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Brasil Seikyo - Edição 2400 - 31/12/2017 - pág.

F2-F3 - Caderno Reunião de Palestra

Brasil Seikyo - Caderno Reunião de Palestra

Saldar as Dívidas de Gratidão

Gosho a ser estudado na reunião de palestra de Daishonin desenvolveu uma extraordinária


janeiro — Com base na matéria publicada na habilidade literária, que mais tarde provou
revista Terceira Civilização, ed. 580, dez. 2016 ser extremamente útil para propagar seus
ensinamentos, além de embarcar numa
Cenário Histórico: longa jornada para encontrar e proclamar a
verdade única do budismo, que havia sido
A carta Saldar as Dívidas de Gratidão está obscurecida pelas várias escolas
entre os cinco escritos mais importantes desencaminhadoras da época.
de Nichiren Daishonin.
Mais tarde, aos 32 anos, Daishonin retornou
Datado de 1276, pouco mais de dois anos ao templo Seicho-ji, após mais de dez anos
após Daishonin ter se estabelecido em de estudos, e na manhã do dia 28 de abril
Minobu, esse escrito foi motivado pela de 1253, revelou o Nam-myoho-renge-kyo
notícia da morte de Dozen-bo,1 sacerdote o único ensinamento capaz de conduzir as
do templo Seicho-ji e mestre de Nichiren pessoas dos Últimos Dias da Lei à
Daishonin quando este ingressou no iluminação.
templo para estudar, aos 12 anos.
Frase 1 do escrito
Logo após receber a notícia de sua morte,
Daishonin escreveu este tratado como “Se a compaixão de Nichiren for realmente
uma expressão de gratidão a Dozen-bo e o grande e abrangente, o
enviou a Joken-bo e a Gijo-bo, dois Nam-myoho-renge-kyo se propagará por
sacerdotes seniores da época em que ele dez mil anos e mais, por toda a eternidade,
ingressou no templo e que, pois é dotado do poder benéfico de abrir
posteriormente, se tornaram seus os olhos cegos de todos os seres vivos do
seguidores. Daishonin os instruiu a lerem o Japão e de bloquear a estrada que leva ao
texto em voz alta em Kasagamori, onde inferno de incessantes sofrimentos. Esse
havia recitado Nam-myoho-renge-kyo poder benéfico supera o de Dengyo2 e
pela primeira vez e também diante do Tiantai,3 e também supera o de
túmulo de seu falecido mestre. Nagarjuna4 e o de Mahakashyapa.5”
(CEND, v. I, p. 770)
Em 1233, Nichiren Daishonin ingressou no
templo Seicho-ji para estudar o budismo, Somos bodisatvas da terra dos dias
tendo Dozen-bo como seu mestre. atuais
Naquela época, os templos serviam como
centros religiosos e de aprendizagem. Pessoas de todo o mundo tem ido ao
Durante sua permanência neste templo, Japão participar do significativo gongyo de

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juramento no Auditório do Grande dias de hoje, não há duvidas de que esses


