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RBRH – Revista Brasileira de Recursos Hídricos Volume 17 n.

2 - Abr/Jun 2012, 9-18

Desenvolvimento Urbano de Baixo Impacto: Planejamento e Tecnologias


Verdes para a Sustentabilidade das Águas Urbanas

Christopher Freire Souza; Marcus Aurélio Soares Cruz; Carlos Eduardo Morelli Tucci
Instituto de Pesquisas Hidráulicas — UFRGS
christopher@ctec.ufal.br; mascruz@uol.com.br; tucci@iph.ufrgs.br

Recebido: 31/07/08 - revisado: 13/12/11 - aceito: 31/05/12

RESUMO

A abordagem atualmente adotada para o manejo de águas em meio urbano tem acarretado em prejuí-
zos financeiros, ambientais, estéticos, à saúde e, sobretudo, à qualidade de vida da população. Em contraparti-
da, experiências recentes em outros países têm apresentado soluções mais aproximadas à sustentabilidade, por
meio de planejamento e de tecnologias que reconhecem ecossistemas como mecanismos de controle e trata-
mento de águas pluviais de forma difusa e integrada às demais atividades urbanas. Este artigo apresenta a a-
bordagem de desenvolvimento urbano de baixo impacto, pontuando suas diferenças em relação às práticas
higienistas e compensatórias, por meio de revisão da literatura, além de traçar algumas perspectivas quanto à
sua implantação. Com base na avaliação, acredita-se ser possível aplicar técnicas sustentáveis, embora com es-
forço considerável para capacitação e emprego em larga-escala.

Palavras-chave: LID; drenagem urbana sustentável; low impact development.

INTRODUÇÃO (WSUD, sem tradução) e a abordagem britânica de


Sustainable Drainage Systems (SuDS).
O crescimento urbano de cidades brasileiras
A evolução do tratamento das águas urbanas encontra-se ainda alicerçada na impermeabilização
passa por três fases. No início do século XX, a políti- massiva de áreas e canalizações artificiais, ampliando
ca de saneamento básico consistia na evacuação de a escassez de água em função da baixa eficiência dos
efluentes urbanos o mais rápido possível para jusan- sistemas hídricos, contaminações e baixo grau de
te na tentativa de minimizar a proliferação de doen- reaproveitamento de água. Na última década, no en-
ças. No final da década de 60, tornaram-se evidentes tanto, algumas poucas municipalidades começaram
os impactos negativos desta estratégia, especifica- a alterar sua forma de gerir o sistema de drenagem
mente a degradação dos corpos d’água receptores e para a utilização de estruturas de armazenamento,
os danos sociais (econômicos e culturais) provenien- casos, por exemplo, de Porto Alegre, São Paulo, Cu-
tes das inundações. A partir destas observações, al- ritiba e Santo André.
guns países alteraram suas políticas de manejo de Na cidade de Seattle (Washington, E.U.A.;
águas por meio de investimentos significativos no Kloss & Calarusse, 2006), por exemplo, um projeto-
tratamento de esgoto e no controle de águas pluvi- piloto de reconstrução da 2ª avenida (200 m; Street
ais, aplicando, principalmente, estruturas de arma- Edge Alternative Street Project) ganhou grande re-
zenamento. No final dos anos 90, a ciência passou a conhecimento por reduzir 99% do escoamento su-
reconhecer o papel do solo e da vegetação (sistemas perficial (Homer et al., 2004 apud Kloss & Calarus-
naturais de drenagem) no controle quali- se, 2006) e promover ambiente mais convidativo à
quantitativo de águas pluviais, ao promover a infil- população, pelo plantio de 100 árvores e 1100 ar-
tração, a evapotranspiração e o contato da água com bustos integrados a dispositivos de controle de águas
bactérias e plantas. Os sistemas que mais avançaram pluviais e mudança para um traçado sinuoso da via,
neste sentido foram a abordagem americana de Low reduzindo a velocidade de automóveis e conferindo
Impact Development (LID, denominado no Brasil por maior segurança, além de amenidades relacionadas
Desenvolvimento Urbano de Baixo Impacto), a a- à presença da vegetação.
bordagem australiana de Water Sensitive Urban Design

