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Universidade Federal de Alfenas

UNIFAL-MG

DF70 – Introdução à Epidemiologia

EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS


INFECCIOSAS

Profa Márcia Regina de Oliveira Pedroso


Objetivos da aula

1) Compreender o conceito de infecção e doença


infecciosa;

2) Compreender os elementos constituintes da cadeia


epidemiológica e o seu funcionamento;

3) Reconhecer a importância das doenças infecciosas


para a saúde pública.
Séries históricas de mortalidade por doenças infecciosas
Séries históricas de mortalidade por doenças infecciosas
Séries históricas de mortalidade por doenças infecciosas
Séries históricas de mortalidade por doenças infecciosas
Epidemiologia das doenças infecciosas

Abrange:

• Descrição de casos da doença


• Estudos analíticos
• Avaliação de efeitos de medidas de prevenção
• Vacinação

Duas características são únicas para doenças infecciosas:

1. Um caso pode ser fonte de outro caso


2. Pessoas podem ser imunes à doença
Definições

Infecção
Penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no
organismo de uma pessoa ou animal.


Doença infecciosa
Doença clinicamente manifesta, do homem ou dos animais, resultante de
uma infecção.

AGUDA CRÔNICA
Ex: tétano, raiva, difteria, sarampo, Ex: tuberculose, hanseníase,
gripe doença de Chagas
Definições

Infecção inaparente
Penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no
organismo de uma pessoa ou animal.
Padrões de evolução da doença

Doença
infecciosa

Infecção
inaparente
Tríade epidemiológica da doença

HOSPEDEIRO

VETOR

AGENTE AMBIENTE

Biológico: bactérias, vírus, etc Físicos: temperatura, umidade,


Químico: veneno, toxina, nicotina, etc altitude, etc
Físico: trauma, radiação, fogo, etc Sociais: aglomeração no domicílio,
Nutricional: falta ou excesso acesso a alimentação, a água tratada,
poluição do ar, etc

CADEIA EPIDEMIOLÓGICA
Cadeia Epidemiológica

Elos da cadeia epidemiológica

• Qual a causa da infecção? Agente etiológico

• Quem hospeda o agente? Reservatório e fonte de infecção

• Como o agente abandona o hospedeiro? Porta de saída ou via de


eliminação

• Que recurso utiliza o agente para alcançar novo hospedeiro? Via de


transmissão

• Como o agente penetra no novo hospedeiro? Porta de entrada

• O hospedeiro é afetado? Suscetibilidade


Características relacionadas ao agente

Agente infeccioso

Ser vivo que, através de uma das formas que assume no seu ciclo reprodutivo
(adulto, larva, cisto, ovo, esporo, etc), pode ser introduzido em outro ser
vivo, onde é capaz de se desenvolver ou de se multiplicar, e, dependendo das
predisposições intrínsecas do novo hospedeiro, pode aí gerar ou não um
estado patológico manifesto denominado doença infecciosa.
Características relacionadas ao agente
Infectividade
Capacidade que têm certos organismos de penetrar e se desenvolver ou de se
multiplicar no novo hospedeiro, ocasionando infecção.

Patogenicidade
Qualidade que tem o agente infeccioso de, uma vez instalado no organismo do
homem e de outros animais, produzir sintomas em maior ou menor
proporção dentre os hospedeiros infectados.
_______Casos de doença______ x 100
Nº total de infectados

Virulência
Capacidade de um bioagente produzir casos graves ou fatais.

_______Casos graves ou fatais______ x 100


Total de casos de doença
Características relacionadas ao agente

Antigenicidade
Capacidade de produzir anticorpos.

Mutagenicidade
Capacidade de alterar características genéticas.

Vulnerabilidade
A antibióticos e demais substâncias.
Características relacionadas ao agente

Período de incubação
Intervalo de tempo que decorre entre a exposição a um agente infeccioso e o
aparecimento de sinais ou sintomas da doença.

Período de transmissibilidade

Período durante o qual o agente infeccioso pode ser transferido, direta ou


indiretamente, de uma pessoa infectada a outra, ou de um animal infectado
ao homem, ou de um homem infectado a um animal, inclusive artrópodes.
Reservatório e fonte de infecção

Reservatório
É o ser humano ou animal, artrópode, planta, solo ou matéria inanimada (ou uma combinação
desses), em que um agente infeccioso normalmente vive e se multiplica em condições de
dependência primordial para a sobrevivência e no qual se reproduz de modo a poder ser
transmitido a um hospedeiro suscetível.

