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Fichamento. Eriksen, Thomas Hylland.

Ethnicity & Nationalism


Anthropological Perspectives. London: Pluto Press (1. What is ethnicity?,
p. 1- 17).
- Termos que se tornaram comuns no vocabulário inglês: “grupos étnicos”;
“etnicidade”; “conflito étnico”; bem como “nação” e “nacionalismo”
- Termos recorrentes em diferentes contextos: na mídia, discursos políticos, e
conversas casuais.
- Os significados destes termos é ambíguo e vago, no que o autor propõe a
esclarecer
- Desenvolvimentos destes termos nas ciências sociais: explosão de estudos e
publicações sobre etnicidade e nacionalismo, principalmente nos campos das
ciências politicas, história, estudos culturais, sociologia e antropologia social
- Estes estudos sobre “etnicidade” e “nacionalismo” são acompanhados pelos
temas da “globalização”, “identidade” e “modernidade”
- O autor ainda cita a relação de “etnicidade” com outras formas de
identificações coletivas”, como “gênero”, identidade “religiosa” e “local”
- Antropologia cultural: começa a se ocupar mais centralmente com questões de
“etnicidade” a partir da década de 1960
- O autor aborda a questão de “etnicidade” a partir do entendimento da
antropologia cultural
- Particularidade da antropologia: gerar conhecimento sobre a vida social em
primeira mão considerando as interações cotidianas, justamente onde a
etnicidade é criada e recriada
- Relações étnicas: emergem e se tornam relevantes nos encontros e situações
sociais em que se apresentam as demandas e desafios da vida
- A antropologia é capaz de investigar estes processos em um “micro nível”
- Mas suplementada por análises macro provenientes da história e macro
sociologia para formar um quadro geral sobre a etnicidade e nacionalismo em
determinado contexto
- Abordagem antropológica: permite explorar os caminhos pelos quais as
relações étnicas são definidas e percebidas pelas pessoas
- Nas relações intersociais é possível determinar as características singulares e
particulares de um grupo em relação a outro, cada qual com suas visões de
mundo específicas, que podem se manter; ser contestadas; e/ou
transformadas
- O autor valoriza a abordagem antropológica “pé no chão” que permite identificar
os significados específicos de cada filiação étnica em seu contexto original
- Enquanto a antropologia social, através do método comparativo, pode definir
diferenças e similaridades entre diferentes grupos étnicos em situações e
configurações específicas de interação social
- A grande visibilização que o tema da “etnicidade” adquiriu nos mais diferentes
espaços socioculturais despertou o interesse da academia no assunto
- Muito embora teóricos como Weber, no inicio do século XX, tenham
negligenciado a questão da “etnicidade” e “nacionalismo” enquanto conceitos
analíticos, cuja importância se tornaria cada vez mais invisibilizada devido ao
processo de modernidade, industrialização e individualismo em emergência e
vigor em sua época
- Quando, na verdade, tais questões de identidade política ganharam força após
a Segunda Guerra, pulsando com plenos vigor nos dias de hoje
- Lutas sociais pelo reconhecimento, empoderamento e autonomia de Etnias e
Nações – conflitos étnicos pós-Guerra Fria
- Construção da Nação na agenda política para a criação, consolidação e coesão
política para uma identidade nacional das antigas colônias e províncias imperiais
- Identidade étnica como campo de contestação ainda também no contexto
europeu e norte-americano, com a migração de trabalhadores e refugiados para
estes locais em busca de oportunidades vindo a se organizar enquanto minorias
étnicas
- Pós Segunda Guerra, mais especificamente a partir da década de 1970,
populações indígenas e aborígenes por todo o mundo passaram a se organizar
politicamente por si mesmos, vindo a reivindicar perante ao Estado juridicamente
que suas identidades étnicas e direitos territoriais fossem reconhecidos pelo
Estado (nota: como fica essa questão em contextos de migração?)
- O autor contextualiza com o caso da Europa: de um lado o fim da União
Soviética trouxe uma partilha do território baseada na identidade
étnica/linguística específica de cada grupo; por outro lado o oeste europeu se
organizou na União Europeia, congregando a diversidade cultural dos diferentes
países que a integram em uma única identidade pan-europeia. A união
econômica, política e cultural da União Europeia, neste caso, traz diferentes
posicionamentos, a favor ou contra, com o receio de se perder a identidade
étnica e nacional de cada país que integra o bloco econômico.
- A questão da identidade nacional também se complica com o
multiculturalismo e a integração de imigrantes na dinâmica social dos países em
que residem.
(nota: questão de diversidade cultural, heterogeneidade e homogeneidade em
contextos de populações de diferentes dimensões)
- Retomando, o autor busca abordar questões de etnicidade a partir do olhar da
antropologia cultural, fornecendo ferramentas conceituais
- Ou seja, quais as questões sobre etnicidade mais pertinentes ao metiê
antropológico, que o autor propõe discutir em seu livro?
 Como os grupos étnicos se mantem distintivos sob variadas condições
sociais?
 Em quais circunstâncias a etnicidade se faz importante?
 Relação entre identidade étnica e organização etno-política
 O nacionalismo está baseado na etnicidade?
 Relação entre etnicidade e outras formas de identificação social e/ou
política, como classe, religião e gênero
 Decorrências de mudanças culturais e sociais nas relações étnicas
 Importância da história na criação da etnicidade
 Relação entre etnicidade e cultura
- O termo “étnico” é recente, cujo primeiro registro data de 1953 pelo sociólogo
US David Riesman
- Contudo as suas origens derivam do grego ethnos, cujo significado remete à
“pagão”
- A partir do século XX o sentido de “pagão” foi sendo gradualmente substituído
por sentidos de características “raciais”
- Como um termo “educado” utilizado no contexto da Segunda Guerra referindo-
se aos Judeus, Italianos, Irlandeses e demais grupos considerados inferiores aos
“dominantes” WASP (White Anglo-Saxon Protestants).
- A questão da etnicidade não foi objeto de grande atenção pelos pais fundadores
das ciências sociais e humanas
- Questões de método dos grandes ancestrais míticos da Antropologia como
Radcliffe-Brown e Malinowski não favoreciam discussões sobre etnicidade: o
funcionalismo britânico com seu olhar sincrônico sobre as sociedades em estudo
inviabiliza uma abordagem sobre as dinâmicas intergrupais (Estado moderno)
em sua profundidade histórica, tão cara aos estudos sobre etnicidade
- O campo de trabalho da Antropologia Britânica se inscreve sobre uma
sociedade singular em seus aspectos particulares de organização social e
cultural