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Com base nos avanços observados em siste- vigorando - para a cidade de Belo Horizonte, o qual
mas de LID, WSUD e SUDS, mostra-se imperativo sugeria a conservação do sistema natural de drena-
evoluir o planejamento e a gestão brasileira de águas gem.
urbanas, especialmente as águas pluviais. Este traba- Atualmente, sistemas higienistas de drena-
lho apresenta a abordagem de desenvolvimento ur- gem são empregados em boa parte das municipali-
bano de baixo impacto para o planejamento e ma- dades brasileiras (Tucci & Orsini 2005), embora não
nejo de águas, com enfoque especial às águas pluvi- trabalhem em sua plenitude de eficiência na depu-
ais, além de avaliar perspectivas quanto à sustentabi- ração, além de provocar alterações no ciclo hidroló-
lidade. gico, muitas vezes acelerando e ampliando o pico de
descarga superficial, além de aumentar o volume do
escoamento superficial, a duração e a freqüência de
EVOLUÇÃO DE SISTEMAS DE DRENAGEM inundações e diminuir a recarga subterrânea e a e-
DE ÁGUAS PLUVIAIS vaporação. Com esta abordagem, o que acaba por
ocorrer é (Baptista et al. 2005): (a) a transferência
do problema para áreas de jusante, implicando em
Os primeiros sistemas de drenagem de á- novas obras de ampliação do sistema com custos in-
guas pluviais surgiram ainda na Idade Antiga, se- crementais crescentes; (b) a falsa sensação de segu-
guindo a reboque as técnicas de evacuação aplicadas rança na população com respeito às inundações,
no setor de esgotamento cloacal, na tentativa de culminando em grandes prejuízos à sociedade, e;
amenizar inconvenientes (Baptista et al. 2005). Sem (c) a limitação de outros usos presentes ou futuros
a devida manutenção dos sistemas, todos os tipos de da água em meio urbano.
resíduos e dejetos passaram a ser lançados em áreas Na tentativa de sanar boa parte das defici-
abertas e corpos hídricos, configurando o conceito ências apresentadas pelos sistemas higienistas, são
conhecido como “tout à la rue”. desenvolvidos métodos compensatórios de manejo
No século XVIII, constatou-se na Itália que de águas pluviais (também denominados Best Mana-
as águas de terra úmida e zonas alagadiças influen- gement Practices, BMPs; Urbonas & Stahre 1993) os
ciavam na mortalidade de pessoas e animais (Silveira quais são constituídos de planejamento em escala de
2000). Isto rapidamente foi considerado na Alema- bacia e da aplicação de dispositivos de armazena-
nha e na Inglaterra, e mais tarde na França, desen- mento e infiltração (e.g. detenções, retenções, pavi-
cadeando um processo de extinção de terras úmidas mentos permeáveis, microrreservatórios, valos e
como medida de saúde pública. Com o aumento das trincheiras de infiltração). Tal abordagem passou a
aglomerações urbanas a partir do século XIX e o a- ser recomendada mundialmente a partir da década
vanço no conhecimento das áreas de microbiologia de 70, e no país - em alguns municípios brasileiros,
e epidemiologia, evidenciou-se o papel sanitário de e.g. Porto Alegre, São Paulo - na última década.
águas pluviais como transmissor de doenças, contri- No entanto, a ausência de controle adequa-
buindo para uma mudança de concepção das rela- do de resíduos sólidos urbanos, dos esgotos cloacais
ções entre urbanismo e águas urbanas, levando ao e das cargas poluentes (na água e nos sedimentos)
conceito higienista de drenagem. A abordagem hi- presentes no escoamento de águas pluviais continua
gienista é caracterizada pela evacuação rápida das a gerar inconvenientes no tocante à veiculação de
águas pluviais e servidas, por meio de impermeabili- doenças e odor oriundos da retenção da água pró-
zação de áreas e sistemas de condutos artificiais xima à população. Estima-se (Niemczynowicz 1999)
(“tout à l’égout”). A necessidade de proteção do meio que metade das doenças do mundo e aproximada-
ambiente receptor destes lançamentos levou ao em- mente 25 milhões de mortes/ano estão relacionados
prego de estações de tratamento para minimizar ao impacto da poluição das águas. As diferenças sen-
contaminações. síveis, quando comparadas à aplicação de sistemas
Já no fim do século XIX, o engenheiro Sa- higienistas, dizem respeito à implementação de de-
turnino de Brito (Silveira 2000), diferentemente da tenções (prática mais empregada no país como “so-
prática recomendada, apresentava argumentos em lução” aos problemas da abordagem higienista) que:
favor do sistema separador absoluto (redes de con- (a) ameaçam a saúde da população — i.e. construção
dutos separados para esgotos pluviais e cloacais), de uma área de acúmulo de resíduos sólidos, sedi-
adequando técnicas de drenagem ao comportamen- mentos e água pluvial de qualidade não-
to da precipitação em regiões tropicais e inovando recomendável (Santos 2006); (b) acirram demandas
ao apresentar projeto - que infelizmente acabou não por espaço físico com outros setores de interesse da
sociedade (e.g. recreação, transportes); (c) deman-