Fonte de infecção
É a pessoa, animal, objeto ou substância da qual um agente infeccioso passa diretamente para o
hospedeiro.
Reservatório e fonte de infecção

Indivíduo não infectado: pessoa ou animal


• Não exposto
pertencente a uma espécie suscetível que, na
• Suscetível exposto, ainda não infectado
atualidade, não alberga um determinado agente • Exposto, porém resistente
infeccioso.

Indivíduo infectado: pessoa ou animal que


• Doentes
alberga um agente infeccioso e que apresenta
• Portador
manifestações da doença ou uma infecção
inaparente.

Indivíduo infectante: é a pessoa ou animal do qual o agente


infeccioso possa ser adquirido em condições naturais.

Caso suspeito: é aquele cuja história clínica e sintomatologia


indicam estar acometido por alguma doença ou tê-la em
incubação.
Vias de transmissão

Transmissão

É o processo pelo qual o agente infeccioso, oriundo de um indivíduo


infectado, pessoa ou animal, com passagem ou não por intermediários vivos
ou por objeto ou material inanimado, tem acesso ao meio interno de um
novo hospedeiro.

DIRETA INDIRETA

Fatores que influenciam: a densidade populacional, as condições higiênicas e a proporção de


indivíduos suscetíveis na coletividade.
Vias de transmissão

Transmissão Direta

Transferência rápida de agentes.

Contágio imediato: contato direto; o agente


praticamente não se relaciona com o meio
exterior.

Contágio mediato: mecanismo no qual um


substrato vital, eliminado por um indivíduo
infectado, carreia consigo o agente, com Exemplos:
passagem reduzida no meio exterior. --> • Membrana mucosa a membrana mucosa:
DSTs
DOENÇAS CONTAGIOSAS
• Através da placenta: toxoplasmose
- mãos
• Transplantes (inclusive transfusão): hepatite B
- fômites
• Pele a pele: herpes tipo I
- secreções oronasais
• Tosse, coriza: influenza
Vias de transmissão

Transmissão Indireta
Transferência por intermédio de veículos animados
ou inanimados.

Vetores: são seres vivos que veiculam o agente • Mecânicos (ou veículos)
desde o reservatório até o hospedeiro potencial. • Biológicos

Objetos ou veículos contaminados: roupas,


talheres, água, alimentos, produtos biológicos
(sangue, urina) e outros materiais ou substâncias Exemplos:
• Água: hepatite A
• Via aérea: varicela
Aerossois microbianos: de suspensão no ar de
material infectante: por exemplo, provenientes • Via alimentos: salmonella
de evaporação de secreções expelidas por um • Vetores: malária
doente e que permanecem no ar por muito
• Objetos: febre escarlatina (brinquedos em
tempo. berçário)
Características relacionadas ao hospedeiro

Hospedeiro
Homem ou outro animal vivo que ofereça, em condições naturais,
subsistência ou alojamento a um agente infeccioso.

Primário ou definitivo: aquele em que


o parasita atinge a maturidade ou
passa sua fase sexuada

Secundário ou intermediário: aquele


em que o parasita se encontra em
forma larvária ou assexuada
Características relacionadas ao hospedeiro

Resistência

É o sistema de defesa com o qual o organismo impede a difusão ou a


multiplicação de agentes infecciosos que o invadiram.

Associado ao estado de nutrição, integridade de pele e mucosas, capacidade de


reação e adaptação aos estímulos do meio, fatores genéticos, estado atual de
saúde, estresse e imunidade específica.

Indivíduo suscetível ou infectável: é a pessoa ou animal


sujeitos a uma infecção

Indivíduo resistente: é aquele que, por via de algum


mecanismo natural ou através de imunização artificial,
tornou-se capaz de impedir o desenvolvimento, em seu
organismo, de agentes infecciosos.
Características relacionadas ao hospedeiro

Imunidade
É o estado de resistência, geralmente associado à presença de anticorpos que
possuem ação específica sobre o microorganismo responsável por
determinada doença infecciosa ou sobre suas toxinas.

Ativa: é aquela em que a própria pessoa produz os


seus anticorpos; pode ser natural (por doenças)
ou artificial (vacinas).

