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Curso preparatório –
concurso público da
polícia militar – Ceará
Direito constitucional:
- Art. 5º - Direitos e Garantias
fundamentais
- Art. 144 – Segurança Pública
Juazeiro – 2016
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DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
É relevante destacar que a soberania deve ser vista sob uma perspectiva
(sentido) democrática, donde surge a expressão “soberania popular”. Com efeito, o art.
1º, parágrafo único, dispõe que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio
de representantes eleitos ou diretamente” nos termos da Constituição.
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A previsão da cidadania como fundamento do Estado brasileiro exige que o
Poder Público incentive a participação popular nas decisões políticas do Estado.
Nesse sentido, está intimamente ligada ao conceito de democracia, pois supõe que o
cidadão se sinta responsável pela construção de seu Estado, pelo bom funcionamento
das instituições.
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a federação é cláusula pétrea da CF/88 (art. 60§ 4º, I, CF), não podendo, portanto, ser
objeto de emenda constitucional tendente à sua abolição.
No Brasil, a forma de governo adotada (art. 1º, caput), foi a república. São
características da República o caráter eletivo, representativo e transitório dos
detentores do poder político e responsabilidade dos governantes.
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liberal dá lugar ao Estado Social de Direito, marcado pela exigência de que o Estado
oferte prestações positivas em favor dos indivíduos (direitos sociais).
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interferência legítima de um Poder sobre o outro, nos limites estabelecidos
constitucionalmente. É o que acontece, por exemplo, quando o Congresso Nacional
(Poder Legislativo) fiscaliza os atos do Poder Executivo (art. 49, X, CF/88). Ou, então,
quando o Poder Judiciário controla a constitucionalidade de leis elaboradas pelo Poder
Legislativo.
Os objetivos fundamentais são as finalidades que devem ser perseguidas pelo Estado
brasileiro. Que tal analisarmos o art. 3º da Carta Magna?
Federativa do Brasil:
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
Calma, o curso não descambou para o Português! É que apenas com essa
observação, você poderá resolver a questão de sua prova, mesmo se não se lembrar
de nada que esteja escrito no art. 3º, CF/88.
Outra dica é que esses verbos formam a sigla “CO.GA.ER.PRO”, que serve de
memorização.
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Brasil em suas relações internacionais, os quais estão relacionados no art. 4º,
da Constituição Federal.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
I - independência nacional;
IV - não-intervenção;
VI - defesa da paz;
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Finalmente, qual a imagem mais forte da II Guerra Mundial? O massacre dos
judeus, nos campos de concentração, promovido pelos nazistas. Uma vergonha para a
Humanidade. A Carta da ONU, em consequência, assume como princípio o estímulo
aos direitos humanos. Inspirado naquela Carta, nosso constituinte elevou à condição
de princípios a serem buscados pela
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§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
Uma regra muito importante para sua prova é a que está prevista no parágrafo 3º do
artigo 5º:
E, por fim, os tratados internacionais que não falam de direitos humanos, cuida
de outros assuntos, como por exemplo, comércio? Estes tratados possuem força
normativa de Lei Ordinária.
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Amplitude vertical é o efeito protetor que as normas definidoras de direitos e
garantias fundamentais produzem para um indivíduo diante do Estado.
4. Características
EXERCÍCIOS
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o plebiscito. ( )
GABARITO: 01 – C 02 – C 03 – E
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Temos como exemplo o direito à paz, atualmente mais almejado pelo homem e que
consubstancia a comunhão de direitos.
O artigo 60, § 4º da Constituição Federal traz o rol das chamadas Cláusulas Pétreas
(cláusulas de pedra).
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proíbe a abolição destes princípios, mas não impede que os mesmos sejam
modificados (aumentados), no caso, para melhor. Cuidado!
Uma coisa deve ser esclarecida. O TPI não julga qualquer tipo de crime, mas
aqueles crimes de guerra, agressão estrangeira, genocídio, dentre outros.
Atenção: O TPI não faz parte do Poder Judiciário brasileiro. Sua competência é
Complementar à jurisdição nacional, não ofendendo, portanto, a soberania do Estado
brasileiro. Isto significa que o TPI só age quando a Justiça Brasileira se omite ou
falhar.
Exercícios
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poderá ser objeto de emenda, dada a existência de cláusula pétrea nesse
sentido. ( ).