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dam capacitação geral (profissionais e população) mimetizar o comportamento hidrológico natural em


para projeto e convivência, e; (d) podem ampliar configurações residenciais, comerciais e industriais.
inundações, quando a superposição de descargas A estratégia avançou principalmente no manejo de
acontece pela ausência de controle interligado de águas pluviais, apresentando ênfase na utilização de
liberação de água dos reservatórios individuais ecossistemas naturais como infra-estrutura, por meio
(Faulkner 1999). Mesmo países desenvolvidos não de conservação e aproveitamento de características
conseguem suprir as necessidades de investimento de solo e vegetação. Aplicações desta abordagem são
em infra-estrutura, somente pela utilização de estru- encontradas em muitas regiões dos Estados Unidos,
turas corretivas de armazenamento e infiltração (Ni- no Canadá e na Europa, sendo capaz de atender aos
emczynowicz 1993). critérios estabelecidos em certificações ambientais
Na última década, busca e avaliação de téc- para edificações quando devidamente empregada.
nicas e dispositivos de manejo sustentável foram ace-
leradas em virtude da demanda por soluções que Princípios
apresentem maior respeito às questões ambientais,
frente à ameaça a corpos hídricos de alto interesse LID assenta-se sobre os seguintes elementos-
de conservação ambiental, e.g. Puget Sound nos Es- chave (USDoD 2004):
tados Unidos (Washington; PSAT & WSU, 2005) e
um aqüífero de boa qualidade próximo à terra úmi-  Conservação — Preservação de vegetação e
da na região de Swan Coastal Plain na Austrália solo nativos, minimizando o emprego de á-
(Perth; Hedgcock & Mouritz 1995). Nestas regiões, reas impermeáveis e permitindo a manu-
iniciativas denominadas LID e WSUD têm sido apli- tenção de caminhos naturais de drenagem;
cadas, apresentando abordagens bastante parecidas  Projetos locais únicos — Elaboração de pro-
com foco no tratamento do escoamento pluvial em jetos que respeitem peculiaridades locais
pequena escala, próximo à sua fonte, reaproximan- naturais e assegurem a proteção de toda a
do novamente o urbanismo às águas urbanas. Den- bacia, em detrimento a padronizações;
tre as abordagens, LID foi estudado de forma signi-  Direcionar escoamento para áreas vegetadas
ficativa, inclusive com a realização de congressos e — Encorajar infiltração e recarga de aqüífe-
elaboração de manuais específicos, merecendo ob- ros, terras úmidas e riachos, aproveitando
servação especial quanto à sua viabilidade de aplica- controle e tratamento realizados natural-
ção no país, uma vez que tem apresentado bons re- mente;
sultados quanto à preservação de áreas, manutenção  Controles distribuídos de pequena-escala —
de processos hidrológicos, eficiência de tratamento Empregar técnicas de manejo hídrico o
de águas pluviais, redução de despesas em sistemas mais próximo possível da fonte de geração
de drenagem, integração com outras atividades de de excedente de escoamento, de forma in-
interesse da sociedade e aceitação popular de medi- tegrada ao ambiente, para mimetizar pro-
das. cessos hidrológicos naturais;
No Brasil, o Ministério das Cidades tem es-  Manutenção, prevenção à poluição e educa-
timulado sua utilização para implantação e amplia- ção — Trabalhar a educação e envolvimento
ção de sistemas de drenagem urbana sustentáveis, público (inclusive de profissionais) objeti-
conforme descrito no manual para apresentação de vando a redução de cargas de poluentes e o
propostas municipais (Brasil 2006). aumento da eficiência e longevidade de sis-
temas de drenagem, exonerando o poder
público.
DESENVOLVIMENTO URBANO DE BAIXO
IMPACTO Busca-se, portanto, a conservação quali-
quantitativa de processos hidrológicos ao minimizar
e mitigar efeitos da ação antrópica pelo desenvolvi-
Desenvolvimento Urbano de Baixo Impacto mento de paisagens multifuncionais que considerem
(uma tradução livre de LID) surgiu na década de 80 planejamento hidrológico, prevenção à poluição e
como uma estratégia de manejo de águas (pluviais e preservação de recursos naturais. O diferencial da
servidas; USEPA 2000) por meio do emprego de estratégia de LID encontra-se na integração com ou-
planejamento multi-disciplinar integrado a práticas tros setores de interesse da sociedade via planeja-
de tratamento e controle em pequena-escala para mento da bacia e do empreendimento e aplicação

