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Defensoria Pública

Constituição Federal de 1988

A Constituição Federal de 1988 foi a primeira de todas as outras sete Cartas


Magnas existentes na história do nosso país a dispor sobre a Defensoria Pública,
cujo tratamento está situado nas Funções Essenciais à Justiça.

Com a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, em 05


de outubro de 1988, foi assegurado, de maneira mais abrangente, o direito dos
desprovidos de recurso de terem acesso à Justiça. Como prova disso, no próprio art.
5°, inciso LXXIV, onde retrata os Direitos e Garantias Fundamentais possui o
seguinte texto:

Art. 5°- Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

(...)

LXXIV – “O Estado prestará assistência jurídica integral e


gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”.

Portanto, a Constituição não faz distinção entre as pessoas, tanto


estrangeiros quanto brasileiros tem seus direitos fundamentais guardados e têm
direito à justiça. Caso qualquer um deles não puder arcar com os honorários de um
advogado, o Estado prestará assistência jurídica integral. Surge aqui a necessidade
da criação de um órgão que realize essa defesa. Observe também que o texto trata
de que a assistência é jurídica e não é apenas judiciária, portanto ela engloba
tanto a representação em tribunais quanto a assistência extrajudicial, auxiliando os
mais carentes nos procedimentos fora do ambiente de um tribunal como em
processos administrativos, civis, tributários, trabalhistas etc.

Observemos os artigos constitucionais da seção designada para tratar da


Advocacia e da Defensoria Pública:

Art. 133. O advogado é indispensável à administração da


justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício
da profissão, nos limites da lei.
O artigo 133 trata daqueles que representam e defendem os cidadãos em um
ambiente judiciário e eles têm caráter indispensável à justiça. Com base na
afirmação de que todos têm direito a uma defesa e que essa seja de qualidade,
então um advogado torna-se indispensável num processo judicial. Para que essa
defesa seja a melhor possível, o defensor tem uma certa imunidade dos seus atos
no exercício da advocacia, garantindo o direito fundamental da ampla defesa.
Essa imunidade dá ao advogado uma liberdade maior para defender o seu cliente
sem temer represálias do Estado. Caso ele extrapole os limites da lei ele será preso
e colocado em uma sala de Estado Maior ou em prisão domiciliar até o fim do
processo instaurado contra ele.

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função


jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a
defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º,
LXXIV.

§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da


União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas
gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira,
providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e
títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade
e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.

§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas


autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.

Esse artigo é o que realmente cria o órgão da Defensoria Pública e os


Defensores Públicos que atuarão na instituição. No texto constitucional ela é
colocada no mesmo nível que o Ministério Público e atribuído a ela a mesma
característica dada ao tal de ser uma instituição essencial à função jurisdicional. A
Defensoria Pública nos termos da Constituição não tem caráter permanente, mas
pelo novo texto da Lei Complementar 80, alterado pela Lei Complementar 132 dá o
caráter permanente à Defensoria e equipara-a ao Ministério Público. Logo muito em
breve o texto da Carta Maior deverá ser alterado para ficar de acordo com a Lei
Complementar mais recente.

Embora exista uma contradição entre a Constituição e a Lei Complementar


ao se colocar a Defensoria Pública como uma instituição permanente, pois um dos
objetivos da República Federativa do Brasil é erradicar a pobreza, como diz o artigo
3º da Carta Magna.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa


do Brasil:
(...)

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as


desigualdades sociais e regionais;

Se pensarmos que, mesmo que num futuro longínquo para o nosso país, a
pobreza possa ser erradicada então, qualquer cidadão brasileiro será capaz de
pagar pela própria defesa num processo judicial. Caso isso ocorra, a Defensoria
Pública passa a não mais assistir aos necessitados, pois eles não existem mais no
Brasil, causando a necessidade de extinção do órgão ou modificação das
atribuições.

A Constituição afirma que uma lei complementar tratará sobre a organização


da Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e Territórios, estes porque cabe
à União organizar o poder judiciário nessas localidades, e descreverá normas gerais
às defensorias públicas dos Estados.

O ingresso na carreira de Defensor Público será dado por concurso de


provas e títulos assegurado aos que ingressarem na carreira a inamovibilidade,
ou seja, não poderão ser removidos de localidade sem que haja interesse público, e
vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.

É assegurada às Defensorias Públicas Estaduais a autonomia funcional e


administrativa. Isso quer dizer que os defensores públicos têm plena autonomia
para atuar livre de quaisquer ingerências de órgãos estatais. Os membros das
defensorias públicas no exercício de suas estão sujeitos apenas às leis e às suas
próprias consciências e convicções e não à ordem de quem quer que seja. Isso
também acontece com as Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal e
Territórios no texto da lei orgânica das Defensorias.

Além do que foi citado no parágrafo anterior, as Defensorias Públicas Estatais


têm a possibilidade de encaminhar proposta orçamentária, o que dá uma maior
autonomia e independência aos órgãos com relação ao Poder executivo das suas
respectivas localidades. Embora isso não ocorra com as Defensorias Públicas da
União e do Distrito Federal e Territórios.

Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas


nas Seções II e III deste Capítulo serão remunerados na forma do
art. 39, § 4º.

Não convém ao trabalho comentar esse artigo. Muito específico para quem
quer fazer concurso para essa área.

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