1. Introdução
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
1. Direito à vida
2. Direito à igualdade
3. Direito à liberdade
4. Direito à propriedade
5. Direito à segurança
Macete: VLISP.
Percebe-se que os 78 incisos do artigo 5º, de certa forma, surgem de um desses cinco
direitos acima. Agora, estudaremos os incisos mais importantes deste artigo de forma
a prepará-lo para a prova. Logicamente, não conseguiremos abordar todos os incisos,
o que não tira a sua responsabilidade de lê-los. A doutrina considera, inclusive, que os
diversos incisos do art. 5º são desdobramentos dos direitos previstos no caput
desse artigo.
Como já vimos antes, apesar de artigo 5º, caput, referir-se apenas a “brasileiros e
estrangeiros residentes no país”, há consenso na doutrina de que os direitos
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fundamentais abrangem qualquer pessoa que se encontre em território nacional,
mesmo que seja estrangeiro residente no exterior. Assim, se um japonês que estiver
de férias no Brasil tem direitos fundamentais assegurados.
Vale lembrar ainda que a pessoa jurídica tem alguns direitos fundamentais, aqueles
compatíveis com sua estrutura.
Por fim, não esqueça que coisas ou bens, como um animal, imóvel, rio, ar e vento não
possuem direitos fundamentais. Na verdade, coisas e bens são objetos de direitos, e
não sujeitos de direitos.
Direito à Vida
É o direito mais fundamental de todos, por ser um pressuposto para o exercício dos
demais direitos. O direito à vida abrange a necessidade de se proteger a vida
extrauterina e intrauterina.
Resposta: Não. Nenhum direito é absoluto. O direito à vida não é absoluto. São várias
as justificativas, como as excepcionalidades de pena morte, aborto necessário, aborto
de feto anencéfalo, legitima defesa e estado de necessidade.
1) Pena de morte: uma pergunta que não quer calar: Existe pena de morte no Brasil?
A sua resposta tem que ser “SIM”, “em caso de guerra declarada”, como verificaremos na
alínea “a” do inciso XLVII do artigo 5º abaixo:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
Todas as vezes que a Constituição traz uma negação acompanhada de uma exceção,
estamos diante de uma possibilidade e isso é se torna uma questão de prova
perigosa.
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: Aborto necessário
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crime de aborto.
Também temos o tema das células tronco embrionárias. Segundo o STF, é legitima e
não ofende o direito à vida nem, tampouco, a dignidade da pessoa humana, a
realização de pesquisas com células tronco embrionárias, obtidas de embriões
humanos produzidos por fertilização “in vitro” e não utilizados neste procedimento.
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
Vale frisar que o direito à vida não está restrito apenas ao fato de se estar vivo.
Segundo o STF, quando a constituição protege o direito à vida, faz em duas
acepções básicas: direito à vida no sentido de estar vivo e no sentido de ter uma
vida digna, com qualidade (artigos 6º; 7º, IV; 196; 205; 215).
EXERCÍCIOS
GABARITO: 01 – E 02 – E 03 – E 04 – E
1. Direito à Igualdade
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Direito pertencente à segunda geração de direitos fundamentais, a igualdade visa
reduzir as desigualdades sociais. Isonomia é sinônimo do termo Igualdade.
Igualdade perante a lei vincula o aplicador da lei, seja a administração pública, seja o
judiciário, ou mesmo os particulares, que devem agir respeitando a legislação vigente.
- Igualdade formal: significa o termo “todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza”. É o previsto no caput do artigo 5º. É uma igualdade jurídica,
que não se preocupa com a realidade, mas apenas evita que alguém seja tratado de
forma discriminatória.
Imaginemos as relações entre homens e mulheres. A regra é que homem e mulher são
tratados da mesma forma conforme previsto no inciso I do artigo 5º:
Contudo, em diversas situações, seja na constituição, seja na lei, não podendo por
ato infralegal (exemplo: decreto, portaria, edital etc.), homens e mulheres serão
tratados de forma diferente, como por exemplo:
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- Serviço Militar Obrigatório: só o homem está obrigado, e isso é constitucional.
-vedação de aumento de vencimentos: não cabe ao Poder Judiciário, que não tem
função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob
fundamento de isonomia (súmula 339 STF).