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de dispositivos de manejo integrado, viabilizando  Aproveitamento das características locais de


perturbação mínima de processos naturais e provi- solo e vegetação, lotando deposição de ma-
mento de amenidades à população. teriais e construção em solos menos perme-
áveis, preservando e utilizando solos perme-
Planejamento áveis para infiltração;
 Uso da drenagem/hidrologia como elemen-
O planejamento de controle de escoamento to de projeto, sugerindo localização ótima
com vistas à manutenção ou à recuperação de fun- para áreas de construção, parques e áreas
ções hidrológicas, sob a abordagem de LID, realiza- esportivas;
se em âmbito de bacia (ou sub-bacia), considerando  Minimização de áreas impermeáveis efetivas
informações atuais de topografia, solo, hidrologia, (largura de vias, comprimento de acessos
vegetação e habitat, zoneamento e uso do solo, vias residenciais), i.e., que não são controladas
de acesso à área em estudo e proximidade a serviços ou drenadas para áreas permeáveis, e de
(e.g. hospitais, supermercados). Esta base de refe- fluxo superficial concentrado pela redução
rência, que auxilia na identificação de áreas de pre- de estruturas de condução de águas (canos,
servação, solos mais permeáveis e vegetação de inte- sarjetas e meios-fios) e direcionamento para
resse especial, serve ao delineamento de metas e ao fluxo raso de superfície;
estabelecimento de indicadores a serem utilizados  Elaboração de planejamento integrado pre-
no monitoramento que subsidiará o manejo adapta- liminar para avaliar a efetividade do empre-
tivo de águas. Os processos hidrológicos no ambien- endimento em controlar águas pluviais e
te em seu estado natural, i.e., estado não-perturbado produção de sedimentos, além de estimar a
por intervenção humana, podem servir de referên- necessidade de adoção de práticas de mane-
cia para definição de metas ambientais demandando jo;
para isto informações de passado remoto de solo (u-  Completar o planejamento pela seleção de
so e ocupação), topografia, vegetação e hidrografia. dispositivos multifuncionais e, em último
O planejamento de empreendimentos, de caso, adoção de técnicas de controle como
forma similar ao de bacia, considera as diferentes armazenadores artificiais, respeitando limi-
áreas de interesse utilizando a hidrologia como es- tações locais de espaço físico, solo, declivi-
trutura integradora (PGDER 1999). Como exemplo, dade, nível do freático/leito rochoso e pro-
o projeto de um condomínio residencial deve bus- ximidade a fundações de edificações.
car acomodar residências, mas também providenciar  Em áreas residenciais, a malha viária é a
estética agradável, segurança para seus usuários, á- principal responsável por aumento de vo-
reas para lazer e recreação, com aproveitamento dos lume e carga de poluentes de origem difusa
recursos naturais e energéticos, e manutenção de (PSAT & WSU 2005). Para áreas comerciais
processos naturais e sócio-culturais. LID recomenda (PSAT & WSU 2005), telhados e estaciona-
o planejamento de sistemas de águas pluviais na fase mentos são os maiores contribuintes pela
inicial do projeto do empreendimento, por meio acumulação de cargas de poluentes de de-
das seguintes etapas (PSAT & WSU 2005): posição atmosférica e emissões veiculares
(hidrocarbonetos de petróleo e metais traço
 Identificação de regulamentações, como as como cádmio, cobre, zinco e chumbo). Para
de zoneamento e uso do solo, aplicáveis ao minimizar as áreas impermeáveis e facilitar
desenvolvimento (uma reforma de edifica- o controle dos efluentes gerados, aconselha-
ção pode ser entendida como um desenvol- se (PSAT & WSU 2005):
vimento no sentido sócio-ambiental);  Utilizar caminhos e áreas verdes que servem
 Identificação e estabelecimento dos limites tanto à infiltração de águas pluviais quanto
de perturbação do solo e vegetação, respei- à promoção de caminhadas, passeios de bi-
tando áreas mínimas exigidas para ruas, e- cicleta e acesso ao trânsito e serviços;
lementos estruturais, edificações, paisagis-  Eliminar ou reduzir onde possível os cru-
mo e manuseio de equipamentos; zamentos de vias por meio da ampliação de
 Minimização da movimentação de terra, pe- quarteirões;
la orientação do maior eixo da edificação ao  Limitar calçadas a um lado da via, de prefe-
longo de contorno topográfico para reduzir rência separadas desta por vegetação;
nivelamento (corte e aterramento) do solo;

