que o processo penal tenha se
iniciado na vigência das antigas leis. Art. 2º do CPP.

Como regra geral o princípio do efeito imediato possui ampla aplicação


no direito processual penal; excepcionalmente referido princípio será
afastado em três situações: coisa julgada, ato jurídico perfeito e direito
adquirido. Art. 6º da LINDB

Coisa julgada: Ocorrerá quando o Processo Penal não comportar mais


recursos.

Ato jurídico perfeito: Quando o ato foi praticado na vigência da lei


anterior, sendo, portanto, um ato precluso.

Direito adquirido: Ocorrerá quando o ato na vigência da lei anterior já


poderia ter sido praticado, mas ainda não foi.

Obs: Para saber se ocorreu o direito adquirido, deverá existir a


intimação ou a citação para o ato.

2- Normas Mistas (ou hibridas; ou heterotópicas): É aquela que ao


mesmo tempo possui conteúdo de direito material e de direito
processual; nesta situação a interpretação das normas mistas deve
levar em conta as regras do direito material.

Exemplos de normas mistas: Ação penal, fiança, liberdade provisória,


prisões, medidas cautelares e causas extintivas da punibilidade.

3- Repristinação: Art.2, §3º. De acordo com o §3ºdo art. 2º da LINDB, o


fenômeno da repristinação não existe como regra no direito pátrio, ou
seja, a lei revogada automaticamente não se restaura por ter a sua lei
reguladora perdida a vigência. A repristinação somente poderá
acontecer de maneira excepcional, desde que a última lei assim venha
expressar.

II – No Espaço
1- Território Nacional: As normas de direito processual penal apenas
poderão ser aplicadas dentro do território nacional. Para efeitos de
direito processual penal considera-se território nacional (solo, subsolo,
espaço aéreo correspondente, mar territorial (lei 8.617/93),
embarcações e aeronaves nos termos dos §1 e 2 do Art. 5 do CP).

Aula 07 – 13/03/2018

Conforme a teoria da ubiquidade ou mista considera-se praticado o


crime em território brasileiro se qualquer parte da execução deste crime
tenha ocorrido no Brasil, nos termos do art. 6º do CP.
Como regra geral as normas processuais penais brasileiras só poderão
ser aplicadas em território nacional; excepcionalmente as normas
processuais penais pátrias poderão ser aplicadas fora do território
nacional, ocorrendo neste caso três hipóteses:

1ª- Em território estrangeiro que não possua soberania de qualquer


país.

2ª- Em território estrangeiro ocupado em caso de guerra.

3ª- Em território estrangeiro com a respectiva autorização.

III – Em relação às pessoas


1- Regra Geral

Como regra geral as normas processuais penais brasileiras serão


aplicadas a quaisquer pessoas que se encontrarem em território
nacional. Excepcionalmente algumas pessoas estão alheias, fora da
aplicação das normas processuais brasileiras (os agentes diplomáticos,
agentes políticos internacionais, art. 1 do CPP). NÃO ESQUECER DE
RISCAR.

2- Imunidades Parlamentares

Existem duas espécies de imunidades parlamentares.

Imunidade Material (ou absoluta): É aquela imunidade que garante ao


parlamentar a inviolabilidade civil e penalmente por suas opiniões
palavras e votos. Fundamento legal: art. 53, caput, da CF.

Obs: Segundo o STF a imunidade material só ocorrerá se estiver


relacionada com a função do parlamentar.

Imunidade Formal (ou relativa): Art. 53, §1º a 7º, da CF. É aquela
imunidade referente ao processamento do parlamentar.

Aula 08 – 14/03/2018

3- Foro Privilegiado ou Foro por prerrogativa de Função

Foro privilegiado é um benefício que certas pessoas possuem em razão


da função pública que exercem, em função da pública de serem
julgadas por órgãos jurisdicionais superiores em relação às demais
pessoas.
Para se saber se uma pessoa possui foro privilegiado as regras a serem
observadas constam na CF, nas Constituições Estaduais e na
jurisprudência (principalmente em sumulas).

Conforme a Súmula 704 do STF ocorrendo a prática de um crime em


concursos de pessoas se pelo menos um dos agentes criminosos possuir
foro privilegiado todos os outros ainda que não tenham serão julgados
naquele foro privilegiado.

Conforme a súmula vinculante 45 se o agente cometer um crime doloso


contra a vida e possuir foro privilegiado por disposição exclusiva de
uma Constituição Estadual o seu respectivo julgamento não será no
foro, mas sim no tribunal do júri. Se todavia o agente cometer um crime
que não é doloso contra a vida o mesmo terá direito a ser julgado em
seu foro privilegiado.

