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A Educação no MST

Educação para a reprodução do Movimento

O Movimento dos Sem-Terra (MST) entende que o ensino oferecido pelo


governo não atende às necessidades de formação de seus membros (DAL RI
& VIEITTEZ, 2004), pois a ideologia transmitida, conhecimentos, valores e
habilidades pertencem às classes dominantes, longe dos ideais do MST, e da
luta social pela divisão igualitária da terra.

Essa preocupação do MST é confirmada pelo texto “A maquinaria


escolar” quando os autores falam que o Estado tenta impor uma formação para
os filhos das classes populares, de acordo com os interesses da burguesia.
Como uma manobra do Estado para manter as classes populares sob controle,
de forma que viabilize o processo de industrialização.

Para atender às necessidades de formação de seus membros, o MST


criou o Instituto de Educação Josué de Castro (IEJC), que cuida da formação
dos militantes do Movimento e da formação de seus professores, que levam
consigo a ideologia do MST para ser transmitida aos jovens e crianças dos
acampamentos e assentamentos (MORIGI, 2002).

O MST precisa de membros que não só entendam de política, mas


também sejam capacitados para a vida social e para o desenvolvimento de
suas atividades no Movimento, conforme Dal Ri & Vieittez (2004) diz:

Para o Movimento, não basta que o militante tenha formação política,


ainda que esta seja essencial. Paralelamente a essa qualidade, o
Movimento precisa que o seu membro tenha também capacitação
técnica, bem como desenvolva as aptidões necessárias à
organização coletiva da vida social, à organização coletiva da
produção e de outras atividades econômicas.

A educação no MST tem como objetivo alcançar e praticar os seus


princípios filosóficos, que buscam a transformação social, o trabalho e a
cooperação, uma educação voltada para as várias dimensões da pessoa
humana; e pedagógicos, a exemplo da relação de prática e teoria, a realidade
como base para a produção do conhecimento, conteúdos socialmente uteis e a
gestão democrática, etc.
Desta forma, o MST tenta passar para os seus integrantes, através da
educação, os seus ideais e objetivos de luta, de acordo com a sua realidade
política, social e econômica, para que eles sejam inseridos em sua estrutura
organizacional, os acampamentos e os assentamentos, visando à conquista da
terra.

Os conteúdos curriculares

O TAC, o curso Técnico em Administração de Cooperativas, tem em seu


currículo básico como referencial a legislação vigente, a principal diferença
desse curso encontra-se na inserção de três conteúdos: a história do
Movimento, a impostação pedagógica dos professores e a articulação entre os
conteúdos disciplinares e a realidade dos acampamentos e assentamentos
(DAL RI & VIEITTEZ, 2004).

Com este currículo a escola do MST tenta construir um ambiente


propício para o desenvolvimento de suas atividades, de sua vida social, na qual
os jovens e crianças passam a participar desde cedo da história do Movimento.

Segundo Uranga (2011), os princípios pedagógicos da educação no


MST visam à transformação social, o trabalho e a cooperação, como um
processo permanente de formação e transformação.

A educação do MST seguem as influencias teóricas de Paulo Freire, de


Pistrak e da pedagogia da alternância. Tendo como um dos principais
princípios de sua pedagogia “a educação para o trabalho e pelo trabalho”
(MST, 1996, apud, DAL RI & VIEITTEZ, 2004).

O currículo das escolas do MST é bem diferente do currículo dos Grupos


Escolares do período republicano, onde se aprendia Canto, Leitura e Escrita,
Língua Materna, Aritmética, Lições de Coisas, etc., ou das escolas da Grécia
antiga onde se aprendia a Arte da Guerra para os homens ou tarefas
domésticas para as mulheres. Em cada caso o currículo retrata o momento
histórico e os ideais de cada sociedade.

A estrutura organizacional
Para o MST “a organização da escola é um importante elemento
pedagógico” (DAL RI & VIEITTEZ, 2004), divergindo da escola burguesa, que
possui uma organização burocrática, pois o IEJC, por exemplo, é gerido por
seus alunos, professores e funcionários, que participam da gestão dos
aspectos pedagógicos, políticos e administrativos, inclusive orçamentário, por
meio da participação na Assembleia Geral do Instituto que delibera em relação
a estes aspectos.

A organização da educação no MST mostra-se bem mais democrática


do que a nossa educação publica, da qual pode se concluir que os recursos
são mais bem geridos, pois é feito por quem realmente está por dentro da
realidade das escolas.

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