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 Dispor vagas de estacionamento em diago- Dispositivos de controle de águas pluviais


nal, o que minimiza a largura da vaga de 5 a
10%;  Práticas de manejo integrado (uma tradu-
 Privilegiar projeto de malha viária de ma- ção livre de Integrated Management Practices,
neira a evitar ruas sem saída para minimizar IMPs) são ferramentas utilizadas em LID
áreas impermeáveis. Onde inevitável, em- para tratamento de qualidade e quantidade
pregar retornos com área interna capaz de de águas pluviais. O diferencial está no pro-
controlar suas águas pluviais; vimento de amenidades paisagísticas e no
 Usar materiais permeáveis em vias de acesso controle integrado (ao harmonizar funções
em residências e estacionamentos (ao me- variadas em ambiente comum), havendo
nos nas vagas utilizadas em momentos de aproveitamento e incentivo a dispositivos
pico de demanda); com estas características (e.g. pavimentos
 Incentivar acordos cooperativos para com- permeáveis e telhados verdes). IMPs são ca-
partilhamento de áreas de estacionamento, racterizados pelo emprego de vegetação
técnica desejável em estabelecimentos com (e.g. fitorremediação) para interceptar, eva-
horários diferentes de funcionamento (e.g. porar, armazenar, absorver e infiltrar água,
igreja e repartição pública). nutrientes e sedimentos. IMPs artificiais se
 Adicionalmente, O controle de erosão e se- limitam à reservação e ao aproveitamento
dimentação, processos que influenciam di- de água (e.g. cisternas), e à adaptação de es-
retamente a qualidade das águas pluviais e a truturas para mínima perturbação ao siste-
fertilidade do solo, pode ser facilitado pela ma de drenagem natural (e.g. pavimentos
observação de algumas práticas simples permeáveis, telhados e fundações verdes).
(PSAT & WSU 2005): No entanto, em virtude de limita-
 Priorizar atividades de movimentação de ções/restrições locais à aplicação de IMPs,
terra (limpeza e nivelamento) e construção dispositivos convencionais podem ser neces-
pesada em períodos de estiagem; sários para complementar o controle, sendo
 Seqüenciar atividades construtivas, buscan- aconselhável o emprego de estruturas de fá-
do finalizar operações em uma área para i- cil manutenção e que resultem em benefí-
niciar em outra, reduzindo a atividade de cios adicionais, como espaço para recrea-
equipamentos e os danos a áreas de prote- ção. Em seguida, apresenta-se uma descri-
ção de solo e vegetação; ção breve de IMPs e precauções para a sele-
 Estabelecer controles de erosão e sedimen- ção das espécies vegetais e de dispositivos,
tação antes e imediatamente após as ativi- havendo maior detalhamento quanto a di-
dades de limpeza e nivelamento; mensionamento, desempenho, instalação,
custo e manutenção no manual elaborado
 Cobrir materiais construtivos em períodos
para a região de Puget Sound (Washington,
chuvosos.
E.U.A.; PSAT & WSU 2005).
 Um estudo preliminar (Souza et al. 2011)
 Preparo de solo — Práticas paisagísticas usu-
do impacto de adoção de dispositivos reco-
ais não encorajam a preparação adequada
mendados em manuais de LID (minimiza-
de áreas de plantio para readquirir benefí-
ção de impermeabilização, biorretenções e
cios hidrológicos do solo natural (PSAT &
valos de infiltração) em um condomínio
WSU 2005). Como resultado, solos em áreas
(1,5 ha) apresenta o procedimento de pla-
abertas podem gerar escoamento de forma
nejamento do sistema de drenagem para as
similar a áreas impermeáveis. A incorpora-
condições de clima e solo da zona sul de
ção de matéria orgânica derivada de com-
Porto Alegre. No estudo, sugere-se a possibi-
postagem ou húmus (de solo local ou im-
lidade de controlar tempo e vazão de pico,
portado), quando adequadamente imple-
volume e duração do escoamento para
mentado e mantido, providencia serviços
magnitudes observadas quando da simula-
ambientais, incluindo: redução de 50% de
ção numérica de um evento de precipitação
escoamento (Kolsti et al. 1995 apud McDo-
de 1 hora e 10 anos de recorrência sobre
nald 2001); redução de erosão; aumento de
cobertura de floresta esparsa.
filtração de sedimentos, adsorção e biofil-
tragem de poluentes; aumento da taxa de

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crescimento de plantas, resistência a doen- ção em proporções crescentes (em 2003,


