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Tal divisão acima citada foi uma remodelação feita entre 1920 e 1923
para distinguir o inconsciente do consciente.
Aparelho psíquico
Aparelho psíquico designa os modelos concebidos por Sigmund
Freud para explicar a organização e o funcionamento da mente. Para isso, ele
propôs cronologicamente algumas hipóteses, entre as quais as mais
conhecidas são:
1. a hipótese econômica, que concerne essencialmente à quantidade e
movimento da energia na atividade psíquica;
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2. a hipótese topográfica, que tenta localizar a atividade mental em alguma
parte do aparelho, que ele inicialmente dividiu em consciente, pré-
consciente e inconsciente; e a
Referências
Primeira Tópica. Segunda Tópica.
O Aparelho Psíquico
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Ao Id foi atribuída a parte primitiva da mente, ou seja, o instinto
irracional que se manifesta sem a preocupação com princípios
morais, éticos, etc. O Id é mais evidenciado na infância do que na
fase adulta, pois na infância a mente é dominada pelo desejo de ter
seus pedidos atendidos imediatamente. Na fase adulta, o Id é
influenciado pelo Ego e Superego.
Referência
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DANTAS, Gabriela Cabral da Silva. "O Aparelho Psíquico”; Brasil Escola. Disponível em
<https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/o-aparelho-psiquico.htm>. Acesso em 09 de
abril de 2018.
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Caso você não se lembre ou não tenha compreendido o que são os níveis
consciente, pré-consciente e inconsciente da mente humana, aqui vai um
resuminho:
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Consciente
O nível consciente nada mais é do que tudo aquilo do que estamos
conscientes no momento, no agora. Ele corresponderia à menor parte da mente
humana. Nele está tudo aquilo que podemos perceber e acessar de forma
intencional. Outro aspecto importante é que o consciente funciona de acordo
com as regras sociais, respeitando tempo e espaço. Isso significa que é por
meio dele que se dá a nossa relação com o mundo externo. O consciente seria,
portanto, a nossa capacidade de perceber e controlar o nosso conteúdo mental.
Apenas aquela parte de nosso conteúdo mental presente no nível consciente é
que pode ser percebida e controlada por nós.
Pré-consciente
O pré-consciente é muitas vezes chamado de “subconsciente”, mas é
importante destacar que Freud não utilizava esse termo. O pré-consciente se
refere àqueles conteúdos que podem facilmente chegar ao consciente, mas que
lá não permanecem. São, principalmente, informações sobre as quais não
pensamos constantemente, mas que são necessárias para que o consciente
realize suas funções. Nosso endereço, o segundo nome, nome dos amigos,
telefones, algumas coisas das quais gostamos – como a nossa comida
preferida –, acontecimentos recentes e assim por diante. É importante lembrar
ainda que, apesar de se chamar Pré-consciente, esse nível mental pertence ao
inconsciente. Podemos pensar no pré-consciente como uma peneira que fica
entre o inconsciente e o consciente, filtrando as informações que passarão de
um nível ao outro.
Inconsciente
No último texto publicado aqui nos dedicamos a definir o conceito
psicanalítico de inconsciente. Vamos tentar, no entanto, aprofundar nossa
compreensão de seu significado. Inconsciente se refere a todo aquele conteúdo
mental que não se encontra disponível ao indivíduo em determinado momento.
Ele representa não só a maior fatia de nossa mente, mas também, para Freud,
a mais importante. Quase todas as memórias que acreditamos estarem
perdidas para sempre, todos os nomes esquecidos, os sentimentos e medos
que conseguimos, de alguma forma, ignorar… todos esses elementos se
encontram em nosso inconsciente. Isso mesmo: desde a mais tenra infância, os
primeiros amigos, as primeiras compreensões: tudo está guardado.
Mas seria possível acessá-lo? Seria possível reviver essas lembranças?
Acessar essas lembranças é possível. Não em sua totalidade, mas de algumas
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fatias. Esse acesso acontece muitas vezes através dos sonhos, dos atos falhos
e da terapia psicanalítica.
É também no inconsciente que se encontram sublimadas as chamadas
pulsões de vida e de morte, que seriam aqueles elementos intrínsecos a todo
ser humano como o impulso sexual ou o impulso destrutivo. Como a vida em
sociedade exige que determinados comportamentos e desejos sejam
reprimidos, eles são aprisionados no inconsciente.
