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SEMINÁRIO ARQUIDIOCESANO DE MACEIÓ

SÉRGIO RICARDO SOARES DE OLIVEIRA

TRABALHO DE ECUMENISMO: A CAMINHADA ECUMÊNICA DA IGREJA,


INSTRUMENTOS DE DIÁLOGOS E COLABORAÇÃO ECUMÊNICA

MACEIÓ
2017
1. A CAMINHADA ECUMÊNICA DA IGREJA CATÓLICA NO SÉCULO XX

Eclesiologia católica e ecumenismo. Para compreender as atitudes dos papas


do século xx em relação aos movimentos ecumênicos de origem protestante. A
verdadeira Igreja de Cristo deve ser una, santa, católica e apostólica. A teologia católico-
romana sempre afirmou que estas notas se cumprem, de fato, numa Igreja concreta –
a católica romana. Elas não são simplesmente um dom escatológico. Ainda mais, se
não houvesse uma Igreja com essas características, teria falhado a promessa de Cristo,
de permanecer sempre conosco até o fim dos séculos. Se Cristo edificou uma Igreja
sobre a rocha e as portas do inferno não prevaleceram contra ela, essa Igreja deve
estar, de fato, presente em algum lugar.

UR: “Fora da estrutura visível da Igreja Católica se encontram vários elementos


de santificação e verdade. Estes elementos, como dons próprios da Igreja, impelem a
unidade católica”.

A unidade na sua tríplice vertente – fé, culto e serviço – em torno de um centro


visível: Roma. Até recente a reação dos Papas era pedir as outras confissões um
retorno, uma volta ao seio da Mãe. Lentamente, porém, vai aparecendo a consciência
de que, fora da unidade visível da Igreja católica romana, há elementos autênticos de
verdade e santificação; há a presença do Espírito, na Palavra, e o dom da graça, nos
sacramentos; há uma fé que une a Cristo. Então se compreende que a catolicidade da
Igreja não será plena enquanto não houver a fusão de todos esses elementos. Católico
significa total. Por isso, não é o resultado da assimilação de uns e de outros, mas o
enriquecimento mútuo, na contribuição do patrimônio comum.

É a partir do aprofundamento do conceito católico, que a Igreja Romana se


engajou no movimento ecumênico, toma consciência de que tem muito a receber para
completar o seu ser mais íntimo, o Ser católico.

PIO X BENTO XV

A crise modernista chegou a provocar um clima de suspeita e perseguição em


amplos setores da Igreja católica. Pio x seus documentos fazem referência aos cristãos
de outras confissões pedindo um retorno, “convite para a reunião”. Apesar disto, Pio X
deu uma aprovação entusiasta à semana de oração pela unidade dos cristãos, iniciada
por dois pastores episcopais.

Bento XV estabeleceu dois organismos romanos de grande significado na


relação com as Igrejas do oriente: a congregação para a Igreja oriental (hoje para as
Igrejas orientais) e o pontifício Instituto Oriental, de Roma. A criação da Sagrada
Congregação indicava claramente o reconhecimento da especificidade das
comunidades orientais cristãs, não mais sujeitas à propaganda fide.

Bento VX negou-se a acolher o convite para a primeira conferência do


movimento fé e constituição que lhe foi feito em 1919.

Pio XI (1922 – 1939)

AS Conversações de Malines, anterior ao CVII, um esforço sincero afim de


procurar de unidade entre anglicanos e católicos. Tiveram cinco sessões (em 1921,
1922, 1923,1925 e 1926), inicialmente quase que em segredo, mas tornando-se cada
vez mais representáveis e conhecidas. Sem grandes resultados concreto. (Anglicanos
e CATÓLICOS).

No pontificado de Pio XI. A encíclica Rerum orientalium, 6 de Janeiro de 1928.


Tratava fundamentalmente de promover o estudo e aprofundar o conhecimento das
questões orientais. Um programa depois assumido no concílio “Estudar para conhecer,
conhecer para amar, amar para unir”. O pontificado foi marcado, porém, por alguns
traços negativos em face do ecumenismo de origem protestante. Às vésperas da
primeira conferência de fé e constituição. 1927, baixou um decreto proibindo
formalmente a participação de católicos naquela reunião. Em 1928 a Mortalium animos,
expôs as razões dessa proibição.