ças, estética paisagística; melhoria da reten- 13,5 milhões de m² foram instalados na A-
ção de umidade do solo e redução de de- lemanha; Grant et al. 2003 apud PSAT &
manda por manutenção, i.e., irrigação, ferti- WSU 2005), podendo classificá-los em duas
lizantes e pesticidas. A produção de com- categorias: leves e pesados. Telhados pesa-
postagem — pela reciclagem de resíduos de dos são dimensionados com perfil de solo
comida, jardinagem, cultivo agrícola, ativi- profundo (≥ 15 cm), possibilitando o plan-
dades construtivas (entulhos) e tratamento tio de arbustos e árvores e caminhadas. Te-
de efluentes (lodo) — integra atividades, au- lhados leves são mais comumente emprega-
xiliando a fechar ciclos. dos, contendo perfis de solo rasos (2,5 a
 Biorretenção — LID foi inspirado em resul- 12,5 cm) e plantas adaptadas às condições
tados positivos obtidos de um experimento de telhados. Com carga variando de 75 a
aplicado no início da década de 90 no con- 250 kg/m² para perfis de solo de 2,5 a 12,5
dado de Prince George (Maryland, E.U.A.; cm, telhados têm sido instalados em refor-
USEPA 1999a), no qual se buscava avaliar a mas nos E.U.A. com pouco ou nenhum re-
eficiência de características naturais no con- forço estrutural, mostrando ser, para a regi-
trole de águas pluviais. O experimento de- ão, o de 7,5 cm mais vantajoso numa avalia-
nominado biorretenção consiste de uma ção custo-benefício ambiental e estética
depressão rasa com solo preparado para o (Miller 2002 apud PSAT & WSU 2005). Cu-
plantio (ver descrição do item anterior) de nha & Mendiondo (2004) realizaram estudo
uma diversidade de espécies, dimensionada com telhados leves (11,76 m²) na cidade de
para receber o escoamento de uma peque- São Carlos (SP), obtendo amenização tér-
na área. Em biorretenções usualmente em mica e economia de custo de instalação (R$
formato de célula ou de valo, plantas, solo e 8,49/m²), quando da sua comparação com
microorganismos realizam processos físicos, telhado cerâmico apoiado em laje.
químicos e biológicos removendo poluentes  Pavimentos permeáveis — Estudos com pa-
e controlando águas pluviais. O emprego de vimento permeável iniciaram-se nos anos
uma faixa de vegetação no entorno deste 1945-1950 na França (Azzout et al. 1994).
dispositivo é aconselhado para a retenção Este dispositivo consiste da utilização de
de sedimentos. Drenos subjacentes para ou- concreto/pavimento poroso ou blocos de
tros dispositivos são utilizados (PSAT & concreto vazados em sua camada superior,
WSU 2005) quando instalada na proximi- uma camada de base (normalmente brita) e
dade de infra-estrutura sensível (e.g. funda- uma manta geotêxtil para impedir a migra-
ção não-impermeabilizada), aplicação em ção de material entre camadas. Outros ma-
áreas onde efluentes com alta carga de po- teriais como anéis de plástico para a camada
luente é lançada (e.g. postos de combustí- base ou reservatório podem ser também a-
vel) ou solo subjacente apresenta baixa taxa plicados, os quais apresentam (Azzout et al.
de infiltração ou alto nível do lençol freáti- 1994) maior capacidade de armazenamen-
co. to, sem aumento da espessura e do peso da
 Telhados verdes — As primeiras companhias camada, e boa resistência à compressão. Á-
especializadas na implantação de telhados reas de tráfego de pedestres, ciclistas e veí-
verdes surgiram no fim da década de 50 na culos leves (e.g. calçadas, estacionamentos e
Alemanha e na Suíça (PSAT & WSU 2005). vias residenciais e internas a empreendi-
Dentre as vantagens apresentadas por estes mentos) são preferencialmente escolhidas
dispositivos constam (Grant et al. 2003 apud para implantação de pavimentos permeá-
PSAT & WSU 2005) a melhoria de eficiên- veis, recomendando-se evitar o direciona-
cia energética, da qualidade do ar (retenção mento de escoamento de outras áreas para
de até 85% da poeira; PGDER 1999) e da o pavimento, para que o aporte de sedimen-
estética, redução de temperatura e barulho, tos não venha a colmatá-lo. No entanto, al-
controle de águas pluviais e aumento da vi- gumas aplicações com asfalto poroso em via
da útil do telhado. A diversidade de opções expressa próximo à Phoenix (Arizona,
de configuração de telhados verdes (e.g., in- E.U.A.) e com concreto permeável/bloco
clinação de até 40o) facilita a sua implanta- vazado em áreas industriais sujeitas a tráfego
de veículos pesados provaram ser estrutu-