Estas são algumas das situações onde são permitidos tratamentos desiguais entre as
pessoas. As razões que justificam esta discriminação são as diferenças efetivas que
existem entre os homens e as mulheres em cada uma das hipóteses.
Estas questões encontram a mesma resposta: sim. É possível, desde que os critérios
discriminatórios preencham alguns requisitos:
a) Deve ser fixado em lei: não bastam que os critérios estejam previstos no edital,
precisam estar previstos em Lei, no seu sentido formal;
b) Deve ser necessário ao exercício do cargo: A título de exemplo: seria razoável exigir
para um cargo de policial militar, altura mínima ou mesmo, idade máxima, que
representam vigor físico, tendo em vista a natureza do cargo que exige tal condição.
As mesmas condições não poderiam ser exigidas para um cargo de técnico judiciário,
por não serem necessárias ao exercício do cargo.
Em suma, podem ser exigidos critérios discriminatórios desde que previstos em lei e
que sejam necessários ao exercício do cargo, observados os critérios de
proporcionalidade e razoabilidade.
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Esse é um tema novo, que surgiu devido à evolução social e cultural e que tem
ganhado força pela jurisprudência, que tem considerada permitida a união estável
homoafetiva.
EXERCÍCIOS
b) Liberdade individual.
c) Igualdade material.
d) Inviolabilidade domiciliar.
e) Segurança jurídica.
GABARITO : 01 – E 02 – C 03 – C
Direito à Liberdade
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expressarem os direitos mais desejados pelos indivíduos contra o Estado.
Liberdade de Ação
- Para o particular: para o particular, legalidade significa “fazer tudo que não for
proibido”.
- Para o agente público: para o agente público legalidade significa “poder fazer tudo o
que for determinado ou permitido pela lei”.
No que diz respeito à legalidade, importante dizer que a lei é o instrumento adequado,
democrático e pertinente para se criar direitos e impor obrigações aos indivíduos e ao
Poder Público.
Todos podem manifestar, oralmente ou por escrito, o que pensam, desde que isso não seja
feito anonimamente. Assim como os demais direitos fundamentais, a manifestação do
pensamento não possui caráter absoluto, sendo restringido pela própria Constituição Federal
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que proíbe seu exercício de forma anônima:
Uma primeira pergunta deve ser feita acerca da liberdade religiosa em nosso país: qual a
religião oficial do Brasil? Nenhuma! A liberdade religiosa do Estado brasileiro é incompatível
com a existência de uma religião oficial. Vejamos.
Este inciso marca a liberdade religiosa existente no Brasil. Por este motivo, dizemos
que o Brasil é um Estado laico, leigo ou não-confessional. Isso significa que no Brasil
existe uma relação de separação entre Estado e Igreja. Esta relação entre o Estado e a Igreja
encontra, inclusive, vedação expressa no texto constitucional:
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
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I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse
público;
Por causa da liberdade religiosa, é possível exercer qualquer tipo de crença no país. É
possível ser católico, protestante, mulçumano, ateu ou satanista. Isso é liberdade de
crença ou consciência. Liberdade de crer ou não crer. Perceba que o inciso IV, além
de proteger as crenças e cultos, também protege as suas liturgias. Apesar da proteção
constitucional, não se pode utilizar este direito para praticar atos contrários às demais
normas do direito brasileiro como, por exemplo, sacrificar seres humanos como forma
de prestar culto a determinada divindade. Isto a liberdade religiosa não ampara.
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assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;
A intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas são invioláveis: elas
consistem em espaço íntimo intransponível por intromissões ilícitas externas.
Destaque-se que as indenizações por dano material e por dano moral são
cumuláveis, ou seja, diante de um mesmo fato, é possível que se reconheça o direito
a ambas indenizações.
As pessoas jurídicas também poderão ser indenizadas por dano moral, uma vez que
são titulares dos direitos à honra e à imagem. Segundo o STJ, a honra objetiva da
pessoa jurídica pode ser ofendida pelo protesto indevido de título cambial, cabendo
indenização pelo dano extrapatrimonial daí decorrente.
Além disso, com base nesse inciso o STF entende que não se pode coagir suposto pai
a realizar exame de DNA.
Também relacionado aos direitos à intimidade e à vida privada está o sigilo bancário,
que é verdadeira garantia de privacidade dos dados bancários. Assim como todos os
direitos fundamentais, o sigilo bancário não é absoluto. Nesse sentido, tem-se o
entendimento do STJ de que “havendo satisfatória fundamentação judicial a ensejar a
quebra do sigilo, não há violação a nenhuma cláusula pétrea constitucional.”