“Assim, Veneráveis Irmãos, é clara a razão pela qual esta Sé Apostólica nunca
permitiu aos seus estarem presentes às reuniões de acatólicos por quanto não é lícito
promover a união dos cristãos de outro modo senão promovendo o retorno dos
dissidentes à única verdadeira Igreja de Cristo, dado que outrora, infelizmente, eles se
apartaram dela”( 16).

A Razão do rechaço se encontra também no fato de que os promotores do


movimento ecumênico, sustentavam a teoria dos 3 ramos (Branch Theory). Ela

Diz que a Igreja católica, amplamente entendida como Igreja de


Cristo, assemelha-se a uma árvore com três grandes ramos: o
catolicismo Romano, catolicismo ortodoxo e catolicismo. Todas
elas possuíam sacerdócio válido e, concomitantemente,
sucessão apostólica. O Papa Leão XIII condenou esta tese e
vetou a participação de católicos no movimento de 1852
encabeçado pelos anglicanos (JUTTA BURGARFF)
Mas, no tempos Pio XI surgem também algumas instituições católicas de grande
importância, no campo ecumênico.
A) Abadia de Chevetogne, Bélgica, D. Beauduin é uma das figuras mais notáveis
no ecumenismo católico. A abadia publica por meio de uma revista os estudos
ecumênicos dos monges.
B) Centro de Estudos Istina. Dirigido pelos dominicanos franceses.
C) O Movimento Uma Sancta, em 1930 fundado pelo padre Joseph Matzger, tentou
congregar católicos e evangélicos num único esforço pela paz entre as nações
e pela unidade dos cristãos.
D) O Padre secular francês Paul Couturier ( 1881- 1953) e a sua promoção do
ecumenismo espiritual, principalmente por meio da semana de unidade dos
cristãos.
A Eclosão do Ecumenismo católico: o tempo de Pio XII, durante a segunda
guerra mundial os cristãos de diversas confissões tiveram de sofrer as mesmas
perseguições e compartilhar os mesmos perigos. Aprenderam a conhecer-se e a amar
em meio as dores. Brota um novo apelo para a unidade dos cristãos.
Em 1945 surge em Roma a associação Unitas.
As Encíclicas Orientalis Ecclesiaes Decus (1944), orientalis Omnes Ecclesiae
(1945) e Orientales Ecclesiae (1952). Apostam mais na união com os orientais não-
católicos do que com os protestantes. Alegavam-se sempre a eclesiologia católica
irrenunciável e os perigos do indiferentismo e de corrupção de fé dos católicos como
obstáculos insuperáveis para uma participação efetiva da Igreja Romana nas reuniões
ecumênicas.
A 3ª conferência geral do movimento fé e constituição, realizada em Lund, em
1953, contará, pela primeira vez na história do movimento ecumênico, com a presença
de observadores católicos, enviados oficialmente por sua Igreja.
Em 1952, surgiu uma conferência católica para as questões ecumênicas. Pio XII
contatos pessoais com hierarcas de outras confissões, recebendo um bom número
deles no Vaticano, com gestos de amizade fraterna.
João XXIII: o Papa do ecumenismo. Convocou o CVII. Um dia após a
convocação, 26 de Janeiro, saiu essa nota no L´Osservatore Romano: “Pelo que se
refere à celebração de um Concílio Ecumênico, este, segundo o pensamento do Santo
Padrem não somente tende à edificação do povo Cristão, como também quer ser um
convite as comunidades separadas para a busca da unidade pela qual hoje em dia
muitas almas anseiam todos os pontos da terra”.
João XXIII criou em 5 de Julho de 1960 o secretariado para a unidade dos
cristãos, sob a direção do alemão Agostinho Bea. A tarefa do secretariado era atuar,
como organismo especializado, na preparação do concílio. Para Isso, procurou entrar
em contato com as grandes Igrejas e famílias confessionais, informando sobre os
preparativos e solicitando o envio de observadores. Um sadio espírito ecumênico
perpassasse toda a obra conciliar.
Após o concílio, pelo moto próprio finis concílio, o Papa Paulo VI determinou a
continuação do secretariado, como organismo permanente da Cúria Romana. Pela
Pastor Bonus passou a se chamar Pontifico conselho para a unidade dos cristãos. Paulo
VI foi também o primeiro Papa dos tempos modernos a viajar para fora da Itália,
inaugurando o costume de uma audiência com representantes de diversas confissões
cristãs atuantes no país visitado. Outra característica foi a aplicação do CVII, em termos
de ecumenismo destaca-se o diretório Ecumênico. Outro documento importante: A
colaboração Ecumênica nos níveis regional, Nacional e Local.
João Paulo II: o ecumenismo como dimensão da Igreja e opção pastoral. A vinte
e cinco anos do decreto Unitatis Redintegratio, o papa achou conveniente reafirmar a
decisão de prosseguir este caminho até seu termo, para onde incessantemente nos
chama a oração de Cristo e para imprimir um impulso aos nossos passos rumo à
unidade visível de todos aqueles que, mediante o batismo, morreram com Cristo para
ressuscitar para uma vida nova no Espírito Santo. Daí que o movimento ecumênico não
possa ser considerado uma veleidade do momento, um modismo. Este movimento é
suscitado pelo Espírito Santo e eu me considero profundamente responsável em relação
a Ele.
Em 1993 João Paulo publicou a nova edição do diretório Ecumênico. Conjunto
de normas obrigatórias e de orientações e diretrizes pastorais, cuja aplicação depende,
em grande medida, da prudência da autoridade responsável.
Em 1996 a carta encíclica ut unum sint do santo padre João Paulo II sobre o
empenho ecumênico.
A ENCÍCLICA UT UNUM SIT