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ralmente eficientes (Hossain et al. 1992 apud de implantação deste dispositivo foi 5% su-
PSAT & WSU 2005). Além do controle perior ao convencional (PSAT 2003). Este
quantitativo e qualitativo de águas pluviais, dispositivo ainda não foi trabalhado no Bra-
pavimentos permeáveis apresentam a vanta- sil, tendo potencial para reproduzir o suces-
gem (USEPA 1999b) de aumentar a segu- so obtido nos E.U.A. entre o setor público e
rança e conforto em vias pela diminuição de o privado na busca por soluções verdes.
derrapagens e ruídos. Estudo com asfalto  Seleção de espécies vegetais — A definição
poroso e bloco vazado em Porto Alegre (A- de espécies a serem plantadas, tanto nas
cioli 2005) comprovou a eficiência hidráuli- IMPs como em outras partes do empreen-
ca (coeficiente de escoamento de 5% e dimento, deve observar as características lo-
2,3%, respectivamente) dos pavimentos cais de solo, clima, hidrologia e sucessão ve-
permeáveis, bem como, custos 21% superio- getal. Espécies nativas têm prioridade de es-
res para o asfalto poroso com relação ao colha, por estarem bem adaptadas aos con-
comum para uma área de 132 m². dicionantes locais, minimizando esforços
 Coletores de água de chuva — O aproveita- para sua manutenção. Na Austrália, por e-
mento de água de chuva oportuniza o au- xemplo, incentivos econômicos têm servido
mento da eficiência hídrica no empreendi- para alterar o padrão de gramados euro-
mento, exonerando o poder público ou a peus (atualmente 80% da água reservada
concessionária pelo serviço de abastecimen- para uso urbano) por jardins de plantas na-
to do volume captado. Dentre as alternativas tivas que apresentam maior economia hí-
empregadas por LID para coleta e armaze- drica (Arthington & Pusey 2003). Aconse-
namento de água de chuva encontram-se lha-se ainda a utilização de uma diversidade
cisternas, barris de chuva e adaptações de de espécies, dado que plantas diferentes a-
pavimentos permeáveis, telhados verdes e presentam funções diferentes (Zalewski et
biorretenções (as que apresentam drenos al. 2003). Por exemplo, grama é um ótimo
subjacentes). A experiência com O uso de filtro para matéria em suspensão e nutrien-
cisternas, especialmente na região Nordeste tes de escoamento superficial, mas não a-
do país (Brasil 2007) pode facilitar o desen- presenta o mesmo potencial que árvores pa-
volvimento de mecanismos para incentivo, ra interceptar, reter e evaporar água.
dimensionamento e construção.  Seleção de dispositivos — IMPs apresentam
 Fundações verdes — Escavação e movimen- fácil adaptação para todo tipo de empreen-
tação de equipamento pesado compactam o dimento, por sua característica de micro-
solo e degradam a capacidade de infiltração gestão e abordagem integrada aos processos
e armazenamento de água. Fundações ver- rotineiros locais. Múltiplas combinações
des podem se apresentar como pilares ou podem ser formuladas para controlar a dre-
muros (usualmente de concreto), ancora- nagem em cada empreendimento, o que fa-
dos ao solo por pinos (em concreto, aço ou cilita a concepção de sistemas. Algumas pre-
madeira) protegidos de corrosão. Desta cauções devem ser tomadas, no entanto, pa-
forma, minimizam a perturbação do solo e ra evitar que seu desempenho e o de estru-
permitem que águas pluviais escoem por turas adjacentes sejam comprometidos ou
caminhos sub-superficiais naturais, poupan- que a saúde da população fique ameaçada
do recursos e tempo pela diminuída neces- pela ausência de cuidados quanto à quali-
sidade de manejar a terra e elaborar medi- dade da água a ser aproveitada. Assim, o
das para mitigar o efeito de fundações con- dimensionamento de IMPs que estimulam a
vencionais, que acabam represando águas infiltração deve (a) guardar distância do
subterrâneas (Palazzi & Gagliano 2001). Es- mais alto nível sazonal do lençol freático,
te dispositivo pode ser empregado em con- (b) evitar que contaminantes sem tratamen-
figurações residenciais ou comerciais com to sejam diretamente lançados e (c) preser-
até 3 pavimentos, decks, calçadas, pátios. var estruturas enterradas, e.g., fundações. O
Para a construção de conjuntos habitacio- dimensionamento de estruturas de coleta
nais, as fundações se apresentam econômi- de água de chuva deve considerar sua po-
cas, enquanto no estudo desenvolvido para tencial má qualidade relacionada (a) à pri-
uma residência simples unifamiliar, o custo meira parcela de escoamento (água de lava-