Da mais alta importância é o inciso a seguir, e deixo-o, desde logo, já expresso. Contudo, esse
dispositivo será analisado mais a frente com maior detalhes.
Liberdade de Locomoção
Uma das liberdades mais almejadas pelos indivíduos durante as lutas sociais são o grande carro
chefe na limitação dos poderes do Estado. O inciso XV do artigo 5º já diz:
O direito previsto neste inciso não possui caráter absoluto haja vista ter sido garantido em
tempo de paz. Isto significa que em momentos sem paz seriam possíveis restrições às
liberdades de locomoção. Destaca-se o Estado de Sítio (art. 137 da Constituição Federal).
Nestas circunstâncias seriam possíveis maiores restrições à chamada liberdade de locomoção
por meio de medidas autorizadas pela própria Constituição Federal.
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Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o
Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para
decretar o estado de sítio nos casos de:
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só
poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
II. detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
Liberdade de Reunião
Reunião pacífica: não se legitima uma reunião que tenha fins não-pacíficos;
Sem armas: para evitar a violência ou coação por meio de armas;
Locais abertos ao público: encontra-se subentendida a reunião em local fechado;
Independente de autorização: não precisa de autorização;
Necessidade de prévio aviso: precisa de prévio aviso;
Não frustrar outra reunião convocada anteriormente para o mesmo local – garantia de
isonomia no exercício do direito prevalecendo o de quem exerceu primeiro.
Muito cuidado com este tema em prova. As bancas gostam de omitir requisitos, ou
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mesmo, confundir os candidatos com a questão da AUTORIZAÇÃO e do PRÉVIO
AVISO. Friso: “Não precisa de autorização, mas necessita de prévio aviso”.
Outro ponto que já foi alvo de questão de prova é a possibilidade de restrição deste direito no
Estado de Sítio e no Estado de Defesa. O problema está na distinção entre as limitações que
podem ser adotadas em cada uma das medidas:
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I,
só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
ESQUEMA:
Liberdade de Associação
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
A liberdade de associação só poderá ser usufruída para fins lícitos, sendo proibida a
criação de associação paramilitar. Entende-se como associação de caráter paramilitar,
toda organização paralela ao Estado, sem legitimidade, com estrutura e organização
tipicamente militar. Exemplos: facções criminosas, milícias ou qualquer outra
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organização que possua fins ilícitos e alheios aos do Estado.
O inciso XX tutela a chamada Liberdade Associativa pela qual ninguém será obrigado
a se associar ou mesmo a permanecer associado a qualquer entidade associativa.
EXERCÍCIOS
GABARITO: 01 – E 02 - E
Direito à Propriedade
Conceito: Propriedade é a faculdade que uma pessoa tem de usar, gozar ou fruir de
um bem. O texto constitucional garante este direito de forma expressa:
Art. 182, § 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:
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II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais,
iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o
imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização
em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo
de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em
lei.
ESQUEMA:
Desapropriação por interesse público – Indenização em dinheiro.
Desapropriação sanção: indenização em títulos da divida agrária.
Desapropriação confiscatória: sem indenização.
Bem de família
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
Propriedade imaterial
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XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para
sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas,
aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social
e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
ESQUEMA:
Propriedade industrial: privilégio temporário.
Propriedade autoral: privilégio vitalício.
Direito à herança
Só faz sentido ter direito à propriedade se este direito pode ser transferido aos
herdeiros.
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja
mais favorável a lei pessoal do “de cujus”;
Destaque especial deve ser dado ao inciso XXXI que prevê a possibilidade de
aplicação de lei estrangeira no país em casos de sucessão de bens de pessoa
estrangeira desde que estes bens estejam situados no Brasil. A CF/88 permite que
seja aplicada a legislação mais favorável aos herdeiros, quer seja a lei brasileira, quer
seja a lei estrangeira.
Outros incisos.
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
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indenização por danos morais e materiais por má prestação de serviço em transporte
aéreo.
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
EXERCÍCIOS
a) Solidariedade
b) Equidade
c) Justiça
d) Liberdade
e) Propriedade
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a) Pessoal do de cujus, desde que contemple como sucessores do de
cujus todos aqueles previstos na lei brasileira.
e) Brasileira em benefício da viúva e dos filhos, caso não lhes seja mais
favorável a lei pessoal do de cujus.