No pontificado de João Paulo II veio à luz a carta encíclica Ut Unum Sit ,


sobre o empenho ecumênico. Ela foi publicada em 25 de maio de 1995. Inspira-
se no trecho do evangelho segundo João que afirma vivamente o apelo de Jesus,
em sua oração sacerdotal, “para que todos sejam um”(Jo 17, 21).

O Papa inicia pontuando a irreversibilidade da opção pró-ecumenismo da


Igreja católica: “Com o Concílio Vaticano II, a Igreja Católica empenhou-se, de
modo irreversível, a percorrer o caminho da busca ecuménica, colocando-se
assim à escuta do Espírito do Senhor, que ensina a ler com atenção os « sinais
dos tempos”(Nº3). Já ao passo de concluir o documento, o Papa reitera mais
uma vez a motivação dos esforços ecumênico ser acolhido na Igreja

Quando afirmo que para mim, Bispo de Roma, o


empenhamento ecuménico constitui « uma das prioridades
pastorais » do meu pontificado, é por ter no pensamento o
grave obstáculo que a divisão representa para o anúncio
do Evangelho. Uma Comunidade cristã que crê em Cristo
e deseja, com o ardor do Evangelho, a salvação da
humanidade, não pode de forma alguma fechar-se ao
apelo do Espírito que orienta todos os cristãos para a
unidade plena e visível. Trata-se de um dos imperativos da
caridade que deve ser acolhido sem hesitações. ( N 99).

A ESPINHOSA QUESTÃO DA DOMINUS IESUS


No ano 2000, o Papa João Paulo II, por meio da Sagrada congregação para a
doutrina da Fé, emitiu uma declaração intitulada Dominus Iesus, sobre a unicidade e a
universalidade salvífica de Jesus Cristo e da Igreja.

O Documento “Levantou Dúvidas sobre o compromisso ecumênico da Igreja


Católica. Muitos se sentiram desapontados, golpeados e feridos por seu tom e seu
estilo.”(KASPER, p. 28). Foi interpretado como um verdadeiro ‘balde de água fria” nos
esforços ecumênicos. O documento reforçou a identidade católica como coincidido com
a Igreja de Cristo. Foi uma hermenêutica posterior que o magistério fez tentando
esclarecer a fórmula “Subsistit in”.

Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste


mundo, subsiste [subsistit in] na Igreja Católica, governada pelo
Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele . Com
a expressão subsistit in, o Concílio Vaticano II quis harmonizar
duas afirmações doutrinais: por um lado, a de que a Igreja de
Cristo, não obstante as divisões dos cristãos, continua a existir
plenamente só na Igreja Católica e, por outro, a de que « existem
numerosos elementos de santificação e de verdade fora da sua
composição , isto é, nas Igrejas e Comunidades eclesiais que
ainda não vivem em plena comunhão com a Igreja Católica.
Acerca destas, porém, deve afirmar-se que o seu valor deriva
da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada à
Igreja Católica .( DOMINUS IESUS, Nº 16).

O documento prossegue afirmando:

Os fiéis não podem, por conseguinte, imaginar a Igreja de Cristo


como se fosse a soma — diferenciada e, de certo modo, também
unitária — das Igrejas e Comunidades eclesiais; nem lhes é
permitido pensar que a Igreja de Cristo hoje já não exista em
parte alguma, tornando-se, assim, um mero objecto de procura
por parte de todas as Igrejas e Comunidades. Os elementos
desta Igreja já realizada existem, reunidos na sua plenitude, na
Igreja Católica e, sem essa plenitude, nas demais Comunidades
(DOMINUS IESUS, Nº 17).

Notamos que o documento fez uma apreciação sobre o estatuto das


comunidades cristãs separadas de Roma, reiterando que a Igreja de cristo não é um
ente ideal apenas, cuja esfacelamento e desintegração se verificam na história das
cisões no movimento cristão, mas que ela é identificável historicamente com uma
comunidade específica.

Tal apreciação não foi bem recebida em alguns organismos envolvidos no


diálogo ecumênico, inclusive em alguns setores da própria Igreja Católica, ele foi posto
em questão. Caso notório foi a adesão do bispo da diocese de Santa Maria -RS, Dom
Ivo Lorscheider, a um parecer conjunto envolvendo Católicos e Luteranos, o qual
exprimia-se nestes termos:

A Declaração "Dominus Iesus", levada a público neste mês de


setembro de 2000 pela Congregação para a Doutrina da Fé da
Cúria Romana, surpreendeu a cristandade. Periga fechar portas
que haviam sido abertas por esforço ecumênico na décadas
passadas. Provocou de imediato reações de forte irritação,
acarretando a ameaça de redundar em novas polarizações
religiosas e de reacender antigas rivalidades." (Pronunciamento
do Seminário Bilateral Nacional Católico-Romano/Evangélico-
Luterano, reunido em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, em 7 e
8 de setembro de 2000 Referente à declaração "Dominus Iesus"
da Congregação para a Doutrina da Fé da Igreja Católica
Romana).1
O cardeal Walter Kasper, por sua vez, aborda a questão de modo que em
sua interpretação das palavras da declaração, elas não destoariam da guinada
ecumênica imprimida pelo Concílio Vaticano II:

Ao dizer que a Igreja de Jesus Cristo é “completamente”


realizada “somente” na Igreja Católica, a afirmação da
Dominus Iesus vai além das palavras do concílio. Tal
afirmação apenas aparenta ser uma versão mais afiada
daquela do concílio. Na realidade, ela fornece uma dica
para uma resposta apropriada. Lógica e conclusivamente
ela quer dizer que, embora não haja realização completa
da Igreja de Jesus fora da Igreja Católica, permanece uma
realização imperfeita. Portanto, não existe vácuo
existencial fora da Igreja católica. Pode não existir a Igreja,
mas existe uma realidade eclesial. Segue daí que a
Dominus Iesus não diz que as comunidades eclesiais que
se originaram da Reforma nãosão Igrejas, mas apenas
confirma que elas não são Igrejas no sentido próprio , o que
equivale a dizer, de forma positiva, que em um sentido
impróprio, por analogia ao da Igreja Católica, elas são
Igreja (KASPER, 2008 p. 96).
A Título de conclusão deste percurso Histórico, que ressaltou a mudança
de humor na Igreja católica em relação ao movimento ecumênico, nos é lícito
concluir com a observação pertinente do Cardeal Walter Kasper ao apresentar o
status quaestionis do labor do ecumenismo católico:

