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Texto áureo
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
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I – A IDEOLOGIA DE GÊNERO
1. Definição de Ideologia.
Pois bem, o termo ideologia foi usado de forma marcante pelo filósofo
Antoine Destutt de Tracy, como bem salientou o comentarista da Lição, e o conceito
de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a
ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe
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No século XX, varias ideologias se destacaram: ideologia fascista implantada na Itália e Alemanha,
tinha um caráter militar, expansionista e autoritário; ideologia comunista disseminada na Rússia e
outros países, visando a implantação de um sistema de igualdade social; ideologia democrática,
surgiu em Atenas, na Grécia Antiga, e têm como ideal a participação dos cidadãos na vida política;
ideologia capitalista surgiu na Europa e era ligada ao desenvolvimento da burguesia, visava o lucro
e o acumulo de riqueza; ideologia conservadora são ideias ligadas à manutenção dos valores
morais e sociais da sociedade; ideologia anarquista defende a liberdade e a eliminação do estado e
das formas de controle de poder ideologia nacionalista é aquela que exalta e valoriza a cultura do
próprio país.
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social dominante. De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como
objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade.
2. Ideologia de Gênero.
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“A ideologia de gênero faz uma distinção entre sexo e gênero dizendo que
o primeiro é determinado biologicamente e o segundo sociologicamente. Ou
seja: uma pessoa pode, biologicamente, nascer mulher, mas ela pode se
transformar em homem, ou se sentir homem, ou se considerar homem
genericamente, a partir das ideias ou dos relacionamentos da construção
social”.
Não é assim que diz a Bíblia. Vejamos: “Criou Deus o homem à sua imagem,
à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27). Ora, os gêneros
existem e foram criados por Deus. Não são meramente uma invenção da sociedade
e da cultura e nem uma imposição dos pais. A Bíblia diz que Deus nos fez homem e
mulher.
São as Sagradas Escrituras que afirmam categoricamente que foi Deus quem
criou apenas dois sexos e gêneros. Podemos falar de sexo “como algo determinado
biologicamente da mesma forma que também dizemos que o gênero é a decorrência
natural desta determinação”. Aqueles que, por natureza, são homens, são machos
(masculinos) conforme contempla o seu gênero. O mesmo se aplica às mulheres.
Também podemos afirmar que o gênero, compreendido como a autoconsciência
sexual de uma pessoa e o comportamento social dele ou dela, é bíblica, e não
socialmente determinado, embora as culturas possam diferir acerca dos papeis
tradicionais do homem e da mulher.
O Apostolo Paulo foi bem categórico e enérgico com relação àqueles que
querem mudar a orden natural das coisas. Vejamos como ele escreveu aos
Romanos 1.24-28:
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Deste modo, a determinação biológica, sexual e genérica é feita no
nascimento. “Nós nascemos homem, ou nós nascemos mulher”. Quem nos fez como
somos foi Deus. “Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha
mãe”. (Sl 139.13).
Logo, pode-se também dizer que a ideologia de gênero tem seu ponto de
partida na ideologia marxista, na qual é impossível haver qualquer conciliação entre
classes. Como o marxismo, a ideologia de gênero reivindica a abolição de todas as
diferenças de sexo e gênero, tanto na sociedade como na igreja. Para fazê-lo, é
preciso desconstruir a influência da cosmovisão patriarcal perpetuada na cultura
ocidental pela igreja cristã e sua Bíblia, subverter a dominação masculina presente e
real na sociedade e na igreja por meio da imposição de uma cosmovisão feminina,
ou, no mínimo, a abolição de todas as distinções claras entre sexos e gêneros.
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Não há como negar ou manipular o que está escrito na Bíblia sagrada e
inscrito na natureza humana. Deus deixa clara a formação do homem e
mulher, e assim define o conceito de sexo masculino e feminino, questão
ligada à natureza, à própria biologia, à fisiologia, etc. A civilização, partiu
desse dogma, a confirmação intelectual e científica veio com a chamada
teoria de Darwim que outrora nega Deus, mas reafirma através de sua
teoria da seleção natural, da que atesta que a evolução das espécies, só se
consolida, somente é possível, mediante a procriação entre um homem e
uma mulher, um macho e uma fêmea, sem que tivesse a intenção de exaltar
ou endossar a criação Divina.
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3. Desvalorização do casamento e da família.