Juramento pelo Kosen-rufu — Daiseido. bodisatvas da terra que surgiram em todas
Nessa solene cerimônia, a frase 1 é sempre as partes do mundo, tendo ‘a mesma
apresentada aos participantes devido ao mente que Nichiren’ somos nós, membros
seu profundo significado. É sem dúvidas da SGI, que diariamente propagam a Lei,
um dos mais importantes e conhecidos encorajam as pessoas e promovem
ensinamentos do buda Nichiren Daishonin diversas atividades pelo kosen-rufu em
e reflete seu juramento repleto de meio à realidade da vida diária. Sensei
coragem e compaixão pelo bem da continua: “Daishonin afirma que a Lei
humanidade. Mística — a Lei fundamental do universo —
e a prática budista com base nessa Lei são
Ainda muito jovem, Nichiren Daishonin fez a fonte ‘do poder benéfico de abrir os
o juramento de se tornar a pessoa mais olhos cegos de todos os seres vivos do
sábia do Japão para conduzir todas as Japão’ (CEND, v. I, p. 770). (...) Com forte fé
pessoas à iluminação. Acredita-se que o na Lei Mística, rompemos a ignorância da
fato de ele presenciar o grande sofrimento escuridão fundamental7 e despertamos e
do povo japonês de sua época fez com revelamos o estado de buda dentro de
que sentisse forte empatia pelo sofrimento nós” (Ibidem).
dos demais. De fato, Daishonin viveu para
cumprir esse nobre juramento. O mestre afirma que “bloquear a estrada
que leva ao inferno de incessantes
O presidente Ikeda declara que, ao revelar sofrimentos” refere-se à convicção de
o Nam-myoho-renge-kyo, Nichiren Nichiren de mudar o destino da
Daishonin cumpriu seu juramento feito na humanidade e fazer feliz quem está
juventude e ainda, saldou sua dívida de sofrendo. Por isso, é importante esclarecer
gratidão para com seu falecido mestre, a causa fundamental do sofrimento e
Dozen-bo. dissipar a escuridão por meio do
Nam-myoho-renge-kyo.
Em outro trecho da explanação, Ikeda
sensei afirma: “Quando Daishonin escreveu Frase 2 do escrito
‘Se a compaixão de Nichiren for realmente
grande e abrangente’ (CEND, v. I, p. 770), “Cem anos de prática na Terra da Perfeita
deve ter desenhado em sua mente o Felicidade8 não se comparam aos
surgimento de uma rede cada vez maior benefícios obtidos num único dia de
de indivíduos dedicados a praticar a Lei prática na terra impura. Dois mil anos de
Mística. Esses bodisatvas da terra, como propagação do budismo nos Primeiros e
seus sucessores que possuem ‘a mesma nos Médios Dias da Lei são inferiores a
mente que Nichiren’ (Ibidem, p. 404) e uma única hora de propagação nos
apaixonados pelo grande juramento pelo Últimos Dias da Lei. Isto não se deve, de
kosen-rufu, conduziriam as pessoas deste forma alguma, à sabedoria de Nichiren,
mundo saha6 à iluminação” (Terceira mas simplesmente porque está de acordo
Civilização, ed. 580, dez. 2016, p. 55). Nos com o tempo. Na primavera, as flores

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desabrocham; no outono, os frutos E nos assegura: “Toda sensei disse: ‘Sinto


surgem. O verão é quente; o inverno, frio. profundamente que os tempos atuais são
Isso se deve à ordem das estações, não é?” caracterizados por pessoas que conduzem
(CEND, v. l, p. 770) a vida diária sem nenhum senso de
compaixão pelos outros. Insensibilidade e
Época ideal para expandir o budismo indiferença definem nossos tempos’.9 Ele
ainda acrescentou: ‘Temos de criar mais
Nesta parte, aprendemos como é pessoas cujas ações naturalmente
extraordinário praticar o Budismo Nichiren transbordem de compaixão’.10 (Ibidem, p.
e propagar a recitação do 54)
Nam-myoho-renge-kyo na atualidade. Por
vivermos nessa época marcada por Esta é a época do shakubuku! A época de
conflitos, desigualdades, catástrofes proporcionar a cada pessoa a
ambientais, guerras e sérios problemas oportunidade de conhecer seu real
sociais, onde a Lei Mística está potencial e despertá-lo. A oração e a ação
obscurecida, o fato de praticarmos este de cada um de nós, embasadas no
budismo e o propagarmos por um único juramento seigan, são a chave para a
dia ou mesmo uma única vez é mais transformação real da época em que
importante do que praticar por cem anos vivemos. A paz, a justiça e o respeito a
em épocas em que a Lei é plenamente dignidade da vida, tão aguardados pelas
reconhecida e respeitada. pessoas, estão contidos nos resultados das
ações apaixonadas de cada um de nós,
Da mesma forma, propagar a Lei Mística na bodisatvas da terra.
era conturbada em que vivemos é uma
ação de profunda coragem e Por fim, Ikeda sensei conclui: “A prática do
benevolência. Como consequência, a shakubuku constitui originalmente o
pessoa que faz shakubuku será sem falta a ‘trabalho do buda’, uma prática budista que
mais feliz. não pode ser realizada sem compaixão. Na
verdade, é muito difícil para nós, pessoas
Sobre a compaixão, Ikeda sensei afirma em comuns, manifestarmos tal compaixão. É
sua explanação: “A compaixão budista tem por isso que Toda sensei ensinou que, para
dois aspectos: ‘conceder alegria e libertar as pessoas comuns, o que substitui a
do sofrimento’ (cf. OTT, p. 173). A palavra compaixão é a coragem. E, mantendo sua
japonesa para a compaixão (jihi) é escrita orientação no coração, nossos membros
com dois ideogramas chineses, que têm corajosamente ido ao encontro das
representam respectivamente os termos pessoas, na sociedade, para propagar o
em sânscrito ou em páli maitri, que Budismo de Nichiren Daishonin” (Ibidem, p.
significa “amizade”, e karuna ou anukampa, 57).
cujo significado é “piedade, simpatia,
bondade e empatia” (Terceira Civilização, 1. Dozen-bo (m. 1276): Sacerdote do templo Seicho-ji, na província de Awa (atual sul da

região de Chiba), no qual Nichiren Daishonin estudou a partir dos 12 anos. Quando
ed. 580, dez. 2016, p. 55). Daishonin declarou pela primeira vez seu ensinamento no templo Seicho-ji (em 1253), sua

refutação da doutrina do Nembutsu, da escola Terra Pura, enfureceu Tojo Kagenobu,