GABARITO: 01 – E 02 – C 03 - E
Direito à Segurança
Conceito
Inviolabilidade domiciliar
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dia. Nos demais casos a entrada será permitida a qualquer hora.
Alguns conceitos importantes: O que é casa? O que pode ser entendido como
caso para efeito de inviolabilidade? Para o STF, o conceito de “casa” revela-se
abrangente, estendendo-se a:
Observação: há questão que afirma que quarto de hotel desocupado pode ser
violado.
Por fim, não estão abrangidos pelo conceito de casa os bares e restaurantes.
Por último, vale destacar que a doutrina admite que a força policial, tendo
ingressado na casa de indivíduo, durante o dia, com amparo em ordem judicial,
prolongue suas ações durante o período noturno.
0 Das 6 às 18 horas;
1 Da aurora ao crepúsculo;
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Este dispositivo prevê quatro formas de comunicação que possuem proteção
constitucional:
˃ Sigilo da correspondência
˃ Comunicação telegráfica
˃ Comunicação de dados
˃ Comunicações telefônicas
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A interceptação telefônica, conforme já vimos, consiste na captação de
conversas telefônicas feita por terceiro (autoridade policial) sem o conhecimento de
nenhum dos interlocutores, devendo ser autorizada pelo Poder Judiciário, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer, para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal.
A escuta telefônica, por sua vez, é a captação de conversa telefônica feito por
um terceiro, com o conhecimento de apenas um dos interlocutores. Por sua vez, a
gravação telefônica é feita por um dos interlocutores do diálogo, sem o consentimento
ou ciência do outro.
Celeridade processual
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Esta garantia da celeridade processual decorre do princípio da Eficiência, que
obriga o Estado a prestar assistência em tempo razoável. Este princípio, aplicável nos
processos judiciais e administrativos, visa dar maior efetividade a prestação estatal.
Em regra, os atos processuais são públicos. Esta publicidade visa garantir maior
transparência aos atos administrativos bem como permite a fiscalização popular. Além
disso, atos públicos possibilitam um exercício efetivo do contraditório e da ampla
defesa. Entretanto, esta publicidade comporta algumas exceções:
EXERCÍCIOS
A quebra do sigilo bancário dos indivíduos pode ser decretada por autoridade policial,
desde que autorizada pelo MP, dada a inexistência de proteção constitucional
específica acerca do assunto. ( ).
3. Com base na Constituição Federa de 1988, julgue o item seguinte:
GABARITO: 01 – E 02 – C 03 – E
Direito à Segurança
Este princípio tem como objetivo garantir a estabilidade das relações jurídicas. Veja o
que diz a Constituição:
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
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julgada;
˃ Ato Jurídico Perfeito – ato jurídico que já atingiu seu fim, já produziu seus
efeitos. Ato jurídico acabado, aperfeiçoado, consumado;
Uma coisa não se pode esquecer. A proibição de retroatividade da lei nos casos
aqui estudados não se aplica às leis mais benéficas, ou seja, uma lei mais benéfica
poderá produzir efeitos em relação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e a
coisa julgada.
O devido processo legal possui como objetivo principal limitar o poder do Estado. Este
princípio condiciona a restrição da liberdade ou dos bens de um indivíduo à existência de um
procedimento estatal que respeite todos os direitos e garantias processuais previstos na lei. É o
que diz o inciso LIV do artigo 5º:
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal;
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judiciais ou administrativos, contudo, a legislação brasileira previu alguns
procedimentos administrativos incompatíveis com o exercício deste direito:
a Inquérito policial;
b Sindicância investigativa;
c Inquérito civil;
Proporcionalidade e Razoabilidade
Eis uma garantia fundamental que não está expressa no texto constitucional
apesar de ser um dos institutos mais utilizados pelo Supremo em suas decisões
atuais. Trata-se de um princípio implícito, cuja fonte é o Princípio do Devido Processo
Legal. Estes dois institutos jurídicos são utilizados como parâmetro de ponderação
quando adotadas medidas pelo Estado, principalmente no que tange a restrição de
bens e direitos dos indivíduos. Duas palavras esclarecem o sentido destas garantias:
necessidade e adequação.