Inquérito Policial
1-Regras Gerais

O IP possui fundamento legal nos artigos 4º a 23 do CPP e também no


art. 144 da CF.

O IP possui a finalidade de levantar as primeiras provas relacionadas a


infração penal, servindo de base da propositura de uma eventual
denuncia ou queixa.

Policia:

1- Administrativa: É aquela que atua antes da pratica do crime, tendo o


caráter ostensivo. PM.

2- Judiciária: É aquela que atua após a prática do crime, possuindo


caráter repressivo. PC E PF.

Conforme o art. 4, caput do CPP, bem como o paragrafo quarto do


art.144 da CF, a realização do inquérito está a cargo da policia
judiciária.

Conforme o paragrafo único do art.4 do CPP excepcionalmente a lei


poderá atribuir a realização do IP a outras autoridades, como por
exemplo, o poder legislativo quando cria uma CPI, outro exemplo é a
Policia militar quando realiza o IPM. Outro exemplo quando o Ministério
Público realizar o IC (Inquérito Civil).

Obs: Conforme entendimento do STF as guardas municipais não podem


realizar atos de polícia judiciária.
As guardas municipais estão regulamentadas na lei nº 13022/2014.

Aula 09 – 20/03/2018

2-Natureza Jurídica

É um procedimento administrativo de investigação.

Obs: Ao Inquérito Policial não se aplicam os princípios processuais,


como por exemplo os princípios do contraditório e da ampla defesa.

3-Características

1ª- Os atos do Inquérito Policial são discricionários, ou seja, a


autoridade policial possui à oportunidade e a conveniência para realizar
os atos, não estando obrigado a realizá-los; em suma, os atos do I.P
possui certa faculdade para sua realização.

Art. 14 do CPP.

2ª- Os atos do I.P são autoexecutaveis , ou seja, são atos que


independem de ordem judicial para serem realizados.

Obs: Excepcionalmente alguns atos da fase do I.P necessitarão de


ordem judicial em homenagem ao princípio da reserva de jurisdição.

Exemplos: Busca e apreensão domiciliar, interpretação telefônica.

Em flagrante não precisa de ordem judicial.

3ª- Os atos do I.P devem ser escritos nos termos do art. 9º do CPP.

4ª- Determinados atos do I.P são sigilosos nos termos do art. 20 do


CPP.

Lei nº 8906/94. OAB: art. 7, XIV.

PROVA – Mesmo existindo sigilo do I.P o advogado poderá ter acesso a


investigação, desde que apresente procuração para atuar à favor de
uma pessoa (parágrafo primeiro do art. 7º do estatuto da OAB); se
durante o I.P que correr em segredo de justiça houver atos de
investigação que não foram finalizados o advogado não terá acesso aos
mesmos (art. 7º, § 11 do estatuto da OAB); por outro lado se os atos já
foram concluídos o advogado terá pleno acesso a esses atos, nos termos
do art. 7º, §12 do estatuto da OAB, bem como pela súmula vinculante
nº 14.

5ª- O I.P é um procedimento indisponível, ou seja, uma vez instaurada


não poderá ocorrer a desistência do inquérito.
6ª- O I.P é um procedimento dispensável, ou seja, poderão ser
instaurados processos penais sem o inquérito policial.

Art. 12, 27, 39 § 5º, 46 § 1º, todos do CPP.

Exemplo: Dossiê da RPC, no caso dos funcionários fantasmas.

4-Atribuição para o Inquérito Policial

A atribuição para realizar os atos do I.P está a cargo do delegado de


polícia.

Obs: O delegado de polícia necessariamente deve ser bacharel em


direito.

Obs: O cargo de delegado apenas poderá ser ocupado por aquele


bacharel em direito aprovado em concurso público de provas e títulos.

Obs: Nos termos do art. 3º da lei nº 12.830/13, os delegados possuem


como pronome de tratamento à expressão excelência.

Aula 10 – 21/03/2018

5-Valor Probatório

Conforme o art. 155 do CPP o juiz não poderá julgar a causa apenas
com as provas coletadas durante a investigação criminal; sendo assim
para que as provas do IP tenham validade deverão ser refeitas na fase
processual.

Excepcionalmente algumas provas produzidas na fase inquisitiva


imediatamente já possuirá validade no processo penal, ainda que não
tenham sido refeitas; referidas provas são as seguintes:

1ª- Prova Cautelar: É aquela que se faz necessária para a investigação.