O inconsciente é regido pelas próprias leis, além de ser atemporal: não
existem as noções de tempo e espaço nesse nível psíquico, ou seja, o
inconsciente não identifica cronologia nos fatos, nas experiências ou nas
memórias. É ele, também, o principal responsável pela formação da nossa
personalidade.
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Anexo I
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O pré-consciente se circunscreve entre o consciente e o inconsciente. É
no pré-consciente que estão inscritos os pensamentos, as ideias, as
experiências, os conhecimentos, as noções e os dados pretéritos que podem
ser trazidas à consciência, com algum esforço. Pertence ainda ao campo pré-
consciente as impressões do universo exterior à psique, que se representam
fonética e verbalmente.
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psíquica, moldada pela sexualidade infantil, onde se localizam os elementos
indisponíveis à consciência.
Referência
VIEIRA, Thiago. Título da publicação. Publicado em “Espelho Psicanalítico”. Disponível
em <https://espelhopsicanalitico.wordpress.com). Acesso em 09/04/2018.
ID
O Id seria o elemento biológico de nossa mente. Nele ficam armazenadas
nossas pulsões, nossa energia psíquica, nossos impulsos mais primitivos.
Guiado pelo princípio de prazer, não há para o Id nenhuma regra a ser seguida:
tudo o que interessa é a vazão do desejo, a ação, a expressão, a satisfação.
Localizado no nível Inconsciente do cérebro, o Id não reconhece elementos
sociais. Não há certo ou errado. Não há tempo ou espaço. Não importam as
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consequências. O Id é o ambiente dos impulsos sexuais. Ele está sempre
buscando formas de realizar deus impulsos, ou seja, não aceita ser frustrado.
EGO
O Ego seria, para Freud, o elemento principal entre Id, Ego e Superego.
Ele é a nossa instância psíquica e evolui a partir do Id, por isso possui
elementos do Inconsciente. Apesar disso, funciona principalmente a nível
Consciente. Guiado pelo princípio de realidade, uma de suas funções é limitar o
Id quando considerar seus desejos inadequados para determinado momento ou
ocasião. O Ego representa a mediação entre as exigências do Id, as limitações
Superego e a sociedade. Em última instância,
SUPEREGO
O Superego, por sua vez, é Consciente e Inconsciente. Ele é o aspecto
social do trio Id, Ego e Superego. Resulta, em grande parte, das imposições e
castigos sofridos na infância. Ele se encontra e participa desses dois níveis
mentais. O Superego é a censura, a culpa e o medo da punição. Pode ser visto
como uma instância reguladora. A moral, a ética, a noção de certo e errado e
todas as imposições sociais se internalizam no Superego. Ele se posiciona
contra o Id, pois representa o que há de civilizado, de cultural em nós, em
detrimento dos impulsos arcaicos.
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É dessa forma que podemos perceber a presença dessas três instâncias
psíquicas em nosso dia a dia. São como vozes dentro de nossa própria cabeça,
quase sempre discordantes, aconselhando nossas ações e tomadas de
decisão.
RECAPITULANDO
Através da compreensão do Id, Ego e Superego podemos, portanto,
entender melhor de onde vem nosso sentimento de culpa e autocensura
(Superego). Podemos também entender porque muitas decisões são difíceis de
tomar, e dificilmente nos sentimos plenamente satisfeitos com elas. Id, Ego e
Superego não podem concordar, já que a vida em sociedade exige a
sublimação de nossas pulsões. E essa discordância interna é o que nos traz,
muitas vezes, frustrações, indecisão e mal-estar, assim como muitas das
psicopatologias que interessam à psicanálise.
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Tanto Id, quanto Ego e Superego fazem parte de nosso Inconsciente. Ego
e Superego, no entanto, encontram-se também no Consciente, enquanto o Id
permanece limitado ao outro nível. Pensando na metáfora do iceberg, a sua
ponta emersa é composta por elementos do Ego e do Superego. Estes se
estendem até a parte submersa do iceberg, onde encontram o Id. Se formos
pensar na importância e influência do Superego em relação às outras duas
partes, poderíamos dizer que ele ocupa todo o lado esquerdo do iceberg – a
parte emersa e submersa -, enquanto Id e Ego dividem o lado oposto.
ID
No Id não estão gravadas apenas as representações inconscientes, mas
representações inatas, transmitidas filogeneticamente e pertencentes à espécie
humana.