Para saber se um ato administrativo observou os critérios de proporcionalidade e
razoabilidade, deve-se questionar se o ato foi necessário e se foi adequado a situação.
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Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
“Não cabe habeas data se não houve recusa de informações por parte da
autoridade administrativa”.
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação
legal;
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“pelo princípio da legalidade, a elaboração de normas incriminadoras é função
exclusiva da lei, isto é, nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma penal
criminal pode ser aplicada sem que antes da ocorrência deste fato exista uma lei
definindo-o como crime e cominando-lhe a sanção correspondente”.
O princípio da legalidade se desdobra em dois outros princípios: o princípio da
reserva legal e o princípio da anterioridade da lei penal.
O Princípio da reserva legal determina que somente lei em sentido estrito (lei
formal, editada pelo Poder Legislativo) poderá definir crime e cominar penas. Nem
mesmo medida provisória poderá definir um crime e cominar penas, eis que essa
espécie normativa não pode tratar de direito penal.
O princípio da anterioridade da lei penal, por sua vez, exige que a lei esteja em
vigor no momento da prática da infração para que o crime exista.
Em outras palavras, exige-se lei anterior para que uma conduta possa ser
considerada como crime.
Retroagir significa “voltar para trás”, “atingir o passado”. Portanto, diz-se que
retroatividade é a capacidade de atingir atos pretéritos; por sua vez, irretroatividade é
a impossibilidade de atingi-los.
Todavia, é importante termos em mente que a lei penal poderá, em certos
casos, retroagir. É o que se chama de retroatividade da lei penal benigna: a lei penal
poderá retroagir, desde que para beneficiar o réu. Dizendo de outra forma, a “novatio
legis in mellius” retroagirá para beneficiar o réu.
Há um tipo especial de “novatio legis in mellius”, que é a conhecida “abolitio
criminis”, assim considerada a lei que deixa de considerar como crime conduta que,
antes, era tipificada como tal. Um exemplo seria a edição de uma lei que
descriminalizasse o aborto.
A “abolitio criminis”, por ser benéfica ao réu, irá retroagir, alcançando fatos
pretéritos e evitando a punição de pessoas que tenham cometido a conduta antes
considerada criminosa.
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e) suspensão ou interdição de direitos;
Penas cruéis: inadmitida no direito brasileiro. trabalhar quebrando pedras, com correstes
nos pés.
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;
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com o princípio da presunção de inocência.
Segundo o STF, “viola o princípio constitucional da presunção de
inocência, previsto no art. 5º, LXVII, da CF, a exclusão de candidato de concurso
público que responde a inquérito ou ação penal sem trânsito em julgado da
sentença condenatória”.
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei;
Tem-se, aqui, norma constitucional de eficácia contida: na falta de lei dispondo
sobre os casos de identificação criminal excepcional, esta jamais seria exigível.
O que é identificação civil? É a regra: carteira de identidade, de motorista, de
trabalho... E a criminal? É a impressão digital (processo datiloscópico) e a fotográfica.
Aposto que você se lembrou daquelas cenas de filmes, em que o preso é fotografado
de frente e de perfil pela polícia, né? Assim, lei pode prever, excepcionalmente,
hipóteses de identificação criminal mesmo quando o indivíduo já foi identificado
civilmente. É o caso da Lei nº 9034/1995, de combate ao crime organizado, por
exemplo.
Os próximos incisos caem bastantes em provas de concursos. Vamos entender cada um!!!
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
EXERCÍCIO
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A Constituição Federal apresenta alguns princípios que regem este tribunal:
0 a) a plenitude de defesa;
˃ Plenitude de defesa - este princípio permite que no júri sejam utilizadas todas
as provas permitidas em direito.
˃ Sigilo das votações – o voto é sigiloso. Durante o julgamento não é permitido
que um jurado converse com o outro;
˃ Soberania dos veredictos - o que for decidido pelos jurados será considerado
soberano. Nem o Juiz presidente poderá modificar o julgamento.
˃ Competência para julgar os crimes dolosos contra a vida – O júri não julga
qualquer tipo de crime, mas apenas os dolosos contra a vida. Crimes dolosos,
em singelas palavras, são aqueles praticados com intenção, com vontade. É
diferente dos crimes culposos, os quais são praticados sem intenção.