Passiva: é aquela em que os anticorpos são


produzidos fora do organismo; pode ser natural
(transplacentária) ou artificial (soros).
Características relacionadas ao hospedeiro

Imunidade
É o estado de resistência, geralmente associado à presença de anticorpos que
possuem ação específica sobre o microorganismo responsável por
determinada doença infecciosa ou sobre suas toxinas.

O risco de doença aumenta para um indivíduo quando existe grande número de


pessoas doentes.
O risco da doença diminui se muitas pessoas foram vacinadas, mesmo que o
indivíduo não tenha sido vacinado.

Imunidade de rebanho ou coletiva

Resistência de uma população à invasão ou disseminação de um agente infeccioso


que resulta da elevada proporção de indivíduos imunes nessa população.
Características relacionadas ao hospedeiro

Pré-requisitos:

• O agente etiológico
possui uma única espécie
hospedeira;

• A infecção deve induzir


sólida imunidade;

• A transmissão deve se
dar de forma direta
(pessoa a pessoa);

• Os indivíduos imunes
devem estar
homogeneamente
dispersos na
comunidade.
Portas de entrada e saída no hospedeiro

Porta de entrada

É o local que o agente utiliza para adentrar no novo hospedeiro.

Porta de saída
Via de eliminação do agente do organismo do hospedeiro.
Pode ser por um orifício natural do corpo (aparelhos respiratório, digestivo e
geniturinário), uma lesão da pele ou mucosas, pelo sangue, ou através de
secreções (leite, suor, lágrimas, sêmen, entre outras).
Portas de entrada e saída no hospedeiro

Porta de entrada

Ingestão (via oral): água, alimentos e mãos ou objetos quando levado à boca. Ex:
ovos de helmintos (Ascaris, etc); cistos de protozoários (Giardia, etc); bactérias
entéricas (Salmonella, etc) e enterovírus (poliomelite, etc).

Inalação (via nasal): infecções respiratórias , por gotículas expelidas pela boca e
pelo nariz (gripe, sarampo, etc); fezes dessecadas de insetos suspensas no ar
(piolho: ricketsias, etc); esporos de fungos (histoplasmose, etc).

Penetração através da pele: por solução de continuidade (feridas, queimaduras,


tecidos necrosados; ex: tétano, doença de Chagas); sobre a pele (ex:
dematomicoses); penetração ativa (ex: ancilostomídeos, bicho-geográfico, bicho de
pé).
Portas de entrada e saída no hospedeiro

Porta de entrada

Penetração por mucosas (vagina, uretra, olhos, boca): DSTs, clamídias, entre
outras.

Introdução no organismo, com auxílio de objetos e instrumentos: transfusão


sanguínea, infecções hospitalares.

Transplacentária (da mãe para o feto): toxoplasmose, sífilis e rubéola congênitas,


entre outras doenças.

Picada de insetos ou mordedura de animais: malária, dengue, raiva.


Características relacionadas ao ambiente

Ambiente

Inclui todos os fatores que não sejam específicos do agente infeccioso ou do


hospedeiro, que interagem com estes na promoção ou manutenção das doenças.

Social: é definido em termos da organização política e econômica, além da inserção do indivíduo


dentro da sociedade.  Quem encontra quem? Como?

Físico: grau de contaminação do ambiente; nº de fontes de infecção, pluviosidade, temperatura,


paisagismo, entre outros.

Biológico: incluem reservatórios de infeccção, vetores que transmitem as doenças, plantas e animais.
Características relacionadas ao ambiente

Ambiente - exemplos

A cólera se alastra rapidamente em ambientes sem condições


adequadas de saneamento básico.

As florestas são propícias para o desenvolvimento de anofelineos,


ao contrário do cerrado, circunstância que influencia a distribuição
da malária.

Numerosos agentes etiológicos não resistem a condições


desfavoráveis, como o clima seco, o frio e a exposição direta à luz
solar.

Para certas doenças, como a febre amarela e a leishmaniose, a


distribuição da enfermidade segue a de seus vetores e reservatórios.
Cadeia do processo infeccioso
Doenças contagiosas

Período de incubação
Intervalo de tempo que decorre entre a exposição a um agente infeccioso e o
aparecimento de sinais ou sintomas da doença.

Período de transmissibilidade

Período durante o qual o agente infeccioso pode ser transferido, direta ou


indiretamente, de uma pessoa infectada a outra, ou de um animal infectado
ao homem, ou de um homem infectado a um animal, inclusive artrópodes.
Doenças contagiosas

Caso primário: primeiro caso da doença; aquele que a introduz na coletividade.