Exemplos: Interceptação telefônica, quebra de sigilo fiscal e bancário.

Teoria das instruções do avestruz.

2ª- Provas não repetíveis: São aquelas que uma vez realizadas não
poderão ser refeitas pois o fato já se esgotou.

Exemplo: Provas periciais, exame de corpo delito e etc.

3ª- Provas Antecipadas: São aquelas realizadas antes do seu momento


ideal.

6- Vícios do IP
Os vícios do IP não se comunicam ao Processo Penal pois são institutos
autônomos, sendo por isso o processo não padecerá de imunidades.

Obs: Os vícios constantes do IP geram um descrédito em relação as


provas produzidas durante a investigação criminal, ou seja, as provas
serão consideradas ilícitas, e podem ser desentranhadas dos auos.

7-Notitia criminis (a noticia do crime)

Nada mais é do que a informação recebida pela polícia judiciária acerca


de uma infração penal.

Existem 2ª espécies de notitia criminis:

1ª- Notitia criminis espontânea: É aquela que a autoridade policial toma


conhecimento à respeito da infração penal sem a intervenção de
terceiros.

2ª- Notitia criminis provocada: É aquela que o conhecimento da


infração penal pela policia ocorre por intermédio de terceiro.

Exemplo: vítima de crime, juiz, promotor, qualquer pessoa do povo.

Art. 5º, § 3º do CPP.

Ação penal pública – Incondicionada

Obs: Nos termos do § 3º do art. 5º do CPP qualquer pessoa do povo


poderá prestar notitia criminis, todavia para o delegado de polícia
determinar a instauração do IP o crime praticado deve ser apurado por
meio de ação penal pública incondicionável.

Obs: Se o crime praticado for de ação penal pública condicionada à


representação o delegado de polícia apenas poderá instaurar o IP se a
vítima do crime ou seu representante legal autorizar. Art. 5º, § 4º, do
CPP.

Aula 11 – 27/03/2018

8-Instauração

Para instaurar o inquérito policial quatro peças poderão ser realizadas.

1ª Portaria

2ª Requisição do Juiz ou MP.

3ª Requerimento da vítima ou de seu representante legal.

4ª Auto de prisão em flagrante.


Se o agente for preso em flagrante o IP se inicia pelo Auto de prisão em
flagrante. O auto de prisão em flagrante é realizado pelo delegado de
polícia. Art. 304 do CPP.

Se o delegado de policia receber uma ordem de um Juiz ou MP para


instaurar o inquérito este se inicia por meio da requisição do Juiz ou
MP. Art. 5º, II, primeira parte do inciso do CPP.

Se a vitima do crime ou o seu representante legal formalmente por


escrito pedirem a abertura do IP, este se inicia por meio de
requerimento para instauração de IP. Art. 5, II, segunda parte do inciso
e § 1º do CPP.

Obs: O requerimento para abertura de IP não precisa ser subscrito por


um advogado.

Obs: Da decisão que indeferir o requerimento caberá recurso para o


chefe de polícia, conforme o art. 5, § 2º do CPP.

Chefe de polícia: O delegado geral do Estado. O Secretário de Segurança


Pública. Governador de Estado.

A portaria será realizada fora dos casos anteriores, conforme o art. 5º, I
do CPP.

9-Procedimento

O procedimento do IP se encontra regulamentado no art. 6º do CPP.

O processo datiloscópico nada mais é do que uma identificação criminal


do agente por meio da coleta de suas digitais; todavia, a própria
constituição federal em seu art. 5º, LVIII determina que o civilmente
identificado não poderá sofrer uma identificação criminal.
Excepcionalmente o identificado civil poderá se submeter a uma
identificação criminal, nos termos do art. 3º da lei 12037/2009.

10-Incomunicabilidade

Conforme o art. 21 do CPP, durante a investigação criminal se assim for


necessário o agente criminoso poderá ficar incomunicável com o mundo
exterior.

Segundo a maioria da doutrina e jurisprudência brasileira o art. 21 do


CPP é inconstitucional por ferir o princípio da ampla defesa.

11-Conclusão do IP
Para finalizar o IP a autoridade policial deverá realizar uma peça
denominada de relatório, nos termos do §1 do art.10 do CPP.

Aula 12 – 28/03/2018

Como regra geral o IP deverá ser concluído nos prazos mencionados no


art. 10, caput do CPP.

Se o agente estiver preso: 10 dias; se estiver solto: 30 dias.

Para explicar a contagem do art. 10 do CPP três entendimentos se


colocam.