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Desenvolvimento Urbano de Baixo Impacto: Planejamento e Tecnologias Verdes para a Sustentabilidade das Águas

gem) de telhados e pavimentos e (b) à pro- passivo social e ambiental das práticas vigentes, re-
ximidade de região de densa urbaniza- formulando-as. Buscando servir a este propósito, a-
ção/industrialização e seu efeito na quali- presentou-se neste artigo uma estratégia de manejo
dade de água precipitada. de águas urbanas que corrobora com a mudança pa-
ra a filosofia “fazer o trabalho certo”, sugerida por Fal-
kenmark & Folke (2002), em detrimento a “fazer cor-
PERSPECTIVAS retamente o trabalho”, avançando na discussão acerca
das perspectivas para sua implementação.
A grande vantagem das técnicas de desen-
O lançamento do programa “Drenagem Ur- volvimento urbano de baixo impacto encontra-se na
bana Sustentável” pelo Ministério das Cidades (Bra- possibilidade de gerenciar águas urbanas de forma
sil, 2006), apoiando municipalidades que utilizarem integrada às atividades locais, com mínimo dano
técnicas de LID na elaboração/ampliação de seus ambiental e à saúde da população, além de ser fi-
sistemas de drenagem, deveria impulsionar o em- nanceiramente mais acessíveis e de mais fácil cons-
prego desta técnica em escala nacional e impelir à cientização popular pela simplicidade e proximida-
reformulação de mecanismos institucionais e à ca- de às atividades rotineiras da população. Interessa,
pacitação geral (profissionais e usuários). O alcance portanto, estimular reformas para a aplicação de
destes objetivos, no entanto, é refém da capacidade LID, principalmente em regiões onde se utilizam es-
gerencial para a adoção de LID. A construção da ba- truturas voltadas apenas ao controle da drenagem,
se de referência, atividade inicial para implementa- i.e., estruturas não-integradas às atividades locais.
ção de LID, necessita ser trabalhada, o que aproxi- Com isto, a idéia de que a construção de estruturas
maria profissionais dos diferentes campos de atua- de drenagem representa ônus adicional a empreen-
ção do sistema público e direcionaria a definição de dedores passa a ser diminuída.
metas de controle de águas pluviais. Além disto, enfatiza-se que todo dispositivo
Sugere-se que vantagens ambientais, sociais apresenta capacidade limitada de controle de esco-
e financeiras, tanto na construção do empreendi- amento em função da definição do evento de proje-
mento quanto na sua utilização, devem conduzir à to. Desta forma, a ausência de obra física pode auxi-
aceitação e busca popular por LID, quando da difu- liar na minimização de danos pela convivência com
são de sua filosofia e dos resultados obtidos por seus eventos pluviométricos.
projetos. Mostram-se como argumentos sólidos para Cabe ressaltar, no entanto, o risco que se in-
aplicação de LID a potencial diminuição de ameaças corre ao incentivar a aplicação de técnicas que con-
à saúde da população em função da redução de ala- duzem à infiltração, potencializando uma falsa sen-
gamentos urbanos e de detenções, assim como pela sação de controle em razão de possível contamina-
melhoria da qualidade de águas pela redução do ção do solo e das águas subterrâneas. Com isto, mos-
aporte de resíduos sólidos, nutrientes (especialmen- tra-se importante drenar apenas efluentes de quali-
te nitrogênio e fósforo) e sedimentos a sistemas hí- dade assimilável para áreas vegetadas, direcionando
dricos, bem como dos custos associados aos prejuí- efluentes de pior qualidade para seu tratamento.
zos dos eventos de inundação e mesmo de atividades
de mitigação dos impactos de práticas correntes. Pa-
ralelamente, incentivos ao controle de águas pluviais AGRADECIMENTOS
podem ser trabalhados, como punição (e.g. taxação)
a empreendimentos pouco efetivos e/ou premiação
aos empreendimentos bem-sucedidos (e.g. implan- Os autores agradecem ao CNPq pela con-
tação de certificação ambiental a edificações). cessão de bolsa de estudos ao primeiro autor.

CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS

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ABSTRACT

The current approach to Urban Water Manage-


ment, especially in South American countries, causes fi-
nancial, environmental, aesthetic and health losses and
above all impairs quality of life. On the other hand, some
developed countries have been practicing sustainable solu-
tions through planning and the use of green technologies.
This paper presents the low impact development strategy,
assessing its evolution compared to pipe and detention sys-
tems, through a review of literature, including an analysis
of prospects. This assessment shows that low impact devel-
opment is feasible, although it may require considerable ef-
forts especially for large-scale application.
Key-words: LID, Low Impact Development, Sustainable
Urban Drainage.

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