EGO
O Ego, por sua vez, tem a função de realizar os desejos do Id. Mas para
satisfazê-los, precisa adaptá-los à realidade, às regras sociais e às demandas
do Superego. Enquanto o Id é guiado pelo Princípio de Prazer, o Ego segue o
Princípio de Realidade.
SUPEREGO
O Superego pode ser entendido, basicamente, como o ramo da moral, da
culpa e da autocensura.
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então, por um “isso” psíquico, o Id, que é desconhecido e inconsciente. Sobre
esse Id e a partir dele, na superfície, se constitui o Eu (Ego). O Eu (Ego),
portanto, advém do Id mas só pode ser visível pois passa pela influência do
mundo exterior. Influência essa que se dá por intermédio dos sistemas Pré-
consciente e Inconsciente.
CONCLUSÃO
Essa detalhada explicação visa demonstrar que o conceito de Aparelho
Psíquico em Freud designa o conjunto de todas as partes da mente humana:
Consciente, Inconsciente e Pré-consciente; Id, Ego e Superego. A totalidade
desses sistemas, que trabalham de forma integrada na composição do
indivíduo, é o que Freud denomina de Aparelho Psíquico ou simplesmente
Psique.
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O que é Inconsciente na Psicanálise
Uma metáfora comum para compreender o sentido psicanalítico do
inconsciente é a do iceberg. Como sabemos, a parte emersa do iceberg, aquela
facilmente visível, representa apenas um pequeno pedaço de sua verdadeira
dimensão. Sua maior parte permanece submersa, escondida sob as águas.
Assim é a mente humana. Aquilo que comumente entendemos como nossa
mente é apenas a ponta do iceberg, o consciente. Enquanto o inconsciente é
esse pedaço submerso e insondável.
O inconsciente pode ser definido então como o conjunto de processos
psíquicos misteriosos para nós mesmos. Nele estariam explicados os nossos
atos falhos, nossos esquecimentos, nossos sonhos e até mesmo paixões. Uma
explicação, no entanto, inacessível para nós mesmos. Desejos ou memória
reprimidas, emoções banidas do nosso consciente – por serem dolorosas, ou
de difícil controle – se encontram no inconsciente, praticamente inacessíveis
para a razão.
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consciente não permite. Dessa forma, a intenção do indivíduo veste um disfarce
de acidente.
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O autor ainda coloca que nos fenômenos chamados de lacunares – que
são os sonhos ou aquelas confusões do dia a dia já citadas – o sujeito
consciente se sente atropelado pelo sujeito do inconsciente, que se impõe.
Exemplos
São exemplos de expressões do inconsciente os sonhos. O mesmo vale
para ato de trocar o nome de alguém ou soltar alguma palavra
descontextualizada. Além disso, quando fazemos algo que parece não ser do
nosso feitio, ou não corresponder com nossa forma de agir, também temos uma
expressão do inconsciente que se impõe.
Anexo II
O que é o inconsciente?
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O inconsciente se expressa, mas por meio de símbolos e reações
autônomas. Externaliza seus “alertas”, recados e anseios autênticos de
diferentes formas, inclusive por meio dos sonhos. Daí porque em análise
junguiana os sonhos dos pacientes são nossos aliados no processo. Também
ocorrem expressões do inconsciente por meio dos chistes (humor), atos falhos
(comportamentos inesperados), lapsos de linguagem, expressão artísticas
(desenhos, pinturas, modelagens, etc.) e associação livre de idéias (fala livre
sem crítica e sem preocupação com a coerência).
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consideradas por ele menos ameaçadoras. É algo assim. Cada caso é um caso
muito individual e cada psiquismo vai funcionar de forma muito própria. Os
exemplos apenas ilustram de forma concreta os caminhos do psiquismo e tento
mostra como é inviável, senão impossível, resolver certas dificuldades sem o
processo psicoterápico.
Costumo dizer aos meus pacientes que a doença não é inimiga, mas uma
aliada da Vida. É o protesto do corpo, é como se ele estivesse dizendo: “Chega!
Eu não agüento mais. Não dou conta de continuar me autorregulando se você
não “arrumar” isso que está errado, se não resolver esse problema”. O corpo dá
esse grito de alerta por meio dos sintomas, das doenças. Alteração no sono,
ansiedade, medos, depressão, pânico são alguns dos “protestos” do psiquismo
via soma (corpo). É daí que vem o termo somatizar. Ouça seu corpo! Resolva
suas coisas! A vida é pra valer! Não dá pra viver indeterminadamente no faz-de-
conta que estou fazendo o que devo.O sofrimento surge, ele é condição
inalienável para o crescimento do ser como um todo.Mas não precisa ser
perpétuo.