1º: De acordo com este entendimento o prazo do art. 10 do CPP será


contado pela regra processual descrita no § 1º do art. 798 do CPP.

Obs: No que se refere a agentes criminosos soltos a contagem do prazo


para conclusão do IP levará em conta os seguintes atos (Portaria;
Requisição do Juíz ou MP; requerimento da vítima ou...).

2º: O prazo do art. 10 do CPP será contado pela regra do direito


material, descrita no art. 10 do CP. Conta-se o prazo de inicio.

3º: De acordo com esse entendimento o prazo do art. 10 do CPP será


contado da seguinte forma, se o agente estiver preso a contagem será
material, se o agente estiver solto a contagem será processual.
PREVALECE. STF.

Obs: A regra geral para concluir o IP se encontra descrita no art. 10,


caput do CPP; excepcionalmente leis especiais poderão estabelecer
prazos diversos para conclusão do inquérito; 1ª exceção: crimes contra
a economia popular onde o IP deverá ser concluído no prazo de 10 (dez)
dias estando o agente preso ou solto. Art. 10, § 1º, da lei 1521/51. 2ª
exceção: crimes militares onde o IP deverá ser concluído no prazo de 20
(vinte) dias se o agente estiver preso e quarenta dias se estiver solto.
Art. 20 do CPPM. 3ª exceção: crimes de trafico de drogas onde o IP
deverá ser concluído no prazo de 30 (trinta) dias se o agente estiver
preso e 90 (noventa) dias solto. Art. 51 da lei 11.343/06. 4ª exceção:
crimes federais onde o IP deverá ser concluído no prazo de 15 (quinze)
dias s o agente estiver preso. Art. 66 da lei 5010/66. Pessoa solta o
prazo será de 30 (trinta) dias.

Para se saber se o crime é de competência federal deve se levar em


conta se a vítima da infração penal é a União ou uma Entidade Federal,
como por exemplo a C.E.F, correios, INSS, universidades federais,
autarquias federais, fundações públicas federais e etc. Art. 109, IV, da
CF.
12-Arquivamento do IP

A figura do arquivamento do IP se encontra regulamentada nos artigos


17 e 18 do CPP; arquivar o inquérito nada mais é do que extingui-lo,
pois a apuração do fato não deve ensejar a instauração de um processo
penal.

O arquivamento do IP apenas poderá ser determinado por ordem


judicial.

Poderão ocorrer situações em que o Ministério Público entende que o IP


deve ser arquivado e o Juiz discorde de tal entendimento, neste caso,
deverá ser aplicada a regra do art. 28 do CPP.

Aula 13 – 03/04/2018

Nos termos da Súmula 524 do STF o IP arquivado poderá ser


desarquivado desde que novas provas surjam para possibilitar a tomada
da investigação criminal; o arquivamento e o desarquivamento do IP
poderão ocorrer inúmeras vezes, pois nessa ocasião aplica-se a
denominada clausula rebus sic stantibus, ou seja, o fato será analisado
conforme a necessidade do momento.

Obs: O arquivamento e o desarquivamento do IP possuem uma


limitação temporal relacionada à prescrição do crime praticado.

Obs: O STF no Habeas Corpus nº 95.211 de 2009 entendeu que se o IP


for arquivado tendo por base uma excludente de ilicitude, por uma
causa excludente de culpabilidade, por uma causa excludente da
punibilidade ou por uma conduta atípica ocorrerá coisa julgada
material e como consequência o IP não poderá ser desarquivado ainda
que novas provas surjam. (PROVA).

Obs: Segundo a maioria da doutrina e jurisprudência pátria é proibido o


denominado arquivamento implícito ou tácito do IP, que ocorreria
quando o Ministério Público na denuncia de maneira não
fundamentada omite um ou alguns dos agentes criminosos.

Obs: Também segundo a maioria da doutrina e jurisprudência pátria é


proibido o denominado arquivamento indireto do IP que ocorreria
quando o MP deixa de oferecer integralmente a denuncia, por entender
que o juiz é incompetente; neste caso, deve se aplicar por analogia a
regra do art. 28 do CPP.

Ação Penal
1-Espécies
Ação Penal Pública

Ação Penal Privada

Obs: Segundo um entendimento minoritário (Ada pelegrini grinover)


existe uma terceira espécie de ação penal, levando-se em conta o titular
da mesma, caracterizando, desta forma, a denominada ação penal
popular; segundo a maioria da doutrina e jurisprudência pátria o art.
14 da lei 1.079/50 nada mais é do que uma notitia criminis.

2-Ação Penal Pública Incondicionada

S-ar putea să vă placă și