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FIGURAS DE LINGUAGEM
Usa gilete diariamente.
São recursos expressivos que se usam para imprimir mais
força, vivacidade e colorido ao pensamento. Esses recursos de f) o autor pela obra:
linguagem são bastante empregados para a construção de uma
imagem poética. Virou a madruga lendo Augusto do Anjos.
Podemos classificar as figuras de linguagem em:
Figuras de palavras (ou tropos); g) o inventor pelo invento:
Figuras de pensamento;
Figuras de construção (ou sintaxe); Edson ilumina o mundo.
FIGURAS DE PALAVRAS: baseiam-se no emprego Sinestesia: é o recurso que une em uma só expressão diferentes
simbólico, figurado de uma palavra por outra, quer por contigüidade sensações sensoriais. Está ligada aos cinco sentidos: visão, audição,
(relação de proximidade) quer por similaridade (associação, tato, olfato e paladar. Ex.:
comparação)
Uma melodia azul tomou conta da sala.
Comparação (ou Símile): ocorre quando se estabelece
aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados pelo Sua voz doce e aveludada era uma carícia em meus ouvidos.
conectivo comparativo “como” (e as variantes: feito, assim como,
tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem) e alguns verbos — FIGURAS DE PENSAMENTO: São processos estilísticos
parecer, assemelhar-se e outros. Ex.: que se realizam na esfera do pensamento, no âmbito da frase e
objetiva ressaltar o significado das palavras.
“A paz é como / Aquele suspiro,
Leve e inocente / Que a gente / Dá durante o sono”. Antítese: ocorre quando há aproximação de palavras ou expressões
de sentidos opostos. Ex.:
“As solteironas, os longos vestidos negros fechados no
pescoço, negros xales nos ombros, pareciam aves noturnas “A areia, alva, está agora preta, de pés que a pisam.”
paradas...” (Jorge Amado) (Jorge Amado)
Metáfora: ocorre quando um termo substitui outro através “Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a Depois da luz, se segue a noite escura.
cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação Em tristes sombras morre a formosura
abreviada em que o conectivo não está expresso, mas subentendido. Em contínuas tristezas, a alegria”.
Ex.: (Gregório de Mato)
“A noite é um manto negro sobre o mundo.” Paradoxo: ocorre paradoxo quando há aproximação de idéias
opostas, idéias que se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É
“Esta vida é uma viagem entendia como oposição de idéias.
pena eu estar
só de passagem” (Paulo Leminski) “Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
Catacrese: é uma espécie de metáfora desgastada, em que já É um contentamento descontente;
não se sente inovação de criação individual e pitoresca. É a metáfora É dor que desatina sem doer.”
tornada hábito lingüístico, já fora do âmbito estilístico. Ex.: (Luis Vaz de Camões)
folhas de papel pele de tomate Que não seja imortal posto que é chama
dente de alho cabeça de prego Mas que seja infinito enquanto dure.
céu da boca braço da cadeira (Vinícius de Moraes)
asa da xícara aterrissar em alto-mar
Eufemismo: consiste no emprego de uma palavra ou expressão para
Metonímia (ou Sinédoque): consiste na substituição de uma atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante.
palavra por outra, havendo entre ambas uma proximidade de Ex.:
sentido. Realizando-se de inúmeros modos. Ex.:
O hábil político tomou emprestado dinheiro público e
a) o continente pelo conteúdo e vice-versa: esqueceu de devolver.
Antes de sair, tomamos um cálice de licor. João partiu para uma vida melhor.
Ironia: Ocorre quando, pelo contexto, pela entonação, ou
b) a causa pelo efeito e vice-versa: pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as palavras
ou orações parecem exprimir. Geralmente a intenção é depreciativa
Ergueu a casa com seu suor. ou sarcástica. Ex.:
c) o concreto pelo abstrato ou vice-versa Olha só como o quarto está arrumado! Nada focou no lugar!
Tudo de pernas para o ar!
Este aluno tem ótima cabeça.
— Você está intolerante, hein!
d) o lugar de origem ou de produção pelo produto: — Não diga, meu amor!
Comprei uma garrafa do legitimo porto. Hipérbole: é o exagero de uma idéia, a fim de proporcionar uma
imagem emocionante e de impacto. Ex.:
“Paixão cruel desenfreada Aliteração: consiste na repetição da mesma consoante ou de
Te trago mil rosas roubadas consoantes similares. Ex.:
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas “O rato roeu a roupa do rei de Roma”
Exagerado (...)”
(Cazuza/Leoni/Ezequiel) “Toda gente homenageia Januária na janela”
(Chico Buarque)
“Rios te correrão dos olhos, se chorares!”
(Olavo Bilac) Assonância: consiste na repetição da mesma vogal ao longo de uma
frase, verso ou poema. Ex.:
Prosopopéia (ou personificação): consiste na atribuição de
movimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios dos “Sou Ana, da cama
seres humanos, seres animados, a seres inanimados, irracionais ou da cana, fulana, bacana
abstratos. É comum nas fábulas e nos apólogos. Ex.: Sou Ana de Amsterdam.”
“As árvores são imbecis; despem-se justamente quando Onomatopéia: ocorre quando uma palavra ou conjunto de palavras
começa o inverso” imita um ruído ou som. Ex.:
“Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Ania com 1. Assinale a única alternativa que não constitui uma metáfora:
seus olhos claros e brincalhões...” a) A chuva caía como lágrimas tristes.
b) Minha boca é um cadeado.
“Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo digere, tudo c) Ela ficou furiosa. Uma onça.
acaba”. d) A vida são ondas, vem e vai.
(Pe Antônio Vieira) e) “Pois vejo a minha vida anoitecer.” (Gregário de Matos)
Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável. O 3. Debruçada nas águas dum regato
principal efeito é a concisão. Ex.: A flor dizia em vão
A corrente, onde bela se mirava...
De mau cordo, mau ovo. “Ai, não me deixes, não!” (Gonçalves Dias)
Que o juízo final há de chegar, não contesto. a) A moça sorri e alegra o rapaz.
b) ‘A fossa, a bossa, a nossa grande dor (Carlos Lyra)
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas e) “Doramundo é alto feito um poste.’ (Sérgio Porto)
De um povo heróico o brado retumbante” d) “Tudo na casa era cinza, nebuloso, assustador.” (Pedro Nava)
(Osório Duque Estrada) e) “Amo-te assim: meio odiosamente.” (Augusto dos Anjos)
a) prosopopeia e hipérbole.
6. Identifique a figura de linguagem destacada na frase que segue: b) hipérbole e metonímia.
c) perífrase e hipérbole.
“A explosiva descoberta Ainda me atordoa. d) metonímia e eufemismo.
Estou cego e vejo. Arranco os olhos e vejo. e) metonímia e prosopopeia.
(Carlos Drummond de Andrade)
a) hipérbole.
b) eufemismo.
e) ironia.
d) antítese.
e) paradoxo.
a) hipérbole.
b) eufemismo.
c) prosopopéia.
d) anacoluto.
e) pleonasmo.