Anexo III
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épocas passadas, entre guerras e cruzadas. Tornou-se heroína, salvando seu
povo por meio de lutas e do sacrifício; depois, encontrou-se com um príncipe
nobre e forte, que por ela se apaixonou.
O rapaz, por sua vez, escutando a própria voz alterada, percebeu que
estava fazendo uma tempestade em copo d’água. Confuso, murmurou uma
desculpa e saiu. Chegando a sua sala, perguntou-se: Que deu em mim? De
onde veio isso? Em geral não faço estardalhaço por tão pouco. Simplesmente
não era eu!”
Sentiu que fervia de raiva e que, apesar nada ter a ver com o tal
memorando, ainda assim a fúria se abatera sobre ele por causa daqueles
pequenos detalhes. De onde vinha aquela raiva toda, exatamente, não sabia.
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Outras vezes, o inconsciente elabora fantasias tão cheias de símbolos e
imagens vivas que acaba por envolver totalmente a mente consciente,
mantendo nossa atenção presa por um bom lapso de tempo. Fantasias de
aventura, perigo, sacrifício heróico e amor. São exemplos primários de como o
inconsciente invade a mente consciente e procura manifestar-se – por meio
da imaginação, usando a linguagem simbólica de imagens carregadas de
emoções.
(…)
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qualidades – tanto positivas quanto negativas – que não conhecia em mim.”
Essas qualidades vivem no inconsciente, onde estão “longe dos olhos, longe do
coração.
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pelos grandes mestres, como Moacir Rodrigues, notório psicólogo junguiano de
Brasília.
Anexo IV
Inconsciente coletivo
Inconsciente Cole(c)tivo, segundo o conceito de psicologia
analítica criado pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, é a camada mais
profunda da psiquê. Ele é constituído pelos materiais que foram herdados, e é
nele que residem os traços funcionais, tais como imagens virtuais, que seriam
comuns a todos os seres humanos. O inconsciente coletivo também tem sido
compreendido como um arcabouço de arquétipos cujas influências se
expandem para além da psiquê humana.
Características
A existência do inconsciente coletivo não é derivada de experiências
individuais, tal como o inconsciente pessoal, trabalhado por Freud, embora
precise de experiências reais para poder se manifestar. Tais traços funcionais
do inconsciente coletivo foram chamados por Jung de arquétipos, que não
seriam observáveis em si, mas apenas através das imagens que eles
proporcionam. Jung chamou a atenção para o fato de que o inconsciente
coletivo retém informações arquetípicas e impessoais, e seus conteúdos podem
se manifestar nos indivíduos da mesma forma que também migraram dos
indivíduos ao longo do processo de desenvolvimento da vida.
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O inconsciente coletivo complementa o inconsciente pessoal, e muitas
vezes se manifesta igualmente na produção de sonhos. Desta forma, enquanto
alguns dos sonhos têm caráter pessoal e podem ser explicados pela própria
experiência individual, outros apresentam imagens impessoais e estranhas, que
não são associáveis a conteúdos da história do indivíduo. Esses sonhos são
então produtos do inconsciente coletivo, que nesse caso atua como um
depósito de imagens e símbolos, que Jung denomina arquétipos. Dele também
se originam os mitos. No entanto, sendo o inconsciente coletivo algo que foi e
está sendo continuamente elaborado a partir das experiências obtidas pelos
seres, o acesso individual às informações contidas no inconsciente coletivo
pode ser uma forma de explicar o mecanismo de operação de alguns dos
fenômenos psíquicos incomuns que foram considerados desde o princípio da
psicologia junguiana. Por outro lado, isso corresponde a introduzir mais do que
arquétipos nesta estrutura psíquica universal, que pode conter igualmente
dados fundamentais de operação dos fenômenos naturais, que se manifestam
como leis das descrições químicas e físicas da natureza, além, é claro, da
biologia. Em síntese, o inconsciente coletivo da psicologia analítica pode ser um
modelo adequado para a compreensão dos fenômenos mentais.
Referências Na Ficção
Code Geass (2006),Anime.- É mencionado como a representação de Deus.
Referências
MARTINS, Roberto de Andrade. Universo: teorias sobre sua origem e
evolução. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2012.
ROCHA FILHO, J. B. Física e Psicologia, Porto Alegre: EdiPUCRS, 2007,
4a. ed.
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