Não é de agora que àquela que outrora foi chamada de célula mater da
sociedade – a família –, encontra-se enferma e veemente atingida em seus valores
morais absolutos, pautados na ética e na preservação de seus bons costumes. Da
mesma maneira, pode-se dizer do casamento – instituição salutar no que diz
respeito à construção do respeito mútuo entre dois seres constitutivamente
diferentes, o homem e a mulher, mas que se completam e se respeitam para gerar
outro ser ou seres diferentes, mas semelhantes em valores espirituais, éticos e
morais, com seus direitos e deveres –, que infelizmente é atingido de forma terrível e
cada vez mais está sendo banalizado; o que outrora era visto como padrão
tradicional de uma família tida saudável e normal, isto é, o convívio entre o homem e
a sua mulher unidos pelo matrimônio, hoje já não é mais visto como padrão normal.
Querem nos dizer que este padrão é arcaico e pretérito.
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III – O IDEAL DIVINO QUANTO AOS SEXOS
Na Torá2 (versão traduzida), assim está escrito: “E criou Deus o homem à sua
imagem, à imagem de Deus o criou; macho e fêmea criou-os.” ( Gn 1.27).
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Torá (do hebraico , significando instrução, apontamento) é o nome dado aos cinco
primeiros livros do Tanakh (também chamados de Hamishá Humshêi Torá, חומשי חמש
תו- as cinco partes da Torá) e que constituem o texto central do judaísmo. Contém os
relatos sobre a criação do mundo, da origem da humanidade, do pacto da Divindade com
Abraão e seus filhos, e a libertação dos filhos de Israel do Egito e sua peregrinação de
quarenta anos até a terra prometida. Inclui também os mandamentos e instruções que
segundo o judaísmo tradicional, foram dadas a Moisés para que a entregasse e ensinasse
ao povo de Israel.
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FILHO. Isaltino Gomes Coelho. Currículo Alternativo – A Bíblia Livro por Livro, Genesis I, 3ª Ed.
Rio de Janeiro, JUERP, 1994.
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causativo da benção do crescimento. Ela, certamente, faz o homem crescer e se
realizar, pois esta é uma de suas funções.
Em Gênesis capítulo 2 e versículo 24, assim está escrito: “Por isso, deixa o
homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (ARA).
Pois bem, este texto visivelmente fala de alguém (um homem) unindo-se a outra
pessoa (uma mulher) e constituindo, deste modo, uma família, tornando-se “uma só
carne”. Portanto, não há lugar para um terceiro personagem. A este formato de
casamento dar-se o nome de casamento monogâmico (do grego, “μονός”, [monos],
um, ou sozinho e “γάμος”, [gamos], que significa, casamento. Portanto, um
casamento monogâmico se dá com a união de um homem com uma só mulher.
Mas, de fato, o que significa educar os filhos? Como se tem dito: “Educar os
filhos é educar as almas”. O coração da criança é o alvo de educação. Se o coração
de uma criança é treinado, as ações da vida dela enquanto uma pessoa adulta serão
demonstradas pela prática diária. Portanto, pela influência empregada desta
educação em suas ações se conhece seu coração (Pv. 20.11). Por essa importância
dada ao coração de uma pessoa a educação de filhos deve indicar o treinamento do
coração (Pv. 4.23).
No que diz respeito aos sexos distintos dos filhos, os pais devem orientar os
seus filhos, que um homem é diferente de uma mulher, em todos os sentidos
(embora semelhantes enquanto criaturas de Deus), tanto biológica, fisiológica e
pessoalmente falando. Deus colocou os filhos sob os cuidados e dependências dos
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pais para que existisse entre ambos um bom relacionamento, cada qual cônscio de
suas responsabilidades, ocupando os seus devidos espaços e papeis. Não há
professor melhor para os filhos do que os pais e estes devem se empenharem na
sua missão recebida de Deus, no preparo dos filhos para enfrentarem o mundo e
alcançarem o céu. Lm 2.19. Os pais tem uma missão a cumprir: “Criai-vos na
doutrina e na admoestação do Senhor”. Ef 6.4. Como bem disse José Martins Filho,
presidente da Academia Brasileira de Pediatria: “Educar dá trabalho. Se os pais não
estão tendo trabalho é porque não estão educando.”.(Sl 127. 3, 4).
CONCLUSÃO
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