Tais passos nos conduziriam, nas últimas décadas, a uma


fase intermediária. Estamos conscientes de que pelo
Batismo somos membros do corpo único de Cristo e de fato

1
http://www.montfort.org.br/bra/veritas/igreja/dominus2/ acessado em 20/10/2017 às 16:47.
já em profunda comunhão, embora ainda permaneçam
doutrinas a nos separar. Contudo, já podemos viver essa
ainda perfeita união, orando Juntos, partilhando Leituras
comuns e o estudo da bíblia, oferecendo testemunho
comum de nossa fé e cooperando uns com os outros,
especialmente no campo da diaconia [...] A pesar disso, o
próximo passo em direção à comunhão integral não está
fácil. Para ser honesto, não há apenas opostos
complementares a serem reconciliados, há ainda
contradições a serem superadas (KASPER, 2008, p.64).

2. OS INSTRUMENTOS DO DIÁLOGO
Organismos internos à Igreja Católica. Para promover a ação ecumênica. Pede
que em cada diocese seja nomeado pelo bispo uma pessoa competente como delegado
diocesano para as questões ecumênicas. Qual a função?
a) Pôr em prática as decisões do Bispo da diocese, referentes à aplicação do
ensino e das orientações do CVII;
b) Estabelecer relações com a comissão Ecumênica Territorial
c) Promover o ecumenismo espiritual, oração pública e privada pela unidade dos
cristãos;
d) Conceder apoio à formação ecumênica do clero e dos leigos para a correta
aplicação da dimensão ecumênica em todos os aspectos da vida, atendendo em
especial à forma como os seminários estão sendo preparados para dar uma
dimensão ecumênica à pregação, catequese e a outras formas de ensino e às
atividades pastorais.
e) Fomentar o bom acolhimento e a caridade entre católicos e os outros cristãos
que ainda não se encontram em plena comunhão eclesial;
f) Promover, em colaboração com outras organizações diocesanas e outros
cristãos, em testemunho comum de fé cristã na medida do possível e ainda uma
ação comum em áreas tais como a educação, a moralidade pública e privada, a
justiça social, os temas ligados à cultura, à ciência e às artes.

No Brasil por diversas circunstâncias, há um bom número de dioceses onde não


existe a comissão diocesana nem sequer um sacerdote encarregado do setor de
ecumenismo. Possivelmente a falta de pessoal especializado e a forte atuação de
grupos religiosos de caráter sectário impediram qualquer avanço significativo na
atuação ecumênica dessas dioceses.
A CNBB não chegou a organizar uma comissão Episcopal peculiar para o
ecumenismo. A CNBB promove estudos sobre a realidade religiosa no Brasil, cria
comissão mistas bilaterais de diálogo, atua como membro de pleno direito no conselho
nacional de Igrejas cristãs (CONIC) e participa ativamente mediante o envio de
delegados, ou observadores, às reuniões mais importantes de caráter ecumênico ou
próprias de outras confissões.