Doenças contagiosas

Caso secundário: o que se segue ao primário, decorrido o tempo representado pela duração de um período
de incubação.
Resultados possíveis de uma exposição por um agente infeccioso

EXPOSIÇÃO

SEM INFECÇÃO INFECÇÃO PORTADOR


INFECÇÃO CLÍNICA SUB-CLÍNICA

MORTE IMUNIDADE PORTADOR NÃO-


IMUNIDADE
Alguns conceitos complementares

Antroponose: doença em que somente o homem é acometido; por exemplo, sarampo, varíola e gripe.

Zoonose: infecção ou doença infecciosa de animais; há tendência ao uso do termo para as afecções humanas
transmitidas ou adquiridas de animais vertebrados; por exemplo, raiva, brucelose, carbúnculo, leptospirose,
tuberculose bovina e psitacose.

Controle (de uma doença): conjunto de ações e intervenções dirigidas a reduzir a prevalência ou a
incidência; manter a doença em níveis de incidência reduzidos, que deixe de constituir problema de saúde
pública.

Eliminação (de uma doença): o mesmo que erradicação regional; é a erradicação da doença de uma área
geográfica; por exemplo, a eliminação da poliomielite das Américas.

Erradicação (de uma doença): completo desaparecimento da transmissão de agentes patogênicos da doença
(incidência igual a zero); exemplo, erradicação mundial da varíola.
Epidemiologia das doenças infecciosas

• Turismo e intercâmbio

• Prática hospitalização --> infecção hospitalar

• Uso extenso e inadequado de antibióticos --> resistência

• Técnicas invasivas de diagnóstico --> porta de entrada

• Envelhecimento populacional --> idosos são mais frágeis

• Quando uma população entra, pela primeira vez, em contato com


um germe patogênico, o efeito costuma ser devastador (ex: índios)

• Contatos repetidos com o agente, por uma ou mais gerações,


tendem a fazer decrescer a severidade do processo infeccioso
Epidemiologia das doenças infecciosas

• Causa necessária: agente biológico específico

• Mas o agente nem sempre é “suficiente” para produzir a


doença; outros fatores, que são as “causas contribuintes”, têm
que estar presentes

Ex: tuberculose  redução da resistência do organismo do hospedeiro – esta diminuição,


por sua vez, tem seus próprios fatores determinantes, caracterizando a multicausalidade na
produção da doença
Epidemiologia das doenças infecciosas
Medidas de controle
Atuação nos reservatórios
• Animal: eliminação (ratos), vacinação (gado e animais domésticos)
• Humano: isolamento, diagnóstico e tratamento
• Meio ambiente: desinfecção (destruição dos agentes fora do organismo) e limitação da
exposição aos agentes (ex: solo)

Interrupção da transmissão no meio ambiente


• Saneamento ambiental (de água, ar e solo)
• Vigilância sanitária (de gêneros alimentícios e drogas)
• Controle de vetores

Proteção do indivíduo suscetível


• Educação para a saúde, incluindo higiene pessoal
• Imunização ativa e passiva
• Quimioprofilaxia e quimioterapia
• Diagnóstico precoce de casos (busca de casos)
• Tratamento efetivo
Epidemiologia das doenças infecciosas

A maioria das doenças infecciosas está associada à pobreza


e ao subdesenvolvimento. Nestes locais, medidas mais
amplas e nas esferas socioeconômicas devem ser tomadas
como suporte às medidas de controle dessas doenças.
Cadeia epidemiológica

Reservatório
e fonte de
infecção

Agente Porta de
etiológico saída

Hospedeiro Porta de
entrada
Vias de
transmissão
Doenças emergentes e reemergentes

Doenças emergentes
São doenças cuja incidência aumentou nas últimas três décadas ou que
ameaçam se expandir num futuro próximo. Exemplos: HIV/AIDS, influenza
H1N1, entre outros.

Doenças reemergentes

São aquelas causadas por microorganismos bem conhecidos que estavam sob
controle, mas tornaram-se resistentes às drogas antimicrobianas comuns (ex:
malária, tuberculose) ou estão se expandindo rapidamente em incidência ou
em área geográfica (ex: cólera nas Américas).
O que vimos em aula?

1) Infecção e doenças infecciosas;

2) Cadeia epidemiológica;

3) Aspectos relacionados à prevenção e controle de


doenças infecciosas.

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