Vamos ver agora dois incisos que sempre caem em prova juntos: incisos XLVI e
XLVII. Nós temos no inciso XLVI as penas permitidas e no XLVII as penas proibidas.
Mas como isso cai em prova? O examinador pega uma pena permitida e diz que é
proibida ou pega uma proibida e diz que é permitida. Simples assim! Vamos então ler
os incisos:
→
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XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as
seguintes:
1) privação ou restrição da liberdade;
2) perda de bens;
3) multa;
4) prestação social alternativa;
5) suspensão ou interdição de direitos;
Aqui ele traz o rol de penas permitidas. Você memoriza essa lista, cai na sua
prova e você vai lembrar quais são as penas permitidas. Eu só chamo sua atenção
para uma pena que pouco comum e que geralmente em prova é colocada como pena
proibida, que é a pena de perda de bens.
Essas são as penas que não podem ser aplicadas no Brasil. E aí cai na sua
prova assim: existe pena de morte no Brasil? Muito cuidado com isso, pois apesar da
Constituição ter dito que é proibida existe uma exceção no caso de guerra declarada.
Essa exceção é uma verdadeira possibilidade, de forma que você tem que afirmar que
existe pena de morte no Brasil. Apesar da regra ser a proibição, existe a possibilidade
de sua aplicação. Só como curiosidade, a pena de morte no Brasil é regulada pelo
Código Penal Militar a qual será executada por meio de fuzilamento.
Como destaque para sua prova, gostaria de enfatizar o disposto no inciso LXVII,
o qual prevê duas formas de prisão civil por dívida:
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STF tem entendido que só existe uma possibilidade: a prisão do devedor de pensão
alimentícia. Isto significa que o Depositário Infiel não poderá sem preso. Esta é a
inteligência da Súmula Vinculante nº 25:
Desta forma, o candidato tem que ter muito cuidado com esta questão em prova:
se te perguntarem conforme a Constituição Federal, responda segundo a Constituição
Federal. Mas se te perguntarem à luz da Jurisprudência, responda conforme o
entendimento do STF.
Extradição
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
i. Crime político
ESQUEMA
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EXERCÍCIOS
Embora, como regra geral, a CF vede a prisão civil por dívida, o mesmo dispositivo
que institui essa regra excepciona situações em que a referida prisão poderá ocorrer. (
).
GABARITO: 01 – C 02 – C 03 - E
Habeas Corpus
Sem sobra de dúvida, este remédio constitucional é o mais importante para sua
prova haja vista a sua utilização para proteger um dos direitos mais ameaçados do
indivíduo: a liberdade de locomoção. Vejamos o que diz o texto constitucional:
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ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder;
Outro ponto fundamental é que ele poderá ser utilizado tanto de forma
preventiva quanto de forma repressiva. Habeas Corpus preventivo é aquele utilizado
para prevenir a violência ou coação à liberdade de locomoção. Habeas Corpus
repressivo é utilizado para reprimir a violência ou coação a liberdade de locomoção,
ou seja, é utilizado quando a restrição da liberdade de locomoção já ocorreu.
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que o remédio seria possível.
Também não cabe habeas corpus em relação às penas pecuniárias, multas,
advertências ou ainda, nos processos administrativos disciplinares e no processo de
Impeachment. Nestes casos o não cabimento deve-se ao fato de que as medidas não
visam restringir a liberdade de locomoção.
Habeas Data
2. O habeas data cuja previsão está no inciso LXXII do artigo 5º tem como objetivo
proteger a liberdade de informação:
LXXII - conceder-se-á “habeas-data”:
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,
judicial ou administrativo;
Mandado de Segurança
Como se pode ver, o mandado de segurança será cabível proteger direito líquido
e certo desde que não amparado por habeas corpus ou habeas data. O que significa
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dizer que será cabível desde que não seja para proteger a liberdade de locomoção e a
liberdade de informação. Este é o chamado caráter subsidiário do mandado de
segurança.
O mandado de segurança possui prazo decadencial para ser utilizado: 120 dias.
→ Existe também o mandado de segurança coletivo:
1 Organização sindical
2 Entidade de classe
Mandado de Injunção
Todas as vezes que um direito deixar de ser exercido pela ausência de norma
regulamentadora, será cabível este remédio.
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˃ Teoria concretista geral – o Poder Judiciário concretiza o direito no caso
concreto aplicando seu dispositivo com efeito erga omnes, para todos os casos
iguais;
Ação popular
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;
EXERCÍCIO
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sofrido violência que limite liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
( ).