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administrador da região e devotado seguidor da Terra Pura, que ordenou sua prisão.

Dozen-bo ajudou na fuga de Daishonin naquela época, mas ficou com medo de se opor

a Kagenobu. Após a Perseguição de Komatsubara (em 1264), Dozen-bo enviou uma

mensagem a Daishonin perguntando se era possível ele atingir o estado de buda. Em

resposta, Daishonin emitiu sua refutação à doutrina do Nembutsu e incentivou Dozen-bo

a se dedicar à prática do ensinamento correto. Parece que a partir de então Dozen-bo

despertou para a fé nos ensinamentos de Daishonin; no entanto, faleceu sem se

converter formalmente. 2. Dengyo (767–822): Também chamado Saicho e grande mestre

Dengyo. Fundador da escola Tendai, no Japão. Refutou os erros das seis escolas da

região de Nara — as escolas budistas estabelecidas na época — e se dedicou a

propagar o Sutra do Lótus e a estabelecer a plataforma de ordenação Mahayana no

Monte Hiei. 3. Tiantai (538–597): Também conhecido como Zhizhe, grande mestre Tiantai

e grande mestre Zhizhe. Fundador da escola Tiantai, na China. Suas principais obras

foram compiladas em Profundo Significado do Sutra do Lótus, Palavras e Frases do

Sutra do Lótus e Grande Concentração e Discernimento. Propagou o Sutra do Lótus na

China e estabeleceu o princípio dos “três mil mundos num único momento da vida”. 4.

Nagarjuna (s.d.): Estudioso do budismo Mahayana que viveu no sul da Índia entre 150 e

250. Escreveu vários tratados importantes incluindo Tratado sobre o Caminho do Meio e

prestou inestimável contribuição para o desenvolvimento do budismo na China e no

Japão. Nichiren Daishonin reconhece Nagarjuna como sucessor que compreendeu

corretamente o verdadeiro propósito de Shakyamuni. 5. Mahakashyapa: Um dos dez

principais discípulos de Shakyamuni, considerado o mais notável em dhuta (práticas

ascéticas). Após a morte de Shakyamuni, ele se tornou o líder da Ordem budista, e

acredita-se que foi o primeiro dos sucessores do Buda. 6. Mundo saha: Este mundo é

marcado por sofrimentos. Na versão chinesa das escrituras budistas, a palavra saha é

traduzida como “suportar”. O termo “mundo saha” sugere que as pessoas que vivem

neste mundo devem suportar todos os tipos de sofrimento. Também é referido como

“terra impura”, em contraste à “terra pura”. O mundo saha é a terra na qual Shakyamuni

faz seu advento e suporta inúmeras adversidades para instruir os seres vivos. Algumas

escrituras budistas, incluindo o Sutra do Lótus, ensinam que o mundo saha é a própria

Terra da Luz Eternamente Tranquila. No 16o capítulo do Sutra do Lótus, “A Extensão da

Vida”, Shakyamuni declara: “A partir de então, tenho habitado constantemente neste

mundo saha, propagando, ensinando e convertendo as pessoas à Lei”, indicando que o

local em que um buda habita, a terra do buda, é de fato o mundo saha. 7. Escuridão

fundamental: Também “ignorância fundamental”. A ilusão inerente à vida mais

profundamente arraigada, que dá origem a todas as demais ilusões e desejos

mundanos. 8. Terra da Perfeita Felicidade: Terra do buda Amida que, segundo a crença,

se localiza na região oeste do universo. Também chamada de Terra Pura, Terra Pura da

Perfeita Felicidade e Paraíso do Oeste. 9. Traduzido do japonês. TODA, Josei. Toda Josei

Zenshu [Coletânea de Obras de Josei Toda]. Tóquio: Seikyo Shimbunsha, v. 3, p. 45, 1983.

10. Ibidem, p. 45.

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