Conselhos Cristãos e conselhos de Igreja


No ambiente protestante numerosos conselhos ou reuniões de cristãos de
diferentes Igrejas. Conselho mundial de Igrejas. O Diretório ecumênico diz: “O conselho
de Igreja é composto por Igrejas e é responsável perante as Igrejas que o constituem
[...] estes conselhos e instituições similares procuraram dar geralmente aos seus
membros a possibilidade de trabalhar em conjunto, de estabelecer o diálogo, de
ultrapassar as divisões, de apoiar a oração e o trabalho pela unidade e de dar, na
medida do possível, um testemunho e um serviço cristãos comuns.
O conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil
No Brasil, a Igreja católica romana participou, desde o início, dos esforços para
a fundação e é membro de pleno direito do conselho Nacional de Igrejas Cristãs
(CONIC). “O CONIC é uma associação fraterna de Igrejas que confessam o Senhor
Jesus Cristo como Deus e Salvador [...] para a glória do Deus Uno e Trino [...] em cujo
nome administram o santo batismo [...] respeitamos as diferentes concepções
eclesiológicas, as Igrejas-membros se reconhecem convocadas por Cristo à unidade de
sua Igreja”.
Objetivos: “Colocar-se, sob a ação do Espírito Santo, a serviço e em testemunho
da unidade da Igreja; Estudar e refletir sobre questões teológicas e outras que se
constituam relevantes para a unidade e a missão da Igreja [...] propiciar uma reflexão e
tomada de posição comuns perante a realidade brasileira, confrontando-se com o
Evangelho e as exigências do Reino de Deus; empenhar-se na promoção da dignidade,
dos direitos e deveres da pessoa humana”.
Membros: Igreja Católica Romana (CNBB), cristã reformada do Brasil, Húngara
do Brasil, Episcopal do Brasil (comunhão anglicana), evangélica de confissão Luterana
no Brasil, Metodista e presbiteriana unida.
Como se vê, não há nenhuma participação das Igreja Batistas e pentecostais,
menos ainda de grupos neocristãos como adventistas, mórmons etc. As Igreja orientais
também não participam porque preferem uma união bilateral como os católicos apenas.
As Comissões Mistas
Compostas de delegados oficialmente designados por duas ou mais igrejas ou
comunidades eclesiais, para tratar assuntos específicos, principalmente de natureza
teológica. Nenhuma autoridade própria em questões doutrinais. Os resultados desses
diálogos devem ser sempre submetidos a autoridade das Igrejas.
3. COLABORAÇÃO ECUMÊNICA

A) TESTEMUNHO COMUM. “Testemunha significa o ato permanente pelo qual um


cristão ou uma comunidade cristã proclama os atos de Deus na história e mostra,
em Cristo, a luz verdadeira que ilumina todo homem. A totalidade da vida: culto
e serviço responsável pelo homem, proclamação da boa-nova, tudo o que se faz
sob a inspiração do Espírito Santo, para que os homens sejam salvos e se
reúnem no único corpo de Cristo (Cf. 1,18 Ef 1,12-23), para alcançar a vida
eterna, que consiste em conhecer o verdadeiro Deus e seu enviado Jesus Cristo
(Cf Jo 17,3). Como o objeto do testemunho cristão é sempre o amor vivo e
vivificante de Cristo”.
B) Colaboração no campo bíblico. Cooperação interconfessional na tradução da
bíblia. TEB. No Brasil, a sociedade bíblica publicou a edição da bíblia na
linguagem de Hoje, aprovada pela CNBB.
C) Colaboração no ensino religioso e catequese. “Neste contexto, é sobremaneira
importante fazer uma apresentação correta e leal das outras Igrejas e
comunidades eclesiais, das quais o Espírito de Cristo não se recusa servir como
meios de salvação... entre outras coisas, uma tal apresentação ajudará aos
católicos, por um lado, a aprofundar a sua própria fé e, por outro, a melhor
conhecer e estimular os outros irmãos separados [...] por consequência, esta
colaboração ecumênica é, por sua própria natureza, limitada, ela não poderá
significar uma redução ao mínimo comum”(JPII Catechesi tradendae, 33).
D) Colaboração no ensino superior, especialmente teológico.
E) No campo das comunicações sociais.
F) No diálogo com os não-cristãos;
G) Colaboração no campo da reflexão e ação social

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JOÃO PAULO II, Papa. Carta encíclica Ut Unum sit: sobre o empenho ecumênico.
1995.
PIO XI, Papa. Carta encíclica Mortalium Animos: sobre a promoção da verdadeira unidade de
religião. 1928.

RATZINGER, Card. Joseph. Congregação para a doutrina da fé. Declaração Dominus


Iesus: sobre a unicidade e universalidade de Jesus Cristo e da Igreja. 2000.
BURGARFF, Jutta. Conocerse y comprenderse: uma introdución al ecumenismo. 2ª
ed. Madrid: Ediciones Rialp, 2003.
HORTAL, Jesús. E haverá um só rebanho: História, doutrina e prática católica do
Ecumenismo. 2ª ed. São Paulo: Loyola, 1996.
KASPER, Walter. Que todas sejam uma: o chamado à unidade hoje. São Paulo:
Loyola, 2008.

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