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ADVOGADOS ASSOCIADOS
PROCESSON0: 0009410-91.2014.8.05.0191
RÉPLICA
PRELIMINARM ENTE
1.1 - DA ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM
A presente preliminar não deve prosperar, tendo em vista que a falta de pedido
administrativo não pode conduzir à carência de ação, sob o risco de ofensa ao
disposto no art. 50,XXXV, da Constituição Federal Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988.
Contudo, por mais que a Requerente não tenha ingressado inicialmente na via
administrativa, nada impede que esta venha a juízo requerer o recebimento do
montante que entende fazer jus. Aliado ao fato dos autores terem realizado
conatos telefônicos juntos as requeridas e não obteve êxito, propondo assim a
presente demanda.
Com efeito, não existe qualquer regra que imponha ao beneficiário primeiro se
valer de pedido administrativo, para só depois ingressar na via judicial. Neste
sentido a Corte já decidiu:
5. DOS FATOS
maiores informações, o requerente foi avisado pela Assistente Social de que sua
esposa (segunda requerente) não teria direito ao recebimento da indenização.
Vaie ressaltar, que a quantia gasta com os demais gastos pós-cirurgia não estava
no orçamento da família, visto que o fato de pagar plano de saúde os deixava
tranquilos por acharem poderiam acionar o plano a qualquer tempo para que
pudessem receber a indenização devida e de direito. Assim, é fato notável que o
orçamento da família diminuiu com a situação ocasionada pela negativa de um
direito por parte da primeira Requerida.
Em razão dos fatos já elencados, pode-se concluir que os Requerentes têm direito
ao total reembolso pelas despesas médicas nas quais deveriam ser integralmente
de responsabilidade das Requeridas.
6. DO MÉRITO
Entendimento do STJ:
A parte Requerente busca tutela ao direito subjetivo que pretende seja reconhecido
em juízo, no art. 757, do novo Código Civil Brasileiro, que assim preleciona:
( ... )
o NCC traz nos arts. 789 a 802, a matéria relativa ao seguro de pessoa, também
comumente chamado de Seguro de Vida. Este seguro, eminentemente privado,
consiste no "contrato pelo qual o segurador se obriga, em contraprestação
ao recebimento do prêmio, a pagar ao próprio segurado ou a terceiro,
determinada quantia sob a forma de capital ou de renda, quando da
verificação do evento previsto". Situação jurídica que corresponde ao caso em
tela.
Sendo a vida um bem inestimável, não há limite ao valor a ser pago (que nos
seguros de pessoas é chamado de "prestação") e que deve ser aquele constante na
apólice.
Logo, através dos documentos já acostados aos autos e dos fatos narrados na peça
vestibular, constata-se o interesse da Requerente em mover a presente demanda,
uma vez que houve a recusa da Seguradora Requerida em pagar o valor ora
pleiteado.
caso dele chegar a determinada idade ou se for vivo a certo tempo; naquele o
pagamento da prestação está condicionado a morte do próprio segurado
ou do terceiro durante a vigência do contrato.
7. DO DANO MORAL
A parte Autora sofreu imensurável dano moral, em virtude de ato ilícito provocado
pela Ré, que, não cumpriu com o que estava no Contrato de Seguro, acarretando
em transtornos tanto de ordem pessoal quanto financeira, pois se encontra
bastante abalado com essa situação.
o Autor sofreu imensurável dano moral, em virtude de ato ilícito provocado pela
Ré, que, não cumpriu com o que estava no Contrato de Seguro, acarretando em
transtornos tanto de ordem pessoal quanto financeira, pois se encontra bastante
abalada com essa situação.
Ainda sob a égide da lei civil, remete-se o julgador ao artigo 927, fazendo
manifesta a obrigação de indenizar a parte lesada, sendo o que se extrai do texto
legal, a saber:
"Artigo 927: Aquele que, por ato ilícito, causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo." (grifo nosso).
Como se vê demonstrado, o direito que milita em favor da parte autora está por
demais cristalino, amparado, inclusive, em nossa Carta Política, que lhe reserva o
direito de estar em juízo pleiteando indenização por ato ilícito, ainda que este
direito não estivesse consignado no campo normativo das leis inferiores; por tratar-
se de direito subjetivo imutável. CF/88 - Art. 50:
No caso em baila, mostra-se desnecessário fazer prova do dano moral, uma vez
que este é imaterial e subjetivo, devendo-se apenas comprovar a ocorrência do
fato capaz de ensejar a privação desse bem jurídico precioso ao lesado e sua
autoria.
A fixação do valor devido pelos danos morais deve ser feita mediante prudente
arbítrio do juiz, que se vale dos seguintes critérios objetivos: a) existência do
evento danoso; b) nexo de causalidade entre o evento danoso e a conduta do réu;
c) existência do prejuízo; d) extensão e natureza do dano; e) a condição
econômico-financeira das partes. Aliados a tais critérios, merecem também detida
análise o caráter pedagógico e punitivo da indenização, sempre em sintonia com os
princípios da razoabilidade e proporcionalidade, tendo como limite evitar-se que a
indenização consubstancie enriquecimento sem causa ao autor, mas que também
não seja irrisória de forma que valha como incentivo à prática ilícita praticada pelo
Para a fixação do vaior pecuniário da indenização, o juiz deve, à luz dos elementos
constantes nos presentes autos, arbitrar o valor do dano moral a fim de compensar
ou pelo menos abrandar a dor suportada pela vítima.
o valor da indenização por dano moral deve ser aferido, caso a caso,
segundo a extensão do dano, as circunstâncias psicológicas e sofrimento
decorrente do abalo emocional do consumidor.
A Revista Forense traz em seu volume 83, página 422, o entendimento doutrinário
do Professor Pires de Lima, o qual preleciona:
A negativa de pagamento do valor a que tem direito o autor, representa, por óbvio
notória agressão à sua integridade moral, posto que faz gerar dúvida sobre seu
caráter e retidão de conduta, visto que pretende lançar mão e receber valores aos
quais não tem direito.
9. DOS PEDIDOS
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Pa onso/BA de j~u. de tp16.
~ V'..-/i V\ 0J .
(do mento a inado ele onicamente)
J é Luiz . Neto - OAB/BA 18.822