ANTROPOLOGIA MODERNA ETNICIDADE


Sincronia Diacronia
Sociedade singular Dinâmicas intergrupais

- A partir da década de 1960 as palavras “grupos étnicos” e “etnicidade” se


tornam mais comuns nos trabalhos de antropólogos britânicos
- Apesar de certa imprecisão na definição do termo, vaga e imprecisa (1978 –
Ronald Cohen)
- Diferentes abordagens, intimamente relacionadas em geral, para o termo
“etnia”, porém servindo a diferentes propostas analíticas
- apesar das múltiplas abordagens, o quadro geral relaciona a ideia de etnia com
classificação de pessoas e relacionamentos de grupos
- Na antropologia o termo etnia está ligado às relações entre grupos culturais
que se consideram e são considerados culturalmente distintivos uns dos outros
- Já na linguagem cotidiana etnia está ligado com “questões de minorias” e
“relações raciais”
- Relações minoria-maioria: de fato o autor não nega que o termo etnicidade em
geral esteja ligado com questões de “minorias sociais” e “unidades
subnacionais”, mas concorda que os grupos “dominantes” não são menos
étnicos que os demais
- Relações entre etnia e raça
- Um dos problemas nas classificações raciais deve-se às dificuldades em tratar
de limites entre as raças pois não existe raça pura uma vez que as misturas,
miscigenações e entrecruzamentos são incontáveis
- Características hereditárias de raça não deve influir diretamente na
personalidade e cultura
- Um mesmo grupo racial pode possuir tantas variações genéticas quanto dois
grupos diferentes
- Características hereditárias não podem explicar variações culturais
- ou seja: conceitos de raça não devem ser relevantes para informar as atitudes
das pessoas. Nesse sentido a ideia de raça pode ser entendida como um
constructo cultural
- Racismo: a personalidade individual está ligada com as características
hereditárias distintivas inerentes à cada raça
- como significado sociocultural, raça perde seu sentido objetivo
- assim sendo, os estudos sobre raça podem se inserir como parte de discursos
locais sobre etnia
- distinção entre estudos sobre “raça” e estudos sobre “etnia” e “relações
étnicas”: diferentes posicionamentos entre os pesquisadores
- os limites entre raça e etnia podem ser borrados, como em muitos grupos
étnicos cujos mitos de origem pontuam a etnia enquanto uma descendência,
confundindo-se com a hereditariedade racial
- ainda, muitos grupos “raciais” podem ser “etnificados” (a cor está ligada à
origem cultural), bem como grupos étnicos “racializados” (traços imutáveis são
atribuídos a minorias étnicas)
- há ainda tendências à “etnificação” sobre certos grupos religiosos, como os
mulçumanos: a origem étnica dos mulçumanos “principais”
- “novo racismo” (Martin Barker): a diferença cultural em primeiro plano do que
as características hereditárias
- o autor parece se incomodar com a questão da ordenação hierárquica dos
grupos na sociedade
- complexidade nas relações entre “raça” e “etnia”: ideias sobre “raça” podem ou
não estar presentes nas questões sobre “etnia”
- os limites se confundem: discriminações étnicas podem ser tidas como
“racismo”
- é mais dificultoso para um grupo se desassociar de sua identidade étnica
quanto menor o grau de suas semelhanças com os grupos sociais hegemônicos
e dominantes (relações entre maioria – minorias sociais)
- as minorias sociais que também possuem um domínio precário da linguagem
do grupo dominante também se apegam às suas identidade étnicas
- a identidade étnica se configura como um status imperativo aos grupos socais
classificados como “minorias” (nota: lhes dando força e empoderamento)
- o autor defende que os conceitos de “raça” e “etnia” sejam compreendidos
separadamente; e não como “a subset of ethnic variation where the physical
appearance of different groups or categories is brought to bear on intergroup
relations” (: 8)
- etnia é um conceito mais amplo que raça
- diferenças étnicas não são pensadas no sentido de “raça”, com características
imutáveis
- as fronteiras entre diferenças naturais-biológicas (hereditárias) e diferenças
culturais (adquiridas) entre grupos sociais são difusas
- muitas vezes diferenças étnicas implicam na aceitação de noções tidas como
inerentes a um grupo social, para explicar diferenças culturais