GABARITO: 01 – C 02 – E 03 – C 04 – E
Segurança Pública
Observe que a segurança pública será exercida por órgãos federais e estaduais.
Todavia, o § 8° do art. 144 permite aos Municípios a constituição de guardas
municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações.
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81. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO/MS/2010) Os municípios não possuem força policial
própria, mas podem constituir guardas municipais destinadas unicamente à proteção de
seus bens, seus serviços e suas instalações.
Comentário: De acordo com o art. 144, § 8°, os Municípios poderão constituir guardas
municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações. Ou seja, a
Constituição federal não faz ressalva nem restrição quanto ao número de habitantes
necessário para que seja possível a instituição de guardas municipais. Item errado.
I – apurar:
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II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos
públicos nas respectivas áreas de competência;
Comentário: Segundo o art. 144, § 2°, compete à Polícia Rodoviária Federal (PRF), na
forma da lei, a função de patrulhamento ostensivo das rodovias federais. Item errado.
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penais e de indicação de sua autoria, a fim de fornecer os elementos necessários ao
Ministério Público em sua função repressiva das condutas criminosas.
Com base nesse dispositivo, o STF não admite que leis estaduais atribuam às
polícias civis autonomia administrativa, funcional e financeira.
I - polícia federal;
IV - polícias civis;
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido
pela União e estruturado em carreira, destina-se a:" (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
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§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
ferrovias federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Novidade!!!
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(AOPC – PM /RS - 2009) 22. Assinale a alternativa correta. A Constituição Federal
assegura expressamente, no artigo 5º,
b) o direito de herança.
a) o casamento religioso.
(D) Ninguém poderá ser compelido a associar-se, todavia, uma vez associado, a
permanência é obrigatória, salvo disposição legal em contrário.
(E) Às entidades associativas não pode ser conferida legitimidade para representar
seus filiados judicialmente, sendo que, ainda que haja autorização expressa, a
legitimidade alcançará apenas a representação extrajudicial.
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(Advogado/CASAN – 2016) Referente aos Direitos e Garantias Fundamentais,
assinale a alternativa correta.
(A) É assegurado a todos o acesso à informação, desde que fornecida a fonte, sem
qualquer exceção.
(B) Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei, exceto o serviço militar obrigatório, em tempo de paz, por crença religiosa,
isentando-se estes de prestações alternativas.
(C) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, por decisão judicial, inclusive à noite.
(D) A previsão de que todos são iguais perante a lei pode ser relativizada quando o
limite de idade para a inscrição em concurso público possa ser justificado pela
natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
(A) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
sendo apenas exigida prévia autorização da autoridade competente.
(D) A sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja
mais favorável a lei pessoal do “de cujus”.
(E) A pequena propriedade rural, assim definida em lei, quando trabalhada pela
família, poderá ser objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva.
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pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os
meios de financiar o seu desenvolvimento.
121. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Dentre outras, são gratuitas as ações de habeas
data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
123. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Admitir-se-á, nos termos da lei, juízo ou tribunal de
exceção.
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126. (FCC/Técnico- TRT 15ª/2009) A prática do racismo constitui crime inafiançável e
prescritível.
129. (FCC/Técnico- TRT 15ª/2009) A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada.
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142. (FCC/EPP-SP/2009) Em relação aos direitos e garantias fundamentais, a
Constituição de 1988 é de inspiração socialista, dependendo a plena fruição dos
direitos que consagra da planificação total da economia.
146. (FCC/Analista - MPE-SE/2009) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem
pena sem prévia cominação legal.
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158. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008) É inviolável o sigilo da correspondência e das
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal.
169. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) A publicidade dos atos processuais não pode
ser restringida pela lei.
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172. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) As associações somente poderão ter suas
atividades suspensas por decisão judicial transitada em julgado.
180. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito.
181. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem
pena sem prévia cominação legal.
182. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas,
em qualquer local, independentemente de autorização ou de prévio aviso à autoridade
competente.
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189. (FCC/Técnico - TRF 5ª/2008) É garantido o direito à indenização pelo dano moral
decorrente da violação da intimidade e da vida privada das pessoas.
Gabarito:
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111 C 144 C 175 C
140 E 171 C
141 E 172 E
142 E 173 E
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