- contudo, por outro lado “etnia” pode estar dissociada da questão racial, com
identidades étnicas que não implicam um determinismo genético
- e a ideia de raça pode existir á parte da de etnia?
- o autor contextualiza com o cenário latino-americano, onde as relações entre
raça e etnia se tornam ainda mais complexas.
- relações ambíguas entre a questão fenotípica da raça e a questão cultural
ligada à etnia
- os próprios conceitos ligados à cor da pele variam em cada contexto: no Brasil
é comum a classificação racial gradual entre branco-moreno-preto, com
diferentes variações, enquanto nos Estados Unidos a questão se desdobra
simplesmente na dualidade branco-preto, quando “‘a single drop of black blood’
(sic) contaminates an otherwise pale person and makes him or her black” (: 9)
- o autor parece sintetizar por fim as relações entre raça e etnia:
“A final point is the fact that discrimination based on presumed inborn and
immutable characteristics (race) tends to be stronger and more inflexible than
ethnic discrimination which is not based on ‘racial’ differences. Members of a
presumed race cannot change their assumed inherited traits, while ethnic groups
can change their culture and, ultimately, become assimilated into a dominant
group.” (: 9)
- raça e etnia são termos aparentados que se sobrepõem parcialmente ujm ao
outro
- as categorias étnicas tendem a fortalecer noções sobre singularidade cultural
e solidariedade social
- já as diferenças genéticas (biológicas) fortalecem um pensamento e prática
racistas
‘Strictly speaking, members of a ‘race’ do not need to have specific shared
cultural characteristics in order to be subjected to the same treatment by others.
Although members of an ethnic category generally assume that they have the
same origins, current commonalities at the level of culture and social integration
tend to be more important as sources of solidarity and collective identification. As
later chapters will show, ideas about ‘racial purity’ may or may not be invoked as
part of the ideological toolkit justifying ethnic cohesion, but notions of biological
or genetic uniqueness are not a necessary component of ethnic identity, just as
ideas of common cultural heritage do not necessarily enter into discourses of
racial difference.” (: 9)
- na sequencia o autor tece reflexões sobre as relações entre os termos “etnia”
e “nacionalismo”
- diferentes significados para o termo “nação” e “nacionalismo” nas línguas
europeias e nos discursos acadêmicos
- falar em “nação” implica em postular similaridades culturais a um grupo
específico que o difere e impõe limites face a outros grupos divergentes
(outsiders)
- marca distintiva do nacionalismo: relação com o estado
- nacionalista: os limites políticos são extensivos aos limites culturais
- por outro lado os grupos étnicos que reivindicam o reconhecimento de seus
direitos culturais não demandam um comando sobre o estado
- um movimento étnico se transforma em um movimento nacionalista quando
exige tal comando sobre o estado
- nem sempre uma identidade nacional possui uma fundamentação étnica
- os grupos étnicos são classificados hierarquicamente dentro de uma
sociedade, cuja classificação não deve ser confundida com as classes sociais
- classe social está ligado à distribuição de poder em uma mesma sociedade, ao
passo que as relações étnicas em geral tendem a ser igualitárias
- contudo o autor acredita que há a correlação entre grupos étnicos e classes
sociais, dada a alta probabilidade dos membros de uma mesma etnia
pertencerem às mesmas classes sociais específicas.
- associações étnicas podem estar correlacionadas com associações de classes
- os estudos sobre “etnia” passaram a vigorar com mais intensidade com o
capitalismo, a globalização e urbanização pós-segunda guerra, que transformou
o panorama geopolítico mundial: as sociedades tradicionais específicas
estudadas pela Antropologia clássica de Malinowski, Radcliffe-Brown e cia, as
tribos e aborígenes, passaram a atuar ativamente em um cenário de conflitos
étnicos, sendo classificadas por “minorias étnicas” num contexto pós-colonial
- o contato entre grupos de diferentes costumes, linguagens e identidades se
intensificou

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